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V
tara ta
A49IGNATCBA MA PROVÍNCIA
1 mez 500 réis 3 mezes 1£400 réis A correspondência sobre administração a LO-
RENA QUEIROZ, calçada do Combro, 10, 1.*. Numero 493
ASKUMATVEA
1 mez
3 mezes.. ..
Avulso
EM LIWBOA
AanuBÕios, linha 20 réi
Publieações ho corpo do
jornal, por linha 6t? réis
LISBOA
TERÇA-FEíKÀ 3(J DE DEZEMBRO DE 1873
EXPEDIENTE
Pedimos aos srs. assi-
gnantes das provindas se
sirvam renovar as suas
assignaturas até ao ulti-
mo dia do corrente mez,
afim de não soffrerem in-
terrupção no recebimento
da folha.
Brougham
Este celebre homem dc Estado e
par de Ir^laterra, rasceu em Edim-
burgo a 17 desetenbro de 1778. Fez
cs seus prin eiros esiudos na escola
superior de Edimburgo, passando na
idade ce quinze annos á universidade
da morna cidade, c não decorrendo
muiio Umpo que se não fizesse notar
pela sua vi\a intelligencia e aptidão
exlraordinaria.
Depois de algumas viagens, insere-
veu-se no rol dos advogados da sua
terra, onde fez uma brilhante figura.
Mais tarde íacçou-se no campo da po-
litica, colaborando em alguns jomaes,
em que se tornou também notável pelo
seu vasto talento e aprimorada critica
e ardor.
Publicou alguns trabalhos de grande
mérito, sendo entre elles, dois volumes
de ccencmia politica que lhe fizeram
alcançar entre os hemens competentes
uma grande e justa nomeada.
Foi deputado, ministro e par de In-
glaterra, com o titulo de barão Brou-
gham e Vaux. Como ministro teve que
emprehender uma grande lucta, para
vencer a resisiencia tenaz dos lords
que viam encarnada n'elle a re\olu-
çào.
Lcrd Brcugham ou.<eja como sábio,
como politico ou como escripior occu-
pou e manteve um dos primeiros loga-
res entre os períinagens eminentes de
Inglaterra.
Morreu a 9 de maio de 1868.
Vae pedir a sua reforma o sr. capi-
tão Lemos de cavallaria 5.
FOLHETIM
0 brinco de Ermelinda
(Continuação)
E estacreatura manccmmunadacom
o bicho nau, para adivinhar nos ca-
sos difficeis, não tinha a magreza e
extraordinário svmbolismo, que nos
tem dito.
Era gerda, milagrosamente gorda.
Seus pequininos olhes, vivos e mtve-
diços, como azougue, rabiavam dentro
das orbitas, como dous insectos lumi-
nosos n uma cova escura A sua boche-
cha, desusada e fenomenal, relembra-
va a d'aqueilas creaturinhas, que sus-
tentam um púlpito soprando n'uma
corneta.
Faltava pouco, para denotar que
pensava muito; ariimanha bem co-
nhecida dos nossos sábios.
A casa da sua habitação também não
tinha o feio e sinistro das cavernas das
bruxas. Era alegre e vistosa, encostada
a um pomar oloroso e enfeitado pelo
norte e a um pinhal melancholico pelo
sul. Ali se passavam as scenas mais
intimas e características da vida popu-
lar.
Revelações que se negavam ao ou-
vido discreto do confessor, eram ali
meudamente relatadas.
Deiiaram-se as cartas e d elías saiu
com grande evidencia, que n'aquillo
andava um homem, que não podendo
■« ■ W «^ i ■ i ^
Por derreto de 15 de d^embro foi
concedido a L Dauphinet & W. Cas-
tay pa'ente de invenção por quinze an-
nos, de uma modificação nas caldei-
ras de vapor, da qual resulta um au
gment') de superfície de 25 por 100 e
uma economia de 12 por 100 no com
bustivel.
Nos paços do concelho estão poten-
tes, por espaço de dez dias, as contas
da geiencia da camara municipal de
Lisboa, relativas ao anno econoraico
de 1872 a 1873.
Acaba de se constituir na cidade do
Porto uma companhia para a construc-
çào de um caminho de ferro, a vapor,
entre aquella cidade e a Povoa de
Varzim.
O caminho deve ficar promptodei
iro de um annò, ou pouco mais.
Tem havido na Covi-
lhã uma forte epidemia de
\ariola Morrem ali diaria-
mente 12 a 14 crcanças,
não fatiando nos adultos,
que relativamente poucos
teem falíecido.
Todos os theatros tive-
ram enchentes reaes no
domingo. Os bailes de
mascaras da Trindade e
do Casino estiveram ani-
madíssimos.
Em Sevilha solfreram
uma multa de 25 pesetas
os individuos que não con-
correram ás eleições de |
ofliciaes da milícia nacio- '
nal obrigaiona. . J ■ ————
Falle< eu ante hontem o
sr. Antonio José Duaite
Gnimarães Cambiasso, li- C
lho do sr. João José Dwar- >
te Gui*r.ràes, e primo da ,
sr.a baronesa de Sande.
Tem estado gravemente
doente o sr. dr. Luiz Vi-
cente de AfTonseca. Feliz-
mente s.ex.1 aeha-se me-
lhor e livre de perigo. Fa-
zemos votos pelo seu
prompto restabelecimeme.
obter a bem, olhares amorosos de Er-
melinda procurara enfeitiçai a. A es-
padilha o confirmava. Era caso grave
e para muito cogitar.
A bruxa promelteu recosta no pra-
so de oito dias. Era de força conver-
sar um pouco com Lúcifer.
A atribulada e crente Marianna abys-
mava-se em fundo pego de conjectu-
ras, procurando descobrir, que homem
seria, esse que tão sinistramente a
desapasiguara. Debalde esmeuçava a
historia local! Não se sabia guiar na
triste noite dos seus pensamentos. Só
a bruxa lhe podia segredar o nome fa-
tal. O poder e sciencia desta mulher
era extraordinário.
# • * *
Ermenalda se chamava a que pos-
suía a chave do segredo.
—Sr.' Ermenalda cá estou. Poderei
hoje saber alguma coisa?— perguntava
um campouez com ar bestificado.
A bruxa armou se com modos e tom
de voz magestaticos. Appellava-se para
o seu talento sobrehumano de envesti-
gar, e era de força mostrar que era
grande!
—Sabemos tudo. O brinco que me
deixaste é d uma bella rapariga cha-
mada Ermelinda, com quem desejas
casar.
Tal revelação aturdiu o entrelocutor.
Este tiuha-lhe confiado o brinco pro-
pondo, como é de uso, adivinhar a
quem pertencia e o para que lh'o apre-
sentava.
—E' veráade! — titubeou confuso —
A canhoneira Tejo chegou a Macau
no dia 5 de novembro.
O estado sanitário da guarnição era
o melhor po-sivel.
O sr. bispo do Porto vae no l.# de
janeiru assistir á festividade do Senhor
Jesus, em Villa Nova de Gaya.
P«éga n essa festividade o sr. con-
selheiro Rodrigues de Azevedo, lente
de prima jubilado na faculdade de theu-
logia na universidade de Coimbra.
Também tomam parte na funcçào al-
guns dos cantores da companhia lyrica
do theatro de S. João. • — i m ■ i ■ - • • -
Em consequência de legados de dois
cidadãos prestantes, foram na sexta-
feira passada distribuidos na santa casa
da Misericórdia do Porto doze vestuá-
rios completos a doze pessoas menos
favorecidas pela fortuna.
11
Ik.
BROUGHAM
E Ermelinda casará comigo? Ella sem-
pre n e quererá?
—Não t o poiso afíirmarhoje; porém
é possível.
—Ainda que eu venda o meu melhor
campo, sr.a Ermenalda? Quero ficar
pobre; mas casar com Ermelinda.—ex-
primiu, como a medo.
—Talvez consigas. Confia nas mi-
nhas artes. Volta sexta-feira ao dar da
meia noite.
— E já me responderá? Poderei sa-
ber alguma cousa? — indagava curiosa
e timidamente.— Respondo!— attestou
a bruxa, com voz e gesto melodramá-
ticos.
—Ainda que eu venda o meu me-
lhor campo— retorquiu o interlocutor,
com modo notavelmente expressivo de
interesse.
—Ouvi! — tornou-lhe secamente Er-
menalda com acento de precisão com-
mercial.
Era um homem com modos e edade
pouco menineiros. De muito que se
pegara com Ermelinda, mas ella, rica
do seu trabalho não lhe ambicionava os
apregoados teres. Moera • homem mui-
ta paciência e resignação, para encon-
trar modo de lhe obter as boas graças,
lançando mão dos meio3 ordinários e
communs. Sem resuliado e sem espe-
ranças, voltou-se para o extraordinário.
Chegara á convicção de que so um
auxilio diabolico lhe podia valer a'este
difficil aperto.
Sentia-se esmorecer deante d'aquel-
la insensibilidade e leveza femeninas.
Era de se estrangular por, não ver mo-
Estão a informar na repartição das
obras publicas de Braga mais de vinte
proje tos, acompanhados de pedidos
parada construcção de caminhos de
ferro americanos na província do Mi-
nho.
No sabbado passado reuniram-se no
Porto os professores e professoras de
instrucção primaria, com o proposito
de dirigirem uma representação aos
poderes p«blicos para lhes serem aug-
mentados os vencimentos.
Se ha pretenção justa e que deva
ser attendida, é esta.
Por mais de uma vez temos fallado
n'este assumpto.
Um paiz que se présa não pôde nem
deve continuar a retribuir, tão mise-
ravelmente como até aqui, a classe que
se dedica á instrucção do povo.
