monografia samuel 07-03-17 aprovadawiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=concep... · 5(6802...
Transcript of monografia samuel 07-03-17 aprovadawiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=concep... · 5(6802...
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
SAMUEL BEZERRA CORDEIRO
CONCEPÇÃO DE CHECK-LIST PARA MELHORAMENTO PRODUTIVO E DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA CENTRAL DE
ARGAMASSA DE UMA OBRA EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
JUAZEIRO DO NORTE – CE 2017
2
SAMUEL BEZERRA CORDEIRO
CONCEPÇÃO DE CHECK-LIST PARA MELHORAMENTO PRODUTIVO E DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA CENTRAL DE ARGAMASSA DE UMA
OBRA EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de especialista em Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Regional do Cariri, em cumprimento às exigências para a obtenção de título de Especialista.
Orientador: Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho
JUAZEIRO DO NORTE – CE 2017
3
SAMUEL BEZERRA CORDEIRO
CONCEPÇÃO DE CHECK-LIST PARA MELHORAMENTO PRODUTIVO E DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA CENTRAL DE ARGAMASSA DE UMA
OBRA EM JUAZEIRO DO NORTE-CE
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Pós-
Graduação em Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Regional do
Cariri.
Monografia defendida e aprovada, em (___ / ____ / 2017) com nota _______
Banca Examinadora:
_____________________________________________________________
Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho
Orientador
_____________________________________________________________
Membro I
_____________________________________________________________
Membro II
4
RESUMO
Vários são os fatores essenciais para o aumento da produtividade de um canteiro de
obras: a organização, visualização de linhas de fluxos e o controle de insumos são
exemplos disto. O presente estudo tem como proposta analisar e indicar melhoras
através de um check-list da central de argamassa de uma obra de ampliação de uma
fábrica de drywal lna cidade de Juazeiro do Norte. O estudo de caso foi realizado
através de coleta de material fotográfico e dados durante uma visita á obra com o
acompanhamento do engenheiro responsável. Por meio disto, observou-se que o setor
da betoneira merecia melhor acompanhamento gerencial para garantir melhor
produtividade e organização, sendo fornecido para isto uma lista com 10 itens para
serem questionados e com sugestões de correção para serem aplicadas pelo gestor da
obra. Guinado á esta ideia, a segurança do trabalho entra como item fundamental para
complementar e harmonizar o processo produtivo, por isto, também concebe-se um
check-list com análises nos setores: Saúde Física e Mental, EPIs, Meio Ambiente e
Maquinários.
Palavras-chave: Produtividade, Betoneira, check-list, Gerenciamento.
5
ABSTRACT
There are a number of factors that are essential to increasing the productivity of a
construction site: organization, visualization of flow lines and control of inputs are
examples of this. The present study aims to analyze and indicate improvements through
a check-list of the mortar center of a work of expansion of a drywall factory in the city
of Juazeiro do Norte. The case study was carried out through the collection of
photographic material and data during a visit to the work with the accompanying
engineer responsible. By means of this, it was observed that the concrete mixer sector
deserved better management follow-up to guarantee better productivity and
organization, being provided for this a list with 10 items to be questioned and with
correction suggestions to be applied by the project manager. Guided by this idea, work
safety is a fundamental item to complement and harmonize the production process.
Therefore, a checklist with analyzes in the sectors: Physical and Mental Health, EPI,
Environment and Machinery is also conceived.
Keywords: Productivity, Concrete mixer, checklist, Management.
6
LISTA DE FIGURAS
Fig.01: Logística da central de argamassa.......................................................................14
Fig.02: Layout de um canteiro de obras..........................................................................17
Fig.03: Modelo de um refeitório em um canteiro de obras.............................................20
Fig.04: Setor de carpintaria de uma obra.........................................................................21
Fig. 05: Setor de ferragem de uma obra..........................................................................22
Fig.06: Gráfico ilustrativo da fadiga................................................................................24
Fig.07: Medidas de segurança do trabalho na betoneira ................................................25
Fig.08: EPIs de uso contínuo na betoneira......................................................................28
Fig.09: Etapas de abastecimento e mistura em uma betoneira........................................30
Fig.10: Visão geral da central de argamassa...................................................................31
Fig.11: Armazenamento de cimento e brita.....................................................................32
Fig.12: Situação de operação de uma das betoneiras......................................................32
Fig.13: Desorganização de materiais...............................................................................33
Fig.14: Disposição dos agregados graúdos.....................................................................33
Fig.15: Peneirador manual...............................................................................................34
Fig.16: Sentido do fluxo produtivo..................................................................................38
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................08
2 OBJETIVOS...............................................................................................................09
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................10
4 METODOLOGIA.......................................................................................................11
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................12
5.1 Canteiro de Obras..........................................................................................12
5.1.1 Dimensionamento do Canteiro de Obras / NR 18..........................15
5.1.2 Dimensionamento de áreas de vivência..........................................16
5.1.3 Dimensionamento da carpintaria e central de aço..........................21
5.2 Estudo de Tempos e Movimentos..................................................................23
5.3 Segurança do Trabalho .................................................................................24
5.3.1 EPI - Equipamento de Proteção Individual....................................26
5.4 Dosagem........................................................................................................29
5.5 Etapas de Abastecimento da Betoneira.........................................................30
6 CENTRAL DE ARGAMASSA DA OBRA ESTUDADA.......................................31
7 DISCUSSÕES E RESULTADOS.............................................................................35
7.1 Check-list Quanto ao Gerenciamento............................................................35
7.2 Proposta de Fluxo Produtivo.........................................................................38
7.3 Check-list Quanto a Segurança do Trabalho.................................................39
7.3.1 Saúde Física e Mental.....................................................................40
7.3.2 EPIs................................................................................................41
7.3.3 Meio Ambiente...............................................................................42
7.3.4 Maquinários....................................................................................43
8 CONCLUSÃO............................................................................................................45
9 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................47
ANEXO I.......................................................................................................................49
ANEXO II......................................................................................................................50
8
1 INTRODUÇÃO
A construção civil desempenha um papel fundamental na economia brasileira,
tanto que atualmente há índices de evolução dos custos de construções no país como o
INCC (índice nacional da construção civil), onde segundo a Fundação Getúlio Vargas -
FGV (2016) os custos do setor da construção civil serve como "termômetros do nível da
atividade da economia".
Diante disto, manter-se no mercado e perdurar-se por muito tempo nele, é o
principal fundamento das construtoras. Para isto, o gerenciamento das atividades dentro
dos setores do canteiro de obras é de fundamental importância.
O setor de maior importância dentro de um canteiro de obras é o da central de
argamassa. É por ela que é confeccionada a maioria dos produtos que compõem as
partes estruturais, vedação e acabamento da edificação. Por isto um mau
dimensionamento de espaços e insumos, nos estudos de tempo e movimentos e na
gestão dos insumos da central de argamassa acabam por ocasionar desperdícios de
dinheiro e tempo.
Atualmente não há regras gerenciais para setores da betoneira. Algumas
construtoras que dispõe de selos do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), seguem
formulários próprios que auxiliam os gerentes de obra a manter a eficiência produtiva
do setor.
Na execução das atividades na betoneira são envolvidos alguns riscos de
acidente, choque elétrico, poeira, ruído, calor. Devido a tais cuidados, o operador da
mesma deve ser treinado para execução das atividades. Segundo o proposto na NR 18,
são atribuições do operador:
a) Manter o posto de trabalho limpo e organizado;
b) Instruir e verificar a carga e descarga de material e pessoas dentro da cabine;
c) Comunicar e registrar ao engenheiro responsável da obra qualquer anomalia no
equipamento;
d) Acompanhar todos os serviços de manutenção enquanto executado no equipamento.
Ter um documento de check-list em mãos pode ser considerado como uma
importante ferramenta para a implantação, instalação e manutenção eficiente dos
serviços inerentes á central de argamassa.
9
2 OBJETIVOS
Tem-se como objetivo geral deste trabalho fazer um estudo através de
levantamento de dados quanto a organização da central de argamassa de um canteiro de
obras na cidade de Juazeiro do Norte-CE.
