Vida do profissional freelancer (ou a vida dos seres humanos livres), de Marianne
Mundiverso: Literatura do mundo · Booker Prize (2008), Actualmente é jornalista freelancer e vive...
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Mundiverso: Literatura do mundo
Ficha de catalogação e análise de obras literárias
222000111111///222000111222
Curso: 3º ASE
Nome do estudante: Sofia da Fonseca Gaspar Saraiva Santos (2009567)
Titulo O Tigre Branco
Autor Aravind Adiga
Referência
bibliográfica
completa
Adiga, Aravind (2008). O Tigre Branco. Lisboa: Editorial Presença.
Cota na
ESEC D 5751
Ano de
publicação
do original
2008
Editora
(Portugal) Editorial Presença
País Índia
Cultura de
referência Indiana
Breve nota
biográfica e
obra do
autor
Aravind Adiga nasceu em Madras (actual Chennai) em 1974. Cresceu
em Mangalore, no Sul da Índia. Viveu parte da sua vida na Austrália e
nos Estados Unidos, onde frequentou as universidades de Columbia e
Oxford. O seu primeiro romance, O Tigre Branco, foi distinguido com o
Booker Prize (2008), Actualmente é jornalista freelancer e vive em
Mumbai, na Índia.
Referência: < http://www.wook.pt/ficha/o-tigre-branco/a/id/1459859>
Man Booker Prize 2008:
O Prémio Man Booker é um prémio literário criado em 1968, é um dos
mais importantes atribuídos anualmente. Apenas podem concorrer obras
de romance e ficção redigidas em língua inglesa por autores vivos que
sejam cidadãos de um país membro da Commonwealth ou da República
da Irlanda, Paquistão ou África do Sul.
Referência:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Man_Booker>
Obras Publicadas em Portugal
Adiga, Aravind (2011). O Último homem na torre. Lisboa: Editorial
Presença.
Adiga, Aravind (2010). Entre os Assassinatos. Lisboa: Editorial
Presença.
Sinopse do
livro
“Premiado com o Man Booker Prize 2008, O Tigre Branco é um
romance de estreia auspicioso que, sem cair no cliché do romantismo
exótico e superficial, nos revela uma índia ainda muito pouco explorada
pela ficção, a índia negra, violenta e exuberante das desigualdades
socioculturais endémicas. Aravind Adiga oferece-nos um retrato cru e
muito pouco glamoroso da desumana realidade de vida das classes mais
pobres pela voz espirituosa e mordaz do narrador, Balram Halwai, um
jovem que cresce no interior miserável da Índia e se tora um empresário
de sucesso em Bangalore. E é através do seu percurso moralmente
ambíguo que conhecemos as discrepâncias chocantes entre o luxo
extravagante da elite rica dos boulevards e a luta desesperada pela
sobrevivência dos que nada têm. Uma comédia negra irreverente que
denuncia o lastro de corrupção e vício que subjaz ao milagre económico
indiano e desmistifica a Índia lírica e nostálgica que tantas vezes
idealizamos.”
Referência: Contra capa do Livro
Sites
<http://www.youtube.com/watch?v=JKBMExWn59U&feature=player_
embedded#!>
< http://www.aravindadiga.com/>
< http://www.themanbookerprize.com/news/stories/1146>
Galerias de
imagens
Imagem 1: Capa do Livro
Imagem 2: Sr. Primeiro-ministro da China Wen Jiabao
Imagem 3: Riquexós (trabalho do pai dele)
Imagem 4: Laxmangarh (Onde ele viveu na infância)
Imagem 5: Dhanbad (O segundo sítio para onde ele foi viver – Como
motorista)
Imagem 6: Nova Dile (O terceiro sítio para onde ele foi viver – Com os
Chefes)
Imagem 7: Bangalore (O Quarto sítio para onde ele foi viver – Como
empresário)
Impacto e
história do
livro
“Para o gabinete do primeiro-ministro” está é a frase que dá início ao
livro e acho que seria interessante começar a história do livro com está
frase. Isto porque a obra é uma longa carta divida em sete partes, estas
sete partes são as noites e manhãs que o autor da carta (que se apresenta
como tigre branco) escreve ao Primeiro-Ministro chinês que em breve
vai visitar a Índia.
