Monografia Para Corrigir Pagina

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13 1 INTRODUÇÃO A realização dessa pesquisa vem analisar e verificar possíveis intervenções problemáticas surgidas durante as aulas no ensino fundamental II nas escolas públicas, para de situações ocorridas em suas aulas. Para iniciar essa problemática o professor exerce um papel fundamental para uma ampla etária muito complicada e difícil comunicação, por estarem dispersos deixam de lado a impor com isso o professor fica em evidencia para mostrar ao aluno o objetivo de se integrar nas que entra as problemáticas surgidas, onde o professor não produz e assim tornan ocasionando evasão dos alunos. Assim, outros fatores que podem vir ocorrer, seria as relevância sociais materiais, excessivo de alunos, também a motivação pela pratica em si e o não conhecimento no desenvolvimento integral dos alunos. A escola ao longo do seu processo histórico privilegiou os conteúdos escola produção, colocando a Educação Física por diversas vezes em segundo plano. À medida que áre curricular obrigatório, é importante que se estabeleçam princípios didáticos para que a for integral. Nessa vertente educacional o professor de Educação Física tem papel primordial na cons alunos. Pois, cabe a este buscar novas metodologias para despertar nas crianças cidadãos dentro de seu contexto social.

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1 INTRODUO

A realizao dessa pesquisa vem analisar e verificar possveis intervenes do professor de educao fsica nas problemticas surgidas durante as aulas no ensino fundamental II nas escolas pblicas, para que o professor venha a se precaver de situaes ocorridas em suas aulas. Para iniciar essa problemtica o professor exerce um papel fundamental para uma ampla aprendizagem, por ser uma faixa etria muito complicada e difcil comunicao, por estarem dispersos deixam de lado a importncia da formao cultural e social, com isso o professor fica em evidencia para mostrar ao aluno o objetivo de se integrar nas aulas, e atravs dessa responsabilidade que entra as problemticas surgidas, onde o professor no produz e assim tornando sua aula no muito interessante e ocasionando evaso dos alunos. Assim, outros fatores que podem vir h ocorrer, seria as relevncia sociais como estrutura fsica inadequada, falta de materiais, excessivo de alunos, tambm a motivao pela pratica em si e o no conhecimento da importncia da Educao Fsica no desenvolvimento integral dos alunos. A escola ao longo do seu processo histrico privilegiou os contedos escolares que estavam diretamente ligados produo, colocando a Educao Fsica por diversas vezes em segundo plano. medida que rea ganha status de componente curricular obrigatrio, importante que se estabeleam princpios didticos para que a formao do educando se d de forma integral. Nessa vertente educacional o professor de Educao Fsica tem papel primordial na construo da identidade de seus alunos. Pois, cabe a este buscar novas metodologias para despertar nas crianas em formao uma opinio critica enquanto cidados dentro de seu contexto social.

14 Podemos perceber que a educao fsica em si, vem sendo bastante discriminada dentro do ambiente escolar por ser vista na maioria das vezes como uma disciplina que trabalha o movimento de forma repetitiva. Nesse sentido, em relao s demais disciplinas escolares, temos o papel enquanto profissional da rea educacional de explicar s pessoas menos esclarecidas a verdadeira importncia de proporcionar a prtica integral, social e cognitiva da criana, essa disciplina precisa sim estar dentro do contexto da escola como uma ponte de desenvolvimento do aluno como um todo em relao s demais disciplinas. A educao fundamental para que o pas se desenvolva, e se multiplique, atravs dela que a sociedade sobrevive transmitindo suas culturas dando oportunidade aos jovens de pensar e opinar na sociedade para que venha a tornar um mundo mais preparo em situao de educao, e manifestao cultural com tica e respeito. Segundo Oliveira (1991) A educao visa a transmitir ao indivduo o patrimnio cultural para integr-lo na sociedade e nos grupos em que vive. (1991, p. 128) O processo de educao na vida de uma pessoa inicia-se desde o nascimento, com a participao intensa da famlia, onde se tenha uma base de estrutura psicolgica, fixa para se sentir apoiado em situaes de frustrao, perda de fatos materiais, amorosos, decises para sua profissional, ate mesmos com palavras de apoio e segurana, mas certamente ser a partir de quando a criana entrar na escola que ela se dar de forma mais completa. Nesse contexto, se busca uma grande realidade de fatos que devemos focar e tentar ajudar esse profissional da rea da educao, onde na qual possa valorizar o seu potencial, como educador para que no venha afetar no seu ensino aprendizado e essa realidade possa estar mudando, de qual maneira, atravs de investimentos financeiros (material didtico, etc..), realizaes de reunies semanais, com o apoio dos diretores e coordenadores da escola e juntamente com os pais que atravs da comunicao direta com seus filhos, iram intervir nos resultados facilitando um feedback entre professor e o aluno. Atravs dessas analises a serem aplicadas ficar mais fcil para o professor ao transmitir um bom aprendizado ao aluno, principalmente nessa fase do ensino fundamental II onde maioria das vezes muito difcil para o professor desenvolver seu

15 trabalho sozinho, sem ajuda de algum, pois o ensino ele integrao, e companheirismo, onde se busca resultados voltados para a formao do educando seja de maneira subjetiva ou no, e com isso, fica um trabalho bastante prazeroso, rico e gratificante e proporcionando uma satisfao pessoal.

E assim facilitando uma abertura para analisar e estudar as possveis problemticas surgidas para trazer um objetivo de gerar resultados positivos, para que de fato seja de fcil acesso a todos de forma participativa em funo de ser espontneo, gostar do que faz sem se sentir forado, e sem nenhuma presso, isso de forma de livre escolha e no por fazer ou por cumprir disciplina que esteja s no currculo obrigatrio da escola.

Desta forma o professor, ele tem de certa forma, conhecer a cultura e formas de aproximao com a criana, e com o adolescente, pois, a confiana o carinho, uma preocupao so pontes importantes para um aprendizado e entendimento para com o aluno.

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2 ELEMENTOS BSICOS PARA UMA BOA AULA DE EDUCAO FSICA

A Educao Fsica escolar um meio de integrar as crianas e os adolescentes ao hbito saudvel de praticar atividades fsicas de uma maneira prazerosa e divertida. Porm, em muitos casos, no isso que ocorre, fazendo com que o nmero de alunos nas aulas de Educao Fsica Escolar seja cada vez mais reduzido. O ensino da Educao Fsica vai alm da recreao e da cobrana pelo rendimento no esporte. Contedos de ensino conjunto de conhecimentos, habilidades, hbitos, modos valorativos e atitudinais de atuao social, organizados pedaggica e didaticamente, tendo em vista a assimilao ativa e aplicao pelos alunos na sua prtica de vida. Segundo Libneo. (1991, p. 67). integrar e introduzir o aluno na cultura corporal, no bastando aprender habilidades motoras e desenvolver capacidades fsicas, mas vivenciar o esporte, o jogo, a dana e a ginstica, e enfatizar a experimentao, j que considera, tambm, os conhecimentos cognitivos e afetivos da prtica de movimentos. LIBNEO (1991, p. 67).

Os contedos da disciplina contemplam as produes de nossa cultura corporal: como o currculo proposto de trs blocos de contedos esporte, lutas, ginsticas, atividades rtmicas e expressivas e conhecimento sobre o corpo PCNS (1998). Os blocos so:

1. Esportes, lutas, jogos e ginsticas: Concentram-se neste bloco todos os esportes individuais ou coletivos, os diversos tipos de lutas, jogos populares e/ou tradicionais e diferentes tipos de ginsticas; 2 Atividades rtmicas e expressivas: Localizam-se aqui os diferentes tipos de dana (popular, folclricas, clssicas, de salo e contempornea), alm de outras prticas que se utilizem do corpo como meio expressivo, tal como o teatro; 3. Conhecimentos sobre o corpo: Este bloco talvez seja o mais importante medida que se relaciona com os outros dois. Prope que o professor trabalhe aspectos biolgicos, anatmicos e sociais referentes ao corpo, estimulando aulas tericas em sala de aula. (PCNS, 1998).

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19 Quadro da cultura corporal do movimento foi feito em sala de aula com diversas possibilidades de tema. 1) Relevncia Social: Praticas corporais com presena marcante na sociedade, que favorea interao sociocultural, possibilidades de lazer, manuteno de sade; 2) Caractersticas dos alunos: diferentes regies, populaes, crescimento e desenvolvimento do aluno; 3) Caracterstica da prpria rea (Existncia): de recursos materiais e espaos fsicos; 4) Organizao dos contedos: Observar o nvel de dificuldade ordem e seqencia no ensino fundamental e mdio em cada srie; Tempo necessrio aprendizagem de cada contedo onde a distribuio dos contedos nos bimestres; trabalhar os contedos nas diversas dimenses de ensino. Desta forma, quando nos referimos a contedos estamos englobando conceitos, idias, fatos, processos, princpios, leis cientficas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de atividade, mtodos de compreenso e aplicao, hbitos de estudos, de trabalho, de lazer e de convivncia social, valores, convices e atitudes, preciso lembrar, que ao longo da histria da educao determinados tipos de contedos, so indispensveis para uma boa didtica de ensino, sobretudo aqueles relativos a fatos e conceitos diversos, tiveram e ainda tm uma presena desproporcional nas propostas curriculares (COLL et al., 2000; ZABALA, 1998). Segundo: ZABALA:O fato que o termo contedos foi, e ainda utilizado para expressar o que se deve aprender, numa relao quase que exclusiva aos conhecimentos das disciplinas referentes a nomes, conceitos e princpios. p.45 (1998).

comum observamos os alunos afirmando que tal disciplina tem "muito contedo", sinalizando o excesso de informaes conceituais, como de forma que venha a participar de atividades corporais, estabelecendo relaes equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando caractersticas fsicas e de desempenho de si prprio e dos outros, sem discriminar por caractersticas pessoais, fsicas, sexuais ou sociais. (ZABALA p.23.1998)

20 E sem repudiar qualquer espcie de violncia, adotando atitudes de respeito mtuo, dignidade e solidariedade nas prticas da cultura corporal de movimento; e tambm conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestaes de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integrao entre pessoas e entre diferentes grupos sociais e tnicos. A organizao curricular favorece ainda as dimenses que considera muito importante para a formao integral do aluno em suas trs Dimenses: Conceitual o que se deve saber? Procedimental o que se deve saber fazer?Atitudinal, como se deve ser? (ZABALA, 1998). So apresentados alguns exemplos de contedos da Educao Fsica nas trs dimenses:A dimenso procedimental diz respeito ao saber fazer (...). No que diz respeito dimenso atitudinal, est se referindo a uma aprendizagem que implica na utilizao do movimento como um meio para alcanar um fim, mas este fim no necessariamente se relaciona a uma melhora na capacidade de se mover efetivamente. Neste sentido, o movimento um meio para o aluno aprender sobre seu potencial e suas imitaes (...). [A dimenso conceitual] (...) significa a aquisio de um corpo de conhecimentos objetivos, desde aspectos nutricionais at scio-culturais como a violncia no esporte ou o corpo como mercadoria no mbito dos contratos esportivos. (p.17,1998).