Tem-se como objetivos específicos:
Descrever a estrutura física da central de argamassa de um canteiro de obras;
Coletar dados operacionais sobre o canteiro de obras e etapas da obra
relacionadas com argamassa;
Elaborar check-list com itens para possíveis melhoramentos gerenciais e
produtivos para ser aplicado futuramente pela construtora.
Elaborar check-list com itens para checagem diária em termos de segurança do
trabalho.
10
3. JUSTIFICATIVA
A cidade de Juazeiro do Norte - CE vem se destacando no cenário cearense
como uma das principais cidades do interior, nos setores econômico, social e político,
compondo a Região Metropolitana do Cariri.
Durante as duas últimas décadas, este crescimento tornou-se visível,
principalmente no setor da construção, porém, o amadurecimento das técnicas
construtivas e de gestão não acompanhou de forma efetiva a produtividade em canteiro
de obras, observando como resultado obras caras, com grande rotatividade de mão-de-
obra, desperdício de insumos e aplicação de técnicas arcaicas.
Um dos setores que mais é penalizado, dentre o layout de um canteiro de obras,
pela falta de gestão e acompanhamento é o setor da betoneira ou central de argamassa,
que por muitas vezes negligenciado, acaba por ser o local com maior aplicação de
recursos que são desperdiçados.
Logo, ilustrar a problemática deste setor em uma obra da referida cidade,
analisando as falhas com a possível fonte geradora e apontando medidas corretivas,
demonstram que é possível aplicar princípios gerenciais com a finalidade de prevenir
percas e gerir com certo grau de eficiência se observado alguns pontos estratégicos,
ilustrados em um check-list que sirva de modelo aplicável a obras do ramo da
construção civil.
11
4 METODOLOGIA
Este trabalho teve como base de pesquisa o levantamento quantitativo através da
observação da central de argamassa de uma obra.
A obra em questão consistia na ampliação de uma fábrica de placas de drywall e
produtos similares no Distrito Industrial do Cariri da cidade de Juazeiro do Norte-CE. A
construtora trata-se de uma terceirizada de pequeno porte, cuja sede também se localiza
na mesma cidade.
Foi realizada uma visita no mês de outubro/16, sob supervisão do engenheiro da
obra, para a coleta dos seguintes dados:
1. Coleta fotográfica da central de argamassa e arredores.
2. Conversa informal com o engenheiro e o betoneiro a cerca das atividades do
setor de estudo.
Após a coleta, apontou-se os meios improdutivos destacando as estratégias de
correção e melhorias, focado nas estratégias de melhoramento no tempo, movimentos e
qualidade executiva.
Com isto, criou-se um check-list para ser usado como modelo, pela construtora,
no aprimoramento das instalações das centrais de betoneiras em seus canteiros de obras.
12
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1 Canteiro de Obras
Segundo a NBR-12284/91 canteiro de obra são "áreas destinadas á execução dos
trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de
vivência".
As áreas ligadas diretamente á produção são as operacionais. As áreas destinadas
ás necessidades básicas humanas e de convívio são as de vivência.
Cada canteiro de obra apresenta características próprias. Generalizando, estas
podem ser apresentadas com os seguintes setores das áreas operacionais (SOUZA,1997,
pg.12):
Ligados à produção
Central de argamassa;
Pátio de armação (corte, dobra e pré-montagem);
Central de formas;
Central de pré-montagem de instalações;
Central de esquadrias;
Central de pré-moldados.
De apoio à produção Almoxarifado de ferramentas;
Almoxarifado de empreiteiros;
Estoque de areia, brita e blocos;
Estoques de cimentos e argamassa em sacos;
Estoque de tubos, conexões;
Estoque relativo ao elevador;
Estoque de esquadrias;
Estoque de tintas;
Estoque de metais;
Estoque de louças;
Estoque de barras de aço;
Estoques de compensado para fôrmas.
13
De apoio técnico/administrativo
Escritório do engenheiro e estagiários;
Sala de reunião;
Escritório do mestre e técnico;
Escritório administrativo
Recepção/guarita;
Chapeira de ponto.
Áreas de vivência Alojamento;
Refeitório;
Ambulatório;
Sala de treinamento;
Área de lazer;
Instalações sanitárias;
Vestiário;
Dentre a lista de fatores que incutem na produtividade para Schalk et al.(1982, p.
10), listam-se o processo e a sequência do trabalho, as instalações e os equipamentos, os
instrumentos e as ferramentas, as ações dos trabalhadores e o ambiente físico geral.
Segundo Borba (1998, p.15), a elaboração do layout de uma obra deve ser os
mesmo de uma indústria, principiados em:
1. Associação e unicidade de todos os setores e elementos do canteiro;
2. Mínima distância de deslocamentos, afinal, o transporte em nada produz;
3. Obediência do fluxo produtivo, sem cruzamentos e congestionamentos;
4. Racionalização dos espaços com o máximo de aproveitamento das suas
dimensões;
5. Promoção da saúde, segurança e bem estar dos funcionários e;
6. Facilidade na mobilidade de equipamentos ou linhas de produção com a
evolução da obra.
Mourão; Novaes; Kemmer (2009, p.12) relatam que o problema de transporte de
materiais pode ser suprimido com o estudo do layout do canteiro, com a posição
estratégica entre o guincho, a central de betoneiras (Figura 01), locais para o estoque de
material e entrada de caminhões.
14
Figura 01: Logística da central de argamassa
(Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/)
Percebe-se que a situação de implementação de um canteiro de obras (unidade
produtiva), muita das vezes, é feita de maneira ineficiente e aleatória, como mostra o
resultado do trabalho de Oliveira e Leão (1997, p.2), onde das 12 obras pesquisadas,
"apenas em uma das obras foram identificados estudos específicos para
dimensionamento dos equipamentos: viabilidade e capacidade da grua e capacidade da
betoneira para a produção do concreto no canteiro".
Focando-se no setor da betoneira (central de argamassa), segundo Oliveira e
Leão (1997, p.2), grande parte das obras em fase de estrutura, apresentavam
considerável distância entre as baias de armazenamento de agregados e depósito de
cimento, e a betoneira, sendo evidente a interferência na produtividade, implicando em:
1. Desperdício de tempo para carregamento da betoneira, logo, demora na
fabricação do concreto;
2. Desperdício de material durante o percurso;
3. Hiperdimensionamento da equipe de abastecimento;
4. Probabilidade de desenvolvimento de doença do trabalho em decorrência de
esforço excessivo do material, em longas distâncias várias vezes ao dia;
5. Congestionamento devido cruzamentos do fluxo de materiais;
15
5.1.1 Dimensionamento do Canteiro de Obras / NR 18
Entende-se que a disposição física de pessoas, materiais, equipamentos e máquinas
são organizados de forma mais eficiente possível, tornando o trabalho mais preciso e
possibilitando reduzir ao mínimo os movimentos dos trabalhadores.
Nesta colocação, gastam-se o mínimo possível de materiais e se reduz a solicitação
de máquinas (com isto o desperdício de combustível e a depreciação dos mesmos).
A Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção, divide-se ao longo de 39 capítulos e quatro anexos:
18.1 - Objetivo e Campo de Aplicação
18.2 - Comunicação Prévia
18.3-Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção PCMAT
18.4 - Áreas de Vivência
18.5 - Demolição
18.6 - Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
18.7 - Carpintaria
18.8 - Armações de Aço
18.9 - Estruturas de Concreto
18.10 - Estruturas Metálicas
18.11 - Operações de Soldagem e Corte a Quente
18.12 - Escadas, Rampas e Passarelas
18.13 - Medidas de Proteção contra Quedas de Altura
18.14 - Movimentação e transporte de materiais e pessoas
18.15 - Andaimes e Plataformas de Trabalho
18.16 - Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética
18.17 - Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos
18.18 - Telhados e Coberturas
18.19 - Serviços em Flutuantes
18.20 - Locais Confinados
18.21 - Instalações Elétricas
18.22 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas
18.23 - Equipamentos de Proteção Individual
18.24 - Armazenagem e Estocagem de Materiais
16
18.25 - Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores
18.26 - Proteção Contra Incêndio
18.27 - Sinalização de Segurança
18.28 - Treinamento
18.29 - Ordem e Limpeza
18.30 - Tapumes e Galerias
18.31 - Acidente Fatal
18.32 - Dados Estatísticos - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11
18.33 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da
Indústria da Construção
18.34 - Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na
Indústria da Construção
18.35 - Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP
18.36 - Disposições Gerais
18.37 - Disposições Finais
18.38 - Disposições Transitórias
18.39 - Glossário
Anexo I - Ficha de Análise de Acidente - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11
Anexo II - Resumo Estatístico Anual - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11
Anexo III - Plano de Cargas para Gruas
Anexo IV - Plataformas de Trabalho Aéreo
5.1.2 Dimensionamento de áreas de vivência
Esta norma sugere as condições mínimas para o dimensionamento dos setores do
canteiro de obras (Figura 02) intimamente ligados aos padrões para a higiene, saúde e
segurança do trabalho. Para isto, segundo a NR-18 “As áreas de vivência devem ser
mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza”, além de:
a) Possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento)
da área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente
dispostas para permitir eficaz ventilação interna;
b) Garanta condições de conforto térmico;
c) Possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
d) Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta
NR;
17
e) Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do
aterramento elétrico.
