Moringa oleifera Uma Planta -...

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ISSN 1517-1370 Número, 9 Março, 1999 Moringa oleifera Uma Planta de Uso Múltiplo Tabuleiros Costeiros

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ISSN 1517-1370

Número, 9 Março, 1999

Moringa oleifera

Uma Planta

de Uso Múltiplo

Tabuleiros Costeiros

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República Federativa do Brasil

Presidente Fernando Henrique Cardoso

Ministdrio da Agricuitura e do Abastecimento

Ministro Francisco Turra

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa

Presidente Albeno Duque Ponugal

Diretores Elza Angela Bartaggia Brito da Cunha

Dante Daniel Giacomelli Scolari Josd Robeno Rodrigues Peres

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ISSN 1517-1310

Circular Técnica K 9 i, 1 lgg9

d A I / S E D E -.---.. -_- I

Moringa oleifera Uma Planta

de Uso Múltiplo

Maria Salete Alves Range1

Tabuleiros Costeiros

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Copyright 0 Embrapa - 1999

Embrapa-CPATC. Circular TBcnica no 9 Exemolares desta oublicacao oodem ser solicitados ao: . .

Centro de Pesquisa AgropecuBria dos Tabuleiros Costeiros - CPATC Av. Be8ia.Mar. 3:250 - Bairro 13 de,Julho

Caixa Postal 44. CEP 49025-040. Aracaju-SE Telefone 1791i217-1300 - Fax 1791 231-9145

e > . ., - 1 ---. i

- - . _ I Chefe Geral -- ,

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Chsfe Adjunto do Perquira & Derenvolvlmsnto Ededon Ribeiro de Oliveira

Chsfe Adjunto de Apoio T4cnko Luiz AlbeRO Siqueira

Chefe Adjunto Admlnlstratlvo JoEo Ouintino de Moura Filho

Tiragem 300 exemplares

RANGEL. M.S.A. Moringa oleifera; uma planta de uso múltiplo. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros. 1999. 41p. (Embrapa-CPATC. Circular Tecnica, 9).

Moringa oleifera; Planta; Cultivo alternativo.

CDD:634.9

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Me da capa e DiagriWlIg80 do teXi0 Aparecida de Oliveira SaIItafla

Fomgraiia da capa Gordon Daida

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A autora agradece ao Rev. John P. Medecraft da

AçBo Evang6lica de Patos/PB, pela valiosa

contribuiçBo do material bibliogr4fico e pelas foms

gentilmente cedidas.

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1 - Introdução 9

2 - Origem, descrição botánica e classificação 10

3 - Principais espécies 15

4 - Ecologia 18

5 - Distribuição geográfica 19

6 - Cultivo 20

7 - Usos 23

8 - Doenças e Pragas 32 9 - Melhoramento 3 2

10 - Potencial econômico, ambienta1 e benefícios sociais da

M. oleifera 33

11 - Condusões 34

12 - ReferOncias bibliográficas 35

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MORIN~A OLEIFERA LAM. Uma planta de uso míhlplo

Maria Salats Alvaa Ranpsl'

A moringa (Moringa oleifera Lam.) B uma cultura importante na índia, Etiópia, Sudão, e muitos países da Asia e Ambrica Central, onde suas raízes, folhas, frutos e sementes t8m aplicação para uso industrial, medicinal, como alimento, e outros (Verma et al., 1976; Ramachandran et al., 1980; Bhattacharya et al., 1982; Girija et al., 1982; Hartwell, 1982; Mayer e Seltz, 1993). c tambdm usada como quebra-vento e em sistemas agroflorestais (Price, 1992; Palada, 1992; O'Donnell & Palada, 1993; O'Donnel et al., 1994; Palada et al., 1994).

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O interesse pelo cultivo de plantas chamadas de 'uso múltiplo" tem crescido bastante. A variedade de produtos que podem ser obtidos e o número de usos que ,tais plantas podem oferecer as coloca como prioridades no desenvolvimento de breas rurais. Os diversos usos e potencial da moringa (Moringa oleifera) tOm atrafdo a atenção de pesquisadores, extensionistas, agOncias de desenvolvimento e produtores nas maiores regiiles do mundo.

Este trabalho apresenta uma revisão da literatura existente sobre o potencial da Moringa oleifera, objetivando um maior conhecimento do seu uso como complemento alimentar para as populeçiles de baixa renda, como coagulante nat-al para o tratamento de bgua - e em programas de reflorestamento e agroflorestais. . .