O sr. engenheiro Lou-
renço de Carvalho, direc-
tor dos trabalhos prepara-
• torios para a construcção
do caminho de ferro do
Douro, teve hontem uma
larga conferencia ctm o
sr. ministro das obras pu-
blicas.
Um dos projectos que o
sr. minibtro da fazenda
tenciona apresentar ao par-
lamento, tem por fim re-
gula por modo convenien-
te. o processo das execu-
ções fiscaes, fixando a ta-
bella dosenolumentos res-
pectivos.
O vapor Valparaiso
trouxe da provincia de
Santos, no BrasH. para
Hamburgo, 11:000 sac-
cas de café e 1:200 far-
dos de algodão, represen-
tando um valor de cerca
de 800&000 réis.
Chegou a Évora uma
companhia dramatica hes-
panhola, e tenciona ali
dar a primeira recita no
dia primeiro do proximo
mez.
do de render, a bem, coração tão bon-
doso.
Dia de ridente felicidade era este,
em que lhe pmceu provável a colla-
boraçào da bruxa. Elie acredilava a
pois que tinha meios extraordinários
para conseguir.
Volveram as duas vísinhas a saber
novas de esperanças ou desespero. Er-
melinda ia se finando a olhos vistos.
Era um consumir de saúde, que mettia
dó. O vestuário já lhe morria no cor-
po, signal indicativo de supultura á
vista.
A pobre rapariga começou de sonhar
com coisas terríveis e sanguinarias.
Acordava de noite, com seu somno
agitado e inquieto, a afflicta mãe.
Eram umas palavras incongruentes
e disparatadas; eiam uns dizeres de-
susados e sem sentido, eram uns mo-
dos de loucura evidente. Chegou a cau-
sar susto com os seus esgares e modos
turbulentos.
Não se julgou desassisada opinião,
a que saiu em congresso de vísinhas,
de que Ermelinda tinha no seu corpo
alma do outro mundo. Esta opinião de
philosophia antiga,tem fervorosos apos-
tolos entre os camponezes.
O ar misterioso da mãe, as meias af-
firmações de algumas companheiras,
que sabiam do enredo;.tinham na obri-
gado a acreditar, que estava sob uma
tenebrosa vingança; que estava á conta
d'um poder tyrannico e implacavel,
que lhe abriria para a eternidade a
porta do sepulehro. A idéa da morte
aos vinte annos fazia murohar tão de
HIGH-LIFE
Chega hoje de Vienna d'Austria o
sr. conselheiro Frades^o da SiKeira,
que serviu de commissario régio, por
parte do nosso paiz na exposição uni-
versal que se efTectuou ultimamente
n'aquella capital.
—Faz annos hoje o sr. Luiz Heitor,
filho do sr. Bernardino Heitor.
— Foi passar a festa do Natal a Gui-
marães a sr.a viscondessa de Margari-
de, esposa do sr. visconde de Marga-
ride, gtvernador civil do districto de
Braga.
Parece que se demora ali alguns
dias, e que no dia 8 de janeiro, anni-
versario de seu marido, dará um baile.
—Faz hoje annos a exm.a sr.a D.
Anna de Leucastre.
—E' hoje o anniversario natalício
da exm.1 sr.4 D. Amelia Wanzeller
Berquó.
—Partiram hontem para o Valle, a
fim de assistir ali a uma festa reli-
giosa a sr.a marquesa da Bibeira Gran-
de e os srs. marquezesde Cesimbra.
— Faz hoje annos o sr. B^nto da
França Pinto de Oliveira, capitão de
cavallaria cm commissão na secretaria
da guerra.
—Foi passar alguns dias no Por-
to o sr. Jeronymo Emiliano dc Abreu
Metrass.
-Acha-se em Lisboa o illustre pro-
fessor de philosophia da universidade
de Coimbra, o sr. visconde de Monte
São.
S. ex.a está hospedado no hotel Al-
liança, onde teir. sido muito visitado.
—Partiu hontem para Alcácer do
Sal o sr. Simão Aranha.
— Fez hontem annos a exm.d sr.*
D. Francisca Orla, esposa do sr. mi-
nistro de estado honorário Joaquim
Thomaz Lobo d'Avila.
Já chegaram de Inglaterra as ires
bombas a vapor, que o governo man-
dou ali comprar para o serviço dos in-
cêndios.
Falleceu ante-hontem o sr. Jacintho
Heliodor*.. de Oliveira, proprietário do
armazém de musica estabelecido na
praça de D. Pedro, em Lisboa.
repente aquella viçosa flor. A viva e
esperta Marianna andava esmorecida.
Tinha, n'uw mez, envelhecido dez
annos.
Como se remediariam tantos males?
Como se contrabalançaria aquelle po-
der infernal que ia matando Erme-
linda?
—Como se inutilisariam esforços tão
poderosos? Esperava da bruxa a salva-
ção.
Só ella, supremo advogado n'essas
cousas d'alem tumulo, podia atravan-
car • caminho em ladeira, por #nde
escorregava Ermelinda para a Eterni-
dade.
—Não t'o dizia eu Marianna, que
aquillo era uma grande bruxaria?—
confidenciava a visinha companheira.
—Mas que bruxaria mulher, que me
vae matando a minha rica filha,—res-
pondia a mãe entre soluços.
—Tenho fé que a havemos de salvar.
Não ouviste dizer ao missionário, que
o senhor deixou neste mundo remedio
para tudo?—aflirmava com jactancia
de saber.
—A mãe Santíssima te ouça. Nossa
senhora faça um milagre. Já offered
meia arroba de cera ao Santíssimo
Coração de Maria e também prometti
dar ires voltas de joelhos em volta da
capella do Senhor dos Afllictos. '
—Has de ser ouvida. Deus Nosso Se-
nhor e Nossa Senhora hão de te ou-
vir.
(Continua) . <*irrà :
Bento Moreno.
ÍMMUQ &L6STRAB0
801 ETiM DO DJA
Por informações que reputamos fi-
dedignos sabemos que o governo, não
tendo em consideração as circumstan-
cias precarias com que luctam os em-
pregados públicos, limita se a propôr
as camaras» na próxima sessão legis-
lativa, a reducção de deducções nos
vencimentos dos servidores doestado.
Parece que é facto resolvido—fica-
rem apenas libertos do imposto onero-
so sobre os seus vencimentos, aquelles
fun cionarios cuja retribuição tenha
como limite máximo, SOOSUUfl réis ao-
nuaes. No* restantes será apenas atte-
naada a deducção actual.
Quando o valor dos generos ali-
mentícios augmenta desmedidamente,
as classes operarias teem melhoria sue-
cessiva nos seus salarios, as diferen-
tes nações estrangeiras equipara» a
meudo os vencimentos dos seus empre-
gados com o estado eeonomico nacio-
nal; e até o nosso governo annuncia
ás camaras a prosperidade lisoogeira
e crescente das nossas finanças, é per-
feitamente irrisória a attenuante que
se projecta.
Sào pesadas eóeverasas obrigações
ue os servidores do estado teem a
esempenhar, já oilicialmente, já na
sua vida particular. E não é com o
mesquinho e exiguo estipendio que pre-
sentemente auferem çue podem cum-
prir-se esses preceitos.
Pôde o governo exigir assiduidade,
actividade e probidade a quem priva
dos meios para ser bom empregado e
cidadão honesto?
Que força moral podem ter as impo
siçõe* de toda a ordem com que sobre-
carregam o funcionalismo, quando o
paiz. pelo seu governo, o condemna á
agonia lenta da miséria ma. disfarçada?
Não comprehenJemos, como não temos
entenlido até aqui, o despreso dos dif-
ferentes governos pela situação impos-
sível e vergouhosa em qua se manteem
os empregados publicus. Continuamos
a clamar bem alto que é imperdoável
conservar o paiz os seus servidores sem
remuneração condigna. Proclamaremos
sempre, emqu;in*o não formos verda-
deirameote attendidos, que é indeco-
rosa para todos nós a renitencia com
que se despresam estes justos queixu-
mes, na certeza de suc neste ponto
s^mos perfeitamente intransigentes.
• — •
O impagavel sr. Magalhães Lima,
cuja pro>a os nossos leitores conhe-
cem já peia transcripção que fizemos
de uif) artigo do citado auctor, escre-
veu uma carta.
A producção dessa carta, que im-
poria em nada mais e nada monos do
que urna tosa da penna do citado au-
ctor na redacção do Diário IIlustrado,
fel-o enchicharar tanto que a publicou
em quasi iodos os joruaes da capi-
tal.
Fomos encontral-a já n'um jornal do
Porto; esperamos vela nos das outras
terras do remo; e não nossurprehen-
rá que seja transcripts nos das ilhas
adjacentes t; províncias ultramarinas.
Devia ser assim, para que o mundo
Eodesse convencer se de que o sr. M.
. tem nestes últimos tempos feito al-
guns progressos na arfe de escrever.
Corria ao sr. M. L. o dever de uma
rehabilitação pelo artigo soèz e insul-
so a que nos referimos e em que entrou
de g rra comnosco, quando nós nem
suspeitávamos da existencia de uma
tal celebridade.
À humanidade que lê está pois agra-
davelmente impres ionada com o mi-
mo do Mirabeau ai piscalores; e não
pode deixar de lh'o agradecer com re-
conhecimento.
Pena serã que não produza talvez
tantos benefícios como o annuncio da
Revalesciere du Barry, cujo systema
de publicidade o citado auctor tomou
para modelo. Em todos os jornaes!
Na peça litteraria de que falíamos
revela-se que o Diário lllustrado não
é mel para a bocca do sr. M. L.