O livre tem um grande impacto em quem o lê, isto porque transmite a
verdade nua e crua da Índia onde existe a Índia da Luz e a da Escuridão
e explica o que se passa em cada uma delas.
Ao mesmo tempo para ele conseguir fazer uma boa explicação acerca da
Índia ele conta a sua história de vida desde pequeno ate conseguir ser
empresário. O grande impacto desta história é ele ter assassinado o chefe
para deixar de ser criado e passar a ser ele o chefe “Direi que falou a
pena só para saber, nem que fosse por um dia, nem que fosse por um
minuto, o que significa não ser criado.” (pág. 239)
Críticas
“A voz sedutora e sarcástica de Balram e a observação cirúrgica da
ordem social são ambas perturbantes e geniais.”
New Yorker
“Uma estreia brilhante e extraordinária.”
The Sunday Times
“É, ao mesmo tempo, um policial empolgante e existencialista e uma
denúncia da desigualdade social.”
Time Out New York
“Este livro acutilante, alegre e zangado é o antídoto perfeito para
aqueles clichés paternalistas acerca do exotismo oriental.”
Metro
“O Tigre Branco é uma leitura compulsiva e despretensiosa.”
New York Sun
“O Tigre Branco harmoniza inteligentemente a fábula com a observação
pura. Daí, o seu êxito.”
San Francisco Chronicle
“O antídoto perfeito para a Índia lírica.”
Publisher’s Weekly
Referência: <http://www.wook.pt/ficha/o-tigre-branco/a/id/1459859>
Filmes e
guiões
adaptados
da obra
Não existe
Recensão
crítica
(Análise
literária,
cultural e
Intercultura
l)
Para fazer uma boa reflexão crítica deste livro, acho muito importante
vós indo contando a história, prometo não me alongar muito mas estaria
a cometer um enorme erro se não vos fosse cotando o porque desta
história toda que no fundo é uma carta e que me permitiu ao longo da
leitura ir tomando notas e reflectir sobre as diferenças culturais.
Vão perceber ao longo da minha explicação que a construção deste livro
é 5*, porque nos permite retirar frases que identificam a Índia os
Indianos, as diferenças e semelhanças interculturais os costumes entre
muitas outras coisas resumidamente a cultura deles.
Uma grande diferença com que me deparei na parte da escrita é que os
chefes e como cá chefes mas lá são criados e cá somos empregados,
acho que a palavra, criado é uma palavra demasiado forte e dá mesmo
aquela ideia de escravatura.
O principal que têm que saber acerca deste livro é que não é um livro
mas sim uma carta, desde o inicio ate ao fim é uma carta, está carta é
dirigida ao Sr. Primeiro-ministro da China Wen Jiabao que em breve irá
visitar a Índia, o Tigre Branco (personagem principal) ao longo de
várias noites e várias manhãs conta a sua história e a história da Índia
através da carta.
Primeira noite:
Neste “1º capítulo” o Tigre Branco fala sobre a sua aldeia, sobre a sua
família, sobre a escola, explica como a mão morreu, como é que o seu
nome surgiu e o porque de ter ficado conhecido como o Tigre Branco e
os motivos da ida do primeiro-ministro chinês a Índia. Neste “capítulo”
o Tigre Branco faz a sua caracterização através de um cartaz que anda
espalhado nas ruas da Índia (em relação a este assunto eu não vou
esticar me muito, vou deixar a curiosidade no ar para vocês lerem).
“O senhor primeiro-ministro tem a esperança de aprender como criar
um quando empresários chineses, é este o motivo da sua visita” (pág.
12). Está frase explica o porque da ida do senhor primeiro-ministro a
Índia. Ao mesmo tempo podemos encontrar aqui uma interculturalidade
que é ir buscar lá fora novas ideias.
“Os ingleses tentaram fazer de vocês criados, mas vocês nunca os
deixaram. Ora aqui está uma coisa que eu admiro, senhor primeiro-
ministro” (pág. 13). O Tigre Branco em tempos foi criado e o grande
objectivo dele foi deixar de ser criado para passar a ser patrão, vão
perceber isso mais a frente.