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' üiMoga. EPEAUEmbe+a Tabulairos Cortairos, Av. Wra-Ma, 3.250, ~ d x a Portal 44, CEP 49001 -970 Aracaju, SE. dataQcpac.smbapa.br

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2.1 Origem

A moringa B uma planta n k a de índia, amplamente cuitivada e naturaiiiada na Africa Tropical, AmBrica Tropical, Sri Lanka. MBxico. Malabar. Malásia e nas ilhas Fili~inas (Duke. 1983). E Conhecida por vá/os nomes (Benge, 1987). incluindo: India: horseradish tree, bem oil tree, drumslick e sohnia; Haitk benzolie, benzolivier, bem oieiire, bambou-bananier e graines benne ; Porto Rico: resed6, bem, jazmin francês; Repúbiica Dominicana: palo de aceite. palo de abejas, e libertad; A&a Central: paraíso de Espaiia e psraíso ; Cosia Rica: marango; Guatemala: perlas e paraiso blanco; El Salvador: teberinto; PanamB: jacinto; Honduras: muranga calalu; Col6mbia: sngela Guiana: saihan; Guadalupe: mokko e bem-aile; S u d b shagarat al rauwag.

2.2 Descriçáo botânica

A abra da planta varia de 5m a 12m com uma copa abmta em forma de sombrinha, lronco ereto 110cm-30cm de espessura) com casca esbranquiçada, esponjosa. As folhas têm formam de pena, verde-pblido, compostas, tripinatas, 30cm a 60an de compimenm, com 3 a 9 folfolos nas pinas terminais (Brown, 1950). Cada folklo tem de 1.3cm a Zcrn de comprimento e 0,km a 0.6cm de largura. As folhas laterais sHo quase ellpticas, enqumm que as terminais sáo obovatas e ligeirmnanta maiores que as laterais. As Rores são aomsticmnenm periumdss, brawap ou cremes medindo 2.5an de d i i o com estsmes mraaks, que nascem

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s8o pendulares, marrons, triangulares, achatados nas duas extremidades, com 30cm a 120cm de comprimento e 1.8cm de largura, e conthrn cerca de 20 sementes embebidas na polpa. Os frutos, quando secos, abremse longitudinalmente em tr8s panes. As sementes são marrons escuras com três asas e aspecto de papel. A raiz principal 6 grossa. A Brvore floresce e produz frutos e sementes durante todo o ano (Rarnachandran et al., 19801.

Moringa oleifera

Flor Fruto - cone longitudinal

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Moringa oleifera

semente inteira semente: corte longitudinal

flor - corte transversal dvulo

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Moringa oleifera

ernbriao: corte longitudinal antera

I botão floral

Divisão: Anthophyta Classe: Magnoliopsida SubClasse: Dilleniidae Order: Cspparidales Família: Moringaceae

diagrama floral

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3 - PRINCIPAIS ESPÉCES

A famíiia Moringaceae contem um Qnico m o , iUwhg8, e 13 espécii contnxidas, dém da M. w: Ohon

r - i 1 996) apro8onta uma peqwna descri- d w espódes: , , C * " *

-ahmv.idccMt Esta espécie, uma árvore de 15m de abra, foi coletada apenas uma vez, próximo de Mdka Mari no noroeste do Qudnia. Apenas 861 fbres e frutos são conhecidos - sua folhas jamais foram vistas.

li i ---

E m arbusto pequeno, tuberoso, o c o r r e d e a d e o ~ d o n o r t e d o Quênia através da Somla e no i sudoemte da Etiópia. A espécie tipo foi

> coletada próximo de Giumbo, Goscia, i Somdia, em 1822. - ---

Uma planta m n d o 12 m o + & dtwa, e8ta wpWa 4 d. &ep s a c a r k ~ a p a r t e ~ d a f r o n t e i r a « r t r e o ~ e a fndk. €móora, apmmmem, um pmente próximo dr oawmka- mente muito usada M. olbilbrs, M. eammamh únn ncr#do pouca atanç& cios -08, afora um daahaôo estuóo do 7 da flor por üutt, Nmayana e Pwathi, em 1978.

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rn MORINGA OLEIFERA - UMA PLANTA DE USO MÚLTIPL

kouhwrkrii J u d Esta espécie atinge uma altura de 15 metros com um

1 tronco grande em forma de garrafa. Grandes massas de flores brancas ou cremes s8o seguidas por um longo legume, caracterizado por sua constrição entre duas

8 grandes sementes. Esta planta nativa do sudoeste de : 1 Madagascar, é considerada venenosa.

