NBR ISO 10005 - Gestao Da Qualidade - Diretrizes Para Planos Da Qualidade

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Copyright © 1997, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Gestão da qualidade - Diretrizes para planos da qualidade NBR ISO 10005 FEV 1997 15 páginas Palavras-chave: Gestão da qualidade. Garantia da qualidade. Sistemas de garantia da qualidade. Componentes. Condições gerais Origem: Projeto 25:002.13-001:1996 CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade CE-25:002.13 - Comissão de Estudo de Planos da Qualidade NBR ISO 10005 - Quality management - Guidelines for quality plans Descriptors: Quality management. Quality assurance. Quality assurance systems. Components. General conditions Válida a partir de 27.03.1997 Sumário Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referência normativa 3 Definições 4 Preparação, análise crítica, aprovação e revisão do plano da qualidade 5 Conteúdo do plano da qualidade Anexos A Exemplos simplificados de formatos para a apresen- tação de planos da qualidade B Bibliografia Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvi- dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para votação nacional entre os associados da ABNT e demais interessados Os anexos A e B desta Norma são de caráter informativo. Introdução Esta Norma foi preparada para atender a necessidade de um mecanismo para relacionar os requisitos genéricos dos elementos do sistema da qualidade com os requisitos específicos de um determinado produto, empreendimento ou contrato. Seu conteúdo deve ser considerado orienta- tivo e não mandatório. Um plano da qualidade pode ser usado em uma organi- zação, a fim de assegurar que as exigências específicas para a qualidade estão sendo adequadamente planeja- das e direcionadas para determinados produtos durante a produção. Um plano da qualidade pode ser utilizado para indicar a aplicação específica de um sistema da qualidade para um dado projeto de desenvolvimento, tanto para um produto a ser comercializado quanto para uma instalação interna. Um plano da qualidade também pode ser utilizado pelo fornecedor em uma situação con- tratual, para demonstrar ao cliente como as exigências específicas para a qualidade em um determinado contrato serão atendidas. Em muitos casos, pode ser benéfico obter informações de clientes para o desenvolvimento do plano da qualidade. Convém que o plano da qualidade seja compatível com outros planos que possam ser preparados.

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Iso 1005

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  • Copyright 1997,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

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    ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Gesto da qualidade - Diretrizes paraplanos da qualidade

    NBR ISO 10005FEV 1997

    15 pginasPalavras-chave: Gesto da qualidade. Garantia da qualidade.Sistemas de garantia da qualidade.Componentes. Condies gerais

    Origem: Projeto 25:002.13-001:1996CB-25 - Comit Brasileiro da QualidadeCE-25:002.13 - Comisso de Estudo de Planos da QualidadeNBR ISO 10005 - Quality management - Guidelines for quality plansDescriptors: Quality management. Quality assurance. Quality assurancesystems. Components. General conditionsVlida a partir de 27.03.1997

    SumrioPrefcioIntroduo1 Objetivo2 Referncia normativa3 Definies4 Preparao, anlise crtica, aprovao e reviso do

    plano da qualidade5 Contedo do plano da qualidadeAnexosA Exemplos simplificados de formatos para a apresen-

    tao de planos da qualidadeB Bibliografia

    Prefcio

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasi-leiras, cujo contedo de responsabilidade dos ComitsBrasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizaoSetorial (ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envolvi-dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores eneutros (universidades, laboratrios e outros).Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbitodos CB e ONS, circulam para votao nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados

    Os anexos A e B desta Norma so de carter informativo.

    Introduo

    Esta Norma foi preparada para atender a necessidadede um mecanismo para relacionar os requisitos genricosdos elementos do sistema da qualidade com os requisitosespecficos de um determinado produto, empreendimentoou contrato. Seu contedo deve ser considerado orienta-tivo e no mandatrio.

    Um plano da qualidade pode ser usado em uma organi-zao, a fim de assegurar que as exigncias especficaspara a qualidade esto sendo adequadamente planeja-das e direcionadas para determinados produtos durantea produo. Um plano da qualidade pode ser utilizadopara indicar a aplicao especfica de um sistema daqualidade para um dado projeto de desenvolvimento,tanto para um produto a ser comercializado quanto parauma instalao interna. Um plano da qualidade tambmpode ser utilizado pelo fornecedor em uma situao con-tratual, para demonstrar ao cliente como as exignciasespecficas para a qualidade em um determinado contratosero atendidas. Em muitos casos, pode ser benficoobter informaes de clientes para o desenvolvimentodo plano da qualidade.

