ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO...

43
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL ANGRA DOS REIS 2015

Transcript of ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO...

Page 1: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

ÍNDICE DE

COMPETITIVIDADE

DO TURISMO NACIONAL

ANGRA DOS REIS 2015

Page 2: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

2 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

APRESENTAÇÃO

A fim de dar continuidade ao trabalho iniciado em 2008, o Ministério do Turismo (MTur), o

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e a Fundação

Getulio Vargas (FGV) consolidam, no presente documento, os resultados da edição 2015 do

Índice de Competitividade do Turismo Nacional.

Por meio do índice de competitividade do destino e dos índices desagregados em 13

dimensões ligadas à atividade turística, é possível analisar o nível de desenvolvimento de um

destino turístico sob a ótica da competitividade – conceito que impulsiona o destino a superar-

se ano após ano, proporcionando ao turista uma experiência cada vez mais positiva. A

pesquisa é realizada anualmente em 65 destinos selecionados pelo MTur e Sebrae Nacional.

Tais resultados foram gerados a partir de respostas coletadas por pesquisadores da Fundação

Getulio Vargas em visita a campo nos 65 municípios avaliados, realizada entre os meses de

maio a agosto de 2015. A partir da identificação e do acompanhamento de aspectos objetivos,

gera-se um diagnóstico da realidade local.

A principal finalidade deste documento é permitir que os destinos estudados utilizem essas

informações para planejar e desenvolver vantagens competitivas, norteando a elaboração de

políticas públicas que eliminem, gradativamente, os entraves ao desenvolvimento sustentável

da atividade turística.

Ministério do Turismo

Sebrae Nacional

Fundação Getulio Vargas

Page 3: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

3 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

SUMÁRIO

1. ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE 2015 ....................................................................................... 4

2. RESULTADOS GERAIS............................................................................................................. 9

3. RESULTADOS POR DIMENSÃO ............................................................................................. 14

3.1. Infraestrutura geral ........................................................................................................... 14

3.2. Acesso .............................................................................................................................. 17

3.3. Serviços e equipamentos turísticos ................................................................................... 19

3.4. Atrativos turísticos ............................................................................................................ 21

3.5. Marketing e promoção do destino ..................................................................................... 24

3.6. Políticas públicas .............................................................................................................. 27

3.7. Cooperação regional ......................................................................................................... 29

3.8. Monitoramento ................................................................................................................. 31

3.9. Economia local ................................................................................................................. 33

3.10. Capacidade empresarial ............................................................................................... 35

3.11. Aspectos sociais ........................................................................................................... 37

3.12. Aspectos ambientais ..................................................................................................... 39

3.13. Aspectos culturais ......................................................................................................... 41

Page 4: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

4 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

1. ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE 2015

O conteúdo desse documento apresenta ao destino turístico os resultados do Índice de

Competitividade, levantamento que visa refletir o estágio de desenvolvimento do destino de

acordo com o seguinte conceito:

Competitividade é a capacidade crescente de gerar n egócios nas atividades

econômicas relacionadas com o setor de turismo, de forma sustentável,

proporcionando ao turista uma experiência positiva.

A competitividade do destino é avaliada de acordo com 13 dimensões e mais de 60 variáveis

(Figura 1). A soma ponderada dos resultados conquistados pelo destino em cada uma dessas

dimensões resulta no índice geral de competitividade do destino:

