NBR 14722 - 2001 - Posto de Servico - Tubulacao Nao-metalica

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  • Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 / 28 andarCEP 20003-900 Caixa Postal 1680Rio de Janeiro RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2000,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    IBP-Instituto Brasileirode Petrleo

    JUL 2001 NBR 14722Posto de servio - Tubulaono-metlica

    Origem: Projeto 34:000.04-017:2000ABNT/ONS-34 - Organismo de Normalizao Setorial de PetrleoCE-34:000.04 - Comisso de Estudo para Lquidos Inflamveis e CombustveisEspeciaisNBR 14722 - Service station - Non-metallic pipingDescriptors: Service station. PipingVlida a partir de 31.08.2001

    Palavras-chave: Posto de servio. Tubulao 9 pginas

    SumrioPrefcio1 Objetivo2 Referncias normativas3 Definies4 Condies especficas de utilizao5 Ensaios da instalao6 Tipos de tubo7 Tipos de conexes8 Ensaios de qualificao do produto9 DocumentaoANEXOA Informaes adicionais

    Prefcio

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial(ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pblica entreos associados da ABNT e demais interessados.

    Esta Norma contm o anexo A, de carter informativo.

    1 Objetivo

    Esta Norma tem como objetivo avaliar o desempenho das tubulaes e conexes no-metlicas dos sistemas dearmazenamento subterrneo de combustveis, de modo a garantir a segurana das pessoas e a proteo do meio am-biente. Estabelece, para tanto, ensaios que garantam as caractersticas operacionais do abastecimento de veculos e decompatibilidade, tanto com o solo como com os combustveis automotivos, mantendo um grau seguro de permeabilidade,assim como sua durabilidade nos mesmos nveis dos tanques em que estiverem ligadas.

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    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para estaNorma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso,recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as ediesmais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    NBR 13783:1997 - Instalao hidrulica de tanque atmosfrico subterrneo em postos de servio

    BS 7336:1990 - Polyethylene fusion fittings with integral heating elements for use with polyethylene pipes for theconveyance of gaseous fuels

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies:3.1 tubos primrios de suprimento: Abrangem tanto as linhas sob presso positiva quanto as de suco sob vcuo,sendo que os tubos contm continuamente combustvel lquido.

    3.2 tubos de enchimento: Trecho subterrneo de tubulao, que interliga a descarga selada ao bocal de entrada deproduto no tanque, cuja funo conduzir o produto at o interior do tanque para seu enchimento.3.3 linhas de respiro: Trecho subterrneo e areo de tubulao, que interliga o ar atmosfrico ao interior do tanque, cujafuno permitir a entrada de ar ou sada de vapores quando em operao normal do tanque.

    3.4 tubulaes de recuperao de vapor: Trecho subterrneo de tubulao que interliga o tanque ao caminho-tanqueou o tanque bomba de abastecimento de veculo, cuja funo conduzir vapores de produto.3.5 conteno secundria: Dispositivo cuja funo reter qualquer vazamento dos tubos que transportam combustveis epode proporcionar um meio para monitorar esta ocorrncia.

    3.6 sifo: Trecho subterrneo de tubulao instalada em forma de U invertido, interligando dois ou mais tanques emsistemas de presso com uma nica bomba submersa, cuja ao permite a operao contnua com o mesmo nvel deproduto em todos os tanques interligados.

    3.7 sistema de armazenamento subterrneo de combustveis (SASC): Conjunto de tanques, tubulaes e acessrios,interligados e enterrados.3.8 tubulao: Conjunto formado por tubos e suas conexes, que se ligam ao tanque.4 Condies especficas de utilizao4.1 Aplicaes

    As tubulaes no-metlicas podem ser utilizadas para:

    - suprimento primrio;

    - enchimento;

    - respiro e recuperao de vapor;

    - conteno secundria;

    - eliminador de ar do filtro de leo diesel;

    - retorno do filtro de leo diesel.

