Música - Marcelo Camelo em primeiro show solo em Salvador

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| ÚLTIMAS NOTÍCIAS | 16 SALVADOR, SEGUNDA-FEIRA, 29/9/2008 ultimasnotí[email protected] ÚLTIMAS NOTÍCIAS EDITOR Marcos Navarro MÚSICA Trabalho autoral do ex-Los Hermanos é bem-recebido pelo público na passagem da sua turnê por Salvador, que levou quase 5 mil pessoas para conferir uma sonoridade mais pesada que o álbum de estúdio Camelo mata a sede do público na Concha MIRELA PORTUGAL [email protected] No que depender do público baiano, Marcelo Camelo pode comemorar o sucesso da sua car- reira solo. O show do álbum Sou, previsto para as 18h30, começou com quase uma hora de atraso numa Concha Acústica cheia e ansiosa, que saudou aos gritos o cantor e compositor. O atraso não conseguiu apimentar os âni- mos, e mesmo com um CD fres- quinho, lançado no começo do mês, os fãs receptivos fizeram questão de não deixar canção al- guma sem acompanhamento. Exatamente como um show dos Los Hermanos. Salvador foi o segundo desti- no da turnê, cuja estréia em Re- cife já mostrava a boa recepção do trabalho. Gente de várias ci- dades do Estado se programa- ram para conferir, como Bianca Moreira Magalhães, 17, que veio de Feira de Santana com passa- gem direto para a Concha, o ál- bum solo no mp3 player e a ex- pectativa de ouvir Liberdade, sua música preferida. “Gostei bas- tante do álbum, ficou bem a cara dele, uma coisa mais intimista”. Mas ela não resiste e solta um la- mento final quanto ao fim dos Los Hermanos, cujo hiato por tempo indefinido alimentou a carreira solo de Camelo: “Ele so- zinho é bom, mas com a banda fica ainda melhor”. A platéia basicamente emula- va um tradicional show herma- níaco – os fãs órfãos marcaram presença com camisas da banda, câmeras fotográficas e devoção típica. Camila Bezerra, 16, que também veio de Feira só para o show, torcia mesmo para ouvir alguma música do repertório an- tigo. “Espero que dê para cantar alguma das músicas da banda, afinal o CD só tem 10 músicas”. QUEBRANTOS – O desejo de Ca- mila realizou-se mais para o fim do show, que abriu com Passean- do, cujo violão suave quase foi abafado pela recepção calorosa. Voz e instrumento seguiram prestando homenagem a Dorival Caymmi em Quem Vem Pra Beira do Mar . A influência da sonori- dade praieira do baiano foi apontada várias vezes como uma das raízes de Sou. Foi nos silêncios e quebran- tos de em Téo e a Gaivota que a banda convidada Hurtmold fez a primeira participação. A pre- sença da banda no palco garan- tiu que a introspecção do álbum se restringisse à versão de estú- dio, garantindo momentos mais densos e algumas impro- visações nos arranjos. Na se- qüência com Menina Bordada, a sonoridade regional arrancou palmas compassadas do públi- co e uma confissão do emocio- nado Camelo, que elogiou: “Vo- cês me matam do coração as- sim, gente”. FILA – A corrida pelo ingresso durou até o último minuto, e no meio da apresentação fãs ainda tentavam negociar sua entrada. Os retardatários Márcia Vaquer, 30, e Raphael Leal, 25, tentavam negociar com os cambistas, que já vendiam a meia a R$ 40. Ne- nhuma vontade de desistir, po- rém. “Vale muito a pena. Admiro o trabalho dele como composi- tor há muito, não só pelos Los Hermanos, mas por outras par- cerias. Ele tem um grande futuro na MPB”, profetizou Raphel. Cantando músicas novas e as do antigo repertório, Camelo teve a aprovação do público baiano FERNANDO AMORIM | AG. A TARDE Conflitos no Iraque Atentados matam 32 em Bagdá Quatro explosões mataram ontem ao menos 32 pessoas em áreas movimentadas de Bagdá, onde iraquianos faziam o desjejum do Ramadã e compravam itens para as festividades que marcam o fim do mês sagrado muçulmano, nesta semana. No início da noite, um carro-bomba explodiu em um estacionamento no centro da capital, no distrito comercial de Karrada. Pouco depois, um terrorista suicida detonou explosivos no mesmo local, informou o Ministério do Interior. O duplo atentado matou 19 pessoas e deixou 72 feridos – alguns deles em estado grave, segundo a polícia. Entre eles, há várias mulheres e crianças. Malária Temporão contesta dados da OMS O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reclamou hoje com a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margareth Chan, de um relatório divulgado pela OMS sobre a incidência de malária no Brasil. Segundo Temporão, que se encontrou com Chan em Washington, a diretora disse que todas as distorções serão revistas e corrigidas. Dias depois da divulgação do relatório, o governo brasileiro contestou os dados. No documento, o Brasil foi classificado entre