    Convm que o plano da qualidade seja compatvel comoutros planos que possam ser preparados.

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    1 Objetivo1.1 Esta Norma fornece diretrizes para auxiliar os fornece-dores na preparao, anlise crtica, aprovao e revisode planos da qualidade.

    Ela pode ser utilizada em duas situaes:

    a) como guia para uma organizao fornecedorano atendimento aos requisitos das NBR ISO 9001,NBR ISO 9002 ou NBR ISO 9003, relativos prepara-o de um plano da qualidade; ou

    b) como guia para uma organizao fornecedora,na preparao de um plano da qualidade, quandoesta no possui um sistema da qualidade.

    Em ambas as situaes, o plano da qualidade suple-mentar documentao genrica do sistema da quali-dade do fornecedor, e no convm duplic-la. Para maiorconvenincia, em situaes do tipo b), esta Norma incluiaspectos que so cobertos pelos requisitos genricos daNBR ISO 9001, NBR ISO 9002 e NBR ISO 9003.

    Os planos da qualidade fornecem um mecanismo paravincular as exigncias especficas de um produto, empre-endimento ou contrato aos procedimentos genricosexistentes no sistema da qualidade. Eles no exigem odesenvolvimento de um conjunto abrangente de procedi-mentos ou instrues alm ou acima daquelas j exis-tentes, embora alguns procedimentos documentados adi-cionais possam ser necessrios.

    1.2 Esta Norma aplica-se onde um plano da qualidadefor utilizado para um determinado produto, empreendi-mento ou contrato. Um plano da qualidade pode ser apli-cado a qualquer uma das categorias genricas de produto(materiais e equipamentos, informaes, materiais pro-cessados e servios) ou qualquer setor econmico/indus-trial.

    Um plano da qualidade pode ser usado para monitorar eavaliar a consistncia aos requisitos para qualidade, masestas diretrizes no se destinam a serem utilizadas comouma lista de verificao de conformidade com requisitos.Um plano da qualidade pode tambm ser utilizado quan-do no existir um sistema da qualidade documentado,caso em que pode ser necessrio desenvolver algunsprocedimentos, a fim de dar suporte ao plano da quali-dade.

    NOTA 1 O anexo B contm uma bibliografia de Normas quefornecem informaes que podem ser teis queles envolvidosna preparao e anlise crtica de planos da qualidade.

    2 Referncia normativa

    A norma a seguir contm disposies que, ao serem cita-das neste texto, constituem prescries para esta Norma.A edio indicada estava em vigor no momento destapublicao. Como toda norma est sujeita reviso, reco-menda-se queles que realizam acordos com base nestaque verifiquem a convenincia de se usar a edio maisrecente da norma citada a seguir. A ABNT possui a infor-mao das normas em vigor em um dado momento.

    NBR ISO 8402:1994, Gesto da qualidade e garantiada qualidade - Terminologia

    3 Definies

    Para os propsitos desta Norma, as definies fornecidasna NBR ISO 8402, juntamente com as definies a seguir,so aplicveis. Os termos que so repetidos aqui paramaior clareza, mas que j foram definidos em outras Nor-mas, so identificados atravs da colocao do nmeroda norma aps a definio do termo.

    3.1 contrato: Requisitos acordados entre um fornecedore um cliente e transmitidos por quaisquer meios.

    [NBR ISO 9001]

    3.2 empreendimento: Processo nico, consistindo emum conjunto de atividades controladas e coordenadas,com datas de incio e trmino, executadas para atingirum objetivo, conforme requisitos especficos, incluindoas limitaes de tempo, custo e recursos.

    NOTAS

    2 Um empreendimento individual pode formar parte da estruturade um empreendimento mais amplo.

    3 Em alguns tipos de empreendimentos, os objetivos so refinadose as caractersticas do empreendimento, definidas progressiva-mente, conforme o seu andamento.