    4.2 Desempenho

    Todas as tubulaes devem ser produzidas de modo a atender s seguintes exigncias:4.2.1 Presso de trabalho

    Suportar as presses de trabalho conforme tabela 1.

    4.2.2 Vida til

    Todos os tubos e conexes devem ser capazes de atender s suas funes por um perodo de pelo menos 30 anos. Istodeve ser demonstrado por ensaios e apresentao de evidncias histricas de bom desempenho. Os ensaios deenvelhecimento acelerado, quando aplicveis, devem ser usados para extrapolar os resultados de critrios de falha, como,por exemplo, presses de rompimento, compatibilidade com combustveis, corroso e permeao do combustvel.4.2.3 Temperaturas de operao

    Operar na faixa de temperatura entre - 20C e 50C.

    4.2.4 Condio do solo

    A tubulao deve ser compatvel com todo tipo de solo existente no local da instalao. Em casos extremos deagressividade, deve ser avaliada a compatibilidade do material da tubulao.

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    Tabela 1 - Presses de operao dentro de linhas de tubulaes subterrneas

    Tubulao de suprimento primriosob presso positiva

    200 kPa de operao contnua400 kPa para o ensaio de presso positiva do sistema1 000 kPa de pico de pulso de presso

    Tubulao de suprimento primriosob suco e sifes

    - 60 kPa de operao contnua- 70 kPa para o pico de pulso de vcuo100 kPa para o ensaio de presso positiva do sistema

    Linhas de respiro e de vapor 100 kPa para o ensaio de presso positiva do sistema50 kPa para o pico de pulso de presso- 10 kPa para pico de pulso de vcuo

    Tubos de enchimento 100 kPa para o ensaio de presso positiva do sistema50 kPa para o pico de pulso de presso- 60 kPa para pico de pulso de vcuo

    Conteno secundria 50 kPa para o ensaio de presso positiva do sistema

    4.2.5 Compatibilidade com o combustvelAs tubulaes, inclusive a secundria, devem ser compatveis com os combustveis, no estado lquido ou de vapor, semdegradar ou modificar excessivamente as propriedades, por toda a vida da instalao. Os fabricantes devem fornecerorientao aos projetistas de instalaes sobre qualquer caracterstica do material que possa afetar a integridade dainstalao, por exemplo, o inchao e a expanso linear do tubo.4.2.6 Permeabilidade ao combustvelAs instalaes subterrneas devem oferecer resistncia adequada ao permeio do combustvel a fim de limitar a quantidadede vapores que penetram no ambiente circunvizinho. Devem ser realizados ensaios para medir a taxa de permeabilidadeno tubo, a fim de se garantir que esta seja inferior ao valor mximo admissvel.4.2.7 Tenses externasTodas as tubulaes devem ser capazes de suportar as cargas impostas durante a instalao e a vida til do sistema.4.2.8 Exposio radiao UVOs tubos e conexes devem ser capazes de suportar a exposio contnua aos raios UV do sol, de modo que no ocorrammodificaes significativas de propriedades, por um perodo mnimo de 180 dias antes da instalao.4.3 Conformidade4.3.1 Ensaios de tubos e conexesDeve ser ensaiada a integridade fsica e mecnica de todos os componentes, a fim de demonstrar o atendimento aoscritrios de desempenho, de acordo com a seo 8.4.3.2 Identificao de tubos e conexesTodos os tubos devem ser marcados de forma permanente, com espaamento de 1 m, no mnimo com as seguintesinformaes: identidade (nome da pea), rastreabilidade e aplicao pretendida. As conexes devem ser marcadas deforma a permitir a rastreabilidade.4.3.3 Instalao, armazenamento, manipulao e reparoOs fabricantes de tubos e conexes devem fornecer orientao escrita sobre os procedimentos de instalao,armazenamento, manipulao e reparo da tubulao. Somente instaladores treinados podem montar as tubulaes.5 Ensaios da instalaoOs ensaios de instalao devem ser conforme NBR 13783.6 Tipos de tuboDois tipos genricos de tubo so reconhecidos por esta Norma como capazes de atender aos requisitos funcionais paradistribuio subterrnea de combustvel atravs de tubulao no-metlica. As tubulaes comerciais devem serclassificadas como um destes tipos. Os tubos que no possam ser adequadamente classificados num dos ttulos abaixo,mas que possam demonstrar conformidade com os critrios de desempenho, podem ser considerados; contudo, ensaiosadicionais podem ser requeridos.6.1 Tipo A: Plstico rgido reforado com fibraSo construes de fibra de vidro reforadas usualmente com resina termofixa.6.2 Tipo B: Plstico flexvel e semiflexvelSo construes feitas de polmeros termoplsticos e podem conter algum reforo de metal ou fibra.