“O meu país é do género em que fazer jogo duplo compensa: o
empresário indiano tem de ser simultâneo honesto e trapaceiro, trocista
e ingénuo, matreiro e sincero” (pág. 15). O mesmo acontece em todo o
mundo se virmos os as nossas empresas de Portugal o mesmo advém.
“Eu e milhares de outros indianos como eu somos mal-amanhados
porque nunca tivemos oportunidade de concluir a nossa instrução” (pág.
17). A partir desta frase podemos ficar a conhecer o nível de
escolaridade que maior parte dos Indianos têm. Aqui encontramos uma
grande diferença cultural porque o mesmo não acontece cá em Portugal.
“Munna?”, “Significa simplesmente rapaz” (pág. 18). Coloquei aqui
estas duas referências porque este foi o primeiro nome que o Tigre
Branco teve, devido a ele vir de uma família pobre nunca ninguém lhe
colocou um nome, então o professora na escola, perguntou como é que
ele se chamava e ele respondeu “Munna” então o professor teve a tarefa
de lhe colocar um nome e baptizou de “Balram” (o porque de ele lhe ter
colocado este nome? Vou deixar a dúvida no ar).
“Sabe, é que agora estou na luz, mas fui nado (nasci) e criado na
escuridão” (pág. 20). Nesta frase podemos logo perceber que existem
dois sítios diferentes na Índia. O Tigre Branco explica que a “Índia é
formada por dois Países num só: uma Índia da Luz, e uma Índia da
Escuridão” (pág. 20). A Índia da Luz é aquela que aparece nos filmes e
para onde os turistas vão, a Índia da Escuridão é onde um terço da
população vive, população está que é pobre e que não tem condições.
“Sr. Vikram Halwai, condutor de riquexó” (pág. 26). O Pai do Tigre
Branco como podemos perceber era conduto de riquexó uma meio de
transporte típico de Índia da Escuridão, isto porque “Os riquexós não
estão autorizados a entrar nas zonas sofisticadas de Deli, onde os
estrangeiros poderiam vê-los e não acreditar no que viam” (pág. 29).
“Em qualquer sela, qual é o animal mais raro... a criatura que só aparece
uma única vez em cada geração” (pág. 35) está pergunta foi inspector
que quando foi a escola do Tigre Branco lhe fez e ele respondeu “O
Tigre Branco”, o inspector disse “E é isso mesmo que tu és, nesta
selva”. Aqui fica um “cheirinho” do porque de ele passar a ser o Tigre
Branco.
“A Reena, minha prima em primeiro grau, ficou comprometida com um
rapaz da aldeia vizinha. Visto que éramos nós a família da rapariga,
ficamos entaladas. Tivemos de oferecer ao rapaz uma bicicleta nova,
dinheiro, e uma pulseira e de organizar um grande casamento.” (pág.
36) “Nós, indianos apreciamos os casamentos”. Fica aqui uma pequena
curiosidade a cerca da cultura deles em relação aos casamentos.
“Trabalhar na casa de chá. Partir carvão. Limpar mesas” (pág. 37),
como a prima do Tigre Branco ia se casar ele foi obrigado a ir trabalhar
para a casa de chá para poder pagar o empréstimo para os arranjos do
casamento. Na nossa cultura o mesmo não acontece, um primo meu
pode se casar mas eu não vou deixar a escola para ir trabalhar para ele
ter um bom casamento.
“Já em miúdo eu era capaz de ver a beleza do mundo: estava destinado a
não ficar escravo” (pág. 39). Não a muito a dizer desta frase podemos
perceber que ele desde pequeno que sempre quis mudar de vida e não
ficar escravo para sempre. Nem todos os Indianos pensam assim “Eles
permanecem escravos porque não são capazes de ver a beleza deste
mundo”.
Segunda noite:
Neste “2º capítulo” basicamente ele abordar três assuntos, explica que o
pai morreu e o porque dessa morte, volta a falar da aldeia onde ele vive
(Laxmangarh) e para onde vai viver (Dhanbad). E por fim explica como
conseguiu arranjar emprego como motorista (aqui podemo-nos
aperceber de uma evolução a nível de vida e de emprego).
