Mulheres Que Marcaram a História - 2ª Edição
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Mulheres Que Marcaram a História
XVI Curso de Agente em Geriatria
Mulheres Que Marcaram a História 2 Edição
Julho de 2012
Caro leitor
É com muito gosto que voltamos com a 2ª edição do Boletim “Mulheres que
Marcaram a História”. Esta edição é dedicada a cinco personalidades femini‐
nas distintas: Madre Teresa de Calcutá, Antónia Ferreira (A Ferreirinha),
Rainha D. Leonor, Helen Keller e Indira Gandhi.
Cada uma destas mulheres soube afirmar a sua identidade em diferentes épo‐
cas e mostrar que, através de muito trabalho e determinação, conseguiu supe‐
rar dificuldades e concretizar projetos empreendedores que transformaram os
seus contextos de vida e a própria História.
Esperamos que o leitor tenha tanto prazer ao ler este boletim como nós tive‐
mos ao concretizá‐lo!
Temas de interesse
∗ Conhece?
∗ Saúde
∗ Testemunho
∗ Atividade
∗ Espaço lúdico
2ª Edição Julho de 2012
Página 2 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
Quando se fala de amor ao próximo e compaixão, é difícil não lembrar Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais conhecida por Madre Teresa de Calcutá.
Envolveu‐se numa cruzada solitária e dig‐na, com um amor fora de comum pela humanidade, alimentando famintos, assistindo enfermos e principalmente dando ouvidos aos que não eram escuta‐dos.
Filha de humildes comerciantes deixou a Ordem de Loreto para trabalhar em Cal‐cutá, nas favelas com pobres e leprosos, o que lhe valeu a cidadania indiana incluindo o nome de Madre Teresa de Calcutá.
Madre Teresa fundou a Ordem das Missionárias da Caridade, uma congre‐gação católica, aprovada pela Santa Sé em 1965 e que se dedica a ajudar os pobres.
Apesar dos seus problemas de saúde, prescindiu de todos os benefícios eco‐nómicos em prol dos desfavorecidos, lutando sempre contra as dificuldades que se lhe impunham, em prol da feli‐cidade e bem‐estar dos seus seme‐lhantes.
Foi agraciada com o Prémio Nobel da Paz em 1979 e canonizada pela Igreja Católica em 2003.
Conhece?
Página 3 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)
Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.
O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.
O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.
O que eu faço é simples: ponho pão nas mesas e com‐partilho‐o.
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
Não devemos permitir que alguém saia da nossa pre‐sença sem se sentir melhor e mais feliz.
Se um dia eu for Santa, serei com certeza a santa da escuridão. Estarei continuamente ausente do Paraíso.
O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.
Página 4 2ª Edição
Conhece?
Mulheres Que Marcaram a História
D. Leonor (Rainha de Portugal) - (1458-1525) D. Leonor, apesar de ter tido uma vida muito sofrida, procurou sempre novas causas para se dedicar. Conseguiu dedicar‐se a várias obras a prol do bem‐estar do seu povo. Foi uma mulher empreendedora fundando o Hospital Termal das Caldas da Rainha, envolvendo os médicos da corte para que eles se certificassem das pro‐priedades milagrosas daquela água. Fundou também o Hospital de Todos os Santos que, naquela altura, era considerado o melhor hospital da europa. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi a sua maior obra, orientada para a proteção dos menos favorecidos. Esta obra continua a expandir‐se ao longo de quase seis séculos, mantendo‐se com os mesmos valores.
D. Antónia Ferreira, conhecida carinhosamente por “Ferreirinha”, foi uma mulher portuguesa que viveu no séc. XIX. Ficou conhecida por ser uma pessoa humilde, benemérita, empreendedora e tenaz. Preocupada com as famílias dos seus trabalhadores, ajudava, lutando contra a falta de apoios que existiam na altura. A sua forte personalidade, pragmatismo e iniciativa, fizeram D. Antónia ter uma grande visão para o negócio do vinho do Porto. Com o seu humanismo e altruísmo, promoveu e financiou a construção de hospitais, várias escolas e creches. Para que os homens daquela região tivessem trabalho, chegou a dar emprego a mil operários. Teve a iniciativa de construir quilómetros de estradas e cami‐nho‐de‐ferro, pagos por si. D. Antónia morreu no dia 26 de Março de 1896, aos 84 anos, deixando um património incalculável. O seu cortejo fúnebre, prolongou‐se por 4 km, onde milhares de pessoas choraram a sua morte, onde lhe chamaram “santa” e “mãe dos pobres”.