Atingindo 25 rnetros de altura, M. hildebrandii é a mais alta dos membros da família. Por outro lado, as flores brancas, levemente zigomorfas, são as menores. Embora nativa da costa oeste do sudeste de Madagascar, M. hildebrandii 6 cultivada ao ->

redor de certos vilarejos na parte nordeste da ilha. 1 - - En* Ocorrendo no sudoeste da Etiópia, noroeste do Ou&nia e Somdlia, M. lon~iiuba 6 a mais freqüente das espécies f do noroeste africano. Isto pode ser devido

Ci a sua pequena estatura, raramente 6

crescendo mais do que 2 metros e com 1 ~ r e s vermelha brilhantes,

compiscuamente nasadas em caules nus, sem folhas. A flor em forma de um longo tubo difere bastante das outras espéci i de Moringa. O tubérculo de M. km#iíuba 6 usaâo pma curar Trypanosomiases em c r i w b de animais domésticos no norte do Oudnia. Entretanto, como as outras espécies de Moringa, a 'base qulmica para este uso e o potencial para outros usos nunca foi investigado.

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mrh@novriln&Drhdw.Bwgw Nativa do noroeste da Namibia e mdoem de Angola, esta esp6cii possui flores pequenas, esbranquiçadas, actinomorficas. Ocorre em populações quase puras c r i d uma paisagem estranha de troncos inchados e formas retorcidas.

Monhg.- (ii0nrAr.J w O nome perearina 6 dewiivado do Latim "piigrim" referindo-se ii grande abrangência desta espéciie - circundando o mar Vermelho desde o Vaie do Jordb para a SomYia e ao redor da Península Arábica para o golfo Persa. Como M. okifim, 6 também valorizada pelo 61eo extraício de suas sementes e por uma mirlade de usos medicinais. Supõe-se que o 61eo de M. pevsgrim tenha sido um dos mais importantes usados na - 0

mrh@npyprnirrv-rt Esta espécii 6 conhecida apenas pela

tipo em cobçóm, próximo de Oardho, Somdia. Parece ser uma erva

1 perene, com cerca de 5cm de altura crescendo de um tubérculo w b a e r r h ,

> podendo, no entanto crescer um pouco l mais. --- Este arbusto 6 encontrado no noroestct doQul)nia e mdoeste da Eti6pia. c correntemente dividida em duas suhspdch M. rime sp. Rivae com flores que v& do 'amareb ao ammronzado, e M. rivue sp. LongWqua com flores amwdai briihantes. --- M. pock ser facikmM#, distinguida de todas as outras formas ck Mori- por suas folhas pinatas com um grmb folklo e grandes fbrm vermelhas. É um arbusto ou Wore pequema da 7 maros ck daira.

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~ ~ ~ ~ E I C u f o d o n t i r Depois de M. olaifars, esta espécii da parte central do Qudnia e sudoeste da Etiópia, 6 talvez o membro mais economicamente importante do gdnero. Possui tronco massivo, flores actinomorfas e R cultivada primariamente por suas folhas, que são usadas na alimentaçao do mesmo modo que I as de M. oleifera. A planta R cultivada as

0 vezes em plantios mistos, nos quais M. i stenopetala forma a camada mais alta, crescendo ao lado com outras culturas, ' como sorgo.

Morhg8 sp. Uma espkie não identificada de Moringa coletada por Jan Gillet em 1977 pode ser uma esp4cie ainda não descrita. Foi encontrada próximo de Wajir, no Qudnia perto da fronteira da Somdia. As folhas não se encaixam com as folhas de nenhuma outra espdcie de Moringa e crescem em rosetas ao nível do solo um h6bito não compartilhado por nenhuma outra espécie do gdnero.

4 - ECOLOGIA

A Moringa cresce em regiões ecológicas desde as

- subtropicais secas a úmidas, até tropicais muito secas a florestas úmidas. É tolerante a seca, florescendo e produzindo frutos (Duke, 1978).

*.-E adaptada a uma faixa ampla de solo^, por6m se *' desenvolve melhor em terra preta bem drenada ou em terra preta ' argilosa, preferindo um solo neutro a levemente ácido, Recentemente, de acordo com Dalla Rosa (19931, tem sido

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introduzida nos atóis do Pacífico aonde o pH do solo 6 comumente maior do que 8.5. O mesmo autor cita que a planta cresce melhor quando a temperatura varia de 26OC a 40°C e a uma precipitaçáo anual de pelo menos 500mm. Cresce bem desde o nível do mar at6 1000m de altitude.

A planta produz menor quantidade de folhas quando se encontra continuamante sob strass hídrico. Em lugares onde o nível de precipitaçáo pluvial est6 abaixo de 300mm. requer um lençol freático relativamente alto, para produzir (Dalla Rosa, 1993).

