My Cooprofar Agosto

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Agosto 2014 Farmácias que aumentem quota de genéricos vão receber incentivos Ir de férias faz bem à Saúde EDOL: «Aqui não há generais, só há soldados»

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Revista para Profissionais de Saúde

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Agosto 2014

Farmácias que aumentem quota de genéricos vão receber incentivos

Ir de férias faz bem à Saúde

EDOL: «Aqui não há generais, só há soldados»

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Compromisso

A nova ordem mundial, comandada pelo setor de serviços, aponta o compromisso

com o cliente como um factor, cada vez mais, decisivo no sucesso das organizações.

Este reconhecimento acompanha o Grupo Medlog há quase quatro décadas. O focus

no cliente está, sempre, no âmago do nosso perfil empreendedor. Cultivamos, por

isso, a satisfação do cliente como uma peça fundamental à engrenagem de um

longo alcance.

A suportar esta estratégia está um trabalho exaustivo de bastidores, onde

auscultamos as preocupações e registamos as necessidades dos clientes. É na

antecipação dessas necessidades que conseguimos marcar a diferença.

Fomos pioneiros no nosso setor de atividade – através da empresa Cooprofar -

a lançar um Manual do Cliente, destacando-nos pelo processo de partilha de

informação geral sobre os nossos serviços. Este foi um passo que distinguiu o Grupo

pela sua transparência e traduziu-se no reforço da relação com o cliente.

Criar relações fortes, este é o nosso compromisso.

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Agosto a 31 de Agosto, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

MYCOOPROFARAgosto 2014

Análise de mercado

Especial Saúde

Entrevista

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Homeopáticos

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Químicos

Veterinária

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Celso SilvaDiretor Geral

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Farmácias que aumentem quota de genéricos vão receber incentivosAs farmácias que aumentarem a quota de medicamentos genéri-cos vão receber incentivos financeiros, que serão ainda definidos no futuro, segundo um acordo assinado entre o Ministério da Saúde e uma associação no setor. O Ministério da Saúde vai atin-gir uma quota de mercado dos medicamentos genéricos de 60%, quando atualmente ronda os 45%. “Se passarmos a quota, isso pode significar uma poupança atingir uma quota de mercado dos medicamentos genéricos de 60%, quando atualmente ronda os 45%. “Se passarmos a quota, isso pode significar uma poupança de 100 milhões de euros para os utentes”, estimou o ministro Paulo Macedo. Caso a meta pretendida pelo Governo seja alcançada, os ganhos ou poupanças serão partilhados com as farmácias, mas só com as unidades que aumentarem a quota dos genéricos. Contudo, a regulamentação a este regime de incentivos ainda terá de ser objeto de regulamentação por parte do Governo. Para a associação, o importante é que “haja partilha de ganhos”, garan-tindo que “pelo menos as farmácias não são penalizadas” ao venderem mais medicamentos que são mais baratos. Para já, no âmbito do acordo assinado, avançam nas farmácias os programas de troca de seringas, a administração terapêutica de substituição opiácea e a vigilância da diabetes. Durante mais de um ano, estes serviços serão prestados sem quaisquer custos pelas farmácias, havendo uma avaliação dos ganhos que estes programas trazem à população. Com este acordo assinado, as farmácias recomeçam a trocar seringas, no âmbito da prevenção da transmissão do VIH/sida a utilizadores de drogas injetáveis, um processo que já fizeram durante cerca de 15 anos.

/Análise de MercadoMY COOPROFAR

Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Junho 2014 vs. mês homólogo

Redução da despesa feita à custa de cortes nos gastos com medicamentosO Observatório da Saúde alertou para o facto de a redução da des-pesa na saúde ter sido feita sobretudo à custa dos cortes na despesa com medicamentos e criticou as dificuldades crescentes de acesso aos fármacos. No Relatório da Primavera 2014, o Observatório Português para os Sistemas de Saúde (OPSS) reconhece algumas vantagens da intervenção do Ministério da Saúde relativamente à política do medicamento, mas sublinha que esta “não está isenta de efeitos secundários, alguns dos quais perniciosos”. O docu-mento enaltece o aumento contínuo da taxa de penetração dos genéricos e a diminuição da despesa pública com medicamentos. Os técnicos do Observatório dizem ainda que é urgente remodelar o sistema de comparticipação e financiamento, considerando que este é um dos principais eixos de ineficiência do atual modelo de acesso e disponibilidade dos medicamentos inovadores aos doen-tes. O relatório alerta para o facto de a contração da despesa na saúde ter sido feita sobretudo à custa dos cortes na despesa com medicamentos, mas simultaneamente questiona como é possível continuar a haver um agravamento da dívida da saúde, quando o “equilíbrio financeiro foi a justificação para os cortes na saúde. Citando a “Síntese de Execução Orçamental” de abril de 2014, da Direção Geral do Orçamento, o relatório salienta: “O saldo do SNS no final de abril situou-se em -104 milhões de euros, representando um agravamento de 28,4 milhões de euros face a igual período do ano anterior”. “Estes dados não se constituem como exceção, mas sim como regra. Ou seja, o ritmo de agravamento da dívida da saúde mantém-se, grosso modo, inalterado, malgrado as regu-larizações periódicas de dívidas conseguidas pelo Ministério da Saúde”, acrescenta. O Relatório da Primavera 2014 indica ainda que a margem do setor da distribuição (farmácias e grossistas) reduziu 334,1 milhões de euros em apenas três anos, sublinhando que “o objetivo definido no Memorando de Entendimento era de 50 milhões de euros” e lembrando os casos de insolvência de farmácias.