os 30 países com mais casos da doença no mundo. O governo alegou que os números estavam errados e a situação brasileira não era tão grave como a apontada. Língua portuguesa Acordo ortográfico promulgado hoje O Acordo Ortográfico dos Países de Língua Portuguesa será promulgado hoje no Brasil com a assinatura de um decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reforma ortográfica padroniza as regras de acentuação e de escrita nos oito países (Brasil, Moçambique Angola, Portugal, Guiné-Bissau, Timor, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe) onde o português é usado oficialmente. A promulgação está prevista para ocorrer durante uma sessão solene na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), às 15 horas. A data de hoje marca o centenário da morte do escritor Machado de Assis (1839-1908). As novas regras entrarão em vigor em janeiro de 2009. Festival de música Em clima hippie-chique, cerca de 20 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar até as 18h, assistiram ontem, em São Paulo, ao ecofestival About Us, cujas principais atrações foram Ben Harper (que fez um esperado dueto com Vanessa da Mata no hit “Boa Sorte”) e Dave Matthews Band. Até as 20h, o festival ocorreu sem tumultos e teve como ponto alto o show de Ben Harper, que tocou hits como “Diamonds on the Inside” e “Burn One Down”; ao final, o californiano chamou Vanessa da Mata – apresentando-a como “uma das melhores cantoras que eu conheço, no mundo todo”– e a dupla cantou “Boa Sorte/Good Luck”. About Us reúne 20 mil em São Paulo CURTAS PESQUISA DA ANJ Jornal na aula melhora a leitura e a escrita MARIA REHDER Agência Estado, São Paulo Melhora da habilidade em lei- tura e escrita e formação de sen- so crítico são algumas das van- tagens do uso do jornal impres- so em aula. É o que mostra pes- quisa qualitativa feita pela con- sultoria John Snow Brasil, a pe- dido da Associação Nacional de Jornais (ANJ), em sete capitais brasileiras, incluindo São Pau- lo, com professores e alunos de escolas públicas e particulares. A consultoria ouviu 14 grupos de professores e alunos em maio e junho. Entre os docen- tes, uma unanimidade: o jornal traz benefícios para o processo de ensino-aprendizagem, mas falta capacitação para o uso da ferramenta. A coordenadora do progra- ma Jornal e Educação da ANJ, Cristiane Parente, explica que o uso da mídia na escola não é tra- tado em programas de forma- ção de professores ou cursos de pedagogia. “Os professores re- conhecem que precisam ser ca- pacitados, pois o jornal pode melhorar o desempenho dos alunos em avaliações como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que exige leitura interpretativa.” Por ser qualitativa, a pesqui- sa permitiu à ANJ ter acesso aos depoimentos dos entrevista- dos. Professores relataram ca- sos de empregadas domésticas que passaram a levar o jornal já lido pelos patrões para casa, só porque os filhos criaram o há- bito na escola. Para o coordenador do Nú- cleo de Comunicação e Educa- ção da USP, Ismar de Oliveira Soares, autor do livro Para uma leitura crítica dos jornais, edito- ra Paulinas, muitas escolas usam o jornal em aula, mas ain- da não o vêem como essencial. FONTE NOVA Governo anuncia hoje reforma de estádio REDAÇÃO E AGÊNCIAS Dez meses depois da maior tra- gédia do futebol brasileiro nes- te século, a Fonte Nova, onde sete torcedores perderam a vi- da, teve a sua sentença decreta- da. E não será a demolição. Hoje, durante a apresenta- ção do projeto baiano, no semi- nário para a Copa de 2014, no Rio, o projeto de reforma do es- tádio será conhecido. A apre- sentação, segundo um assessor do governador Jaques Wagner, será exclusivamente para os membros da Fifa. Em Salvador, ocorrerá nos próximos dias. O projeto vencedor – já esco- lhido, mas escondido a sete chaves – vai conservar a estru- tura do estádio, modernizando totalmente o local e transfor- mando-o em uma superarena multiuso. Ao todo, a Fonte Nova pode- rá receber 60 mil torcedores confortavelmente sentados. Este é, na prática, o primeiro projeto com definição de licita- ção e desenho básico para a Co- pa de 2014. Enquanto outras cidades ainda decidem qual será o me- lhor investimento para ganhar a briga, Salvador, inicialmente atrás das outras em razão da tra- gédia, atropelou as rivais. Os pernambucanos, por exemplo, ainda estudam alter- nativas. O projeto de uma arena entre Recife e Olinda, ganhou outras propostas. Já Belo Horizonte, parece es- tar ficando para trás. Tudo por- que, apesar de contar com uma consultoria internacional, os mineiros deixaram para março de 2009 a definição de seu pro- jeto básico.

