Movimento de Terra II

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Movimento de Terra II LIMEIRA MARÇO 2014

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Movimento de Terra II

LIMEIRAMARÇO 2014

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Movimento de Terra II

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RESUMO

Movimento de terra pode ser definido como o conjunto de operações de escavações,

carga, transporte, descarga, compactação e acabamento executados a fim de passar-se de um

terreno em seu estado natural para uma nova configuração desejada.

Assim, a construção de uma estrada de rodagem, de uma ferrovia ou de um aeroporto,

a edificação de uma fábrica ou de uma usina hidrelétrica, ou mesmo de um conjunto

residencial, exigem a execução de serviços de terraplenagem prévios, regularizando o terreno

natural, em obediência ao projeto que se deseja implantar.

Pode-se afirmar, portanto, que todas as obras de Engenharia Civil de grande ou

pequeno porte, exigem a realização de trabalhos prévios de movimentação de terras. Por esta

razão a terraplenagem teve o enorme desenvolvimento verificado no último século.

O objetivo da movimentação de terra é o de se obter uma infraestrutura firme e

resistente sobre a qual se assentará a edificação ou pavimento que será construído.

Palavras chaves: Movimento de terra, Tipos de solo.

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SUMÁRIO

1. Tipos de Movimento de Terra........................................................................................1

2. Classificação Segundo o tipo de Solo a Ser Movimentado...........................................2

3. Formas de contratação, Medição e Controle dos Serviços............................................3

3.1 Controle dos Serviços..................................................................................................4

3.2 Medição dos serviços...................................................................................................5

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA...................................................................................6

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1. Tipos de Movimento de Terra

O conjunto de operações manuais, mecânicas ou hidráulicas, realizadas no terreno

com o objetivo de melhorar sua conformação topográfica, caracteriza as movimentações de

terra.

Dividem em:

Corte – são segmentos onde a implantação da geometria projetada requer a escavação

do material constituinte no terreno. As operações de corte compreendem a escavação

propriamente dita, a carga, o transporte, a descarga e o espalhamento do material no destino

final (aterro, bota-fora ou depósito).

É característico de áreas onde encontramos um aclive, ou seja, o perfil do terreno se

eleva culminando num ponto mais elevado no fundo. Devemos cortar o excesso de material,

remanejando-o. Esta operação gera uma desagregação, ocasionando um aumento no volume

que deverá ser computado em valores gastos com transporte. Às vezes, parte deste material

fica no local para nivelar áreas com depressões. Como parâmetro de medição do aumento de

volume, quando não houver um ensaio em laboratório, adota-se 40%.

Aterro – preparar o terreno a fim de obter uma configuração desejada, através da

deposição de terra. Os aterros, quando necessários, devem ser realizados acompanhados dos

serviços de compactação, ou seja, passar repetidas vezes os equipamentos nos locais

aterrados.

Se o perfil do terreno declina tornando o fundo mais baixo que a rua nomeamos

declive e assim temos que adicionar material até obtermos um platô nivelado. Esta operação

demanda uma compactação para melhor acomodação. Alguns itens devem ser observados:

- As camadas devem ter no máximo 30 cm;

- A compactação pode ser manual através de peso ou mecânica com equipamento

próprio;

- Adicionamos água para melhor acomodação;

- Deve-se evitar mistura com entulho para não gerar espaços ocos;

- Para material arenoso adicionamos até 15% de água em volume;

- A proporção de água para material argiloso deve ser até 24%;

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- Para cálculo estimativo também consideramos 40% no aumento de volume

necessário.

As diferenças obtidas no volume de material escavado ou compactado é consequência

de um fenômeno conhecido como empolamento. O solo, sendo uma alteração de rochas que

ainda se mantém sob forças coesivas naturais geram um aumento no seu volume quando da

sua desagregação.

Secção mista – situação combinada de corte e aterro. Também exige a compactação e

em pequenas áreas aterradas esta pode ser feita manualmente através de equipamentos, os

chamados “sapos”, que podem ser rudimentares e fabricados em obras ou mecanizados.

Em determinadas situações, é possível que a terraplenagem seja basicamente de acerto

na conformação do terreno, não envolvendo nem importação nem exportação de material.

Para tanto, utiliza-se trator de esteira para fazer tal trabalho, não devendo a distância entre os

centros geométricos dos volumes escavados e dos aterros ser superior a 40,00 m. Caso esta

distância ultrapasse os 40,00 m, recomenda-se a utilização de caminhões para realizar o

transporte.

Além dessas operações básicas, outras de caráter mais restrito são também bastante

comuns, em função das necessidades do processo construtivo, das características do terreno e

do tipo de fundação a ser executada. Em alguns casos são necessárias outras operações, tais

como: troca de solo, configuração de caminho de serviço (forração) e a execução de valas e

trincheiras.

Poderá ser necessário no movimento de terra a retirada de matacões, isto é, fragmentos

de rochas de grande dimensões.

2. Classificação Segundo o tipo de Solo a Ser Movimentado

Para efeitos dos serviços de movimento de terras são considerados os seguintes tipos:

Solo arenoso: agregação natural, constituído de material solto sem coesão,

pedregulhos, areias, siltes, argilas, turfas ou quaisquer de suas combinações, com

ou sem componentes orgânicos. Escavado com ferramentas manuais, pás, enxadas,

enxadões;

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Solo lamacento: material lodoso de consistência mole, constituído de terra

pantanosa, mistura de argila e água ou matéria orgânica em decomposição.