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    7 Tipos de conexesTrs tipos genricos de conexes so reconhecidos por esta Norma como meios de unir os tipos de tubos definidos naseo 6.

    7.1 Tipo 1: Conexo por adernciaEstas conexes so utilizadas com os tubos do tipo A e podem ser feitas de resina reforada com fibra de vidro.Elas aderem ao tubo atravs da utilizao de adesivos.

    7.2 Tipo 2: Conexo mecnicaEstas conexes so utilizadas com os tubos do tipo B (flexvel e semiflexvel). As conexes podem ser feitas de elementosmecnicos que incluem conexes metlicas comprimidas no tubo, podendo utilizar braadeiras ou selos de vedao.

    Os selos de vedao devem ser de elastmero, polmero ou plstico resistente a combustveis. Metais macios maleveistambm podem ser empregados.

    7.3. Tipo 3: Conexo soldada por eletrofusoEstas conexes so utilizadas com os tubos semiflexveis do tipo B, nos quais a sua superfcie externa um termoplsticoe a fuso por derretimento induzida com um acoplamento plstico sobreposto.

    8 Ensaios de qualificao do produto

    8.1 GeneralidadesTodos os tubos e conexes devem ser ensaiados para demonstrar a sua adequabilidade ao emprego pretendido. Isto seaplica a cada tamanho de tubo ou conexo. Quando o tubo ou conexo for bem sucedido em todos os ensaios listadosnesta seo, deve ser considerado aprovado para o seu tipo. Posteriormente, no deve ser necessrio mais nenhumensaio complementar, apenas ensaios regulares do controle da qualidade.

    Os ensaios de qualificao devem ser efetuados sempre que houver mudana na matria-prima e/ou processo e/ouprojeto.Para informaes adicionais sobre envelhecimento, selo e adesivos ver, anexo A.

    8.2 Tubo

    8.2.1. Ensaio de presso

    8.2.1.1 Vazamento, resistncia hidrosttica e presso de rupturaTrs amostras de tubo, adequadamente tampadas em suas extremidades e preenchidas com gua, devem ser ensaiadas temperatura de 23C 2C. O comprimento da amostra do tubo deve ser de 375 mm livres, ou trs vezes o dimetroexterno dos dois, o que for maior.

    As amostras de tubos que se destinam utilizao como tubos primrios de suprimento sob presso positiva devemsuportar:

    - presso hidrosttica de 1 000 kPa por 5 min sem vazamento;

    - presso hidrosttica de 3 000 kPa por 1 min sem vazamento.

    Em seguida, o ensaio deve continuar para determinar a presso de ruptura, que deve ser registrada, assim como o localonde ocorreu a falha.

    Para outras aplicaes os tubos tambm devem ser ensaiados sob presso, porm com requisitos mais baixos de pressohidrosttica mantida, conforme a tabela 2.

    Tabela 2 - Presso mnima ( 2%), por 1 minAplicao Presso

    Tubulaes primrias para suprimento sob presso positiva 3 000,0 kPaTubos de suco e transferncia (sifes) 200,0 kPaLinhas de respiro e de vapor 200,0 kPa

    Tubos de enchimento 200,0 kPa

    Toda conteno secundria de tubulaes para emprego com:I) tubos de suprimento sob presso positiva e suco, ouII) tubos de enchimento

    200,0 kPa

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    8.2.1.2 Ensaio de vcuoAplicvel a tubo primrio a ser usado para suprimento sob suco. Trs amostras do tubo devem suportar uma presso de90 kPa ( 5%) por 30 min a 23C 2C sem perda de vcuo ou colapso. O comprimento livre da amostra deve ser de375 mm ou trs vezes o dimetro externo, dos dois o que for maior.