Dimenso Conceitual Conhecer as transformaes porque passou a sociedade em relao aos hbitos devida (diminuio do trabalho corporal em funo das novas tecnologias) e relacion-las com as necessidades atuais de atividade fsica. Com as mudanas pelas quais passaram os esportes. Por exemplo, que o futebol era jogado apenas na elite no incio do seu pas, que o voleibol mudou as suas regras em funo da Televiso, e Conhecer os modos corretos da execuo de vrios exerccios e prticas corporais cotidianas, tais como; levantar um objeto do cho, como se sentar a frente do computador, como realizar um exerccio abdominal adequadamente, etc.(ZABALA, 1998).

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Dimenso Procedimental Vivenciar e adquirir alguns fundamentos bsicos dos esportes, danas, ginsticas, lutas, capoeira. Por exemplo, praticar a ginga e a roda da capoeira, de diferentes ritmos e movimentos relacionados s danas, como as danas de salo, e situaes de brincadeiras e jogos. (ZABALA, 1998). Dimenso Atitudinal Valorizar o patrimnio de jogos e brincadeiras do seu contexto. Respeitar os adversrios, os colegas e resolver os problemas com atitudes de dilogo e no violncia. Predispor a participar de atividades em grupos, cooperando e interagindo. Reconhecer e valorizar atitudes no preconceituosas quanto aos nveis de habilidade, sexo, religio e outras. (ZABALA, 1998). A Educao fsica como disciplina deve considerar a dimenso cultural simblica inerente ao corpo humano. Alguns princpios curriculares, no trato com o conhecimento refletem a sua direo epistemolgica e informa os requisitos para selecionar, organizar e sistematizar os contedos de ensino. (ZABALA, 1998). Com isso os contedos e sistematizao vo ganhando e buscando nas crianas e adolescentes mais esforo e prazer na atividade. Para Dalio (2004), em sua abordagem cultural de Educao Fsica, a necessidade do rompimento de uma Educao Fsica de "ordem" para uma Educao Fsica da "desordem", prope principalmente o rompimento com o cientifico aceitando os

22 limites da cincia e optando entre uma cincia desumana e um humanismo no cientfico por uma Educao Fsica que reafirme a intersubjetividade nas relaes entre os atores da rea.

No nosso entender, a Educao Fsica escolar tem como objetivo, proporcionar aos alunos espaos para refletir, discutir, problematizar, vivenciar na prtica questes relacionadas motricidade humana, levando o aluno a desenvolver despertar e explorar os movimentos corporais que tenham significado para si e reflitam de forma positiva em suas atitudes enquanto ser construtor de conhecimento e ajudem na afirmao dos padres naturais de movimento: locomoo, manipulao e estabilizao. (DAOLIO, 2004).

Nessa vertente a Educao Fsica ela atua no ser humano no que concerne s suas manifestaes corporais eminentemente culturais, respeitando e assumindo que a dinmica cultural simblica e, por isso mesmo, varivel, e que a mediao necessria para essa interveno , necessariamente, intersubjetiva e capaz de absorver no discente. E com isso traz o enriquecimento cultural valorizando as diversas formas do movimento humano e, tende a Valorizao da expresso corporal como uma das formas de linguagem; visto que a linguagem verbal e escrita supervalorizada na nossa sociedade. (DAOLIO, 2004). Isto traz uma conscincia da importncia das prticas corporais como forma de melhorarem sua prpria qualidade de vida e com isso valorizarem a prtica de atividades motoras fora do ambiente escolar. Pode-se dizer que os contedos de ensino emergem das diversas possibilidades culturais universais, constituindo-se em domnio de conhecimento relativamente autnomos, incorporados pela humanidade e reavaliados, permanentemente, em face da realidade social. (LIBNEO, p.39, 1985).

23Os contedos so realidades exteriores e o aluno que deve ser assimilados e no simplesmente reinventados, eles no so fechados e refratrios s realidades sociais, pois no basta que os contedos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados preciso que se liguem de forma indissocivel a sua significao humana e social. LIBNEO (1985: 39).

Essa explicao pe em destaque um princpio curricular particularmente importante para o processo de seleo dos contedos de ensino: a relevncia social do contedo que implica em compreender o sentido e o significado do mesmo para a reflexo pedaggica escolar. Este dever estar vinculado explicao da realidade social concreta e oferecer subsdios para a compreenso dos determinantes scio-histricos do aluno, particularmente a sua condio de classe social. Esse princpio vincula-se a outro o da contemporaneidade do contedo. Isso significa que a sua seleo deve garantir aos alunos o conhecimento do que de mais moderno existe no mundo contemporneo mantendo-o informado dos acontecimentos nacionais e internacionais, bem como do avano da cincia e da tcnica. Coletivo de Autores, contida no livro Metodologia do Ensino da Educao Fsica, (SOARES et al., 1992).

O Coletivo de Autores abordou o conceito apartir da lgica Materialista-Histrico-Dialtica, afirmando que os temas da cultura corporal, tratados na escola, expressam um sentido significado onde se interpenetram, dialeticamente, e a intencionalidade e objetivos do homem e as intenes/objetivos da sociedade. (SOARES et al., 1992, p. 62)

Nessa afirmao se percebe que a educao fsica, fica muito critica superadora com relao ao sistema vigente apartir de uma proposio contextualizada e transformadora que as praticas sero expressivas e comunicativas para o ambiente social. Nesse texto diz que para a educao fsica essa critica bastante rica e de ao transformadora e assim mostra formas de ensino de abordagens e tendncias que realmente, so fortes pontos de ligamento, com o scio cultural com a vida do seu cotidiano, trazendo e proporcionando, um norteamento e preparao para um bom profissional, que se preocupa com que causas

24 o discente irar se deparar com possveis dificuldades, que sero normais, mais que vem a ter atitudes como respeito, tica, moral, sabedoria, cooperao etc. So fatos e ocorrncia que a vida vai trazendo e temos que saber se sobressair com otimismo e perseverana como futuros cidados e formadores de opinio e futuros pais de famlias e isso cabe ao professor de educao fsica ou independente de qualquer disciplina. Cabe ao profissional saber lidar e perceber a caracterstica de cada aluno e personalidades individuais, para que venha a diagnosticar aes de diferentes, mbito escolar, e esses contedos e abordagens so exatamente que se baseia pelos mtodos de processo de ensino e aprendizado. Outra questo importante que, na nossa prtica, as perspectivas pedaggicas que se instalam no aparecem de forma pura, mas com caracterstica particulares, mesclando aspectos de mais de uma linha pedaggica. A prtica de todo professor, mesmo que de forma pouco consciente, apoia-se em determinada concepo de aluno, ensino e aprendizado.O professor ele responsvel pelo tipo de representao que o professor constri sobre o seu papel, o papel do aluno, a metodologia, a funo social da escola e os contedos a serem trabalhados. (DARIDO, p.74, 2000).

No que diz Darido, (2000) sobre esse fato que realmente o profissional de educao fsica na formao profissional e suas praticas pedaggicas. No existe uma nica forma de se pensar e implementar a disciplina na escola, assim como em outros componentes curriculares.(DARIDO,2000)

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2.1 O Papel do professor na aula de educao fsica escolar Nesta perspectiva, de desenvolvimento compartilhado dos conhecimentos, o papel do professor de Educao Fsica o de proporcionar aos alunos o conhecimento da cultura do movimento humano, relacionando seus diversos contextos e especificidades, servindo como um estmulo auxiliar, proporcionando condies para seu avano em relao aos novos conhecimentos que podero ser construdos aos alunos ao conhecerem e experimentarem as possibilidades que o movimento lhes oferece. (DARIDO, 2005)

Para que se compreenda o papel atual da Educao Fsica, torna-se necessrio uma breve passagem por suas origens e tendncias que fizeram parte de sua histria ao longo dos anos. Segundo Darido e Sanches Neto (2005) importante analisarmos as caractersticas principais de cada tendncia que contextualizam a educao fsica escolar, uma vez que se torna imprescindvel a disciplina. Questes que fazem parte da atividade de ensino, buscando coerncia entre o que professor esta realizando e o que de fato realiza.

Quanto Educao Fsica na escola, desde meados da dcada de 1980 tem havido mudanas nas suas concepes, em um processo que envolve diversas transformaes, tanto nas pesquisas acadmicas nesse segmento, quanto na prtica pedaggica dos professores do componente curricular (DARIDO; SANCHEZ NETO, 2005, p.5).

A prtica pedaggica do professor torna-se significativa para o educando quando o professor tem em mente quais so, efetivamente, o seu papel social e sua importncia no processo de aprendizagem.

26 A partir dessa colocao surgem ento alguns questionamentos no sentido de entendermos quem o professor e como deve ser desempenhado seu papel no interior da escola? Quais as caractersticas de um bom educador? Quais os aspectos didticos que o mesmo deve dominar para atender melhor as expectativas dos alunos? O que a Educao Fsica na escola? Segundo FONTOURA (1992)A educao fsica tem diversas abordagens que visam dar uma identidade pra esse componente curricular e, fazendo uma passagem por toda a sua historia, consideramos a importncia de todas essas abordagens e, embora muitas delas se mesclem em alguns aspectos o que devemos considerar quem se movimenta, e no apenas o movimento. p.32 (1992)

O aluno dotado de cultura, sentimentos, desejos e peculiaridades que fazem dele um ser nico e, mesmo que eventualmente possui suas caractersticas comuns aos outros, ele no deve ser considerado como uma mquina que se pode programar de acordo com padres e esperar que o resultado seja o mesmo para todos. O aluno em seu processo de aprendizagem deve ser pensado em sua totalidade e realizaes dentro da Educao Fsica Escolar o papel extremamente importante no sentido de fazer com que o educando explore e vivencie aspectos que vo muito alm de apenas movimentar-se junto com a cultura corporal, mas tambm h que se almeje a compreenso da solidariedade, o respeito, dando ao aluno desde cedo subsdios para que se torne um cidado consciente do seu papel na sociedade.

Segundo BETTI e ZULIANI (2002):Se um aluno aprende os fundamentos tcnicos e tticos de um esporte coletivo, precisa tambm aprender a organizar-se socialmente para pratic-lo, precisa compreender as regras dos jogo como um elemento que torna o jogo possvel (portanto preciso tambm que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si prprio), aprender a respeitar o adversrio como um companheiro e no como um inimigo,pois sem ele no h competio esportiva (p.75).

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O conhecimento de si mesmo e o sentimento de confiana em suas capacidades afetiva, fsica, cognitiva, tica, esttica, de inter-relao pessoal e de insero social, ajudaro o educando a agir com perseverana na busca de conhecimento e no exerccio da cidadania, conhecendo, organizando e interferindo no espao de forma autnoma (FREIRE, 1996). Para uma mudana na concepo de escola e dos processos de ensinar e aprender na Educao Fsica inevitvel salientar a importncia do papel do professor, como protagonista do processo de Quando falamos sobre a construo do conhecimento do professor reflexivo, importante considerar que as experincias, as trajetrias pessoais e profissionais tem influncia na atuao do professor, o que tambm implica sobre sua concepo de ao pedaggica. Vygotsky (1987) aprender e ensinar reflexivamente. Neste contexto, uma contribuio importante para o mbito da construo do conhecimento a viso Vygotsky, que prope que o pensamento e a ao sejam estudados de forma integrada, atravs da investigao do processo de pensamento do professor e suas formas de conceber e desenvolver o ensino.