Figura 02: Layout de um canteiro de obras
(Fonte: http:// www.slideshare.net/MonicaKofler/aula-unidade-3/)
Quanto ás instalações sanitárias, a NR-18, sugere:
a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a
manter o resguardo conveniente;
c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário;
g) ter ventilação e iluminação adequadas;
h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra;
j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos
gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.
18
Os lavatórios também devem seguir um padrão da NR-18:
a) ser individual ou coletivo, tipo calha;
b) possuir torneira de metal ou de plástico;
c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);
d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;
e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),
quando coletivos;
g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.
O local destinado ao vaso sanitário também devem seguir um padrão da NR-18:
a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);
b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m
(quinze centímetros) de altura;
c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o
fornecimento de papel higiênico.
Os vasos sanitários também devem seguir um padrão da NR-18:
a) ser do tipo bacia turca ou sifonado;
b) ter caixa de descarga ou válvula automática;
c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de
sifões hidráulicos.
Os mictórios também devem seguir um padrão da NR-18:
a) ser individual ou coletivo tipo calha;
b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
c) ser providos de descarga provocada ou automática;
d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) do piso;
e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de
sifões hidráulicos.
19
f) no mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve
corresponder a um mictório tipo cuba.
Os chuveiros (local para o banho) também devem seguir um padrão da NR-18:
a) área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m2 (oitenta
decímetros quadrados),
com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso.
b) Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento
que assegure o escoamento da
água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou
provido de estrados de madeira.
c) Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individual ou coletivo, dispondo
de água quente.
d) Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a
cada chuveiro.
e) Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.
O vestiário (local para troca de roupa dos trabalhadores) também deve seguir um
padrão da NR-18:
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
c) ter cobertura que proteja contra as intempéries;
d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso;
e) ter iluminação natural e/ou artificial;
f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o
Código de Obras do Município, da obra;
h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;
i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura
mínima de 0,30m (trinta centímetros).
O refeitório (Figura 03) também deve seguir um padrão da NR-18:
20
Figura 03: Modelo de um refeitório em um canteiro de obras
(Fonte: http://totalfer.ind.br/site/produtos/refeitorio/#prettyPhoto)
a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
c) ter cobertura que proteja das intempéries
d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no
horário das refeições;
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis;
h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;
i) ter depósito, com tampa, para detritos;
j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra.
21
5.1.3 Dimensionamento da carpintaria e central de aço
Segundo a NR 18, dois setores produtivos do canteiro de obra são ilustrados na
norma: carpintaria e armação de aço.
A carpintaria (Figura 04) é o setor destinado ao corte e manipulação de tábuas,
sarrafos, barrotes e outros tipos de madeiras para a confecção de formas.
Figura 04: Setor de carpintaria de uma obra
(Fonte: http://reutilizandomadeira.wordpress.com/montagem-de-forma-no-canteiro-de-
obras/)
As operações de máquinas e equipamentos neste setor deve seguir um padrão da
NR-18, principalmente a serra circular que:
a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e
posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material
metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com
dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;
b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;
c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando
apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;
22
d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por
anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma,
durante a execução dos trabalhos;
e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do
fabricante e ainda coletor de serragem.
Quanto ao espaço físico, à carpintaria deve ter iluminação adequada, piso resistente,
nivelado e antiderrapante com cobertura para proteção de intempéries e queda de
materiais.
O setor de dobragem e corte do aço (Figura 05) tem a finalidade de confeccionar as
estruturas em aço das peças de concreto armado.
Figura 05: Setor de ferragem de uma obra
(Fonte: http:// http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/86/melhores-
praticas-corte-e-dobra-de-aco-362282-1.aspx)
Neste setor, deve seguir um padrão da NR-18, que solicita a dobragem e o corte de
vergalhões de aço em obra em ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e
estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias afastadas
da área de circulação de trabalhadores.
Solicita-se que a área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter
cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e
intempéries, além disto, que tenha iluminação adequada, sendo proibida a existência de
vergalhões de aço desprotegida.
23
5.2 Estudo de Tempos e Movimentos
Ao longo do tempo, o homem tenta buscar satisfação em seu trabalho através de
melhores condições com métodos produtivos e mais econômicos, e o estudo dos
movimentos possui como principal objetivo a elaboração de um efetivo plano de
trabalho, utilizando apenas os movimentos indispensáveis, para reduzir a fadiga entre os
funcionários.
Segundo Dantas (2011, p.20), os objetivos do Estudo dos Tempos e Movimentos
são:
Definir a melhor e mais econômica maneira de efetuar os serviços;
A padronização dos métodos;
A determinação e medição do tempo de execução de cada serviço;
Assistência e treinamento de novo método.
Durante o processo de análise, Dantas (2011, p.20), ainda indaga meios técnicos
de simplificação das atividades quanto á operação, ao espaço/lugar de trabalho e aos
equipamentos, quanto á organização, barateamento, novas perspectivas de ações das
atividades e a qualidade do bem estar do meio de trabalho.
Segundo Xavier (2001, p.32), o ritmo de trabalho é minimizado quando há uma
diminuição no esforço e da fadiga, principalmente:
Habilidade do operário em trabalho repetitivo;
Cadências curtas;
Fluxo balanceado de materiais.
No caso de ocorrência da fadiga e seus efeitos colaterais, o estudo dos tempos e
movimentos estabelece um coeficiente de tolerância para a fadiga com a finalidade de
dispor sua influência no tempo padrão. Ainda de acordo com Xavier (2001), há um
estudo como demonstrado no gráfico (Figura 06), em que o rendimento do operário
inicia-se no ponto zero atingindo seu ponto culminante em 1,0 de sua eficiência,
corresponde a 2,5 horas de trabalho. No outro turno, após o descanso, o seu
comportamento apresenta-se com rendimentos inferiores a primeira jornada de trabalho
por efeito da fadiga.
24
Figura 06: Gráfico ilustrativo da fadiga.
(Fonte: Xavier, 2011)
Além disto, Dantas (2011, p.24) salienta que a concepção de um canteiro de
obras deve seguir os seguintes tipos de planejamentos, em compatibilidade com as
técnicas de rede e os cronogramas físico-financeiros para melhor compatibilidade das
atividades:
Planejamento estratégico – determinação do que fazer com base nos critérios
competitivos (custo, prazo, velocidade) e nos objetivos das organizações.
Planejamento tático – definição sobre o que se deve produzir, quem o fará,
utilizando qual metodologia e em que quantidade nos horizontes de médio a
longo prazo. Estas ações auxiliam a gerência a distribuir os recursos.
Planejamento operacional – no curto prazo é definida a forma de execução dos
processos construtivos, além da identificação de problemas, para o
acompanhamento da produção no chão de fábrica, de forma semanal ou diária.
5.3 Segurança do Trabalho
O setor da betoneira, assim como qualquer outro no layout de um canteiro de
obras, apresenta riscos quanto á segurança do trabalho.