    4 O resultado de um empreendimento pode ser uma ou vriasunidades de um produto.

    3.3 ensaio de tipo: Ensaio ou srie de ensaios direciona-dos aprovao de um projeto, conduzidos com o obje-tivo de determinar se ele capaz de atender os requisitosda especificao do produto.

    3.4 ensaio testemunhado: Ensaio de um produto na pre-sena de representante do cliente ou de terceira parte.

    3.5 procedimento: Forma especificada de executar umaatividade.

    NOTAS

    5 Em muitos casos, os procedimentos so documentados (porexemplo: procedimentos do sistema da qualidade).

    6 Quando um procedimento est documentado, utiliza-se fre-qentemente o termo procedimento escrito ou procedimentodocumentado.

    7 Um procedimento escrito ou documentado inclui, normalmente:os objetivos e o escopo de uma atividade; o que deve ser feito epor quem; quando, onde e como deve ser feito; que materiais,equipamentos e documentos devem ser usados; e como a ati-vidade deve ser controlada e registrada.

    [NBR ISO 8402]

    3.6 produto: Resultado de atividades ou processos.

    NOTAS

    8 O termo produto pode incluir servio, materiais e equipamentos,materiais processados, informaes, ou uma combinaodestes.

    9 Um produto pode ser tangvel (como, por exemplo: montagensou materiais processados) ou intangvel (por exemplo: conhe-cimento ou conceitos) ou uma combinao dos dois.

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    10 Um produto pode ser intencional (por exemplo: oferta aosclientes) ou no intencional (por exemplo: um poluente ou efeitosindesejveis).

    [NBR ISO 8402]

    3.7 plano da qualidade: Documento que estabelece asprticas, os recursos e a seqncia de atividades relati-vas qualidade de um determinado produto, empreendi-mento ou contrato.

    NOTAS

    11 Um plano da qualidade faz geralmente referncia s partesdo manual da qualidade aplicveis ao caso especfico.

    12 Dependendo do escopo do plano, um qualificativo pode serusado, como, por exemplo, plano da garantia da qualidade,plano de gesto da qualidade.

    [NBR ISO 8402]

    3.8 sistema da qualidade: Estrutura organizacional,procedimentos, processos e recursos necessrios paraimplementar a gesto da qualidade.

    NOTAS

    13 O sistema da qualidade deve ter a abrangncia necessriapara atender os objetivos da qualidade.

    14 O sistema da qualidade de uma organizao concebidoessencialmente para satisfazer as necessidades gerenciaisinternas da organizao. Ele mais amplo que os requisitos deum cliente especfico, que avalia apenas a parte do sistema daqualidade que lhe concerne.

    15 Para fins de avaliao da qualidade contratual ou mandatria,pode ser exigida a demonstrao da implementao de elemen-tos identificados do sistema da qualidade.

    [NBR ISO 8402]

    4 Preparao, anlise crtica, aprovao e revisodo plano da qualidade

    4.1 Preparao

    Ao preparar um plano da qualidade, convm que as ati-vidades da qualidade aplicveis situao sejam defini-das e documentadas.

    Grande parte da documentao genrica necessria po-de estar contida no manual da qualidade e procedimen-tos documentados do fornecedor. Esta documentaopode necessitar ser selecionada, adaptada e/ou suple-mentada. O plano da qualidade mostra como os procedi-mentos genricos documentados do fornecedor estorelacionados com, e aplicados a quaisquer outros proce-dimentos adicionais necessrios, peculiares ao produto,empreendimento ou contrato, a fim de se atingirem osobjetivos da qualidade especificados.

    Convm que o plano da qualidade indique, diretamenteou atravs de referncia a procedimentos documentadosapropriados ou outros documentos, como as atividadesrequeridas devem ser conduzidas.