    8.2.1.3 Ensaio sob presso cclicaAplicvel a tubo primrio a ser usado para suprimento sob presso positiva. Trs amostras do tubo com 375 mm livres outrs vezes o dimetro externo, dos dois o que for maior, devem ser submetidas a 1,5 milhes (1,5 x 106) de ciclos depresso varivel, a uma taxa de (20 a 25) ciclos por minuto, de um valor que dever alternar entre 100 kPa e 400 kPa a23C 2C. As amostras devem suportar os ciclos de presso sem vazamento.

    8.2.2 Integridade mecnicaOs tubos devem ser ensaiados para comprovar sua integridade mecnica, de acordo com os itens 8.2.2.1. a 8.2.2.5. Apscada ensaio, as respectivas amostras ensaiadas devem suportar, por 5 min, sem vazamento, as presses relacionadas natabela 3:

    Tabela 3 - Presses de ensaio

    Corpos de prova Presso aps o ensaiomecnico

    Tubulaes primrias sob presso positiva 1 000 kPa ( 2%)Tubos de suco e transferncia (sifes) - 90 kPa ( 5%)Todos os tubos de enchimento, linhas de respiro,recuperao de vapor e tubos de conteno secundria

    200 kPa ( 2%)

    8.2.2.1 Resistncia ao esmagamentoTrs amostras do tubo com 375 mm livres ou trs vezes o dimetro externo, dos dois o que for maior, devem sersubmetidas a este ensaio.

    A amostra deve ser colocada entre duas placas quadradas e planas, com 150 mm de lado e bordas arredondadas.

    As placas devem estar paralelas e a amostra centralizada com relao ao seu comprimento. As placas devem sercomprimidas a uma carga de 2 000 N. Aps a imposio da carga mxima, a amostra no deve apresentar sinais defissuramento. Aps o ensaio, e no perodo mximo de 5 min aps a remoo da carga, a amostra deve recuperar nomnimo 90% de seu dimetro externo original, sendo a medida tomada na regio de achatamento.

    8.2.2.2 Ensaio de dobramento

    Aplicvel somente aos tubos rgidos (tipo A). Trs corpos-de-provas com 3,0 m de comprimento devem ser submetidos aum esforo de flexo a 23C 2C. As amostras sero adequadamente apoiadas em cada extremidade e devem sercarregadas no ponto central, de modo a provocar uma deflexo no tubo, igual mxima declarada pelo fabricante.

    NOTA 1 - Os fabricantes devem declarar a deflexo mxima permissvel para cada dimetro de tubo.

    8.2.2.3 Raio de curvatura e flexibilidade a baixas temperaturas

    Aplicvel somente aos tubos flexveis ou semiflexveis (tipo B). Seis amostras do tubo devem ser condicionadas por umperodo mnimo de 24 h, sendo trs a 23C 2C e trs a -20C 2C.

    Cada amostra deve ser dobrada num raio de curvatura igual ao raio mnimo recomendado pelo fabricante. As amostrasno devem exibir danos visuais ou fissuramento.

    NOTA 2 - Os fabricantes devem declarar o raio mnimo de dobramento para cada dimetro de tubo.

    8.2.2.4 Impacto

    Seis amostras do tubo com 375 mm livres ou trs vezes o dimetro externo, dos dois o que for maior, devem sersubmetidas a este ensaio.

    Trs amostras devem ser ensaiadas a 23C 2C e trs a - 20C 2C. Imediatamente aps o armazenamento a essastemperaturas por um perodo mnimo de 24 h, as amostras devem ser submetidas a impactos de uma esfera de ao de530 g, com dimetro de 50,8 mm, deixada cair de uma altura de 1,8 m. As amostras devem ser presas sobre um piso deconcreto ou uma bigorna de ao durante o impacto, o qual deve ocorrer no ponto central do comprimento da amostra.