É importante explicar que ele arranjou emprego numa casa onde têm
três chefes, o Cegonha (pai) o Mukesh Sir (filho do cegonha) e o Ashok
(outro filho de cegonha) que vai ser o chefe principal do Tigre Branco e
que esteve uns tempos nos Estados Unidos onde se casou com a
Madame Pinky. Na casa trabalham mais dois criados o Ram Bahadur
(porteiro) e Ram Persad (motorista nº1).
“O tempo que passei na casa de chá de Laxmangarh para expiar cada
cliente em cada mesa e a ouvir à socapa todas as conversas” (pág. 46),
“Enquanto eu limpava uma mesa e me debruçava para entreouvir uma
conversa, que a minha vida mudou” (pág. 47), uma das conversas era
“Hoje em dia, anda toda a gente a comprar carro… E sabes quanto é que
pagam aos motoristas? Mil e setecentas rupias por mês” foi assim que
ele começou por tirar a carta e depois procurar emprego como
motorista.
“Para arranjar emprego, era preciso conhecer alguém de família. Não
era a bater aos portões e a pedir” (pág. 52) podemos perceber que ate na
Índia as cunhas são precisas o mesmo acontece em Portugal para
arranjar mos um emprego por norma os nossos pais falam com amigos e
assim conseguimos um lugar na empresa. Mas ele foi persistente e
depois de tanto bater consegui (agora onde e como não vou dizer e vou
deixar a curiosidade no ar).
“Explicar meia dúzia de coisas a respeito das castas” (pág.54), eu não
conhecia a palavra “castas” mas o Tigre Branco fez o favor de explicar
através do exemplo dele. “Halwai, o meu apelido, significa fabricante de
doces” (pág. 54), “É esta a minha casta o meu destino. Qualquer pessoa
da Escuridão que ouça este nome fica de imediato a saber tudo a meu
respeito”. “Resumindo nos bons e velhos tempos, havia mil castas e
destinos na Índia. Hoje em dia, existem apenas duas castas: Homens de
Barriga Grande e Homens de Barriga pequena. E apenas dois destinos:
comer ou ser comido” (pág. 55).
“As mulheres cobriam a cabeça com um véu e baixavam os olhos para o
chão quando falavam com um estranho” (pág. 55). Uma “regra” da
cultura indiana.
“O senhor é como um pai e uma mãe para mim, e como teria coragem
de exigir dinheiro aos meus próprios pais?” (pág. 56) ele nesta frese
refere-se ao chefe (agora se ele aceitou ou não o dinheiro fica aqui a
curiosidade).
“Na Índia, porém ou pelo, menos, na Escuridão os ricos não têm
motoristas, cozinheiros, barbeiros, e alfaiates. Têm simplesmente
criados”. Aqui podemos perceber que pode ser característico da cultura,
porque por exemplo nos temos empregadas domesticas que por norma
arrumam nos a casa e fazem nos, a comida. Acho que aqui depende de
cultura por cultura.
“Senti uma pancada violente na cabeça (pág. 61) ” está frase foi retirada
numa parte em que o Tigre Branco estava a fazer uma massagem ao
chefe e como estava a fazer correctamente o chefe bateu-lhe”. Na nossa
cultura por norma isso não acontece porque nos cá temos o tribunal de
trabalho coisa que eles lá não devem ter porque é normal um chefe dar
pancadas no criado. “Eles esperam isto de nós Ashok! Não te esqueças
disto… Assim é a maneira que nos têm de respeitar” (pág. 61).
“O álcool indiano era para rapazes de aldeia como eu”, “O álcool inglês
como não podia deixar de ser era para os ricos” (pág. 62). Uma
curiosidade de como é que eles lá fazem a distinção do álcool.
“E para que é que nós precisamos dum motorista? Porque que não podes
ir tu a conduzir, como era dantes?” “Pinky, isso era em Nova Iorque… é
impossível conduzir na Índia, basta olhares para o trânsito” (pág. 68),
aqui podemos encontrar nitidamente um sentimento de um emigrante,
ela lá estava habituada a conduzir e não percebi porque que aqui
também não podiam conduzir sem terem que ter motorista”.