Originalmente considerada como sendo recomendada apenas para cultivo em terras baixas a altitudes menores de 600m. Entretanto, a adaptabilidade da planta foi demonstrada pela descoberta de populaç8es naturais a altitudes de 1.200m no M4xico IJahn, 1986) e mais recentemente, foi encontrada por vdrios autores acima de 3.000m (Ram, 1994). M. oleifera pode crescer tamb6m numa variedade de condiçóes da solo. Embora prefira solos arenosos, solos pesadamente argilosos podem tamb6m ser tolerados, embora encharcamentos devam ser evitados (Ram, 1994). A planta 6 citada como sendo tolerante a geadas leves e pode se estabelecer em solos levemente alcalinos at6 um pH 9 (Valia et al., 19931.

5 - DISTRIBUIÇAO GEOGRAFICA

A faixa natural de ocorr6ncia natural da Moringa oleifera se estende da Ardbia B índia. Atualmente, 6 comum nos países dos trópicos do Velho Mundo - do Sul da Asia at6 a Africa Ocidental (von Maydell, 1986). c mais freqüente nas partes do Leste e Sul da Africa (Daiia Rosa, 1993). O Nordeste da Africa 6 o centro de diversidade da família, com nove esp6cies. No Brasil, 6 conhecida no Estado do Maranhão desde 1950 e usada como planta ornamental, tendo em vista o desconhecimento do seu uso como hortaliça (Amava et al., 1992).

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6 - CULTIVO

A informação disponível sob as condiçoes 6timas de cultivo para M. oleifera 6 limitada. AIBm de certas regiões da índia, onde o cultivo em larga escala 6 praticado, a planta recebe pouco ou nenhum tratamento horticultural. Em termos gerais, 6 conhecido que a planta cresce rapidamente de sementes ou estacas. As sementes náo requerem nenhum.tratamento pr6vio antes da germinação, com taxas de viabilidade para as sementes frescas de at6 80% reduzindo-se para aproximadamente 50% após 12 meses de armazenamento. Podem ser plantadas diretamente ou em sementeiras, com transplante ap6s 213 meses. A melhor @oca do ano para o plantio B o inicio da estaçáo chuvosa. Quando plantada durante a estaçáo seca, um sombreamento parcial deve ser providenciado e devem ser feitas regas diárias at6 a planta estar estabelecida.

As estacas sáo usadas primeiramente como cercas vivas. Ramos de l m a 1.5m de comprimento formam raízes rapidamente em poucos meses. Para ambos, sementes e estacas, a planta cresce a uma taxa remarchvel: B comum um crescimento de 3-4171 em um ano. A poda ap6s a colheita 4 recomendada para promover a ramificaç80 e aumentar a produção. Em condiçoes ambientais favoráveis, uma plante pode produzir 50kg a 70kg de vagens em um ano (Sherkar, 1993).

O uso de fertilizantes e regular irrigaçáo náo 6 essencial, sendo raramente praticado fora da india. A aplicaç8o de esterco antes da estaçáo chuvosa pode aumentar em tr8s veres a produção (Ramachandran et al., 1980; Jahn, 1986; Nauttiyal & Venkataraman, 1987; Jahn, 1989; Morton, 1991; FRIM, 1992; Ram, 1994).

Ramachandran et al. (1980) cite que plantas originadas de sementes produzem frutos de inferior qualidade. No Sudáo, o cultivo tradicional envolve sementes, enquanto que a propagação vegetativa 6 muito comum na índia, Indondsia, e partes do Oeste da Africa. Estacas, que emitem raizes com facilidade, são preferidas. Estacas grandes, plantadas em solos úmidos, enraízam rapidamente

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e produzem Arvores de tamanho razoAvel (Palada, 1996). Plantas originadas de estacas produzem com 6 meses a 8 meses após plantio. A produção 6 geralmente baixa nos dois primeiros anos; porhm, a partir do terceiro ano, uma Única Arvore pode produzir 600 ou mais frutos por ano (Ramchandran et al., 1980).

Na india, estacas de 100cm a 135cm de comprimento e 14cm a 16cm de circunferência sáo plantadas "in siiu" na estação chuvosa. As plantas improdutivas são eliminadas, deixando-se uma soca e partir do qual um ou dois ramos sáo permitidos para crescer. A partir desses brotos, estacas de 200cm de comprimento e 4cm a 5cm de diametro sáo selecionados e usados como material para plantio (Seemanthani, 1964; Peter, 1979).

A moringa pode ser plantada em um espaçamento de 3m x 5m. e as regas são feitas at6 as plantas se estabelecerem bem durante a estação chuvosa. Pesquisas realizadas na Universidade de Agricultura de Tamil, mostraram que a aplicaçáo de 7.5kg de adubo organico e 0.37kg de sulfato de ambnia por planta, resultou em um aumento de três vezes mais de mathria seca sobre as que não receberam aplicação (Sundarajh et al., 1970).

Moringa oleifera f ~ t o maduro e sementes

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8 - USOS

A moringa pode ser usada de várias maneiras, das quais podemos citar: como alimento; uso agronbmico; medicinal e industrial (Benge, 1987; Duke, 1987).