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Regime de comparticipação de medicamentos aprovado num diploma únicoPSD, PS e CDS aprovaram uma proposta que partiu do Governo para concentrar num único diploma o regime geral das compar-ticipações do Estado no preço dos medicamentos. O texto final, agora aprovado, condensa num único diploma vários decretos de lei dispersos sobre o regime geral de comparticipação pelo Estado de medicamentos, não alterando em nenhum caso o custo dos medicamentos para os utentes. Foi ainda aprovada a transposi-ção de uma diretiva da União Europeia que estabelece normas de acesso a cuidados de saúde transfronteiriços e promove a coopera-ção em matéria de cuidados de saúde transfronteiriços.

Bruxelas quer que farmácias portugue-sas também aviem receitas médicas estrangeirasA Comissão Europeia enviou um pedido formal a Portugal para que notifique a plena aplicação da legislação comunitária que estabelece medidas para facilitar o reconhecimento de receitas médicas emitidas noutro Estado-Membro, ameaçando levar o caso a Tribunal. A diretiva em causa tem por objetivo aumentar a capacidade de os farmacêuticos compreenderem e aviarem as receitas emitidas noutro país da UE aos doentes que exerçam o direito à prestação de cuidados de saúde transfronteiriços, e exige que os países assegurem que as receitas médicas a utilizar noutro Estado-Membro incluam um determinado número de elementos que figuram no anexo da diretiva. Segundo a Comissão, até à data, Portugal e três outros países, designadamente Bélgica, Irlanda e Luxemburgo, não transpuseram, ou ainda não transpuseram totalmente esta diretiva para o direito nacional, não obstante estarem obrigados a fazê-lo até 25 de Outubro de 2013, pelo que lhes deu um prazo de dois meses para informar Bruxelas das medi-das tomadas para a efetiva aplicação da lei. A não notificação de medidas adequadas pode levar a Comissão a submeter o assunto à apreciação do Tribunal de Justiça da União Europeia, adverte o executivo comunitário.

Europa investe 3,3 mil milhões de euros para a descoberta de novos medicamentos Acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos em áreas onde não existem tratamentos 100% eficazes e para doenças que afetam milhões de pessoas na Europa e no mundo é o obje-tivo da Iniciativa Medicamentos Inovadores (IMI). A Comissária Europeia responsável pela Investigação, Inovação e Ciência, afirma que “um dos maiores desafios que enfrentamos é fornecer melhores medicamentos e tratamentos aos europeus e, ao mesmo tempo, diminuir os custos nos nossos sistemas de saúde”. Neste sen-tido, afirma a Comissária, “a cooperação entre os atores públicos e privados nos setores das ciências da vida pode ajudar a alcançar este objetivo”. Já o Presidente do Conselho de Governação da IMI e CEO da empresa farmacêutica UCB afirma que “a saúde vai ser um grande desafio económico para a Europa nas próximas décadas”, pelo que “a IMI é um investimento inteligente”.

Medicamentos: Peru reconhece alta vigilância de Portugal O ministro da Economia reuniu com os ministros do Transportes e Comunicações, Educação e Economia e Finanças do Peru e a visitou a Pharbal, farmacêutica do grupo AtralCipan. “Foi um dia no qual se mostrou a importância daquilo a que nós chamamos a diplomacia económica. É mais fácil construir relações comerciais e de investimento com países onde construímos uma relação política”, afirmou o ministro. Segundo Pires de Lima, “é já um dado adquirido que Portugal vai perten-cer à lista de países que o Peru considera como de alta vigilância do ponto de vista de produtos de saúde, o que significa que o processo de exportação de produtos farmacêuticos de Portugal para o Peru vai ser notavel-mente agilizado, em vez dos 18 ou 24 meses que atual-mente as empresas farmacêuticas portuguesas tardam em certificar um produto para poderem exportar para o Peru”, disse. Assim, passam a “ser precisos apenas três meses, o que vai melhorar muito a capacidade de exportação desta indústria”. Atualmente, o setor farma-cêutico português exporta para todo o mundo cerca de mil milhões de euros.

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/Análise de MercadoMY COOPROFAR

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

A conclusão de um estudo realizado por um grupo de investiga-dores britânicos atesta que ir de férias contribui para reduzir a pressão arterial, aliviar o stresse, melhorar a qualidade do sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo e os benefícios podem sentir-se durante vários meses. A investigação desenvolvida no contexto do projeto «The Holiday Health Experiment» refere mesmo que os efeitos se prolongam por vários meses.O grupo de investigadores comparou a saúde de doze voluntá-rios. Os participantes responderam a um inquérito sobre a sua saúde e estiveram ligados a monitores cardíacos para a medi-ção dos seus padrões de sono, a sua resistência ao stresse, foram submetidos a testes psicoterapêuticos e aconselhados a seguir uma determinada dieta e estilo de vida ao longo do verão de 2013.Depois, metade dos participantes viajou para lugares exóticos, como Tailândia, Peru ou Maldivas durante duas semanas, ao passo que a outra metade ficou em casa, continuando a tra-balhar. No final das férias, os investigadores conduziram uma

Férias fazem bem à Saúde

FÉRIAS COM SAÚDEIr de férias faz bem à saúde: reduz a pressão arterial, alivia o stresse, melhora a qualidade do sono e, de certa forma, rejuvenesce o corpo. Qual o destino de férias para retirar mais benefícios para a saúde: praia, campo ou montanha? Quais os produtos de primeiros socorros para levar na bagagem? A My Cooprofar dá-lhe a resposta.