    Convm que o formato e o nvel de detalhe no plano se-jam consistentes com quaisquer requisitos acordadoscom o cliente, com o mtodo de operao do fornecedore com a complexidade das atividades a serem exe-cutadas. Convm que o plano seja o mais conciso pos-svel e consistente em atender as provises desta Norma(exemplos simplificados de apresentaes alternativasde planos da qualidade esto contidos no anexo A).O plano da qualidade pode ser um documento nicoquando o fornecedor no possuir um sistema da qualida-de documentado. Um plano da qualidade tambm podeser includo como parte integrante de outro documentoou documentos (por exemplo: plano do empreendimentoou do produto), dependendo de condies tais como re-quisitos do cliente ou prticas de negcio de um determi-nado fornecedor. Pode ser necessrio desenvolver-seum plano que consiste em um nmero de partes, cadauma representando um plano para uma etapa distinta,como, por exemplo, para o projeto, aquisio, produoou inspeo e ensaios, ou para atividades particulares,tais como o plano de dependabilidade.

    NOTA 16 Quando um plano da qualidade estiver sendo redigido,as seguintes convenes podem ser utilizadas:

    - deve para expressar uma conveno que obrigatriaentre duas ou mais partes;

    - ser para expressar uma declarao de propsito ouinteno de uma das partes;

    - convm que para expressar uma recomendao entreoutras possibilidades;

    - pode para indicar um curso de ao permissvel dentrodos limites do plano da qualidade.

    4.2 Anlise crtica e aprovao

    Convm que o plano da qualidade seja analisado critica-mente quanto sua adequao e aprovado formalmentepor um grupo autorizado que inclua representantes detodas as partes interessadas da organizao fornece-dora.

    Em situaes contratuais, um plano da qualidade podeser submetido ao cliente pelo fornecedor, para anlisecrtica e aprovao, tanto como parte do processo de lici-tao pr-contratual, quanto aps a realizao do con-trato.

    Se o plano for apresentado como parte do processo delicitao e um contrato for em seguida adjudicado, convmque o plano seja analisado criticamente e, onde apropria-do, revisado para refletir quaisquer mudanas nos requi-sitos que possam ter ocorrido como resultado das nego-ciaes pr-contratuais.

    Quando um plano da qualidade for exigido por um con-trato, convm que ele seja submetido ao cliente antes doincio das atividades requeridas. Onde o contrato for reali-zado em etapas, indicado que o fornecedor submetaao cliente o plano da qualidade para cada etapa, antesdo incio das mesmas.

    Onde acordado em contrato, convm que os procedi-mentos referenciados no plano sejam colocados dispo-sio do cliente.

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    4.3 Reviso

    Quando apropriado, convm que o fornecedor revise oplano, para refletir as modificaes que tenham sido feitasno produto, empreendimento ou contrato; modificaesem relao maneira como o produto produzido ou oservio fornecido, ou modificaes nas prticas de ga-rantia da qualidade.

    Convm que modificaes no plano da qualidade sejamanalisadas criticamente quanto ao impacto e adequao,pelo mesmo grupo autorizado que conduziu a anlisecrtica no plano original da qualidade.

    Em relao aos requisitos especficos de um contrato,convm que as modificaes propostas no plano sejamsubmetidas ao cliente para anlise crtica e aprovaoantes de serem implementadas.

    5 Contedo do plano da qualidade

    a) Estrutura

    Convm que o contedo do plano da qualidade sejabaseado nesta Norma e no sistema da qualidadedocumentado do fornecedor. No essencial que oplano da qualidade siga a estrutura e a numeraode qualquer norma da srie NBR ISO 9000, sendoque a correspondncia de pargrafos nesta Normadestina-se somente a facilitar seu uso e entendi-mento.

    Convm que os elementos descritos nas subseesa seguir sejam abordados, onde forem pertinentesaos requisitos do produto, empreendimento ou con-trato.

    b) Objetivo do plano da qualidade

    Convm que o objetivo do plano da qualidade sejadefinido e inclua, porm no esteja limitado:

    - ao produto ou empreendimento ao qual ele seraplicado;

    - ao objetivo do contrato ao qual ele ser aplicado;

    - aos objetivos da qualidade do produto, empreendi-mento e/ou contrato (convm que estes objetivos se-jam expressos, sempre que possvel, em termos men-surveis);

    - s excluses especficas;

    - s condies de sua validade.