8.1 Uso de vbrias partes da planta como fonte de alimento

Quase todas as panes da moringa são ditas como sendo de valor alimentar. Nas Filipinas, 6 comum publicações contendo receitas de moringa (Food and Nutrition Research Center, 1987; Lanuza, 1987). As folhas são ricas em vitaminas A e C, e uma xícara delas oferece mais do que a dose dibria recomendada (Tabela 1). Possuem as características gerais de vegetais de folha, sendo ricas em cálcio e ferro e uma fonte muito boa de fbsforo. São consumidas como vegetais verdes, em saladas, em curries, como pickles e como condimento (Martin & Ruberta, 1979; Ramachandran et al., 1980 Duke, 1987). SBo largamente usadas, particularmente na índia, nas Filipinas, Haval e partes da Africa, com sendo um complemento vegetal suplementar altamente nutritivo. São consideradas de grande potencial para pessoas desnutridas e como fonte suplementar de proteína e chlcio (Ramachandran et al., 1980; D'Souza e Kulkarni, 1993). Ram, 1994). Os frutos novos são levemente mais ricos em proteína (Tabela 2). No sudeste asihtico, as vagens novas são cozidas como um vegetal (Peter, 1979; Ramachandran et al., 1980). Na Malbsia, (Duke, 1983) e tamb6m em algumas regiões da India, as sementes sáo usadas seja como ervilhas verdes, no seu estado imaturo, ou fritas, no seu estado maduro, possuindo um gosto de amendoim. A planta 6 tamb6m boa para a produçáo de mel porque suas flores atraem as abelhas (Jahn et al., 1986).

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Tabda 1 Composição das folhas e frutos de Moringa oleifera

para 100g de porção comestível*

'Adaptado de Aykroyd (1 966).

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Tabda 2 Com~osicBo de aminohcidos de folhas e frutos

de Moringa oleifera (gll6gN)

I ~omwnmtes I ~ o ~ h r n I ~rutos I Arginina I 6.0 I 3.6 Histidina 2.1 1.1

- ~ I Valina I 7,l I 5.4 I 'Adaptado de Weaith da rndia 119621, citado por Ramachandran et al.. (19801.

Lisina Triptofano Fenilamina Metionina Treonina Leucina Isoleucina

Um dos nomes mais comuns da planta, 6 o "horseradish tree" ou "rabanete picante". O nome provem do uso, pelos europeus, da raiz como um substituto para o rabanete. Morton, (1991) no entanto, adverte que tal pratica não deve ser recomendada, pelo fato de a raiz conter 0.105% de alcalóides, especialmente moriginina, e um bactericida, espiroquim, podendo ambos ser fatais após ingestão.

As flores, que devem ser cozidas, são consumidas sejam misturadas com outros alimentos ou fritas com manteiga e t8m se mostrado ricas em potássio e cálcio (Busson, 1965; Ram, 1994).

4,3 1.9 6.4 2.0 4.9 9.3 6.3

Os frutos verdes imaturos são, provavelmente, de todas as partes da planta, os mais valiosos e amplamente usados. As vagens são geralmente preparadas de forma similar Bs ervilhas verdes e t8m um leve sabor de aspargos. São altamente nutritivos, contendo todos os aminohcidos essenciais (Ramachandran et al., 1980).

1.5 0.8 4.3 1.4 3.9 6,5 4.4

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7.2 Usos na agricultura

A moringa tem diversos usos na agricultura. Talvez o mais comum deles 6 o uso como sebes, servindo como cerca viva ou quebra-vento (Jahn et al., 1986). Em algumas partes do Sudeste da Asia, a planta 6 usada como suporte para culturas trepadeiras como inhames e pimenta preta.

As folhas sáo usadas como raçáo animal na índia e na Indon6sia, e pastejadas por animais dom6sticos em certas partes da Etiópia, (Le Houerou & Corra, 1980) e usadas para prevenir doenças de tombamento idamping-oíi) em pl8ntulas (Price, 1993, 1995). Price & Meitzner (1996) usam as folhas de moringa como um dos componentes da dieta na alimentação de porcos, no Haiti.

As raizes são usadas como nematicida (Guzman, 1984). A moringa 6 usada tamb6m como uma planta ornamental nos .Estados Unidos e Africe (Jahn et al., 1986).