segunda série de testes clínicos e psicológicos, e os voluntários foram novamente a monitores cardíacos durante três dias.Segundo os resultados, a pressão arterial daqueles que saíram de férias diminuiu seis por cento, já a dos trabalhadores aumen-tou dois por cento, durante o mesmo período. Quanto ao descan-so noturno, os viajantes apresentaram uma melhoria de 17 por cento e os trabalhadores perderam 14 por cento da sua qualida-de do sono. Entre o grupo que viajou houve uma diminuição significativa nos níveis de glicose no sangue, o que contribui para a redução do risco de diabetes e obesidade. De acordo com os responsáveis pela investigação, a capacidade de recuperação de níveis de stresse dos que foram de férias aumentou 29 por cento, tendo-se registado uma queda de 71 por cento entre os que mantiveram a rotina.O projeto «Holiday Health Experiment» foi conduzido pela agên-cia de viagens britânica Kuoni em parceria com o Nuffield Heal-th, um dos maiores institutos de saúde do Reino Unido.

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Quem não tira férias pode ter depressão e outros malesA pessoa que não se permite esta paragem necessária, prova-velmente, está vivendo com stresse elevado, o que faz com que a glândula suprarrenal liberte hormonas, como adrenalina e cortisol, na corrente sanguínea.“Tais substâncias podem prejudicar o organismo como um todo, originando sintomas como queda de imunidade, alteração do sono, mudança do apetite, elevação da pressão sanguínea, dia-betes, problemas vasculares e cardíacos, tontura e depressão, entre outros sinais”, adverte Cynthia Boscovich, psicóloga clíni-ca pela Universidade de São Marcos e psicanalista pela Socieda-de Brasileira de Psicanálise Winnicottianna (SBPW).Um profissional que não descansa é, em geral, um indivíduo an-sioso e inseguro. “As consequências para sua saúde são óbvias: desgastes físicos e mentais, além do risco de doenças”, consi-dera António Macedo, acrescentando que, além de parar, é re-comendável realizar atividade física regular e seguir uma dieta equilibrada.“Tudo isso é importante para a saúde e, também, para o bom de-sempenho no trabalho. Na pausa, o indivíduo recupera do ponto de vista profissional e desenvolve a habilidade de limpar o cére-bro de todos os pensamentos parasitas que o impedem de agir de forma focada e concentrada”, refere António Macedo.De acordo com o especialista, uns dias de descanso, renovam o funcionário e permitem uma melhora na performance. Para Fernanda Mion, é o momento em que os pensamentos desacele-ram, a pressão arterial diminui e a qualidade do sono aumenta, proporcionando bem-estar. “Quando a pessoa está em franca atividade, o organismo é muito exigido e, dessa forma, atua no limite da força física e mental.”De facto, alguém que está exausto, com visível fadiga, dificil-mente conseguirá exercer suas funções com qualidade – bem diferente do trabalhador feliz, produtivo e que atinge resulta-dos. É o que mostra o projeto Holiday Health Experiment, con-duzido pela agência de viagens britânica Kuoni em parceria com o Nuffield Health, um dos maiores institutos de saúde do Reino Unido: sair de férias contribui para reduzir a pressão arterial, ali-viar o stresse, melhorar o sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo, benefícios que são estendidos por vários meses.

Antes de partir, prepare-se!Pode dizer-se que férias é sinónimo de descanso, lazer e viagem. É um tempo dedicado a nós próprios e à família, e cujas expec-tativas são sempre fundadas na oportunidade para descontrair, conhecer novos lugares e aproveitar a beleza dos ambientes na-turais.Naturalmente, ninguém espera ter problemas de saúde duran-te as férias, longe de casa e da assistência mais adequada. É, pois, importante reduzir qualquer risco que possa estragar umas férias de sonho. As medidas preventivas devem integrar o pla-neamento da viagem. Deve-se considerar o destino, a duração da viagem, os padrões de alojamento e de higiene alimentar e o próprio comportamento.Os destinos tropicais são uma opção frequente, o que corres-ponde maioritariamente a países em vias de desenvolvimento. Recolher informações sobre as condições sanitárias e o acesso a cuidados de saúde deve fazer parte dos preparativos para a viagem. Fazer um seguro de saúde em viagem é uma decisão sensata. Este seguro deve considerar o risco de saúde associa-do ao próprio destino, a possibilidade de precisar de cuidados médicos dispendiosos ou de difícil acesso e eventuais alterações no itinerário. Outro aspecto importante é confirmar a existência de convenções entre o país de destino e o de residência, e qual a sua abrangência.Se viaja de carro, leve o cartão de identificação do grupo sanguí-

neo. Se vai viajar de avião ou barco, evite os enjoos com a me-dicação adequada. Seja qual for o destino, não parta de férias com assuntos de saúde pendentes. Se estiver a fazer tratamento dentário, termine-o. Se usar óculos, leve um par extra. No caso de sofrer de alergias, é conveniente usar uma pulseira de identi-ficação da condição atópica.É particularmente importante consultar o seu médico, antes de viajar, caso exista uma doença crónica. Patologias como as do-enças cardiovasculares, inflamatórias intestinais, respiratórias crónicas ou a diabetes requerem cuidados especiais.Além da medicação e indicações médicas, o viajante deve obter informação sobre os serviços médicos no destino. Todos os me-dicamentos devem ser levados na bagagem de mão. Assim evita a sua perda ou o extravio.No destino, certifique-se que a qualidade da água é segura. Em-bora a água para consumo seja frequentemente engarrafada, o gelo colocado nas bebidas ou a escovagem dos dentes podem ser oportunidades de infeção por microrganismos.A qualidade dos alimentos e sua confeção são igualmente deci-sivas. Em caso de dúvida, evite os ovos, molhos e peixe, crustá-ceos e marisco.Os idosos, crianças e grávidas são mais vulneráveis às mudan-ças de clima, níveis de humidade e exposição solar. Recomenda--se a ingestão frequente de líquidos e proteção solar. Nos pas-seios junto ao mar, sobretudo em costas rochosas, use calçado adequado.