Nesta abordagem pode-se compreender que para Vygotsky era fundamental os espaos escolares e a importncia que essa integrao far de bom ao ter esse contato cognitivo e afetivo para com os demais em sua volta. (VYGOTSKY, p.55,1987).

O professor reflexivo, este deve aprender, a partir da interpretao da sua prpria atividade, reconstruir e refletir sobre sua ao pedaggica atuando como pesquisador de sua prpria prtica educativa. Segundo Schn (apud BOLZAN, 2002) podemos identificar quatro etapas pelas quais o professor exercita seu processo de reflexo. Segundo SCHON (apud BOLZAN 2002)

28O Aluno como algum capaz de surpreender; busca compreender o motivo dessa surpresa; reformula o problema para saber o quanto o aluno compreendeu daquela situao e prope uma nova tarefa testando sua hiptese. (p. 59).

. Isso leva o professor a incentivar, participar, dialogar, refletir e experimentar juntamente com seus alunos um movimento de reconstruo do conhecimento, do ensinar e do aprender atravs do movimento humano. Para Prez Gmez (2000), a funo do professor facilitar o surgimento do contexto de compreenso comum por meio do processo de construo dialtica desse espao de conhecimento compartilhado que se d pela interao, na escola e de suas prprias representaes, possibilitando negociaes que so capazes de promover o enriquecimento mtuo entre professor e aluno.

Isso se consolida como um frum de trocas simblicas e culturais em que a aula deve se transformar e provocar reflexo sobre as prprias trocas e suas conseqncias para o conhecimento e para a ao educativa. (Gomez, 2000).

Gomez afirmar, que para se obtiver uma troca de conhecimentos e de reflexo tende-se a ter um bom entendimento e compreenso e assimilao com nfase na sua didtica de ensino e absorvendo para o discente e maior entendimento com o docente. O professor reflexivo, de acordo com Shon (1992) tem no s a tarefa de encorajar, reconhecer e de dar valor confuso dos seus alunos, mas tambm, faz parte das suas incumbncias, encorajar e dar valor sua prpria confuso. Conforme o autor, o grande inimigo da confuso a resposta que se assume como verdade nica. Assim, cabe ao professor aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possvel ouvi-los, s assim a aula de Educao Fsica poder se constituir num ambiente de ensino e aprendizagem significativa, tanto para o professor como para os alunos. Shon (1992)

29 Essa situao denominada por Anastasiou (2003) como processos de ensinar, que constituem em mais um desafio para uma ao docente inovadora e comprometida. Segundo ANASTASIOU (2003)Uma prtica social complexa, efetivada entre os sujeitos, professor e alunos, englobando tanto a ao de ensinar como de aprender, que se exerce conscientemente e em parceria na construo do conhecimento. (p.48.2003).

Para isso, se faz necessrio que o professor selecione as estratgias adequadas para cada situao, entendendo-as como ferramenta de trabalho, que podem modificar e ser modificadas a partir das concepes formuladas na produo do conhecimento compartilhado com os alunos. As crianas expressam sentimentos, emoes e pensamentos ao movimentar-se, e isso amplia as possibilidades dos gestos e posturas corporais, no considerando o movimento apenas como um simples deslocamento. (DARIDO, 2005)O Professor o ponto de ligao entre o aluno e a aprendizagem, a atuao do professor indispensvel visto que dele tambm o papel de estruturar o caminho para a aquisio do conhecimento de seus alunos, ele quem ajuda e organiza as idias do educando a fim de provocar determinados estmulos que os levem ao desenvolvimento. (2005)p, 50-65

Ele antes de qualquer coisa deve ter conscincia e comprometimento com a sua prtica pedaggica, visto que sua ao possui influncia direta no processo da aprendizagem.

Segundo (NEIRA, 2003)

30A criana adquire controle sobre seu corpo e se apropria das possibilidades de interao com o mundo e partindo do momento que nascem e se movimentam da prpria natureza ela se manifestar por si s. (NEIRA, 2003).

As crianas so sujeitas a estar mais ligadas aos seus professores, por passarem a maior parte do tempo com eles e assim passam a fazer parte da famlia, tendo como aproximao, admirao. Isso de fato pesa, pois responsabilidades e o grau de comprometimento que nos professores de educao fsica podem influenciar tanto de forma positiva como de forma negativa o desempenho do aluno. Neste fato podemos perceber, que a criana ela espelha no adulto, e que de certa forma vai influenciar em certas atitudes como o de respeito ao prximo, ter tica, comprometimento, ser solidrio, so coisas que o adulto pode passar para as crianas, at de forma de brincadeira, mais com fundo de verdade porque vai despertar um consciente e liberar seus extintos de bom corao e de entendimento para com sua vida. Freire (1996) diz ser fundamental que o professor leve a srio a sua formao e que busque a competncia profissional para que se sinta seguro no exerccio da funo,

Atrelar a generosidade que facilita a aproximao do aluno. O sucesso da prtica docente est, diretamente, ligado a postura do professor. A formao do mesmo no pode ser ao acaso, ele deve ter o pleno domnio e discernimento de suas atitudes e das formas de interveno. FREIRE (1996).

No sculo XX a Educao Fsica escolar esteve associada a diferentes tendncias e todas elas distanciada do contexto da formao do cidado.

31 Podemos citar entre elas as concepes: higienista, eugnica, mtodos ginsticos, militarista, esportivista e recreacionista. (FILHO, 2004). Contudo a partir da dcada de 1980, o momento de transformao social, pelo qual o Brasil passava (abertura poltica e redemocratizao), a abertura de cursos de mestrado para professores de Educao Fsica na rea da Educao fortificando a aliana feita pela Educao Fsica e as Cincias Humanas. Principalmente a filosofia e psicologia contriburam para elaborao das novas tendncias pedaggicas da Educao Fsica Escolar, entre estas se tem a abordagem Psicomotricidade, Desenvolvimentista, Construtivista, Crtico Superadora e Crtico Emancipatria. (MARTINS FILHO, 2004)

2.2Tendncias pedaggicas na educao fsica escolar (ABORDAGENS). Durante a dcada de 1980, a resistncia a concepo biolgica da educao fsica, particularmente no ensino fundamental, levou crticas em relao ao predomnio dos contedos esportivos. Essa resistncia foi influenciada por pesquisas no campo pedaggico e na rea cientfica da educao fsica, concebida como Disciplina Acadmica (HENRY apud BROOKS, 1988; TANI et al.,1988).

Nessa vertente a educao fsica passa a fazer e prevalecer novas concepes, como tentativa de mudar essa viso de s realizar movimento, exerccio, fora e etc. Cad a parte interior do aluno onde se percebe o que sente que emoes e prazer pode lhe trazer de benefcios diante dessas vivencias trabalhadas, para que venha alcanar seus objetivos, que de integrar o educando, no ato, de se conhecer e de respeitar seus atos e atitudes proporcionando autonomia e desenvolvimento social, cognitivo e afetivo.

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As tendncias pedaggicas na educao fsica escolar pde se verificar uma expressiva quantidade de questes embasadas nas tendncias crticas. (Tani, et al., 1988). Conclui-se que houve mudanas e transformaes acerca dos conhecimentos que influenciam a formao do profissional e suas prticas pedaggicas, ou seja, verificou-se a nfase na exigncia de um profissional mais crtico, de conhecimentos vinculados s perspectivas crticas e aos conhecimentos scio-culturais. (DARIDO, 2003) As perspectivas pedaggicas que se instalam na educao fsica, na maioria dos casos, aparecem com caractersticas particulares, mesclando aspecto de mais de uma linha pedaggica. Na dcada 1980 foram surgidas algumas tendncias na rea de educao fsica escolar, so elas a Psicomotricidade, Desenvolvimentista, Construtivista Interacionista, Crtico Superadora, Crtico Emancipatria, Sistmica Sade renovada, PCNs.

2.2.1 Psicomotricidade. Na dcada 1970, a educao psicocintica tornou-se relevante em alguns programas de educao fsica escolar. Nele, o envolvimento da educao fsica o desenvolvimento da criana, com o ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos, e psicomotores. Le bouch, (1986)Toda criana precisa se descobrir essa fase mostra como a criana vai conhecer as suas dificuldades e potencialidades dentro das suas aulas ministradas tendo a viso do professor para saber identificar e valorizar as suas habilidades demonstradas. (LE BOUCH, p.90 1986).

33 de suma importncia salientar que o movimento a primeira manifestao na vida do ser humano, pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentos com o nosso corpo, no qual vo se estruturando e exercendo enormes influncias no comportamento. A partir deste conceito e atravs da nossa prtica no contexto escolar, consideramos que a psicomotricidade um instrumento riqussimo que nos auxilia a promover preventivos e de interveno, proporcionando resultados satisfatrios em situaes de dificuldades no processo de ensino aprendizagem. Segundo ASSUNO &COELHO (1997, p.108).A Psicomotricidade a educao do movimento com atuao sobre o intelecto, numa relao entre pensamento e ao, englobando funes neurofisiolgicas e psquicas. Alm disso, possui uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades da criana, e ajudar sua afetividade a se expandir e equilibrar-se, atravs do intercmbio com o ambiente humano. (ASSUNO & COELHO, p.108, 1997).

Os movimentos expressam o que sentimos nossos pensamentos e atitudes que muitas vezes esto arquivadas em nosso inconsciente. Estruturas o corpo com uma atitude positiva de si mesma e dos outros, a fim de preservar a eficincia fsica e psicolgica, desenvolvendo o esquema corporal e apresentando uma variedade de movimentos.

2.2.2 A Abordagem Desenvolvimentista O modelo Desenvolvimentista foi dirigido inicialmente para crianas de 4 a 14 anos, buscando nos processos de aprendizagem e desenvolvimento, uma fundamentao para a educao fsica escolar.

34 uma tentativa de caracterizar a progresso normal do crescimento fsico, do desenvolvimento fisiolgico, motor, cognitivo, e afetivo-social na aprendizagem motora e, em funo dessas caractersticas, que so relevantes para a estruturao das aulas. (TANI et al.,1998).