25
A betoneira por se tratar de uma máquina já passa a ser regida pela NR-12 -
SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Segundo
esta norma os itens que devem ser inspecionados para se evitar acidentes são (Figura
07):
1. A máquina a utilizar deve possuir toda a documentação necessária, desde o
Manual de Instruções (em Português) até aos registos de manutenção/inspeção;
2. Colocar o equipamento num local onde não haja circulação frequente de
trabalhadores, obedecendo as distâncias mínimas para os corredores de tráfego;
3. Garantir a operacionalidade e funcionamento do dispositivo de segurança;
4. Não retirar as proteções da transmissão com a máquina em funcionamento;
5. Proteger o circuito de alimentação com disjuntor diferencial de 30 mA, devendo
o cabo de alimentação estar devidamente isolado para enfrentar intempéries;
6. Inspecionar diariamente, através de uma observação visual, a existência de fugas
de lubrificante, ruídos e outras anomalias;
7. Assegurar o aterramento da máquina com responsabilidade técnica;
8. Colocar junto à máquina um extintor de pó químico e;
9. Proceder com a manutenção periódica e preventiva.
Figura 07: Medidas de segurança do trabalho na betoneira.
(Fonte: Cartilha de segurança e saúde do trabalho na construção civil/ES NR-18,
SEBRAE)
26
Além disto, os riscos que são observados na operacionalidade da betoneira são:
1. Ruído e Vibração;
2. Poeira, cimento e argamassa;
3. Postura inadequada, levantamento e transporte manual de peso;
4. Queda em mesmo nível ou com diferença de nível e;
5. Choque elétrico.
Com isto, o betoneiro fica exposto as seguintes consequências:
1. Ferimentos dos mais diversos tipos,
2. Cortes;
3. Fraturas;
4. Problemas respiratórios;
5. Dermatoses;
6. Eletrocussão e;
7. Queimaduras.
5.3.1 EPI - Equipamento de Proteção Individual
Visando-se prevenir riscos no local de trabalho, deve-se conhecer esses riscos
descritos acima, de que forma eles ocorrem, quem está exposto a eles e que medidas
podem ser adotadas a fim de preveni-los ou minimizá-los. Para o trabalhador aderir às
medidas sabidamente eficazes para a sua proteção, é necessário que ele tenha a
percepção do risco de acidente (SOUZA et al, 2008, p.18), sendo estes os causados por
agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
Durante todas as etapas construtivas e áreas de trabalho do canteiro de obras,
estes riscos estão presentes de vários tipos e grau de intensidade, como por exemplo na
central de argamassa/betoneira, são envolvidos alguns riscos de acidente (choque
elétrico), químico (poeira) e físico (ruído e calor). Para o operador de betoneira, lista-se:
capacete, luvas, botas, máscara, capacete, óculos, abafadores e avental como os EPIs
(Figura 04) indispensáveis para este serviço.
Segundo a NR-6, EPI é “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho”. Segundo Montenegro (2012, p.20) o trabalhador será mais
receptível ao EPI quanto mais confortável e de seu agrado este for, devendo ser prático,
proteger bem, de fácil manutenção, fortes e duradouros.
27
As exigências de desempenho de todos os padrões devem ser analisadas, a fim
de garantir que a exposição ao risco seja minimizada pelo uso de EPIs. Se um EPI for
inadequado ao risco para o qual aqueles para os quais foi criado, ele não fornecerá a
proteção adequada.
Os programas de avaliação da conformidade para EPI são desenvolvidos pelo
MTE em parceria o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO). Para que um determinado produto possa ser considerado EPI, há
necessidade de obtenção do Certificado de Aprovação-CA, emitido pelo MTE.
Em se tratando de especificações técnicas de EPI, Andrade Viana (2013, p.18)
argumenta:
É sabido que nem sempre se chega a um denominador comum quando se trata de equilíbrio entre as características de conforto e proteção de um mesmo EPI, quer pela despreocupação de alguns fabricantes em realizar pesquisas mais apuradas para atender clientes diversos em localidades diversas, considerando suas características incomuns; quer pela despreocupação das próprias empresas com a qualidade dos EPI que seus empregados irão utilizar, aliados à tímida atuação dos órgãos fiscalizadores. O resultado desses problemas é a resistência dos trabalhadores no uso dos EPI, ainda que estes ofereçam a proteção esperada.
Segundo a mesma autora:
Uma análise prévia das situações em que o EPI será utilizado e a sua adaptabilidade ao trabalhador, priorizando o máximo de proteção e o conforto, são fundamentais para que haja o uso efetivo do EPI, de forma satisfatória para as empresas e para os empregados.
Em suas pesquisas sobre protetores auriculares, Kwitko (2012. p.12) adverte:
O “I” do EPI significa “individual”. Não há como se escolher alguma coisa para alguém utilizar que não respeite a individualidade. Somente as jogadas de marketing e o comodismo de quem compra o equipamento, ou um completo desconhecimento de mínimos dados anatômicos, é que pode aceitar como “verdade” que um equipamento para ser usado dentro do meato acústico externo seja fornecido em tamanho único!
Segundo Vicente (2013. p.15):
Usar corretamente os EPIs é um tema em constante evolução, exigindo reciclagem contínua dos profissionais responsáveis, para assim, encontrarem medidas cada vez mais econômicas e eficazes para proteção dos trabalhadores, além de evitar problemas trabalhistas. O desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e regras básicas de segurança são ferramentas fundamentais para evitar à exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção a saúde das pessoas (VICENTE, 2008).
Segundo Vendrame (2007, p.13), a legislação trabalhista prevê a obrigatoriedade
28
de o empregador fornecer os EPIs adequados ao trabalho e diz também que o
empregador deve instruir, treinar fiscalizar e exigir o uso, além de repor os danificados.
Antes de qualquer outra colocação, cumpre esclarecer que os EPIs (equipamentos de proteção individual) foram concebidos única e exclusivamente para serem adotados apenas em situações bem específicas e legalmente previstas, como o caso em que medidas de proteção coletiva são inviáveis - casos de emergência - ou enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implementadas. O empregador brasileiro, contrariando a própria essência do EPI, faz uso deste como primeira opção, quando na verdade deveria ser a última, partindo, inclusive, do pressuposto que o EPI é remédio para todos os males em matéria de segurança do trabalho.
Ou seja, é necessária a busca por produtos ergonomicamente corretos que
atendam as verdadeiras necessidades do usuário, com atenção a um design moderno,
prático e com conforto. Essa usabilidade significa facilidade e comodidade no uso dos
produtos, tanto no ambiente doméstico como no profissional. A usabilidade relaciona-se
com o conforto, mas também com a eficiência dos produtos, assim a quantidade de
erros pode indicar ineficiência do produto (Iida,2005, p.15).
Além do aspecto da usabilidade, é fundamental que os EPIs sejam de boa
qualidade, caso contrário, o rompimento, quebra ou até mesmo materiais que não foram
preparados para determinado tipo de consequência poderão agravar os acidentes e
comprometer ainda mais a saúde de um funcionário.
Figura 08: EPIs de uso contínuo na betoneira.
(Fonte: Cartilha de segurança e saúde do trabalho na construção civil/ES NR-18,
SEBRAE)
29
5.4 Dosagem
Em uma mistura, a cimento e a água compõem a "pasta" que fisicamente
preenche a maior porção dos vazios entre os agregados, que após algum tempo endurece
e forma um material sólido, constituindo o material ligante que une as partículas dos
agregados.
Os agregados são os materiais inertes, ilustrados pelas areias e britas,
constituindo cerca de 60% a 80% do concreto, por isto a sua escolha tem grande
importância, atendendo as seguintes condições (ANDOFALTO, 2002, p.4)
1. Serem estáveis nas condições de exposição do concreto, não contendo materiais
com efeitos prejudiciais;
2. Apresentarem resistência á compressão e ao desgaste e;
3. Serem graduados, de modo a reduzir o volume da pasta, que deve encher os
espaços entre os agregados.
Economicamente a aplicabilidade dos agregados são o de gerar volume a mistura
e diminuir o consumo da pasta no sistema.
Geralmente os agregados devem ser formados por partículas duras e resistentes,
sem a presença de produtos deletérios como as argilas, mica, silte e etc.
A composição granulométrica dos agregados é determinada através de ensaios
padronizados de peneiração, com curvas de granulometria dentro de certos limites, de
modo que haja bom entrosamento entre os agregados misturados e pequeno volume de
espaço vazio entre suas partículas.
