Narração !

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Narração !. A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre temos algo a contar. Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento. A narrativa impõe certas normas: - PowerPoint PPT Presentation

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A narrao est vinculada nossa vida, pois sempre temos algo a contar. Narrar relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictcios, vividos por indivduos, envolvendo ao e movimento. A narrativa impe certas normas:a) o fato:que deve ter seqncia ordenada; a sucesso de tais seqncias recebe o nome de enredo, trama ou ao; b)a personagem;pessoas que participam da historia c) o ambiente:o lugar onde ocorreu o fato; d) o momento:o tempo da aoO relato de um episdio implica interferncia dos seguintes elementos:fato- o qu? personagem- quem? ambiente- onde? momento- quando?Em qualquer narrativa estaro sempre presenteso fatoea personagem, sem os quais no h narrao. Na composio narrativa, o enredo gira em torno de um fato acontecido. Toda histria tem um cenrio onde se desenvolve. Desta forma, ao enfocarmos a trama, o enredo, teremos, obrigatoriamente, de fazer descries para caracterizar tal cenrio. Assim, acrescentamos: narrao tambm envolve descrio.

Narrao na 1 PessoaA narrao na 1 pessoa ocorre quando o fato contado por um participante, isto ; algum que se envolva nos acontecimentos ao mesmo tempo em que conta o caso. A narrao na 1 pessoa torna o texto muito comunicativo porque o prprio narrador conta o fato e assim o texto ganha o tom de conversa amiga. Alm disso, esse tipo de narrao muito comum na conversa diria, quando o sujeito conta um fato do qual ele tambm participante.

Narrao na 3 PessoaO narrador conta a ao do ponto de vista de quem v o fato acontecer na sua frente. Entretanto o contador do caso no participa da ao. Observar: "Era uma vez um boiadeiro l no serto, que tinha cara de bobo e fumaas de esperto. Um dia veio a Curitiba gastar os cobres de uma boiada". Voc percebeu que os verbos esto na 3 pessoa (era, veio) e que o narrador conta o caso sem dele participar. O narrador sabe de tudo o que acontece na estria e por isso recebe o nome de narrado onisciente. Observe: "No hotel pediu um quarto, onde se fechou para contar o dinheiro.S encontrou aquela nota de cem reais. O resto era papel e jornal..." Voc percebeu que o boiadeiro est s, fechado no quarto. Mas o narrador onisciente e conto o que a personagem est fazendo.

Estrutura:- Introduo: Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espao. - Desenvolvimento: Atravs das aes das personagens, constri-se a trama e o suspense que culmina no clmax. - Concluso: Existem vrias maneiras de se concluir uma narrao. Esclarecer a trama apenas uma delas.

Recursos:Verbos de ao, discursos direto, indireto e indireto livre.


Discurso direto:o narrador apresenta a prpria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar.Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: Al minha frigideira, al meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar gua era aquela. Ali meu outro tnis.Discurso indireto:o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3 pessoa. As palavras da personagem no so reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.Dario vinha apressado, o guarda-chuva no brao esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo at parar, encostando-se parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calada, ainda mida da chuva, e descansou no cho o cachimbo. Dois ou trs passantes rodearam-no, indagando se no estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lbios, mas no se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.Discurso indireto livre: uma combinao dos dois anteriores, confundindo as intervenes do narrador com as dos personagens. uma forma de narrar econmica e dinmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um s tempo.

Enlameado at a cintura, Tiozinho cresce de dio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma ona comesse o carreiro, de noite... Um ono grande, da pintada... Que raiva!... Mas os bois esto caminhando diferente. Comearam a prestar ateno, escutando a conversa de boi Brilhante.O que se pede:Imaginao para compor urna histria cativante que entretenha o leitor, provocando expectativa. Pode ser romntica, dramtica ou humorstica.A narrativa deve tentar elucidar os aconteCimt0s, respondendo s seguintes perguntas essenciais:O QU? - o(s) fato(s) que determina(n) a histria; QUEM? - a personagem ou personagens; COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos; ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrncia

QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos; POR QU? - a causa do acontecimento.Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses elementos:

Tragdia brasileiraMisael, funcionrio da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa prostituda com sfilis, dermite nos dedos, uma aliana empenhada e os dentes em petio de misria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estcio, pagou mdico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael no queria escndalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. No fez nada disso: mudou de casa. Viveram trs anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estcio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marqus de Sapuca, Niteri, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estcio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Invlidos...Por fim na Rua da Constituio, onde Misael, privado de sentidos e inteligncia , matou-a com seis tiros, e a polcia foi encontra-la cada em decbito dorsal, vestida de organdi azul. Manuel Bandeira

O qu? Romance conturbado, que resulta em crime passional.Quem? Misael e Maria Elvira.Como? O envolvimento inconseqente de um homem de 63 anos com uma prostituta.Onde? Lapa, Estcio, Rocha, Catete e vrios outros lugares.Quando? Durao do relacionamento: trs anos.Por qu? Promiscuidade de Maria Elvira.Quanto estruturao narrativa convencional, acompanhe a seqncia de aes que compem o enredo:

Exposio: a unio de Misael, 63 anos, funcionrio pblico, a Maria Elvira, prostituta;Complicao: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal;Clmax: as sucessivas mudanas de residncia, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o descontrole emocional de Misael;Desfecho: a polcia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.

Tipos de Narrativa

Romance: uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual so representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou vrias personagens. Gira em torno de vrios conflitos, sendo um principal e os demais secundrios, formando assim o enredo. Novela:Assim como o romance, a novela comporta vrios personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequncia temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados vida cotidiana. Conto: uma narrativa mais curta, densa, com poucos personagens, e apresenta um s conflito, sendo que o espao e o tempo tambm so reduzidos. Crnica:Tambm fazendo parte do gnero literrio, a crnica um texto mais informal que trabalha aspectos da vida cotidiana, muitas vezes num tom muito sutil o cronista faz uma espcie de denncia contra os problemas sociais atravs do poder da

linguagem. Fbula:Geralmente composta por personagens representados na figura de animais, de carter pedaggico, pois transmite noes de cunho moral e tico. Quando so representadas por personagens inanimados, recebe o nome de Aplogo, mas a inteno a mesma da fbula. Narrao: Tipos de Narrador -narrador-personagem; -narrador-observador; - narrador-onisciente.Onarrador-personagemconta na 1 pessoa a histria da qual participa tambm como personagem. Ele tem uma relao ntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar fortemente marcada por caractersticas subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situaes que um narrador de fora no poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.

Onarrador-observadorconta a histria do lado de fora, na 3 pessoa, sem participar das aes. Ele conhece todos os fatos e, por no participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. No tem conhecimento ntimo dos personagens nem das aes vivenciadas.Onarrador-oniscienteconta a histria em 3 pessoa e, s vezes, permite certas intromisses narrando em 1 pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no ntimo das personagens, conhece suas emoes e pensamentos. Ele capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de conscincia, em 1 pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das aes, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequncias.

Bibliografia
http://www.algosobre.com.br/redacao/narracao.htmlhttp://www.brasilescola.com/redacao/narracao.htmhttp://www.algosobre.com.br/redacao/narracao-com-exemplos.html