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NÚCLEO DE PESQUISA EM ESPIRITUALIDADE E SAÚDE (NUPES/UFJF)

Missão: O NUPES tem como missão desenvolver pesquisas interdisciplinares de excelência sobre as relações entre espiritualidade e saúde. Trabalha com uma ampla rede de pesquisadores nacionais e internacionais em busca de parcerias que permitam ao NUPES ser um centro de referência internacional em pesquisas em espiritualidade e saúde. Além de uma constante publicação em periódicos e livros científicos, conferências e apresentações em congressos, orientação e participação em bancas, o NUPES também provê informações atualizadas e confiáveis à população através de constantes entrevistas à imprensa falada, escrita e televisiva. O NUPES faz parte do Programa de Pós-Graduação em Saúde da UFJF. Coordenador: Alexander Moreira-Almeida

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2º Congresso Internacional de

Saúde e Espiritualidade

Desafios na Pesquisa em

Espiritualidade e Saúde

Realização:

Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde – NUPES/UFJF

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

Mais Comunicação

Fundação Imepen

Apoio:

Pauta Econômica

Núcleo de Estudo Interdisciplinar em Saúde Mental - Neisme

Ágape Psicologia

Juiz de Fora e Região – Convention & Visitors Bureau

Lean Market

Comissão Organizadora:

Presidente: Alexander Moreira-Almeida – UFJF, NUPES/UFJF

Pedrita Reis Vargas Paulino – NUPES/UFJF

Janaína Siqueira Rodrigues Martins – NUPES/UFJF

Andréia Nascimento – Mais Comunicação

Comissão Científica:

Alexander Moreira-Almeida – UFJF, NUPES/UFJF

Pedrita Reis Vargas Paulino – NUPES/UFJF

Organizadores do Caderno de Resumos e Abstracts:

Pedrita Reis Vargas Paulino – NUPES/UFJF

Andréia Nascimento – Mais Comunicação

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PROGRAMAÇÃO QUINTA-FEIRA 28/03/2019 Mentoria individual: Profs. Alexander Moreira-Almeida e Giancarlo Lucchetti (UFJF) Seleção prévia por CV lattes e projeto de pesquisa. 14 às 18:30h (14 mentorias de 35 minutos) Local: FAMED-UFJF SEXTA-FEIRA 29/03/2019 8:30h: Credenciamento 9:00h: Conferência “Investigando efeitos causais da religiosidade/espiritualidade sobre a saúde” Tyler VanderWeele (Harvard University - EUA) 10:30 h: coffee 11:00 h: MESA: Investigando impacto da R/E sobre a saúde - Coping religioso: 25 min (Luciano Vitorino - UFJF) - Prevenção, uso de substâncias: 25 min (Alexandre Rezende - UFJF) - impacto sobre evolução, mecanismos: 25 min (Janaína Siqueira - UFJF) 12:30 h: Almoço + Poster 14:30h: Investigando R/E no tratamento - Intervenções espirituais e religiosas: 25 min (Giancarlo Lucchetti - UFJF) - Psicoterapias adaptadas para espiritualidade: 25 min (Marianna Costa - UFRGS) - Intervenções espirituais e religiosas no final e vida (Daniele Corcioli - UFJF) 16:00h: Conferência: “Investigando o Florescimento Humano” Tyler VanderWeele (Harvard University - EUA) 17:30 Intervalo 18:00h: Investigando crenças e atitudes - Na população geral: 20 min (Mario Peres - Hospital Israelita Albert Einstein e USP) - População clínica e cuidadores: 20 min (Cristiane Schumann - UFJF) - Entre estudantes de graduação: 20 min (Alessandra Lucchetti – UFJF) - Entre profissionais de saúde: 20 min (Pedrita Reis - UFJF) 19:30h Encerramento do dia

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SÁBADO 30/03/2019 9:00 - 12:30h: Mini-Cursos

1) "Curso básico em Pesquisa em Espiritualidade em Saúde" (Alessandra Lucchetti,

Luciano Vitorino, Pedrita Reis)

2) "Curso avançado em Pesquisa em Espiritualidade em Saúde" (Giancarlo Lucchetti,

Mario Peres e Álvaro Avezum)

3) “Pesquisa em Experiência Espiritual e Relação Mente-Cérebro” (Alexander

Moreira-Almeida, Marcelo Maroco, Alessandra Mainieri, Saulo Araújo e Humberto

Coelho)

12:30 h: Almoço + Apresentação de Pôsteres 14:30h: Conferência: “Explorando a natureza das experiências espirituais: presente, passado e futuro” Alexander Moreira-Almeida (UFJF) 15:30 h: MESA: Desafios metodológicos em R/E e saúde - Experiências anômalas: 25 min (Everton Maraldi - USP) - Estudos qualitativos: 25 min (Bianca Paiva - Hospital Câncer Barretos) - Medidas de R/E: usos e abusos 25 min (Letícia Alminha - PUC-PR) 17:00h: coffee 17:30 h: Conferência - Internacionalização e excelência em pesquisa Alvaro Avezum (Dante Pazzanese) 19:00h: ENCERRAMENTO

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Resumos de Pôsteres

A abordagem da espiritualidade na formação dos profissionais da saúde

Autores: Tulio Loyola Correa1, Karol Levien Dora2, Roberta Duarte da Luz3, Mariana Souza de Oliveira4, Isabel Cristina de Oliveira Arrieira5 Instituição: 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Pelotas; 2. Acadêmica de Medicina da Universidade Católica de Pelotas; 3. Acadêmica de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas; 4. Acadêmica de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas; 5. Professora Associada da Universidade Católica de Pelotas INTRODUÇÃO: Considera-se importante na formação de profissionais da saúde explorar a relação entre saúde e espiritualidade. Proporcionando melhor qualificação para o atendimento da integralidade das pessoas, considerando-as em todas as suas dimensões. OBJETIVO: Identificar os conhecimentos e opiniões a respeito da temática saúde e espiritualidade em acadêmicos de cursos das áreas da saúde de Pelotas/RS. METODOLOGIA: O tema saúde e espiritualidade foi abordado com acadêmicos da área da saúde através de questionário elaborado e disponibilizado virtualmente (aplicativo Google Forms). Todos os participantes consentiram a utilização dos dados para pesquisa acadêmica. RESULTADOS: Ao todo, 159 acadêmicos responderam o questionário. A faixa etária dos estudados é de 18 a 59 anos. Desses; 120 (75,5%) eram do sexo feminino e 39 (24,5%), do sexo masculino. Também; 125 (78,6%) eram discentes da Universidade Federal de Pelotas e 34 (21,4%), da Universidade Católica de Pelotas. Além disso; 92 (57,9%) cursavam Medicina, 25 (15,7%) Psicologia e os demais, outros cursos da área da saúde (Nutrição, Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Medicina Veterinária). Quando indagados se já haviam tido contato com a temática saúde e espiritualidade em suas formações; 83 (52,2%) responderam não e 76 (47,8%), sim. Quando perguntados se já haviam vivenciado, em suas vidas acadêmicas, situação em que foram abordados aspectos espirituais de algum paciente; 85 (53,5%) responderam negativamente e 74 (46,5%), positivamente. No entanto, 118 (74,2%) acreditam que esse tema possui importância para suas formações. Também, 133 (83,6%) acreditam que há importância para os pacientes a abordagem de aspectos espirituais. CONCLUSÃO: Podemos afirmar que no ambiente acadêmico dos participantes da pesquisa, a temática saúde e espiritualidade ainda não é amplamente abordada. No entanto, quanto à opinião dos mesmos, essa temática deveria ser mais considerada e desenvolvida na academia. Palavras-chave: espiritualidade; saúde; acadêmicos

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A anamnese espiritual como base para o cuidado de saúde integral Autores: Marina Eduarda Santos1, Letícia Calazans Queiroz2, Instituição: 1. Discente Universidade Federal de Ouro Preto; 2. Discente Universidade Federal de Ouro Preto No Brasil, o campeão dos indicies sociais negativos no que tange à exploração sexual infanto-juvenil é a região Nordeste e deparamos com um crescente número de registros de casos de abuso e violência sexual também no cenário mundial. O abuso sexual infantil quando ocorre causa um impacto muito grande na saúde física e mental da criança e pode deixar marcas que interferem negativamente em seu desenvolvimento. O que seria considerado traumático derivaria tanto da experiência quanto da reação do sujeito ao evento em relação ao momento e às circunstâncias do fato as distorções precisam ser tratadas assim como o sentido de vida. Sobreviventes de abuso sexual frequentemente apresentam um ciclo de vitimização, perpetuando o abuso sexual de forma transgeracional com seus próprios filhos. Então surge a seguinte pergunta central deste trabalho: Qual a influência da dimensão no ética no sentido de vida em meninas que foram abusadas? Para a realização deste trabalho, será realizada uma revisão sistemática da bibliográfica a partir de artigos científicos, livros e trabalhos acadêmicos que abordam a temática do abuso sexual a luz da Psicologia Existencial Logoterapia. Dentro de uma apresentação delimitadas das políticas públicas do Brasil, com referências a liberdade, vontade, sentido de vida na espiritualidade. A Logoterapia busca acompanhar a pessoa na busca do sentido de vida vivenciado nos limites, assim Frankl (1978) e desenvolve o sentido do sofrimento e o concebe como fisico, mente e espiritual. Tendo como objetivo específico aprofundar nas bases teóricas do Existencialismo Logoterápico, estudar o abuso na infância, estudar da dimensão noética para ressignificação. Com tudo, este trabalho pretende mostrar as potencialidades e necessidades presentes no contexto da da saúde da família, evidenciando as contribuições de dimensão noética no que se refere a uma compressão integral do Ser Humano. Palavras-chave: DIMENSAO NOETICA, ESPIRITUALIDADE, ABUSO, INFÂNCIA

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A brasilidade na saúde: ciências e terapêuticas espirituais – controvérsias e afinidades” Autores: Tania Cristina de Oliveira Valente1, Stelio Alessandro Marras2 Instituição: 1. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 2. Universidade de São Paulo A religiosidade/espiritualidade é uma característica marcante da sociedade brasileira e as questões relacionadas à saúde predominam na busca de terapias chamadas de “espirituais” pela nossa população. Entretanto a medicina, assim como outras ciências (entre elas, as ciências sociais) ainda encaram estes tratamentos sob a ótica da “eficácia simbólica”, termo que, embora adequado (pois estas terapias são realmente eficazes, isto é, tem o resultado esperado); contribui para situar estas terapêuticas no plano das crenças, ou seja, de algo associado ao terreno da subjetividade, tornando difícil sua aceitação, análise e compreensão pela ciência médica; rígida em seus parâmetros de definição, como toda ciência moderna. Tomando como base os Science Studies, este projeto problematiza as relações entre as ciências e estas heterodoxias terapêuticas, defendendo a integração de saberes (médicos, sociológicos, antropológicos, das ciências das religiões, entre outros) para o debate sobre estes fenômenos, retirando-os do campo do “simbólico”/subjetivo e os colocando no campo do possível/eficaz; transcendendo, desta forma, a polarização entre ciência e cultura. Palavras-chave: terapias espirituais, science studies

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A dimensão noetica e o abuso sexual Autores: Maria Stephanie Barros Cartaxo1, Maria Cristina Barros Cartaxo2 No Brasil, o campeão dos indicies sociais negativos no que tange à exploração sexual infanto-juvenil é a região Nordeste e deparamos com um crescente número de registros de casos de abuso e violência sexual também no cenário mundial. O abuso sexual infantil quando ocorre causa um impacto muito grande na saúde física e mental da criança e pode deixar marcas que interferem negativamente em seu desenvolvimento. O que seria considerado traumático derivaria tanto da experiência quanto da reação do sujeito ao evento em relação ao momento e às circunstâncias do fato as distorções precisam ser tratadas assim como o sentido de vida. Sobreviventes de abuso sexual frequentemente apresentam um ciclo de vitimização, perpetuando o abuso sexual de forma transgeracional com seus próprios filhos. Então surge a seguinte pergunta central deste trabalho: Qual a influência da dimensão noética no sentido de vida em meninas que foram abusadas? Para a realização deste trabalho, será realizada uma revisão sistemática da bibliográfica a partir de artigos científicos, livros e trabalhos acadêmicos que abordam a temática do abuso sexual a luz da Psicologia Existencial Logoterapia. Dentro de uma apresentação delimitadas das políticas públicas do Brasil, com referências a liberdade, vontade, sentido de vida na espiritualidade. A Logoterapia busca acompanhar a pessoa na busca do sentido de vida vivenciado nos limites, assim Frankl (1978) e desenvolve o sentido do sofrimento e o concebe como físico, mente e espiritual. Tendo como objetivo específico aprofundar nas bases teóricas do Existencialismo Logoterápico, estudar o abuso na infância, estudar da dimensão noética para ressignificação. Com tudo, este trabalho pretende mostrar as potencialidades e necessidades presentes no contexto da da saúde da família, evidenciando as contribuições de dimensão noética no que se refere a uma compressão integral do Ser Humano. Palavras-chave: dimensão noética, espiritualidade, abuso, infância

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A espiritualidade nos bastidores do cuidado: trans(formando) a prática cotidiana em saúde Autores: João Vitor Andrade1, Ana Luiza Rodrigues Lins2, Érica Toledo de Mendonça3 Instituição: 1. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil; 2. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil; 3. Enfermeira. Doutora em Ciência da Nutrição. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil Introdução: a palavra espiritualidade se deriva do latim spiritus, que é a tradução do termo original hebraico “ruach”, que significa: alento, alegria, sopro de vida, dinamismo ou princípio vital. A mesma é uma dimensão intrínseca ao ser humano, não sendo possível o mesmo subsistir sem ela. Tanto que no decorrer dos tempos, notasse em nosso contexto social as múltiplas formas de demonstração e explicitação dessa espiritualidade, sobretudo em ambientes de cuidado, tais como os hospitais. Objetivo: relatar as observações oriundas dos bastidores do cuidado ante a espiritualidade num hospital oncológico. Método: trata-se de um estudo descritivo-observacional, com base na pesquisa bibliográfica, que utilizou a análise documental como técnica de pesquisa. A fonte primaria foi o diário de campo construído durante o desenvolvimento da pesquisa intitulada: “A espiritualidade sob a ótica da equipe de enfermagem que atua num hospital oncológico”. Como fontes secundárias foram utilizadas registro fotográficos e anotações digitais do pesquisador. Para subsidiar o tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo e categorização. O estudo respeitou os aspectos éticos. Resultados: nota-se que a instituição onde a pesquisa ocorreu carrega inúmeras histórias ligadas à espiritualidade, possibilitando no presente trabalho a formulação da categoria denominada “Espiritualidade institucional”, sendo a mesma dividida nas subcategorias: “Espiritualidade explicita”, que foi percebida por meio das frases, das fotos, das falas e da exposição de símbolos religiosos nas proximidades e na referida instituição do estudo; e “Espiritualidade implícita”, sentida nos ambientes, palpada no contato com a equipe clínica e ouvida nos sons que propiciavam o aconchego, paz e transcendência. Conclusão: a espiritualidade está aí, a todo e em todo tempo, sendo fundamental que a referida instituição mantenha sua forma de abordagem e demonstrar a mesma na prática do cuidar, visando a efetivação e valorização do cuidado holístico, conforme preceitos já estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. Palavras-chave: Espiritualidade; Saúde Holística; Empatia

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A espiritualidade presente nas experiências de morte e morrer Autores: Marcela Mamede de Araújo Moura1, Marianna Ramalho de Sousa2, Géssica Silva Cazagrande3, Thamires Politano de Sant'Anna Alves4, Juliana Fernandes de Souza5 Instituição: Universidade de Vassouras I: Sofrimento e morte fazem parte da existência humana. As pessoas buscam maneiras de enfrentar tais situações, sendo a espiritualidade uma das formas mais presentes. O paciente não tendo mais “ao que se agarrar” ou a quem recorrer deposita sua esperança na fé, encontrando, dessa forma, algum sentido e um pouco de conforto para dor e sofrimento vivenciados. O: Este trabalho tem por finalidade a análise da espiritualidade no enfrentamento da morte e suas implicações. M: Pesquisa na base de dados Google Acadêmico e Scielo com os descritores morte, religião e espiritualidade de 2005 a 2018. R: A espiritualidade permite ao indivíduo atribuir significado aos eventos, compreendendo-os como parte de um propósito mais amplo, mediante a crença de que nada ocorre ao acaso, possibilitando, ainda, a crença de que tais eventos podem levar a um crescimento pessoal, como sabedoria, equilíbrio e maturidade. Nesse sentido, os aspectos religiosos e espirituais do paciente são importantes quando se trata de morte – tanto em seu sentido denotativo quanto na morte simbólica – sendo um mecanismo de elaboração do luto na medida em que há uma ressignificação da doença, deixando esta de ser sinônima de finitude, mas representando esperança seja de alívio da dor ou até mesmo de uma nova vida. A espiritualidade é, assim, um mecanismo que propicia a ampliação do cuidado e do acolhimento à pessoa. C: Desse modo, é evidente que a espiritualidade é extremamente relevante no enfrentamento e aceitação da morte e suas consequências sendo uma ferramenta que permite ao profissional instituir uma relação médico paciente mais sólida e, assim, oferecer ao doente e sua família um melhor cuidado, baseado no conceito ampliado de saúde no qual o atendimento é realizado observando-se todas as dimensões do ser. Palavras-chave: Morte, Espiritualidade, Enfrentamento, Morrer

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A importância da espiritualidade para os estudantes de medicina Autores: Elena Zuliani Martin1, Paulo Othávio de Araújo Almeida2, Lucas Machado Vieira3, José Benedito Brália Júnior4, Flávio Silva Tampelini5 Instituição: 1. Discente de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (Câmpus Cuiabá); 2. Discente de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (Câmpus Cuiabá); 3. Discente de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (Câmpus Cuiabá); 4. Discente de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (Câmpus Cuiabá); 5. Docente de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (Câmpus Cuiabá) INTRODUÇÃO: Um tema que tem ganhado grande importância para a ciência médica atual é a espiritualidade. O que a torna um elemento importante na abordagem da prática clínica, assim, ela é um fator fundamental para o estabelecimento de uma boa relação médico-paciente e que resulta em melhora no processo de cura. OBJETIVO: Compreender a importância que os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso atribuem para a Espiritualidade durante a graduação e na abordagem com o paciente. MÉTODO: foi realizado um estudo exploratório, descritivo, transversal quantitativo por meio de aplicação de questionário previamente elaborado e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Faculdade de Medicina da UFMT (Nº 033674/2017), aplicado apenas aos participantes de acordo com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aplicado aos graduandos do primeiro ao quarto ano do curso, durante o período letivo 2017/1, atingindo 231 estudantes. RESULTADOS: Foram coletados 231 questionários. Destes, 37% considera muito pertinente abordar a espiritualidade com o paciente, sendo que 45% frequentemente sente vontade de fazê-lo enquanto 40% já o fez. Quando perguntados sobre a preparação para abordagem, 36% diz ser pouco preparado, sendo 53% e 37% diz não ter sido treinado para isso ou não possui conhecimento suficiente, respectivamente. Quanto ao processo de aprendizagem, 37% diz que os professores raramente abordaram o tema na graduação e que 51% refere não ter tido nada durante a formação e 73% dos entrevistados diz ter interesse em participar de uma liga de saúde e espiritualidade. CONCLUSÃO: A maioria dos estudantes de Medicina da UFMT consideram muito pertinente abordar a espiritualidade do paciente, inclusive manifestando interesse em fazê-lo, mas sentem-se despreparados para realizar essa intervenção. Isso deve-se à rara abordagem do tema durante a graduação pelos docentes e não cumprimento das diretrizes curriculares. Palavras-chave: Medicina; Espiritualidade; Educação Médica; Relações Médico-Paciente.