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As férias, “de uma forma geral, são benéficas para a saúde, nem que seja só pelo facto das pessoas saírem das cidades e de am-bientes poluídos”, sublinha Pedro Martins, imunoalergologista. Mas as vantagens não se ficam por aqui. “Passa-se mais tempo ao ar livre e as pessoas correm, caminham e nadam mais nesta altura”, acrescenta. No entanto, cada destino tem particularidades distintas, umas mais benéficas para o seu caso específico do que outras mas, como afirma Jorge Atouguia, infecciologista, o importante é es-colher um destino que goste. “Ir contrariado é a primeira con-traindicação”, afirma.

PraiaEste é o destino preferido dos portugueses quando se fala de fé-rias de verão. “Uma ida à praia é sempre bem-vinda”,  afirma Pedro Martins. Este especialista não encontra contraindicações neste destino mas aponta cuidados acrescidos para as pessoas que tenham urticária solar ou ao frio. “A primeira é provocada pelo sol e manifesta-se durante os pri-meiros dias de praia através do aparecimento de borbulhas, enquanto a segunda é provocada, neste caso, pelas baixas tem-peraturas da água do mar ou da piscina e pode manifestar-se através de babas mas também desmaios e falta de ar. A nível geral, as pessoas só devem apanhar sol no horário mais adequado e proteger a pele com protetor solar”, explica. Jorge Atouguia acrescenta ainda que “os idosos, as crianças e quem tem doenças debilitantes deve ter mais cuidados na praia, sendo que a hidratação constante é essencial”.

CampoÉ sinónimo de ar puro e de tranquilidade, só pontos positivos para a sua saúde e até mesmo quem sofre de alergias  respira-tórias pode beneficiar do ambiente campestre. “Nesta altura do ano os níveis de pólen diminuem, logo, as crises de alergia são raras”, acrescenta o imunoalergologista.“No campo, há menos exposição ao sol mas mais riscos de pica-das de insetos, como mosquitos, abelhas, carraças”,  assegura Jorge Atouguia.Neste caso, como refere Pedro Martins, ”quem tem uma reação sistémica às picadas deve ter  especial atenção”. Essas pesso-as devem evitar piqueniques, não usar roupas  coloridas, dar preferência às calças e mangas compridas e  evitar perfumes e cosméticos muito ativos. Jorge Atouguia  alerta também para o facto de em alguns destinos campestres poder não haver água potável, o que traz consigo riscos de variadas doenças. Por fim, o infecciologista refere ainda que “no campo, mas também na praia, há tendência para se cometer excessos  alimentares” que podem ser prejudiciais.

MontanhaÉ o local ideal para quem quer passar umas férias rodeada pela natureza, com a vantagem de, nesta altura do ano, haver  me-nos gente nas estâncias turísticas. Tem é de ter em conta  que, em altitude, há menos quantidade de oxigénio no ar, e que a quantidade daquele gás que é transportada pela hemoglobina também decresce e, como tal, o organismo passa por um  pro-cesso de adaptação. Durante os primeiros dias, a frequência cardíaca aumenta, o que pressupõe um grande esforço por parte do coração. “É o destino mais exigente do ponto de vista físico, sobretudo acima dos dois mil metros de altitude”, afirma Jorge Atouguia.Por este motivo, “quem tem problemas cardíacos e  pulmona-res deverá ter especial atenção”, aconselha o  infecciologista. Se esse for o seu caso, faça uma avaliação  clínica antes de partir para férias, pois poderá haver necessidade de ajustar a medica-ção.“Como os ácaros não se adatam muito bem à altitude devido à temperatura e à humidade, as pessoas que sofrem de alergias podem ir para a montanha, mas convém lembrar que, como o ar é mais seco, as vias respiratórias podem ficar desidratadas, o que pode desencadear algumas queixas, por isso, é importante que estejam atentas aos sinais de alerta”, refere Pedro Martins.

Praia, campo ou montanha? Escolher o destino de férias não é tarefa fácil.

Pensa-se num local, nos preços, nas horas de  viagem e, depois de tudo isto, pesam-se os pós e os

contras e a decisão está tomada.Se esse é o seu caso, ponha mais um peso na balan-

ça, a sua saúde e o seu bem-estar.

Qual o destino de férias para retirar

mais benefícios para saúde?

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A resposta pode estar em objetos tão simples como uma pinça ou num saco de gelo instantâneo, mas também em medicamen-tos básicos ou fármacos específicos relacionados com o destino e a duração da estadia. Encontra, de seguida, objetos essenciais e fármacos de venda livre que podem ser úteis em situações SOS.

Soro fisiológicoÚtil na lavagem de feridas superficiais, na falta de água corrente limpa, e para lavar feridas mais profundas, em que não é aconse-lhado o recurso a água e sabão. É também ideal para a lavagem ou hidratação dos olhos e nariz, podendo ser utilizado por qual-quer pessoa. “O ideal é comprar versões unidose, que se mantêm estéreis antes de cada utilização, caso contrário não deve ser aplicado nos olhos. O objetivo é estrear uma embalagem para cada utilização”, explica Cristina Azevedo, farmacêutica.

Anti-sético tópicoNo caso de feridas menos superficiais, lavar não chega – há que desinfetar. Para isso, a resposta mais comum são as soluções de iodopovidona dérmica. Podem ser utilizadas em crianças, mas com cuidado se a área de desinfeção for muito grande. Estas so-luções estão contra-indicadas em caso de gravidez e aleitamen-to.