    5.1 Responsabilidades da administrao

    Convm que o plano identifique as pessoas, dentro daorganizao do fornecedor, que so responsveis por:

    a) assegurar que as atividades requeridas pelo sis-tema da qualidade ou contrato especfico so plane-jadas, implementadas e controladas e seu progressomonitorado;

    b) comunicar a todos os departamentos, subfornece-dores e clientes afetados os requisitos peculiares aoproduto, empreendimento ou contrato especfico eresolver os problemas que sejam levantados nas in-terfaces entre tais grupos;

    c) analisar criticamente os resultados das auditoriasconduzidas;

    d) autorizar pedidos para iseno de elementos dosistema da qualidade;

    e) controlar aes corretivas (ver 5.14).

    5.2 Plano da qualidade e sistema da qualidade

    Boa parte da documentao necessria ao plano da qua-lidade normalmente existir como parte da documentaodo sistema da qualidade. O plano da qualidade necessitaapenas fazer referncia a esta documentao e mostrarcomo ela deve ser aplicada situao especfica emquesto. Onde um elemento de tal documentao aindano existir, mas for requerido, convm que o plano daqualidade o identifique e tambm identifique quando, co-mo e por quem ele ser elaborado e aprovado.

    5.3 Anlise crtica de contrato

    Convm que o plano indique quando, como e por quemos requisitos especificados para o produto, empreendi-mento ou contrato devem ser analisados criticamente.

    Convm que o plano tambm indique como os resultadosdesta anlise crtica devem ser registrados e como requi-sitos conflitantes ou ambguos devem ser resolvidos.

    5.4 Controle de projeto

    Convm que o plano indique:

    a) quando, como e por quem deve ser conduzido,controlado e documentado o processo de projeto;

    b) as providncias para anlise crtica, verificao evalidao da conformidade dos dados de sada deprojeto em relao aos requisitos de entrada de pro-jeto;

    c) onde aplicvel, a extenso em que o cliente deveser envolvido nas atividades de projeto, como, porexemplo, participao nas anlises crticas do projetoe na verificao do projeto.

    Convm que o plano faa referncia, de modo apropria-do, aos cdigos, normas, especificaes e requisitos re-gulamentares aplicveis.

    5.5 Controle de documentos e dados

    Convm que o plano indique:

    a) os documentos e dados aplicveis ao produto,empreendimento ou contrato;

    b) como tais documentos e dados sero identificados;

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    c) como e com quem pode ser obtido o acesso a taisdocumentos e dados;

    d) como e por quem tais documentos e dados soanalisados criticamente e aprovados.

    5.6 Aquisio

    Convm que o plano indique:

    a) quaisquer produtos importantes que devem seradquiridos, de quem, bem como os requisitos de ga-rantia da qualidade pertinentes;

    b) os mtodos a serem utilizados para avaliar, sele-cionar e controlar os subcontratados;

    c) requisitos para, e referncias aos, planos da quali-dade dos subcontratados, onde apropriado;

    d) os mtodos a serem utilizados para satisfazer aosrequisitos regulamentares aplicveis aos produtosadquiridos.

    5.7 Controle de produto fornecido pelo cliente

    Convm que o plano indique:

    a) como os produtos fornecidos pelo cliente (tais co-mo materiais, ferramentas, equipamentos de ensaios,informaes, dados ou servios) so identificados econtrolados;

    b) os mtodos a serem utilizados para verificar se osprodutos fornecidos pelo cliente atendem aos requi-sitos especificados;

    c) os mtodos a serem utilizados para tratamentodos produtos no-conformes.

    5.8 Identificao e rastreabilidade do produto

    Onde a rastreabilidade for um requisito, recomendadoque o plano defina seu objetivo e extenso, incluindo co-mo os produtos afetados devem ser identificados. Con-vm que mtodos de identificao tambm sejam con-siderados quando a rastreabilidade no for um requisito.

    Convm que o plano indique:

    a) como os requisitos de rastreabilidade, contratuaise regulamentares so identificados e incorporadosaos documentos de trabalho;

    b) quais registros relacionados a tais requisitos derastreabilidade sero gerados e como eles serocontrolados e distribudos.

    5.9 Controle de processo

    Convm que o plano indique como os processos de pro-duo, instalao e servios associados sero controla-dos, a fim de assegurar que os requisitos especificadosso atendidos.