Como veiu buscar lã e saiu tosquia-
do está rebentando de indignação; e
pensa que nas palavras que escreveu
nos dirigiu a suprema afTronta.
Chama nos analphabetos, ignoran-
tes, e mais coisas feias.
IJnde tibi ventt, papalve, fiducia
tanta?
Estamos por tudo quanto o celebre
papa-papas entender na sua alta sabe-
doria. Ha certas vozes que não che-
gam ao ceu e a do notável schismati-
co de.certo não se propõe a chegar-
ali.
Mas considerarao-nos felizes em não
ter a sua sabedoria. Somos uma misé-
ria em caldeiradas, e nunca, depois
de uma - caldeirada, aventaremos aos
que nol-a ajudarem a consumir—que
o Estado é um anaclironismo; a famí-
lia o retrocesso; e a revolução uma
ventura, e tanto maior quantas mais
forem as victimas d elia: princípios
de tão notavd propagandista da... ba-
boseira
Continuaremos pois com as nossas
charadas que são inoflensivas; e dei-
xamos lhe a gloria dos seus enigmas,
a que o tribuno de Aveiro preteude
imprimir outro caracter.
Exultamos com o obsequio que nos
fez de eflirmar ao mundo a nossa exis-
tência fóra do campo da charada eda
facécia, que era o muito que nos con-
cedia.
E pedimos lhe bis: outra carta com
fóros de Revalesciere: outro primor!
Venha cila.
«£m baixo põe teu nome, e estou vingado.»
Pelo ministério das obras publicas
foram, era data de 26 de dezembro,
expedidas as seguintes portarias:
Approvando o projecto relativo ao
lanço da estrada real n.# 77, de S.
Bartholort'cu de Messines a Villa Nova
de Portimão, situado entre S. Bartho-
lomeu de Messines e Santo Estevão; e
mandando proceder á construcção do
mesmo lanço, por empreitadas parciaes
ou tarefas;
Concedendo á camara municipal de
Tondella o subsidio de 664&602 réis,
equivalente á terça parte da quantia
orçada para a construcção do lanço
da estrada municipal do Campo de
Besteiros á ponte de Parada, situado
entre Campo de Besteiros e a ponte de
Taboaça.
Concedendo á mesma camara o sub
sidio de 479§778 réis, equivalente á
terça par te da quantia orçada para] a
construcção do lanço da estrada muni-
cipal do Campo da Besteiros á ponte
da Parada, situado entre S. Miguel de
Outeiro e o ribeiro dos Corvos.
Concedendo á referida camara o sub-
sidio de 4221623 réis, equivalente á
terça parte da quantia orçada para a
construcção do lanço da estrada muni-
cipal do Campo de Besteiros á ponte
de Parada situada entre o ribeiro dos
Corvos e Parada de Gonta;
Concedendo, finalmente, á dita ca-
mara o subsidio de 712$783 réis, equi-
valente ã te ç i parte da quantia orça-
da para a couítrucçào do lanço da es-
trada iiiuni'ipi! do Campo cie Bestei-
ros á ponte de Parada, situado entre 1
Parada de Gonta e a ponte de Parada.
Foram eleitos para o conselho mu- ,
nicipal do Porto os srs.: Joaquim Pin-
to da Fon-eca, Manoel Francisco Duar-
te Cidade, Florindo José Teixeira de ;
Carvalho, Joaquim Ferreira Monteiro
Guimarães, visconde da Trindade, Ma
noel Fernandes da Costa Guimarães,
Anton o José da Silva, José Gaspar da
Gn çi, Miguel de Sousa Guedes, João
Pacheco Pereira, e Vasco Ferreira Pin-
to Bastos.
Sào supplentes os srs. Arnaldo Ri-
beiro Barbosa, Ignacio José Marques
Brasa, José Joaquim Pereira Pinheiro,
Jo é Soares d'OIiveira, Joaquim José
Ferreira de Oliveira, Eduardo da Cos-
ta Correia Leite, Antonio da Silva Pe-
reira de Magalhães, José Julio da Cos-
ta, Francisco Ignacio Xavier, José
Ignacio Ferreira Roriz e José Anto-
nio de Sampaio.
Foi hontem o enterro da interessante
filhinha do nosso! amigo José Simões
Afra, e sobrinha dos srs. Caetano e
Pedro Afra.
Era aquelle anjo, que Deus quiz cha-
mar á sua presença contando apenas
dezenove mezes de edade, o enlevo
de seus paes e parentes que a estre-
meciam, e por isso é profunda n'elles
a saudade e custosa a resignação !
No préstito dainnocente linada, iam
além de muitos amigos do pae e dos
tios, 8 meninas do asylo de Santa Ca-
tharina, <iue no cemiterio pegaram aos
cordões do caixão, o qual ficou depo-
sitado no jazigo de familia do illm.#sr.
Joaquim Ventura Pereira.
Não é uso dar pesames pelo desap-
parecimento de um anjo que deixa o
mundo para ir occupar no céu o logar
que lhe está resenado, mas nós que
presenciámos a dôr dos inconsolaves
paes e de toda a familia Afra, não po-
demos deixar de sair do uso, c damos
a todos elles os nossos sentimentos
pelo desgosto que acabam da soíYrer.
Publicou-se o n.° 30 do Archivo Po-
pular, semanario portuense de littera-
tura, contendo os seguintes artigos:
Passeios na minha terra, por Costa
Goodolphim; Uma lição de geographia,
por S. de Faria; Por occasião da mor-
te de D. Pedro V, poesia, por Silva
Roza Junior; O alchimista, pelo con-
de do Rio Pardo; João de Sousa Car-
valho; A morte de Luiz XVI; Logo-
gripho.
No proximo dio do Anno Bom, pela
hora e meia da tarde, haverá recep-
ção em grande gala no real paço da
Ajuda. .
No Diarto do Governo, de hontem,
vem publicada uma circular dirigida
aos srs. governadores civis esclarecen-
do algumas duvidas ácerca da matri-
cula dos facultativos, pharmaceutics,
parteiras, dentistas esangradores.
A commissão do asvlo dos orfàos
desvalidos da freguezia de Santa Ca-
tharina, commemora em sessão solem»-
ne, no dia 1 de janeiro, ás 11 horas
da manhã, o 16/anniversario da inau-
guração d'aqueile asylo.
Haverá distribuição de prémios ás
orfans asyladas e alunnas semi inter-
nas, que fizeram exame no anno le-
ctivo de 1872 a 1873, e bem assim
áquellas que pelo seu exemplar com-
portamento eserviço, mereceram egual-
mente ser premiadas.
Estes actos serão precedidos por
uma missa, que se ha de celebrar na
capella do mesmo asylo ás 10 ho-
ras.
Aquella util eex:ellente casa de ca-
ridade pode ser visitada no indicado
dia até As 3 horas da tarde e em ou-
tro qualquer, até ás 4 horas, excepto
aos sabbados.
Agradecemos o obsequioso convite
que nos foi reraettido.
Está marcado o dia 10 do proximo
mez para se dar no theatro do Gym-
nasio o beneficio de escriptura do in-
telligenle e estimado actor Augusto
Rosa. Apesar da sua curta carreira ar-
tística, conta já bastantes sympathias,
que tem sabido conquistar com o es-
tudo e boa vontade. Augusto Rosa é
além d'isso um dos actores que por
sua excellente educação ebom proce-
dimento tem melhores relações na vida
social.
Representa-se pela primeira vez n'a-
quella noite uma formosa comedia em
3 actos que tem por titulo Os zelosos,
traduzida do francez, em que o bene-
ficiado tem um papel muito adequado
ao seu genero.
Por decreto de 15 de novembro foi
concedida a Pedro Gamboni patente
de invenção, por cinco annos, de um
«systema combinado de produzir e en-
treter uma força motriz». •
O governo apresenta, na próxima
reunião das cortes, dois projectos de
lei sobre a construcção dos caminhos
de ferro nas Beira Alta e Baixa.
No dia de Natal celebrou missa de
pontifical na fé de Br-iga sua ex.*
rev.*" o arcebispo primaz.
Mais de um jornal annuncia lisonjei-
ramente a escolha do sr. coronel Joíé
Guedes de Carvalho e Menezes para
governador da província de Angola.
O sr. conselheiro Guedes foi já go-
vernador de Cabo Verde, n'uma épo-
ca em que aquella província luctou com
os horrores da fome; e s. ex.a poude
com o acerto das suas medidas mino-
rar, e debellar por fim U > grande ca-
lamidade. Também foi durante o go-
verno de s. ex.* que tomámos pos.e,
de facto, da ilha de Bolama, oecupada
pelos inglezes, daudo n'e^ta occasião
uma prova solemrte do seu patriotismo
e energia.
Se addicionarmos a estas, e tantas
outras provas de boa administração co-
lonial, a probidade incontestável e o ca-
racter esclarecido d'aqueile cavalheiro,
entendemos que é digno de louvor o
ministro a quem competir fazer tão
acertada nomeação.
Houve hontem coucurso uo ministe-
terio das obras publicas para prehen-
chimento de tres vacaturas que ha nos
logares de segundos ofliciaes.
O jury era formado pelos chefes das
differentes repartições, sendo presiden-
te o sr. director geral.
Foram doze os concorrentes, dos
quaes tres estranhos ao ministério.
O concurso abriu-se ás 9 horas da
manhã e terminou ás 4 da tarde. O
ponto sobre que os candidatos, tinham
de responderéoseguinte:—Decreto au-
ctorisando a construcção de um cami-
nho de ferro americano.—Portaria dan-
do posse provisoria de uma mina, em
virtude de adjudicação em concurso pu-
blico— Oflicio conlidencial ao gover-
nador civil de... sobre o facto de al-
guns indivíduos extrahirem mineral sem
a devida auctorisação—2 traducções,
conforme o programma, sendo uma de
portuguez para francez e outra dein-
glez para portuguez.