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A importância das ligas acadêmicas de espiritualidade: um levantamento de dados nas escolas médicas de São Paulo

Autores: Thaíssa Martins Miranda1, Leonardo Garcia Góes2, Paulo Othávio de Araújo Almeida3, Carlos Roberto Figueiredo Coelho4, Alberto Gorayeb de Carvalho Ferreira5 Instituição: 1. Acadêmica do Curso de Medicina do Campus Bragança Paulista da Universidade São Francisco, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Coordenadora regional do estado de São Paulo da AALEGREES. Presidente da LIASE-USF; 2. Acadêmico do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, Brasil. Coordenador regional do estado de São Paulo da AALEGREES. Presidente da LAMIE- CUSC; 3. Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá, Brasil. Coordenador Geral da AALEGREES. Presidente da LIASE-UFMT; 4. Médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCM-UERJ); 5. Médico formado pelo IMIP Pernambuco. Residente em psiquiatria pelo IMIP Pernambuco Introdução: A recente busca pela integralidade do cuidado na saúde perpassa pela dimensão espiritual. Estudos sobre fortalecimento da relação médico-paciente apontam para a importância da abordagem de questões espirituais com aumento da confiança e empatia mútua. Houve um aumento da produção científica sobre essa temática e da inclusão pelas Escolas Médicas na grade curricular. Com a supervisão de um professor e baseadas no tripé universitário, as Ligas Acadêmicas suprem essa necessidade e aprofundam-se no tema. Objetivos: Mapear a presença de Ligas Acadêmicas de Saúde e Espiritualidade (S&E) no estado de São Paulo. Método: Levantamento através de formulário eletrônico enviado às Ligas paulistas, abordando: faculdade, cidade, ano de fundação, número de membros e informações de produção científica e estágios. Resultados: Obtivemos respostas das 10 Escolas Médicas paulistas que possuem Ligas de S&E. Destas, 5 estão na cidade de São Paulo e as outras 5 estão em: Bragança Paulista, Taubaté, Catanduva, Presidente Prudente e Botucatu. 2 Ligas foram fundadas em 2015, 2 em 2016, 2 em 2017 e 4 em 2018. Em 5 faculdades somente a medicina participa; em 1, medicina e enfermagem; em 1, medicina, fisioterapia, biomedicina; e em 2 medicina, enfermagem, fonoaudiologia, biomedicina, tecnologias da saúde. Em 8 possuem projetos de pesquisa em andamento e em 6 há programas de extensão. Em relação ao ensino, 3 escolas possuem 6 aulas anuais, 3 são entre 14, 16 e 18 e 3 têm 40. Sobre as atividades práticas, 4 ligas têm de 10 a 20 horas anuais e 3 desenvolvem mais de 50 horas no ano. Conclusão: Depreende-se, portanto, que o surgimento das Ligas de S&E é um fenômeno recente e que acompanha as mudanças nos paradigmas de integralidade de cuidado. É imprescindível que as Universidades reflitam suas grades curriculares para se adequarem na abordagem da espiritualidade e desenvolvam capacitações para docentes. Palavras-chave: espiritualidade, estudante, universidades

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A influência da espiritualidade na saúde do indivíduo Autores: Thaíssa Martins Miranda1, Abissair Gabriel de Andrade2, Evaldo Pasquini Landi3, Fábio Augusto Martins4 Instituição: 1. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Coordenadora regional do estado de São Paulo da AALEGREES. Fundadora/ Presidente da LIASE-USF; 2. Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Vice-Presidente da LIASE-USF; 3. Médico pela Universidade Federal do ABC. Residência médica em clínica médica, hematologia e hemoterapia pela Universidade Federal de São Paulo. Mestrado em clínica médica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professor assistente na área de hematologia e clínica médica na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, São Paulo. Médico assistente do Centro Integrado de Oncologia de Bragança Paulista na área de onco-hematologia. Perito médico previdenciário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 4. Doutorado em Gestão pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal. Revalidado no Brasil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialização em Economia de Empresas pelas Faculdades Integradas do Triângulo e graduação em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro. Professor do Centro Universitário do Planalto de Araxá; 5. Introdução: O impacto da espiritualidade na saúde tem sido bastante abordado cientificamente e constantemente avaliado e documentado em inúmeros artigos que tentam demonstrar sua relação com vários aspectos da saúde física e psicossocial. Objetivos: Constatar o impacto e a influência da espiritualidade na saúde e na qualidade de vida de indivíduos da cidade de Bragança Paulista- SP. Método: Realizou-se um estudo transversal e descritivo exploratório, com amostra aleatória (76 pessoas), que frequentam os serviços de saúde do Hospital Universitário São Francisco de Bragança Paulista. Utilizou-se dois instrumentos de coleta de dados, desenvolvidos por WHOQOL SRPB Group em 2006 e validados em 2011. O primeiro, divido em 8 grupos com 4 perguntas cada: Conexão a ser ou força espiritual, Sentido na vida, Admiração, Totalidade e integração, Força espiritual, Paz interior, Esperança e otimismo e Fé. Para as respostas, utilizou-se a escala de Likert: 1 nada, 2 muito pouco, 3 médio, 4 muito e 5 completamente. Seis perguntas compõem o segundo instrumento: sexo, idade, estado civil, grau de escolaridade, situação laboral e autopercepção da saúde. Para identificar a correlação entre eles utilizou-se o BioEstat 5.3. Resultados: O score do primeiro com a idade do segundo instrumento, apresentou uma correlação forte, r (Pearson) = 0,7658 (0,8) com p-valor 0,0001, ou seja, quanto maior a idade maior a influência da espiritualidade no indivíduo. Mas, a autopercepção da saúde, apresentou uma fraca correlação, r = -0,2309; p-valor de 0,0447. Esses são os destaques em relação aos dois instrumentos. Conclusão: É nítido o impacto da espiritualidade na saúde dos indivíduos de Bragança Paulista- SP. Mesmo apresentando limitações na seleção da

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amostra, a similaridade dos resultados obtidos com outros estudos reforça sua validade. Salientamos a necessidade de mais pesquisas envolvendo espiritualidade, sobretudo em brasileiros, visto que, esta área apresenta um grande potencial a ser explorado. Palavras-chave: Espiritualidade; Qualidade de Vida; Impacto Psicossocial.

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A relevância da abordagem espiritual pela enfermagem junto a mulher com câncer de mama em cuidados paliativos: uma reflexão à luz do referencial do clinical caritas

Autores: Elaine Borges de Aguiar1, Luziete Damiana da Silva2, Natalia Porto de Souza3 Introdução: O estudo tem por objeto a relevância da abordagem espiritual realizada pela enfermagem junto à mulher com neoplasia de mama em cuidados paliativos, sob a luz do referencial Clínical Caritas Objetivos: Identificar se as mulheres com neoplasia de mama reconhecem a espiritualidade como fator diferencial no cuidado paliativo, de que forma o diagnóstico de neoplasia da mama pode impactar na saúde espiritual da mulher em cuidados paliativos e como o cuidado prestado pela enfermagem com abordagem espiritual baseada nos conceitos do Clínical Caritas contribui para a assistência à mulher com neoplasia da mama em cuidados paliativos Metodologia: Revisão de natureza bibliográfica, de abordagem qualitativa e caráter descritivo e exploratório. Os artigos foram pesquisados nos bancos de dados: MEDLINE, LILACS, BDENFe SCIELO, além de livros e manuais do Ministério da Saúde.com objetivo de selecionar os termos essenciais para coordenar a coleta de dados deste estudo. Sendo assim, foram utilizados os seguintes descritores: espiritualidade; cuidados paliativos; cuidados de enfermagem, câncer de mama. Resultados:Dentro desse contexto o enfermeiro desenvolve o seu fazer profissional centrado na qualidade de atuação do cuidado junto ao ser humano.Deste modo a dedicação e responsabilidade alinhada a uma boa fundamentação teórica agrega também a espiritualidade na priorização do cuidar.Onde foi observada a relevância e a necessidade de prestar ao usuário o cuidado de forma integral, visando o bem-estar físico, psíquico e espiritual.Conclusão Em busca de sua consolidação enquanto ciência do cuidar, o enfermeiro é uma peça chave do cuidado em sua magnitude. A estruturação se inicia na orientação ativa, sendo ferramenta agregadora na disseminação de conhecimento.Trazendo o cuidar, a humanização e a espiritualidade como prioridade, no sentido de um conhecimento amplo propicia a interação frente ao contexto inerente ao cuidado do ser humano em sofrimento. Palavras-chave: Espiritualidade, Cuidados paliativos, Cuidados de enfermagem, Câncer de Mama

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A religiosidade como fator de promoção de saúde mental no contexto da autorregulação de valores e comportamentos esperançosos de estudantes universitários brasileiros

Autores: Cleia Zanatta1, Prof. Dr. Pedro Rosário2, Mirelli Aparecida Neves Zimbrão3, Luciana Cordeiro Telles4, Jadair de Oliveira Fernandes5 Instituição: 1. Universidade Católica de Petrópolis; 2. Universidade do Minho-Portugal; 3. Universidade Católica de Petrópolis; 4. Universidade Católica de Petrópolis; 5. Universidade Católica de Petrópolis A pesquisa tem como foco de investigação conhecer a influência da religiosidade na promoção de saúde mental, inferida através de comportamentos autorregulatórios de valores e crenças esperançosas em estudantes universitários brasileiros. Como problema, definiu-se a questão: que relações se pode estabelecer entre estratégias autorregulatórias de valores e comportamentos esperançosos frente à vida, à partir da influência da religiosidade como promoção de saúde mental? Objetivou-se nesta investigação correlacionar a capacidade dos estudantes de se autorregularem em valores éticos com comportamentos pautados em crenças esperançosas para viver e verificar como esta correlação se comporta frente as variáveis sociodemográficas: importância da religião para viver, frequência em cerimônias religiosas ao longo do mês, participação em atividades oferecidas por alguma organização religiosa ao longo da vida. Acredita-se que as crenças e práticas religiosas impactam, positivamente, a saúde mental e o bem-estar e que, por decorrência, a tarefa autorregulatória de valores, que envolve o aprendizado de competências para atitudes mais previsíveis e autônomas por parte das pessoas, possa beneficiar a saúde mental e favorecer os comportamentos com características mais esperançosas para viver. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, correlacional realizada com 247 estudantes universitários brasileiros, cujos dados foram coletados através da ferramenta Survey Monkey, a partir da escala de autorregulação de valores construída e validada pelos pesquisadores cujos resultados foram comparados aos obtidos através da escala de comportamentos esperançosos, validada pelo grupo de pesquisa. A análise de dados foi feita com base no coeficiente de Pearson e os resultados demonstraram haver forte correlação entre autorregulação de valores e comportamentos esperançosos o que, por inferência, permite concluir sobre uma condição favorável de saúde mental da amostra investigada. Palavras-chave: autorregulação de valores; esperança; religiosidade

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A religiosidade e a espiritualidade no enfrentamento do câncer infantil: recursos para um cuidado humanizado?

Autores: Beatriz Mendes Pereira1, Geórgia Sibele Nogueira da Silva2 Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte O avanço científico na área da oncologia infantil levou a um aumento considerável das chances de cura. Contudo, a possibilidade de recuperação não atenua a necessidade de que a criança seja submetida a dores e sofrimentos advindos do impacto do diagnóstico, do tratamento e suas repercussões, exigindo que elas busquem recursos para enfrentar tais problemáticas. Diante desse contexto, este trabalho, fruto de uma dissertação de mestrado, tem como objetivo geral compreender se e como a espiritualidade e/ou a religiosidade, enquanto recurso de enfrentamento para as crianças em tratamento oncológico, pode contribuir para a efetivação de um cuidado humanizado e integral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que tem como colaboradores 9 crianças, entre 6 e 12 anos, hospitalizadas em um hospital infantil referência em oncologia na cidade de Natal/RN. Foi utilizada a entrevista narrativa mediada por recursos lúdicos: o “boneco-personagem” – como elemento mediador do diálogo – e o desenho. Para análise e interpretação das narrativas, recorreu-se à Hermenêutica Gadameriana. Como resultados, apreendeu-se que religiosidade é um aspecto que transita na fala das crianças, demonstrando um desconhecimento sobre o conceito, mas uma vivência da religião a partir da crença em Deus, da liturgia e aspectos morais presentes na instituição religiosa que frequenta, além da influência dos familiares sobre isso. Ademais, a crença na ajuda constante de Deus, em seu poder de cura, e nos propósitos que ele tem para a vida de cada pessoa foram estratégias sinalizadas por elas no enfrentamento do câncer. Por fim, espera-se que o presente estudo possa contribuir para trazer luz ao tema, viabilizando uma maior compreensão sobre como as dimensões da espiritualidade e religiosidade podem contribuir para a efetivação de um cuidado humanizado e integral destinado às crianças em tratamento oncológico.

Palavras-chave: câncer infantil; espiritualidade; religiosidade; enfrentamento, cuidado humanizado.

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A vivência da espiritualidade e religiosidade em pessoas esquizofrênicas: uma reflexão fenomenológico-existencial

Autores: Natália Guimarães Neves1, Ieda Tinoco Boechat2 Instituição: 1. Graduada do Curso de Psicologia do Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ); 2. Docente do Curso de Psicologia (UNIFSJ). Doutoranda e Mestra em Cognição e Linguagem (Uenf). Psicóloga Clínica e Terapeuta de Família Este artigo busca levantar reflexões sobre o existir da pessoa esquizofrênica, em especial, quanto às suas vivências espirituais e religiosas a partir da perspectiva fenomenológico-existencial em Psicologia. Assim, tomam-se por objetivos específicos: compreender a pessoa humana e o conceito de psicopatologia em fenomenologia; descrever esquizofrenia à luz da fenomenologia-existencial; distinguir espiritualidade de religiosidade; diferenciar o envolvimento religioso patológico do não-patológico; apontar o papel da psicoterapia para recuperação da liberdade de existir. Questiona-se, assim, o problema: de que modo a psicoterapia de base fenomenológico-existencial pode contribuir com a pessoa esquizofrênica considerando suas vivências espirituais e religiosas? A abordagem fenomenológico-existencial em Psicologia compreende a pessoa humana como abertura e, no modo de existir esquizofrênico, a impossibilidade de manter essa abertura compromete a liberdade de existir da pessoa. O interesse acadêmico por esse entrelaçamento da saúde do existente com a espiritualidade e/ou religiosidade levanta reflexões sobre como o cliente se relaciona com essas experiências, visto que esses conteúdos e práticas podem atuar de diferentes maneiras em suas vivências, desencadeando ou acentuando a patologia, ou favorecendo a construção de pontes que visem auxiliar nas limitações e sofrimentos experienciados no adoecimento existencial. Por meio de pesquisa bibliográfica, baseada na obra de autores como Cardinalli (2012), Crema (1985), Moreira-Almeida e Lucchetti (2016), Pompeia e Sapienza (2004), pode-se verificar a relevância da problemática que convida à compreensão da pessoa humana com todo o seu potencial de vir-a-ser, apontando a psicoterapia como processo de facilitação para que a pessoa esquizofrênica experiencie a totalidade do seu ser-no-mundo. Palavras-chave: modo de existir esquizofrênico, vivências espirituais e/ou religiosas, fenomenologia.

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Abordagem da espiritualidade em cuidados paliativos: revisão integrativa Autores: Luciana Aparecida Faria de Oliveira1, Márcia de Assunção Ferreira2 Instituição: 1. Mestranda da Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ; 2. Professora Doutora da Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ Introdução: O cuidado paliativo (CP) propõe a atenção integral à pessoa para alcançar o alívio de sofrimentos, controlando sintomas físicos, psicossociais e espirituais. Assim a dimensão espiritual (DE) tem sido reconhecida como fonte de recurso interno que ajuda os indivíduos a enfrentarem as adversidades, eventos traumatizantes e estressantes, relacionados ao processo saúde doença. Em vista disso, o cuidado de enfermagem se ressente de uma atuação mais assertiva com práticas de promoção da saúde espiritual dos clientes. Na literatura, se observa um discurso de valorização da Espiritualidade e profissionais com dificuldade de abordá-la na prática do cuidado. Objetivo: Identificar os conteúdos abordados na produção de enfermagem sobre a Espiritualidade no cuidado dos clientes oncológicos em CP. Método: Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados SciELO, LILACS, MEDLINE via PUBMED, BDENF, IBECS no mês de outubro de 2018, com os descritores: “espiritualidade”, “enfermagem” e “cuidados paliativos”. Critérios de inclusão: artigos completos, de acesso aberto, com foco na Enfermagem, recorte temporal de 2013 a 2018, idiomas português, inglês e espanhol. Critérios de exclusão: artigos em duplicidade. Encontrou-se 163 artigos e 13 atenderam aos critérios de inclusão. Resultados: Os enfermeiros consideram a espiritualidade como fonte de força e conforto. Identificam como estratégias o apoio da família, perdão, amor, suas crenças, fé e esperança como fortalecedores da DE. Informam não se sentirem preparados para lidar com a DE no atendimento aos clientes, pela ausência de um modelo de ação adequado que permita prosseguir fora dos próprios valores e crenças; tampouco protocolo assistencial. Faz-se necessários programas de educação sobre a temática da espiritualidade para a equipe de enfermagem. Conclusão: A abordagem da espiritualidade nos cursos de formação profissional possibilita ampliar conhecimentos, viabiliza debates aplicados às realidades assistenciais e construirá estratégias de cuidado para atender às demandas da clientela, fundamentadas em um campo teórico-conceitual. Palavras-chave: espiritualidade/ Enfermagem/ Cuidados paliativos

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Acolher para cuidar: uma abordagem do suicídio Autores: Paola Fernandes Machado1, Thaíssa Martins Miranda2, Higor Rodrigues Machado3, Lohanna Gutierrez4 Instituição: 1. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade de Uberaba. Coordenadora de comunicação do DA-AME BR; 2. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Coordenadora regional do estado de São Paulo da AALEGREES. Fundadora/ Presidente da LIASE-USF. Coordenadora de extensão do DA-AME BR; 3. Médico pela Universidade Federal de Uberlândia. Coordenador geral do DA- AME BR; 4. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade de Uberaba. Coordenadora geral do DA- AME BR Introdução: O suicídio representa um agravo de saúde mental de grande relevância em nossa sociedade. Observam-se números crescentes deste ato, que já ultrapassa o número de óbitos por homicídio ou de mortes em conflitos armados no mundo. Tendo em vista este cenário, torna-se importante falar mais sobre o assunto e desenvolver ações efetivas para modificar essa realidade. Objetivo: Através de mídias sociais criar ambiente seguro de troca de informações a respeito do suicídio e compartilhamento de publicações que visam valorizar a vida e poder se conhecer e se renovar a cada dia. Além disso, acolher aqueles que sintam necessitados de apoio e diálogo, levando orientações e amor. Método: Por meio do Departamento Acadêmico da Associação Médico Espírita (AME) do Brasil, oito acadêmicos elaboraram um total de 22 publicações em redes sociais, organizadas por temáticas: informações médicas, produções artísticas e conteúdo religioso em setembro de 2017 e 2018. Também foram elaboraram artes com chamadas para outras pessoas participarem da campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Como foi aberto espaço para o diálogo, profissionais da área da saúde mental ligados as AMEs, auxiliaram com a demanda que surgisse. Este grupo também auxiliou nas publicações, avaliando o conteúdo publicado e sugerindo alterações. Resultados: Houve um alcance, em média, de 16.199 pessoas nas 22 publicações, possibilitando a oportunidade de leitura e de aprofundamento no assunto, e 5 pessoas puderam conectar com profissionais para pedir auxílio e orientações. Conclusão: Foi observado o quanto a campanha obteve visibilidade nas redes sociais, demonstrando a importância destes meios de comunicação como ferramentas potentes de educação em saúde, como meio de contato e aproximação com pessoas que necessitam de cuidado, visto que durante as campanhas algumas pessoas, sobretudo jovens, se sentiram à vontade para contatar o grupo e compartilhar sentimentos e dificuldades, recebendo informações e orientações seguras. Palavras-chave: suicídio, acolhimento, espiritualidade

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Associação entre religiosidade e espiritualidade com sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com DPOC