As propriedades ligantes da pasta são resultantes das reações químicas entre o
cimento e a água, sendo uma quantidade mínima de água para esta reação. Adiciona-se
uma quantidade maior de água numa mistura para obter-se a trabalhabilidade da
argamassa/concreto.
Deve-se observar a dosagem da água para se evitar a diminuição da resistência
da pasta, por isto a necessidade de medidores e tabelas de traços para serem seguidas
pelo responsável em dosar a mistura.
Costuma-se acrescentar à mistura aditivos que possibilitam, por exemplo,
diminuir a quantidade de água ou controlar o tempo de pega da mistura.
30
5.5 Etapas de Abastecimento da Betoneira
No mercado existem vários modelos de betoneiras, com capacidade do tambor e
carregamento variados, podendo ser auto-carregáveis, quando o abastecimento do
tambor é feito de forma mecanizada ou as convencionais, onde o abastecimento é feito
de forma manual.
As etapas de abastecimento (Figura 09) consistem em:
Com a betoneira já funcionando, colocam-se inicialmente as pedras e metade da
água, misturando-se por um minuto. Isso é feito para “lavar” a betoneira;
Adiciona-se o cimento e, por fim, a areia e o restante da água (com o aditivo
caso tenha);
O tempo total de mistura geralmente fica em torno de 3 a 4 minutos.
Figura 09: Etapas de abastecimento e mistura em uma betoneira.
(Fonte: http://construfacilrj.com.br/)
31
6 CENTRAL DE ARGAMASSA DA OBRA ESTUDADA
Durante a visita registrou-se a evidente desorganização da central de argamassa
(Figura 10). O espaço estava configurado com duas betoneiras com capacidade, cada
uma, de 400 litros (Figura 11); desorganização na disposição dos agregados graúdos e
miúdos, sem a preocupação de separá-los e evitar a mistura de materiais de
características distintas; havia um amontoado de pedras tipo rachão, que a princípio não
participam de forma direta das misturas, sendo seu armazenamento naquele local
desnecessário e impróprio; não havia cobertura para proteção dos funcionários e dos
equipamentos das intempéries; fiação elétrica cortava o ambiente pelo chão, o que é
proibido segundo a NR18.
Figura 10: Visão geral da central de argamassa.
Fonte: o autor (2016)
Próximo a betoneira ficava a reserva diária de cimento disposto em pallets
(Figura 12), porém o engenheiro da obra confessou que não haviam estudos de consumo
que justificassem a estimativa do quantitativo, alegando problemas constantes com a
falta de cimento, gastos não previstos com compras "de última hora" devido ao ônus de
frete e o valor agregado de produtos de origem de depósitos e a falta do feedback com
relação aos desperdícios.
32
Figura 11: Armazenamento de cimento e brita.
Fonte: o autor (2016)
Figura 12: Situação de operação de uma das betoneiras.
Fonte: o autor (2016)
Havia um espaço entre as duas betoneiras que servia como um depósito para
entulho, com restos de materiais de construção (Figura 13). Além de oferecer riscos de
acidentes, este espaço obstruía o fluxo produtivo de pessoas e materiais.
33
Figura 13: Desorganização de materiais.
Fonte: o autor (2016)
Houve a preocupação de se fazer padiolas para medir os constituintes dos traços,
porém por uma desatenção ou falta de treinamento do betoneiro, baldes (Figura 14)
estavam sendo utilizados para estas medições. A despadronização dos quantitativos dos
materiais pode ocasionar a ineficiência do produto final, além de uma queda na
qualidade produtiva com o desperdício de insumos.
Figura 14: Disposição dos agregados graúdos.
Fonte: o autor (2016)
Outro ponto observado foi a forma de obtenção da areia peneirada, com o uso de
um peneirador manual (Figura 15). Apesar de arcaico este instrumento ainda pode ser
utilizado, porém investe-se muito com um funcionário, tornando-o caro e pouco
34
produtivo. Além disto notou-se que não havia estoque de areia peneirada, ou seja perde-
se tempo com os constantes peneiramentos para os traços.
Figura 15: Peneirador manual.
Fonte: o autor (2016)
35
DISCUSSÕES E RESULTADOS
7.1 Check-list Quanto ao Gerenciamento
Após análise dos dados, foram apontados 10 questionamentos, inerentes aquela
obra, que devem ser assistidos para o melhoramento da produtividade do setor da
betoneira. Cada item contempla estratégias de correções para o gestor da obra aplicar:
1. Piso Resistente - piso capaz de resistir sem deformação ou ruptura aos
esforços submetidos? SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Medir as dimensões das betoneiras, a fim de mantê-
las uma ao lado da outra, deixando uma corredor de no mínimo 60 cm entre elas.
Nivelar o piso para acomodar as betoneiras. Fazer caimento de no mínio 0,5% para
evitar empoçamento de líquidos. Fazer o piso em concreto sarrafeado para garantir que
seja anti-derrapante e lavável.
2. Instalações elétricas atendem a demanda das máquinas? SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Aconselha-se que toda a tubulação e fiação seja
embutida no piso para evitar fiação aérea ou que possa facilmente ser danificadas. Cada
equipamento deverá ser aterrado e o sistema garantido através da comprovação e
emissão da ART. Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados,
sendo seus circuitos identificados. Aconselha-se adotar iluminação adequada para
trabalhos noturnos. Placas com identificação de "perigo choque elétrico" deve ser fixado
nos quadros energizados.
3. Cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de
materiais e intempéries? SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Confeccionar uma coberta com altura suficiente que
não impeça o funcionamento das betoneira (ver o caso das betoneiras autocarregáveis),
que não cause sensação de sufocamento e permita a circulação de ar. Garantir o
caimento que evite empoçamentos de água da chuva. Observar o lado poente e nascente
do sol, e colocar uma proteção que evite o ofuscamento e sufocamento dos raios solares.
36
4. Definição do sentido de abastecimento e "viramento" do produto da
betoneira. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Definir qual lado a betoneira sempre será abastecida
e qual lado era sempre irá tombar com a massa. Estrategicamente, o lado do
abastecimento ficará virado para as baias de areia e brita. O lado do tombamento
direcionado para o ponto de coleta por carrinho de mão ou gerica para a distribuição
para o canteiro de obras. Esta linearização garante total produtividade.
5. Ponto de água contínuo e de armazenamento. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Colocar uma torneira posicionada para o sentido de
"tombamento" da argamassa. Tonéis e caixas d'águas são necessários para armazenar
água e garantir abastecimento eficiente da água de composição e amassamento da
mistura. Mangueira é fundamental para fazer a limpeza da betoneira durante uma
"betonada" e outra, além da limpeza obrigatória ao final do expediente.
6. Disposição das baias, peneirador e cimento. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Quanto mais próximo da betoneira, as baias, melhor a
produtividade de abastecimento da betoneira. As baias devem ser de uso exclusivo de
cada material, sendo proibida a mistura de materiais distintos. As baias devem ser
acessíveis aos caminhões de abastecimento. O dimensionamento das baias é feito de
acordo com estratégia de abastecimento, se faz necessário o estudo de quantificação dos
traços diários, semanais... O peneirador (mecânico ou manual) deve-se estar
posicionado em frente a baia de areia. É obrigatório manter uma reserva diária de areia
peneirada, para evitar perca de tempo nesta etapa durante a solicitação de uma mistura
de argamassa. Deve-se dispor de um estoque diário de cimento ao lado das betoneiras.
Este estoque é a previsão mínima diária, evitando idas desnecessárias ao almoxarifado
para reposição do material.
37
7. Habilidade do profissional no manuseio da betoneira. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Deve-se fazer um treinamento com o betoneiro sobre
a forma correta de abastecer, misturar e descarregar a betoneira. As etapas devem ser
seguidas segundo consta na tabela de traços.
8. Tabela de traços, dosagem e testes de qualidade do concreto. SIM ( )
NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Deve ser fixada uma tabela com as informações úteis
sobre a dosagem dos agregados, água e cimento dos diferentes tipos de concreto e
argamassas de uso recorrente na obra. Além do mais, deve-se seguir com o ensaio de
Slump Test da NBR NM 67 - 1998 - Ensaio de Abatimento do Concreto (Slump Test) e
de moldagem dos corpos de prova NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem
e cura de corpos-de-prova.