Removido com pás, baldes, “drag-line”;

Solo de terra compactada: material coeso, constituído de argila rija, com ou sem

ocorrência de matéria orgânica, pedregulhos, grãos minerais, saibros. Escavado

com picaretas, pás, enxadões, alavancas, cortadeiras;

Solo de moledo ou cascalho: material que apresenta alguma resistência ao

desagregamento, constituído de arenitos compactados, rocha em adiantado estado

de decomposição, seixo rolado ou irregular, matacões, “pedras-bola” até 25 cm.

Escavado com picaretas, cunhas, alavancas;

Solo de rocha branda: material com agregação natural de grãos minerais, ligados

mediante forças coesivas permanentes, apresentando grande resistência à

escavação manual, constituído de rocha alterada, “pedras-bola” com diâmetro

acima de 25 cm, matacões, folhelhos com ocorrência contínua. Escavado com

rompedores, picaretas, alavancas, cunhas, ponteiros, talhadeiras e eventualmente,

com uso de explosivos;

Solo de rocha dura: material altamente coesivo, constituído de todos os tipos de

rocha viva como granito, basalto, gnaisse, etc. Escavado normalmente com uso de

explosivos

3. Formas de contratação, Medição e Controle dos Serviços

Os serviços de movimento de terra podem ser contratados através do aluguel de

equipamentos, por empreitada global ou empreitada por viagem.

Aluguel de equipamentos: Neste caso deve ser pago a máquina de escavação por

hora e os caminhões para a retirada do solo. É indicado para obras com grandes

movimento de terra.

Empreitada global: A empresa contratada realiza e é remunerada por todos os

serviços (escavação e retirada de material). Para esse tipo de contratação é

necessário calcular o volume de solo tanto para corte como para aterro.

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Empreitada por viagem: Nesse tipo de contratação a remuneração pelo serviço é

efetuada por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da máquina está

incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o número de viagens. Este sistema

é indicado para obras com pequeno movimento de terra.

3.1 Controle dos Serviços

O empreiteiro normalmente será responsável por garantir um bota-fora para a terra

escavada.

No que diz respeito ao dimensionamento de equipamento este estará ligado a um prazo

de execução desejado. No caso de edifícios residenciais, terrenos de ordem de 1500m², torna-

se a execução do serviço com mais de uma maquina de escavação por dificuldade de acesso.

Por outro lado o tempo da maquina devera ser disputado ao máximo para que o

aluguel da mesma possa ser dissipado pelas viagens executadas.

Assim o dimensionamento da frota de caminhões necessária estará vinculado:

Ao número de máquinas trabalhando;

Produção da maquina;

Tempo de ciclo para o caminhão (função da localização de bota fora).

O número de caminhões ideal será aquele de modo a não parar a maquina e nem uma

fila de espera demorada para os caminhões.

Para o bom andamento dos serviços de movimento de terra, alguns cuidados devem

ser tomados.

Além dos problemas do dimensionamento dos equipamentos e do controle do volume

de terra retirado em cada viagem, tendo diferente enfoque conforme descrito nos sistemas de

contratação, existem preocupações quanto a técnica de execução dos serviços. São dois

aspectos básicos que devem ser observados:

Controle da cota de fundo da escavação: este tipo de controle poderá ser feito com

a utilização de topografia (dispondo-se de teodolito) ou ainda de uma maneira

mais rudimentar servindo-se de uma mangueira de nível com a ajuda de estacas

auxiliares (pontaletes de madeira). Neste caso o nível de referencia devera ser

marcado sobre estas estacas que vão sendo deslocadas a medida em que a

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escavação vai ocorrendo. As estacas acompanham o andamento das máquinas de

escavação.

O controle de inclinação dos taludes: em função do tipo de solo a ser escavado e

das condições de vizinhança do serviço de terraplenagem, deve ser definida pela

consultoria de fundações uma inclinação para o talude que garanta a sua

estabilidade.

A medida em que estes taludes são executados e necessário que se controle a

inclinação dos mesmos. Isto pode ser feito com o auxilio de um gabarito construído em

madeira (sarrafo de 1” x 3”) que fornece a declividade desejada.

3.2 Medição dos serviços

Escavação: medição por metro cúbico.

Aterro: medição por metro cúbico.

Regularização de taludes: medição por metro quadrado.

Remoção e transporte: medição por metro cúbico de terra escavada, ou do volume a

aterrar.

Reposição de terras e aterros: medição por metro cúbico.

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

Notas de Aula, Trabalhos Preliminares de Construção. Disponívelhttp://demilito.com.br/2-trabalhos_preliminares-rev.pdf acesso 05/03/2014

Notas de Aula, Movimento de Terra, Disponível. http://www.grupoge.ufsc.br/publica/material-complementar/movimento_terra%20USP.pdf acesso 05/03/2014

Notas de Aula,Movimento de Terra, Disponível http://profmarcopadua.net/movterr4.pdf acesso 05/03/2014

Titulo04MT.--.movimento de Terra, Disponível http://arquitectos.pt/documentos/1164040524D7sIA9ws4Sk25HI8.pdf

Acesso 06/03/2014