Gotas oftálmicas emolientesIndicadas para problemas de vermelhidões e irritações nos olhos provocadas por poeiras, para lavar e hidratar. “Os produtos à base de água de hamamélis são uma alternativa ao soro fisioló-gico”, diz Cristina Azevedo, farmacêutica. Pode-se aplicar uma a duas gotas, no máximo, três vezes por dia.Para casos mais específicos, como a insuficiência lacrimal, leve a solução que lhe foi recomendada pelo seu médico oftalmolo-gista e siga as suas indicações.

Descongestionante nasalPode ser soro fisiológico, para crianças, ou água do mar isotóni-ca, para crianças e adultos. Se estas soluções não resolverem a situação, existem vasoconstritores, em gotas ou nebulizadores.

Anti-histamínico tópicoPermite tratar zonas afetadas pelas picadas de insetos. A me-nos que a área seja muito extensa, opte por um gel ou emulsão. Proteja as áreas afetadas da exposição solar e não aplique em feridas. Os efeitos secundários incluem ardor e risco de hipersen-sibilidade. Estão contra-indicados em caso de gravidez e ama-mentação. Se o problema persistir, terá que recorrer a outro tipo de medicamento, sempre sob supervisão médica: um corticoste-róide tópico.

Analgésico, antipirético e anti-inflamatórioAnalgésicos e antipiréticos aliviam, respectivamente, as dores e a febre. Ambos os efeitos estão presentes tanto no paracetamol como no ácido acetilsalicílico. Contudo, como esclarece Cristina Azevedo, farmacêutica, “o paracetamol está contra-indicado a pessoas com insuficiência renal, indivíduos com problemas he-páticos e em casos de dependência do álcool”.“Já o ácido acetilsalicílico tem outras contra-indicações: casos de asma, úlcera  péptica  e doença alérgica e, no caso das crian-ças com menos de 12 anos, há risco de ocorrer síndrome de Reye, uma encefalopatia que pode provocar a morte”. Se a febre for o único sintoma aconselha-se a toma do analgésico e o mesmo se aplica se estiver em causa uma dor muscular. Se, quatro horas depois, a dor não ceder, pode alternar com um anti-inflamatório.O ibuprofeno, naproxeno e diclofenac são os únicos anti-infla-matórios não sujeitos a receita médica. Estão indicados para do-res ligeiras a moderadas com inflamação e contra-indicados em caso de gravidez, aleitamento, doença inflamatória renal e úlce-ra péptica. Se verificar que os sintomas se mantêm ou agravam, deverá procurar um médico.

Antinfúngico“É usado para prevenir e tratar micoses, ou seja, infeções provo-cadas por fungos (denunciados por manchas ou pequenas bor-bulhas), normalmente ligadas a situações com água ou humi-dade. É o caso do pé de atleta, associado às piscinas e a uma má secagem dos pés”, esclarece Cristina Azevedo, farmacêutica. Se tem tendência para ter este tipo de problema, deve precaver-se com um creme ou um pó antifúngico e ir aplicando para prevenir

Farmácia do

Viajante Altitude. Humidade. Temperatura. Micróbios.

Stress. Fadiga. Fatores como estes fazem das via-gens internacionais um contexto de adversidade para o organismo. Muitas mudanças ambientais e físicas conjugadas podem resultar num estado

de saúde fragilizado. O que fazer?

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uma reinfeção.Caso queira tratar uma infeção instalada, os tratamentos du-ram, no mínimo, uma semana, pelo que se for fazer uma viagem curta poderá aguardar o regresso e só depois iniciá-lo.

Sais de re-hidratação oral“Estão indicados para evitar a desidratação provocada por diar-reias agudas e vómitos, mas também podem ser usados em situ-ações de desidratação solar.O formato mais comum são carteiras de pó solúvel em água, tomadas após cada vómito ou dejeção diarreica”, explica Cris-tina Azevedo, farmacêutica. Caso não tenha total confiança na qualidade da água, ferva-a. Depois, espere que arrefeça antes de fazer a mistura ou os sais perderão as suas propriedades.Em caso de vómito, para garantir que o medicamento não é rejei-tado, espere 30 minutos a uma hora para tomar a solução.

AntidiarreicoTrava a diarreia, mas só deve ser usado caso a dieta e os sais de hidratação não surtam resultados. “A diarreia é uma reação do organismo para expulsar um parasita ou microorganismo inva-sor. O risco associado aos antidiarreicos é o parasita ficar retido no organismo em vez de ser eliminado”, esclarece Cristina Aze-vedo, farmacêutica.Este tipo de medicamento só está indicado se houver mais do que três dejeções em 24 horas. Caso as fezes tenham sangue e a diarreia seja acompanhada de febre deve consultar um médico. Não deve ser tomado mais do que dois a três dias, caso contrário provocará obstipação. Está contra-indicado a pessoas com do-ença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn. 

AntiácidoNeutraliza o excesso de acidez produzido pelo estômago. Segun-do Cristina Azevedo, farmacêutica, “os mais eficazes têm carbo-nato de cálcio, mas também podem ser à base de hidróxido de magnésio ou de alumínio”. Destinam-se a tratamento imediato, pelo que deverá consultar um médico se sofrer sistematicamen-te de excesso de acidez gástrica.

Em relação aos possíveis efeitos adversos, «o carbonato de cál-cio pode causar obstipação, enquanto o hidróxido de magnésio pode provocar diarreia. O hidróxido de alumínio, embora menos eficaz, tem menos efeitos secundários», acrescenta.