Autores: Nélia da Silva Mendes1, Cristino Carneiro Oliveira2, Carla Malaguti3, Giancarlo Lucchetti4, Lucas dos Anjos Sena5 Instituição: 1. Universidade Federal de Juiz de Fora; 2. Universidade Federal de Juiz de Fora/ Campus avançado de Governador Valadares; 3. Universidade Federal de Juiz de Fora; 4. Universidade Federal de Juiz de Fora; 5. Universidade Federal de Juiz de Fora/ Campus avançado de Governador Valadares Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória que se caracteriza por uma limitação persistente ao fluxo aéreo. Apesar do acometimento primário do sistema respiratório, a DPOC leva a repercussões sistêmicas que contribuem para a debilidade do estado geral de saúde. Além dos efeitos físicos, estes pacientes apresentam alta prevalência de sintomas psicológicos como ansiedade e depressão, que estão associados com a frequência e duração das exacerbações da doença, além de maior risco de mortalidade pós alta hospitalar. Sabe-se que há associação entre o envolvimento religioso e espiritual com níveis de ansiedade e depressão em diferentes condições de saúde. Objetivo: investigar a influência da religiosidade e espiritualidade na ansiedade e depressão em pacientes com DPOC. Métodos: trata-se de um estudo transversal, com amostra consecutiva. Os participantes foram recrutados do ambulatório de DPOC do serviço de pneumologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora e do Centro de Referência em Doenças Endêmicas e Programas Especiais Dr. Alexandre Castelo Branco, em Governador Valadares, sendo necessário estar com quadro clínico estável. Os participantes realizaram o teste de espirometria e responderam a questionários sobre a religiosidade e espiritualidade, ansiedade e depressão. Resultados: Trinta e três pacientes foram avaliados. Foi encontrada correlação significativa entre o domínio “sentido/paz” da escala Functional Assessement of Chronic illnes Therapy-Spiritual Well-Being com a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) (r=-0,62; p≤0,001); domínio “Coping Religioso e Espiritual (CRE) Negativo” da Brief Scale for Spiritual/Religious Coping (Brief-RCOPE) com HADS (r=0,48; p=0,007) e domínio “Comportamento Religioso Não Organizacional (CNO)” da Duke Religion Index (DUREL) com domínio “Ansiedade” da HADS (r=0,40; p=0,025). Conclusão: Concluímos que bem-estar espiritual e CNO estão inversamente associados a ansiedade e depressão e que o CRE negativo está diretamente relacionado com ansiedade e depressão em pacientes com DPOC estável. Palavras-chave: DPOC; Ansiedade; Depressão; Espiritualidade

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Associação entre religiosidade e síndrome da fragilidade em idosos comunitários Autores: Raquel Reis1, Potira Tupinambás2, Marlon Anselmo3, Júlia Antunes4, Renata Antunes Lopes5 Instituição: Universidade de Itaúna INTRODUÇÃO: A espiritualidade é definida como uma busca pessoal para entender questões relacionadas à vida, às relações com o sagrado e com o transcendente. A religião engloba as práticas, rituais, símbolos e crenças que facilitam o acesso ao sagrado e a “religiosidade” é definida como a prática e crença com que o indivíduo vive determinada religião. No contexto do envelhecimento, a espiritualidade e a religiosidade estão diretamente relacionadas a fatores clínico-funcionais, sendo que os idosos que praticam alguma religião possuem uma melhora da saúde e bem-estar, melhora da qualidade de vida, menor probabilidade de usar antidepressivos e uma redução do índice de dor. OBJETIVOS: investigar a presença da Síndrome da Fragilidade, caracteriza o nível de religiosidade e verifica se há diferença entre os níveis da Síndrome da Fragilidade quanto à religiosidade. MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional transversal com subamostra de um projeto de iniciação científica das Clínicas Integradas de Fisioterapia da Universidade de Itaúna. Os instrumentos utilizados foram: Índice de Religiosidade de Duke, método FICA e o Fenótipo de Fragilidade. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 78 idosos com média de idade de 69,12 ± 6,53 anos e predomínio de mulheres (66,3%), casadas (61,6%) com baixo nível de escolaridade (56,3%) e baixa renda (60%)No diagnóstico de fragilidade, 12,8% foram considerados não-frágeis, 66,7% pré- frágeis, 20,5% frágeis. Na comparação entre os grupos, não houve diferenças significativas em relação à religiosidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que a maioria dos idosos avaliados são considerados pré-frágeis e não foram encontrados associação entre a Síndrome da Fragilidade e religiosidade.

Palavras-chave: síndrome da fragilidade, idosos, religiosidade

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Associação entre risco de suicídio e religião em pacientes soropositivos em acompanhamento ambulatorial

Autores: Ana Lucia Taboada Gjorup1, Thiago Engelke Fernandes2, Fernando Vieira Brasil3, João Otávio Sá dos Reis4, Julio Cesar Tolentino Junior5 Instituição: Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro Introdução: A infecção pelo HIV tornou-se uma doença crônica controlável. Contudo, a prevalência de suicídio nesta população é preocupante. Como religião tem sido considerado um fator protetor ao suicídio, foi realizado um estudo em foi investigada a relação entre afiliação religiosa e risco de suicídio (RS) em pacientes HIV positivos. Objetivo: Investigar a relação entre religião e risco de suicídio em pacientes soropositivos Método: Estudo transversal com pacientes HIV positivos em acompanhamento no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Foram avaliados: afiliação religiosa; avaliação do risco de suicídio (RS), através do módulo da entrevista padronizada MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview), incluindo análise de cada item e a estratificação do RS. Através do software SPSS 21®, foram utilizados teste qui-quadrado e teste t, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Participaram 136 pacientes, com predomínio do sexo masculino (60,3%). A idade variou de 23 a 76 anos (46,7±11,1 anos). Entre os pacientes que afirmaram afiliação religiosa (77,9%), as mais frequentes foram católica (n=46), evangélica (n=37) e espírita (n=10). Praticamente todos disseram acreditar em Deus (99,3%) e 73,5% relataram crer na “continuidade da vida após a morte”. Em toda amostra, 20,6% apresentaram RS (12,5% leve, 2,2% moderado e 5,9% grave). Afliação religiosa não foi associada à presença de RS pelo MINI (com ou sem RS). Contudo, o relato de afliação religiosa foi associado com menor chance dos seguintes itens do MINI para RS: “pensou em seria melhor estar morto(a)” (OR=0,33; IC95%:0,125-0,872;p=0,02) e “pensou em suicídio?” (OR=0,25,; IC95%:0,067-0,931;p=0,03). A pontuação do MINI para RS foi significativamente menor naqueles que afirmaram ter religião (p=0,049). Conclusão: Neste estudo foi identificada relevante prevalência de RS em pacientes HIV positivos em acompanhamento ambulatorial. Religião foi associada a menor chance de pensar em suicídio. Sugerimos, além da afiliação religiosa, incluir a investigação de religiosidade e espiritualidade nestes pacientes soropositivos. Palavras-chave: “risco de suicídio” "religião" "HIV"

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Avaliação da religiosidade como preditor de complicações pós-operatórias de cirurgias abdominais de grande porte

Autores: Juliana Rodrigues Correa1, Julio Cesar Tolentino Junior2, Anna Clara Ascendino Correa3, Jéssica Escórcio de Andrade4, Bruna Paola Santos Zonta5 Intituição: 1. Acadêmica UNIRIO – Medicina; 2. Professor e Doutor – UNIRIO; 3. Acadêmica UNIRIO – Medicina; 4. Acadêmica UNIRIO – Medicina; 5. Acadêmica UNIRIO - Medicina Introdução: Nos últimos anos a comunidade internacional tem testemunhado aumento em pesquisas sobre as relações entre Religiosidade/Espiritualidade e saúde, demonstrando relação predominantemente positiva em desfechos clínicos em saúde física e mental. Entretanto, ainda são escassos os estudos que explorem a relação R/E sobre os desfechos em pacientes submetidos à cirurgia abdominal de grande porte (CAGP) Objetivo: Avaliar a relação entre religiosidade e complicações pós-operatórias (CPO) de pacientes submetidos à CAGP. Métodos: Estudo longitudinal, realizado durante período de hospitalização de pacientes internados para realização CAGP. A coleta dos dados foi feita dentro de 48 horas da admissão hospitalar. Para religiosidade, foi aplicada a versão em português do índice de Religiosidade de DUKE (P-DUREL). Neste foram analisados religiosidade organizacional (RO, item 1), não organizacional (RNO, item 2) e intrínseca (RI, somatório dos itens 3, 4 e 5). A análise estatística foi realizada através do programa SPSS-21®, com o emprego do teste t e regressão logística, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Foram analisados 29 pacientes, com 59,7± 14,1 anos. 84% foi para cirurgia oncológica. Durante a internação, a prevalência de CPO foi de 44% (20,6%: infecciosas e 27,5%: não infecciosas). Em toda amostra os escores de RO, RNO e RI foram 3,4 ± 2,0 pontos, 1,8± 0,7 pontos e 3,7 ± 0,9 pontos, respectivamente. RO e RNO não se relacionaram com CPO (intervalo de confiança de 95%-IC95%:0,68-1,5 e IC95%: 0,36-4,1, respectivamente). RI também não foi preditora destas complicações. Conclusão: Religiosidade não foi considerada preditora de CPO em pacientes submetidos a CAGP. Como há escassez de dados na literatura nesta população, o trabalho segue em investigação e incluirá verificação das dimensões da espiritualidade como preditores de CPO e mortalidade. Palavras-chave: Cirurgia Abdominal; Religiosidade; Complicações pós-operatórias

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Avaliação da religiosidade e espiritualidade de pacientes ambulatoriais de uma clínica escola da cidade de Montes Claros/MG

Autores: Carlos Eduardo Mendes D’Angelis1, Ludmilla Beatriz Silva Fonseca2, Samuel da Silva Gomes3, Kennedy Azevedo Amorim4, Pablo Peron de Paula5 Instituição: 1. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES); 2. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES); 3. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES); 4. Faculdades Integradas Pitágoras (FIPMOC); 5. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) Introdução: A espiritualidade e a religiosidade estão associadas a uma melhor saúde mental e física. Estudos comprovam estes benefícios em relação a doenças do coração, infarto, pressão sanguínea, funções imunes e neuroendócrinas, dor, debilidade física, câncer, doenças infecciosas e mortalidade. Objetivos: Este estudo objetivou avaliar a religiosidade e a espiritualidade de pacientes ambulatoriais de uma clínica escola da cidade de Montes Claros/MG. Metodologia: Utilizou-se um delineamento quantitativo experimental para esta pesquisa, sendo realizada com 100 pacientes em atendimento no Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP). Aplicou-se um questionário contendo dois instrumentos (versões traduzidas e validadas) o Duke Religion Index e o Spirituality Self Rating Scale. Protocolo de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº 2.511.467. Resultados: Os dados de religiosidade demonstraram que 62% dos pacientes frequentam instituições religiosas uma ou mais vezes por semana e que 76% dedicam uma vez ao dia ou mais a atividades religiosas pessoais ou individuais, como preces, orações e/ou meditações. A religiosidade intrínseca (RI) dos participantes obteve média de 8,50 (± 3,32 DP) pontos numa escala de 3 (menor RI) a 15 (maior RI). O escore de espiritualidade, que pode variar de 6 a 30, foi de 24,00 (± 3,66 DP), valor considerado alto em relação ao estudo original de validação da escala. Conclusão: Evidenciou-se, portanto, a valorização da espiritualidade pelos pacientes avaliados. A importância dada pelos pacientes a vivência da religiosidade pode contribuir para a qualidade de vida e enfrentamento das condições de estresse. Palavras-chave: Espiritualidade, Religião e Medicina, Pacientes

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Ayahuasca e dependência química: uma análise da produção científica brasileira Autores: Leonardo Ferreira Souza1, Ramos Delgado da Silveira2, Alberto Mesaque Martins3 Instituição: Faculdade Pitágoras de Betim A dependência química é um grave problema social que alcança um grande número da população brasileira e também mundial. Juntamente às estratégias governamentais vemos crescer também o número de métodos terapêuticos não convencionais para combater a dependência química. Dentre os tratamentos integrativos da dependência química destacam-se aqueles pautados no uso de substâncias químicas ou psicoativas, como a Ayahuasca. Nesse contexto, esse estudo tem como objetivo identificar e analisar a produção científica brasileira sobre o uso da Ayahuasca no tratamento da dependência química. Na perspectiva da pesquisa de revisão integrativa, foram analisados sete estudos, identificados nas bases de dados PePsic, SciElo e Lilacs, por meio de buscas sistemáticas com as palavras-chaves “Ayahuasca” e “Santo Daime”, sem recorte temporal. Os estudos apontam para o potencial da Ayahuasca, como terapêutica integrativa no tratamento da dependência química. Os efeitos terapêuticos do chá não se reduzem às reações físicas, mas a todo um contexto ao qual as práticas ritualísticas do uso estão inseridas. Nesse sentido, os estudos analisados revelam que uso da bebida, produz nos dependentes um conjunto de experiências que contribuem para o enfrentamento da dependência química, tais como tomada de consciência, processo de limpeza física e mental, reestruturação de relações sociais e afetivas, inserção em um grupo e comunidade religiosa, entre outros aspectos. O chá produz alguns efeitos de “purgação” que assumem o papel de limpeza ou purificação no indivíduo. As mirações mostram ao sujeito os aspectos disfuncionais e indicam formas de mudá-los. Os estudos concordam que o uso terapêutico e religioso da ayahuasca é eficaz e que ele não atua como uma terapia de substituição, mas sim como terapêutica integrativa e complementar. Por fim, nota-se que é preciso ainda mais estudos sobre o uso da Ayahuasca como ferramenta no tratamento da dependência química. Palavras-chave: Ayahuasca; Dependência Química; Psicologia Social; Revisão

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Benefícios oriundos da espiritualidade ante a síndrome de burnout em enfermeiros: uma revisão de literatura

Autores: João Vitor Andrade1, Ana Luiza Rodrigues Lins2, Luiza Possa Pereira3, Eduardo Frias Corrêa Oliveira4, Robert Martins Vilar5 Instituição: 1. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, MG; 2. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, MG; 3. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, MG; 4. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, MG; 5. Estudante de graduação do curso de Enfermagem na Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Introdução: atualmente múltiplas pesquisas em âmbito mundial têm analisado a satisfação e o estresse profissional, visto que estes estão correlacionados ao nível de qualidade de vida do trabalhador. A Síndrome de Burnout (SB), constitui-se em um dos desdobramentos mais comuns em relação ao estresse ocupacional, sendo ocasionada pelo estresse prolongado e crônico. Normalmente pelas múltiplas atribuições e demandas os profissionais da saúde são bastante acometidos pela SB, principalmente o profissional enfermeiro em decorrência das longas jornadas de trabalho e sobrecarga. Objetivo: ante ao exposto objetivou-se analisar a produção cientifica concernente aos benefícios oriundos da espiritualidade ante a SB em enfermeiros. Método: este estudo, constitui-se em uma revisão integrativa da literatura, realizada na Biblioteca Virtual da Saúde. Por meio dos descritores: Burnout, Enfermagem e Espiritualidade, sendo os mesmos relacionados pelo operado booleano AND. Não houve seleção de período temporal e o levantamento dos dados ocorreu no mês de novembro de 2018. Resultados: foram encontrados 14 artigos, sendo que após a leitura na integra, foram selecionados 9 por estarem diretamente relacionados com a temática em estudo. A SB relaciona-se com os profissionais da área de saúde, principalmente pelas características inerentes à profissão como: convívio intenso com pacientes, interações emocionais e falta de tempo livre para descanso. Quanto os benefícios da espiritualidade, nota-se que a enfermagem à incorporou em suas práticas assistências à saúde, tanto no cuidado ao paciente, quanto no autocuidado entre os próprios profissionais, produzindo repercussões na saúde mental do profissional, contribuindo no aumento da satisfação profissional, alívio do estresse e consequentemente, na redução da SB entre a classe. Conclusão: evidenciou-se que a espiritualidade se apresenta como uma importante ferramenta de suporte psicológico para os profissionais de enfermagem, auxiliando no enfrentamento aos sintomas da SB e na melhoria da qualidade dos profissionais. Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Enfermagem; Síndrome de Burnout; Espiritualidade

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Cinco minutos com Deus: percepções das mulheres sobreviventes ao câncer de mama acerca do autocuidado e espiritualidade

Autores: Simone Meira Carvalho1, Larissa de Oliveira Resende2, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt3, Ana Paula de Sousa Silva Baquião4, Fabiane Rossi dos Santos Grincenkov5 Instituição: 1. Docente - Faculdade de Fisioterapia – UFJF; 2. Acadêmica - Faculdade de Fisioterapia – UFJF; 3. Docente – Faculdade de Enfermagem – UFJF; 4. Doutoranda – Programa de Pós-graduação em Psicologia – UFJF; 5. Docente – Faculdade de Psicologia – UFJF O câncer de mama é considerado problema de saúde em nível mundial, sendo o de maior incidência e mortalidade no sexo feminino. É uma doença estigmatizada e, juntamente com seus tratamentos agressivos, acarreta alterações nos aspectos biopsicossociais que envolvem a mulher, inclusive questões acerca do autocuidado. Essa pesquisa propôs compreender a percepção das mulheres acometidas por câncer de mama sobre o autocuidado e os fatores para enfrentamento da doença e das implicações dos tratamentos. Participaram do estudo 10 mulheres acometidas pelo câncer de mama, submetidas à mastectomia, com ou sem reconstrução, atendidas no ambulatório de Fisioterapia do HU/UFJF. Para análise qualitativa foi realizada a Análise de Conteúdo, de onde surgiram as categorias: "Incertezas: o nascer do sol virá?", "Autocuidado" e "Cinco minutos com Deus: espiritualidade e motivação para vida". Como resultado, observou-se que a neoplasia mamária desencadeia incertezas quanto à finitude da vida, às perspectivas de futuro, ao diagnóstico e suas terapêuticas. Efeitos adversos surgem da abordagem terapêutica agressiva, acarretando sintomas como fadiga, depressão, limitação na movimentação do braço e na funcionalidade, causando sentimento de incapacidade. A fragilidade em todos os segmentos da vida mulher podem gerar desânimo para realizar as ações de autocuidado, fundamental para adesão ao tratamento e recuperação da saúde. É importante a rede de apoio com o intuito de fornecer motivação e suporte, incentivando a realização das práticas de autocuidado. Os grupos de apoio constituem uma ferramenta de aceitação do diagnóstico, compreensão do tratamento e acolhimento que, associados à perseverança, resiliência e otimismo fornecidos pela fé e espiritualidade, configuram estratégias de enfrentamento que favorecem adesão ao tratamento. Conclui-se que as estratégias de enfrentamento representadas pela rede de apoio, religiosidade/espiritualidade, ações de autocuidado e ressignificação de suas vidas foram fundamentais para as mulheres prosseguirem nessa trajetória de combate ao câncer. Palavras-chave: Autocuidado; Espiritualidade; Neoplasia mamária

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Concepções de profissionais de saúde acerca da influência da religiosidade e espiritualidade no tratamento de crianças com câncer

Autores: Graziele Carolina de Almeida Marcolin1, Thaís Amanda de Assis2 Instituição: 1. UFMG; 2. UNIPAC A literatura atual tem demonstrado que existem grandes influências (positivas e negativas) concernentes às crenças religiosas e espirituais no tratamento de enfermidades, como é o caso do câncer. Diante desse pressuposto o presente estudo apresenta por objetivo conhecer, analisar e compreender as concepções de profissionais de saúde acerca do uso da religiosidade e espiritualidade no tratamento de crianças com câncer. Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão sistemática de literatura, abordando de maneira efetiva aspectos concernentes ao presente tema. Como principais resultados observou-se que, crianças em processo de internação para tratamento oncológico já se encontram fragilizadas devido ao próprio processo de internação. A doença não apenas “machuca” o corpo, mas também a mente e emocional desses pacientes no setor infantil. O rompimento com o contexto familiar e com a rotina diária, traz consigo a estes clientes tristezas e frustrações, fatores que podem interferir negativamente no tratamento desta doença. Diante disso, estudos tem sugerido que o uso da religiosidade e da espiritualidade para com crianças em processo de internação para tratamento oncológico tem influenciado positivamente no processo de cura dessa clientela. Além disso, a religiosidade no tratamento dessas crianças tem demonstrado que, não apenas a saúde, mas a mente desses pacientes pode ser tratada, minimizando não apenas a dor da internação, mas também provendo esperança de cura diante do mau dessa doença. Assim conclui-se que a espiritualidade e a religiosidade, mesmo quando utilizada como subsídio para o tratamento de crianças, pode auxiliar no processo de cura dessa clientela e melhorar seu quadro clínico ante o processo de internação. Palavras-chave: Espiritualidade. Tratamento. Crianças. Câncer.