“Já te arranjámos uma noiva… uma bela rapariga, bem roliça” (pág.
71), podemos perceber que a cultura indiana é daquelas que ainda fazem
arranjos de casamentos.
“Ao ritmo que as coisas têm vindo a evoluir a Índia, daqui a dez anos,
este país estará igual à América”, “Aqui temos pessoas que se ocupam
do nosso bem-estar… Temos os nossos motoristas, os nossos guardas,
os nossos mensageiros. Onde, em Nova Iorque é que tu vais arranjar
alguém que te leve chá e biscoitos a cama…” (pág. 73) não a muito a
dizer a não ser que a globalização ainda não chegou a todos os sítios e
nem todos temos ainda os mesmos costumes com as vezes parece.
Quarta Manhã:
Neste “3º capítulo” o Tigre Branco fala um pouco de como é que são as
eleições na Índia, a mudança para Nova Deli com os chefes e de como é
que passou de 2º motorista para 1º motorista.
“Eles vão para Nova Deli para a semana. O Sr. Ashok e a Madame
Pinky. Vão estar três meses ausentes”, “Só vão levar um motorista com
eles. E esse motorista irá receber três mil rupias por mês… é quanto lhes
pagam em Nova Deli” (pág. 84). Nesta altura ele ainda não sabia que ia
ser o primeiro motorista mas também não baixou os braços e por isso
mesmo estudou o concorrente. Isto acontece em qualquer cultura, todos
tentamos chegar ao melhor lugar.
“Mas que vida tão miserável que ele tem tido, ser obrigado a esconder a
religião, o nome, só para conseguir um emprego como motorista” (pág.
87) está situação era a do outro motorista, o Tigre Branco acabou por
descobrir a verdade sobre ele. Está situação em Portugal não acontece,
pelo contrário uma pessoa não tem que esconder a sua religião para
conseguir arranjar trabalho.
“Uma vez que Ram Persad abandonou o emprego sem qualquer
justificação, seria eu a levar o Sr. Ashok a Madame Pinky e Mukesh Sir
para Nova Deli (pág. 87). O outro motorista abandonou o emprego sem
dar justificação porque não tinha coragem de dizer aos chefes que lhes
tinha mentido e sabia que não podia ficar lá porque o Tigre Branco tinha
descoberto o seu segredo. Foi assim que o Tigre Branco conseguiu ficar
com o 1º lugar como motorista.
Quarta Noite:
Neste “4º capítulo” ele conta talvez a parte da sua vida que o abateu
mais, isto porque conta como foi a sua chega a nova Deli um sítio que
não conhecia, os comentários desagradáveis dos outros motoristas ser
gozado pelos chefes e por fim ter atropelado uma criança.
“Outra vez perdido? Achas que, pelo menos desta vez, serás capaz de
encontrar o caminho para casa sem te perderes uma dúzia de vezes?”
(pág. 93). O Tigre Branco andava perdido pela nova cidade acabou por
ter que “ouvir” do patrão Mukesh Sir. Isto pode acontecer a qualquer
pessoas de qualquer cultura, se virmos quando vamos pela primeira vez
a uma cidade por exemplo ao porto também somos capaz de nos perder.
“Ah! Não me mintas, meu grande filho-da-mãe. Sabes perfeitamente
que andas completamente às aranhas aqui. Deves odiar esta cidade!”
(pág. 94), “Nós cerca duma dúzia de motoristas aguardávamos que os
nossos patrões terminassem as compras” (pág. 95). Isto foi um motorista
que o Tigre Branco encontrou enquanto estava a espera dos chefes.
Logo aqui podemos perceber que a recepção de um novo colega não foi
das melhores, se virmos isto acontece em qualquer cultura podemos
encontrar colegas de trabalhos que nos recebem bem mas também
podemos encontrar aqueles que nos recebem mal.