O potencial da moringa em plantio misto e em sistemas agroflorestais para produçáo vegetal sustent6vel. est8 sendo investigada na Estaçáo AgronBmica Experimental da Universidade das Ilhas Virgens em St. Croix. plantada como sebes junto com outras esp6cies como leucena (Leuceena leucocephala (Lsm.) de Wit, gliricidia (Gliricidia sepium (Jacq.) Walp.. e guandu IíCBjanus cwen (L.) Milsp.1. Após a leucena, a moringa B a segunda em termos de produçk de mat6ria seca total (biomassa) e maior do que a gliricidia após 2 anos de crescimento (Tabela 3). A leucena e a moringa exibem crescimento mais r6pido após a poda (0' Donnell et al., 1994). Em relação ao cultivo associado com outras culturas, a moringa 6 altamente competitiva com beringela (Solanum melongena L.) e milho doce (Zea mays L.), reduzindo a produçb dessas culturas por mais de 50% (Palada et al., 1994). Variedades de batata doce e s t b sendo avaliadas em termos de crescimento e produçilo em plantios associados com moringa (Price, 1990).

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Tabela 3 Produção total de materia seca de Moringa oleifera

em relação a outras esp4cies. em sistemas consorciados'

'Adaptado de O' Donnell et al. (1 994). SeparaçSo das medias em colunas pelo Teste de Duncan (P 5 0.05)

7.3 Usos medicinais

A maioria das partes da planta tem valor medicinal, incluindo entre outras, antídoto (contra centop4ias. escorpiaes e aranhas) bactericida, diurdtico, estrog8nice, expectorante, purgativo, estimulante, tbnico e vermífugo (Duke, 1987). As flores são anti-helmínticas e cura inflamaç8es, doenças musculares, tumores. De acordo com Hartwell (1982) as flores, folhas e raízes são usadas na medicina popular para cura de vgrios tumores e as sementes para cura de tumores abdominais.

O óleo extraído das sementes da moringa 4 levemente tóxico se tomado internamente, por4m 4 aplicado externamente pare doenças de pele. Extratos aquosos de sementes de moringa stio usados na Guatemala contra bact4rias que causam doenças de pele, como St8phlococcus aureus e Pseudomonas eeruginose (Rice, 1992).

A casca 4 usada como antiescórbica e exsuda uma goma avermelhada algumas vezes usadas contra diarrdias. Em Bombaim, a deccocçllo da casca da raiz 6 usada como um fermentado para aliviar espasmos (Peter, 1979). A raiz 4 amarga e usada como tbnico para o corpo e pulmóes e para enriquecer o sangue. E laxativa e diur4tica (Peter, 1979). Embora todas as partes da planta possam ser utilizadas na

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medicina tradicional, a química e a farmacologia de diferentes partes da planta são pouco conhecidas. Nenhuma recomendação de uso poder6 ser feita sem um suporte científico sobre as propriedades medicinais (Ramachandran et al., 1980; Booth & Wickens, 1988; Morton, 1991).

7.4 Usos industriais

A moringa possui vários usos industriais. As sementes produzem 38% a 40% de um 61eo conhecido como Ben 61eo. que é usado para lubrificar relógios e outras maquinarias delicadas. E também usado na fabricação de perfumes (Duke, 1987; Ramanchandran et al., 1980). An6lises realizadas por Mahejan e Sharma (1985) indicaram que a planta é adequada para uso como matéria prime para produção de pulpas, usadas em celofanes e texteis.

7.4.1 Sementes de M. oleifera como fonte de 61eo

O interesse pelo 6leo extraído de Moringa oleifera, comercialmente chamado 'Ben" ou "Behen" existe h6 mais de um s4culo. Em 1817. foi apresentado a Casa da Assembléia da Jamaica, uma petiçáo contendo as vantagens do 61eo. A petiçáo descrevia o 6100 como sendo útil para saladas e culin6ria e igual ou melhor 6100 do que o de Florence como iluminante, dando uma luz clara sem fumaça. Um artigo posterior, apresentado B Sociedade Jamaicana de Artes, em 1854, citou que o 6100 foi testado por duas f6bricas de rel6gios em Kingston mostrando-se similar aos importados. Trabalhos subseqüentes indicaram que o 6100 foi usado extensivamente como um lubrificante at6 ser substituldo recentemente pelo 6100 de esperma da baleia. H6 refarencias recentes do uso do uso do 6100 na industria de cosm6ticos e na culin6ria. entretanto, nHo h6 evidencias que suporte isto (Anon, 1904).

O primeiro estudo sobre a composição do 6100 foi conduzido em 1848 (Jamison, 1939) o qual revelou um 61eo gorduroso com um alto ponto de fusáo. Este foi

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t subseqüentemente chamado acido beh6nico do qual o 61eo recebeu o nome comercial Ben. Posteriormente, diferentes estudos foram conduzidos para determinar a sua composição e características. O 61eo produzido 6 de cor amarelo pdlido, com sabor de castanha. A Tabela 4 apresenta detalhes obtidos dos esiudos mais recentes da sua composição. A variação na composição e quantidade de Bcidos graxos individuais prov6m primariamente de diferenças na variedade das sementes usadas e as t6cnicas analíticas utilizadas (Sutherland et al., 1996).

