Monólogo De Um Amor Além Do Tempo Alberto Cohen Pega o teu jeito de gostar da vida e vem tentar,...

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Monólogo De Um Amor Além Do Tempo Alberto Cohen

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Monólogo De Um Amor Além Do Tempo

Alberto Cohen

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Pega o teu jeito de gostar da vidae vem tentar, de novo, resgatar-

meda solidão de nem saber que é

festao baile do outro lado da calçada.

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Dá-me o sorriso de cumplicidadedaquelas noites de feitiçaria

em que as sombras saltavam da parede

para o velho caderno de poesia.

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Sei que já me explicaste, mas preciso

ouvir, mil vezes, que é predestinado

o nosso querer bem de tanto tempo,

o nosso olhar nos olhos, sem palavras,

sem pedidos inúteis de desculpa.

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Vem, simplesmente, senta-te ao meu lado

e recosta a cabeça no meu ombro,faz de conta que nem chegaste

agora,estavas no jardim a colher flores,na cozinha fazendo um cafezinho,

dando nome às estrelas na varanda,espalhando sorrisos pela casa.

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Beija-me, assim, de forma que não muda

desde a primeira vez que nos beijamos.É nosso beijo, aquele que inventamos

como senha de acesso aos nossos corpos,

que jamais se possuem, sempre se entregam

ao romance, ao desejo, à parceria.

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Que nesse rito de acasalamento,em que sou teu discípulo e teu

mestre,aconteça um milagre, um recomeço,

sejas cativa em meu mundo encantado

e eu seja livre em ti que nem mereço.

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Monólogo De Um Amor Além Do Tempo

Alberto Cohen

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Monólogo De Um Amor Além Do Tempo

Poema de Alberto CohenFormatação: Cláudia L. Moraes

Imagens: InternetMúsica: Franz Schubert

Serenata