    Onde apropriado, convm que o plano inclua, ou faa re-ferncia, mas no se limite:

    a) aos procedimentos documentados relevantes;

    b) s etapas do processo;

    c) aos mtodos a serem utilizados para monitorar econtrolar caractersticas de processos e produtos;

    d) aos critrios de aprovao para acabamentos;

    e) ao uso de processos qualificados, equipamentose pessoal associados;

    f) s ferramentas, tcnicas e mtodos a serem utili-zados para atender aos requisitos especificados.

    Onde a instalao for um requisito, convm que o planoindique como o produto ser instalado e quais caracte-rsticas devem ser verificadas neste momento.

    5.10 Inspeo e ensaios

    Convm que o plano indique:

    a) quaisquer planos de inspeo e ensaios pertinen-tes (os itens abaixo podem ser todos parte de umplano de inspeo e ensaios);

    b) como o fornecedor ir verificar a conformidade deprodutos de subcontratados aos requisitos especi-ficados;

    c) onde est localizado cada ponto de inspeo eensaio na seqncia do processo;

    d) quais caractersticas devem ser inspecionadas eensaiadas em cada ponto; os procedimentos e crit-rios de aprovao a serem utilizados; e quaisquerferramentas especiais, tcnicas ou qualificaes depessoal requeridas;

    e) onde o cliente estabeleceu pontos a serem teste-munhados ou pontos de verificao de caracters-ticas selecionadas de um produto ou seus processosde produo e instalao;

    f) onde as inspees ou ensaios so requeridos aserem testemunhados ou executados por autorida-des legais;

    g) onde, quando e como o fornecedor pretende, ou requerido pelo cliente ou autoridades legais, utilizarterceiras partes para executar:

    1) ensaios de tipo;

    2) ensaios a serem testemunhados (incluindo en-saios de aprovao no local);

    3) verificao do produto;

    4) validao do produto;

    5) certificao de material, produto, processo oupessoal.

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    5.11 Controle de equipamentos de inspeo, medioe ensaios

    Convm que o plano indique o sistema de controle a serutilizado para equipamentos de inspeo, medio e en-saios, especificamente dedicado utilizao no produto,empreendimento ou contrato, incluindo:

    a) identificao de tais equipamentos;b) mtodo de calibrao;c) mtodo para indicao e registro da situao decalibrao;

    d) quais registros do uso destes equipamentos de-vem ser mantidos de forma que a validade de resul-tados anteriores possa ser determinada, quando taisequipamentos forem encontrados fora de calibrao.

    5.12 Situao de inspeo e ensaios

    Convm que o plano indique quaisquer requisitos e mto-dos especficos para a identificao da situao de inspe-o e ensaios de produtos, documentos e dados.

    5.13 Controle de produto no-conforme

    Convm que o plano indique como os produtos no-con-formes so identificados e controlados, a fim de prevenirsua utilizao indevida at a disposio adequada.

    Os planos da qualidade podem necessitar de definiode limitaes especficas, tais como o grau e o tipo de re-trabalho permitidos.

    Convm que o plano enfoque como e em quais circuns-tncias o fornecedor solicitaria uma concesso para umproduto que no atenda aos requisitos especificados.Em se fazendo isso, convm que o plano indique:

    a) quem teria a responsabilidade de requerer taisconcesses;

    b) como tal requisio seria feita;c) quais informaes devem ser fornecidas e de queforma;

    d) quem foi identificado como tendo a responsabili-dade e autoridade para aceitar ou rejeitar tais conces-ses.

    5.14 Ao corretiva e ao preventiva

    Convm que o plano indique as aes corretivas e pre-ventivas e atividades de acompanhamento especficaspara o produto, empreendimento ou contrato, a fim deevitar a ocorrncia ou repetio de no-conformidades.Convm que sejam identificados os responsveis peloincio e aprovao de aes corretivas e preventivas.

    5.15 Manuseio, armazenamento, embalagem,preservao e entrega

    Convm que o plano indique:

    a) como os requisitos especficos para manuseio,armazenamento, embalagem, preservao e entregadevem ser atendidos;

    b) como o produto ser entregue no local especifi-cado, de modo a assegurar que suas caractersticasrequeridas no sejam degradadas.