Nos dias 18 e 19 o sr. arcebispo
d'Evora, conferiu ordens e o sacra-
mento da chrisma, na sua capellaar-
chi-episcopal.
Recebemos uma carta do Porto, em
que se nos diz cão ser verdadeira a
noticia que demos de a camara munici-
pal daquella cidade ter concedido ao
sr. Basilio de Castelo Branco e outros,
que estabelecessem caminhos de ferro
americanos no interior da cidade. A
camara indeferiu o requerimento em
virtude de ter feito já a outrem a cou-
cesíão alludida.
Publicou-se o n.- 10 do Panorama
photogrophico de Portugal. A photo-
grapbia que acompanha este numero
é tirada de um forn oso cliché, ríevi-
do-áobsequiosidade do disiincto pho-
tographo amador, o sr. Carlos Relvas.
Representa parte de uma das fachadas
do paço da Pena em Cintra, e n'ella
avulta principalmente uma janella do
estvlo manuelino.
0 texto é interessante, concorrendo
também para o bom êxito que tem tido
esta curiosa publicação.
Recebemos e agradecemos o convite
que nos foi enviado para a destribui-
ção de prémios aos alumnos da excel-
lente escola das Necessidades, que se
verilica no domingo 4 do proximo mez.
Uma mulher de uome Maria das Do-
res foi a casa de uma outra chamada
Maria de Jesus com a firme tenção, ao
que parece, de a esganar.
Deitou-lhe as mãos ao pescoço, e
se a victima não grita por soccorro, o
caso seria muito mais feio. Accudiu
um policia, que serenou os ânimos da-
couten-loras, percebendo no entretanto
que o caso fora motivado por intri-
9as' ______
Chamamos a attençãodos nossos ca-
ridosos leitores para o estado desgra-
çado era que se acha um infeliz chefe
de familia, luctando com as maiores
privações.
O desvalido é ca=ado e tem filhos,
e está exposto a não ter casa em que
habitar, porque ainda não alcançou
meios para pagar o semestre de agen-
damento que principia no começo do
anno.
E' Além d'isso laborioso, e deseja
empregar se, mas a adversidade, por
que é perseguido tenazmente, tem
.-ido mais poderosa que os seus bons
desejos.
A época do anno em que estamos
convida a px°rcer caridade, e confia-
dos em que n o imploraremos de ba de a
generosidade dos nossos leitores, pedi-
mos que quilquer esmola com que
queiram valer ao infeliz seja reme tida
a esta redacção, ou á rua da Esperan-
ça a S. José n." 40, onde mora o des-
valido chefe de familia par quem nos
interessamos.
O sr. tenente coronel .de cavallaria
4, Mourão, foi ante hontem nomeado
para fazer parte da commissão que ha
de escolher entre es dilTerentes padrões
de rewolvers, aquelle aue vaessr ado-
ptado para uso dos ofliciaes do nosso
exercito.
Do Grémio Popular recebemos o se-
guinte avi o: •
«A mesa da assembléa geral desta
associação tem a honra de convidar
os seus dignos consocios.para assisti-
rem á sessão solemne que ás oito horas
da noite de quarta feira, 31 do cor-
rente, se ha de realisar na sala das
suas sessões, a fim de se commemo-
rar o 16.* anniversario d'esta institui-
ção, e distribuir os prémios, que con-
sistirão em objectos de estudos e rou-
pas, aos alumnos. que um jury de in-
telligentes professores classificou como
dignos de distineção.
A mesa também faz constar, por
este meio, ás pessoas estranhas, ao
grémio, que a sua admissão é ali
írsncã*
Sala das sessões do grémio popular,
28 de dezembro de 1873.—O presi-
dente, J. M. da Silva e Albuquerque—
Os secretários, José Norberto da Silva
Pinto — Christiano Augusto Teixeira
da Silva.»
Sabemos que a p'lylarraonica Mi-
nerva se oíTereceu para ir tocar duran-
te a sessão solemne.
A beneficencia publica de Paris to-
mou a seu cargo um dos meninos que
perderam seus paes no naufragio do
vapor Villc du Havre.
Propõe-se a dar-lhe a educação conve-
niente e fazel-o seguir estudos que
lhe proporcionem ura logar na admi-
nistração. ________
F*alleceu em Évora, o sr. Francisco
José Gomes, empregado da repartição
de fazenda d'aqueile districto.
Proximo da villa de Cuba, dois la-
rapios, roubaram ao sr. João Xambo-
na, 20 libras, um capote, uma cinta e
um mecho, era que montava.
MORTE À S PUNHALADAS
Relata uma folha de Beja quenase-
gunda-feira, cinco indivíduos foram ao
sitio do Valle das Cabeceiras, e obri-
garam o caseiro que ali residia, a abrir-
Ihes a porta. Na occasião em que iam
a entrar, o caseiro recebeu uma pu-
nhalada. Ainda ferido dirigiu se para
onde tinha a espingarda, mas os as-
sassinos deram-lhe outra punhalada e
deitaram n'o por terra.
Em seguida arra^aram-n'o para fóra
de casa e deram-lhe dez punhaladas.
Accudirani aos gritos da mulher do
assassinado, dois inJividuos dos mon-
tes proximos, e os assassinos evadi-
ram-se deixando um bordão e um
lenço.
Ignora-se por em quanto quem são
os assassinos.
Recebemos e agradecemos as cader-
netas 47 e 48 do Diccionario Univer-
sal de educação e ensino, de que é edi-
tor o sr. Ernesto Chardron, do Porto.
Saiu á luz o n * 8 da folha semanal
de in>trucção e recreio O Liz, que se
publica em Leiria. Traz artigos muito
curiosos.
Fiilleceu na sua casa do Ervedal o
sr. José Maria de Albuquerque Pinto
Tavares Castello Branco. Contava 85
annos de idade.
Parece estar resolvida a nomeação
do sr. Tito de Carvalho, segundo offi-
cial do ministério das obras publicas,
para o logar de chefe da repartição
central, na direcção geral dos cor-
reios.
ri acertadíssima e bem acceite a no-
meação do sr. Tito, porque á intelli-
gent e aptidão de que é dotado,
reúne as sympathias de quem o co-
nhece, devido isto á sua esmerada edu-
cação e lealdade de caracter.
S8, M*}.to m.
Castelar, Salmeron e Figueras tive-
ram hoje nova conferencia.
A Correspondência crô que se ainda
não chegaram a accordo, estão toda-
via em bom caminho. Desmente que
haja crise, comquanto confesse que os
srs. Bregua, Maisonnave e Carvajal,
que segundo parece, não gosam das
sympathias de Salmeron, offereceram
a sua demissão.
Acrescenta porém que Castelar re-
cusa modificar o gabinete antes da re-
união das côrtes.
O Imparcial e o Diário IIespanhol
julgam impossivel o accordo eutre Cas-
telar e Salmeron.
Corre o boato de que o governo hes-
panhol diri.iu uma not; a sEst dos Uni-
dos reclamando a restituição do Vir-
gmius eindemmsação. .
Assevera se qut o major Garmilla,
condemnado á morte e que se evadiu
recentemente das prisões militares de
Madrd, se refugiou em Cartagena. • á
MADRID, 27.— Interior 13,30. Ex-
terior 17,50. Bilhetes hypothecarios
faltam.—Bonds do thesouro 49,80.
Cambio sobre Londres 50,80. Id. sobre
Paris 8,27. Fabiia.
SERVIÇO PELO CABO SOBMARÍNO DB
FALMOUTO
LONDRES, 23 ás 4 h. 30 m. da t.
O imperador Guilherme está melhor.
Da em Bengala reeeios de fome peior
que a de 1865.
LONDRES,27.—Consolidados ingle-
zes 92,00. — llespanhol ext. 17 3|8.
Portuguezes 44 1|2 Reuter.
As inscripções grandes da junta (*<>
credito publico ficaram cotadas a 45,65
com o juro pago até ao íim do l.# se-
mestre de 1873.
As inscripções pequenas ficaram a
45.70.
Títulos hespanhoes de 10:000 escu-
dos, 13,50.
Ditos pequenos 13,90.
Cambio, 940.
Despachos que ficaram em deposito
na estação principal telegraphica no dia
28 do corrente:
Antonio Mengo.
Antonio da Silva Pinho. — Terreiro
Trig0*
Pede nos o sr. Carmo e Sousa para
agradecermos em seu nome ao sr. C.
A. dos Reis a dedicatória da sua cha-
rada, publicada no nosso numero de
domingo, e cuja significação é Car-
tista.
Nos Estados Unidos crô se que o
ferro existente em terrenos proximos
do Rio Negro, em Minesota, deve sa-
tisfazer as necessidades d'aqueile paiz
durante dez séculos.
Já é ter ferro!
DIÁRIO ILLUSTR ADO
Publicou ura escriptor francez na Il-
lustration uma descripção da sua via-
gem em Uespanha durante a insurrei-
ção carlista.
Admirado do indiíTerenlismo que ob-
servara na maior parte das povoações,
que se diziam "liberaes, e onde nem se-
quer havia um jornal politico, notou
em outras povoações muita vida, muito
enthusiasmo e muito fanatismo porque
entoavam cantigas festivas ao regresso
do seu verdadeiro reil
A ptuca distancia de Tafalla erguia-
se em um valle delicioso, um castello
mourisco, ou antes um palacio de verão
conhecido ali pelo Buen-retiro da du-
queza de M. A proprietária d'esta vi-
venda contava apenas 25 annos de ida-
de, e o seu marido exercia um logar de
coníiança junto de D. Carlos.
