Mosteiro da Batalha
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Transcript of Mosteiro da Batalha
SANTA MARIA DA VITÓRIA, Ordem dos Pregadores (Dominicanos)
(MOSTEIRO DA BATALHA)
- fundado por D. João I, após vitória na Batalha
de Aljubarrota (1385);
- mosteiro dominicano;
- maior estaleiro português do séc. XV;
mestre Afonso Domingues (1388-1402)
- lança estrutura base do mosteiro (Haupt
sugere a intervenção de um arquitecto inglês) –
segue o esquema espacial e distributivo
cisterciense:
- igreja;
- claustro principal com anexos –
sacristia; sala capitular; refeitório;
despensas; cozinha; dormitórios
- cruz latina;
- três naves com oito tramos, separadas por
arcaria sobre pilares cruciformes e abobadadas;
- nave central mais elevada suportada por arcobotantes, permitindo a abertura de janelas nos flancos das três naves;
- transepto saliente;
- abside com cinco capelas, comunicantes, não escalonadas (típico português), iluminadas por frestas estreitas e altas;
- Claustro Real:
- sete tramos (mais os ângulos) acusados por contrafortes;
- abóbadas de cruzaria com cadeia contínua (rigor construtivo), apoiadas em pilares;
mestre Huguet (1402-1438)
- constrói a Capela do Fundador (aos pés):
- panteão de D. João I, a sul da igreja;
- planta quadrangular, cujo lado corresponde aos três primeiros tramos das naves;
- entrada pelo corpo da igreja;
- abóbada central estrelada de planta octonogonal, suportada por arcobotantes; seria rematada por um coruchéu
piramidal, hoje inexistente;
- iluminação feita pelas frestas largas das três paredes livres e por janelas altas na zona superior do octógono;
- Capelas Imperfeitas (à cabeceira):
- panteão de D. Duarte, situado a este da capela-mor;
- corpo de planta octogonal (centralizada) seria inicialmente solto; actualmente está ligado à igreja, com a qual não
comunica – pretender-se-ia romper com duas das capelas laterais?
- sete capelas com abside de três faces, separadas por seis mais pequenas;
- átrio entre a abside da igreja e o panteão com entrada pelo lado norte, com abóbada reticulada;
- completa o Claustro Real
- abóbada da Sala do Capítulo:
- planta quadrada com 19m de lado;
- original seria bastante mais baixa;
- abóbada estrelada com oito pontas amparada nos cantos por abóbadas triangulares nervuradas;
- fachada principal:
- andar superior recuado (tradição portuguesa);
- janela e portal introduzem o arco contracurvado em Portugal;
- decoração flamejante, mas dentro da estrutura das grandes catedrais do séc. XIII;
- portal composto por seis arquivoltas ornamentadas, ladeado por contrafortes;
mestre Martim Vasques (1438-1448)
mestre Fernão de Évora (1448-1477)
- claustro de D. Afonso V:
- meados séc. XV;
- estilo simples e severo, marcando uma mudança de gosto;
- zonas privadas do mosteiro – funcionalidade acima da representatividade;
- primeiro claustro português com dois pisos – aparecem celas em vez do dormitório, pelo que é necessária uma maior
área;
- sete tramos (mais os ângulos), abertos sobre a quadra por arcos ogivais emparelhados, marcados por contrafortes;
- piso inferior com abóbada suportada em mísulas (simplicidade) e superior com cobertura em madeira suportada por
colunelos isolados e travejamento contínuo;
- capitéis geométricos
mestre Mateus Fernandes (… 1490-1515)
- mestre manuelino – Boitaca, Francisco e Diogo de Arruda são seus discípulos;
- portal de comunicação do átrio para o panteão ocupa um lado do octógono e apresenta temas decorativos diferentes nas
duas faces – notam-se elementos do gótico flamejante internacional;
- abobadamento das capelas térreas do panteão de D. Duarte;
- bandeiras do Claustro Real (? Pedro Dias);
mestre Diogo Boitaca (intermitente entre 1509 e 1519)
- bandeiras do Claustro Real (? Reynaldo dos Santos);
- decoração do lavatório;
mestre João de Castilho
mestre Miguel de Arruda
- abobadamento do átrio de ligação das Capelas Imperfeitas à abside da igreja;
- primeira fase do abobadamento superior das Capelas Imperfeitas;