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Coping religioso/espiritual de pacientes ambulatoriais de uma clínica escola da cidade de Montes Claros/MG

Autores: Carlos Eduardo Mendes D’Angelis1, Ludmilla Beatriz Silva Fonseca2, Samuel da Silva Gomes3, Kennedy Azevedo Amorim4, Pablo Peron de Paula5 Instituição: 1. Universidade Estadual De Montes Claros – Unimontes; 2. Universidade Estadual De Montes Claros (Unimontes); 3. Universidade Estadual De Montes Claros (Unimontes); 4. Faculdades Integradas Pitágoras (Fipmoc); 5. Universidade Estadual De Montes Claros (Unimontes) Introdução: A espiritualidade e a religiosidade são fatores que contribuem para o enfretamento de doenças através de estratégias cognitivas e comportamentais utilizadas pelos indivíduos para melhor manejo da situação. Este enfrentamento, definido como Coping Religioso/Espiritual (CRE) está associado com melhores índices de qualidade de vida, saúde física e mental. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar o CRE de pacientes ambulatoriais de uma clínica escola da cidade de Montes Claros/MG. Metodologia: Utilizou-se um delineamento quantitativo experimental para esta pesquisa, sendo realizada com 100 pacientes em atendimento no Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP). A coleta de dados foi realizada através de questionário socioeconômico e pela Escala CRE – Breve. Protocolo de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº 2.511.467. Resultados: A maioria dos participantes era do gênero feminino (85%) e 58% com idade acima entre 18 e 40 anos. Quanto ao nível de escolaridade, 36% apresentaram segundo grau completo e 18% nível superior completo. A filiação religiosa mais referida foi a católica (60%) e 51% eram casados. A utilização do CRE positivo (CREP) teve média de 3,35 (+ 0,52 DP) e mediana 3,35. O CRE negativo (CREN) utilizado pelos pacientes foi considerado baixo, com média de 2,09 (+ 0,48 DP) e mediana 2,0. A razão CREN/CREP teve média de 0,62 (+ 0,11 DP) e mediana 0,60. Conclusão: Os pacientes avaliados valorizam a religiosidade/espiritualidade, tendo em vista a utilização de estratégias de CRE de forma elevada para a adversidade vivenciada no processo de enfrentamento da doença. A alta utilização do CRE destaca-se pela utilização de estratégias de enfrentamento positivas. Palavras-chave: Estratégias de Enfrentamento. Religião e Medicina. Pacientes.

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Correlação entre as dimensões da síndrome de Burnout e da espiritualidade em estudantes de Medicina

Autores: Ana Lucia Taboada Gjorup1, Fernando de Sousa Neto2, Lucas Lameirão Pinto de Abreu Rosas3, Larissa Cristine de Souza Lopes4, Julio Cesar Tolentino Junior5 Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: A faculdade de medicina é conhecida pela alta cobrança no desempenho acadêmico dos discentes. Por isso, tem sido descrita a possibilidade de surgimento, em algum momento da graduação, da síndrome de Burnout (SB). Desta forma, entre estudantes de medicina, é possível que dimensões da SB esteja relacionado com aquelas obtidas através da avaliação da sensação de bem-estar espiritual. Objetivo: Verificar a correlação entre dimensões de bem-estar espiritual e da síndrome de Burnout em estudantes de medicina. Método: Estudo transversal, com alunos do curso de graduação em medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Aplicou-se o Maslach Burnout Inventory - Student Survey (MBI-SS) para diagnóstico de SB e suas dimensões (“exaustão emocional”- EE; “descrença”- DC; “eficácia acadêmica”- EA). Utilizou-se Functional Assessment of Chronic ILLness Therapy- -Spiritual Well –Being (FACIT-Sp) para avaliação de bem-estar espiritual e das seguintes dimensões: “propósito/sentido de vida”, “paz” e “fé”. Realizou-se análise estatística através do programa SPSS-21® com emprego do teste t, coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman) e teste qui-quadrado. Nível de significância de 5%. Resultados: Participaram da pesquisa 21 discentes da graduação em medicina, a média de idade dos participantes de 21,6 ± 2,9 anos, com prevalência de 50% para os sexos. A prevalência de SB foi de 28,6%. Nesta amostra, 38,5% relataram ter afiliação religiosa. Esta não foi associada com SB (p=0,56). Ajustando para sexo e idade, foi encontrada significativa correlação negativa entre as dimensões EE e “paz” (r=-0,76; p<0,001) e as dimensões DC e “propósito ou sentido de vida” (r=-0,57; p<0,01). Houve correlação positiva significativa entre as dimensões EA e “fé” (r=0,49; p=0,03). Conclusões: Observou-se correlação entre as dimensões de bem-estar espiritual e síndrome de Burnout no estudo. Dimensões da espiritualidade, possivelmente, tenham relação específica a diferentes dimensões que envolvem a síndrome de Burnout nos estudantes de medicina. Palavras-chave: Espiritualidade; Burnout; estudantes de medicina

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Efeitos de mindfulness sobre a saúde mental dos estudantes de medicina: uma revisão sistemática

Autores: Yuri Silva Dutra1, Ana Rosa Airão Barboza2 Instituição: 1. Discente, Escola de Medicina e Cirurgia - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 2. Docente, Escola de Medicina e Cirurgia - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: Atualmente, estudantes de medicina apresentam altas taxas de depressão e ideação suicida, além de outros transtornos psicológicos. Visto a gravidade do quadro, os impactos de diferentes modalidades terapêuticas não-farmacológicas sobre a saúde mental desta população vêm sendo estudados, com resultados aparentemente positivos. Objetivo: Reunir os efeitos de intervenções cujo principal componente seja a meditação baseada em mindfulness sobre a saúde mental dos estudantes de medicina. Métodos: Revisão sistemática utilizando as bases de dados online Pubmed, Scielo e Lilacs para a busca de artigos com uma combinação das palavras-chave “Mindfulness” e “Medical students”. Resultados: Após a leitura de títulos e resumos e a análise dos textos completos, foram incluídos nove artigos. Todos os estudos foram realizados como testes pilotos das intervenções ou em cenários de pesquisas. Houve grande variedade na duração e conteúdo dos programas, na experiência e treinamento dos instrutores e nos desfechos analisados. Dentre as facetas da saúde mental investigadas em dois ou mais artigos, constatamos: melhora unânime de autocompaixão e desconforto psicológico; em cinco de seis trabalhos, redução do estresse; em dois de três, diminuição da ansiedade; e em dois de quatro, aumento da atenção plena. Somente um trabalho encontrou piora de estresse, felicidade, qualidade de vida mental e empatia, porém sem comparação com grupo-controle. Resiliência e depressão não foram influenciadas pelas intervenções. Apenas um estudo relatou não ter encontrado efeitos adversos. Conclusão: Apesar dos resultados mostrarem intervenções baseadas em mindfulness como promissoras para melhoria da saúde mental dos estudantes de medicina, ainda é cedo para recomendar que essa técnica seja amplamente implementada pelas faculdades. Para melhor sustentar sua aplicação, são necessários estudos que avaliem esses programas em cenários de comunidade, comparando com controles ativos, monitorando efeitos adversos e descrevendo com fidelidade todas as características do modelo de aplicação de mindfulness desenhado. Palavras-chave: "Mindfulness", "Estudantes de Medicina", "Saúde Mental"

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Entre o divino, o diabólico e o patológico: significação e sofrimento psíquico em ambientes evangélicos

Autor: Silvana Paula da Silva Siqueira Instituição: Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (InterPsi), Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo (IP-USP) O presente estudo visa compreender a forma como as experiencias anômalas se dão dentro de ambientes evangélicos pentecostais, bem como, compreender como estas experiencias são nomeadas e acolhidas dentro das igrejas, tanto pelos fiéis quanto por suas lideranças. Em um país como o Brasil, onde a religião evangélica ocupa o segundo lugar em número de fiéis, constituindo assim um importante papel na construção cultural e histórica do nosso povo, conhecer essas práticas e os impactos que as tais causam tanto no sujeito, como individuo, quanto no sujeito como membro de um grupo faz-se necessário. Para tal compreensão propomos um estudo de caso com alguns membros das seguintes igrejas: Atraindo as Nações para Deus, Assembleia de Deus e Igreja Nasci para Deus (todas evangélicas), sendo 6 respondentes por contexto, totalizando 18 participantes e observações feitas durantes cultos evangélicos onde as experiências anômalas ocorram, afim de nos aprofundarmos na forma como os mesmos dão conta de explicar e interpretar as tais. O estudo será feito através de entrevistas semi-dirigidas, com questões que visam conhecer empiricamente os impactos destas práticas e com a análise de relatórios de observação feitos durante cultos evangélicos nos quais as experiências se dão. Os dados extraídos deste estudo serão usados como contribuição no processo de identificar quando e se, essas práticas acarretam sofrimento psíquico aos sujeitos que as vivenciam, assim como, para identificar quando essas práticas são vistas pelo ambiente evangélico e por seus fiéis como algo Divino, Diabólico ou Patológico. Com está pesquisa além de ampliar os conhecimentos da comunidade cientifica a respeito destas práticas religiosas, tão presentes em nossa cultura, também pretendemos incentivar que novas pesquisas se voltem para a análise das experiências anômalas, que variam entre extrassensoriais e extramotoras, dentro de contextos evangélicos. Palavras-chave: Experiências Anômalas; Religião; Evangélica; Divino; Patológico.

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Espiritualidade de pacientes com câncer: evidências clínicas Autores: Gunnar Glauco De Cunto Carelli Taets1, Larissa Menezes Vaz2, Cassia Quelho Tavares3 Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: O diagnóstico de câncer tem grande impacto para o paciente quando comparado ao diagnóstico de outras doenças, o que pode ser explicado pela grande associação da doença com a dor e a morte. O conceito de espiritualidade evolui a partir de investigações clínicas que procuram compreender o significado e o impacto da espiritualidade na vida de indivíduos doentes. Objetivo: Avaliar o nível de espiritualidade de pacientes com câncer em um Hospital Geral da Região Norte do Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa realizado durante os meses de agosto e setembro de 2018. Participaram do estudo 65 pacientes que responderam as questões da Escala de Avaliação da Espiritualidade em Contextos de Saúde por meio de entrevista. Trata-se de um instrumento que contém cinco itens, cujas respostas são obtidas em uma escala do tipo Likert com quatro alternativas (de um a quatro), entre “não concordo” a “concordo plenamente”; assim o ponto médio é de 2,5. Valores inferiores a esse ponto de corte correspondem a escores baixos e valores superiores a escores elevados. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, parecer nº 2.821.570. Resultado: O valor total médio encontrado no estudo foi de 16,98 ± 2,71. A média para cada questão foi de 3,39 ±0.49. Conclusão: A espiritualidade pode representar um refúgio para pacientes com câncer servindo como força em momentos difíceis do tratamento uma vez que o estudo apontou que os pacientes apresentam nível elevado de espiritualidade. Palavras-chave: Espiritualidade, Câncer, Práticas Baseadas em Evidências.

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Espiritualidade diante do processo de morte do paciente oncológico: significado para a equipe de enfermagem

Autores: Thayenne Barrozo Mota Monteiro1, Maira Buss Thofehrn2, Manuela Gomes Campos Borel3, Isabel Cristina de Oliveira Arrieira4, Neyla Cristina Carvallo Viana5 Instituição: 1. Universidade Federal de Juiz de Fora; 2. Universidade Federal de Pelotas; 3. Universidade Federal de Juiz de Fora; 4. Universidade Federal de Pelotas; 5. Universidade Federal de Pelotas INTRODUÇÃO: Embora o câncer seja considerado um problema de saúde pública e de alta complexidade, existem pacientes que alcançam a cura, não regredindo à óbito. Porém, tratando-se de pacientes em processo de morte, no qual esgotam-se as possibilidades científicas para a cura, o cuidado em saúde busca o controle de sinais/sintomas, valorização de questões psicossociais e espirituais dos pacientes e acompanhantes. Nessa perspectiva, a assistência deve envolver o transcendental; a espiritualidade. Uma vez que o cuidado de enfermagem age tanto na subjetividade, no físico e no material, bem como na espiritualidade por estar comprometido com a multidimensionalidade. Assim, a Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky, e suas ferramentas mediadoras, oportunizam a construção do sentido e significado da espiritualidade para a equipe de enfermagem diante desse paciente. OBJETIVO: Construir o significado de espiritualidade para a equipe de enfermagem frente ao processo de morrer dos pacientes oncológicos. METODOLOGIA: Trata-se de um projeto de pesquisa em andamento, de abordagem qualitativa baseado na revisão de literatura com o método científico “Scoping review”, nas bases de dados Scielo, Pubmed e Medline. A pesquisa conta com entrevistas em profundidade à equipe de enfermagem que presta assistência ao paciente oncológico. A coleta de dados ocorrerá entre janeiro e maio de 2019, o cenário será uma entidade privada, filantrópica que presta atendimentos oncológicos de um município de Minas Gerais. A pesquisa segue os princípios éticos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde sobre Pesquisa com Seres Humanos e da Resolução COFEN 564/2017- Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. RESULTADO/CONCLUSÃO: Pretende-se construir o significado da espiritualidade fortalecendo as intervenções da equipe de enfermagem ao envolvê-la na assistência, assim resultar em melhores práticas e conforto entre os pacientes, seus acompanhantes e profissionais de saúde. Palavras-chave: Assistência terminal; Terminalidade; Oncologia; Espiritualidade; Enfermagem.

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Espiritualidade e religiosidade na prática clínica em saúde mental: o olhar da terapia cognitivo-comportamental

Autor: Edson Sigueyoshi Hamazaki Instituição: Universidade de São Paulo A espiritualidade e a religiosidade podem determinar crenças que se constituem um modelo de como o indivíduo significa e organiza as informações, influenciando suas percepções e impactando na sua saúde mental. A população brasileira tem na religiosidade um referencial muito importante, considerando que 90% dela, diz estar vinculada a alguma religião. Este trabalho teve como objetivo estudar a literatura existente sobre estudos empíricos que fizessem uma abordagem sobre como a espiritualidade e a religiosidade vem sendo consideradas na prática clínica em saúde mental, especialmente dos profissionais que utilizam a terapia cognitivo-comportamental. Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura existente sobre estudos empíricos que buscam abordar como a religiosidade e a espiritualidade são consideradas na prática clínica desses profissionais. As pesquisas analisadas demonstram que um número cada vez maior de pesquisadores, nacional e internacionalmente, vem se dedicando a essas investigações, deixando clara a importância desses temas na prática clínica em saúde mental. No que diz respeito especificamente à terapia cognitivo-comportamental, quando relacionada à espiritualidade e a religiosidade, o cenário se modifica. A produção nacional é bastante escassa e fora do país encontramos algumas pesquisas que buscaram adaptar a terapia, incorporando aspectos religiosos. Não foram encontradas diferenças significativas nesses resultados quando comparados àqueles encontrados aos da terapia cognitivo-comportamental padrão. A escassez de pesquisas contemplando a integração dos conceitos de espiritualidade e religiosidade na prática clínica, especialmente envolvendo profissionais que fazem uso da terapia cognitivo-comportamental, evidencia a necessidade de mais pesquisas, principalmente em nosso país, com a nossa população, para que propostas psicoterápicas considerando esses conceitos sejam desenvolvidas e testadas em ensaios clínicos, de caráter longitudinal, trazendo dados consistentes que possam ser efetivamente testados. Palavras-chave: Espiritualidade. Religiosidade. Terapia Cognitivo-comportamental. Saúde Mental.

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Espiritualidade no âmbito do cuidar- o paciente mental Autores: Erika Luci Pires de Vasconcelos1, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira2, Alice Damasceno Abreu3, Paulo Rogério Vieira Lamarca Flores4, Isabella Rocha Travassos de Oliveira A formação em Enfermagem proporciona muitas reflexões que estimulam a desenvolver a compreensão da assistência humanizada. Como acadêmicos vivenciamos situações desafiadoras na assistência prestada ao paciente da saúde mental que podem ser norteadas pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta, no aspecto das necessidades psicoespiritual do paciente, que são “religiosa, ética ou de filosofia de vida”. Objetivo: registrar a experiência vivida pelos acadêmicos de Enfermagem, no acompanhamento ao paciente da saúde mental, após estudo das necessidades psicoespirituais de Horta (1979). Método: trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos de Enfermagem do 3º e 4º ano em um ambiente onde o paciente com algum tipo de transtorno mental frequenta e fica à vontade – o CAPS, Centro de Apoio Psicossocial. Resultados: O paciente que de alguma forma faz uso de psicotrópicos e necessita de atendimento especial tem seu comportamento, mente e espírito afetados, emergindo as necessidades psicoespirituais, como uma diretriz à assistência da Enfermagem. O respeito às suas crenças, a sua ética ou filosofia de vida podem determinar a sua colaboração, diminuindo até as demandas de medicação. A Enfermagem atua na equipe multiprofissional, mas o contato continuo com esse paciente psiquiátrico, pode ser um fator de alívio das tensões provocadas pela dor, física e emocional pelo desconhecido que se faz presente e pelas angústias vivenciadas pelo paciente usuário da rede neste momento. Conclusão: o Processo de Enfermagem guiado pela TNHB contempla as necessidades psicoespirituais, o que auxilia a significar as demandas do paciente da saúde mental no momento tanto de surto como de um temporário autocontrole, guiando, assim, o Enfermeiro no exercício da humanização e espiritualidade, independentemente de suas crenças pessoais e preconceitos. Palavras-chave: espiritualidade/saúde/mental

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Espiritualidade no tratamento de pessoas com câncer: influência e benefícios da religiosidade

Autores: Graziele Carolina de Almeida Marcolin1, Thaís Amanda de Assis2 Instituição: 1. UFMG; 2. UNIPAC O câncer é um dos males que mais tem acometido pessoas no cenário atual. Isso tem feito com que as pessoas busquem por tratamentos alternativos e processos espirituais como subsídio para a cura dessa doença. Pensando nisso, o presente estudo tem por objetivo compreender a relação da espiritualidade e seus benefícios no tratamento de pessoas com câncer. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática de literatura com a finalidade de responder ao objetivo proposto. Os principais resultados demonstram que a fé como enfrentamento do câncer tem sido utilizada como subsídio para cura. As pessoas buscam pelo apoio espiritual a fim de minimizar o sofrimento ou mesmo obter maior esperança de cura com o tratamento. Estudos internacionais têm demonstrado que a espiritualidade, religiosidade traz à pessoa com câncer um maior bem-estar físico e emocional, influenciando, inclusive na melhora de sua qualidade de vida. A integração corpo, mente e espírito nos cuidados oncológicos pode ser benéfico, respaldando melhor o enfrentamento dessa doença para com o paciente. Além disso, independentemente da religião, a busca pela fé é um elemento que sugere que pode haver um milagre, sendo as pessoas acometidas pela doença curadas em alguns casos. Logo, conclui-se que o câncer, por ser uma doença que “amedronta” as pessoas, tem feito com que as mesmas busquem por formas alternativas de cura. Portanto, tem-se que a espiritualidade tem se tornado uma grande estratégia no tratamento e acreditação de cura diante dessa doença. Palavras-chave: Espiritualidade. Câncer. Cura.