“O principal a saber sobre Deli é que as estradas são boas mas as
pessoas são más” (pág. 95), logo aqui podemos ver a impressão como
que o Tigre Branco ficou em relação as pessoas de Deli.
“Não sei como é que os edifícios são concebidos no seu país, mas, na
índia, todos os edifícios de apartamentos, todas as casas, todos os hotéis,
são construídos com aposentos para a criadagem.” (pág. 99). É uma
tradição deles, nós cá não temos esta tradição nem parecida porque por
norma as empregas eternas têm um quarto mas no mesmo apartamento,
casa... dos chefes.
“Quando ia a sair o Sr. Ashok disse-me: Estaremos de volta daqui a
meia hora”, “Isso deixou-me confuso, em Dhanbad, nunca me avisaram
de quando voltaraim” (pág. 103). Isto é manias é como a diferença de
Coimbra para Lisboa as pessoas em Lisboa tem muito mais manias do
que as de Coimbra. Por isso acho que acontece em todas as culturas
quando se muda para um sítio mais “chique” ficam com manias. “Duas
horas volvidas os irmãos regressaram ao carro” (pág. 103) está frase
vem comprovar a minha teoria das manias porque eles só diziam aquilo
por dizer porque nem sequer cumpriam com o que diziam.
“Sabes aquelas estátuas de Gandhi e Nehru que se vêem por toda a
parte? A polícia instalou-lhes câmaras de filmar dentro dos olhos para
vigiar os carros.” (pág. 108), uma curiosidade que achei importante
referir agora para mais tarde poder explicar melhor o acontecimento do
atropelamento.
“Nessa noite comprei a minha primeira pasta de dentes” (pág. 115). A
mim está frase chocou me, porque a nossa cultura está habituada a ter
pasta de dentes quer sejam riçou ou pobres, mas a cultura dele só tem os
ricos.
“Os dois desataram a gargalhada”, “Não é pija. É Pizza” (pág. 118). A
falta de compreensão por parte dos chefes e passar logo para a parte do
gozo. Isto existe em qualquer cultura, os chefes que se acham muito
bens acabam por achar que podem gozar com os empregados.
“A tresandar a álcool inglês ela inclinou-se na minha direcção” (pág.
122), “Balram sai, Vamos deixar-te passar a noite com o teu buda” (pág.
123), depois ela explica que era uma brincadeira e vai o buscar, “Sentei-
me no assento traseiro” (pág. 124). “Quando uma pequena criatura preta
se atravessou no nosso caminho e nós batemos contra ela, e deitámos ao
chão e lhe passámos com o automóvel por cima” (pág. 124), “sem
trocarmos uma única palavra, eu e o Sr. Ashok actuámos em equipa. Ele
agarrou nela, tapou-lhe a boca com uma mão e puxou-a do assento do
condutor, eu sai apressadamente do meu lugar” (pág. 125). Aqui eu
coloquei várias frases porque não consigo imaginar a sensação de se
atropelar uma criança. Foi o que aconteceu, mas sem dúvida o que mais
me chocou é que a cultura deles ser tão fria, deixarem lá a criança sem
lhe darem qualquer tipo de apoio. Devido a muitas pessoas andarem a
beira de estrada na Índia, acontece muitas serem atropeladas e
abandonadas. “As prisões de Deli estão cheias de motoristas que foram
para atrás das grades por assacarem com as culpas dos respectivos
patrões honesto e íntegros da classe média.” (pág. 129). Neste caso ele
assumiu a culpa, mas conseguiu não ir para a prisão porque os chefes
arranjaram-lhe um advogado e ele assinou uma folha em que uma das
frases era”Que então entrei em pânico e me recusei a cumprir as minhas
obrigações para com a parte ou partes, lesadas levando-as as urgências
mais próximas” (pág. 128), foi assim que ele conseguiu não ir preso por
um crime que não cometeu.
Quinta Noite:
Neste “5º capítulo” basicamente ele explica que a mulher do Sr. Ashok
o deixou, devido a não se conseguir habituar a vida na Índia, relembro
que ela era emigrante, vinha de Nova Iorque e também de uma carta que
avó lhe mandou a pedir dinheiro.