Tabda 4 Andlise da composiçao de Bcidos graxos do 61eo

da semente de M. oleifera

Fonte: Sutherland et al. I1 9961.

A composição em dcido ol6ico (73%) 6 similar a do 61eo de oliva e como tal 6 adequado ao uso alimentar (Dahot e Menon, 1985). Mais recentemente, o 6leo tem sido mostrado como sendo particularmente efetivo na confecçáo de sabão (Donkor, 1992).

Ap6s a extração do 61eo. a torta obtida pode ser utilizada como fertilizante. Seu uso na alimentação animal não tem sido recomendado por conter um alcal6ide e uma saponina (Booth e Wickens, 1988). Trabalhos recentes estão sendo conduzidos para verificar isto e se necesshrio para determinar

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m6todos adequados para desintoxificação. A extração em pequena escala, do 6100 da moringa, estB sendo estudada, por6m ainda não existem resultados publicados (Sutherland et ai.).

7.4.2 Sementes de M. oleifera como tratamento qufmico da Bgua

O uso de materiais naturais de origem de plantas para clarificar superfícies de Bguas não 6 uma id6ia nova. O tradicional uso de sementes de M. oleifera para uso como filtro dom6stico tem sido limitado e certas Brea rurais do SudHo.

7.4.2.1 Tratamento de Bgua para uso dom6stico

As vagens com sementes devem ser deixadas para amadurecer na Brvore e coletadas quando secas. As 'asas" leves e as cascas das sementes são facilmente removidas, deixando apenas e parte branca. O material deve então ser titurado muito bem e socado com o uso de um pilão. A quantidade necesshria de semente depende de quanta impureza a Bgua contem. Pare tratar 20 litros de Bgua (quantidade equivalente a um balde grande) são necesshrias cerca de 2 gramas de sementes trituradas (duas colheres de chB rasas de 5ml ou duas tampinhas de refrigerantes cheias). Em seguida, adiciona-se uma pequena quantidade de Bgua limpa As sementes trituradas, para formar uma pasta. Coloca-se então a pasta dentro de uma garrafa vazia (uma garrafa de refrigerante 6 ideal). Adiciona-se uma xícara (200ml) de Bgua limpa e agita- se por 5 minutos. Esta açHo ativa as substancias químicas nas sementes trituradas. Filtra-se e solução com um pano branco de algodão, colocando-a dentro de um balde de 20 litros com a Bgua a ser tratada. O conteúdo deve então ser misturado rapidamente por 2 minutos e depois misturado vagarosamente por 10-15 minutos. Durante este período, as partículas das sementes de moringa se juntarão, coagulam com as bact6rias e formam partículas maiores, as quais decantam no fundo do balde e 16 permanecem. Ap6s uma hora, a Bgua limpa pode ser retirada (Folkard, 1996).

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Em relação B r m w ã o de bactérias, reduções na ordem de 90-99% tem sido obtidas (Janh, 1981; Madsen et al., 1987).

Deve ser observado então que o uso do tratamento com sementes, como também como todos os outros coagulsntes, naturais e qulmcos, não produz água purificada. Embora o risco de infecçb possa ser altamente reduzido de modo que a água possa ser chamada potável, alguma forma de desinfecçb como fervura 4 ainda recomendada.

Nas áreas rurais do Sudb e Malawi, sementes maceradas de moringa são usadas pare purificar a hgua pothvel, por coagulaç30 (Berger et ai., 1984; Jahn et ai., 1986; Bensimon, 1992; Mayer e Stelz, 1993). O p6, resuhmte da maceração das sementes, momou-se tóxico pare protozoários íTer&ymena pyrifomis) e bactérias (EschericlUa cob1. AIBm do uso para purificar água, a moringa 4 também usada como lenha para suprir a escassez de outras fontes (Jahn et al., 1986; Mayer e Sheitz, 19931.

Estudos de toxicidade, mutagenicidade e carcinogenicidade tem sido conduzidos para determinar o potencial de risco associado com o uso de M. 01- em tratamento de água. Foi isolado um composto com efeito tóxico rn organismos testados; entretanto, em todos os estudos conduzidos, foi ixnclufdo que não havia evid4ncia pare sugerir que a toxina poderia ter um efeito agudo ou tóxico crbnico ou carcinog4nico em hummos, particularmente nas doses baixas requeridas para o tratamento de 4gua (Berger et al., 1984; Grabow et al., 1985).