D. Antónia Ferreira (A Ferreirinha) - (1811-1896)
Cada um na sua terra deve fazer tudo que seja para bem da huma‐nidade.
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Hospital Termal das Caldas da Rainha
Página 5 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
Helen Keller foi uma criança que aos 18 meses de idade, ficou cega e surda, devi‐do a uma doença que lhe foi diagnostica‐da como escarlatina. Lutou contra a sua doença, tornando‐se célebre escritora e filósofa (recebendo um diploma de Bacharel pela Universida‐de de Radcliffe) e conferencista em prol das pessoas portadoras de deficiências, com o apoio e orientação de Anne Sulli‐van, sua professora e grande amiga. De 1924 até à sua morte foi membro “staff” da “American Foundition For the Blind”, onde lutou pelo bem‐estar das pessoas cegas e surdas. Em 1964, recebeu a Medalha “Presidencial da Liberdade”, a maior hon‐ra para o seu país.
Em 1965, foi uma das vinte eleitas para a “Hall da Fama Feminina” na Fei‐ra Mundial de Nova Iorque. Hellen Keller faleceu em 1 de junho de 1968 em “Arcan Ridge” algumas sema‐nas antes de completar 88 anos. As suas cinzas foram depositadas ao lado das de Anne Sullivan na Capela de São José na Catedral de Washington Foi considerada pelos seus amigos americanos como “A primeira mulher
Conhece?
Helen Keller (1880-1968)
A ciência poderá ter encontrado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos.
Nunca se pode concordar em rastejar, quando se sente ímpeto de voar.
Nasceu em Nova Delhi em 19‐11‐1917. Foi primeira‐ministra da Índia entre 1966 e 1984. Filha de Jawaharlal Nehur, Indira não tem qualquer parentesco com Mahatma Gan‐dhi. Iniciou a carreira política como colabora‐dora de seu pai e em 1971 assinou um tratado de amizade com a União Soviéti‐ca. No conflito com o Paquistão, Indira Gandhi prestou apoio militar ao movi‐mento de secessão do leste do país, que se tornou independente em 1971 com o nome de Bangladesh. Na política interna combateu com grande rigor os problemas económicos e sociais provocados pela explosão demográfica e pela corrupção. Uma das medidas empreendidas foi à esterilização maciça
obrigatória. Em 1975 foi condenada por fraude eleitoral. Indira decretou o estado de sítio e governou de forma quase ditatorial promovendo o culto da personalidade. Nomeou o seu filho Sanjay Gandhi como seu sucessor. Durante o seu último mandato agrava‐ram‐se os conflitos internos e os con‐frontos violentos entre os diversos grupos étnicos e religiosos. Na sequência do assalto ao templo dourado dos Sikhs, por tropas gover‐namentais, foi assassinada por elementos Sikhs da sua própria guarda pessoal.
Indira Gandhi (1917-1984)
De punhos cerrados, não se pode apertar a mão a ninguém.
Quem quiser um lugar ao Sol tem de estar preparado para apanhar algumas queimaduras.
Tenho o desejo de realizar uma tarefa importante na vida. Mas meu primeiro dever está em realizar humildes coisas como se fossem grandes e nobres.
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Saúde
Mulheres Que Marcaram a História
Cuide de si... exercite a mente e o corpo Pratique exercício físico, caminhadas, classe de ginástica, hidroginástica , etc. o que mais goste de fazer. Cuide de si ... Valorize‐se Aplique diariamente um creme hidratante para hidratar a pele. Mime a sua auto estima, cuide da sua imagem para que se sinta bem na sua pele. Cuidados de higiene e conforto são essenciais. Se gosta de se maquilhar faça‐o, cuide das suas mãos e pés. Aprecie a sua ima‐gem no espelho.