Procura desenvolver o individuo em todas as suas potencialidades, sendo a explorao do ambiente fundamental para esse desenvolvimento, os autores consideram o movimento como objeto de estudo da Educao fsica, e apostam no ensino de habilidades bsicas para alunos de 1a a 4a srie. (TANI, 1998). Os valores encontrados foram competio, conflitos e cooperao no tendo meno explicita a temtica da cidadania, apenas uma analise de como ocorrem s relaes sociais. (DARIDO, p.20, 2003). Estas abordagens apresentam importantes avanos em relao perspectiva tradicional da Educao Fsica escolares. Da abordagem desenvolvimentista importante em dois nveis; na questo da garantia da especificidade da rea e na valorizao do conhecimento sobre as necessidades e expectativas dos alunos nas diferentes faixas etrias. 2.2.3 A Abordagem Construtivista-Interacionista A proposta construtivista-Interacionista apresenta de forma de comportamento e padres que caracterizado pela busca do desempenho mximo, sem considerar, as diferenas individuais e as experincias vividas pelos alunos. Ela possibilita uma maior integrao com uma proposta pedaggica ampla que contribui para a educao fsica no inicio da educao bsica.

35Conhecer se torna sempre uma ao que implica esquemas de assimilao e acomodao, num processo de constante reorganizao, onde todos esses fatores acarretam para uma construo psicolgica na vida da criana, processos que fazem toda a diferena (DARIDO, p.11 2003).

Considera a criana um especialista em brinquedos, toda aprendizagem deve ser feita atravs da construo do conhecimento pelo aluno, e o professor o mediador desse processo, e a presena do ldico fundamental para esse processo de ensino aprendizagem. A Cultura Infantil bastante valorizada, assim como o resgate de jogos populares, o ensino tambm no voltado para formao de cidados, porm atravs desses pode perceber que o conceito de cidadania est presente em suas prticas e que tambm devem estar presentes nas prticas dos outros professores.Isso vem a perceber, que professores podem se unir, para complementar suas aulas, fazendo uma parceria, como uma interdisciplinaridade, intervindo e implantando, criatividade e assim proporcionando, um bom entendimento e absorvendo a aprendizagem e o ensino para uma aula, diferente e totalmente, criativo fora da sua rotina e apostando na realizao de trabalhos em grupos com os alunos para o ensino da cooperao. (DARIDO p.11 2003).

Para uma unio bastante agradvel e melhor socializao com os seus colegas pedaggicos e uma compreenso de ambas as partes para um ensino de cooperao. Quanto abordagem construtivista inegvel o seu valor nas transformaes que temos observado na Educao Fsica escolar embora, principalmente no incio do seu aparecimento, tenha gerado algumas dvidas, especialmente quanto ao papel da disciplina na escola apndice de outras reas.

2.2.4 A Abordagem CrticoSuperadora

36 Essa proposta tem representantes nas principais universidades do pas e apresenta um grande nmero de publicaes na rea, especialmente em peridicos especializados. (SOARES, 1992). A abordagem crtico-superadora tem nos alertado sobre a importncia da Educao e da Educao Fsica contribuir para que as mudanas sociais possam ocorrer, diminuindo as desigualdades e injustias sociais. Um objetivo, alis, que os educadores devem partilhar. No entanto, em estudo recente (DARIDO, 1997).Observando a prtica pedaggica dos professores de Educao Fsica que cursam programas de ps-graduao, e que, portanto conhecem as abordagens, percebe que eles se ressentem de elementos para trabalharem com a abordagem crtica superadora na prtica concreta. (DARIDO 1997).

Assume a cultura corporal como contedo a ser ensinado na escola. Segundo o Coletivo de Autores (1992) a sociedade est dividida em duas classes sociais, a classe proprietria e a classe trabalhadora. A classe proprietria est baseada em valores de obedincia, hierarquia e respeito s normas, a concepo adotada por essa abordagem dirige-se aos interesses das camadas populares. Uma vez que ressalta valores como a solidariedade, cooperao, distribuio, e liberdade de expresso dos movimentos, e afirmam que a escola deve formar cidados crticos que minimizem as injustias sociais e no que as reforcem. (DARIDO 2003). 2.2.5 A Abordagem Crtico Emancipatria um dos desdobramentos da tendncia critica e valoriza a compreenso critica do mundo, da sociedade e de suas relaes, sem a pretenso de transformar esses elementos por meio escolar. (KUNZ, 1994).

37 Assume a utopia que existe no processo de ensino e aprendizagem, limitados pelas condicionantes capitalistas e classes, e se prope a aumentar os graus de liberdade do raciocnio crtico e autnomo dos alunos. Do ponto de vista das orientaes didticas, o professor confronta, num primeiro momento, o aluno com a realidade do ensino. (KUNZ, 1994). Preocupa-se com um ensino libertador, no qual o aluno capaz de analisar sua realidade de forma crtica, v-se nessa perspectiva pedaggica a preocupao com a formao do cidado e valores como cooperao, dialogo autonomia e emancipao. Essa confrontao expressa um processo de questionamento e libertao de condies limitantes e coercitivas impostas pelo sistema social. Nesta vertente tem o sentido de se expressa na contextualizao dos temas compreendidos pela cultura corporal: Jogo, Esporte, Ginstica, Dana e Capoeira.Ela prope elementos que sejam ensinados por meio de uma seqncia de estratgias, denominada transcendncia de limites, com as etapas encenao, problematizao, ampliao, reconstruo coletiva do conhecimento. (KUNZ et al. 1998).

Esse ensino critico ele vai ajudar ao aluno a compreender melhor a estrutura autoritria dos processos institucionalizado da sociedade, os mesmos que formam falsas convices, interesses e desejo. Assim, a tarefa da educao crtica promover condies para que essas estruturas autoritrias sejam suspensas e o ensino seja encaminhado para uma emancipao, possibilitado pelo uso da linguagem, que tem papel importante no agir comunicativo.

38 2.2.6 Parmetros Curriculares Nacionais PCNs (1998) Os Parmetros Curriculares Nacionais constitui de um referencial de qualidade para a educao no ensino Fundamental em todo o pas. Sua funo orientar e garantir a coerncia dos investimentos no sistema educacional, socializando discusses, pesquisas e recomendaes, subsidiando a participao de tcnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menos contato com a produo pedaggica atual PCNs, (1998). Por sua natureza aberta, configuram uma proposta flexvel, a serem concretizados nas decises regionais e locais sobre currculos e sobre programas de transformao da realidade educacional empreendimentos pelas autoridades, pelas escolas e pelos professores. PCNs (1998). A educao Fsica escolar uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidado que vai produzi-la, reproduzi-la e transform-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danas, das lutas e das ginsticas em benefcio do exerccio crtico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida, e os valores esto baseados na tica, entre eles esto solidariedade, a cooperao, o dialogo, respeito mtuo, dignidade e a justia. PCNs (1998) Tratando de processos que esto sendo vividos intensamente pela sociedade em diferentes espaos, confrontando posies que envolvem tanto a esfera social mais ampla quanto a atuao pessoal, ou seja, apontadas como temas urgentes no pas, indicados como questes geradoras da realidade social e que, portanto, necessitam ser problematizado, criticados refletidos e, posteriormente encaminhados. As temticas apresentadas pelo documento so: tica, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Sade, Orientao Sexual, como tambm Trabalho e Consumo, e devem ser tratados a partir de uma reflexo tica, bem como atravessar os diferentes campos de conhecimento.

39 Contribuir para a construo de uma viso critica em relao prtica e aos valores inseridos na disciplina e no meio social. tica: Respeito, justia e solidariedades fazem parte das prticas fsicas. O respeito deve ser exercido na interao com adversrio. A Solidariedade vivenciada quando se trabalha em equipe. A presena do juiz, as regras e os acordos firmados entre os participantes so formas de aprendera valorizar o sentido de justia. Sade: Estresse, m alimentao e sedentarismos so subprodutos de crescente urbanizao. Da a necessidade de vincular a educao fsica ao cultivo da sade e do bem-estar das pessoas, superando, em muitos casos, a falta de infraestrutura pblica voltada para esporte e lazer. Meio Ambiente: O contato da escola com reas prximas, como parques e praas, abre oportunidade para a educao fsica abordar o tema do meio ambiente. Passeios, texto informativos so algumas maneiras de se trabalhar este tema com seu aluno na sua aula. Orientao Sexual: Idias como a de que futebol coisa para homem e ginstica rtmica coisa de menina ainda se manifestam na sociedade e no cotidiano escolar. Combater preconceitos como esses uma das misses da orientao sexual. Pluralidade cultural: Adotar uma postura no preconceituosa e no discriminatria uma chave para atingir os objetivos da pluralidade cultural em educao fsica, Para isso, preciso valorizar danas, esportes, lutas e jogos que compem o patrimnio cultural brasileiro, originrios das diversas origens tnicas, scias e regionais. Trabalho e Consumo: O adolescente alvo da publicidade de produtos esportivos. O professor pode ajudar seu aluno a analisar criticamente a necessidade de possuir determinado produto e, assim, criar a noo de consumo consciente.

2.2.7 Abordagem Sistmica

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Uma quarta concepo de Educao Fsica escolar vem sendo ainda elaborada por Betti (1991, 1994). O livro "Educao Fsica e sociedade", publicado em 1991, levanta as primeiras consideraes sobre a Educao Fsica dentro da abordagem sistmica. Nos trabalhos realizados pelo autor notam-se as influncias de estudos nas reas da sociologia, da filosofia e, em menor grau, da psicologia. Betti (1991) considera a teoria de sistemas, defendidas em grande medida por Bertalanffy e Koestler, como um instrumento conceitual e um modo de pensar a questo do currculo de Educao Fsica. Como na teoria de sistemas proposta por Bertalanffy, o autor trabalha com os conceitos de hierarquia, tendncias auto afirmativas e auto integrativas. A abordagem sistmica, por sua vez, parece ainda no ter sido amplamente discutida e divulgada quer pelos meios acadmicos, quer pelos meios profissionais.

Embora ainda esteja em fase inicial de elaborao a proposta tem o mrito de procurar esclarecer os valores e finalidades da Educao Fsica na escola e propor como desdobramentos, e princpios que devam nortear o trabalho do professor de Educao Fsica; a no excluso e a diversidade. (BETTI, p.68, 1991)

A Educao Fsica como um sistema hierrquico aberto uma vez que os nveis superiores como, por exemplo, as Secretarias de Educao exercem algum controle sobre os sistemas inferiores como, por exemplo, a direo da escola, o corpo docente e outros. um sistema hierrquico aberto porque sofre influncias da sociedade como um todo e ao mesmo tempo a influencia. Betti (1991). Alis, tambm a abordagem crtico-superadora reconhece a necessidade dos professores identificarem as caractersticas dos alunos para que haja adequao dos contedos (Coletivo de autores, 1992).

41 Porm, preciso reconhecer que a abordagem desenvolvimentista relevou os aspectos socioculturais que permeiam o desenvolvimento das habilidades motoras.