9. Gestão de solicitação de demandas. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] O betoneiro deve gerir os pedidos de massas de
acordo com o grau de necessidade e afinidade das atividades. Os pedidos devem ser
feitos de forma planejada e com certa antecedência. Estas solicitações devem estar
ordenadas e visíveis para o betoneiro. Uma boa solução é a fixação de um quadro
branco com lacunas para serem preenchidas de acordo com a demanda de solicitação.
Quanto menos informações, mais claro será o entendimento.
10. Segurança do Trabalho. SIM ( ) NÃO ( )
[MEDIDA CORRETIVA] Deve-se seguir as informações e treinamentos
assessorados pelo técnico de segurança da empresa, quanto aos EPIs e EPCs, além da
correta conduta de segurança da atividade. Observar quanto ao perigo de incêndio e do
estado da betoneira.
38
7.2 Proposta de Fluxo Produtivo
A ideia central da lista acima está baseada no sentido produtivo da betoneira,
que consiste basicamente em um fluxo de produtividade (Figura 16), apontando em um
único sentido. Ir de encontro a este fluxo ocasionaria custos, perca de tempo e de
insumos.
Este fluxo inicia-se com a disposição e entrada dos insumos: brita, areia,
cimento e etc, logo a necessidade da existência de baias e de sua proximidade com a
betoneira.
Segue-se o processo com a alimentação da betoneira, dosagem, mistura e
tombamento da argamassa, para a última etapa que é a de distribuição do produto para o
seu destino de aplicação.
Figura 16: Sentido do fluxo produtivo.
Fonte: o autor (2016)
Com esta ciência, a aplicação do check-list torna-se mais didática, facilitando a
aplicação do layout do setor. Deve-se ilustrar que toda obra tem características próprias,
e tratando-se do canteiro de obras em questão nota-se que a desorganização não é
oriunda por falta de espaços, materiais ou mão de obra, mas apenas por falhas de gestão
que vem desde o alto escalão (engenheiro) até o operador da betoneira.
39
7.3 Check-list Quanto a Segurança do Trabalho
Na execução das atividades na betoneira são envolvidos alguns riscos de
acidente, choque elétrico, poeira, ruído, calor. Devido a tais cuidados, o operador da
mesma deve ser treinado para execução das atividades.
Segundo o proposto na NR 18, são atribuições do operador:
a) manter o posto de trabalho limpo e organizado;
b) instruir e verificar a carga e descarga de material e pessoas dentro da
cabine;
c) comunicar e registrar ao engenheiro responsável da obra qualquer
anomalia no equipamento;
d) acompanhar todos os serviços de manutenção enquanto executado no
equipamento.
Quando as coisas parecem simples e não são tomados os devidos cuidados é que
os acidentes acontecem. Em termos de Saúde e Segurança do Trabalho, as decisões
devem ser tomadas com base na análise de fatos e dados. Para aproveitar melhor estas
informações, algumas técnicas e ferramentas podem ser aproveitadas.
O objetivo principal é identificar os maiores problemas de um processo, produto
ou serviço e, com a análise, buscar a melhor solução. A ferramenta proposta para
garantir a operação segura da betoneira é o check-list ou Lista de verificação.
O objetivo desta ferramenta é gerar um quadro com dados claros, que facilitem a
análise e o tratamento posterior.
A coleta de dados não segue nenhum padrão pré-estabelecido e pode ser
adequada de acordo com as particularidades do processo fabril da empresa.
Para resultados mais efetivos é preciso que haja registro no formulário de os
responsáveis pelas medições, sendo capacitado para este fim como o técnico ou
engenheiro de segurança do trabalho e de quando e como estas medições ocorreram.
O check-list foi dividido em 4 áreas:
1. Saúde Física e Mental;
2. EPIs;
3. Meio Ambiente e;
4. Maquinários.
40
7.3.1 Saúde Física e Mental
Todo funcionário, antes de iniciar suas atividades profissionais em uma empresa,
fica obrigado a passar por exames de atestem a sua saúde ocupacional e paralelos a este
exames complementares, como a espirometria, de sangue, raios x e etc.
A abordagem deste tema no check-list, se limita a condições mínimas do
operador da betoneira, quando a queixas de dores, dificuldades respiratórias ou de
audição, que são os sentidos mais solicitados durante o trabalho:
1. COLABORADOR (ES) SE QUEIXA DE DORES NAS
ARTICULAÇÕES?
[PERCEPÇÃO] (Solicitar que ele pule, agache, aperte as mãos com força, dobre
braços e pernas, encoste na parede de costas, e movimente o pescoço)
2. COLABORADOR (ES) ESTÁ COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIO?
[PERCEPÇÃO] (Pedir para ele inspirar, encher bem os pulmões de ar e expirar,
por algumas vezes. perceber se ele tosse ou se não completa a ação por completo)
3. COLABORADOR (ES) ESTÁ OUVINDO?
[PERCEPÇÃO] (Perceba se ele(s) encurva(m) o corpo para tentar escutar
melhor ou se queixa que não entendeu as perguntas)
Caso o responsável em aplicar o teste perceba que o colaborador esteja com
alguma indisposição em pelo menos um dos itens acima, medidas preventivas devem
ser tomadas junto com o médico do trabalho, em caso extremos, afastar o funcionário
do cargo.
41
7.3.2 EPIS
O negligenciamento do uso dos equipamentos de proteção individual pode
resultar em acidentes do trabalho. A omissão deste requisito pode dar-se das seguintes
formas:
1. Portar o EPI mas não utilizar da forma correta;
2. Utilizar o EPI em ambientes com risco diferente a sua finalidade;
3. Não utilizar.
A equipe de segurança do trabalho, em canteiro de obras, precisa estar
constantemente se renovando e policiando os trabalhadores a fim de se evitar os
acidentes. Treinar, disponibilizar os EPIs e alertar sobre os perigos não extinguem os
riscos.
Diante disto, a averiguação constante e diária do porte e utilização correta dos
EPIs devem ser algo rotineiro, como sugere o check-list, com os seguintes
questionamentos:
1. COLABORADOR(ES) ESTÃO FARDADOS? EPI EM BOM ESTADO
PARA USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
2. COLABORADOR(ES) USÃO ABAFADORES?EPI EM BOM ESTADO
PARA USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
3. COLABORADOR(ES) USÃO MÁSCARAS? EPI EM BOM ESTADO
PARA USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
42
4. COLABORADOR(ES) USÃO LUVAS? EPI EM BOM ESTADO PARA
USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
5. COLABORADOR(ES) USÃO BOTAS? EPI EM BOM ESTADO PARA
USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
6. COLABORADOR(ES) USÃO ÓCULOS? EPI EM BOM ESTADO
PARA USO?
[PERCEPÇÃO] (Caso negativo obrigar o uso e reposição do item defeituoso.)
7.3.3 Meio Ambiente
O ambiente de trabalho também deve ser averiguado pois os espaços mau
organizados e com estruturas precárias podem criar um meio propício aos acidentes de
trabalho, além de gerar desconforto aos funcionários, ocasionando uma queda na
produtividade.
Sugere-se no check-list os seguintes itens:
1. O LOCAL ESTÁ BAGUNÇADO?
[PERCEPÇÃO] (Acúmulo de material, obstrução de passagens, piso
escorregadio, ambiente sujo? Solicitar a limpeza e organização imediata)
2. HÁ PRESENÇA DE ANIMAIS?
[PERCEPÇÃO] (Averiguar se há presença de animais. Em caso positivo acionar
o setor de zoonoses para o recolhimento do animal e gerar rotinas que impeçam a
atração de novos animais, como a presença de resto de comida.)
43
3. HÁ PRESENÇA DE TRANSEUNTES?
[PERCEPÇÃO] (A área está isolada? há pessoas não autorizadas no setor? Em
caso positivo deve-se isolar a área para se evitar o trânsito de pessoas)
4. AS LÂMPADAS ESTÃO EM BOM ESTADO DE FUNCIONAMENTO?
[PERCEPÇÃO] (Acionar o interruptor, caso não ligue, fazer a troca imediata.