Cuide de si ... prepare a chegada do Verão Beba água, pelo menos 1,5 litros por dia para não correr o risco de desidratação, evitar andar na rua quando as temperaturas estão muito elevadas, aplicar protetor solar e chapéu. Cuide de si... SOS Se é diabético vigie os seus pés diariamente, para detetar o mais cedo possível alguma alteração, utilize meias claras, de algodão e sem costuras. Corte as suas unhas a direito, mantenha os espaços entre os dedos sem humidade e os pés hidratados com creme hidratante. Calçado confortável, evite andar descalço ou de chinelos, no caso de utilizar sandálias optar por um modelo mais adequado ao seu pé e acima de tudo confortável. Cuide si ... Conviva Mantenha‐se socialmente ativo, conviva e fortaleça os laços com familiares e amigos. Cuide de si... seja feliz Opte por uma alimentação rica em frutas e vegetais que tanto contribuem para o bom funcionamento do organismo. Evite gorduras e doces. Ingira líquidos, evitando as bebidas alcoólicas e gaseificadas, opte por sumos naturais, chás e agua que tantas vantagens trazem para o nosso organismo.
Mente sã corpo são
Testemunho
Página 7 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
No âmbito do tema de vida, o XVI grupo de Agente em Geriatria, teve o privilégio de conversar com a Dra. Ana Paula Reis, uma mulher corajosa e determinada, apesar de todos os obstáculos que enfrentou ao longo do seu percurso. Ana Paula Reis, 47 anos, é casada e mãe de um rapaz de 11 anos; utilizadora de cadeira de rodas é uma mulher empreendedora que para além da sua atividade profissional e vida familiar, ainda consegue dedicar parte do seu tempo aos outros em atividades de voluntariado.
São exemplos o seu papel de coordenação do banco de voluntariado da Junta de freguesia onde reside, a sua colaboração com o banco alimentar na recolha de alimentos em supermercados, o presidir à associação de pais da escola que o filho frequentou, a atividade de voluntariado no Hospital de Alcoitão ou a dinamização do clube de leitores da livraria Bulhosa. No seu testemunho, Ana Paula Reis salientou que devemos dar mais valor ao que temos do que ao que tivemos, ou gostaríamos de ter, enfrentando os obs‐táculos e seguindo sempre em frente, para alcançar os nossos objetivos.
No Dia 18 de Julho, entre as 14.30h e as 17horas, realizou‐se no Auditório do CEFC a apresentação pública final do Tema de Vida do AG16, que decorreu com enorme sucesso e que contou com a presença do Clu‐be Sénior da Fundação LIGA. Neste espaço, publicamos alguns comentários das protagonistas desta tarde de entretenimento e cultura (as formandas do AG16), que nos permitem avaliar o significado, resultados e impactes da metodologia do Tema de Vida, aplicada nos Cursos EFA. “ Senti uma emoção muito forte porque foi a 1ª vez que cheguei à frente para atuar em público. Gostei da atividade, do grupo e do apoio dos formadores às formandas. Esta atividade fez‐me sentir que fui capaz e juntou o grupo a lutar pelo mesmo objetivo.” Ana Paula Ribeiro “Foi um dia diferente dos outros, este foi o nosso dia! Senti‐me um pouco nervosa, mas contente e uma união muito grande do grupo”. Amélia Lourenço “Senti muita ansiedade e muitos nervos, mas adorei CADA MOMENTO. Este dia teve muito significado para mim, foi uma prova do que sou capaz.” Fernanda Alegria
Reflexão
Atividade Apresentação Pública do Tema de Vida do XVI Curso de Agente em Geriatria Atividade final ‐ 18 de julho de 2012
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Atividade (cont.)
Mulheres Que Marcaram a História
Apresentação Pública do Tema de Vida do XVI Curso de Agente em Geriatria Atividade final ‐ 18 de julho de 2012
“Foi a concretização de 10 meses de trabalho e, pela primeira vez, o grupo foi um só. Estivemos todas muito unidas!” Isabel Delgado “Senti muito nervosismo, mas diverti‐me muito a realizar todas as atividades. Foi uma ótima experiência vivida em grupo. Esta atividade teve um grande significado para mim, foi um dos dias mais importantes para mim no meu percurso formativo.” Marina Fernandes “Senti uma grande partilha. Pela primeira vez trabalhámos em grupo. O significado desta atividade para mim? Foi sentir que, quando lutamos por um objetivo, conseguimos!” Sílvia Silva “Senti uma forte união no grupo. Gostei basicamente de tudo, mas sobretudo dos monólogos. Foi um dia muito divertido. Resumo tudo numa palavra: União.” Soraia Duarte “Foi o resultado de um trabalho que foi muito interessante para nós. Senti muitos nervos e emoção, mas no fim de tudo, uma grande alegria. O que mais gostei foi do convívio entre todas.” Tita Rodrigues “Senti um grande espírito de equipa e a força que transmitimos umas às outras. Foi um dia que me dei‐xou orgulhosa de mim mesma, pelo meu desempenho (entreguei‐me de corpo e alma à personagem) e pelo espírito de grupo. Foi o nosso dia, o dia em que o nosso grupo deu tudo umas pelas outras.” Vanessa Santos
Já pensou que...