2.2.8 Sade Renovada A Sade renovada tem por paradigma a aptido relacionada sade e por objetivos informar, mudar atitudes e promover prtica sistemtica de exerccios. Embora seus pressuposto e finalidade sejam semelhantes ao modelo biolgico higienista, que promovia a sade por meio de atividade nas aulas de educao fsica. Objetivo de favorecer a autonomia no gerenciamento da aptido, a partir desse principio, deve abranger todos os alunos, e no somente os mais aptos. Dessa forma as aulas de educao no eram excludentes e sim como um todo no deve consistir apenas em modalidade de esportivas e jogos. (NAHAS, 1997). Estritamente quanto a aptido fsica prope-se que a educao fsica escolar deveria: propiciar a elaborao de conhecimento sobre a atividade fsica para o bem estar e a sade; estimular atitudes positivas em relao aos exerccios fsicos; proporcionar oportunidades para a escolha e a pratica regular de atividade que possam ser continuadas aps os anos escolares; promovendo independncia na escolha de programas de atividades fsicas.(NAHAS, 2001).

2.3 A Escola, os pais e a sociedade em busca de solues para os problemas educacionais, e em particular nas aulas de educao fsica.

42 A educao da criana assume um carter global no sentido de que atribui a todas as instituies principalmente no que condiz a escola e a famlia parcelas essenciais na responsabilidade e de parceria no processo de formao infantil. Soares (2000) afirma que a grande contradio se d pelo fato de que no imaginrio escolar e familiar, as expectativas em relao educao no so cumpridas entre uma e outra, o que gera um dilogo rduo e no raras vezes, mutuamente sem retorno. (2000, p 57). A escola se v diante de vrios problemas educacionais agregados desordem, ao desrespeito a regras de conduta e falta de limites com seus alunos que considera como responsabilidade da famlia, e esta absorvendo uma expectativa de que a escola fornea a criana alguns ensinamentos, muitas vezes equivocada. (Vasconcelos, 1989). possvel perceber que cada vez mais os alunos vm para a escola com menos limites trabalhados pela famlia. Muitos pais chegam mesmo a passar toda responsabilidade para a escola. (VASCONCELOS, 1989).

Mediante suas remotas experincias como estudantes e a desorganizao da classe que os filhos relatam, os pais exigem da escola uma postura autoritria. preciso ajud-los a compreender que existe alternativa, que supera tanto o autoritarismo, quanto a espontaneidade. Discutir e reconstruir esses contornos se mostra necessrio reflexo sobre situaes, por vezes, problemticas, principalmente no que tange ao conhecimento sobre o tipo de famlia que hoje a escola tem que lidar e como lidar. Por outro lado, sabe-se que a famlia, por mais que tenha inmeras responsabilidades educacionais sobre a criana, necessita de auxlio para efetivar este ensino com qualidade.

43 Afirma Parolim (2007) sabemos que a famlia est precisando da parceria das escolas, que ela sozinha no d conta da educao e socializao dos filhos. Mais a famlia no pode sobre carregar s a escolar, tem que vir de casa para a educao ser melhore completa. (p. 14) Como conseqncias disto, a educao fornecida nestas duas relaes de instituies, que so de estrema importncia se derem as mos mais ocorre ao invs de se complementarem, concorre entre si, conforme a mesma autora destaca: Os Professores afirmam que as posturas familiares so adversas s posturas que adotam na escola com os alunos, como agravante em termos das suas aprendizagens. (PAROLIM, 2007, p. 14). Tais informaes so primordiais para que se possa entender que cabe a famlia, independente de suas obrigaes profissionais, algumas aes formativas voltadas, no somente para a construo de valores, mas de outras prticas essenciais para a formao da criana. Posteriormente, abordam-se as funes da escola no processo educacional da criana, bem como algumas propostas para que escola e famlia caminhem juntas, principalmente no que condiz ao preparo das reunies escolares . O Primeiro objetivo existencial da educao estimular o educando a se envolver em um processo de auto descoberta. A atividade consciente, bem orientada ir colaborar na autocompreenso, autoconscincia, auto expresso, auto aceitao e finalmente no processo de auto realizao do aluno.

Segundo (FEIJ, 1998.)

44Rivalidade, inveja, insegurana, ambies irrealistas, medos, falta de viso do conjunto, incompetncia, mau profissionalismo esta uma lista introdutria de problemas humanos, que repercutem na sade fsica e mental do aluno de Educao Fsica e do atleta competitivo. (p.57,1998).

Na sociedade atual est relacionada ao processo de globalizao da economia capitalista vm interferindo na dinmica e estrutura familiar e possibilitando mudanas em seu padro tradicional de organizao.

PEREIRA (1995), a queda da taxa de fecundidade, o declnio no nmero de casamentos, o aumento de famlias onde os pais no vivem juntos, entre outros aspectos, tornam as famlias dos dias atuais bem diversificadas. (p, 58).

No passado era possvel definir a famlia como pais, filhos e outros parentes vivendo num mesmo ambiente, hoje em dia isto mudaram, alm de muitos pais viverem separados, existem outros aspectos, como destaca. (DIAS, 2005, p. 210).A Famlia vive muito cheia de cotidianos, trabalho, compromisso, reunies, e assim vai tornando o caso alheio sem nenhum comprometimento pais e filhos no tendo mais aquele contato de antigamente o respeito e com isso vai acabando o elo familiar preocupao e o cuidado que no se ver atualmente. (2005, p. 210).

Muito embora, necessrio ressaltar que essas mudanas no devem ser encaradas como tendncias negativas, ou sintomas de "crise". Os papis sociais atribudos entre o homem e a mulher tendem a se modificar no s no lar, mas tambm no trabalho, na rua, no lazer e em outras esferas da atividade humana. Portanto, no se pode mais falar de famlia, mas de famlias, para que se possa tentar entender a diversidade de relaes que convivem em nossa sociedade. (Dias, 2005)

45 A famlia o lugar indispensvel para a garantia da sobrevivncia e da proteo integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vm se estruturando. (Dias, (2005). Alm de no adotarem um tempo para educar os filhos a enfrentar os problemas sociais, a prpria sociedade responsvel em deseduc-los devido quantidade de estmulos que exercem na criana. Cury (2003, p. 28).Hoje, bons pais esto produzindo filhos ansiosos, alienados, autoritrios, indisciplinados e angustiados com isso vem ocasionando muito atrito na convivncia familiar e como a sociedade ainda vem adquirindo produtos robticos ocasionando tais fatores como falta de interesse na leitura, falta de contato fsico. etc. p. 28):

Apesar dos entraves, a educao, tanto na famlia como na escola, no pode ser mecnica e arbitrria. preciso ajudar a criana a encontrar significado no aprendizado, proporcionar-lhe uma abertura para a vida.

Destaca que: a responsabilidade de educar no apenas da escola, de toda a sociedade, a comear pela famlia. E como vimos nem, mas a famlia tem esse papel a cumprir esto deixando toda a responsabilidade para a escola. (CHALITA p.120, 2001)

Assim, possvel constatar que a participao entre escola e famlia, so fatores predominantes de desenvolvimento educacional e comportamental da criana. Com isso a famlia tem um grande respaldo com os seus filhos saber conversar, dialogar como forma de respeito, dar apoio nas horas mais difceis, ter um bom entendimento, faz toda a diferena para se obter um resultado positivo. O Desenvolvimento psicossocial avana em estgios. Durante a primeira infncia e a meninice, ocorrem os quatros primeiros, durante adolescncia acontece o quinto, e os trs ltimos, a partir da maturidade. Segundo (ERIKSON, 1978)

46O que acontece durante esse estgio da maior importncia para a personalidade adulta. Identidade, crise de Identidade, e confuso de identidade so, sem duvida, os conceitos mais conhecidos dentre formulados. (ERIKSON, p.67,1978).

O Autor da nfase ao perodo correspondente adolescncia por ser a fase da transio da infncia e da fase adulta onde o adolescente se auto identifica e se percebe como um ser um ser humano nico e, contudo preparado para se encaixar em algum papel significativo na sociedade.

Segundo organizao de sade, no Brasil Pelotas RS 2006 Em funo de vrias condies que so contempladas pela sua estrutura e objetivos essencialmente um local que favorece a participao de toda a comunidade vista que muitos do que ali convivem compartilham suas necessidades e podem a partir de esforos de organizao e traarem objetivos e metas comuns. A Escola integral, psicologicamente, no aspecto social, fsica, e motora e proporciona uma integrao, de companheirismo fazendo com que entrem num bom senso que a unio e a paz faam parte da vida social. Esse movimento de construo do conhecimento, que leve em conta as experincias dos alunos, do professor, inseridos em um contexto cultural onde se faz necessrio tambm que a abordagem dos contedos sejam aplicada. Como menciona Anastasiou (2003), se d atravs de um mtodo dialtico, ou seja, parte de uma tese inicial, no caso o conhecimento prvio dos alunos sobre determinado contedo; uma anttese, isto , a apresentao de outra viso acerca do contedo e das concepes previamente elaboradas; e a partir da reflexo e discusso conjunta elaborao de uma nova tese ou sntese, uma nova concepo ou forma de ao.

47 Esse um processo um tanto quanto complexo que envolve diversas operaes de pensamento relacionadas com a intencionalidade dos sujeitos, que poder ser cada vez mais complexo integrado e flexvel de acordo com a capacidade de cada sujeito e do professor em articular as concepes prvias e as novas construes que surgiro. Sendo assim, o professor enquanto profissional reflexivo deve estimular e desafiar seus alunos na construo de uma relao dialtica com os objetos e meio, para que construa seu conhecimento a partir das necessidades vividas socialmente. Alm disso, ele precisa se reconhecer como um sujeito aprendiz, inacabado e se colocar como algum que pode tambm estar aprendendo com seus alunos. Assim, acreditamos que esse processo se efetiva na medida em que se desenvolve a capacidade reflexiva, quando se reflete sobre o saber, o saber-fazer e suas relaes no cotidiano da prtica educativa.

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49 3 A EDUCACAO FISICA NO CONTEXTO NA EDUCACAO DE QUALIDADE

Vivemos atualmente em um contexto histrico de incertezas quanto aos saberes e conhecimentos at ento pela escola socializada. A escola, enquanto espao de direito, apresenta-se atualmente caracterizada por uma diversidade cultural, manifestada nos gneros, etnias, religies e faixa etria. (DARIDO, 2000). Que cultura essa que est indo na contramo de um curriculum escolar conservador, e isso vo vem mudando, pois, a educao fsica vem crescendo em nvel curriculares com elementos para compreender a necessidade e a importncia de um projeto poltico pedaggico. (DARIDO, 2000).Onde nessa vertente traz um planejamento escolar para que venha a direcionar os professores em seus nveis escolares, e formas de aplicar seus contedos como grade curricular na escolar. (DARIDO, p.59.2000)

Isso para mostrar que a educao fsica ela realmente fundamental para o processo de formao intelectual e corporal fazendo com que esse processo possa trazer de um eixo norteador significa entender que a Educao Fsica na escola responsvel pela formao de alunos que sejam capazes de: participar de atividades corporais. (BETTI, 1991).

Atitudes de respeito mtuo, dignidade e solidariedade; conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestaes da cultura corporal; reconhecer-se como elemento integrante do ambiente escolar. (BETTI, 1991).