    5.16 Controle de registros da qualidade

    Convm que o plano indique como os registros espec-ficos do produto, empreendimento ou contrato devem sercontrolados, incluindo:

    a) quais registros devem ser mantidos, por quantotempo, onde e por quem;

    b) quais so os requisitos legais ou regulamentares,e como devem ser atendidos;

    c) qual forma ser adotada para os registros (tais co-mo, papel impresso ou meios eletrnicos);

    d) como os requisitos de legibilidade, armazenamen-to, recuperao, disposio e confidencialidade se-ro definidos e atendidos;

    e) quais mtodos sero utilizados para assegurarque os registros estejam disponveis quando reque-rido;

    f) quais registros devem ser fornecidos ao cliente,quando e atravs de quais meios;

    g) em qual idioma os registros sero fornecidos.

    5.17 Auditorias da qualidade

    Convm que o plano indique a natureza e a extensodas auditorias da qualidade a serem realizadas e comoseus resultados devem ser utilizados para corrigir e preve-nir a repetio de no-conformidades que afetem o pro-duto, empreendimento ou contrato.

    Tais auditorias podem incluir:

    a) auditorias internas conduzidas pelo fornecedor;

    b) auditorias do cliente no fornecedor;

    c) auditorias do fornecedor/cliente nos subcontra-tados;

    d) auditorias de terceira parte ou de autoridades le-gais, no fornecedor e subcontratados, incluindo aque-las realizadas com propsito de certificao do siste-ma da qualidade.

    5.18 Treinamento

    Convm que o plano enfoque qualquer treinamento espe-cfico requerido para o pessoal que executa um processoincludo no plano, e como tal treinamento deve ser realiza-do e registrado.

    Convm que inclua:

    a) treinamento de novos funcionrios;

    b) treinamento de funcionrios em mtodos de ope-rao novos ou revisados.

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    5.19 Servios associados

    Onde servios associados forem um requisito especifi-cado, convm que o plano indique como o fornecedorpretende garantir a conformidade em relao aos requi-sitos aplicveis aos servios associados, tais como:

    a) requisitos legais e regulamentares;

    b) prticas e cdigos da indstria;

    c) acordos sobre o nvel de servios;d) treinamento de pessoal do cliente;e) disponibilidade de suporte tcnico inicial e con-tnuo, durante o perodo de tempo acordado.

    5.20 Tcnicas estatsticas

    Onde tcnicas estatsticas especficas so requeridas,convm que elas sejam indicadas no plano da qualidade.

    /ANEXOS

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    Anexo A(informativo)

    Exemplos simplificados de formatos para a apresentao de planos da qualidade

    Este anexo fornece exemplos de algumas das maneirasnas quais um plano da qualidade pode ser apresentado(ver figuras A.1 a A.4 e tabela A.1).

    No convm que os exemplos mostrados sejam tomadoscomo completos no que se refere ao contedo do planoda qualidade definido na seo 5 desta Norma. Os planosda qualidade reais podem ser mais complexos. Normal-mente, espera-se que todos os elementos sejam cober-tos, a menos que, devido a alguma circunstncia excepcio-nal, eles no se apliquem ao caso em anlise.

    A apresentao dos planos da qualidade pode ser feitaem qualquer formato considerado adequado ao atendi-mento dos requisitos acordados. Embora os exemplosmostrados estejam sob o formato de fluxograma, outrosformatos mais adequados a situaes especficas podemser utilizados. Em determinadas situaes, uma apresen-tao em forma de texto pode ser mais apropriada doque em forma diagramtica. Da mesma forma, um flu-xograma pode ser complementado com textos.

  • NBR ISO 10005:1997 9

    NOTA - Convm que o plano da qualidade de servio tambm contenha descries e/ou referncias escritas a procedimentos ououtros documentos para as atividades no descritas do fluxograma, tais como:

    - controle de documentos;

    - rastreabilidade do produto;

    - envolvimento com terceiros;

    - no-conformidades;

    - auditorias da qualidade;

    - registros da qualidade;

    - responsabilidades da administrao.