“Quando ela saiu do carro, enfiou um envelope castanho pela minha
janela, ao que bateu a porta com força e se foi embora” (pág. 137), peço
que não se esqueçam desta frase porque mais a frente vão perceber o
que é que ele fez com este dinheiro.
“Não te importas de pedir ao teu patrão que te dê algum dinheiro para a
tua família? E não te esqueças de enviar o dinheiro para casa”
(pág.144), avó escreve-lhe uma carta e esta era uma das frases que vinha
lá, isto porque ele quando tirou a carta foi avó que pagou, mas disse que
em contra partida ele quando arranja-se emprego tinha que mandar
dinheiro para casa, coisa que ele não fez, “Ela estava a chantagear-me,
percebi perfeitamente por que é que enviara aquele carta por intermédio
do Mangusto (chefe)” (pág. 145). Em Portugal as vezes o mesmo
acontece, aquele que vão trabalhar para as petrolíferas e deixam cá a
família a mulher fica a tomar conta dos filhos e ele vai mandando
dinheiro. Apesar de a situação dele ser um pouco diferente ele manda
dinheiro para a família avó, primos e tias.
Sexta Manhã:
Neste “6º capítulo” fala sobre a depressão que o chefe apanhou após a
mulher o deixar e do seu envolvimento com outras mulheres para a
esquecer.
“O gordo mostrou-se surpreendido, Toda a gente em Deli tem uísque no
carro, Ashok, não sabias?” (pág. 160). Uma tradição dele lá que nós cá
não temos.
“Fazendo-se acompanhar pela mulher loura, o indivíduo gordo dirigiu-
se à recepção do hotel, onde o gerente o cumprimentou calorosamente.
O Sr. Ashok seguiu atrás deles, constantemente a olhar de um lado para
o outro, com um miúdo com a consciência pesada por ir fazer qualquer
aneira muito má” (pág. 164/165.), o começo de envolvimentos do chefe
com outras mulheres.
Sexta Noite:
Neste “7º capítulo” ele explica como é que um motorista consegue
enganar um patrão, a sua primeira noite num hotel com uma prostituta, a
ida dele e do chefe a um restaurante típico dos pobres, a chegada de um
sobrinho dele e por fim o momento em que ele vai matar o chefe.
“Quanto é que me irá custar?”, “De alta ou baixa categoria? Virgem ou
sem ser virgem? Tudo depende?” (pág. 170), está frase foi retirada de
um diálogo que ele tinha com outro motorista a pedir-lhe uma rapariga.
Ele pagou a prostituía com o dinheiro que a ex patroa lhe tinha deixado.
“Quantas maneiras é que há de um motorista enganar o patrão?” (pág.
170), fica aqui a curiosidade de irem ler quais são.
“Pede por nós dois, Pede a comida que a gente do povo come” (pág.
178), isto acontece quando os dois vão a um restaurante de pobres, por
norma na cultura deles isto não acontece um chefe se misturar com
criado, aqui é normal por vezes o empregado e o chefe irem almoçar
para tratar de negócios.
“E quem diabo és tu?”, “Sou Dharam, respondeu-me ele. Sou o quatro
filho da sua tia Latutu” (pág. 195). É a chega de um suposto primo mas
que trata o primeiro dragão como tio. Penso que seja tipo da cultura
deles. Este primo trouxe uma carta da avó, “tens de nos mandar dinheiro
outra vez. Se não mandares, fazemos queixa ao teu patrão” (pág. 196),
de novo o pedido de dinheiro por parte da família.
“A primeira paragem foi na cidade, num dos bancos do costume. Ele
pegou na pasta vermelha e entrou no banco” (pág. 209). Devido ao
chefe ter muito dinheiro naquela mala era altura certa de o matar, para
isso ele pede ajuda ao chefe para lhe ajudar a trocar um pneu, “empurrei
a garrafa para baixo com toda a força. O vidro enterrou-se-lhe no crânio.
Bati-lhe três vezes com a garrafa no cocuruto, penetrando-lhe no
cérebro” (pág. 212/213). A partir dá ai o Tigre Branco passou a ser um
homem livre, não tinha chefes e tinha dinheiro. Aqui podemos aplicar
aquele ditado que utilizamos cá em Portugal, não olhar a meios para
atingir os fins.