50 Hbitos saudveis relacionando-os com os efeitos sobre a prpria sade e de melhoria da sade coletiva; conhecer a diversidade de padres de sade, beleza e desempenho que nos existem diferentes grupos sociais, compreendendo sua insero dentro da cultura em que so produzidos, analisando criticamente os padres divulgados pela mdia. Para que o Brasil tenha uma Educao Fsica de Qualidade nas escolas, indispensvel que: Segundo (MOREIRA, 1998).A Escola e algo que integre totalmente o ser humano em todos os sentidos como de forma intelectual poltica social cultural e econmica onde pode se preparar para uma sociedade industrializada. (MOREIRA p.481998).

Seja obrigatria no ensino bsico (infantil, fundamental e mdio), independentemente de termos e circunstncias dos alunos, fazendo parte de um currculo longitudinal ao longo da passagem dos alunos pelas escolas; integre-se com as outras disciplinas na composio do currculo escolar. Que seja dotada de instalaes e meios materiais adequados; Tenha prticas esportivas e jogos em seu contedo, sob a forma de Esporte Educacional, que ao no reproduzir o esporte de rendimento ao ambiente escolar. Apresentar-se com regras especficas que permitam atender a princpios scios educativos, Possibilite ao aluno uma variedade considervel de experincias, vivncias e convivncias no uso de atividades fsicas e no conhecimento de sua corporeidade; Constitua-se num meio efetivo para conquista, de um estilo de vida, ativo dos seres humanos. Da Busca de uma educao fsica de qualidade nos seus diversos espaos para uma sociedade mais participativa. A Educao Fsica, ao ser utilizado em espaos distintos de toda ordem, como academias, clubes, condomnios, praias, reas pblicas e outras, para que se torne de Qualidade.

51 necessrio que se constitua numa expresso de democracia, atendendo as opes das pessoas e oferecendo condies de igualdade em suas prticas; Busque a percepo nos beneficirios da sua importncia ao longo das suas vidas. (MOREIRA, 1998).

Portanto venha desenvolvendo-nos mesmos padres de interesse em atividades fsicas; Ficando evidenciada a competncia dos profissionais responsveis nos programas de desenvolvidos.

Assim Seja praticada em instalaes e equipamentos compatveis com os objetivos e especificidades dos seus programas; Seja desenvolvida com efetividade para os objetivos formulados nos respectivos programas; Atenha-se em todas as aes s referncias ticas, sem concesses sob qualquer pretexto e circunstncia. Carta Brasileira de esporte educacional. (CBEE, 1989).

A Educao fsica tem que ter sua pratica, realizada em seus devidos locais adequados, e em nos diversos espaos. Podem ser utilizada em espaos distintos de toda ordem, como academias, clubes, condomnios, praias, reas pblicas e outras, para que se torne de Qualidade necessrio que: Segundo MENESES, (1998).a) Constitua-se numa expresso de democracia, atendendo as opes das pessoas e oferecendo condies de igualdade em suas prticas; b) Busque a percepo nos beneficirios da sua importncia ao longo das suas vidas, desenvolvendo-nos mesmos padres de interesse em atividades fsicas; c) Fique evidenciada a competncia dos profissionais responsveis nos programas desenvolvidos;d) Seja praticada em instalaes e equipamentos compatveis com os objetivos e especificidades dos seus programas;e) Seja desenvolvida com efetividade para os objetivos formulados nos respectivos programas;f) Atenha-se em todas as aes s referncias ticas, sem concesses sob qualquer pretexto e circunstncia.p.306-328.

O Enfoque enriquecido por Arendt (citada por PALMA FILHO, 1998), ao conceber a cidadania como; Direito a ter direitos, identificando-o como primeiro direito humano fundamental, do qual todos os demais se derivam. (FILHO, 1998 p.108).

52 Esse conceito parece ter grande abrangncia, mas no se restringindo a territrio ou nacionalidade. Alm disso, representa uma qualidade social do ser humano, que deve ser conquistada durante sua vida. (PALMA FILHO, 1998). A Educao Fsica, ela influenciada, mas vem sendo principalmente focada na pratica de movimento e isso acaba de forma atrada pela sistematizao para ensino escolar. (BETTI, 1991; CRUM, 1992), sofre da mesma limitao que acompanha o processo de educao formal, quando pretende contribuir para a plenitude da cidadania. Isto implica na necessidade de outras instituies sociais contriburem com a Educao Bsica, mas sem vincul-la somente a interesses particulares. Como o mercado de trabalho a partir dessas consideraes, alguns pressupostos podem ser inferidos na tangncia estabelecida entre a cidadania e a Educao (PALMA FILHO, 1998).Educao nunca neutra, podendo direcionar-se ou at mesmo gerar conformismo e subservincia ou posicionamento crtico e reflexivo com aspectos objetivos, (ideologia) subjetivo, (diretrizes curriculares), e as tendncias pedaggicas. (FILHO, p 102, 1998).

Alm disso, a Educao est a servio de um determinado tipo de cidadania que no pode ser ganha ou outorgada, mas sim conquistada. No primeiro caso, trata-se de uma cidadania relativa, ao passo que no segundo caso trata-se de uma cidadania plena. (FILHO, 1998). Isto posta, ainda que o paradigma predominante seja a liberdade individual em detrimento de outros princpios, a cidadania deve compreender a igualdade. No apenas a igualdade de direitos iguais. Segundo Rousseau citado por (PALMA FILHO 1998)

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Seria preciso no entender por esta palavra que os graus de poder e de riquezas sejam fortes e absolutamente os mesmos; mas que, quanto ao poder, ele se encontra abaixo de toda a violncia e nunca se exerce, seno em virtude da posio social e das leis. E quanto riqueza, que nenhum cidado seja suficientemente o pulento para poder comprar o outro, e que nenhum seja to pobre que seja coagido a vender-se. (p.104).

A Educao Fsica, incentiva e influencia, ao ato de praticas saudveis, para as crianas e o adolescente, e isso vai sendo principal foco de iniciao, e isso acaba impulsionando, o educando desencadear para um movimento de lazer, e bem estar, dando prazer em movimentar-se, locomover, proporcionando. Mais fora e habilidade corporal trazendo para a escolar onde considerada como um espao ideal para desenvolvimento de programas de promoo da qualidade de vida. E que todos juntos realizem programas educativos e com isso traga idias e estratgia para uma excelente promoo de qualidade de vida, tanto para as crianas, como para os adolescentes, e para a sociedade em si, para que venha nos proporcionando hbitos saudveis. Segundo libneo a uma grande importncia de um planejamento, pois, se relaciona com a realidade da escola, diante de fatores complexo que a escola traz no decorrer da estrutura escolar fazendo com que atravesse um significado poltico, econmico, e cultural caracterizado pela sociedade em que vivemos.

54 A atividade e reflexo que nos aplicamos tm relao em diversos fatores e com isso, as nossas aes e opo nos faz ter outra viso, mais com essa situao, h um cuidado, so de acordo com o que seguimos, mas temos que contar com as vivencias das crianas onde buscar direcionar para a sua realidade vivida.

55 4 Polticas publicas (Estrutura organizacional) em prol da melhoria da qualidade no ensino formal

O contexto atual da educao sobre a escola preparar para proporcionar um ensino de qualidade, respeitando a heterogeneidade e a individualidade da comunidade escolar. As leis que regem a educao nacional, as teorias e prticas educacionais discutidas nas universidades, congressos, frum, e reunies tratam da melhoria do ensino no pas e almejam uma escola de qualidade para todos, onde todos possam ter sucesso, ou como diz MANTOAN (2003) consigam a emancipao intelectual.

Uma escola que proporcione educao de qualidade para todos, visto que todo ser humano tem a capacidade de aprender de acordo com seus interesses e seu ritmo. (MANTOAN,p,67, 2003)

Escola atualmente se depara com novos desafios, entre eles, o de estabelecer condies mais adequadas para atender a diversidade dos indivduos que dela participam. (MANTOAN, 2003). Assumir, compreender e respeitar essa diversidade requisito para orientar a transformao de uma sociedade tradicionalmente pautada pela excluso. Para alcanar essa qualidade na educao, h a necessidade de renovar toda a estrutura educacional deixando para trs o ensino tradicional. (MANTOAN, 2003).

56 As responsabilidades dos governos para o fomento de educao fsica de qualidade, O Governo Federal, os Governos Estaduais e Municipais precisam, o mais urgente possvel, compreender o valor de uma Educao Fsica de Qualidade para a populao brasileira, o que dever ser expresso por estratgias de intervenes. (MANTOAN, 2003). A insero de uma Poltica de valorizao da Educao Fsica para os cidados brasileiros atravs de programas e campanhas efetivas de promoo das atividades fsicas em todas as idades, de acordo com suas especificidades; Adaptaes necessrias nas legislaes vigentes, principalmente na rea da educao, para que a infncia e a juventude brasileira sejam beneficiadas com uma educao Fsica desejvel. Valorizao da atuao dos Profissionais de Educao Fsica, abrindo concursos e oportunidades de trabalho para, atuaes em todos os espaos pblicos, alm da promoo de programas de capacitao, que possam contribuir para uma melhoria da Qualidade de Vida nas populaes sob suas responsabilidades. Compreenso da Educao Fsica como um meio de promoo da Sade e em decorrncia, propiciar aes favorveis nos campos legal, fiscal e administrativo; Discusso sobre polticas e gesto da educao tm sido objeto de vrios estudos e pesquisas no cenrio nacional e internacional. Trata-se de temtica com vrias perspectivas, concepes e cenrios complexos em disputa. Nesse sentido, fundamental destacara ao poltica, orgnica ou no, de diferentes atores e contextos institucionais marcadamente influenciados por marcos regulatrios fruto de orientaes, compromissos e perspectivas em escala nacional e mundial, preconizados, entre outros, por agncias e ou organismos multilaterais e fortemente assimilados e ou naturalizados pelos gestores de polticas pblicas. (BARROSO, 2006).

57Nessa tica, a discusso sobre tais polticas articula-se a processos mais amplos do que a dinmica interescolar, sem negligenciar, nesse percurso, a real importncia do papel social da escola e dos processos relativos organizao, cultura e gesto intrnsecos a ela. (BARROSO, p. 32, 2006).

Portanto, fundamental no perder de vista que o processo educativo mediado pelo contexto sociocultural, pelas condies em que se efetiva o ensino-aprendizagem, pelos aspectos organizacionais e, conseqentemente, pela dinmica com que se constri o projeto poltico-pedaggico e se materializam os processos de organizao e gesto da educao bsica. Assim, a anlise da gesto educacional pode se realizar por meio de vrios recortes e planos. Uma perspectiva importante implica no reduzir a anlise das polticas e da gesto educacional mera descrio dos seus processos de concepo e ou de execuo, (CASTRO, p.52 1998). Trazendo uma importncia, sobre maneira, apreend-las no mbito das relaes sociais em que se forjam mais condies para sua proposio e materialidade. Tal perspectiva implica detectar os tipos de regulao subjacentes a esse processo. Segundo BARROSO (2006, p. 13).O conceito de regulao, em que pesemos diferentes significados possveis, pode ser utilizado para descrever dois tipos diferenciados de fenmeno, mas interdependentes: os modos como so produzidos e aplicados s regras que orientam a ao dos atores; os modos como esses mesmos atores se apropriam delas e as transformam. p. 13, 2006.