As lâmpadas acenderam e mesmo assim o ambiente está escuro? Caso positivo,
aumentar pontos de luz)
5. O PONTO DE ÁGUA ESTÁ VAZANDO?
[PERCEPÇÃO] (Averiguar se há vazamentos e conserto dos mesmos)
7.3.4 Maquinários
A betoneira e o peneirador mecânico são máquinas, e para tanto devem ser
percebidas as indicações da NR 12.
Resumidamente, os itens de maior importância para serem averiguadas,
diariamente, sugerido pelo check-list são:
1. VERIFICAR O ATERRAMENTO DA BETONEIRA E DO
PENEIRADOR MECÂNICO: HÁ INDÍCIOS DE SABOTAGEM?
[PERCEPÇÃO: Caso identifique-se o erro, solicitar a correção junto com o
encarregado de instalações]
2. VERIFICAR A LIMPEZA DA BETONEIRA E DO PENEIRADOR
MECÂNICO.
[PERCEPÇÃO] (A betoneira tem de ser limpa no final do expediente, para estar
limpa no outro dia e manter a conservação da mesma)
44
3. A BETONEIRA E O PENEIRADOR MECÂNICO LIGA AO SER
ACIONADA NO BOTÃO DE IGNIÇÃO?
[PERCEPÇÃO] (Caso não haja resposta após dada a partida na ignição, solicitar
a correção com o encarregado de instalações ou mecânico responsável pela garantia das
máquinas.)
4. A CONCHA DE ALIMENTAÇÃO DA BETONEIRA SOBE SEM
INTERRUPÇÕES?
[PERCEPÇÃO] (Caso não haja resposta após dada a partida na ignição, solicitar
a correção com o encarregado de instalações ou mecânico responsável pela garantia das
máquinas.)
5. SIMULAR UMA PANE E APERTAR A BOTOEIRA DA BETONEIRA
E DO PENEIRADOR MECÂNICO DE DESLIGAMENTO. ELA FUNCIONA DE
FORMA EFETIVA?
[PERCEPÇÃO] (Caso não haja resposta após dada a partida na ignição, solicitar
a correção com o encarregado de instalações ou mecânico responsável pela garantia das
máquinas.)
45
8 CONCLUSÃO
Apesar do check-list não ter sido aplicado, o embasamento teórico que o
constituiu, reflete nos princípios básicos para as mínimas condições de produtividade
positiva, garantindo organização, segurança do trabalho, conforto aos funcionários,
controle e distribuição do produto final e gerenciamento dos insumos.
Teoricamente, os questionamentos apontados devem ser visto como modelo de
instrução para o pontapé inicial da concepção da central de argamassa, indicando que a
inobservância de um ou vários pontos prejudicará em algum ponto vital durante a
atividade produtiva do setor.
Acredita-se que o resultado só será positivo com a capacitação e atuação direta
do gestor da obra, sendo o check-list apenas uma lista de instruções a serem seguidas,
em suma, sugere-se que haja a aplicação de um calendário com datas de reaplicação da
lista para monitoramento de falhas e aplicação de estratégias de correção de falhas, além
de reciclagem técnica com a mão de obra atuante no setor.
Há a possibilidade das características funcionais da betoneira serem modificadas
durante a evolução da obra, como por exemplo, o acréscimo de betoneiras ou
mecanização no processo de abastecimento do misturador. Quando isto ocorrer, faz-se
necessário uma pequena revisão nos itens de forma técnica, com adição de novas
observações dentro de um dos 10 questionamentos listados. Este aprimoramento deve
ser acompanhado pelo gestor da obra ou o imediato de campo.
Quanto ao chek-list dos itens de segurança do trabalho, o modelo deve seguir
uma atividade rotineira, uma vez que a betoneira pode apresentar várias falhas em seus
diversos aspectos, que pode comprometer a integridade física e mental dos operadores
deste setor.
A rotina proposta no check-list tem a preocupação de entender a condição física
do operador antes de iniciar os processos, o que serve de alerta ao próprio betoneiro que
se sua saúde não está bem haverá falhas no processo. A preocupação dos EPIs (NR 6) é
outro fator de extrema importância, uma vez que a exposição a fatores de riscos é
evidente.
O meio ambiente limpo e organizado é fundamental, o foco deste procedimento
é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera atividade
ocasional quando os objetos estão muito desordenados, evitando acidentes e otimizando
os processos.
46
Por último, a preocupação com o maquinário, é o reflexo da habilidade do
colaborador em manter os processos de execução aprendidos durante seu processo de
treinamento e integração na empresa. Simular defeitos e ter agilidade em corrigi-los são
pontos que podem salvar vidas, além de identificar possíveis erros que possam vir a
ocasionar acidentes.
Sugere-se, para os trabalhos futuros realizar estudos de tempos e movimentos
durante todo o processo produtivo da betoneira como forma de aprimoramento do
check-list para se evitar ainda mais o desperdício de hora/homem e de insumos.
Também sugere-se fazer a aplicação do check-list em uma obra que possa estar
enfrentando algum problema operacional-produtivo, como do caso abordado neste
trabalho, e verificar a eficiência do documento proposto.
47
9 BIBLIOGRAFIA
ABNT. NBR 12284 /91-Áreas de vivência em canteiros de obras - Procedimento
ANDOLFATO, Rodrigo Piernas, Controle tecnológico básico do concreto, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Ilha Solteira, 2012.
ANDRADE VIANA, Luciana Rodrigues de. EPI: como conciliar segurança e conforto.Eletrobras Chesf, 2013.
BORBA, M. Arranjo Físico. 42p. 1998. Apostila do curso de Engenharia de Produção, UFSC. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/51933460/6/Principios-doArranjo-Fisico. Acesso em outubro/2016.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 -CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011.
______. NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011.
DANTAS, José Diego Formiga, 2011 - Produtividade da mão de obra - Estudo de caso: métodos e tempos na indústria da construção civil no subsetor de edificações na cidade de João Pessoa- PB- UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL.68p.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS; INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA - Ìndice Gerais de Preços, INCC. Disponível em <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B7684C11DF>
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. Disponível em: <http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/art_epi_cv.pdf> . Acesso em 03 de janeiro de 2016.
MOURÃO, C.A.M.A.; NOVAES, M.V.; KEMMER, S.L. Gestão de fluxos logísticos internos na construção civil - o caso de obras verticais em Fortaleza-CE. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GESTÃO E ECONOMIA DA CONSTRUÇÃO, 6., 2009, João Pessoa, PB. Anais ... João Pessoa, PB: IF-PB, 2009. 12 p
OLIVEIRA, Mônica Elizabeth Rocha de; LEÃO, Sandra Maria Carneiro. PLANEJAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE CANTEIROS DE OBRAS:
48
ASPECTOS QUE INTERFEREM NA PRODUTIVIDADE, Universidade Federal da Paraiba - Departamento de Engª de Produção João Pessoa - Pb 1997
SCHALK, Edson Gotts; FONTES, Lauro B.; BORBA, Gelmirez G. Produtividade do trabalhador brasileiro. Prêmio Fundação Emílio Odebrecht. 1982. 131 p.
SEBRAE, Cartilha de segurança e saúde do trabalho na construção civil/ES NR-18, disponível em: <http://www.areaseg.com/bib/06%20-%20Cartilhas/Cartilha_Seguranca_do_Trabalho_SEBRAE.pdf>
SOUZA, UbiraciEspinielli Lemes de , 1960 - Projeto e implantação do canteiro/ UbiraciEspinelli Lemes de Souza -- São Paulo : ONome da Rosa , 2000. -- (Coleção primeiros passos da qualidade no canteiro de Obras)
VENDRAME, Antônio Carlos. EPI: Não basta fornecer, tem de cumprir a legislação. Disponível em: <http://www.viaseg.com.br/artigos/epi.htm> Acesso em 25 de janeiro de 2017
XAVIER, D. B. Estudo de Tempos para o aumento da produtividade na construção civil. - UNAMA – 2001
49
ANEXO I
Figura 07: Modelo proposto de cheklist para segurança do trabalho do setor da
betoneira.
.