O escriptor francez, contemplando a
sumptuosidade d'e^-ta rica habitação,
que além da sua immensagrandeza mos-
travatambem ser um monumento erigido
á velha aristocracia he-panhola, procu-
rou visitar esta residenoia verdadeira-
mente real. e para o conseguir encon-
trou um official carlista que teve a de-
licadeza de o apresentar á duqueza.
Depois de uma conversação que du-
rou meia hora, e cujo assumpto princi-
pal foi a campanha dirigida pelo reiera
pessoa, a duqueza levantundo-se do
seu fauteuil convidou os dois visitan-
tes a irem ver a galeria artística, que
era uma das riquezas que davam nome
e fama ao castello de ttuen retiro.
A duqueza passou em revista os bel
los quadros de Velasquez, de Murillo e
de muitos outros em numero superior a
sessenta, alguns dos quaes foram oITe-
Tecidos ao bisavô da duqueza pelo rei
Carlos IV. No íim da galeria eslava em
pé o retrato de Carlos VII, o preten-
dente ao throuo de Uespanha.
A duqueza, inclinando-íe respeitosa-
mente diante d'este retrato, disse aos
seus hospedes: apresento-vosa imagem
do rei de Hespanha, a despeito do
-statuto real, da rainha Label e da re-
publica federal. Deus, o povo e o bom
direito estão por elie, e a sua causa
legitima tem a seu favor a fortuna e a
vida de todos os bons hespanhoes.
Em quanto o fanatismo se pronun-
ciava d este modo, e se desprendia dos
lábios de uma fidalga para animar os
que viviam á sombra do formoso cas-
tello, inoculando-lhes esuaes sentimen-
tos por uma causa um pouco decrepita,
o republicanismo por outro lado não
fazia senão abater o espirito publico,
dando-lhe scenas como as de Àleoy, Se-
vilha e Cartagena.
O escriptor francez encontrando-se
depois com um lente da universidade
de Salamanca, não poude deixar de lhe
fazer sentir a indilTerença do povo hes-
panhol, ao que o professor respondeu
muito maliciosamente: em França o po-
i vo faz politica de mais; em llê.-panha
não a íaz bastante, mas a ter de esco-
lher prehro a indifferença do povo hes-
panhol, porque não vejo que os nego-
cios do governo francez caminhem me-
lhor de que os nossos.
Segundo diz o mesmo escriptor o
exercito carlista contava 45:000 ho-
mens. Quatro partidos estavam em
frente uns dos outros, e todos com pre-
tenção de dar a Ilcspanha um governo
regular. Qual delles triumphara?
O professor da Salamanca deu ao
escriptor francez a seguinte opinião:
D. Carlos tendo invadido o Ebro á
frente de suas tropas, em marcha so-
bre Madrid, chegará a conciliar a opi-
nião publica cançada de revoluções e
de guerras civis, e será acclamado rei
de Hespanha como o direito tradicio-
nal lho pode fazer esperar? Então é a
restauração monarchica que sobe coni-
elle ao'throno. Este resultado é ain-
de problemático.
Acreditar-se-ha que os intransigen-
tes, que compoem o partido communal
e socialista chegarão a estabelecer o
regimen cantonal pelo roubo, o incên-
dio e o saque de que elles acabam de
dar tantas provas? .Não o julgo. Ainda
não estamos em Ihspanha convertidos
ás idéas demagógicas e materialistas
dos livres pensadores. Estes não po-
dem portanto deixar de ser domados
pela força das armas ou pela da opi-
nião publica!
O dictador Castelar espera poder con-
solidar a republica federal, e*te sonho
de a'iruos milhares de insurgentesque
julgam que se transforma uma monar-
chía em republica como se resolve um
■^^robiema de algebra? E' bem duvido-
vi-. Para chegar a este íim precisa de
dinheiro; o thesouro não o tem e fal-
ta lhe o cre lito.—Reservou se o direi*
to de destituir os ayuntamientos das
províncias e as municipalidades, mas
o dia em qu* el!e attentar contra es-
tas liberdades ue que as populações
das províncias são tão ciosas fundadas
no seu direito, nesse dia Castellar terá
contra si lodo o paiz. Por este motivo
e por muitos outros a republica fede-
ral está bem longe de poder estabe-
lecer-se por em quanto em llospanha.
Ha um quarto partido que se escon-
de na sombra parecendo não conspi ar,
mas que entretanto se agita sem ruído
e sem armas, é o do príncipe ÀfTonso
filho e herdeiro da rainha Isabel. Este
partido não quer alcançar o poder pe-
ias suas próprias forças mas espera
muito da força dos acontecimentos O
marechal Serrano foi chamado a Ma-
drid por Castelar. Será para trabalhar
na consolidação da republica? Ninguém
o pensa em Hespanha. Serrano é uma
taboa de salvação a que se quer agar-
rar Castelar no dia eiu que, faltando-
Ihe o apoio republicano tiver de aban-
donar o poder como o fizeram Oren-
se, Pi v Margal, Figueras, e Salme-
ron. Tudo faz acreditar que então Cas-
telar lançará sobre os hombros do ma-
rechal lodo o peso da governação pu-
blica. Aceitará este militar a transmis-
são de um poder in extremis'}
E' possivel e mesmo provável; em
todo o caso nunca será para consolidar
uma republica qualquer.
Pode se portanio, acrescentou o pro-
fessor de Salamanca, considerar desde
já como morta a republica em Hespa-
nha, e o restabelecimento da monar-
cbia como um facto inevitável.
Abriu-se no Porto um importantíssi-
mo estabelecimento, que nvalisa com
os melhores que no genero existem
n aquella cidade. E' a livraria univer-
sal e agencia de joroaes estrangeiros,
pertencente aos srs. M igalhães & Mo-
niz, dois cavalheiros laboriosos e hon-
rados. Encontra-se ali um grande sor-
timento de livros portugueses e estran-
geiros.
Os srs. Magalhães à Moniz resolve-
ram publicar um volume do sr. Alberto
Pimentel, que se intitula Photogra-
pinas de Lisboa, e vão distribuil-o como
brinde aos seus freguezes.
E' de esperar que o publico portuen-
se corresponda ao útil c;npenho dos
proprietários de tão iraportaute livra-
ria.
Na quinta feira pasmada houve uma
recita no theatro tíaquet, do Porto, com-
memorando o sexto anniversario do fal-
lecimento do iustiiuidor d aquelle thea-
tro; c revertendo o produolo da reci-
ta, .408&.'Jí0 réis, em beoelici# do asy-
lo das raparigas abaadouadas.
E no úia seguinte a direcção do asy-
lo e as asyladas ouviram uma missa ua
sua capella, pur alma do sr. B :quet;
e, dirig.ndo-se.em seguida ao cemite-
rio do Kepouso, foram ahi deportar
no mausoléu que comem as cincas d'a-
quelle cidadão uma coroa de perpetuas.
"nêciíolugio
Respeitamos as inflexíveis leis da
natureza, pelas quaes os iudividuos, e
as gerações, se succedem, para darem
logar & novas camadas, cuja mitsao é
contiuuarem a conservação, e desen-
volvimento da sublimidade, que nos ro-
deia, que a curteza da nossa iutelli-
gencia apenas pôde admirar pelos ef
leitos; mas respeitando, seja nos per-
mittido lamentar, e chorar, o passa-
mento de um homem digno de men-
ção especial, que acaba de fiuar se.
Pedro Antouio da Silva Reoello rou-
bado peia morte a sua estremosa fa-
mília, e numerosos e dedicados ami-
gos, foi homem notável, me:>mo envol-
vido na sua modéstia.
Dotado de intelligencia, e amor ao
trabalho, serviu o paiz com dedica-
ção, na qualidade de official de fazen-
da da arraadà real; fez varias e lon-
gas viagens em navios do Estado, dan-
do sempre completa conta de si, che-
gando assim ao cargo de official maior
graduado da contadoria geral da ma-
rinha.
O seu merecimento e dedicação, fi-
zeram o lembrado para ser um dos en-
carregados de regenerarem a serenís-
sima casa e estado de Bragança, cu-
jas propriedades se achavam, em par-
te, extraviadas por mãos estranhas,
faltas de títulos, carecendo de tom-
bos, e mais indicações, que legalisas-
sem a sua procedencia; commissaoque
exerceu cumulativamente com o seu
cargo official, a aprazimento de to-
dos.
Os serviços, que ali prestou, attes-
tam-os os trabalhos proiuudos, e cons-
cienciosos, que se encontram uo ar-
chivo d'aquella serenissima casa, de
cuja repartição foi mais tarde nomeado
chefe; sendo devida á sua tenaz per-
severança nas pesquisas, a re\indica-
ção de muitas propriedades, e íòros
de que não havia a mais remota indi-
cação.
Cultivou a intelligencia, de que era
dotado, sem pretenção; foi incontesta-
velmente probo; trabalhador infatigá-
vel; esmoler e bemfasejo; e muito bera
quisto, de quaotos o conhece,ram.
Pre-a.mos á sua rçemoria o preito,
e homenagem, que a sociedade deve,
a quem procede d'aquelle modo; lou-
vamos justificadamente, prestando as-
sim preito á moralidade, que tão des-
curada anda, esquecendo o verdadei-
ro mérito. ***
MARINBA GRANDE, 22—Ha dias
tivemos a auspiciosa noticia de que
uma companhia, recentemente consti-
tuída, vae começar de novo a dar mo-
vimento á fundição de ferro aqui es-
tabelecida e parada ha cerca de qua-
tro annos.