Para efeito dessa anlise, e considerando a especificidade do sistema educacional brasileiro, buscar-se- apreender as concepes poltico-pedaggicas que norteiam a ao do governo federal no tocante Luiz Fernandes Dourado props de aes e programas implementados, visando materializao das polticas na rea, sem perder de vista que vrias outras mediaes interferem nesse processo.

58 O presente texto busca, portanto, situar as polticas direcionadas gesto da educao bsica por meio da anlise da proposio de aes, programas e estratgias articulados pelo governo federal. (RIBEIRO, 1999). Trata-se, portanto, de buscar apreender, no feixe dessas proposies, os limites e possibilidades gesto das polticas (dada a situao nacional, em que estado se municpios se colocam como principais atores na oferta da educao bsica no pas). (RIBEIRO, p.95 1999)De modo que var propiciar elementos para a compreenso dos processos de regulao e financiamento, bem como os arranjos institucionais que contribuem para a materialidade das polticas de gesto e organizao educacionais no Brasil., p.95.

No se objetiva, portanto, discutir pormenorizadamente os programas e, sim, o lgico presente na proposio e os limites interpostos sua materializao no mbito dos sistemas de ensino, especialmente no que concerne aos diferentes pressupostos que norteiam os programas: (RIBEIRO, p.20 1999) Plano de Desenvolvimento da Escola, Programa Dinheiro Direto na Escola e Programa Nacional de Fortalecimento de Conselhos Escolares. A gesto vem como objeto de investigao e ao poltica no contexto nacional, assim discusso sobre a gesto da educao bsica apresenta-se a partir de vrias proposies, bem como concepes e cenrios complexos, articulados aos sistemas de ensino. (RIBEIRO, p.35 1999). Nessa direo, fundamental situar os eixos que permeiam a presente anlise sobre gesto, no tocante concepo, formao e financiamento da educao.

59 A concepo de educao entendida, aqui, como prtica social, portanto, constitutiva e constituinte das relaes sociais mais amplas, a partir de embates e processos em disputa que traduzem distintas concepes de homem, mundo e sociedade. (RIBEIRO, p.55 1999). Para efeito desta anlise, a educao entendida como processo amplo de socializao da cultura, historicamente produzida pelo homem, e a escola, como lcus privilegiado de produo e apropriao do saber, cujas polticas, gesto e processos se organizam, coletivamente ou no, em prol dos objetivos de formao.

60 5 AS PRINCIPAIS DIFICULDADES APONTADAS PELOS ESPECIALISTAS NO TRATO DA EDUCAO EM NOSSO PAS.

Tendo em vista a situao do ensino pblico no pas vem sendo bastante comentado os fatores das series do ensino fundamental e mdio, pois sofrem com a falta de diversos fatores os salrios dos professores, o estado fsico das unidades de ensino e as condies socioeconmicas dos estudantes que foram avaliados atravs do programa do Enem (exame nacional do ensino mdio). Cabe ainda observar advindo das camadas mais pobres da sociedade em vias de regras com menos acesso, onde se tem uma reflexo para saber para onde estamos caminhando, fugindo assim da imagem falsa e vendida propaganda pelo capital atravs dos seus veculos oficiais de informao (Rdio, Televiso, etc.). O currculo e os saberes pedaggicos no ensino superior ainda um grande problema, a educao vem a cada dia inovando mais, e a sociedade vai se modificando e com isso trazendo pouco interesse, e estimo para que o povo. Algo que traga mais moradia, emprego, sade e dignidade, so coisas simples que levanta a auto-estima do ser humano. Crescendo e animado para dar sustentos as suas famlias, melhorando tudo isso o mundo estaria melhor. SACRISTN (1999).Ao afirmar que o conhecimento sobre fazer educao nunca foi algo exclusivo dos professores, pois ela vem acompanhada de diversos fatores e de direcionamento onde em parceria busca movimentar a famlia, a sociedade e fatores culturais desta educao (SACRISTN, p.21-32, 2010)

Assim, pensamos o currculo como um saber constitudo por elementos cientficos, sociais e empricos que vo se constituindo na histria da humanidade e vo se configurando como campo cultural da sociedade e de determinados grupos.

61No contexto da carreira obsessiva e do domnio geral do discurso da eficincia, as escolas, atravs de mais ilustres reformadores inspirados no mundo da empresa, importaram seus princpios e normas de organizao de forma extremada em ocasies delirantes, mas sempre com notveis conseqncias para a vida nas salas de aula(ENGUITA, 1989, p. 125 apud CARLLOTO 2002).

Dito de outro modo, o currculo na educao superior deve garantir a articulao entre o campo do ensino e da pesquisa, embora este seja um dos maiores desafios a serem enfrentados pelas escolas superiores nas ltimas dcadas. De acordo com Bernardo (1989) as universidades carecem de espao para os bons professores ou de pesquisa sobre a didtica, a metodologia de ensino, embora tambm, em muitos casos, faltem condies para o exerccio da pesquisa e conseqentemente sua presena no currculo. A partir de suas pesquisas Bernardo afirma que:O tema da indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa que, como sabemos, considerado como um verdadeiro mito, por outros considerado como a razo de ser e a forma de sobrevivncia mesma da universidade (...). Creio que o fato verdadeiro de o ensino e a pesquisa serem colocados de maneira obrigatria, como esto postos, acabaram por transformar todos os professores em professores-pesquisadores, indivduos que no conseguiram resolver em sua prpria existncia, essa associao forada entre duas atividades distintas, que exigem ritmos de trabalho e condutas bastante diferenciadas (BERNARDO, 1989, p. 36).

A realidade bem pontuada por Bernardo deixa claro que a busca de uma identidade dos docentes do ensino superior resultante da complexidade que perpassa a organizao curricular das escolas de ensino superior, visto que no raramente, nos deparamos com um cenrio no qual em poucas universidades, a nfase pesquisa secundarista a importncia da formao no ensino superior, desconsiderando sumariamente o papel de ensino tambm presente na universidade. Enquanto isto, dezenas de milhares de instituies isoladas sequer vislumbram iniciativas, ainda que tmidas, de pesquisa o que lhes confere a situao de centros de ensino. Na maioria das vezes, afastados da produo de saberes que no sejam da docncia e ainda por vezes precrio, sem o investimento na sua investigao mais sistematizada, intencional e objetiva.

62 Observa-se ento que, se h uma busca pela identidade por partes dos profissionais do ensino superior, que se encontram como pesquisadores, mas na maioria dos casos restritamente como docentes, no menos prioritrio deve ser o encontro da identidade das escolas superiores, e continuamente de seus cursos, com o fortalecimento do projeto pedaggico. O projeto pedaggico institucional e de curso, configura-se como carta de intenes e marcos de trabalho na educao superior, e no tem a finalidade de uniformizar o encaminhamento dos cursos, ou a autonomia docente, mas contrariamente, contribui para que as peculiaridades e particularidades de cada formao se tornem prioridade, num conjunto de princpios maior. , portanto, uma forma de retroalimentar o fazer, e de se estabelecer procedimentos eficazes de avano na qualidade, sem a qual no h salvao para a educao, e neste caso, no apenas uma qualidade de resultados e indicadores, mas sobre tudo de mudanas. (Greco, 2002). Segundo GrecoO Ensino ele bastante perplexo, pois muda de acordo com a sociedade de fortes poderes polticos e econmicos, e com isso, ela passa a permanecer com difcil entendimento pedaggico, como o profissional, em relao com sua qualificao, estimo e incentivo ao interesse para sua carreira. (GRECO, p.92, 2002).

Podemos entender que a educao reside no fato que cada sujeito social encontre sua identidade, e sua diversidade cultural, nas suas condies de ser e sua individualidade, e com ela tem que ter um dilogo, uma conversao, um ato, de cada um, saber compreender e fazer sua parte, pelo o seu prximo, pode ajudar bastante, na perspectiva de esperana, e no desiste nunca, claro que difcil ir contra toda a sociedade, mais com um esprito de que possa, a vir mudar, temos que sonhar.

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5.1 PRECARIZAO EDUCAO PBLICA NO BRASIL MAIS ESPECIFICAMENTE NA EDUCAO FSICA ESCOLAR. A escola brasileira prima pela formao tico-cvica de seus alunos (conscincia de seus direitos e deveres como cidado, habilitao para o exerccio da cidadania ativa, desenvolvimento do senso crtico indispensvel para pensar alternativas). Em constitui-se apenas como uma instituio destinada a preservar a dominao de classe, formando jovens para ocupar os postos de comando no aparelho do Estado e outros para ocupar as posies subalternas na sociedade. Segundo GEORGE ORWELLAs instituies polticas e sociais so um reflexo da estrutura social. Numa sociedade dividia em classes como a brasileira, pertinente crer que essa configurao social refletir se tanto nas esferas da vida pblica quanto na privada. (GEORGE, p.104, 2010).

Para uma melhor compreenso, basta ter em mente que os postos de trabalho mais preconizados, mal remunerados e com jornadas de trabalho prolongadas so ocupados por trabalhadores (as) de classe socioeconmica baixa, geralmente com formao mnima propiciada nas escolas pblicas. A precarizao da escola pblica a mais perversa face da dominao, do atraso e da excluso que imperam neste pas. Em So Paulo, o ensino se deteriora a cada dia, entretanto, o governo do PSDB finge que nada acontece. Alm disso, a lgica do ensino autoritrio elaborada por burocratas que nada tem a ver com a sala-de-aula, no respeitando as peculiaridades regionais, a diversidade tnico-cultural dos alunos, limitando ao mximo a autonomia necessria de uma instituio destinada educao.

64Tendo em mente essa situao, Importante refletir sobre as estrutura das escolas pblicas, que em muitos aspectos se parecem com instituies de carter militar, devido sua organizao hierrquica do trabalho, a disciplina em horrios rgidos, as penalidades disciplinares (que se chamam ocorrncias). (GEORGE, p.59, 2010).

Cabe uma ltima indagao: Qual o motivo das escolas terem estruturas similares aos dos presdios?As instituies de ensino no conseguem esconder seu carter de classe. Assim, apenas a partir da educao poltica para a mudana ser possvel uma sociedade mais justa, igualitria e solidria. (ORWELL, p, 45, 2010).