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Espiritualidade, religiosidade e felicidade em crianças – um estudo de coorte longitudinal Autores: Vívian Hagen Antônio Oliveira1, Alexander Moreira Almeida 2, Márcia Helena Favero de Souza3 Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Há robustas evidências sobre a influência da Religiosidade/ Espiritualidade (R/E) na vida das pessoas, com implicações em saúde física, mental, longevidade, bem-estar e felicidade. No entanto, há carência de estudos em crianças e adolescentes. Pesquisamos na população infantil e em seus pais/responsáveis as associações entre R/E e os índices de felicidade/bem-estar, controlando para estilos parentais e influência religiosa parental. Métodos: A primeira coleta acontece como estudo transversal envolvendo cinco escolas de Juiz de Fora – MG, incluindo escolas de cunho religioso e não religioso, públicas e particulares que ofereçam o 6° ano do ensino fundamental. Foram convidados a participar todos os alunos do 6° ano (10/11 anos de idade), e seus respectivos pais/ responsáveis. Os participantes, após autorização nos termos de consentimento, respondem às escalas de R/E (adaptada da BMMRS para a faixa etária, envolve questões quantitativas e qualitativas), escala subjetiva de felicidade, escala de estilos parentais (IEP, Gomide), além do questionário sócio demográfico, preenchido somente pela criança. Resultados: Os dados estão sendo coletados. Temos observado algumas dificuldades dos pais na assinatura do termo de consentimento, o que estamos buscando resolver junto ao comitê de ética. Em uma população de 609 crianças elegíveis, obtivemos autorização para a coleta de 125, sendo que 28 desses autorizados, a escola negou coleta no segundo semestre de 2018. A coleta já foi realizada em 112 alunos e 105 pais/responsáveis. Estamos em fase de tabulação dos dados coletados para análise em breve. Conclusões: Com a análise dos dados esperamos encontrar associação entre R/E e fatores de bem-estar/felicidade na adolescência, conforme os estudos já atestam em amostras de adultos. Palavras-chave: Religiosidade; Espiritualidade; Felicidade; Crianças; Adolescentes

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Espiritualidade, religiosidade e qualidade de vida na pessoa com autismo de alto funcionamento: relato de caso

Autores: Paulo Othavio de Araújo Almeida1, Elena Zuliani Martin2, Pedro Alberto Muffato3, Enã Rezende Bispo do Nascimento4 Instituição: 1. Discente do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso; 2. Discente do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso; 3. Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT; 4. Universidade de Cuiabá - UNIC INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na interação social, déficits quantitativos e qualitativos na comunicação, além de padrões de comportamento e interesses restritos e repetitivos. Dentro deste espectro está o autismo de alto funcionamento, que alguns autores tomam como sinônimo síndrome de Asperger. Muito tem se estudado a respeito do TEA, porém, evidências sobre o envolvimento religioso e sobre as crenças espirituais da pessoa autista e desfechos em sua saúde multidimensional ainda são escassas. Objetivos: descrever um caso de um acadêmico de Medicina brasileiro, diagnosticado com autismo de alto funcionamento e que possui alto escore de espiritualidade e religiosidade (E/R) impactando positivamente sobre sua qualidade de vida e em múltiplos aspectos. MÉTODOS: Relato de um caso, quadro clínico e entrevista com três questionários validados: FICA, DUREL-p e WHOQOL-Bref. RESULTADOS (caso): Acadêmico de Medicina do sexto ano, 25 anos, refere que, já na primeira infância, sua mãe – que é psicóloga, notou algum comprometimento geral na sua interação social com os pares, atrasos no desenvolvimento da fala (primeiras palavras aos 4 anos de idade) e déficits qualitativos na comunicação. Sempre apresentou interesses restritos em História e desenhos principalmente, além de hiperacusia. Recebeu o diagnóstico médico aos 19 anos. Decidiu fazer Medicina após o falecimento do pai em um acidente automobilístico, quando tinha sete anos, passando a apresentar crescente interesse pela Neurocirurgia. Almeja grandemente ser neurocirurgião. Possui, pelo questionário FICA, grande fé, que o motiva, dá sentido para viver e o ajuda a lidar com os estressores. Apresenta também alta religiosidade nos seus três domínios, pelo DUREL-p, além de considerável qualidade de vida, pelo WHOQOL-Bref. CONCLUSÃO: a E/R na pessoa com autismo de alto funcionamento deve ser considerada como um importante fator de impacto sobre sua saúde de modo geral e sobre sua qualidade vida. Palavras-chave: Espiritualidade, Religiosidade, Transtorno do Espectro Autista

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Espiritualidade/religiosidade e processos de fim de vida Autores: Valéria Carolina Armas Villegas1, Mary Rute Gomes Esperandio2, Andressa Luciani Pereira Rodrigues3, Isabelle Sasso Teixeira4 Instituição: 1. Estudante do curso de medicina das Faculdades Pequeno Príncipe - FPP. Membro da Liga Acadêmica de Espiritualidade e Medicinas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR; 2. Professora Adjunta no Programa de Pós-Graduação em Bioética e no Programa de Pós-Graduação em Teologia - Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR; 3. Estudante do curso de medicina das Faculdades Pequeno Príncipe; 4. Estudante do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná - UFPR. Membro da Liga Acadêmica de Espiritualidade e Medicinas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR Estudos mostram que a espiritualidade e religiosidade (E/R) exerce um papel importante no processo de terminalidade. Contudo, poucos estudos mostram de que modo a E/R funciona nesse contexto. Este estudo tem como objetivo apresentar os principais achados da literatura publicada sobre a E/R nos processos de terminalidade. O método utilizado foi a revisão integrativa a partir de levantamento de dados no PUBMED e BVS com os seguintes descritores: doente terminal AND religião e medicina; espiritualidade AND atitude frente a morte AND assistência ao paciente; adaptação psicológica AND espiritualidade AND doente terminal; spirituality OR religious beliefs AND coping skills AND terminal care. Os filtros usados foram ‘humanos’, ‘de 2000 à 2018’ e ‘textos em português, inglês e espanhol’. Inicialmente foram capturados 319 estudos. Trabalhos duplicados e sem relação com o tema foram excluídos. 28 artigos foram selecionados para análise. Destes, 13 abordaram os valores atribuídos ao fim da vida, como a diminuição do medo de morrer e a aproximação com algo divino, sendo relatado melhora na qualidade de vida e morte. Apenas dois dos artigos constataram o impacto da E/R nas tomadas de decisões e através de diretivas antecipadas. Cinco artigos enfatizaram a importância da E/R na saúde, no bem-estar mental e influência no luto, principalmente na fase da depressão. Seis artigos abordaram simultaneamente os valores do fim de vida e o bem-estar mental, e dois trataram concomitantemente das tomadas de decisões e da saúde mental. A abordagem da E/R no processo de terminalidade mostrou-se fundamental no enfrentamento da morte através da aproximação com o divino, melhora das relações familiares e da qualidade de vida e morte do paciente. Evidencia-se dessa forma, a importância de treinamento adequado para melhor integração dessa dimensão, pelos profissionais da saúde, no cuidado a pacientes em terminalidade. Palavras-chave: spirituality, religious beliefs, coping skills, terminal care

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Experiências anômalas na infância: o caso das experiências de possessão e mediunidade Autores: Mateus Donia Martinez1, Douglas Flores de Oliveira2, Everton de Oliveira Maraldi3, Wellington Zangari4 Instituição: 1. Universidade de São Paulo; 2. Universidade de São Paulo; 3. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Universidade de São Paulo; 4. Universidade de São Paulo INTRODUÇÃO: Experiências mediúnicas (EMs) vêm sendo pesquisadas em relação à saúde mental e física, constituição da identidade, crenças, processos dissociativos e relação mente-cérebro. Majoritariamente os estudos consideram adultos, e parte dos adultos pesquisados relata o início de suas EMs na infância. Apesar de crianças também estarem presentes em contextos mediúnicos, é pouca a atenção dada à pesquisa da mediunidade na infância. Assim, poderiam as crianças apresentar manifestações mediúnicas? Haveriam impactos da participação em contextos mediúnicos sobre a saúde, o desenvolvimento, aprendizado, interpretação do mundo e a forma das crianças lidarem com as adversidades? OBJETIVO: Verificar a prevalência e a relevância de pesquisas sobre EMs na infância. MÉTODO: Revisão de literatura e análise de artigos com resumo em inglês na Web of Science, PsycInfo, PubMed, Scopus e Scielo. Os descritores “child*” + “AND” + “Spirit Possession” + “Mediumship” foram combinados e não houve restrição temporal. Artigos repetidos, fora do tópico proposto, com título inconclusivo, com resumo mal formulado e que o texto completo não pode ser acessado por nenhum meio eletrônico foram excluídos. RESULTADOS: De 169 trabalhos encontrados, 7 foram selecionados: 6 estudos empíricos e 1 revisão de literatura. Nenhum estudo foi encontrado com o buscador “Mediumship”, apenas com “Spirit Possession”. São 3 da antropologia, 2 psicologia, 1 psiquiatria e 1 da época das pesquisas psíquicas (Flournoy), com destaque para 1 deles de caráter longitudinal. CONCLUSÕES: Fenomenologicamente os alegados fenômenos de possessão espiritual são semelhantes aos fenômenos mediúnicos, havendo variação terminológica de acordo com a cultura. Essas experiências estão ligadas fundamentalmente ao enfrentamento de dificuldades (coping) e constituição de identidade. Boa parte dos estudos sustenta a hipótese do trauma. É urgente a necessidade de pesquisarmos EMs na infância, principalmente no Brasil, utilizando um paradigma multinível e interdisciplinar. Também é preciso investigar os efeitos psicológicos e emocionais das EMs em crianças. Palavras-chave: "Experiências Anômalas", "Infância", "Mediunidade e Possessão"

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Expressões da espiritualidade na experiência de cuidadores familiares de pacientes com câncer em cuidados paliativos: resultados preliminares

Autores: Andrea Carolina Benites1, Manoel Antônio dos Santos2 Instituição: 1. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP); 2. Docente do Departamento de Psicologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP) Introdução: Cuidar de um familiar com uma doença terminal e acompanhar o desfecho inevitável do processo de morrer de um ente querido configura um processo complexo, desafiador e potencialmente estressante para o cuidador. Estudos têm evidenciado a importância da espiritualidade e da busca de sentido na vida como componentes essenciais de apoio para pessoas que lidam com doenças graves. Porém, poucos estudos buscam investigar especificamente as vivências e necessidades dos familiares frente à morte iminente do ente querido. Objetivo: Compreender os significados atribuídos à espiritualidade durante o processo de morrer no hospital. Método: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, com delineamento teórico-metodológico fenomenológico. As entrevistas individuais foram audiogravadas e posteriormente transcritas. A investigação foi complementada por dados sociodemográficos e registros da observação de campo. Resultados: Participaram do estudo três cuidadores familiares, na faixa etária de 20 a 32 anos, sendo duas filhas e um filho que acompanhavam o(a) paciente considerado(a) sem possibilidades de cura e em situação de final de vida no hospital. A partir dos resultados preliminares da análise fenomenológica desvelaram-se as unidades significativas: o redimensionamento do existir e dos sentidos de vida; o cuidado de si e do outro: o amor e a preocupação genuína; a espiritualidade como suporte e fortalecimento diante do sofrimento; as crenças sobre o pós-morte como continuidade do projeto existencial; o sofrimento existencial e espiritual. Os aspectos significativos da expressão da espiritualidade remetem aos sentidos atribuídos à existência e ao sentido de vida, bem como se sobressai vivências de sofrimento existencial. Conclusão: Evidencia-se a importância da compreensão das diversas expressões da espiritualidade em cuidadores familiares de pacientes com câncer avançado considerando também os aspectos existenciais. Com a continuidade desta pesquisa, espera-se buscar subsídios para aprimorar a assistência aos familiares que acompanham seus entes queridos nos cuidados de final de vida e no luto. Apoio - Bolsa de Doutorado FAPESP - Processo: 17/26542-5 Palavras-chave: Espiritualidade; Fenomenologia; Cuidadores familiares; Cuidados Paliativos; Psico-oncologia

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Expressões de espiritualidade e religiosidade no enfrentamento da morte: representações de estudantes de graduação de enfermagem

Autores: Roberta de Lima1, Márcia de Assunção Ferreira2 Instituição: 1. Instituto Nacional do Câncer, Hospital do Câncer I; 2. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Escola de Enfermagem Anna Nery. INTRODUÇÃO: Profissionais de saúde lidam com a dualidade vida e morte, mas abordá-la não é simples. Lidar com a morte é um desafio, gera medo, angústias e busca-se por respostas/explicações na religião, nos sistemas filosóficos e nas ciências. Não falar/pensar na morte conforta, pois fantasia-se que se pode afastá-la. Maneiras de lidar com a morte tem se modificado com o tempo e varia de acordo nas culturas e isto precisa ser problematizado na formação em saúde. Portanto, objetivou--se identificar expressões de espiritualidade e religiosidade no enfrentamento da morte e analisar suas potencialidades no cuidar de enfermagem. MÉTODO: Pesquisa qualitativa realizada com 25 estudantes de graduação de enfermagem de uma universidade púbica e federal, a partir do sexto período letivo. As técnicas foram: produção estética (desenho), simulação e entrevista grupal. Explorou-se as experiências e cuidados dos estudantes. RESULTADOS: Os desenhos expressaram cenas de choro, solidão, símbolos cristãos, sol, pessoas voando. Os significados evidenciam que nascer e morrer são atos mediados pelo sagrado imbuído na criação humana. Discursos religiosos explicam o porquê de nascer e para onde se vai ao morrer. As palavras luz, energia, paz e Deus dão sentido e significado à morte; rituais religiosos emergem como práticas preparatórias para a morte; a oração é o principal cuidado para o outro e para si e a espiritualidade ampara o imaginário de que a pessoa querida que morre habita um lugar melhor e sagrado, onde as dores cessam, há conforto e paz. Essas representações confortam e ajudam os estudantes a enfrentarem as situações de morte de forma mais amena. CONCLUSÃO: significados e atitudes relacionados à morte sofrem influências de um sistema de crenças pessoais, culturais, sociais e filosóficas, moldando os comportamentos consciente e inconscientemente, com reflexo na assistência. A espiritualidade é abstrata e a religiosidade concreta, exemplificada nos ritos e nas práticas. Palavras-chave: Morte; Espiritualidade; Religiosidade; Cuidado; Estudantes; Enfermagem.

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Fé como fator de proteção para ideação suicida em pacientes soropositivos Autores: Julio Cesar Tolentino Junior1, Caroline Fernanda dos Santos Tiago2, Marcos Pereira Cardozo3, Felipe Tavares Rodrigues4, Ana Lucia Taboada Gjorup5 Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: O suicídio é uma das principais causas de morte, especialmente em pacientes HIV positivos. A espiritualidade tem sido considerada um fator de proteção. Com isso, é possível que a fé, como uma das dimensões da espiritualidade, seja um preditor de menor ideação suicida (IS) em pacientes soropositivos. Objetivo: Investigar a relação entre fé e IS em pacientes soropositivos Métodos: Estudo transversal, com inclusão de pacientes HIV positivos em acompanhamento ambulatorial no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Foram aplicados questionários sócio-demográficos; Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI) e o Functional Assessment of Chronic ILLness Therapy -Spiritual Well -Being - FACIT-Sp-12 (pontuação total e avaliação da dimensão “fé”). Aplicou-se teste t, correlação liner de Pearson e análise de regressão, considerando-se nível de significância de 5%, através do SPSS 21®. Resultados: Foram incluídos 42 pacientes (n=35 homens), com idade de 45,6±6,8 anos. Destes, 81,2% relataram afiliação religiosa. Foram encontrados valores significativamente menores na pontuação total do FACIT-Sp-12 nos pacientes com IS em comparação com aqueles sem ideação (42,5±7,2 pontos e 27,2±13,9 pontos, respectivamente;p=0,01). O escore da dimensão fé do FACIT-Sp-12 também foi significativamente menor naqueles com IS (13,5±3,1 pontos e 8,5±5,9 pontos, respectivamente;p=0,004). Na análise de regressão linear, em que a variável dependente foi a pontuação total do BSI, houve relação com as seguintes variáveis preditoras: pontuação total do FACIT-Sp-12 (r2=0,30; F=-4,18;p<0,001) e escore de fé (r2=0,18; F=-3,1;p=0,005). Controlando idade e sexo, foi encontrada correlação negativa entre IS e as variáveis FACIT-Sp-12 total (R=-0,50;p=0,001) e fé (R=-0,47;p=0,002). Na análise de regressão múltipla, IS não foi explicado pelo sexo, estado civil, trabalho, escolaridade, orientação sexual e uso de TARV. Conclusão: A quantificação da fé, através do FACIT-Sp-12, foi preditora de IS em pacientes soropositivos. Estes resultados sugerem que a fé seja um possível fator de proteção para ideação suicida nesta população. Palavras-chave: Fé; espiritualidade; ideação suicida; HIV

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Feridas ocultas: tratamento de crianças abusadas sexualmente pautado na religiosidade Autores: Graziele Carolina de Almeida Marcolin1, Thaís Amanda de Assis2 Instituição: 1. UFMG; 2. UNIPAC O abuso sexual, principalmente na infância, é considerado uma agressão significativa tanto ao corpo quanto à mente da criança. A criança que passa por esse processo, vivencia sofrimentos e dores que a acompanham ao longo de toda vida, fato este que demonstra a importância de se buscar processos para se cuidar da saúde, tornando a religiosidade um grande subsídio para esse processo. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo analisar a influência da religiosidade no tratamento de crianças advindas de abusos sexuais. Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura. Os principais resultados demonstram que, a criança, mesmo com o passar do tempo, não consegue lidar com o abuso sofrido. Esta padece constantemente de sonhos e relembra processos atrelados ao abuso que ficam marcados em sua memória. A religiosidade tem se mostrado um grande instrumento no tratamento dessa dor, pois as crianças conseguem pautar seus medos e frustrações ante o processo de espiritualidade. A crença de que Deus pode curar essa dor é existente nesse processo, fato que demonstra que esse instrumento pode ser de grande valia para minimizar a dor sofrida por esta clientela. Logo, conclui-se que, a religiosidade no tratamento de crianças abusadas pode ser benéfica, uma vez que, pautar-se nas vivências em que se busca a Deus, pode tornar a criança passível de esquecimento, amenização ou mesmo aprendizado para lidar com essa dor. Palavras-chave: Abuso. Espiritualidade. Dor. Criança. Tratamento

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Funções executivas e religiosidade/espiritualidade na doença de alzheimer Autores: Amer Cavalheiro Hamdan1, Ester Utrilla de Figueiredo2 Instituição: Universidade Federal do Paraná Introdução: Pesquisas relacionadas com a espiritualidade e a função cognitiva têm mostrado que altos níveis de religiosidade estão associados a um declínio cognitivo mais lento na demência. A Doença de Alzheimer, a demência mais frequente, é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente a memória. Entretanto, outra área afetada nos estágios iniciais são as funções executivas (conjunto de habilidades que direcionam o comportamento). O exercício espiritual parece fortalecer os circuitos frontais e treinar a memória episódica e a atenção, aspectos relacionados com as funções executivas. A participação em atividades religiosas também envolveria essas funções. A nossa hipótese é que há uma associação entre a religiosidade/espiritualidade e as funções executivas. Objetivo: Analisar a relação entre funções executivas e religiosidade/espiritualidade na Doença de Alzheimer. Método: A pesquisa é um estudo correlacional com 60 idosos no grupo controle e 60 idosos com Doença de Alzheimer nos estágios inicial/moderado. Os principais instrumentos utilizados são: MoCA-B, FAB, DUREL-P e WHOQOL-SRPB. A avaliação está sendo feita no Centro de Psicologia Aplicada da UFPR. Resultados: Os resultados parciais, com 24 participantes no grupo controle, mostram maior frequência de mulheres (86%), ensino superior (59%) e religião católica (73%) e espírita (14%); com uma média de idade de 70 anos (S:7,5; mín-máx=62-89). A média dos instrumentos e escalas é: 26 (S:3,8) no MOCA-B, 15(S:3) no FAB, 2,4 (S:1) na religiosidade organizacional, 1,9 (S:0,6) na religiosidade não organizacional, 1,5 (S:0,66) na religiosidade intrínseca e 4 (S:0,5) na espiritualidade total. A pesquisa está em desenvolvimento. Conclusão: O grupo controle não apresenta comprometimento cognitivo e a amostra tem índices altos de espiritualidade e religiosidade (especificamente intrínseca, altamente relacionada com a espiritualidade). Palavras-chave: Alzheimer, religiosidade, espiritualidade, funções executivas

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Imagens simbólicas em caminhões e sua relação com a espiritualidade/religiosidade de motoristas de caminhão

Autores: Gislene de Jesus Cruz Sanches1, Agnes Claudine Fontes De La Longuiniere2, Mara Lucia Miranda Silva3, Ana Carolina Bahia Perrone4, Sérgio Donha Yarid5 Instituição: 1. Enfermeira. Professora Auxiliar da Faculdade de Tecnologia e Ciência. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2. Enfermeira. Professora Assistente do Departamento de Saúde II da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 3. Enfermeira. Professora Auxiliar da Faculdade de Tecnologia e Ciência. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 4. Médica. Professora Auxiliar do Departamento de Saúde II da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 5. Cirurgião dentista. Professor Titular do Departamento de Saúde I da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Introdução: Os motoristas de caminhão, são profissionais que vivenciam no cotidiano diversas adversidades e necessitam de estratégias que possam contribuir no enfrentamento de situações estressoras. Dentre as estratégias pode-se afirmar que, a espiritualidade/religiosidade pode ser utilizada como suporte para lidar com os momentos de dificuldades. A dimensão espiritual é inerente ao ser humano e tem sido relacionada a diversos fatores de saúde, bem-estar, conexão com a razão de viver e qualidade de vida. Está relacionada ainda a fatores de proteção a medida que influencia comportamentos tornando-os mais saudáveis e seguros. Objetivo: verificar qual o significado para caminhoneiros das imagens espirituais/religiosas fixadas em caminhões. Método: estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativo, realizado com 26 motoristas de caminhão que trafegam no trecho da BR 116 localizado na região sudoeste da Bahia, Brasil. Os dados foram coletados a partir do questionário e analisados através da estatística descritiva. Esta pesquisa foi aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número de parecer 2.187.839. Resultados: para a 85% dos caminhoneiros as imagens relacionadas à espiritualidade/religiosidade visualizadas em caminhões representam a fé, crenças pessoais, devoção, Deus e religião. As imagens também foram relacionadas a fatores de

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proteção e segurança por mais da metade (58%) dos caminhoneiros além de trazer companhia, conforto, paz, alegria, coragem para o trabalho e sentimento de estar abençoado, conforme citado por 38% dos participantes. Apenas um caminhoneiro relatou que significava idolatria e que não concordava com a imagem visualizada em caminhões. Conclusão: as imagens simbólicas utilizadas em caminhões representam a fé e crenças pessoais dos caminhoneiros, além de estarem relacionadas a sentimentos de proteção, segurança, companhia, paz e alegria. O fato de manter uma imagem relacionada a dimensão espiritual durante as longas jornadas de trabalho, pode estar relacionada a qualidade de vida e bem-estar durante o trabalho dos motoristas de caminhão. Palavras-chave: Espiritualidade; Religião; Qualidade de vida. Saúde do trabalhador.