Laxante“Considera-se que uma pessoa tem prisão de ventre quando tem menos de duas dejeções por semana. Neste caso, é indicada a toma de um laxante», explica Cristina Azevedo, farmacêutica.Existem soluções em drageias, comprimido e clistéres entre ou-tras. Em todo o caso, esclarece Cristina Azevedo, “deve-se tomar apenas o estritamente necessário até a situação se normalizar”.

Protetor SolarOs protetores tradicionais são químicos e demoram algum tem-po a atuar, pelo que devem ser aplicados pelo menos meia hora antes da exposição solar. Segundo Cristina Azevedo, farmacêu-tica,  “existe também uma proteção física ou mineral, à base de óxido de zinco ou dióxido de titânio. Está presente nos produtos para crianças e na maioria dos destinados a peles intolerantes ou alérgicas. Neste caso, a pessoa fica revestida de uma camada branca e a proteção funciona imediatamente.” O fator de prote-ção mínimo recomendado é quinze, mas o ideal é ser superior e resistente à água.

Repelente de insetosHá várias soluções para afastar melgas, mosquitos e outros in-setos. As mais comuns são os sticks e sprays, aplicados em to-das as áreas expostas do corpo, evitando o contacto com olhos, nariz e boca.Segundo Cristina Azevedo, farmacêutica, o tempo de proteção é variável: «Normalmente são três horas, mas depende da con-centração do repelente: quanto maior for, maior o tempo de pro-teção, mas maior também o risco de irritação cutânea», explica.Existem também à venda soluções de essências naturais mas, segundo a farmacêutica, a sua eficácia  não está demonstrada cientificamente. Todos estes produtos, em particular os sprays, não devem ser usados por pessoas asmáticas.

Produtos de primeiros socorros

para levar na bagagem

- Fita adesiva - Ligaduras (não elástica e elástica) - Tesoura - Compressas esteriliza-

das - Termómetro - Preservativos - Seringas e agulhas esterilizadas - Pinça - Pensos rápidos esterilizados - Saco de gelo ins-

tantâneo - Luvas esterilizadas - Tampões para ouvidos - Artigos relacionados com o destino e duração da estadia (por exemplo,

desinfectante para água e rede mosquiteira)

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

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/EntrevistaMY COOPROFAR

«Pela sua saúde trabalhamos mais e melhor». Desde 1952 que este tem sido o compromisso assumido pelo Laboratório EDOL, uma empresa que começou numa farmácia de Lisboa e que conquistou o respeito de todos nesta vasta cadeia que caracteriza a indústria farmacêutica em Portugal. Adotando um crescimento sustentado que não leva a cometer grandes loucuras, a empresa tem acom-panhado os altos e baixos que a saúde enfrenta, assumindo um lugar de liderança no mercado de vendas no setor de oftalmologia e com uma sólida implementação em dermatologia. Definindo-se como uma empresa “humana e humanizante”, e familiar, de pes-soas para pessoas, a EDOL orgulha-se de ter vindo a passar pela crise financeira e económica que nos envolve, sem ter dispensado qualquer colaborador embora atento a contenção de custos. É uma empresa virada para o mercado global, 100% portuguesa. Às diferentes gerações que se cruzam nos corredores da farmacêutica que conta com mais de 120 trabalhadores, une-as um propósito comum. Não é raro ver a administração descer à fábrica, sempre que é “preciso um reforço para embalar ou etiquetar”. “Aqui não há generais, só há soldados”, garante o presidente, Carlos Setra.

Para Carlos Setra, já há sinais de recuperação económica porque já caímos muito fundo. A Edol não despediu mas os efeitos da crise estão à vista. Exportar e novos negócios são palavras-chave da sobrevivência. Foi a crise a travou a conclusão das novas instalações?Pelo menos retardou. Inicialmente, estava previsto começarmos as novas instalações, vendermos as antigas e deslocalizarmos toda a produção para esta instalação. Infelizmente, até agora, não foi possível e a crise impediu a transacção do edifício antigo. Já che-gámos à conclusão que é melhor não vender o edifício antigo e continuarmos.

A sua sensibilidade como empresário mostra que já se sente a recuperação?Penso que sim. Já caímos tão fundo e ficámos tão em baixo que me dá a sensação que agora começa a haver um ligeiro aquecimento da economia e isso nota-se porque há mais viaturas a circular e gente a frequentar restaurantes.

Mostrou várias vezes preocupação em relação à redução do preço dos medicamentos e às taxas de IVA. Continua a ser a uma grande preocupação?Sem dúvida. Nos 35 anos que ando nesta vida nunca vi a indústria farmacêutica numa situação tão crítica. Porque o abaixamento progressivo de preços de medicamentos não é compatível com as exigências que nos são impostas. Para fazermos uma produção de medicamentos temos que gastar muito dinheiro diariamente e, se queremos ter medicamentos de qualidade, não podemos pensar que a indústria farmacêutica é uma instituição de caridade. Não é e nem pode ser. Na sua opinião, e já a transmitiu várias vezes, o que faria?Modificava completamente as comparticipações dos medicamen-tos. Há pessoas que usufruem da comparticipação de medicamen-tos sem necessidade nenhuma. As comparticipações deviam ser em função dos ordenados e quem ficasse sem comparticipação poderia repercutir no IRS o custo dos medicamentos.