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    8.2.2.5 Resistncia perfurao

    Seis amostras do tubo com 375 mm livres ou trs vezes o dimetro externo, dos dois o que for maior, devem sersubmetidas a este ensaio.

    As amostras devem ser capazes de suportar uma carga aplicada pontualmente sem deixar nenhum vestgio defissuramento. A carga deve ser aplicada atravs de um penetrador, com seo reta de 6,35 mm x 2,0 mm e bordasarredondadas com raio de 0,5 mm, na regio central da amostra.

    A carga de aplicao deve ser de 500 N, aplicada no centro e transversalmente ao eixo do tubo.

    Devem ser ensaiados trs corpos-de-prova a 23C 2C e trs a - 20C 2C. Caso as amostras de ensaio possuamestruturas anisotrpicas, a aplicao da carga deve ser em duas direes: longitudinal e transversal.

    8.2.3 Compatibilidade com o combustvelTodas as tubulaes primrias e secundrias devem ser compatveis com os combustveis lquidos e capazes de ret-lossem fissurar, partir ou perder sua integridade fsica. Esta avaliao deve ser feita atravs de ensaios de amostras quedevem ser imersos em combustveis. Depois do perodo de imerso, as amostras devem suportar o ensaio de pressodescrito em 8.2.2.

    8.2.3.1 Mtodo de ensaio de compatibilidadeTrs amostras do tubo com 375 mm livre ou trs vezes o dimetro, o que for maior, devem ser condicionadas a 50C porum perodo mnimo de 30 dias. As amostras devem ser submetidas ao ensaio de presso descrito em 8.2.2 a 23C, noperodo mximo de 3 h aps a remoo do combustvel.

    Para os ensaios utilizar combustveis lquidos automotivos.

    NOTA 3 - Outros ensaios adicionais podem ser aplicados a fim de garantir a compatibilidade. Os ensaios com lcoois especficos,aromticos e teres podem ser apropriados para estabelecer confiana adicional nas construes tubulares.

    8.2.4 Permeabilidade de combustveisOs tubos devem ter taxas de permeabilidade iguais ou inferiores aos valores mximos admissveis citados na tabela 4.

    8.2.4.1 Mtodo de ensaio de permeabilidadeTrs amostras do tubo, com 450 mm livres cada, devem ser ensaiadas para cada tipo de combustvel.

    As extremidades dos tubos devem ser vedadas com tampes de alumnio e anel O-ring de fluorelastmero1).Cada amostra deve ser pesada antes de se adicionar o combustvel. Em seguida, deve ser adicionada a quantidade decombustvel especificada na tabela 4 e seladas as extremidades, evitando qualquer vazamento.

    Os corpos-de-prova devem ser novamente pesados e armazenados na posio horizontal, a 23oC 2oC por 180 dias nomnimo. A cada semana devem ser feitas novas pesagens, usando-se uma balana eletrnica com preciso de 0,1 g, eefetuada uma nova leitura do peso e anotado em um grfico de peso versus tempo.

    A parte de regime permanente do grfico, depois de decorrido um perodo de tempo, deve ser usada para calcular a taxade perda de combustvel em gramas por dia. Regime permanente define um perodo de tempo de pelo menosoito semanas consecutivas em que a perda de peso ao longo do tempo constante. Se necessrio, o ensaio pode sercontinuado alm de 180 dias, at que estes critrios sejam satisfeitos. Um outro clculo deve ser ento feito, levando emconta a rea da superfcie externa do tubo e convertendo a taxa de perda de combustvel para gramas por metro quadradodia. Este clculo deve levar em conta o comprimento de tubo exposto ao combustvel e o dimetro externo mximo. Paratubos corrugados, uma mdia dos dimetros externos mximo e mnimo deve ser utilizada no clculo.