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Influência da espiritualidade e religiosidade na busca pela fitoterapia no SUS-RJ, através da análise de redes sociais

Autores: Monique de Lima Fonseca Rodrigues1, Marcia Gomide da Silva Mello2 Instituição: 1. Mestre e Doutoranda em Saúde Coletiva- Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Av. Horácio Macedo, S/N. Ilha do Fundão, Cidade Universitária – RJ; 2. Professora Doutora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Av. Horácio Macedo, S/N. Ilha do Fundão, Cidade Universitária – RJ INTRODUÇÃO Estudos sobre religião e espiritualidade influenciando busca de serviços de saúde, como fitoterapia, são escassos. No entanto, pacientes consideram aspectos religiosos e espirituais em seu plano terapêutico. Ainda, diversos estudos apontam que comportamentos relacionados à saúde parecem ser transmitidos através das redes sociais.

OBJETIVOS Analisar através da rede social, a demanda motivada pela crença religiosa e espiritual pelo recurso fitoterapêutico no SUS.

MÉTODO Estudo quanti-qualitativo, com realização de entrevistas abertas a 50 usuários auto-declarantes de plantas medicinais e/ou fitoterápicos, em UBS de grande afluxo, referência para fitoterapia, localizada no município do Rio de Janeiro, pelo período de três meses. A pesquisa obedeceu a critérios éticos, sendo aprovada pelo CEP (SMS/RJ), parecer número 2.095.303. As entrevistas buscaram caracterizar se tal busca resultava de prescrição profissional ou indicação na rede pessoal, entre essas uma busca relacionada a prática espiritual e religiosa. Para isso foi solicitado ao informante, nomes de pessoas que haviam indicado fitoterapia. Tais nomes permitiram elaborar a rede de relações que lhes encaminhou. Assim, para cada um dos informantes foi reconstruída a história de seu percurso. Os relatos foram organizados em fichamentos e descritas as indicações para uso.

RESULTADOS Das 50 pessoas que disseram usuárias de fitoterápicos, 84,62% usam plantas medicinais e/ou fitoterápicos através de indicações em sua rede pessoal. Deste total 66% relataram ter recebido indicação nos transtornos mentais comuns. Ainda, 24% dos pesquisados informaram que tiveram indicação para uso por meio de pessoas ligadas a sua crença religiosa e espiritual. CONCLUSÃO Há evidência que a Fitoterapia na unidade é utilizada para manejo de transtornos mentais comuns, além de ter uso indicado pela rede pessoal religiosa e espiritual em alguns casos. Faz-se necessário aprofundar como religiosidade espiritualidade através das redes sociais influenciam na busca de terapias de saúde.

Palavras-chave: Espiritualidade, Religiosidade, Fitoterapia, ARS, SUS

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Influência da espiritualidade/religiosidade para a saúde de idosos institucionalizados Autores: Agnes Claudine Fontes De La Longuiniere1, Tissiane Aguiar Andrade2, Jair Magalhães da Silva3, Norma Lopes de Magalhães4, Sérgio Donha Yarid5 Instituição: 1Enfermeira. Professora Assistente do Departamento de Saúde II da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Autora para correspondência: [email protected]; 2. Graduanda em enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 3. Enfermeiro. Professor Adjunto do Departamento de Saúde II da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Doutor em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia; 4. Enfermeira. Professora Assistente do Departamento de Saúde II da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Membro do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 5. Cirurgião dentista. Professor Titular do Departamento de Saúde I da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Espiritualidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Introdução: A dimensão espiritual dos indivíduos tem sido fator de impactos na saúde física e mental, na qualidade de vida, no bem-estar e no enfrentamento de situações difíceis. O cuidado em saúde deve levar em consideração esta dimensão sobretudo em situações de fragilidade como na senilidade, onde o idoso percorre um caminho de envelhecer como um processo progressivo de diminuição de reservas funcionais ou pelo desenvolvimento de doenças comuns nesta fase da vida, restrição do convívio social e institucionalização. Objetivo: analisar o impacto da espiritualidade/religiosidade na saúde do idoso institucionalizado. Método: pesquisa transversal, descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, realizado em uma instituição de longa permanência no interior do Brasil. Os dados foram coletados no período de fevereiro a julho de 2018 através de questionário semiestruturado e analisados através do Discurso do Sujeito Coletivo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa através do protocolo nº 2.620.145. Resultados: participaram deste estudo 06 idosos e a partir dos discursos obtidos emergiram três ideias centrais provenientes do discurso do sujeito coletivo: práticas espirituais do cotidiano para o bem-estar, influência da espiritualidade no perdão e influência da espiritualidade na saúde. Conclusão: evidenciou-se que a espiritualidade proporciona aos idosos institucionalizados um bem-estar físico, mental e emocional, além de ser uma ferramenta para que estes tenham uma relação individual com Deus através de suas orações e rezas, o que foi

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apontado como estratégias de enfrentamento durante uma doença ou na promoção da sua saúde. Palavras-chave: Saúde do idoso; Espiritualidade; Religião; Assistência Integral à Saúde; Instituição de longa permanência para idosos; Promoção da saúde.

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Influência da religiosidade e espiritualidade do profissional de saúde ao assistir paciente com síndrome de hiper-ige

Autores: Luisa Kecyane Batista Cardoso1, Annaterra Araújo Silva2, Maria da Conceição Quirino dos Santos da Silva3, Ana carolina Bahia Perrone4, Sérgio Donha Yarid5 Instituição: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Trata-se de um estudo de caso envolvendo um médico responsável por acompanhar um caso de Síndrome da deficiência DOCK8, também, conhecida como Síndrome do hiper-IgE em sua forma autossômica recessiva. O estudo teve como objetivo avaliar a influência da espiritualidade e religiosidade do profissional de saúde durante assistência a um paciente com deficiência de DOCK8 através de uma entrevista semiestruturada e da escala de bem-estar espiritual. Os resultados foram agrupados em três categorias, possibilitando comparações entre as falas e os scores obtidos na Escala de Bem-estar Espiritual. Conclui-se que a espiritualidade influencia positivamente na maneira como o profissional desenvolve o cuidado ao paciente e na sua própria vida. Palavras-chave: Espiritualidade; Pessoal de saúde; Síndromes de Imunodeficiência

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Introdução da espiritualidade em currículo de residência em medicina de família e comunidade

Autores: Lílian Jocken Stange1, Bruno Guimarães Tannus2, Janaine Aline Camargo de Oliveira3 Instituição: 1. Médica de Família e Comunidade da Prefeitura de Cocal do Sul; 2. Médico de Família e Comunidade da Força Aérea Brasileira; 3. Médica de Família e Comunidade da ONG Fraternidade sem Fronteiras Introdução: Nas últimas décadas, com as crescentes evidências da influência da espiritualidade na saúde, evidencia-se a importância da abordagem da dimensão espiritual no cuidado integral em saúde e a necessidade de treinamento dos profissionais para esta habilidade. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de conhecer o impacto da introdução da espiritualidade no currículo de um programa de residência em Medicina de Família e Comunidade. Método: Realizou-se uma oficina de treinamento teórico-prático de abordagem da espiritualidade para residentes do primeiro ano de um programa de residência. A oficina baseou-se no conceito pedagógico da pirâmide de Miller adaptada e envolveu explanação teórica, seguida de simulação de caso e momento de discussão de caso em grupos. Após período de 60 dias, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os participantes, analisadas segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Os participantes da oficina adquiriram conhecimento acerca dos conceitos de espiritualidade, sua importância na clínica e instrumentos existentes para coleta do histórico espiritual. Observou-se uma mudança de comportamento em relação a essa temática, com o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para sua aplicação na prática. Parece também ter ocorrido a formação de uma identidade profissional, com novos sentimentos e valores agregados. Conclusões: Inicia-se o debate acerca da importância de agregar o tema espiritualidade ao currículo da residência de Medicina de Família e Comunidade. Mais estudos são necessários para verificar se o impacto observado perdura ao longo do tempo. Palavras-chave: Espiritualidade; Currículo; Medicina de Família e Comunidade; Educação Médica

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Levantamento bibliográfico da produção científica brasileira sobre saúde e espiritualidade Autores: Tulio Loyola Correa1, Mahony Raulino de Santana2, Nicole dos Santos Monteiro3, Vitoria Borges Florencio4, Dinarte Alexandre Prietto Ballester5 Instituição: 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Pelotas; 2. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Pelotas; 3. Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Pelotas; 4. Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Pelotas; 5. Professor Associado da Universidade Federal de Pelotas INTRODUCÃO: A espiritualidade é inerente ao indivíduo, devendo ser considerada numa conduta terapêutica e na compreensão do processo de adoecimento. Levando isso em consideração, é necessária a realização de estudos científicos que analisem a espiritualidade e seu impacto no processo saúde-doença. OBJETIVO: Analisar a situação atual das publicações brasileiras quanto acerca da temática saúde e espiritualidade. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática de literatura do tipo scoping review. Para a busca, foi acessada a Biblioteca Virtual em Saúde utilizando as palavras-chave “espiritualidade” e “saúde” e filtrando pelas bases de dados nacionais. Dos textos encontrados, foram avaliados os seguintes aspectos: ano de publicação, tipo de documento, revista em que foi publicado e instituição dos autores. RESULTADOS: Foram encontrados 76 documentos, sendo 53 artigos e 19 teses os mais frequentes. Em sua maioria, os documentos foram publicados a partir de 2010, sendo 45 deles no período entre 2010 e 2018. As revistas Psicologia, ciência e profissão; Kairós e Psicologia em estudo publicaram juntas 19 artigos; os demais documentos se distribuíram em outras 22 revistas. Quanto às instituições dos autores, a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Metodista de São Paulo foram as mais frequentes, com 18 publicações; os demais documentos se distribuíram dentre outras 27 instituições. CONCLUSÃO: Considerando os últimos 12 anos, as publicações sobre saúde e espiritualidade no Brasil tiveram um maior impulso recentemente. A maioria dos textos está em formato de artigos, publicados em uma grande diversidade de revistas. Quanto às instituições de ensino, a produção científica sobre saúde e espiritualidade é diversificada, no entanto, algumas instituições produzem mais que outras. Palavras-chave: espiritualidade; religião; pesquisa; publicações; Brasil

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Necessidades psicoespirituais afetadas no familiar cuidador da pessoa com câncer Autores: João Vitor Andrade1, Ana Luiza Rodrigues Lins2, Monica Maria Lopes do Carmo3, Érica Toledo de Mendonça4 Instituição: 1. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa; 2. Estudante de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa; 3. Enfermeira. Residente em Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso na Universidade de São Paulo; 4. Enfermeira. Doutora em Ciência da Nutrição. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa Introdução: atualmente o câncer representa um crescente problema de saúde pública. Estimativas demonstram que em alguns países um a cada três indivíduos desenvolverão a doença. Esses dados causam grandes impactos sociais, visto que poderão ocasionar necessidades de reorganização familiar, com intuito de atender às necessidades de cuidado do paciente oncológico. Como consequências, muitas vezes ocorre uma sobrecarga do familiar cuidador, com desequilíbrio nas suas Necessidades Humanas Básicas (NHB), principalmente as relacionadas à dimensão psicoespiritual. Objetivo: conhecer as necessidades psicoespirituais afetadas no familiar cuidador do paciente oncológico. Método: estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas com familiares cuidadores de pessoas com câncer em uma cidade mineira. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Para subsidiar a caracterização das Necessidades Psicoespirituais utilizou-se a teoria de Enfermagem das NHB, desenvolvida por Wanda Horta. O estudo respeitou os aspectos éticos. Resultados: a categoria analisada foi: “Desequilíbrios psicoespirituais”, sendo a mesma dividida em duas subcategorias: “Religiosidade prejudicada”, enfatizada pelas falas: ‘mudei meus horários de ir pra igreja’; ‘tenho que dormir aqui, então eu deixo a atividade [da igreja] e venho pra cá’; ‘[tenho que] rezar mais’; e “Espiritualidade prejudicada”, explicitada nos trechos que seguem: ‘busquei muito apoio [nesse tempo]’; ‘tem dia que você tá bem, tem dia que você não tá [mal]’’; ‘Peço [a] Deus para me dar paciência’; ‘Deus em primeiro lugar porque senão a gente não tinha vencido essa batalha’. Conclusão: a espiritualidade deve ser trabalhada de forma a ser uma estratégia auxiliar e potencializadora do processo de cuidar; para tanto faz-se necessário orientação em relação a como abordá-la e manejá-la na pratica clínica. Destaca-se que a abordagem da mesma deve contemplar o paciente e os familiares envolvidos em seus cuidados, visto que estes terão as NHB afetadas, principalmente as psicoespirituais. Palavras-chave: Espiritualidade; Saúde Holística; Enfermagem; Empatia

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Novo paradigma de saúde para trabalhar com o adoecimento existencial Autores: Natália Guimarães Neves1, Ieda Tinoco Boechat2 Instituição: 1. Graduada do Curso de Psicologia do Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ); 2. Docente do Curso de Psicologia (UNIFSJ). Doutoranda e Mestra em Cognição e Linguagem (Uenf). Psicóloga Clínica e Terapeuta de Família O intuito do estudo em questão é favorecer o diálogo entre a tríade psicologia – saúde – espiritualidade/religiosidade, a fim de propor reflexões sobre como psicólogos podem integrar em suas práticas a relação entre a saúde e espiritualidade/religiosidade de seus clientes pela ótica da Psicologia Fenomenológico-Existencial. Dessa forma, tomam-se por objetivos específicos: discorrer sobre a pessoa humana e o conceito de saúde/doença em fenomenologia; distinguir espiritualidade de religiosidade com base na referida abordagem; investigar como os psicólogos podem diferenciar o coping positivo e negativo; abordar a espiritualidade/religiosidade no processo psicoterapêutico. Questiona-se, assim, o problema: como a espiritualidade/religiosidade pode ser abordada na prática clínica na perspectiva fenomenológico-existencial em Psicologia? Essa abordagem compreende a pessoa humana em sua totalidade, o que implica considerar suas vivências como ser-no-mundo. Assim, faz-se necessário o convite à compreensão do entrelaçar da fé com a saúde do existente, aspecto que tem se destacado de forma expressiva tanto no cenário acadêmico quanto na prática clínica e esclarece a importância de entender a pessoa integralmente, incluindo suas experiências espirituais e religiosas, visto que esses conteúdos e práticas podem atuar de diversas maneiras em suas experiências. Por meio de pesquisa bibliográfica, baseada na obra de autores como Crema (1985), Moreira-Almeida e Lucchetti (2016), Pessanha e Andrade (2014), pode-se verificar a relevância da questão abordada, que convida à compreensão da pessoa humana em sua multidimensionalidade e todo o seu potencial de vir-a-ser, apontando a psicoterapia como processo de facilitação para que a pessoa experiencie a plena manifestação do seu ser-no-mundo. Palavras-chave: Saúde; Vivências Espirituais/Religiosas; Fenomenologia

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O estado da arte incomum: paralelos entre psicanálise e espiritismo em ideias estéticas do modernismo pictórico francês

Autor: Milena Guerson Instituição: Doutoranda em Psicologia Social - USP Este trabalho pretende debater e ampliar o conceito de arte incomum, ao estabelecer um movimento de aproximação entre os pressupostos da psicanálise e do espiritismo kardecista, no contexto da criação artística modernista, a partir da primeira metade do século XX. Tomando por base as ideias de André Breton (1896-1966) e Jean Dubuffet (1901-1985), pretende-se considerar a diferenciação entre surrealismo e arte bruta, conforme as proposições dos respectivos autores, além de se analisar comparativamente a visão de ambos sobre o trabalho do pintor francês Augustin Lesage (1876-1954), cujas obras são atribuídas à atividade mediúnica. Desse modo, intencionamos observar como o tema da mediunidade se insere dentro dos debates sobre surrealismo e arte bruta, enquanto atividade criadora incomum comparável a outros primitivismos em voga no modernismo pictórico francês. Para contextualizar a temática da criação artística à luz do espiritismo deveremos considerar a análise da obra Le spiritisme dans l’art, desenvolvida pelo pensador francês Léon Denis (1846-1927), originalmente publicada em 1922, traduzida e publicada no Brasil pelas edições Lachâtre em 1994. Enquanto os textos de Breton e Dubuffet sobre Lesage são oriundos do periódico surrealista Minotaure (1933) e do fascículo L’art brut (1965), a mencionada obra de Denis é constituída por uma reunião de artigos sistematicamente divulgados na Revue Spirite ao longo da década de 1920. Considerando que o debate sobre esses textos específicos praticamente inexiste no contexto acadêmico brasileiro, estimamos poder tomá-los como objetos de pesquisa para fundamentar uma reflexão sobre os tênues limites que perpassam a relação entre arte, loucura e mediunidade, demonstrando teoricamente os potenciais e limites da criação artística diante dos aspectos psíquicos do ser humano na vida em sociedade. Palavras-chave: Surrealismo; Arte Bruta; Psicanálise; Espiritismo kardecista; Primitivismo pictórico

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O pensamento de docentes e discentes de um curso de medicina sobre ‘cura espiritual’ Autores: Davi James Dias1, Tania Cristina de Oliveira Valente2, Ana Paula Rodrigues Cavalcanti3, Clóvis Pereira da Costa Júnior4, Ana Beatriz Rodrigues Leiroz de Moraes5 Instituição: 1. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 2. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 3. Universidade Federal da Paraíba; 4. Universidade Federal da Paraíba; 5. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 1. Introdução: A prática assistencial em saúde tem-se aberto cada vez mais ao exame das relações entre espiritualidade e saúde. Nesse contexto se devem considerar as chamadas “curas espirituais”. 2. Objetivo: Descrever o pensamento relacionado às “curas espirituais” entre docentes e discentes de um curso de graduação em medicina de uma universidade pública do Rio de Janeiro. 3. Metodologia: Estudo descritivo, qualiquantitativo, em que 31 discentes e 30 docentes foram entrevistados. A entrevista incluiu dados sociodemográficos e quatro perguntas “abertas”. Para a análise de resultados utilizou-se o software IRAMUTEQ. 4. Resultados: Os discentes e discentes do ciclo básico perceberam aspectos positivos, enquanto os alunos e docentes dos ciclos médico e internato ressaltaram a necessidade de comprovações científicas sobre o assunto. De maneira geral, um número maior de alunos que de professores considerou o tema “cura espiritual” e sua abordagem nos cursos da área da saúde como inapropriados ou inconvenientes. Não obstante, ambas as categorias, isto é, alunos e professores, em sua maioria mostraram-se favoráveis à discussão do tema em sala de aula. 5. Conclusões: Revelou-se um certo conflito por parte dos entrevistados em relação ao tema, uma vez que ao mesmo tempo que citam apenas experiências pessoais para a formação de ideias sobre o assunto, apontam a necessidade de comprovação científica para que o tema seja debatido na formação médica. Palavras-chave: Terapias Espirituais; Estudos Qualiquantitativos; Science Studies; Educação Médica

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Percepção subjetiva de envolvimento religioso e qualidade de vida: um estudo longitudinal