Sétima Noite:
Neste “8º capítulo” é o final da história, ele conta como chegou a
Bangalore e se tornou um empresário.
“Precisei de quatro semanas em Bangalore até conseguir acalmar os
nervos” (pág. 219), através desta frase podemos perceber que ele se
mudou para um novo sítio mas que ainda estava perturbado por ter
matado o chefe.
“Sabe o senhor, em Bangalore, os homens e as mulheres vivem como os
animais da floresta, Dormem durante o dia e depois trabalham toda a
noite, até as duas, três, quatro ou cinco da madrugada, dependendo,
porque os seus patrões se encontram do outro lado do Mundo, na
América” (pág. 221). Isto acontece em todas as culturas onde trabalham
de dia e outros de noite. Aqui já encontramos a globalização, os patrões
estão na América e os empregados na Índia.
“E os seus motoristas têm todos licença?”, “Com certeza, minha
senhora. Basta que telefone para a confirmar” (pág. 224) através desta
duas frases eu consigo explicar resumidamente o final da história,
primeiro ele criou um empresa de táxis, isto é ele tinha vários motoristas
a trabalhar para ele, depois ele conseguiu “amigos” na polícia, dava
dinheiro aos polícias e ele lá nunca tinha problemas, os empregados dele
não tinha licenças mas ele sabia que os polícias o encobriam o mesmo
aconteceu quando um empregado dele atropelou uma crianças, apesar
da atitude dele nessa altura ser diferente da do ex chefe dele, primeiro
foi ele que assumiu as culpas pelo empregado e foi entregar uma quantia
de dinheiro a família. Concluindo o dinheiro é solução para tudo, o
mesmo acontece nas outras culturas não é só na Índia, muitas pessoas
deixam-se ser compradas.
“Tudo o que eu queria era a oportunidade de ser um homem e, para isso
um homicídio bastou-me” (pág. 237).
“Direi que valeu apensa só para saber, nem que fosse por um dia, nem
que fosse por uma hora, nem que fosse por um minuto, o que significa
não ser criado” (pág. 239).
Classificação
(*, **, ***,
****, *****)
*****
Observações
É um livro que têm que ser lido de seguida, com poucas interrupções,
porque tem muitos pormenores que são importantes para a compreensão
da história.
Comentários
do leitor
sobre a obra
Em termos emocionais é um livro que choca bastante, porque a maioria
de nós está habituado a viver num nível médio de vida, o mesmo não
acontece com a personagem principal do livro muito pelo contrário, ele
transmite-nos os sentimentos de revolta das pessoas pobres e o que eles
sentem.
Ao mesmo tempo também podemos ver o “ódio” que as pessoas pobres
sentem pelas ricas e as pessoas ricas sentem pelas pobres.
Através da leitura do livro também ficámos a conhecer os costumes /
hábitos / tradições que os Indianos têm, principalmente os da classe
baixa.
Este livro permite-nos estudar a interculturalidade como já referi em
cima, neste livro podemos conhecer os costumes / hábitos / tradições
que os Indianos têm e podemos explorar as diferenças e as parecenças
que existe entre ele e nós.
Simpatizei muito com o livro, o autor conseguiu proporcionou me
momentos de imaginação em que por uns instantes pude viajar ate a
Índia e sentir-me uma criada ou uma chefe.
O melhor do livro é que no final permite-nos fazer uma reflexão/debate
e ficamos a pensar na história. A minha pergunta era: Será que eu
estando no lugar do Tigre Branco teria feito o mesmo que ele? Por um
lado sim, porque assim poderia subir nada vida, mas por outro não
posso estar a roubar a vida a uma pessoa para conseguir o que sempre
sonhei, apesar de no meio disto tudo ter que ter consideração pela
cultura deles. Não avanço muito mais para deixar aqui a curiosidade de
lerem o livro e de terem a oportunidade de poderem também
reflectir/debater acerca da pergunta que vos deixo aqui. Se tivessem na
mesma situação do Tigre Branco faziam o que ele fez?