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Conflitos no Iraque Festival de música Malária tempo indefinido alimentou a carreira solo de Camelo: “Ele so- zinhoébom, mascomabanda fica ainda melhor”. A platéia basicamente emula- vaum tradicionalshowherma- níaco–os fãsórfãosmarcaram presença com camisas da banda, Cantando músicas novas e as do antigo repertório, Camelo teve a aprovação do público baiano MIRELA PORTUGAL MARIA REHDER REDAÇÃO E AGÊNCIAS SALVADOR, SEGUNDA-FEIRA, 29/9/2008 [email protected]

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u l t i m a s n o t í c i a s @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

ÚLTIMAS NOTÍCIASEDITOR

Marcos Navarro

MÚSICA ❚ Trabalho autoral do ex-Los Hermanos é bem-recebido pelo público na passagem da sua turnê porSalvador, que levou quase 5 mil pessoas para conferir uma sonoridade mais pesada que o álbum de estúdio

Camelo mata a sededo público na ConchaMIRELA PORTUGALm p o r t u g a l @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

No que depender do públicobaiano, Marcelo Camelo podecomemorar o sucesso da sua car-reira solo. O show do álbum Sou,previsto para as 18h30, começoucom quase uma hora de atrasonuma Concha Acústica cheia eansiosa, que saudou aos gritos ocantor e compositor. O atrasonão conseguiu apimentar os âni-mos, e mesmo com um CD fres-quinho, lançado no começo domês, os fãs receptivos fizeramquestão de não deixar canção al-guma sem acompanhamento.Exatamente como um show dosLos Hermanos.

Salvador foi o segundo desti-no da turnê, cuja estréia em Re-cife já mostrava a boa recepçãodo trabalho. Gente de várias ci-dades do Estado se programa-ram para conferir, como BiancaMoreira Magalhães, 17, que veiode Feira de Santana com passa-gem direto para a Concha, o ál-bum solo no mp3 player e a ex-pectativa de ouvir Li b e rd a d e, suamúsica preferida. “Gostei bas-tante do álbum, ficou bem a caradele, uma coisa mais intimista”.Mas ela não resiste e solta um la-mento final quanto ao fim dosLos Hermanos, cujo hiato por

tempo indefinido alimentou acarreira solo de Camelo: “Ele so-zinho é bom, mas com a bandafica ainda melhor”.

A platéia basicamente emula-va um tradicional show herma-níaco – os fãs órfãos marcarampresença com camisas da banda,

câmeras fotográficas e devoçãotípica. Camila Bezerra, 16, quetambém veio de Feira só para oshow, torcia mesmo para ouviralguma música do repertório an-tigo. “Espero que dê para cantaralguma das músicas da banda,afinal o CD só tem 10 músicas”.