    Quando estiver sendo avaliado um tubo integral e de conteno secundria, o tubo interno, que o primrio, deve serensaiado em separado. De modo anlogo, o tubo externo deve ser ensaiado como o secundrio.

    Tabela 4 - Permeabilidade mxima admissvel no regime permanente

    Aplicao Taxas de permeaoadmissvel no regime

    permanente

    Condio de ensaio(contedo de combustvel)

    Tubos primrios de suprimento e sifes 2,0 g/m2 por dia Tubo cheio

    Tubos de respiro, tubos de recuperao devapor e tubos de enchimento

    2,0 g/m2 por dia Tubo enchido a 20%

    Conteno secundria 24,0 g/m2 por dia Tubo enchido a 20%

    ________________

    1) Fluorelastmero comercializado como vitron, que uma marca registrada da E.I. du Pont de Nemours.

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    8.2.5 Absoro de combustvel e dilataoDeve ser medida a deformao longitudinal decorrente da absoro de combustvel para todos os tubos. Este ensaio podeser conduzido nos mesmos corpos-de-prova usados no ensaio de permeabilidade. O incremento no comprimento doscorpos-de-prova quando ocorrer a saturao de regime permanente deve ser medido e expresso como percentagem docomprimento original. Este incremento relativo deve ser informado pelo fabricante, de forma que o leiaute da tubulaopossa ser projetado para acomodar a expanso aps a instalao.8.3 Conexes8.3.1 Ensaio de presso

    Todas as combinaes de conexo e tubo oferecidas comercialmente devem ser ensaiadas sob presso. Cada conexodeve ser capaz de suportar as mesmas presses mnimas de ensaio que os respectivos tubos. As presses de ensaio soas mesmas fornecidas em 8.2.1.1, 8.2.1.2 e 8.2.1.3. Este ensaio se aplica a todos os acessrios, colares, adaptadores,cotovelos, peas em T e acoplamentos que podem ser pressurizados durante a instalao ou em servio.

    NOTA 4 - Pode-se usar o mesmo lote de amostras para satisfazer os requisitos de 8.2.1 e 8.3.1, simultaneamente.

    8.3.1.1 Vazamento e resistncia hidrosttica

    Devem atender aos requisitos de 8.2.1.1.

    8.3.1.2 Vcuo

    Devem atender aos requisitos de 8.2.1.2.

    8.3.1.3 Presso cclica

    Devem atender aos requisitos de 8.2.1.3.

    8.3.2 Integridade mecnica

    Todas as combinaes possveis de conexo e tubo oferecidas comercialmente devem ser avaliadas quanto integridademecnica, de acordo com 8.3.2.1 a 8.3.2.5.

    Aps cada ensaio, as respectivas amostras ensaiadas devem suportar, por 5 min, sem vazamento, as pressesrelacionadas na tabela 3.

    NOTA 5 - Pode-se usar o mesmo lote de amostras para satisfazer os requisitos de 8.2.2 e 8.3.2, simultaneamente.

    8.3.2.1 Ensaio de trao

    Aplicvel somente s tubulaes primrias de suprimento. Trs amostras de tubulao (tubo com conexes) a 23C 2Cdevem ser submetidas a uma carga de trao de 7 500 N por 5 min.8.3.2.2 Torque

    Aplicvel somente s conexes do tipo 1 (conexo por aderncia). Trs amostras de tubulao (tubos com conexes)devem ser submetidas a ensaio de torque. As conexes devem ser apertadas a 1,5 vez o valor do torque nominalespecificado, de acordo com as instrues do fabricante.8.3.2.3 Dobramento

    Devem atender aos requisitos bsicos de 8.2.2.2. e 8.2.2.3.

    8.3.2.4 Impacto

    Este ensaio no aplicvel s conexes do tipo 2 (conexo mecnica).Seis amostras de cada conexo devem ser submetidas a este ensaio.