Continua a ter a porta aberta na banca?Felizmente continuamos a ter a porta aberta mas somos cautelosos e não queremos criar situações que nos tornem depois a vida muito difícil. Como é que tem visto o desempenho deste ministro da Saúde? Este ministro da Saúde tem tocado numa área de que há muitos anos eu reclamava. É muito fácil a um ministro vir tocar à porta da indústria e dizer que têm que pagar mais não sei quanto. Mas mexer na corrupção existente na saúde, que é o que ele tem estado a fazer e muitíssimo bem, que é o maior cancro da saúde, evidente nos hospitais em muitas zonas e que representa um desperdício enorme. A Edol tem sido referida como uma PME de Excelência porquê?Por causa dos colaboradores. São eles que permitem que a empresa atinja o que desejamos.

Com a internacionalização debaixo de olho, o continente africano é o principal alvo. Angola, Moçambique, Cabo Verde e Marrocos são os destinos preferenciais das exportações, numa lista que inclui Benim, Etiópia, Costa do Marfim e Camarões, sem contar com outros países onde os produtos farmacêuticos ainda estão em fase de registo. A EDOL dá também um salto até ao Médio Oriente, chegando ao Iraque e ao Iémen. A maioria dos cerca de 60 produ-tos divididos entre as áreas de oftalmologia, dermatologia, der-mocosmética e otorrinolaringologia são produzidos em Portugal, ainda que a quase totalidade dos componentes seja importada. Só as cápsulas, os produtos sólidos e as monodoses são fabricadas na Alemanha, devido aos altos custos de produção. 3,4 milhões de colírios, pomadas, geles oftálmicos, cremes, pastas, champôs e loções saem todos os anos do labirinto mecânico de linhas de produção do laboratório, em Linda-a-Velha, a escassos minutos das recém-inauguradas instalações corporativas, em Alfragide. O crescimento mantém-se como objectivo: além dos produtos que já levam o selo EDOL, e da comercialização para outras marcas, a capacidade produtiva disponível pode chegar aos 7 milhões de unidades, num único turno de oito horas de trabalho.

Fonte: Económico e Visão

EDOL: “Aqui não há generais, só há soldados”

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Alerta para doenças em fériasEm quatro anos, foram registados em Portugal 217 casos de ma-lária, todos importados de países como Angola, Brasil, Moçam-bique, México, São Tomé ou Cabo Verde - onde vão de férias ou trabalham milhares de portugueses. Com a chegada do Verão, as autoridades de saúde reforçam os alertas. Em especial para quem vai ao Mundial de Futebol no Brasil, evento que junta pes-soas de todo o mundo e decorre num país onde há malária, den-gue e febre amarela.Carlos Araújo, diretor clínico da consulta de medicina do via-jante do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), diz que “a maior parte das pessoas que vão para destinos turísticos não vêm à consulta”. Muitos só percebem os riscos quando regres-sam doentes e lhes é dito que deveriam ter tido cuidado com a água ou tomado uma vacina.A subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, alerta que “os por-tugueses têm de passar a ser mais responsáveis e perceber que, na preparação de uma viagem, escolher o hotel ou a praia é tão importante como ir à consulta do viajante”.Ana Leça, consultora da Direcão-geral da Saúde (DGS) nestas matérias, dá o exemplo da malária: “Na maioria dos casos, pas-sa sem grande problema. Mas pode sempre conduzir a compli-cações e à morte”. A doença é de notificação obrigatória e os da-dos da DGS mostram que desde 2000, o número de casos anuais tem oscilado entre 40 e 80 (bem longe dos registos dos anos 70, em que chegaram a registar-se 4.664).

Alerta de dengueNo topo das preocupações nacionais e mundiais estão outras doenças, como o sarampo - para a qual a população nacional está vacinada, mas pode não estar protegida -, a febre amarela - cuja falta de vacina pode até impedir a entrada num país com focos registados - ou a doença dos legionários, que registou 459 casos em quatro anos, mas cuja contaminação é mais difícil de prevenir.

Zonas de conflito a evitarAlém da saúde, a insegurança e os fenómenos climatéricos são fatores a ter em conta antes de viajar. Conflitos e guerras levam a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas a colocar em alerta elevado sete países, e mais 20 em nível moderado. As autoridades desaconselham deslocações para destinos como o Líbano, Israel ou República Democrática do Congo e pedem aos portugueses que aí vão que avisem as embaixadas do seu itine-rário. Em zonas como o Congo, os cuidados de saúde também são muito precários e o seguro a fazer deve incluir “evacuação por ambulância aérea”. Na Índia, a “ameaça terrorista e a persistência de conflitos inter--religiosos e separatistas”, bem como o “aumento de agressões sexuais contra as mulheres, não só indianas mas também es-trangeiras”, também requerem cuidados redobrados.  Na região do Pacífico, o alerta é elevado em zonas turísticas como Bali, na Indonésia, onde, além dos desastres naturais e dos conflitos étnicos, as autoridades alertam para “casos de morte por envenenamento pelo consumo de bebidas alcoólicas arte-sanais”.Outros países como Moçambique - que não está numa zona de alerta elevado, mas acolhe muitos cidadãos nacionais - de-vem obrigar a medidas de segurança. No portal das Comuni-dades Portuguesas, são recordados os raptos em Maputo e os incidentes nas províncias de Sofala: “O viajante deverá procurar integrar-se, sempre que possível, nas colunas escoltadas pelas forças de defesa e segurança”. O Governo lembra ainda que o Verão é a época dos tufões e fura-cões nas regiões do Pacífico, das Caraíbas e do Atlântico.

(Fontes: RCMPharma; Sapo Saúde)

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

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app hora do comprimido A PharmAssistant foi criada para chegar onde a memória não chega, com uma app e um dispensador de medicamentos que comunica com telemóveis através de Bluetooth e desencadeia alertas son.

fome ocultafalta crónica de vitaminas e minerais Quando uma pessoa não ingere a quantidade de nutrientes que precisa para manter o bom fun-cionamento do organismo, pode desenvolver o que os nutricionis-tas chamam de “fome oculta”, problema caracterizado pela falta crónica de vitaminas e minerais, ingerindo alimentos com elevada densidade nutricional.