E' de suppôr que a laboração do
alto forno seja agora mais duradoura
que nas épocas anteriores, atteato ao
preço que o ferro ultimamente lera at-
tingido, e á intelligencia do director,
que ja tem conhecimento minucioso
destes sítios, tão necessário pjra a
tactica administrativa. E' um cava-
lheiro que tem conquistado sympathias
de lodos que teem a honra de o co-
nhecer.
Oxalá tenha longa vida a nova era-
preza.
Não só lucra a nação e o seucom-
mercio com os estabelecimentos in-
dustriaes d esta ordem, mas lambem
os muilos braços que ali se empregam
e ainda mais esta povoação, com o
movimento que n ella se desenvolve e
progride.
O que nada aproveita são os pinhei-
ros que el-rei D. Diniz mandou se-
mear, que vêem ali devorar pelas cham-
mas em momentos, o que a natureza,
gastou, annos a desenvolver
—D'ora ávante quem aqui quizer be-
ber agua com a certeza de que é lim-
pa e pura, tem que a mandar buscar
a dous kilometros de distancia, visto
que a illustrada camara de Leiria en-
tendeu que reparar os canos que con-
duzem agua á fonte da Marinha era
coi*a desnecessária.
Ouvimos, que uma coramissão ia
mandar gravar uma medalha, pira ser
oITerecida aos directores e emprezirios
da fabrica de vidros, em recouheci-
mento d esta povoação á illustre em-
presa, pelo luxo e grandeza com que
tem mandado decorar o seu theatro.
Se assim continuam a olhar por elle
talvez chegue a eclipsar o brilho dos
meihores theatros da Europa, e n'este
caso falta dar-lhe o nome de Apollo.
Sa u daqui hoje o sr. João Maria
de Magalhães, engenheiro chefe da di-
visão florestal do centro.
J-
ESQUELETO DE PETRARCA
Menciona um jornal italiaao que a
commissão scientific^ encarregada de
estudar, debaixo do ponto de vista an-
thropologico, os rcstros de Petrarca, e
de publicar o resultado das suas obser-
vações por occasião do centenário do
grande poeta, procedeu, no dia 8 do
correute, com assistência de grande
numero de pessoas, á abertura cia urna
de granito cor de rosa que contem as
ossadas do grande poeta.
Os ossos, que em vez de estarem
reuuidos em uma caixa de madeira ou
de metal, se achavam espalhados so-
bre uma simples taboa, eram 'de cor
deambar e estavam húmidos e em par-
te bolorentos. O craneo, de grandeza
media, eslava intacto e o osso íroulal
bastante desenvolvido.
As maxillas continham aind i muilos
dentes entre os quaes diversos mola-
res e incisivos muilo bem conservados.
As orbitas eram muito largas. Quasi
todas as vertebras e as cosiellas fo-
ram encontradas. Os ossos do pelvis
achavam-se em bom estado, bem como
as omoplatas, os humeros e os outros
ossos dos braços; as apophyses dos
femurs e das tíbias estavam muito pre-
nunciadas.
Descobriu-se emfim uma quantidade
de pequenos ossos, que compunham
provavelmente as mãos e os pés. Dos
vestuários não resta tsenão um pouco
de po escuro.
Pela grossura e comprimento dos os-
sos, concluiu-se que Petrarca era um
homem de talhe mediano e de const.-
tuição robusta. Depositou-se na uma,
antes de tornar a encerrar-se, uma gar-
rafa tapada encerrando uma acta com-
íuemorativa do estudo aulhropologico,
levado a elíeito pelos cuidados e a cus-
ta da Academia de Bovolenta, e assi-
gnadapela maior parle dos delegados
presentes á ceremonia.
Constilue o espectáculo d'esta noite
no Gymnasio a soberba comedia de
Sardou A famila Benoiton.
Vão ser expostos na loja de estam-
pas do sr. Costenla, ao Chiado, defron-
te dos Marlyres, dois bonitos retratos
a aguarella* do patrão Joaquim Lopes
e de seu filho, que foram tirados pelo
sr. Antonio Navaes, hábil empregado
da photographia Bastos, e já conheci-
do por trabalhos de egual genero.
Os retratos estão muito parecidos,
e custam apenas a quantia de 2&000
réis cada um. Merecem ser vistos.
E' no'avel observar, como acaba de
o fazer um dos ministros de Inglater-
ra, que só 8 000 agentes de toda a
especie de policia bastam para manter
a ordem e garantir a segurança indi-
vidual de uma povoação como a de Lon-
dres, que conta já quatro milhões de
habitantes, aproximadamente.
E>te facto revela que a educação ali
tem sido primorosamente desenvolvida.
LEIRIA, 26. — Alguns curiosos dra-
máticos d'esta cidade levaram á scena
no dia 21 do corrente o drama em um
acto O escravo, e as comedias Quem
torto nasce... Por causa d'um clari-
nete e Taborda no Pombal.
A concorrência foi bastante, e o es-
pectáculo correu regularmente.
A dama foi a sr.* Elisa Augusta dos
Santos, de Aveiro, que se apresenta
soílVivelmente, apezar de ter a voz um
pouco fraca, vè se que conhece o palco
e que o piza bem, èem alTectaçào, sen-
do para província uma dama muito acei-
ta vel.
No intervallo da ultima comedia teve
uma syncope violenia a exm.a sr.a D.
Guilhermina Guerra, esposa do sr. An-
tonio Maria da Costa Guerra, caindo
sem sentidos, e sendo levada em bra-
ços para sua casa. A doente acha-se
quasi restabelecida, o que deveras es-
timamos.
—Falleceu em Porto de Moz, d um
ata jue apopletico, o,sr. dr. José Pedro
Dias, hábil medico do partido munici-
pal, irmão do sr. dr. Vicente Pedro
Dias, professor do lyceu nacional d'esta
cidade.
O cadaver do fallecido foi hoje trans-
portado para o cemiterio d'aqui, onde
o sr. dr. Vicente Pedro Dias tenciona
mandar erigir um mansoleu de família.
A' família do linado damos os nossos
seutidos pezames.
—Falleceu no logar da Regueira de
Pontes, deste concelho, a sr.4 D. Anna
Crespo, já de avançada edade, que pos-
suía a casa mais rica d esle districto.
—Em toda a parle tem baixado de
preço ogadobovinoe poreste motivo em
algumas terras a carne de vacca tem se
vendido nos talhos com abuimenio.
Aqui ainda se conserva a áOO réis o
kilo! .
—A camara municipal desta cidade
projecta a construcção de novos paços
lo conselho e repartições respectivas,
bem Coiuo a iniciação d'um novo bair-
ro. Que a idéa se realise è o que
anhelamos.
—Fez annos no dia 22 o sr. governa-
dor civil d'este districto-
—Parece que a opposição d'aqui de
sagradou um artigo publicado no se-
mauario O Lizt acerca do asylo de
mendicidade e d 'infancia des-vahda de
Alcobaça, e diz se que vão de.^pedir-
se d assignanles alguns indivíduos.
Alem de não louvar-m'os a acção
julgciinol-a inteiramente destituída de
íazao, porque o mesmo artigo não of-
feudia pessoa alguma. Se qualquer
membro da opposição fazer obra iue-
r.toria e relevante, estamos convenci-
dos que a redacção do Liz. lhe dispen-
sara lodos os elogios de que se tornar
digno a que fizer jus.
—Tem leito por aqui um frio insupor-
tável;— esiá tudo secco com a gisada.
Na quarta feira a temperatura, era
Madrid, não passou de 10 gráus o má-
ximo e desceu a 2,6 abaixo de zero.
Segundo o protocolo da conferencia
celebrada em Washington entre Hamil-
ton Fish, secretario de estado e o con-
tra almirante D. José Polo e Barnabé,
enviado exrraordinario e ministro ple-
niptenciario de Hespanha,são entregues
aos Estados Unidos o vapor
e os indivíduos que ainda vivam dos
que se achavam nelle como passagei-
ros e tripulantes, devendo a Hespanha
saudar no dia 25 de dezembro a ban-
deira dos Estados Unidos.
Se porém se provar que o Virgimus
não tinha direito de usar da bandeira
americana, n'este caso não tera logar
a saudação porque os Estados Unidos
declararão que por parle de Hespanha
não houve intenção de insultar a ban-
deira angloamericana.
Falleceu na quarta-leira passada
em Vianna do Castello o sr. João Bap-
tista Correa, abastado proprietário e
capitalista.
Chegou a Gibraltar o conira-almi-
rante inglez Randolph. Vae render o
contra-almirante Campbell no com-
mando da esquadra quee^tá n'aquelle
porto.
Crimes do Brandão, Amazonas de
Tonnes, e Boas noites, sr. D. Simão9
é o espectáculo de hoje no theatro da
Trindade.
Parece incrível que a direcção caisse
em dar na mesma noite, e juntas, as
mais engraçadas peças do seu repertó-
rio.
Foi ha dias morto em Chaves um
veterano.
E' indigitado como assassino um sol-
dado de iníanteria 13. Altribue-se o
crime a ciúmes.
Em Villa do Conde teem sido ataca-
das de pneumonias muitas pessoas.
Algumas leem succumbido.
Está sendo muito npplaudidaem Ma-
drid na opera Dinorah a cantora Fos-
sa.
A Igualdad, jornal de Madrid, espe-
ra que os srs. Castelar e Salmeron se
abracem fraternalmente para salvar a
republica federal.
A republica depende de um abraço!
Fundeou no porto de Vigo uma es-
quadra ingleza composta de 5 navios
blindados, de alto bordo.