    Figura A.1 - Exemplo de um modelo de plano da qualidade para um servio de manuteno

  • 10 NBR ISO 10005:1997

  • NBR ISO 10005:1997 11

    Figura A.2 - Exemplo de um formato para um plano de qualidade para produtos manufaturados

  • 12 NBR ISO 10005:1997

    Cont

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  • NBR ISO 10005:1997 13

    Figura A.4 - Exemplo simplificado do ciclo de vida de um software

  • 14 NBR ISO 10005:1997

    Tabela A.1 - Plano da qualidade para software - Referncia de atividades (ver figura A.4)

    Designado AutoridadeRef. Descrio de atividades Procedimento Comentrios para de

    aprovao

    1 Anlise crtica de contrato QM 5.2 Contrato M&P 1091 AMM

    2 Anlise crtica de planos PMM 5.4 GT

    3 Anlise crtica dos requisitos QM 5.3 Doc. Produo RS 001 SME

    4 Projeto PMM 5.6 Doc. Produo DS 001 UT

    5 Anlise crtica de projeto QM 5.6 Utilizar anlise crtica por expert SME

    6 Implementao do software SDM 5.6 Utilizar C++

    7 Anlise crtica dos cdigos QM 5.7 Utilizar inspeo Fagan

    8 Teste das unidades SDM 5.7

    9 Integrao do sistema SDM 5.7

    10 Teste do sistema QM 5.7 Utilizar dados do cliente

    11 Eliminao de QM 5.7no-conformidades

    12 Teste de aceitao do QM 5.8 Apenas acompanhamento dousurio cliente

    13 Transferncia tcnica PMM 5.9

    /ANEXO B

  • NBR ISO 10005:1997 15

    Anexo B(informativo)Bibliografia

    [1] NBR ISO 9000-1:1994, Normas de gesto da quali-dade e garantia da qualidade - Parte 1: Diretrizespara seleo e uso.

    [2] NBR ISO 9000-2:1994, Normas de gesto da qua-lidade e garantia da qualidade - Parte 2: Diretrizesgerais para a aplicao das NBR ISO 9001,NBR ISO 9002 e NBR ISO 9003.

    [3] NBR ISO 9000-3:1993, Normas de gesto da quali-dade e garantia da qualidade - Parte 3: Diretrizespara a aplicao da NBR ISO 9001, para o desenvol-vimento, fornecimento e manuteno de software.

    [4] NBR ISO 9000-4:1993, Normas de gesto da qua-lidade e garantia da qualidade - Parte 4: Guia paragesto do programa de dependabilidade.

    [5] NBR ISO 9001:1994, Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em projeto, desen-volvimento, produo, instalao e servios associa-dos.

    [6] NBR ISO 9002:1994, Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em produo, insta-lao e servios associados.

    [7] NBR ISO 9003:1994, Sistemas da qualidade - Mo-delo para garantia da qualidade em inspeo e en-saios finais.

    [8] NBR ISO 9004-1:1994, Gesto da qualidade e ele-mentos do sistema da qualidade - Parte 1: Diretrizes.

    [9] NBR ISO 9004-2:1993, Gesto da qualidade e ele-mentos do sistema da qualidade - Parte 2: Diretrizespara servios.

    [10] NBR ISO 9004-3:1994, Gesto da qualidade eelementos do sistema da qualidade - Parte 3: Dire-trizes para materiais processados.

    [11] NBR ISO 10007:1996, Gesto da qualidade - Diretri-zes para gesto da configurao.

    [12] NBR ISO 10011-1:1993, Diretrizes para auditoriade sistemas da qualidade - Parte 1: Auditoria

    [13] NBR ISO 10011-2:1993, Diretrizes para auditoriade sistemas da qualidade - Parte 2: Critrios paraqualificao de auditores de sistema da qualidade

    [14] NBR ISO 10011-3:1993, Diretrizes para auditoriade sistemas da qualidade - Parte 3: Gesto de pro-gramas de auditoria.

    [15] NBR ISO 10012-1:1993, Requisitos de garantia daqualidade para equipamentos de medio - Par-te 1: Sistema de comprovao metrolgica paraequipamentos de medio.

    [16] NBR ISO 10013:1995, Diretrizes para o desenvolvi-mento de manuais de qualidade.

    [17] IEC 300-21), Dependability programmemanagement - Part 2: Dependability programmeelements and tasks.

    1) A ser publicada.

    licenca: Licena de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda.Cpia impressa pelo sistema CENWEB em 06/05/2004