    Trs amostras devem ser ensaiadas a 23C 2C e trs a - 20C 2C. Imediatamente aps o armazenamento a essastemperaturas por um perodo mnimo de 24 h, as amostras devem ser submetidas a impactos de uma esfera de ao de530 g, com dimetro de 50,8 mm, deixada cair de uma altura de 1,8 m. As amostras devem ser presas sobre um piso deconcreto ou uma bigorna de ao durante o impacto, que deve ocorrer no centro da conexo. Amostras de tubulaesdevem ser montadas com as mesmas conexes j ensaiadas, e um segundo ensaio deve ser realizado, nas mesmascondies do primeiro e no mesmo ponto de impacto.

    Finalmente, estas amostras de tubulao devem suportar o ensaio de presso referido em 8.3.2.8.3.2.5 Resistncia ao esmagamento

    Este ensaio no aplicvel s conexes do tipo 2 (conexo mecnica).O procedimento deste ensaio o mesmo descrito em 8.2.2.1.

    As amostras, num total de trs, devem ser confeccionadas a partir de dois trechos de tubo com a conexo de ensaioinstalada entre os tubos. As amostras devem ser capazes de suportar uma carga de esmagamento de 2 000 N, aplicadasobre a chapa. O conjunto no deve mostrar sinais de fissuramento aps a retirada da carga.

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    8.3.3 Compatibilidade com os combustveisTodas as conexes devem ser compatveis com os combustveis lquidos e capazes de ret-los sem fissurar, partir ouperder sua integridade fsica. Esta avaliao deve ser feita atravs de ensaios de corpos-de-provas que devem ser imersosem combustveis. Aps o perodo de imerso os corpos-de-provas devem suportar o ensaio de presso.

    O mtodo de ensaio o mesmo descrito em 8.2.3.1.

    NOTA 6 - Pode-se usar o mesmo lote de amostras para satisfazer os requisitos de 8.2.3.1 e 8.3.3, simultaneamente.

    Para as conexes do tipo 3 (conexes soldadas por eletrofuso), o acoplamento saturado com combustvel deve serseccionado e submetido a um ensaio de descascamento, a fim de demonstrar e confirmar a manuteno da fratura dctil.Realizar o ensaio conforme apndice K da BS 7336:1990.

    9 Documentao

    O fabricante de tubos e conexes deve garantir por cinco anos a rastreabilidade dos documentos comprobatriospertinentes aos materiais e processos usados na fabricao, especialmente os relativos aos ensaios mencionados naseo 8. Esta documentao deve estar disposio do comprador ou seu representante legal.

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    /ANEXO A

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    Anexo A (informativo)Informaes adicionais

    A.1 EnvelhecimentoQuaisquer efeitos de envelhecimento no devem comprometer a capacidade dos tubos de satisfazer os seus requisitosoperacionais por um perodo mnimo de 30 anos, e numa faixa de temperatura de - 20C a 50C.

    Os fabricantes devem demonstrar que os materiais utilizados na construo de tubos no so significativamentedegradados pelas condies que podem ocorrer tanto no armazenamento prolongado ou por serem enterrados no solo.Devem ser considerados os seguintes efeitos:

    - envelhecimento trmico;

    - absoro de umidade e lixiviao em solues aquosas;

    - amolecimento do material por absoro ou lixiviao de combustveis;

    - fragilizao a baixas temperaturas;

    - modificao por exposio radiao ultravioleta ou oznio do ar.

    A.2 Selos (vedantes)Nos casos onde houver necessidade de selos, devem ser realizados ensaios suficientes para estabelecer qualqueralterao nas propriedades do material com respeito a lixiviao, deformao permanente por compresso, inchao eperda de elasticidade.

    A.3 AdesivosOs adesivos de estabilizao trmica so utilizados com as conexes do tipo 1. Quando essas conexes estivereminteiramente saturadas por absoro de combustvel, a aderncia adesiva ainda deve satisfazer sua funo de manter umaresistncia adequada da junta. Devem ser realizados ensaios suficientes, a fim de estabelecer quaisquer alteraes nodesempenho da aderncia com respeito a lixiviao, contaminao, inchao ou amolecimento.

    ________________

    licenca: Cpia no autorizada