O arcebispo de Sevilha está em San-
tander baslante enfermo, correudo até
a noiicia do seu fallecimento. O car-
deal Cuesta é um prelado muito esti-
mado e a sua doença tem causado bas-
tante sensação.
CHARADAS
OfTcrccidn a • •
Serei do anno?.
Sim é..—1
No joso estou?..
Olé..—t
O concrtfo da charada.
Tu o és minha.... adorada!!
Évora
CHARADAS NOVÍSSIMAS
l)o«BdlcndaN
ao meu aml^o Jacob BloririgucM
!.•—Este navio com estas ave3 tem má sor-
2.*—Pobre mulher que tem este nome,-l-2
3.®—Na musica este estabelecimento não
está co npleto.—1—2 4.1—Governa em Italia este animal um rio.
—2-i-l
5.'—Salia e pula n'esta ilha.—2-2
6.ft—Tenho a certeza que no campo ha este
appeliido.—!—2
7/—Este pássaro na sala diverte.—1—3
8.*—Usa se usa-se usa-se —2—2
9."—Na mu-iCi é d«; família na egreja.-l-2
10.â—Trist-é o animal qu * anda no mar.-l-2
11.*—São dois d'este appeliido no arvoredo-
J. P. de Moura.
•Na musica precisa-se do gito.—I—l
-Terra e aijua ha nas quinias — l—1
-Na musica este engodo pode queimar..
-1-2
-Extremidade que não vô este fructo. —
1-2
-No lagar usam as damas por ser preto^
-1-2
-Este pé é um arbusto e uma vasilha.— 2-1
-Tem boracos e velas era espiral,—2—Z
Banbeuia Monteiro.
12/.
13.*-
14.'-
15.»-
16.a-
17.*-
18»-
CHARADAS EM QUADRO
Esta serve p'ra viver,
Ksta sorve p'ra sentir,
Esta serve p'ra jogar.
Serve esta p'ra produzir.
Carmo e Sousa.
IXPUCAÇÕK8 DO NUMBRO IHTICIDKKr!
Charada—1.» Palacete.
Charada niixíu-Carlista,
ESPECTÁCULOS
HOJK
THEATRO DE S. C\RLOS—20.» recita de
assignatura—Opera Poliuto.
As 8 horas. THExTiiO DA TRINDADE — Amazonas de
Tormes—Crimes do Brandão -Boas noites sr.
D. Simão. As 8 horas.
THEATRO DO GYMNASIO — A farailia Be-
noi on.
As 8 horas. cinco di: pniCE
Grande espectáculo equestre, gymnastico e
comico.
As 8 horas.
TYP. DE J. G. SeOSA NEVK3
65, Rua da Atalaya, 67
DIÁRIO ILLUSTRA.DO
ANTIG4 AGENCIA
Dl
AMINCIOS
DE
Alfredo Valadin
ftlYISSA DE SANTA JUSTA 65 2.«
Stecebe «núncios, communicados,
fonttpondencias wsignaturas para 9 mt*rto il'nairado. Jornai da
Malte, CorrcMpondrneln de Por-
tugal e para os demais penodicos da
capital e também para a Gairta do Algarve, (Lagos iRotScloao (Valen-
K) e Jaraal «to Nallclaa (iíODta-
illtúa.
0 acriptorio está aberto todos os
áiu Dio santificados das 9 horas da nbi ás 7 da tarde. 1
LOTEIilA
3341 delias11' 5:000^000
PRÉMIOS que saíram na casa de cam-
bio de Pedro José Pereira Campeão & C-S rua do Amparo n.# 118, em
bilhetes e cautellas na extracção de
27 de dezembro de 1873.
Humeros Prémios
3341 cautellas 5:000&000
1539 vendido 200|>000
1825 cautellas 100&000
1128 » 30&000
2869 » 30|000
A seguinte extracção 6 no dia 8
de'janeiro impreterivelmente ao meio
dia, sendo o premio maior
5:000S000
Tenham compaixão
OINFElIr^pinteiro, que ficou sem
casa e sem ferramenta em conse-
Suencia do incêndio, mora na rua do
al de Santo Antonio, n.°58. loja, aon-
de espera lhe acuJam as almas cari-
dosas, por occasião do Natal de Nos o
Senhor Jesus Christo. 3
Archivo Pittoresco
ONZE volumes in-íolio, com mais de
1:800 gravuras de monumentos e "vistas de Portugal. Vende-se na Typo-
ES V "
phia Castro Irmão, rua da Cruz de
u, 31. 4
IVIonogrammas
EM ouro e a côres matisadas, pelo
systema inglez. Carimbos em to-
dos os generos, em papel e sobrescri-
ptos. Typographia Castro Irmão, rua
da Cruz de Pau, 31. 5
Para pharmacias
TARJAS e rotulos dourados e a côres,
para guarnição e para expediente-
Tendrm-se na Typographia Castro Ir-
mão, rua da Cruz de Pau, 31. C
Bilhetes para vinhos
e licores
DE todas as qualidades. Typorranhia
Castro Irmão, rua da Cruz de l'au,
31. 7
Soccorrei
BOMFACIA MARIA, moradora na cal-
çada do Comfcro, (vulgo Paulistas)
n.° 10 5.# andar, tendo uma filha en-
trevada. e não podendo ganhar os
meios para a sua subsistência, nem
tão pouco para o tratamento da doen-
ça da f ua querida filha, luctando com
a maior miséria, vem implorar uma
esmolla, pelo amor de Deus, á* pes-
soas caridosas, uueiram ajudai-a a
minorar a sua inrelii situação e de
sua desgraçada filha. 8
Direcção geral da ar-
tilharia—Conselho
administrativo.
rELAS 12 horas do dia 7 de janeiro
de 1874, procederá o dito conse- á arrematação em hasta publica, do
fornecimento de mil tampos de latão
para frascos.
0 respectivo padrão e condições da
arrematação, estão patentes na sala
do conselho onde se recebem propos-
tas em carta fechada, até áquella hora
do referido dia, quando começará a
licitação
Sala das sessões do conselho, 29
de dezembro de 1873.—Aí. J. Codina,
aspirante da administração militar,
servindo de secretario. 9
EDITAL
Direcção das obras publicas do districto
de Santarém
Estrada districtal n.° 74 de Torres Novas
a Pay alvo
1.° lanço "e Torres Novas aos Vaa-gos
POR esta direcção, secção de Torres Novas se faz publico que no dia 7 de
janeiro relas 11 horas da manha na ca>a dn administraçao do concelho
de Torres Novas perante o respcclivo administrador, hade dar-se de arre-
o íi; malação, a quem por menos o fizer, a construcção de oito tarefas de Terre-
planagens no sobredito lanço, sendo os volumes e o preço, base da liçitação,
os abaixo designados para cada uma das tarefas:
8 »
S*
8
9
10
11
12
13
14
15
Dtsigmção dos perfis
Do perfil 130 ao 157
« « 158 « 172
« « 173 « 194 •.
« « 195 « 204
« « 205 « 214
« « 215 . 232
« « 233 « 262
« « 263 « 283
Exte
nção
de
cad
a
um
a
tare
fa.
O-.ÍO o U
Il-
ls» s- P
reço
me
dio
por
me
tro
s.
972.44
442,96
746,64
289,5?
217.87
680,84
1:023,84
904,73
1:899,84
993,76
2:039,53
1:132,04
1:450.08
1:964,73
1:767,71
2:488,56
163,93
149,91 191,65
205.50
279.06
194,99
184,56
197.36
TO c3
2
.si
C J-S . 2 O JO
|SS
3115550
149£880
390*890
* 3? £640
4010670 3445690
362^630
491£160
Para ser admittido a liei far é necessário fazer o deposito provisorio de
quatro mil e quinhentos réis por cada tarefa. Não se acceitam lanços meno-
res de cem réis. As condições da arrematação, mappas e desenhos podem
ser examinados todos os dias não santificados, das 9 horas da manhã ás 3 da
tarde na casa da administração do concelho de Torres Novas e na secretaria
da secção das obras publicas em Torres Nevas.
Secretaria da Direcção em Santarém 26 de dezembro de 1873"—0 Dire-
ctor— D. A. Freire. 10
mm ÍIMIO BE (MARES
Vendido sob a inspecção do productor
JG. TEIXEIRA MARQUES faz constar que os estabelecimentos auctorisados
• para vender o vinho produzido nas suas propriedades de Collares são os
seguintes:
A. J. de Macedo, rua do Amparo, 20
J. C. Pucci, successor de Baltresqui, rua dos Capellistas,
422 e 124
Preços \»ov garrafa
Novidade de 1870, 160 réis, sem garrafa.
Novidade de 1872, 140 réis, sem garrafa.
O engarrafamento do vinho é feito nas adegas do annunciante; as rolhas
teem a legenda do nome do productor; as capsulas a ellas sobrepostas teem
a marca T. M. Todo o vinho que se não apresentar engarrafado n'estas con-
dições não é das propriedades do annunciante.
J. G. Teixeira Marques. 11
POZZOLANA DOS AÇORES
OU CIMENTO HYDRAULICO
V JWDIM-SI desde 15 kilos até qualquer porção de rcetros cubicos, no es-
criporiode Germano Serrão Arnaud, 84 Caes do Sodré 2.® andar. 12
OBRAS DE PAULO DE KOCK
JÁ PUBLICADAS
O Homem do» trem calcõen. 1 vol. COm 4 estampas—600 réis.
o a Diante da Lua, 2 vol. cada um de 252 pag.— 1£400 réis.
