MT - Processamento Baseado em F. Simpson & K. Bahr, 2005.
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MT - Processamento
Baseado em F. Simpson & K. Bahr , 2005
MT - premissas
• Trata-se de um processo de difusão dos campos eletromagnéticos, similar ao observado para campos termais
Analogia gastronômica: processo de assar carne no forno Após 15 min: apenas 2cm superficiais estão cozidos. Quanto maior
o tempo, maior a penetração do campo termal. O campo termal chega com atraso no interior da carne. A difusão dos campos eletromagnéticos no interior da terra é governado pela profundidade pelicular e se comporta exatamente como o processo de assar carne.
• A sondagem eletromagnética é um processo de volume• Equações de Maxwell podem ser expressas em coordenadas
esféricas (se a condutividade de toda Terra é o interesse) ou cartesianas
MT - premissas• Equações de Maxwell são obedecidas• A Terra não gera energia eletromagnética, apenas dissipa ou absorve.• Todos os campos podem ser tratados como conservativos e analíticos se distante de
fontes• Os campos naturais, gerados por sistemas de correntes ionosféricas de larga escala
distantes da superfície terrestre, podem ser considerados uniformes e incidindo verticalmente (ou quase) na superfície terrestre. Esta suposição pode ser violada nos polos e no equador
• Cargas livres não se mantém numa terra estratificada. Cargas podem se acumular em discontinuidades, gerando um fenômeno não indutivo (efeito estático)
• Carga se conserva e a Terra pode ser considerada como um condutor ôhmico, obedecendo a equação J = σ E
• O campo eletrico de deslocamento é quase estático para os períodos de sondagem MT. Correntes de deslocamento predominam e por isso o processo de indução eletromagnética é um processo de difusão
• As variações da permitividade elétrica e da permeabilidade magnética das rochas são supostas desprezíveis comparadas às variações da condutividade das rochas.
Modelos 1-D
Modelo 2D – Modos TE e TM
Modo TE E pol
Modo TM
B pol
Modelo 2-D simples – falha
Conservação da corrente através do contato implica na descontinuidade de Ey.
Neste caso idealizado, campos EM podem ser desacoplados em 2 modos independentes:
E paralelo ao strike
B paralelo ao strike
Ex, By e Bz Bx, Ey e Ez
Curvas MT
Modelo 2-D falha
E – pol contínuo ao atravessar a falha
B – pol descontínuo ao atravessar a falha
Curvas MT para diferentes distâncias da falha
Profundidade de penetração e ajuste lateral
Representação simplificada da propagação de frentes de onda eletromagnética num meio espaço com a presença de um corpo condutivo.
Curva MT (resistividade e fase) para uma sondagem 30 Km de distância de um oceano de 1Km de profundidade. Note que o efeito do oceano na fase inicia em torno de 8s, quando o skin depth p é da ordem de 14Km.
Skin depth e horizontal adjustment length são distintos
Vetor de indução (Induction arrows)
(a) Modelo 2D – corpo condutivo de 5 Ω.m (10Km x 7,5 Km) a 100 m de profundidade num meio-espaço homogêneo de 100 Ω.m .
(b) Forma do campo Hz atravessando a anomalia
(c) Vetores de indução (Parkinson induction arrows) ao longo do perfil atravessando a anomalia
O Tipper T relaciona os campos magnéticos horizontais e o campo magnético vertical
Tensor de Impedância
MT é uma técnica passiva que envolve a medida das variações naturais dos campos magnético e elétrico em direções ortogonais na superfície terrestre. Essas componentes ortogonais estão relacionadas por intermédio de um tensor de impedância complexo Z
ou E = Z H
As componentes de Z estão relacionadas com a resistividade aparente e fase pelas expressões
Na direção do strike, Zxx= Zyy= 0
Matematicamente, uma terra 1-D anisotrópica é idêntica a uma Terra 2-D
Sendo Z um tensor, ele contém informação sobre dimensionalidade e direção
Dimensionalidade
Para períodos curtos – skin depths pequenos comparado com a menor dimensão do corpo – respostas MT 1-D
Para períodos intermediários inductive scale lenght suficiente para “sentir” uma borda da anomalia – respostas MT 2-D
Para períodos onde toda a anomalia se faz presente – respostas MT 3-D
Para períodos suficientemente longos, ou skin depths muito maiores que as dimensões da anomalia, a resposta indutiva da anomalia se torna fraca, mas uma resposta denominada galvânica (independente da frequência) permanece
(distorção galvânica ou static shift)
Corpo 3D em um meio-espaço
Séries temporais e funções de transferência: Processamento dos dados
Série temporal (segmento de 30 min) registrada na Austrália Central
Um conjunto de séries temporais é registrado em forma digital e estimativas do tensor de impedância, resistividade aparente e fase são obtidas
Processamento de dados MT: etapas
• Pre-condicionamento dos dados: Remoção de tendências (pre-whitening), aplicação de janelas
(windowing: janelas Hamming, Hanning, Parzen, Thompson, etc.) • Transformada de Fourier dos dados (e
correção para resposta instrumental) FFT Cooley e Tukey base 2 ou outros
• Análise espectral clássica Jenkins and Watts, 1968; Bendat and Piersol, 1971; Otnes and
Enochson, 1972.
Processamento de dados MT: etapas 2
• Decimação em cascatas – cascade decimation Wight and Bostick (1980) – equipamento da Phoenix
para obtenção de curvas MT em tempo real; Algoritmo Egbert (1986) utiliza no processamento, para
obter períodos mais longos
• Método Wavelet Algumas tentativas para dados com alta quantidade de
ruído. Ainda não “decolou” ...
• Processamento no domínio do tempo
Estimativas de Z
A expansão da equação matricial que relaciona E e H é:
Essas equações não são exatas porque existem erros de medida e a suposição de onda plana é uma aproximação
δZ(ω) representa o ruido elétrico
Estimativas de Z
Técnica dos mínimos quadrados e processamento robusto são métodos estatísticos de processamento dos dados MT. Nos 2 casos , δZ(ω) é minimizado empregando regressão linear com duas variáveis. Potências cruzadas podem ser obtidas ao multiplicarmos as expressões para Ex (ω) e Ey (ω) pelos complexos conjugados dos espectros elétrico e magnético
Referência remota e Z
Considerando Ex =N, Ey = E, Hx = X, Hy =Y e o índice r para medida remota e usando os campos magnéticos como referência
Similarmente o Tipper pode ser estimado por
onde
Processamento robusto
Egbert e Booker, 1986 – peso inversamente proporcional a variância
Fluxograma processamento
Estimativas de Z
Sims e Bostick, 1971, Geophysics 36: 938-942
a
b
c
d
e
f
Em casos 1-D
Ex e Ey não são correlacionáveis;Hx e Hy não são correlacionáveis, Ex, Hx e Ey Hy não são correlacionáveis
soluções a e b são instáveis
Estimativa 1-D biasPara o caso 1-D, considerando ruído em E e H
Os ruidos nas autopotências não se cancelam
Estimativa 1-D bias
Ruido nas potências cruzadas se cancelam
Estimativa upward biased
Estimativa downward biased
Eqs. c e d ficam
Eqs. e e f ficam
Apresentação dos dados/resultados
Exemplo de sondagem MT – Rift Valey - Kenya
(a) Modelo 2-D – estrutura mínima
(b) Modelo de contorno de (a)
Modelo 2-D
Pseudoseções para diferentes espaçamentos
entre sondagens
TE TM
Modo TE – maior resolução em profundidade
Modo TM – maior resolução lateral
1, 2, 4, 8, 16 Km de espaçamento entre estações