Nada a declarar e Inútil - Ultraje a rigor .

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Nada a declarar Ultraje a Rigor

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Interpretação das músicas nada a declarar e Inútil - Ultraje a rigor .

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Nada a declarar

Ultraje a Rigor

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Quem em sã consciência diria que a maioria das músicas do Ultraje ao Rigor são pornográficas ou que não acrescentam em nada na vida das pessoas?     Talvez a maioria dos falsos intelectuais. Mas não é bem assim. As músicas do Ultraje ao Rigor acrescentam e muito na vida das pessoas. Um grande exemplo disso é a música Nada a Declarar..

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‘’Nada a declarar’’ se trata de uma crítica às músicas da mídia e aos compositores e cantores, que nada tem a declarar, nada construtivo a dizer em suas composições, então, para chamar a atenção das pessoas, apelam para a baixaria. Vendo a todos entediados com a falta de conteúdo de suas letras, o cantor põe palavrões e pornografia nas músicas ‘’pra dar uma agitada na galera’’.

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 Nos tempos antigos os indivíduos tinham prazer em escutar canções que tinham algo a dizer, que os forçassem a pensar, a interpretar e a buscar no fundo de suas experiências empíricas, o verdadeiro significado da composição, levando em conta não somente o ritmo ou a suavidade sonora, mas também se a letra poderia aprimorá-los.

Nos dias de hoje a música perdeu sua profundidade, sua capacidade de mexer com sentimentos racionais, e passaram a mexer com sentimentos instintivos, que levam os seres humanos a perder sua racionalidade e se comportarem como animais não pensantes guiados por seus instintos , uma verdadeira selvageria.

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Este tipo de música vem se espalhando por todo território brasileiro, normalmente entre as classes mais baixas. Pensem bem. Uma pessoa que vive em situação de extrema pobreza e que nunca frequentou a escola e sofre diariamente uma lavagem cerebral com esse tipo de música, (pessoas de baixa escolaridade ou analfabetas são mais suscetíveis à manipulação e à alienação), você acha que esta pessoa saberá escolher um candidato digno nas próximas eleições? . Será que essa pessoa não estará mais sujeita a compra de voto ou a falsas promessas de candidatos corruptos? .Será que ela vai ter o senso crítico de pesquisar o passado do candidato e ver se ele tem ficha suja ou limpa? . Será que esta pessoa terá consciência de seus direitos previstos na Constituição brasileira ou na declaração universal dos direitos humanos e lutar por eles? .

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 Pois pensem muito bem antes de escolherem a próxima música que vão escutar, caros amigos. Não percam o seu senso crítico e sua capacidade de raciocinar, por causa de uma ‘’música’’ que não vai lhe aprimorar em nada , ao contrário, vai lhe fazer ser dominado pelos instintos irracionais e não pela razão. A nossa capacidade mental é um grande milagre da natureza, dê valor ao que precisou de milhões de anos para ser aperfeiçoado e chegar ao estágio em que estamos atualmente, seres pensantes, capazes de decidir, criar e transformar coisas simples em maravilhas.

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InútilUltraje a Rigor

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Gravada primeiramente em 1983, em um compacto, Inútil só pode ser ouvida pelo público em 1985, no primeiro álbum do Ultraje a Rigor. Mesmo estando em um disco lotado de sucessos (nove das onze faixas do disco foram as mais tocadas da época),Inútil se destacou pela letra, muito propícia para a época. Era o período das lutas pelas Diretas Já e a frase ” A gente não sabemos escolher presidente” virou um hino aos jovens que saiam as ruas para lutarem pelas eleições diretas. 

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Quem fez a música foi Roger Moreira, no Brasil, em 1983-84. Na época que foi feita a música, estava acontecendo a Ditadura Militar, onde ninguém tinha liberdade de expressão e a censura reinava. Ao longo da letra ocorrem vários erros propositais de concordância, que revelam um ar sarcástico na música e entalha um fundo para protesto.

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Já faz mais de vinte anos que o LP ’’Nós vamos invadir sua praia’’ do Ultraje a Rigor foi lançado – e a atualidade das letras continua impressionando e fazendo sucesso. Se você for a um show dos caras vai se impressionar com a quantidade de adolescentes que pulam ao som de canções que provavelmente são mais velhas do que eles. Afinal, o que é que faz que algumas bandas e canções transcendam os momentos em que foram compostas e se perpetuem no tempo? 

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No caso do Ultraje, uma resposta parece bastante plausível. Roger é dos maiores letristas do rock nacional porque combina em seus textos, de um lado, o coloquialismo, linguagem simples que o público quer e que as guitarras pedem, e, de outro, um sarcasmo que espeta os setores mais conservadores denossa sociedade. A primeira característica deixa o texto divertido e fluente, sem intelectualismos, bom pra cantar gritando e pulando, como o rock quer e precisa ser; a segunda evita-lhe a alienação, a bobagem gratuita, o palavrão pelo palavrão, conferindo ao texto um talhe crítico, mas sem pentelhação.

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A revista Rolling Stone do Brasil coloca Inútil como a mais importante canção de protesto do rock brasileiro oitentista, período em que foram lançadas canções como Maior Abandonado (Barão Vermelho), Homem Primata (Titãs), Polícia (Titãs), Até quando esperar (Plebe Rude), entre outros hits de protesto.

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Fim