55% não faz atividade física e desportoPortugal e Espanha tornaram-se países europeus mais sedentários, e encontram-se em terceiro e em décimo primeiro lugar, respetiva-mente, entre os 28 países da UE que menos atividade física e des-porto fazem.

medicamento diminuir até 100% contágio HIVO medicamento ainda não foi dis-ponibilizado e haverá critérios para selecionar quem poderá utilizá-lo, dando prioridade a homens que têm relações sexuais com outros homens e mulheres transexuais, já que são os grupos de maior risco.

anti-histamínicos efeitos anticancerígenosAnti-histamínicos interferem na atividade de células que suprimem resposta do sistema imunitário contra o cancro. Investigadores indicam que, pela primeira vez, um estudo revela que os anti-histamí-nicos têm um forte potencial anti-cancerígeno.

vacinas infantisautismo, leucemia ou cancroAs vacinas infantis para o sa-rampo, papeira ou rubéola não causam autismo, revela um novo estudo, que conclui ainda que são raros os efeitos secundários graves associados à vacinação das crianças.

Porto pioneirovacina neonatal Vacina para proteger o bebé antes de nascer está a ser desenvolvida no PortoSerá a primeira vacina neonatal do mundo. É para ser aplicada às mu-lheres e, assim, evitar que os filhos recém-nascidos, ou na sua barriga, desenvolvam infeções que podem ser fatais.

quimioterapia na infânciaproblemas cognitivosUm estudo preliminar do Instituto de Ciência do Cancro de Manches-ter, no Reino Unido, confirma as evidências de que os tratamentos de quimioterapia durante a infân-cia podem gerar efeitos secundá-rios cognitivos nas crianças que conseguem superar a doença, avança o PIPOP - Portal de Infor-mação Português de Oncologia Pediátrica.

800 mildoença pulmonar pelo tabacoO tabaco é a principal causa da doença pulmonar obstrutiva cró-nica (DPOC), que se estima afetar 14% da população acima dos 45 anos - cerca de 800 mil pessoas. É uma patologia de caráter pro-gressivo, que leva à obstrução dos brônquios.

gripe metade dos idosos vacinou-seAs estimativas da Direcção-Geral de Saúde apontavam para uma adesão de 60% mas um relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge revela que só 49,9% dos idosos com mais de 65 anos recebeu a vacina contra a gripe na época 2013-204.

fertilidadepílula pode afetar Cientistas do Hospital Universitário de Copenhaga mostraram que a pí-lula contraceptiva pode prejudicar, temporariamente, a fertilidade futu-ra de uma mulher.

microchipanticoncecional Bill Gates está a financiar uma ideia com potencial para mudar os métodos anticoncecionais femi-ninos. Trata-se de um microchip, cujos testes se iniciarão em 2015 e que pode chegar ao mercado em 2018. Este microchip, com capaci-dade para ficar 16 anos no corpo de uma mulher.

anticoagulantenova comparticipação O Governo comparticipa novos an-ticoagulantes orais. Até agora os doentes com fibrilhação auricular, um tipo de arritmia cardíaca com risco elevado de AVC, tinham que pagar por inteiro estes medica-mentos inovadores.

natalidadetaxa mais baixa da UE Portugal registou no ano passado a taxa de natalidade mais baixa da União Europeia, de 7,9 crianças por mil habitantes, inferior à de mortalidade (10,2), contrariando o aumento da população na Europa, revelam dados do Eurostat.

diabéticosaplicação ajuda O projeto “Glück” monitoriza e ana-lisa os níveis de glicose do sangue de portadores de diabetes tipo I e II, em tempo real. Segundo um dos criadores portuenses da aplicação, ela “é responsável por processar em tempo real os dados que lhe são transmitidos através de um sensor subcutâneo”.

JEVTANA®Infarmed aprova A Sanofi acaba de receber do In-farmed a aprovação da avaliação prévia do JEVTANA® (Cabazitaxel) em combinação com a prednisona ou prednisolona para o tratamento de doentes com cancro da próstata metastático hormono-resistente previamente tratados com regime que inclua docetaxel.

AVC pessoas agressivas e cínicas mais propensas Ter sentimentos de agressividade, cinismo ou hostilidade pode dupli-car o risco de um acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas da meia idade ou em adultos mais velhos, revelou um estudo divulgado no periódico Stroke, da Associação Americana do Coração, revelando também que a depressão e o stress aumentam o risco de derrame cerebral.

antibióticos resistência de volta à Idade Média O mundo poderá ser “lançado de volta à Idade Média da medicina” caso não sejam tomadas medidas para enfrentar a crescente resis-tência aos antibióticos, disse o primeiro-ministro britânico David Cameron. O governante anunciou a criação de um grupo para ana-lisar por que tão poucos medica-mentos do tipo têm sido criados nos últimos anos.

hepatite Creduzir preço em 14 países Catorze países europeus uniram-se pela primeira vez para negociar a redução do preço de um novo me-dicamento contra a hepatite C, o Sovaldi®, informou a ministra da Saúde da França, Marisol Tourai-ne, avança a AFP.

emagrecer 5% humor e qualidade do sonoEmagrecer faz bem para a saúde, mas também contribui para uma melhor noite de sono. Adultos obe-sos que emagreçam 5% do peso corporal total depois de seis meses relataram que dormem por mais tempo.

/BrevesMY COOPROFAR

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