Página 9 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
O quanto uma pessoa pode marcar a diferença?
Estas mulheres viveram em diferentes épocas e regimes, passaram por muitas provações, tais como fome, vergonha, discriminação, privação do direito á liberdade e pobreza, mas tiveram muita força, coragem e determinação para conseguirem atingir os objetivos. Viveram num mundo onde só o homem podia entrar, mas com o orgulho de ser mulher, tiveram cora‐gem para se afirmarem e lutar pelos seus direitos. Os percursos destas mulheres são, para nós, lições de vida, porque nos ensinaram que apesar das difi‐culdades que encontramos ao longo da vida, temos de saber enfrentá‐las, continuar a lutar pelos nos‐sos sonhos e acreditar nas nossas capacidades.
É impressionante a força interior de todas as personagens destacadas na 1ª e 2ª edição deste Boletim. Em épocas diferentes, estas mulheres enfrentaram barreiras, desvantagens e circunstâncias desfavorá‐veis, sem nunca desistir dos seus ideais e projetos. Passando fome, perdendo o direito à liberdade, abdicando de si mesma e da sua família em prol dos outros, desafiando a doença e a dependência físi‐ca, contrariando barreiras sociais, culturais e políticas, nunca se deixaram intimidar e abater pelas adversidades, inovando a sociedade do seu tempo. Sem nunca desistir das suas convicções e aspirações, estas mulheres servem de exemplo e de inspira‐ção para todos nós, dando‐nos motivação e força interior para ultrapassarmos as adversidades que a vida nos apresenta, sem nunca desistirmos de lutar pelos nossos objetivos, acreditando em nós mes‐mas. Somos poucas mas, como futuras agentes em geriatria, vamos fazer a diferença com os conhecimentos que adquirimos e valores que nos foram incutidos, junto dos idosos que necessitam de assistência, porque sabe‐remos sempre valorizar o idoso. Como profissionais iremos ter uma atitude semelhante a estes exemplos, comprometendo‐nos a ultrapassar todos os obstáculos na defesa do bem‐estar dos idosos, com gosto e orgulho pela profissão. MARCA A DIFERENÇA!
A vida da Rainha D. Leonor
A vida da rainha D. Leonor constitui uma lenda singularíssima. A rainha velha, como lhe chamava o seu protegido Gil Vicente, foi um verdadeiro pelicano real. Bicava o seu próprio peito para valer aos demais. D. Leonor conseguiu fazer de um lugar ermo, onde havia fontes de águas milagro‐sas uma estância termal já com o essencial de coordenação para que pessoas mais carenciadas e doentes pudessem curar as suas maleitas.
Espaço lúdico...
Página 10 2ª Edição
Mulheres Que Marcaram a História
Cruzadex em inglês
Indira Gandhi 1‐Where did Indira Gandhi study? a) In Sweden and England? b) In Portugal and Spain? c) In India and Pakistan? Hellen Keller 2‐What did Hellen Keller fight for? a) For the blind? b) For the women? c) For the older?
Queen D. Leonor 3‐Who did Queen D. Leonor help? a) The poor? b) The wealthy? c) Nobody? D. Antónia (a Ferreirinha) 4‐ She was a business woman connected to: a) Luso water? b) Port wine? c) Sumol juice?
Mother Teresa of Calcutta 5‐ Mother Teresa was awarded a Nobel Prize in 1979. Which was it? a) The Nobel Prize in Literatu‐re? b) The Nobel Prize in Medicine? c) The Nobel Prize in Peace?