Autores: Jeverson Rogério Costa Reichow1, Wellington Zangari2, Franciani Rodrigues da Rocha3 Instituição: 1. Universidade do Extremo Sul Catarinense; InterPsi – USP; 2. Universidade de São Paulo; 3. Universidade do Extremo Sul Catarinense INTRODUÇÃO: A religiosidade é reconhecida como um fator de enfrentamento de estresse. A avaliação da qualidade de vida (QV) vem sendo utilizada como medida de resultado em estudos clínicos e epidemiológicos para avaliar a saúde e o bem-estar da população. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi relacionar o envolvimento religioso com variáveis sociodemográficas e com QV ao longo de um período de um ano. MÉTODO: Trata-se de um estudo de longitudinal, com uma amostra de conveniência (N=158). Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e sobre envolvimento religioso e o instrumento WHOQOL-BREF. RESULTADOS: Envolvimento religioso foi categorizado em: 29,1% (n=46) Nem um pouco religioso; 22,2% (n=35) Pouco religioso; 38,6% (n=61) Moderadamente religioso e 10,1% (n=16) Muito religioso. Houveram diferenças significantes, destacando-se, nos domínios: Psicológico - Nem um pouco religioso (57,97±16,26, menor média) e Moderadamente religioso (p = 0,008); Muito religioso (72,40±10,96, maior média) (p = 0,006); Meio Ambiente - Nem um pouco religioso (58,83 ± 12,51) e Moderadamente religioso (68,24 ± 11,98 ) (p = 0,001); Relações Sociais - Pouco religioso (menor média com 55,07 ± 21,98) e Moderadamente religioso (68,44 ± 15,75, maior média) (p = 0,004). Nos achados da QV no tempo um (T1): Psicológico - Nem um pouco religioso (63,11±13,71, menor média) e Moderadamente religioso (70,90±10,80, maior média) (p = 0,017); Meio Ambiente - Nem um pouco religioso (65,45±16,62, menor média) e Moderadamente religiosos (71,98±14,79, maior média)(p = 0,021); Relações Sociais - Pouco religioso (63,19±13,27, menor média) e o Moderadamente religioso (p = 0,046) e entre o Pouco religioso e o Muito religioso (73,83±8,45, maior média) (p=0,021). CONCLUSÃO: A percepção subjetiva de envolvimento religioso correlacionou com a avaliação subjetiva da qualidade de vida. A percepção subjetiva de envolvimento religioso, associada com as outras variáveis investigadas, sugere que religiosidade impacta positivamente na saúde. Palavras-chave: Religiosidade, Qualidade de Vida, Fatores sociodemográficos

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Projeto de extensão saúde e espiritualidade da UFJF Autores: Marcelo Maroco Cruzeiro1, Gabrielle da Silva Barbosa2, Tayná Magalhães de Almeida3, Emmanuel Carvalho4, João Pedro Guimarães Brum de Castro5 Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora O período contemporâneo traz à luz novos desafios para os profissionais de saúde - inter-relações entre saúde e espiritualidade. Para além dos limites da fisiologia corporal, a consideração do ser humano integral representa um aspecto importante da formação dos profissionais da área. A cura e a prevenção de doenças sempre estiveram ligadas a práticas religiosas, mas com o advento da medicina científica, esses aspectos foram desvinculados. Os profissionais de saúde passaram a ser formados pelo paradigma científico da modernidade, separando corpo e mente. A religião não desapareceu. É necessário que os profissionais de saúde recuperem a dimensão devida do aspecto da religiosidade/ espiritualidade no âmbito da saúde e da doença. A proposta é levar ao debate com a comunidade temas de importância na área de saúde e espiritualidade. Iniciado em setembro de 2018, o projeto se baseia em “Rodas de Conversa” onde a comunidade é convidada a participar da discussão de modo ativo, após a exposição de um palestrante. Foram criados canais de comunicação tais como facebook (também para transmissão ao vivo) e instagram, além de um canal no youtube para postagem de vídeos. A divulgação é feita pelo WhatsApp, facebook e instagram, além de banners. Já aconteceram dois encontros, sendo que a primeira roda de conversa tratou da “Associação entre religiosidade/espiritualidade no enfrentamento da doença” - tratado pela psicóloga Janaína Siqueira. Dezesseis pessoas participaram. A segunda roda de conversa - “Experiência de Quase Morte e seu impacto” – foi coordenada pelos professores Monalisa Silva e Marcelo Maroco Cruzeiro - com 52 participantes. Praticamente todos que compareceram a primeira roda de conversa, compareceram na segunda. Apesar de recente, o projeto se mostra fortalecido ao servir a reflexão sobre os temas junto com comunidade, com a participação crescente e dialogando sobre outro aspecto da dimensão humana, atualmente alijado das atividades acadêmicas. Palavras-chave: Saúde. Espiritualidade, Extensão

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Psicologia e espiritualidade: experiência de estágio em uma clínica de assistência psicossocial para usuários de álcool e substâncias psicoativas.

Autor: Naiany A. Simões Leitoguinho Introdução O Estágio Supervisionado – Eixo Clínico e de desenvolvimento, realizado entre Agosto e Novembro de 2018, na clínica de Assistência Psicossocial Projeto Resgatar em Ubá-MG, proporcionou-me como discente do curso de Psicologia um período de intervenções, tempo em que como estagiária busquei caracterizar e conhecer as demandas diversas do local. A clínica recebe usuários de álcool e outras drogas para um tratamento de nove meses, onde pude observar a importância da atuação do Psicólogo nesse contexto, juntamente com a espiritualidade. Objetivos Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de estágio em Psicologia na abordagem Cognitivo Comportamental realizado na Clínica de Assistência Psicossocial, e como a Religiosidade contribuiu no processo de tratamento dos indivíduos. Método Levantei questões como: Quais motivos levam as pessoas ao uso de drogas? Porque esses comportamentos dependem do contexto? Qual o papel exercido e a influência da espiritualidade nesse processo? A partir daí realizei intervenções à campo através da observação do contexto, dinâmica de grupo, atendimento psicológico individualmente e acolhimento desses sujeitos. Resultados O uso de drogas e substâncias Psicoativas está relacionado às crenças da sociedade, criando ideias precipitadas e estigmatização dessas pessoas. Com essas observações percebi que os efeitos das drogas estão relacionados a 3 fatores: A pessoa, a substância e o contexto/cultura que está inserida. Por esse motivo, a espiritualidade exerce um papel fundamental na estima, esperança, o cuidado e nas crenças desses indivíduos. Conclusão Em suma, a espiritualidade tem um papel fundamental no processo de internalização dos estigmas desses sujeitos, possibilitando uma nova visão frente a esses preconceitos. A recuperação é um processo de alta complexidade, que exige esforço e empenho dos usuários. Os comportamentos que antes eram disfuncionais, ganham através da espiritualidade força, estabilidade e segurança para superar os obstáculos advindos do tratamento. Palavras-chave: psicologia, espiritualidade, terapia cognitivo comportamental

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Qual dimensão da religiosidade está mais relacionada à depressão em estudantes de medicina?

Autores: Julio Cesar Tolentino Junior1, Catarina Sodré de Castro Prado2, Pedro Maranhão Gomes Lopes3, Larissa Cristine de Souza Lopes4, Ana Lucia Taboada Gjorup5 Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: Em estudantes de medicina existe uma preocupação crescente relacionado ao aumento da prevalência de depressão e suas consequências. Nesse contexto, a religiosidade poderia ser um fator protetor nesta população. Objetivo: Investigar qual dimensão da religiosidade está mais relacionada à depressão em estudantes de medicina Métodos: Estudo transversal, com alunos de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. O preenchimento dos questionários foi de forma anônima. Nestes foram incluídos dados sociodemográficos; Inventário de Depressão de Beck (BDI); Índice de Religiosidade de DUKE, em que foram analisados religiosidade organizacional (RO, item 1), não organizacional (RNO, item 2) e intrínseca (RI, somatório dos itens 3, 4 e 5). Escores maiores correspondem a menor religiosidade. As análises estatísticas empregadas foram o teste t e análise de regressão, através do programa estatístico SPSS21®. Nível de significância de 5%. Resultados: Incluídos 47 alunos, com idade de 22,9 ± 3,2 anos. Predomínio de mulheres (n=26) e 42,2% relataram afiliação religiosa. A pontuações de RO, RNO e RI foram significativamente maiores naqueles com religião (p<0,001). Depressão apresentou prevalência de 57,4%. Os escores de RI foram significativamente maiores nos alunos com depressão em comparação àqueles sem depressão (11,9 ± 3,7 pontos e 6,3 ± 3,9 pontos, respectivamente;p=0,004). Não foi observada diferença significativa na pontuação da RO e RNO entre estes dois grupos. Não houve relação entre RNO e sintomas de depressão. A RO foi relacionada com depressão (R2=0,10; t=2,27; p=0,03), porém a dimensão com maior poder preditivo da gravidade dos sintomas depressivos foi a RI (R2=0,33; t=3,73; p=0,001). Conclusões: Entre as dimensões da religiosidade, a RI foi a única com valores significativamente piores nos estudantes com depressão. Religiosidade intrínseca foi a dimensão com maior poder preditivo da gravidade dos sintomas depressivos. Logo, RI pode ser considerada um fator de proteção para depressão na amostra estudada. Palavras-chave: Religiosidade; Depressão; Estudantes de medicina

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Referenciais teóricos utilizados para abordar a religiosidade e espiritualidade (r/e) na formação acadêmica de cursos de saúde no brasil

Autores: Solange Andrea Diaz Alcocer1, Marcus Welby-Borges2, Maria Beatriz Barreto do Carmo3 Instituição: 1. Mestranda do PPG/EISU – Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade, Instituto de Humanidades Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) Universidade Federal da Bahia (UFBA); 2. Prof. Associado do Depto. de Biointeração Instituto de Ciências da Saúde (ICS) e PPG/EISU Universidade Federal da Bahia (UFBA); 3. Prof. Adjunto do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC), PPG/EISU, Universidade Federal da Bahia (UFBA) A Religiosidade e Espiritualidade (R/E) na formação acadêmica em saúde vem sendo explorada por pesquisadores e profissionais de diversas áreas. O presente trabalho tem como objetivo identificar os referenciais teóricos que vêm sendo utilizados nas publicações para abordar a temática da R/E na formação superior em saúde no Brasil. O estudo tem como ponto de partida um estudo inicial, que teve como resultado 20 publicações obtidas em diferentes bases de dados. De modo geral, o conceito de religiosidade foi definido por 35% (07/20) do total das publicações. Desse total, 20% (04/20) são da área de enfermagem, 10% (02/20) da área de medicina e 5% (01/20) de psicologia. A espiritualidade foi definida por 70% (14/20) do total dos trabalhos, sendo 45% (09/20) da área de enfermagem, 15% (03/20) da área de medicina, 5% (01/20) de psicologia e 5% (01/20) do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (UFBA). A religião foi definida por 25% (05/20) das publicações incluídas nesta pesquisa. Destes, 10% (02/20) são da área de enfermagem, 5% (01/20) da área de medicina, 5% (01/20) de psicologia e 5% (01/20) do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (UFBA). Os conceitos de R/E foram empregados em sua maioria por pesquisas que tiveram como propósito conhecer a opinião dos estudantes a respeito da temática na formação acadêmica, refletindo o grande interesse de pesquisadores do campo da saúde em poder abordá-los durante a formação acadêmica. Por outro lado, existe ainda bastante confusão no uso das definições de R/E no âmbito acadêmico e muitas vezes não fica clara a diferença entre estes, que são empregados como sinônimos em alguns casos. A grande variedade de definições para abordar os conceitos sinaliza para a necessidade de maior homogeneização dos seus significados bem como para a realização de estudos que possam contribuir para a sua sistematização. Palavras-chave: Religiosidade. Espiritualidade. Saúde. Ensino. Formação Acadêmica

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Relação entre espiritualidade e esperança de pacientes com câncer Autores: Gunnar Glauco De Cunto Carelli Taets1, Larissa Menezes Vaz2, Cassia Quelho Tavares3 Instituição: 1. Professor Adjunto UFRJ - Campus Macaé; 2. Aluna de Medicina UFRJ- Campus Macaé; 3. Professor Ajunto UFRJ - Campus Macaé Introdução: No adoecimento por câncer, a dimensão espiritual propicia aos pacientes o desenvolvimento da esperança, de um significado para a doença e de um propósito e sentido para a vida, o que favorece o amadurecimento pessoal, a integridade e o enfrentamento da situação vivenciada (Liberato & Macieira, 2008). A espiritualidade pode influenciar o modo como o paciente enfrenta o processo de adoecer e suas repercussões, bem como a maneira como atribui significados ao adoecimento e às intercorrências vivenciadas na trajetória de tratamento. Objetivo: avaliar a relação entre espiritualidade e esperança de pacientes com câncer. Método: trata-se de um estudo exploratório realizado durante os meses de agosto e novembro de 2018 com 65 pacientes em tratamento oncológico em um hospital geral de Macaé, RJ. Resultado: o nível de espiritualidade dos pacientes foi de 16,98 ±2,71, já o de esperança foi de 41,25 ±6.04. o estudo aponto a correlação positiva e de moderada magnitude entre a pontuação global da EEPP-R e a EEH (r=0,324) estatisticamente significante (p<0,05). Conclusão: A espiritualidade e a esperança dos pacientes com câncer em tratamento em um hospital geral do município de Macaé, RJ, avaliados no presente estudo, foram elevadas e apresentaram correlação positiva, de moderada magnitude. O presente estudo contribui no sentido de ressaltar a importância de profissionais e equipes de saúde identificarem e reconhecerem os fatores espirituais na vida dos indivíduos, visando uma assistência integral e contribuindo para a esperança frente a uma doença crônica. Palavras-chave: Espiritualidade, Esperança, Saúde, Câncer

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Relação entre espiritualidade e religiosidade com o bem-estar de adolescentes: um estudo comparativo entre grupos

Autores: Miriam Raquel Wachholz Strelhow1, Everton de Oliveira Maraldi2, Wellington Zangari Instituição: Universidade de São Paulo A investigação da relação entre espiritualidade e religiosidade com o bem-estar na adolescência parte de estudos anteriores que apontam, em geral, para associações positivas entre os mesmos. Embora haja um interesse crescente por esta temática, a maior parte das pesquisas é realizada com populações adultas. O presente estudo tem como objetivo verificar se há diferenças na relação da religiosidade e da espiritualidade com o bem-estar de adolescentes considerando diferentes grupos: 1) alta espiritualidade e alta religiosidade (E/R), 2) alta espiritualidade e baixa religiosidade (E/r), 3) baixa espiritualidade e alta religiosidade (e/R) e 4) baixa espiritualidade e baixa religiosidade (e/r). Participaram 1.248 adolescentes brasileiros de 12 a 18 anos (M = 15,09, DP = 1,77), sendo 57,3% meninas. A coleta de dados foi realizada de forma online, através de um site criado especificamente para esse fim. Para a avaliação do bem-estar, foram consideradas dimensões do Bem-estar Psicológico (Autoaceitação, Propósito na vida, Domínio do Ambiente, Relações Positivas com outros e Crescimento Pessoal), e dimensões do bem-estar subjetivo (satisfação com a vida, afetos positivos e afetos negativos), que foram avaliadas a partir de três instrumentos: a Escala de Bem-estar Psicológico (EBEP), a Escala Breve de Satisfação com a vida (BMLSS) e a escala de Afetos Nucleares (CAS). Para avaliação da espiritualidade foi utilizado o módulo WHOQOL-SRPB, e para avaliar a religiosidade o Índice de Religiosidade de Duke (Durel). Os resultados serão analisados estatisticamente e discutidas as suas implicações para a prática clínica e para o entendimento do impacto da religiosidade e da espiritualidade na saúde e bem-estar de adolescentes. Palavras-chave: Bem-estar, espiritualidade, adolescentes

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Relato de experiência: aceitabilidade da imposição de mãos pelo passe espírita, em um hospital universitário no triângulo mineiro

Autores: Klaus Souza Santos1, Élida Mara Carneiro2, Beatriz dos Santos Godoy3, Paola Fernandes Machado4, Lohanna Gutierrez Bazaga5 Instituição: 1. Oficial de Saúde da PMMG; Mestre em Tecnologia-CEFET/MG e acadêmico de Medicina da UFLA/MG; 2. Fisioterapeuta da Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas, coordenadora da Comissão de Assitência Religiosa Espiritual do HC/UFTM; 3. Acadêmica do 9º período de Medicina da Uniube; 4. Acadêmica do 11º período de Medicina da Uniube; 5. Acadêmica do 8º período de Medicina da Uniube Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a incorporação das Medicinas Tradicionais e Complementares nos Sistemas Nacionais de Saúde, como Práticas Integrativas e Complementares. Novas práticas foram incorporadas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), como a Imposição de Mãos (IM): prática terapêutica secular que utiliza recursos de transferência de energia vital, por meio das mãos, com o intuito de reestabelecer a harmonia do campo vibracional do paciente. O Passe Espírita (PE) é uma transmissão de fluidos provenientes do passista em conexão com bons Espíritos. Objetivos: Este trabalho objetiva verificar a aceitabilidade do PE pelos pacientes e seus acompanhantes em um Hospital Universitário. Métodos: Relato de experiência. Uma equipe, constituída por acadêmicos de Medicina, supervisionados por um docente, oferecia o PE em pacientes internados e seus acompanhantes, em um Hospital Universitário (HU), localizado no Triângulo Mineiro, no período de out/2015 a fev/2016. Como preparativo o grupo fazia uma prece vibracional. As anotações foram realizadas por um membro da equipe. Os dados foram inseridos em uma planilha do tipo “Excel”. Resultados: Foram oferecidos PE a 582 pacientes, de diversas crenças, destes 515 (88,5%) aceitaram. Com relação aos acompanhantes dos pacientes, do total de 365, 319 (87,4 %) aceitaram. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, constatou-se que a aceitabilidade da imposição de mãos pelo passe foi alta nos pacientes e acompanhantes de um Hospital Universitário. Além disso, considerando a diversidade religiosa existente em nosso país, a alta aceitabilidade da IM pelo PE reflete uma marcante espiritualidade dos pacientes e seus acompanhantes nesse relato de experiência. Estudos complementares são necessários.

REFERENCIAL TEÓRICO:

BRASIL, Portaria n.º 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC. Diário Oficial da União, 22 de março. 2018. CARNEIRO, E. M. et eli. Effectiveness of Spiritist “passe” (Spiritual healing) for anxiety levels,depression, pain, muscle tension, well-being, and physiologicalparameters in

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cardiovascular inpatients: A randomized controlledtrial. Complementary Therapies in Medicine. n. 30, p. 73–78. 2017.

CARNEIRO, E. M et ali. Efeitos do passe espírita sobre a resposta hematológica e complicações de recém-nascidos hospitalizados: ensaio clínico randomizado. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde. n. 7, v. 1, p. 30-40. Jan/Jul 2018.

Palavras-chave: Saúde, espiritualidade, imposição de mãos, religiosidade e ensino.

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Relevância da espiritualidade no ensino de graduação Autores: Annaterra Araújo Silva1, Agnes Claudine Fontes De La Longuiniere2, Norma Lopes de Magalhães Velasco Bastos3, Ianderlei Andrade Souza4, Sérgio Donha Yarid5 Instituição: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia O cuidado à saúde deve incluir os objetivos de vida dos indivíduos, suas crenças, preceitos e o entendimento da sociedade ao seu redor, tendo também a dimensão espiritual como critério significativo em atenção à saúde. O objetivo deste estudo é descrever a abordagem da espiritualidade na formação dos profissionais de saúde. Estudo de caráter descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado em duas Unidades de Terapia Intensiva adulto no interior do Brasil com 53 profissionais de saúde. Foi utilizado questionário adaptado do estudo Multicêntrico e posteriormente realizada análise descritiva dos dados. Ao avaliar como o conhecimento sobre espiritualidade relacionado à saúde é adquirido, 40% responderam que procuram ensinamentos dentro da própria religião, 36% refere leituras de livros, artigos, palestras ou recorria aos docentes, 24% não busca conhecimentos sobre o tema. A abordagem da Espiritualidade pelas escolas de formação brasileiras ainda é pequena, ainda não há compreensão de que o ser humano necessita de uma assistência que vai além da visão psicofísica. Este estudo aponta para uma insuficiência de conhecimento oferecido pelas escolas formadoras acerca da influência da espiritualidade na saúde durante a formação acadêmica. Muitos profissionais de saúde concluem os cursos de graduação sem aprofundar o conhecimento sobre a dimensão espiritual do indivíduo, desconsiderando esta influência no processo saúde-doença, bem-estar físico e qualidade de vida. Palavras-chave: Espiritualidade; Universidades; Pessoal de Saúde.