OBRA: RESPONSÁVEL: SETOR DE ATUAÇÃO: BETONEIRA BETONEIRO: DATA: / / 2015 AUXILIAR DE BETONEIRO: ITEM QUESTIONAMENTO ACEITE REFAZER ACEITE ABORTAR
1 SAÚDE FÍSICA E MENTAL
1.1 QUEIXA DE DORES NAS ARTICULAÇÕES? (SOLCITIAR QUE AGACHE, APERTE AS MÃOS COM FORÇA, DOBRE BRAÇOS E PERNAS, ENCOSTE NA PAREDE DE COSTAS, E MOVIMENTE O PESCOÇO)
1.2 ESTÁ COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIO? (PEDIR PARA INS PIRAR, ENCHER BEM OS PULMÕES DE AR E EXPIRAR ALGUMAS VEZES. PRECEBER SE TOSSE OU SE NÃO COMPLETA A AÇÃO POR COMPLETO)
1.3 ESTÁ OUVINDO? (PERCEBA SE ENCURVAO CORPO PARA TENTAR ESCUTAR MELHOR OU SE QUEIXA QUE NÃO ENTENDEU AS PERGUNTAS)
2 EPIS 2.1 ESTÃO FARDADOS? EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 2.2 USÃO ABAFADORES?EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 2.3 USÃO MÁSCARAS? EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 2.4 USÃO LUVAS? EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 2.5 USÃO BOTAS? EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 2.6 USÃO ÓCULOS? EPI EM BOM ESTADO PARA USO? 3 MEIO AMBIENTE
3.1 O LOCAL ESTÁ BAGUNÇADO? (ACÚMULO DE MATERIAL, OBSTRUÇÃO DE PASSAGENS, PISO ESCORREGADIO, AMBIENTE SUJO)
3.2 HÁ PRESENÇA DE ANIMAIS? 3.3 HÁ PRESENÇA DE PESSOAS NÃO AUTORIZADAS NO SETOR? (A ÁREA DEVE ESTÁ ISOLADA) 3.4 AS LÂMPADAS ESTÃO EM BOM ESTADO DE FUNCIONAMENTO? 3.5 O PONTO DE ÁGUA ESTÁ VAZANDO? 4 MAQUINÁRIO
4.1 VERIFICAR O ATERRAMENTO DA BETONEIRA E DO PENEIRADOR MECÂNICO: HÁ INDÍCIOS DE SABOTAGEM?
4.2 VERIFICAR A LIMPEZA DA BETONEIRA E DO PENEIRADOR MECÂNICO. (A BETONEIRA TEM DE SER LIMPA NO FINAL DO EXPEDIENTE, OU SEJA, TEM DE ESTAR LIMPA NO OUTRO DIA)
4.3 A BETONEIRA E O PENEIRADOR MECÂNICO LIGA AO SER ACIONADA NO BOTÃO DE IGNIÇÃO? 4.4 A CONCHA DE ALIMENTAÇÃO DA BETONEIRA SOBE SEM INTERRUPÇÕES?
4.5 SIMULAR UMA PANE E APERTAR A BOTOEIRA DA BETONEIRA E DO PENEIRADOR MECÂNICO DE DESLIGAMENTO. ELA FUNCIONA DE FORMA EFETIVA?
RESULTADOS:
Fonte: o autor (2016)
50
ANEXO II Figura 07: Modelo proposto de check-list para o gerenciamento do setor da betoneira.
PLANO DE MELHORAMENTO DA CENTRAL DE ARGAMASSA
OBRA: RESPONSÁVEL:
SETOR DE ATUAÇÃO: BETONEIRA BETONEIRO:
DATA: / / 2016 AUXILIAR DE BETONEIRO:
1 Piso Resistente - piso capaz de resistir sem deformação ou ruptura aos esforços submetidos?
SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Medir as dimensões das betoneiras, a fim de mantê-las uma ao lado da outra, deixando uma corredor de no mínimo 60 cm entre elas. Nivelar o piso para acomodar as betoneiras. Fazer caimento de no mínio 0,5% para evitar empoçamento de líquidos. Fazer o piso em concreto sarrafeado para garantir que seja anti-derrapante e lavável.
OBS:
2 Instalações elétricas atendem a demanda das máquinas? SIM RETRABALHO
NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Aconselha-se que toda a tubulação e fiação seja embutida no piso para evitar fiação aérea ou que possa facilmente ser danificadas. Cada equipamente deverá ser aterrado e o sistema garantido através da comprovação e emissão da ART. Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos identificados. Aconselha-se adotar iluminação adequada para trabalhos noturnos. Placas com identificação de "perigo choque elétrico" deve ser fixado nos quadros energizados.
OBS:
3 Cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries
SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Confeccionar uma coberta com altura suficiente que não impeça o funcionamento das betoneira (ver o caso das betoneiras autocarregáveis), que não cause sensação de sufocamento e permita a circulação de ar. Garantir o caimento que evite empoçamentos de água da chuva. Observar o lado poente e nascente do sol, e colocar uma proteção que evite o ofuscamento e sufocamento dos raios solares.
OBS:
51
4 Definição do sentido de abastecimento e "viramento" do produto da betoneira.
SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Definir qual lado a betoneira sempre será abastecida e qual lado era sempre irá tombar com a massa. Estrategicamente, o lado do abastecimento ficará virado para as baias de areia e brita. O lado do tombamento direcionado para o ponto de coleta por carrinho de mão ou gerica para a distribuição para o canteiro de obras. Esta linearização garante total produtividade.
OBS:
5 Ponto de água contínuo e de armazenamento. SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Colocar uma torneira virada para o sentido de "tombamento" da argamassa. Tonéis e caixas d'águas são necessários para armazenar água e garantir abastecimento eficiente da água de composição e amassamento da mistura. Mangueira é fundamental para fazer a limpeza da betoneira durante uma "betonada" e outra, além da limpeza obrigatória ao final do expediente.
OBS:
6 Disposição das baias, peneirador e cimento. SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Quanto mais próximo da betoneira, as baias, melhor a produtividade de abastecimento da betoneira. As baias devem ser de uso exclusivo de cada material, sendo proibida a mistura de materiais distintos. As baias devem ser acessíveis aos caminhões de abastecimento. O dimensionamento das baias vão de acordo com estratégia de abastecimento, se faz necessário o estudo de quantificação dos traços diários, semanais... O peneirador (mecânico ou manual) deve-se estar posicionado em frente a baia de areia. É obrigatório manter uma reserva diária de areia peneirada, para evitar perca de tempo nesta etapa durante a solicitação de uma mistura de argamassa. Deve-se dispor de um estoque diário de cimento ao lado das betoneiras. Este estoque é a previsão mínima diária, evitando idas desnecessárias ao almoxarifado para reposição do material.
OBS:
52
7 Habilidade do profissional no manuseio da betoneira. SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Deve-se fazer um treinamento com o betoneiro sobre a forma correta de abastecer, misturar e descarregar a betoneira. As etapas devem ser seguidas segundo consta na tabela de traços.
OBS:
8 Tabela de traços, dosagem e testes de qualidade do concreto. SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Deve ser fixado uma tabela com as informações úteis sobre a dosagem dos agregados, água e cimento dos diferentes tipos de concreto e argamassas de uso recorrente na obra. Além do mais, deve-se seguir com o ensaio de Slump Test da NBR NM 67 - 1998 - Ensaio de Abatimento do Concreto (Slump Test) e de moldagem dos corpos de prova NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova.
OBS:
9 Gestão de solicitação de demandas. SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] O betoneiro deve gerir os pedidos de massas de acordo com o grau de necessidade e afinidade das atividades. Os pedidos devem ser feitos de forma planejada e com certa antecedência. Estas solicitações devem estar ordenadas e visíveis para o betoneiro. Uma boa solução é a fixação de um quadro branco com lacunas para serem preenchidas de acordo com a demanda de solicitação. Quanto menos informações, mais claro será o entendimento.
OBS:
10 Segurança do Trabalho SIM RETRABALHO NÃO
[MEDIDA CORRETIVA] Deve-se seguir as informações e treinamentos assessorados pelo técnico de segurança da empresa, quanto aos EPIs e EPCs, além da correta conduta de segurança da atividade. Observar quanto ao perigo de incêndio e do estado da betoneira.
OBS:
Fonte: o autor (2016)