Este texto analisa os resultados do Sistema de Avaliao da Educao Bsica (Saeb) no perodo 1995-2005 que corresponde a uma srie histrica de seis aplicaes desse exame nacional. A anlise tem como objetivo discutir os resultados obtidos pelo Brasil, pela regio Nordeste e pelo Estado do Cear, tentando extrair significados no que se refere aprendizagem discente, bem como suas implicaes na definio de uma agenda poltica que vise a assegurar o direito educao, compreendido como o direito de aprender. A importncia da avaliao da aprendizagem na poltica educacional brasileira situa-se na dcada de 1990 quando se inicia um movimento sistemtico de reformas no mbito da Amrica Latina e do Caribe (Silva Jnior, 1999; Peroni, 2003; Dourado; Paro, 2001) em torno de uma poltica de descentralizao da oferta dos servios educacionais. No Brasil, foi criado o Saeb, que no decorrer dos anos tem passado por modificaes metodolgicas no intuito de disponibilizar com mais preciso e clareza, um retrato extremamente detalhado.Lei habilidades estudantil como matemtica ePortugus, no final decadagraus 4e 8anosdeprimrio eno final doterceiro (e ltimo) do ensino secundrio"(BROOKE, 2005, p.4)

65 Para permitiracomparao entre avaliaes aplicadas em anos anteriores nas respectivas sries e disciplinas, so selecionados itens ncoras, que funcionam como elementos que permitem uma avaliao comparada do desempenho dos alunos e o posicionamento numa escala comum. (BROOKE, p.54, 2005) Uma questo inicial para compreender o tema da presente discusso remete explicitao do conceito de desempenho escolar e tambm ao seu significado para apoltica educativa vigente. (PERONI, p.40,2003) Desempenho escolar uma noo necessria ou homogeneizadora? A preocupao com a avaliao no recente, tendo recebido ateno especial nos ltimos anos como componente bsico da reforma educacional no processo de regulao social. No escopo do Saeb, o desempenho escolar definido como os resultados obtidos pelos alunos do Ensino Fundamental e Mdio nas disciplinas de Lngua Portuguesa e Matemtica. (DOURADO, p.27.2001) Esses resultados so representados em uma escala de desempenho que descreve, em cada nvel, as competncias e as habilidades que os alunos so capazes de demonstrar.Essa escala, conforme esclarece o Relatrio Nacional do Saeb, possibilita identificar o porcentual de alunos que j construiu as competncias e as habilidades desejveis para cada uma das sries avaliadas, quantos ainda esto de construo, quantos esto abaixo do nvel que seria desejvel para a srie e quantos esto acima do nvel que seria esperado (BRASIL, 2002, p. 15).

A leitura do desempenho escolar viabilizada pela utilizao de testes elaborados a partir das Matrizes Curriculares de Referncia. (BRASIL, 1999). Construda e tomando como base descritores, que so uma associao entre contedos curriculares, e operaes mentais desenvolvidas pelos alunos (classificao, seriao, causa e efeito, incluso, correlao, implicao, etc.). Nas Matrizes as competncias so classificadas em trs nveis distintos bsicos operatrios e globais. de aes e operaes mentais que se diferenciam pela qualidade das relaes estabelecidas entre o sujeito e o objeto do conhecimento

66 Nas avaliaes do Saeb, para os diferentes Estudos sem Avaliao Educacional coorte definida 4a e 8a sries do Ensino Fundamental e 3a srie do Ensino Mdio os nveis de ao e operao esto presentes em todos os contedos e graus de escolaridade. Assim, um mesmo contedo referente a um nvel x de escolaridade pode dar origem a descritores de nveis bsico, operatrio e global. Isso possibilita a construo de um conjunto de itens para um mesmo contedo, de forma a distinguir, com maior grau de justia, o que o aluno j conhece o que est em vir a conhecer e o que ainda no conhece. A escala de desempenho em Lngua Portuguesa foi dividida em oito nveis e a escala de desempenho em Matemtica em dez, organizados de forma cumulativa.Para os alunos em nveis de escolaridade so testados para selecionar os que realmente dominam as habilidades descritas no(s) nvel/nveis anteriores da escala. Pois alunos vo se sentir com mais impulso para pode estar se infiltrando e se encontrando (BRASIL, 2002, p.14).

Para cada nvel apresentado o porcentual de alunos que dominam as habilidades nele descritas para cada srie. No caso de Lngua Portuguesa, em cada nvel, as habilidades de leitura foram distribudas nos seis tpicos da Matriz de Referncia do Saeb: procedimento de leitura; implicaes de suporte, do gnero ou do enunciado na compreenso dos textos; relao entre textos; coeso e coerncia no processamento do texto; relaes entre recursos expressivos e efeitos de sentido; variao lingstica (BRASIL, 2002, p. 13). Segundo o Relatrio de Lngua Portuguesa, a Matriz de Referncia do Saeb, nesta rea de conhecimento, est estruturada no foco leitura, o qual requer a competncia de apreender o texto como construo de conhecimento em diferentes nveis de compreenso, anlise e interpretao. Acrescenta, ainda, que os objetos de conhecimento ou contedos se apresentam como instrumentos de acesso s competncias lingsticas que o aluno/leitor demonstra por meio de um conjunto de habilidades especficas reunidas no foco da

67 leitura. Em Matemtica, a Matriz de Referncia do Saeb distribuiu as habilidades em quatro temas: Espao e Forma; Grandezas e Medidas; Nmeros e Operaes; Tratamento da Informao (BRASIL, 2002, p. 13). De acordo com Oliveira (2004) as reformas educacionais dos anos de 1990 tiveram como principal eixo a educao para a equidade social. Passa a ser um imperativo nos sistemas educacionais, inclusive na educao superior, formar os indivduos para a empregabilidade. Esse olhar sobre a realidade acentua as reflexes sobre a precarizao do trabalho docente. Pois, o que tem se levado sistematicamente a considerar como trabalho precarizado apenas o trabalho docente sob contratos temporrios sem estabilidade e direitos. Assim sendo, estariam circunscritos a esse universo apenas os docentes sem vnculos empregatcios com as Instituies de Ensino Superior (IES), ou seja, uma parte dos docentes das IES privadas e os docentes temporrios das IES pblicas. A essa abordagem de precarizao do trabalho bastante reduzida deve-se a uma compreenso no menos restrita de que os impactos da chamada reestruturao produtiva sobre os trabalhadores seriam exclusivamente econmicos, o que tem viabilizado uma percepo da precarizao do trabalho assentada apenas no contrato de trabalho, isto , em sua forma jurdica. Noutro sentido, ainda no verificado devidamente nessas reflexes, estariam outros aspectos do trabalho docente como a intensificao do trabalho, a flexibilizao e estagnao dos salrios, a subtrao de direitos sociais e o aumento da produtividade e dos nveis de exigncia institucionais, que escapariam percepo, tanto para os docentes temporrios como para os estveis. De acordo com Taffarel (2009), esse momento em curso faz parte do processo de mundializao da educao e surge exatamente num perodo de aprofundamento da crise do capitalismo, introduzindo modificaes inclinadas a aumentar as taxas de explorao do capital mudando o papel do estado, o papel da produo de tecnologia, o papel da educao e a composio da classe trabalhadora, com impactos significativos na luta poltica e ideolgica. Diante do exposto, apresentamos como hiptese deste ensaio que um dos elementos da precarizao do trabalho docente em educao fsica provavelmente se apresenta na fragmentao da graduao em licenciatura e bacharelado, entendendo que

68 tal fragmentao fruto dos novos ordenamentos legais, como exigncia educacionais para adequao ao novo padro de acumulao capitalista com o advento da reestruturao produtiva.

6 METODOLOGIA 6.1 Caractersticas do estudo Neste estudo foram analisadas as possveis intervenes do professor de educao fsica nas problemticas surgidas no decorrer das aulas ministradas, e com isso, pode verificar vrias dificuldades que o professor enfrenta e a importncia do papel do educador em intervir nesse tipo de problemtica para ajudar e a reduzir a essas causas. 6.2 Tipo do Estudo

69 A realizao da pesquisa foi descritiva de carter quantitativo com a utilizao de ferramentas como um questionrio com perguntas subjetivas de cinco questes para analisar seus respectivos resultados. Com os professores de educao fsica escolar publicas de fortaleza. Onde o campo emprico adotado neste trabalho foi s escolas pblicas da cidade de Fortaleza 6.3 Populao e Amostra A pesquisa foi realizada com dez professores de educao fsica, que no Ensino Fundamental II relatam suas experincias e vivencias no seu cotidiano que ministram aulas de Educao Fsica escolar e desenvolvem suas atividades nas respectivas escolas publicas. 6.4 Instrumentos Utilizados Folha de ofcio com perguntas objetivas e diretas. 6.5 Coletas de dados Com a autorizao e com seu consentimento dez professores abordados, participaram com livre espontnea compreenso assinando um termo de livre e esclarecimento.

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7 ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS

Atravs dos resultados obtidos, percebo a realidade vivida desses professores, cada um trouxe sua dificuldade especifica cada qual busca, superar e enfrentar mesmo batalhando, sendo com dificuldade, ainda continuam a trabalhar e tentam consigo melhorar de alguma forma, sem perder a esperana de uma educao mais democrtica. Mais so pelo gostar tanto dessa profisso que eles no desistem de continuar dando suas aulas, isso fica claro que esses professores, buscam realizar seus objetivos e serem reconhecidos pela sua profisso, ver o seu aluno crescendo e desenvolvendo aquilo que aprendeu em suas aula, e com isso para o professor fica muito gratificante, por saber que foi atravs do seu conhecimento, e dedicao que irar conscientiz-lo a ter mais cuidado com sigo mesmo e de um futuro formador de opinio.

71 8 RESULTADO E DISCUSSO A Pesquisa trouxe varias situao e dificuldades encontradas por 10 professores de educao fsica O primeiro professor relata sobre a falta de material e ausncia de alunos em suas aulas. Onde as escolas pblicas na maioria das vezes no se preocupam em fomentar essas problemticas do ensino pblico. J o segundo professor ele tambm em xito afirmar que a falta de participao dos alunos que so disperso e a ausncia em suas aulas, quer dizer o professor passa por essa problemtica e no tem sucesso em suas aulas, cad a motivao do profissional, e ate do prprio aluno de poder dar sua aula com uma boa participao e a empolgao de todos, que irar vivenciar com seus demais colegas, essa e a realidade diria. O Terceiro Professor, tambm afirma que a falta de materiais, da falta de espao, no caso, da estrutura fsica, o no reconhecimento da profisso, com os prprios colegas de outras disciplinas, a violncia praticada entre os alunos em salas de aulas. Todos esses fatores ocorridos em suas aulas so de fato prejudiciais ao seu contedo formalmente dado em suas aulas, pois fundamental importncia o desempenho e o bem estar integral do aluno para que ele venha disponvel e de livre de problemticas, e sem nenhum estresse, para que ele possa absorver melhor a atividade. Tudo isso causa, uma grande preocupao de como o aluno vai absorver esse tipo de reao e levar para o seu universo. O Quarto professor, tambm afirmar que ele ministra aulas, tambm ocorre essa falta de material e de estrutura fsica, pois ocasionando muita dificuldade, para complementar a sua aula, diante desse fato a escola no toma suas devidas providencias. E isso vem empurrando e se estendendo e trazendo um profissional frustrado e com muita dificuldade no seu ensino aprendizado, e assim prejudicando, para uma boa didtica para o professor e aluno que vem a ter fcil absoro para aplicar a sua atividade em si.

72 O Quinto professor traz a mesma problemtica como a de estrutura fsica e a falta de materiais. Onde realmente so ferramentas importantes, para o seu