QUEBRANTOS – O desejo de Ca-mila realizou-se mais para o fimdo show, que abriu com Pa s s e a n -d o, cujo violão suave quase foiabafado pela recepção calorosa.Voz e instrumento seguiramprestando homenagem a DorivalCaymmi em Quem Vem Pra Beira

do Mar. A influência da sonori-dade praieira do baiano foiapontada várias vezes comouma das raízes de Sou.

Foi nos silêncios e quebran-tos de em Téo e a Gaivota que abanda convidada Hurtmold feza primeira participação. A pre-sença da banda no palco garan-tiu que a introspecção do álbumse restringisse à versão de estú-dio, garantindo momentosmais densos e algumas impro-visações nos arranjos. Na se-qüência com Menina Bordada,a sonoridade regional arrancoupalmas compassadas do públi-co e uma confissão do emocio-nado Camelo, que elogiou: “Vo-cês me matam do coração as-sim, gente”.

FILA – A corrida pelo ingressodurou até o último minuto, e nomeio da apresentação fãs aindatentavam negociar sua entrada.Os retardatários Márcia Vaquer,30, e Raphael Leal, 25, tentavamnegociar com os cambistas, quejá vendiam a meia a R$ 40. Ne-nhuma vontade de desistir, po-rém. “Vale muito a pena. Admiroo trabalho dele como composi-tor há muito, não só pelos LosHermanos, mas por outras par-cerias. Ele tem um grande futurona MPB”, profetizou Raphel.

Cantando músicas novas e as do antigo repertório, Camelo teve a aprovação do público baiano

FERNANDO AMORIM | AG. A TARDE Conflitos no IraqueAtentados matam32 em BagdáQuatro explosões mataramontem ao menos 32 pessoas emáreas movimentadas de Bagdá,onde iraquianos faziam odesjejum do Ramadã ecompravam itens para asfestividades que marcam o fimdo mês sagrado muçulmano,nesta semana. No início danoite, um carro-bombaexplodiu em umestacionamento no centro dacapital, no distrito comercial deKarrada. Pouco depois, umterrorista suicida detonouexplosivos no mesmo local,informou o Ministério doInterior. O duplo atentadomatou 19 pessoas e deixou 72feridos – alguns deles em estadograve, segundo a polícia. Entreeles, há várias mulheres ecr ianças.

MaláriaTemporão contestadados da OMSO ministro da Saúde, JoséGomes Temporão, reclamouhoje com a diretora-geral daOrganização Mundial da Saúde,Margareth Chan, de umrelatório divulgado pela OMSsobre a incidência de maláriano Brasil. Segundo Temporão,que se encontrou com Chan emWashington, a diretora disseque todas as distorções serãorevistas e corrigidas. Diasdepois da divulgação dorelatório, o governo brasileirocontestou os dados. Nodocumento, o Brasil foiclassificado entre os 30 paísescom mais casos da doença nomundo. O governo alegou queos números estavam errados e asituação brasileira não era tãograve como a apontada.

Língua portuguesaAcordo ortográficopromulgado hojeO Acordo Ortográfico dos Paísesde Língua Portuguesa serápromulgado hoje no Brasil coma assinatura de um decreto pelopresidente Luiz Inácio Lula daSilva. A reforma ortográficapadroniza as regras deacentuação e de escrita nos oitopaíses (Brasil, MoçambiqueAngola, Portugal, Guiné-Bissau,Timor, Cabo Verde, S. Tomé ePríncipe) onde o português éusado oficialmente. Apromulgação está prevista paraocorrer durante uma sessãosolene na sede da AcademiaBrasileira de Letras (ABL), às 15horas. A data de hoje marca ocentenário da morte do escritorMachado de Assis (1839-1908).As novas regras entrarão emvigor em janeiro de 2009.