A donxella de Belleville. 1 vol. COm 4 estampas — 600 réis.
o meu vizinha Raymundo, 1 vol. com 4 estampas—600 réis.
a irmà Anna, 1 vol. de 206 pag. —600 réis.
O Barbeiro de Pari*, 1 VOl. de 184 pag. —600 réis.
a Lasoa d'Autenii —1 vol. de 200 pag. —600 réis.
t uia mulher de ire» cara*, 1 vol. COm 5 estampas—600 réis.
a cana branca, 1 vol, de 180 pag. com 8 estampas—600 réis. Mulher, marido e amante—no preJO.
Remette nualquer d'estas obras, franco de porte, a quem *nvia' a sua
importancia, em estampilhas ou vales do correio, a Joaquim José da ron
seca & C », rua da Atalaia, 65. 13
HOTEL AMEHICA
Praça de Carlos Alberta, 92
PORTO
Bonito local, excel-
lentes commodos para
famílias, socego c bom
tratamento.
attençAo
UMA condeça com vestidos vinda de
Coimbra, pelo caminho de ferro,
no dia 26 do corrente e que por en-
gano foi entregue juntamente com a
baga gem d'outro passageiro, acha-
se na rua de Yicenete Borga, 154, pa-
ra ser entregue a quem mostrar per-
tencer-lhe. 15
Cl, CHIADO, Cl
í.° A\UA H
«ECEBEU nova remessa de chocola-
te Suchard, garantido puro de as-
sucar e de cacau. 17
CIIlilSTIN^&itM réis. — Vende-se na typographia de
Sousa Neves, rua da Atalaya, 65.
Commercio especial
com a llespanha
Commissões, consignações
e transportes
f scrlptorlo
16, Largo do Corpo Santo, 2."
HtiftSlS BOUCIIF.RAXT
4 GENTE commercialda companhia do
A caminho de ferro de Ciudad Real a Badajoz e de Almorchon as minas
de carvão de Relmez. 19
SE podesse estar perto de li, não te
protestaria de longe as minhas
saudades 20
RAHALHETE
s
DO CSHniST
EMANAR10 religioso dedicado a. famlllaM cathollcan—director O
rev. padre prégador F. da S. Figuei-
ra. prior da freguezia d'Ajuda.
Publicou-se o n.# 7 do 3.* vol. con-
tendo os seguintes artigos: Bispo de
Havana (com retrato). — Saudação á
Virgem. — O Christianismo — Confi-
dencias. — Bispos de Castello Branco,
l.# bispo D. Fr. José de Jesus Maria.
—Uma historia verdadeira. — Quadro
chro no lógico dosl'apas.—Extasi, poe-
sia.—A pobre, poesia.—Noticiário.
0 1.° e 2.® vol. tem 104 bellas «ra- vurari, cópias de quadros dos meUto-
res auciores e perto de 800 artigos
religiosos e moraes, romances, poe-
sias, etc.
0 Ramalhete do ClirlMtao, é uma encyclopedia religiosa util a to-
das as famílias catholicas, e muito
propria para dar de premio nas esco-
las.—Vende-se unicamente no escri-
ptorio da empresa—rua d'Atalaya, 65
—preço tlooo réis cada volume. •Preço
Remette-se, FRANCO DE FORTE, a
quem enviar a importancia em vales
do correio, e na absoluta impossibi-
lidade d'estes, em estampilhas.—Re-
cebem-se assignaturas para o 3.* vol., sem dependencia do !.• ou 2.*—Cada
3 mezes ou 13 números 500 réis. Cor-:
respondentia ao director do jornal,'2
rua da Atalaia, 65. í
Pede-se aos srs. assinantes a quem a empresa tem escripto ácerca do
atraso de pagamento, que mandem a sua resposta para governo da admi-
nistração. 21
AAuga-se
ÂLUGA-Sfc um quarto com janella e
porta completamente independen-
te, proprio para escriptorio.—Rua do
Crucifixo, 31,2.# andar. 22
CARREIRA C AFRICA
0 vapor portuguez
Zaire, capitão
Pedro de Almeida
Tito, sairá no dia
5 de janeiro ás 3
horas da tarde para a Madeira, S. Vi-
cente, S. Thiago, Principe. S. Thomé, Ambriz, Loanda, Benguetla, e Mossa-
medes. *
Para carga e passagens, trata-se no
escriptori# de Bailey &Leetliam, pro-
prietários da empresa Lusitana,rua do
Ferregial de Cima, n.# 4. 23
Pará, e Ceará
PARA so portos
acima sairá no
dia 5 de janeiro o
PaQuele mglez — WaSb Ambroae. oue se
espera de Liverpool em 4.
Para carga ou passagens, trata-se
na rua 4o Alecrim, 10.
Os agentes — Garland Laidley
&c.\ 24
Para a Bahia
S;
AIRA' no dia 2 de
janeiro o paque-
te inglez uouati,
que se espera de
Liverpool em 1.
Para carga ou passagens, trata-se
na rua do Alecrim, 10.
Os agentes — Garland Lai d ley
& C.â • 25
d § s fiB *
V.
LICEU POLYTECHNICO
V-argo do Intendente, 96, B
19, Travessa da Cruz dos Anjos, 13
AS ferias no Natal terminam no dia l de janeiro.
Está aberta a matricula para o curso nocturno de francez, inglez, alle-
mào, desenho e commercio, que começará depois das ferias.
0 director geral 16 J. M. da Silva Ennes.
THE PAW STEAM NAVIGATION COMPANY
PâM LIVjEHPGOL
O paquete Aconcagua
ESPERA-SE de 30 de dezembro a 3 de janeiro.
Para passagens trata-se no Caes do Sodré. 64.
26
Os agentes,
E. Pinto BaMto & C.
PARA O SaAVItE
DIRECTAMENTE
SAÍRA' no dia 4 de janeiro, o vapor francez ▼ill© do
Brest, capitão Charles Grosos.
Para carça e passagens para o que tem excel lentes
acommodaçoes, trata-se no escriptorio, Largo do Pelou-
, 19, !.•
CHARGELRS RÉIMS
Pernanbuco, Bahia,
Rio de Janeiro, Mon-
tevideu, Beunos-Ay-
res e Rozario.
n ESPERADO em
Cj Lisboa no dia 5
ou 6 de janeiro,
o vapor paquete
francez vnic de :ahia, de f:50Õ toneladas, capitão
Robert, que sairá para os portos aci-
ma depois da indespensavel di mora
n'este porto.
Recebe carga e passageiros de aa-
mara para os quaes tem excel lentes
accommodações
Fornece-se vinho aos passageiros de 3.« classe.
Dão-se todos os mais esclarecimen-
tos no escriptorio dos agentes.
Pereiras d La Rocque
120, rua dos Capellistas, 2.« 28
Rio de Janeiro, Monte
video e Buenos-Ayres.
Recebendo também carga pa-
ra o II!» Cirande do
Mui.
|ARA os portos
acima satrá no
dia 7 ou 8 -1e ja-
neiro o paquete
r mglez v.oibnifx, que se espera de Liverpool em 7.
Para carga ou passagens trata-se na
rua do Alecrim, 10.
Os agentes — Garland I.aidlcy
& C.* 29
Para MARSELHA
O vapor Cambrian
pSPERA-SE tie í ij a 2 de janeiro
para sair depois
da indispensável
demora,
ara carga e passagens trata-se
do Sodré, 64.
Os Agentes
30 E. Pinto BaMto & €.•
Caes
P&.S&A LONDRES
O vapor L.c\)ai\on
gAIRA' hoje.
Para carga trata-sç no Caes do Sodré, 64.
31
Os Agentes,
E. Pinte BaMto &0 »
LYÍJE Ll^iE OF OTEA31ERS
Para Montevideu, Buenos \\vís
em direitura
SAÍRA' depois da indispensável demora n'este porto o paquete inglez Aa-
tarte, de 1:350 toneladas, que se espera de Glasgow no dia 7 de janeir®.
Tem excellentes accommodacões para passageiros de l.a e 3.a classes.
Para carga ou passagens trata-se na travessa dos Romulares, 23, IA
andar, com
0 agente 32 Joseph Medllcott.
THE PACIFIC STEAM NAmTlilÕMPm
Serviço durante o anno de 1874
POR ordem da direcção d'esta companhia se faz publico que depois do prin-
cipio de janeiro, as partidas para os portos do Brasil e Pacific serão.todas
as quartas feiras.—Continuam como até aqui a fazer escala por Pernambuca
e Bahia alternadamente.
0 primeiro vapor no futuro anno, deve sair de Liverpool em 7 de janeir-
ro e de Lisboa a 14 do mesmo. Na primeira quarta feira de janeiro não haverá saida de Lisboa.
Lisboa, 26 de dezembro de 1873.
Os agentes 33 E. Pinto Banto & C.«
THE PACIFIC S1EAM NáVIGÃTI N CDMPáNV
Para a ilha da Madeira,
Rio de Janeiro, Montevideu, Buenos Ayres
Valparaizo, Arica, Islay e Callao.
LI1SHA SEMAi\AL
PAQUETES
(«) potosi, 23 de dezem
PAQUETES
HLLMAIVI, 30 de dezembro
rinho andar.
27 u agente, I. Juhel.
Com escala por Pernambuco e Bahia
DE 15 EM 15 DIAS
(•) — POTOMI 23 dedezembro.
Para Pernambuco, só recebe malas e passageiros.
A velocidade d'estes vapores é já bem conhecida, costumam gutar it
Lisboa ao Rio de Janeira 13 dias.
Para carga e passagens trata-se no Caes do Sodré, 64.
0 agente no'Porto Os agentes em Lisboa
Tasco Fcrrelm Pinto Basto. E. Pinio Ba*to & €.»