Estudos recentes t4m demonstrado que M. oleifera pode ser usada em uatamento de 8hoS vdumes de água. Experimentos conduzidos em um sistema de tratamento de água em Malawi, demonstraram que as sementes podem produzir uma água tratada de qualidade similar B produzida usando-se sulfato de alumínio que 4 o coagulame mais comumente usado (Sutherland et al., 19941.

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9 - DOENÇAS E PRAGAS

A podridão da raiz causada por Diplodia sp. tem sido observado. Os principais fungos que atacam a moringa são: Cercospora moringicola, Sphaceloma morindae, Puccinia moringae, Oidium sp. e Polyporus gilvus (Duke, 1983).

Entre as pragas, a lagarta de pelo, Eupterote molifera Wlk. pode causar defoliação e requer pulverização para controle. Outras pragas citadas na literatura originada dos estudos na índia, incluem um afideo (Aphis caraccivera), lagartas, (Tetragonia sva), Metanastia hytaca e Helioti armiger, um Ceroplastodes cajani, um besouro Diaxenopsis apomecynodies e uma mosca do fruto Glitonia (Ramachandran et al., 1980).

A mosca do fruto (Glitonia spp.) infestam os frutos que secam no topo e apodrecem. As folhas de plantas jovens são atacadas por varias espticies de besouros (Myllocerus discolor var. variegatvs, M. 1 I-pustulatus, M. tenuiclavis, M. viridanus e Ptochus ovulum) (Duke, 1983).

10 - MELHORAMENTO

A otimização da produção de plantas de moringa, atravBs da seleção de clones adequados depende do propósito para o qual a planta ser8 cultivada. Uma variedade de tronco cuno de M. oleifera (PKM1) tem sido desenvolvida na índia, numa tentativa para otimizar a produção. Originalmente desenvolvida como uma planta perene, muitos dos produtores cultivam esta variedade como uma anual. Após a colheita (duas colheitas por ano) a planta 6 arrancada e um novo conjunto de plRntulas 6 plantado. Uma das vantagens de tal prática ti que a planta permanece apenas por um ano e B menos prov8vel de ser atacada por doenças (Jahn, 1989). H8 tambtim um potencial para hibridizeção da M. oleifera com outros membros da mesma famíiia. M. stenopemla cufod. (M. stenoperale) tem sido citada como contendo agentes floculantes que mostram uma alta homologia com M. oler'fera (Tauscher, 1994). Como M. stenopetale produz sementes maiores do que M.

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oleifera, 6 bem possível aumentar a produção de sementes com tais híbridos. A produção de 6100 de M. aleifera pode ser aumentada tamb6m. com a obtenção de um híbrido de Moringa oleifera e Moringa peregrina (Forssk.) Fiori, que 6 altamente produtiva (aproximadamente 50% de 61eo).

A seleção de clones e o desenvolvimento de híbridos 6 considerado essencial para maximizar a capacidade total de M. olejfera (Jahn, 1989; Morton, 1991).

11 - POTENCIAL ECON6MICO. AMBIENTAL E BENEdCIOS SOCIAIS DA M. o h i h a

Os múltiplo usos da M. oleifera a torna uma planta altamente valiosa. O uso das folhas como um complemento alimentar altamente nutritivo a torna ideal para o desenvolvimento de comunidades rurais, onde h6 escassez de vegetais verdes. Adicionalmente, o uso mundialmente espalhado da população asiática tem criado um mercado pequeno por6m sempre em expansão para exportação de frutos de M. oleifera frescos e em conserva. Em v6rias cidades da Europa, os frutos podem ser obtidos frescos vindos do QuBnia e outros países da Africa. Existe no mundo inteiro um mercado em potencial para o produto.

O uso da M. oleifera como uma cultura tem benefícios ambientais óbvios. A planta tem sido utilizada dentro de um programa de reflorestamento em distritos pr6ximos a fronteiras da Som6lia/QuBnia. O potencial para uso dentro de outros programas de reflorestamento B enorme, considerando a habilidade da planta de sobreviver em condiçóes adversas e em solos marginais. O manejo da planta depender8 da finalidade de cultivo. Quando se pretende utilizar as sementes para a produçáo de 6100 ou tratamento de Bgue, entáo os frutos náo poder80 ser usados como vegetais, embora as folhas possam ainda serem usadas s6 para fins culin6rio.s. E necess6rio cuidados quando remov8-Ias, para garantir que os botões florais e as sementes jovens não sejam danificadas prejudicando as colheitas subseqiientes.

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Os muitos produtos e usos da planta, combinados com sua habilidade de florescer com o mínimo de cuidados horticulturais, em condições extremas de clima e solo, torna-a uma planta ideal para inclusão dentro de programas de reflorestamento e diversific~ão de cultura, para as regiões de tabuleiros costeiros e baixadas litortíneas do Nordeste do Brasil.

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