Festival de música

Em clima hippie-chique, cercade 20 mil pessoas, segundoestimativa da Polícia Militar atéas 18h, assistiram ontem, emSão Paulo, ao ecofestival AboutUs, cujas principais atraçõesforam Ben Harper (que fez umesperado dueto com Vanessa daMata no hit “Boa Sorte”) e DaveMatthews Band. Até as 20h, ofestival ocorreu sem tumultos eteve como ponto alto o show deBen Harper, que tocou hitscomo “Diamonds on the Inside”e “Burn One Down”; ao final, ocaliforniano chamou Vanessada Mata – apresentando-a como“uma das melhores cantorasque eu conheço, no mundotodo”– e a dupla cantou “BoaSorte/Good Luck”.

About Us reúne 20mil em São Paulo

C U RTA S

PESQUISA DA ANJ ❚

Jornal na aula melhoraa leitura e a escrita

MARIA REHDERAgência Estado, São Paulo

Melhora da habilidade em lei-tura e escrita e formação de sen-so crítico são algumas das van-tagens do uso do jornal impres-so em aula. É o que mostra pes-quisa qualitativa feita pela con-sultoria John Snow Brasil, a pe-dido da Associação Nacional deJornais (ANJ), em sete capitaisbrasileiras, incluindo São Pau-lo, com professores e alunos deescolas públicas e particulares.A consultoria ouviu 14 gruposde professores e alunos emmaio e junho. Entre os docen-tes, uma unanimidade: o jornaltraz benefícios para o processode ensino-aprendizagem, masfalta capacitação para o uso daf e r ra m e n t a .

A coordenadora do progra-ma Jornal e Educação da ANJ,Cristiane Parente, explica que ouso da mídia na escola não é tra-

tado em programas de forma-ção de professores ou cursos depedagogia. “Os professores re-conhecem que precisam ser ca-pacitados, pois o jornal podemelhorar o desempenho dosalunos em avaliações como oPisa (Programa Internacionalde Avaliação de Alunos), queexige leitura interpretativa.”

Por ser qualitativa, a pesqui-sa permitiu à ANJ ter acesso aosdepoimentos dos entrevista-dos. Professores relataram ca-sos de empregadas domésticasque passaram a levar o jornal jálido pelos patrões para casa, sóporque os filhos criaram o há-bito na escola.

Para o coordenador do Nú-cleo de Comunicação e Educa-ção da USP, Ismar de OliveiraSoares, autor do livro Para umaleitura crítica dos jornais, edito-ra Paulinas, muitas escolasusam o jornal em aula, mas ain-da não o vêem como essencial.

FONTE NOVA ❚

Governo anuncia hojereforma de estádio

REDAÇÃO E AGÊNCIAS

Dez meses depois da maior tra-gédia do futebol brasileiro nes-te século, a Fonte Nova, ondesete torcedores perderam a vi-da, teve a sua sentença decreta-da. E não será a demolição.

Hoje, durante a apresenta-ção do projeto baiano, no semi-nário para a Copa de 2014, noRio, o projeto de reforma do es-tádio será conhecido. A apre-sentação, segundo um assessordo governador Jaques Wagner,será exclusivamente para osmembros da Fifa. Em Salvador,ocorrerá nos próximos dias.

O projeto vencedor – já esco-lhido, mas escondido a setechaves – vai conservar a estru-tura do estádio, modernizandototalmente o local e transfor-mando-o em uma superarenam u l t i u s o.

Ao todo, a Fonte Nova pode-rá receber 60 mil torcedoresconfortavelmente sentados.

Este é, na prática, o primeiroprojeto com definição de licita-ção e desenho básico para a Co-pa de 2014.

Enquanto outras cidadesainda decidem qual será o me-lhor investimento para ganhara briga, Salvador, inicialmenteatrás das outras em razão da tra-gédia, atropelou as rivais.

Os pernambucanos, porexemplo, ainda estudam alter-nativas. O projeto de uma arenaentre Recife e Olinda, ganhououtras propostas.

Já Belo Horizonte, parece es-tar ficando para trás. Tudo por-que, apesar de contar com umaconsultoria internacional, osmineiros deixaram para marçode 2009 a definição de seu pro-jeto básico.