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Relevância da religiosidade e espiritualidade no enfrentamento de uma imunodeficiência primária

Autores: Luisa kecyane Batista Cardoso1, Annaterra Araújo Silva2, Ana Carolina Bahia Perrone3, Maria da Conceição Quirino dos Santos da Silva4, Sérgio Sonha Yarid5 Instituição: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia As dimensões envolvendo Religião, religiosidade e espiritualidade são complementares, fazem parte do ser humano que se relaciona com um ser superior em busca de significados para a sua vida, cada indivíduo vive uma experiência em particular, mas cada uma dessas dimensões possui particularidades. Frente alguma adversidade da vida como uma doença rara, o indivíduo busca apoio espiritual e religioso, podendo ter valor significativo durante o enfrentamento de uma enfermidade coo a síndrome do Hiper-IgE. Este estudo tem como objetivo analisar a influência da espiritualidade e religiosidade no enfrentamento da Síndrome do Hiper-IgE Autossômica Recessiva. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa de caráter exploratório e descritivo. Para coleta de dados quantitativos foi utilizado como instrumento a Escala de Bem-estar espiritual e para coleta de dados qualitativos foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado de perguntas. Os dados foram submetidos a uma análise estatística de frequência simples e comparados com as falas dos mesmos participantes colhidas durante as entrevistas. Os resultados demonstram que os participantes atingiram desempenhos que variavam de moderado a alto bem-estar espiritual e comparado com a entrevista, a fé, religião e espiritualidade da família estão aguçadas durante o processo saúde-doença que acometeu um membro desse núcleo. Constatou-se que o alto índice de bem-estar espiritual do portador e da sua família diminui sintomas de angustia e estresse, além de participar na aceitação da atual situação de saúde. Palavras-chave: Imunodeficiência; Síndromes de imunodeficiência; Espiritualidade; Religiosidade

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Religião ou frequência religiosa: o que mais impacta na espiritualidade de pacientes hiv positivos?

Autores: Larissa Cristine de Souza Lopes1, Frederick Lundgren de Oliveira2, Ana Lucia Taboada Gjorup3, Mariana Mendonça Beadle Dahia4, Julio Cesar Tolentino Junior5 Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Introdução: Espiritualidade tem sido relacionada à religiosidade, apesar de apresentarem conceitos específicos. Com isso, foi investigada se a frequência a um local religioso ou apenas afiliação religiosa impactariam de forma diferente no bem-estar espiritual de pacientes soropositivos. Objetivo: Avaliar a espiritualidade conforme frequência religiosa e religião Métodos: Estudo transversal com pacientes HIV positivos em acompanhamento ambulatorial no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Avaliou-se: afiliação religiosa; frequência religiosa dividida em 4 grupos: A) não frequenta; B) raramente frequenta; C) frequenta pelo menos 1x no mês; D) frequenta pelo menos 1x na semana; FACIT-Sp, cuja análise tri-fatorial realizou-se através das seguintes dimensões: “propósito/sentido”, “sensação de paz” e “fé”. Foram utilizados teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov, ANOVA e teste t, considerando-se significância de 5%. no software SPSS21®, Resultados: Foram incluídos 42 pacientes, com idade de 44,2 ± 5,8 anos, predomínio do sexo masculino (54,2%) e 32 relataram afiliação religiosa. Não se observou diferença significativa entre as pontuações do FACIT-Sp (total e dimensões) entre os pacientes com e sem afiliação religiosa. Assim como não houve diferença significativa nestes escores para cada religião relatada pelos participantes. Comparando-se aqueles que “acreditam na vida após a morte” com os que não, encontrou-se valores significativamente maiores na pontuação total do FACIT-Sp (39,9 ± 9,4 e 28,7 ± 13,6 pontos, respectivamente;p=0,01) e na dimensão “fé” (13,1 ± 3,9 e 7,2 ± 4,6 pontos, respectivamente;p=0,001). Na frequência religiosa, observou-se valores significativamente maiores do grupo D em relação ao B na pontuação total (p=0,006), “sensação de paz” (p=0,003) e “fé” (p=0,03). Não houve diferença significativa em “propósito/sentido” conforme a frequência religiosa. Conclusão: Constatou-se maior bem-estar espiritual naqueles indivíduos com frequência religiosa acima de uma vez na semana, mais especificamente nas dimensões relacionadas à fé e sensação de paz. Em pacientes soropositivos, a frequência religiosa apresentou maior impacto do que religião na espiritualidade. Palavras-chave: 'Religião'', ''frequência religiosa'', ''Espiritualidade'', ''HIV''

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Religiosidade e comportamentos em saúde bucal: um estudo piloto Autores: Clarice do Vale Araujo Melo1, Priscila Almeida Rodrigues2, Janice Simpson de Paula3, Lívia Guimarães Zina4 Instituição: 1. Iniciação Científica Voluntária na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG; 2. Curso de Mestrado Profissional em Odontologia em Saúde Pública da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG; 3. Professora Adjunto – Departamento de Odontologia Social e Preventiva – Faculdade de Odontologia – Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG; 4. Professora Adjunto – Departamento de Odontologia Social e Preventiva – Faculdade de Odontologia – Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG Introdução: Considerando os determinantes sociais de saúde, entre os quais os fatores referentes à religiosidade e espiritualidade interferem diretamente no processo saúde e doença e nos hábitos saudáveis que os indivíduos adotam, constata-se a necessidade de ampliar esse campo de estudos na área de Odontologia. Objetivos: Relacionar aspectos ligados à religiosidade com comportamentos em saúde bucal. Método: Trata-se de um estudo transversal, em que são apresentados os resultados do estudo piloto de levantamento epidemiológico, realizado com mães de crianças de cinco anos de idade no município de São Francisco, Minas Gerais. Questionamentos sobre os comportamentos de saúde bucal da mãe e do seu filho foram avaliados em comparação aos resultados das perguntas sobre as dimensões religiosidade organizacional (RO) - frequência que vai a uma igreja, templo ou outro encontro religioso - e religiosidade não organizacional (RNO) - frequência que dedica o seu tempo a atividades religiosas individuais, como preces, rezas, meditações, leitura da bíblia ou de outros textos religiosos - da Escala de Religiosidade da Duke – DUREL. Resultados: Especificamente sobre RO, os participantes que vão a igreja pelo menos 2 vezes na semana apresentaram maior frequência de escovação e limpeza dos dentes, tanto da mãe quanto do filho. Além disso, houve relação entre o relato de maior frequência de RO e RNO entre as mães que levaram o filho de cinco anos ao dentista alguma vez na vida. Conclusão: Consta-se que há relação entre religiosidade e comportamentos de saúde bucal, demonstrando que quanto maior a frequência de atividades religiosas maior a adoção de hábitos saudáveis, importante para prevenção de doenças bucais. Palavras-chave: saúde bucal; religião; prevenção primária

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Religiosidade e espiritualidade na saúde humana Autores: Claudia Cristina Dias Granito Marques1, Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira2, Sarah Delgado Braga Silva3, Érika Luci Pires de Vasconcellos4, Nara Fernanda dos Santos Rezende5 Introdução: Sabemos que a religião e a fé interferem diretamente na saúde humana a ponto de comprometer ou fortalecer o ser biopsicossocial. O momento do nascimento é um momento único, onde a paridade dignifica e estende a geração de duas famílias; durante a gestação e o parto podem ocorrer complicações que geram internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). A presença da família, e seu estado emocional é um fator determinante na recuperação do mesmo. A religião e a parentalidade interferem neste momento; a visita de um líder religioso ao neonato é um diferencial na recuperação e por isso sua importância quando solicitado pela família. Objetivo: Identificar a influência da religião na recuperação da saúde do neonato e bem-estar espiritual deste e familiares. Reafirmar a necessidade da percepção pela equipe de enfermagem nesta possibilidade de co-terapia. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa com considerações sobre a percepção da equipe da enfermagem sobre a religiosidade e espiritualidade da família e neonato na unidade de terapia intensiva neonatal. Foram encontrados 06 artigos, após busca em BVS, conforme palavras-chave: religiosidade, espiritualidade e enfermagem, na língua portuguesa, os mesmos foram lidos integralmente. Resultados: constatamos a relevância do aspecto religioso dentro da UTIN, haja vista o conforto e aceitação por parte dos familiares do recém-nascido. Conclusão: A visão holística da enfermagem nesses casos é de total valia, uma vez que temos todos os saberes aplicados, principalmente a teoria das relações interpessoais, no contato enfermagem, família e recém-nascido; observando as necessidades de cada ser humano. E quando falamos de religião temos que considerar sua influência no estado clínico do recém-nasido e seus parentes.

Palavras-chave: religiosidade, espiritualidade e enfermagem

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Religiosidade/espiritualidade em psicólogos brasileiros: perfil e implicações na prática profissional

Autores: Pedrita Reis Vargas Paulino1, Alexander Moreira-Almeida2 Instituição: 1. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora; 2. Professor Associado de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF Apesar das evidências consistentes sobre a ampla prevalência de religiosidade/espiritualidade (R/E) na população global, bem como do seu impacto e importância para a prática clínica em saúde mental, há uma lacuna no conhecimento da R/E dos profissionais de psicologia no Brasil e seu impacto na pesquisa e prática clínica. Objetivo: Investigar a R/E dos psicólogos brasileiros e suas repercussões na prática profissional. Método: levantamento (survey) nacional de psicólogos brasileiros através de questionário on-line. Foram enviados e-mails a todos os psicólogos cadastrados no Canal Orienta Psi do Conselho Federal de Psicologia. O questionário continha 45 questões sociodemográficas, sobre treinamento e atuação profissional, R/E pessoal e impacto na prática clínica e de pesquisa. Resultados: A maioria dos 4.300 respondentes era do sexo feminino, com elevado nível de escolaridade (pós-graduação) e atuando na prática clínica. Embora a maioria dos psicólogos tenha filiação religiosa (78,3%), as taxas de agnósticos (8,3%) e ateus (6,3%) são duas e seis vezes maiores que na população brasileira. O baixo resultado para treino específico sobre como lidar com R/E na clínica (24,2%) reforça os achados de que a maioria dos psicólogos não considera que as questões religiosas/espirituais sejam relevantes para o tratamento proposto (65%), apesar da maioria dos profissionais considerar a religião benéfica para a saúde mental (62%). Conclusões: Embora os psicólogos brasileiros, em sua maioria, possuam crenças R/E e considerem importante abordar este tema na prática clínica, esses profissionais tendem a ser menos religiosos que a população a que atendem e a não terem treinamento sobre como abordar a R/E na clínica. Há necessidade de desenvolvimento curricular sobre R/E para ampliar o treinamento nos cuidados em saúde mental. Palavras-chave: espiritualidade, religiosidade, psiquiatria, psicologia, saúde mental;

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Terapia focada na compaixão em grupo no transtorno de estresse pós-traumático Autores: Lina Sue Matsumoto Videira1, Francisco Lotufo Neto2 Instituição: 1. Depto de Psiquiatria - IPQ-HCFMUSP; 2. Depto de Psiquiatria - IPQ-HCFMUSP INTRODUÇÃO: A Terapia Focada na Compaixão (TFC) foi desenvolvida para pessoas com problemas de saúde mental complexos e crônicos, que vivenciam sentimentos de vergonha, culpa e autocrítica, apresentando enorme dificuldade em receber cuidado. A relação terapêutica compassiva pode promover a melhora sintomática dessas pessoas que vivenciaram eventos traumáticos e desconhecem o seu diagnóstico e não buscam tratamento. Este é o aspecto central desta pesquisa realizada no Departamento de Psiquiatria IPQ-HCFMUSP.

OBJETIVOS: Apresentar os resultados deste estudo e também aspectos da relação terapêutica compassiva através das narrativas dos pacientes.

MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, cego, dois grupos paralelos, para tratar pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Num braço, Terapia Apoio (TA-G sem intervenção específica) e no outro Terapia Focada na Compaixão (TFC-G com treino habilidades de compaixão). Em cada braço, foram realizados 5 grupos com 8 sessões semanais de 90 minutos, e todos preencheram escalas avaliação antes da terapia (Tempo-1), após (Tempo-2) e no seguimento (Tempo-3). Foram randomizados 87 pacientes (TA-G=44 e TFC-G=43) e 61 analisados (TA-G=29 e TFC-G=32). Na última sessão, os pacientes escreveram narrativas sobre sua participação no grupo de terapia.

RESULTADOS: Pacientes referem positivamente a relação terapêutica compassiva na sua melhora. Houve um decréscimo expressivo, comparando a média do Tempo-3 com Tempo-1, nos dois grupos (TA-G e TFC-G, respectivamente) nas escalas CAPS-5 (24,40 e 29,77), DTS (31,83 e 33,94), BDI (9,77 e 12,06), BAI (7,33 e 8,23), BHS (3,53 e 3,55), OAS (8,20 e 7,68), FSCS (9,07 e 6,71) e houve aumento na escala de compaixão, SCS (0,50 e 0,52).

CONCLUSÃO: A TFC-G demonstrou ser um modelo de terapia segura e eficaz, e uma esperançosa opção de tratamento em grupo para pacientes com TEPT. O contexto seguro e despatologizante da relação terapêutica compassiva é relatado como um importante diferencial neste tratamento.

Palavras-chave: Trauma, Compaixão, Autocompaixão, Vergonha, Culpa.

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Um breve panorama da experiência de quase morte Autores: Thaíssa Martins Miranda1, Abissair Gabriel de Andrade2, Lucas Henrique Pinto Mariano Da Silva3, Carolina Faith Tassim Ishi4, Evaldo Pasquini Landi5 Instituição: 1. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Coordenadora regional do estado de São Paulo da AALEGREES. Fundadora/ Presidente da LIASE-USF; 2. Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Vice-Presidente da LIASE-USF; 3. Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil; 4. Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade São Francisco do Campus Bragança Paulista, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil; 5. Médico pela Universidade Federal do ABC. Residência médica em clínica médica, hematologia e hemoterapia pela Universidade Federal de São Paulo. Mestrado em clínica médica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professor assistente na área de hematologia e clínica médica na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, São Paulo. Médico assistente do Centro Integrado de Oncologia de Bragança Paulista na área de onco-hematologia. Perito médico previdenciário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Introdução: As experiências de quase morte (EQM) ocorrem em pessoas que estiveram em situação de morte iminente. Após a década de 1950 os relatos aumentaram de maneira significativa devido ao avanço da medicina. Objetivos: Determinar o que são EQM, as situações mais comuns em que as mesmas ocorrem, bem como as características em comum nos eventos relatados, além de demonstrar o poder de transformação exercido na vida dos indivíduos que vivenciaram tal situação. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, centrada na base de dados PubMed, com os descritores “EQM”, “morte” e “espiritualidade”. Então, foram localizados 389 artigos, restando 9 após análise criteriosa. Resultados: Os fenômenos descritos nas EQM são relatos de experiências comuns, fornecidos por indivíduos que sofreram algum tipo de injúria cerebral, no geral, decorrente de anóxia, trauma ou intoxicação. Na maioria dos casos há em comum a inefabilidade, a sensação de ouvir o anúncio da própria morte, a visualização de um túnel, a sensação de estar fora do corpo, o encontro com seres não-físicos (“seres luminosos”) e a vivência de revisão da vida. Após o episódio de EQM é comum os indivíduos demonstrarem maior apreciação pela vida, maior espiritualidade e maior compaixão pelas pessoas, mas também menor medo da morte e redução ao apego aos bens materiais. Vale ressaltar, entretanto, que os estudos não têm demonstrado relação entre a ocorrência do fenômeno com o status socioeconômico ou com a crença religiosa do paciente. Conclusão: A EQM é reconhecida por apresentar um padrão de experiências comuns e pelo potencial de mudanças comportamentais e psíquicas positivas desenvolvidas pelo indivíduo que passou por tal experiência. Assim, se tornou um objeto de interesse e estudo, pois sugere a presença de consciência na ausência de atividade cerebral. Palavras-chave: Espiritualidade, Morte, Parada Cardíaca, Asfixia

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Um estudo autoetnográfico das experiências anômalas e dissociativas em contexto religioso: comparando experiências com e sem o uso de ayahuasca

Autores: Everton de Oliveira Maraldi1, Edson Sigueyoshi Hamazaki2, Mateus Donia Martinez3, Silvana Paula da Silva Siqueira4, Adriano Costa5 Instituição: 1. PUC-SP / USP; 2. USP; 3. USP; 4. USP; 5. USP Experiências anômalas indicam vivências que se distanciam de experiências corriqueiras e parecem contestar explicações aceitas cientificamente. Dentre essas diversas categorias estão as chamadas experiências mediúnicas que podem ser definidas como a capacidade que algumas pessoas teriam de se comunicar com os espíritos de pessoas falecidas. O estado mental dos médiuns tem sido explicado na literatura psicológica e psiquiátrica como dissociação, que pode ser definida como uma perda de informação ou controle sobre processos mentais e/ou psicomotores, usualmente sob o domínio voluntário da consciência. Substâncias enteógenas podem induzir experiências anômalas dos mais diversos tipos. Seu uso faz parte de diversas tradições e práticas mediúnicas no Brasil. O objetivo deste trabalho foi investigar as experiências mediúnicas relatadas durante rituais umbandistas, com e sem o uso da substância Ayahuasca, sob a perspectiva de experienciadores com níveis de envolvimento variados em relação às práticas descritas. Utilizou-se a autoetnografia, que pode ser definida como uma abordagem de pesquisa e escrita que procura descrever e analisar sistematicamente a experiência pessoal a fim de compreender a experiência cultural. Cada participante das experiências forneceu um relato detalhado das experiências vividas que foi submetido a análise temática de conteúdo. Os dados apresentados a partir dos relatos parecem confirmar que as experiências vivenciadas se assemelham fenomenologicamente a vivências designadas na literatura médica e psicológica como dissociativas. Os resultados indicam a viabilidade metodológica da autoetnografia como recurso para um aprofundamento de aspectos das experiências anômalas, usualmente de difícil acesso por outros métodos. A natureza qualitativa e o número restrito de participantes não permitem uma generalização das categorias encontradas, embora contribuam para a formulação de pesquisas quantitativas futuras, as quais permitam um teste mais robusto de algumas das hipóteses aventadas. Palavras-chave: Religião. Psicologia. Ciência. Estado de consciência.

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Um estudo sobre alucinações em ambientes espiritas e umbandistas: diagnóstico diferencial entre alucinações patológicas e não patológicas

Autores: Silvana Paula da Silva Siqueira1, Everton de Oliveira Maraldi2 Instituição: 1. Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (InterPsi), Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo (IP-USP); 2. Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (InterPsi), Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo (IP-USP) O presente estudo se propôs a levantar dados que pudessem contribuir no processo de realizar um diagnóstico diferencial entre alucinações (visuais/ auditivas), patológicas e não patológicas, vivenciadas em contextos religiosos, com foco em contextos espiritas e umbandistas. Nosso principal objetivo foi identificar critérios que pudessem contribuir no processo de compreensão, sobre a forma como estas experiencias impactam a vida dos que as experienciam e sobre a forma como as mesmas são acolhidos pelos contextos, bem como, a forma como são nomeadas pelos mesmos. Como objetivo secundário, mas, não menos importante, propomos através deste estudo incentivar pesquisas que se voltem a produzir conteúdos que contribuam no processo de diagnóstico diferencial entre patológico e não patológico, no que se refere as tantas experiencias anômalas, vivenciadas nestes contextos. Para alcançarmos nossos objetivos, adotamos como metodologia uma revisão literária a fim de conhecer como as alucinações se apresentam e as principais definições para alucinações auditivas e visuais. Ainda como critério metodológico, realizou-se entrevistas semi-dirigida em membros de ambos os contextos, que relatavam a vivência de experiencias alucinatórias durante reuniões religiosas. Através da análise destas entrevistas é proposto compreender os impactos positivos e negativos, presentes em suas narrativas. Em fase de finalização, a pesquisa já apresenta dados que mostram o quanto as experiências alucinatórias patológicas, quando manifestadas dentro de contextos religiosos, assemelham-se às não patológicas, bem como, o quanto essas experiências podem causar, em diversos momentos certo desconforto nos que as vivenciam, já que, a falta de conhecimento sobre as mesmas gera em diversos casos diagnósticos equivocados ou mais, são as tais a causa da falta de busca por diagnóstico. Desta forma, concluímos ser necessário a finalização da análise dos dados coletados para divulgação dos resultados obtidos. Palavras-chave: Alucinação; Diagnóstico Diferencial; Religião; Mediunidade