Page 5: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

Figura 1. Dimensões e Variáveis que compõem o Índice de Compe titividade

DIMENSÃO VARIÁVEIS

IND

ICE

DE

CO

MP

ET

ITIV

IDA

DE

DO

TU

RIS

MO

NA

CIO

NA

L

ÍNFRAESTRUTURA GERAL

Capacidade de atendimento médico para o turista no destino

Fornecimento de energia

Serviço de proteção ao turista

Estrutura urbana nas áreas turísticas

ACESSO Acesso aéreo

Acesso rodoviário

Acesso aquaviário Acesso ferroviário

Sistema de transporte no destino

Proximidade de grandes centros emissivos de turistas

SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS

Sinalização turística

Centro de atendimento ao turista

Espaço para eventos

Capacidade dos meios de hospedagem

Capacidade do turismo receptivo

Estrutura de qualificação para o turismo

Capacidade dos restaurantes

ATRATIVOS TURÍSTICOS

Atrativos naturais

Atrativos culturais

Eventos programados

Realizações técnicas, científicas ou artísticas

Diversidade de atrativos, opções e equipamentos de lazer

MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO

Plano de marketing

Participação em feiras e eventos

Promoção do destino

Estratégias de promoção digital

POLÍTICAS PÚBLICAS

Estrutura municipal para apoio ao turismo

Grau de cooperação com o governo estadual

Grau de cooperação com o governo federal

Planejamento para a cidade e para a atividade turística

Grau de cooperação público-privada

COOPERAÇÃO REGIONAL Governança

Projetos de cooperação regional

Planejamento turístico regional

Roteirização Promoção e apoio à comercialização de forma integrada

MONITORAMENTO Pesquisas de demanda

Pesquisas de oferta

Sistema de estatísticas do turismo

Medição dos impactos da atividade turística

Setor específico de estudos e pesquisas

ECONOMIA LOCAL

Aspectos da economia local

Infraestrutura de comunicação

Infraestrutura e facilidades para negócios

Empreendimentos ou eventos alavancadores

CAPACIDADE EMPRESARIAL

Capacidade de qualificação e aproveitamento do pessoal local

Presença de grupos nacionais e internacionais do setor do turismo

Concorrência e barreiras de entrada

Geração de negócios e empreendedorismo

ASPECTOS SOCIAIS

Acesso à educação

Empregos gerados pelo turismo

Uso de atrativos e equipamentos turísticos pela população

Cidadania, sensibilização e participação na atividade turística

Política de enfrentamento e prevenção à exploração de crianças e adolescentes

ASPECTOS AMBIENTAIS

Estrutura e legislação municipal de meio ambiente

Atividades em curso potencialmente poluidoras

Rede pública de distribuição de água

Rede pública de coleta e tratamento de esgoto

Coleta e destinação pública de resíduos

Patrimônio natural e unidades de conservação no território municipal

ASPECTOS CULTURAIS

Produção cultural associada ao turismo

Patrimônio histórico cultural

Estrutura municipal para apoio à cultura

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 6: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

6 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa em Angra dos Reis foi realizada entre os dias 17 e 21 de agosto de 2015. Nesse período,

o pesquisador da FGV realizou uma série de entrevistas com diversos atores, públicos e privados,

envolvidos direta ou indiretamente com o turismo, como: prefeito; Secretaria Municipal de Turismo;

outras secretarias municipais (Cultura, Meio Ambiente, Finanças, Infraestrutura ou Obras, Ação Social

etc); representantes dos empresários do setor hoteleiro; representantes dos empresários do setor de

alimentação; representantes dos empresários do setor de receptivo; Sebrae; conselho municipal de

turismo; e instância de governança regional.

Além do levantamento de dados por meio de entrevistas, foram realizadas visitas técnicas aos

principais equipamentos e atrativos turísticos do destino, além dos terminais de chegada ao destino.

Nesta etapa, vários pontos são observados pelo pesquisador, como as principais características físicas

dos atrativos turísticos e da estrutura urbana do destino. Por fim, parte das perguntas é respondida

com base em informações oriundas de fontes secundárias, de abrangência nacional, disponíveis em

nível municipal. O levantamento dessas informações permitiu que fosse preenchido o instrumento de

coleta de dados da pesquisa, composto por mais de 500 perguntas, divididas entre as 13 dimensões

que compõem o Índice de Competitividade.

CALCULO DO ÍNDICE

Estabeleceu-se uma série de critérios junto a especialistas em diversas áreas, com o intuito de definir

a importância e o peso de cada dimensão do estudo. Em seguida, foram atribuídos pontos às perguntas

e pesos também às variáveis.

A soma da pontuação obtida em cada pergunta, multiplicada pelo peso de cada variável, resulta nos

índices de cada dimensão. Os resultados de cada dimensão, por sua vez, foram multiplicados por seu

peso - atribuído de acordo com sua importância para a competitividade - e, mais uma vez, somados.

O resultado desse cálculo corresponde ao índice geral de competitividade do destino.

Page 7: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

7 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

ANÁLISE DOS RESULTADOS

O presente relatório apresenta os resultados consolidados do destino em 2015: o índice geral de

competitividade do destino e o indicador em cada uma das 13 dimensões avaliadas.

Para fins de análise, os índices de competitividade foram divididos em cinco níveis, em uma escala

de 0 a 1001:

Figura 2. Níveis do Índice de Competitividade

Para comparar os resultados das últimas edições da pesquisa, é importante observar os critérios

estatísticos nos quais esse levantamento se baseia. Considerou-se que o índice se manteve estável

em casos de aumento ou queda de até 1,0 ponto na comparação dos indicadores entre anos seguidos.

O documento apresenta ainda a média Brasil (média dos indicadores obtidos pelos 65 destinos), a

média das cidades não capitais, além da distribuição dos 65 destinos pesquisados em relação aos

cinco níveis de competitividade nas 13 dimensões estudadas.

No capítulo de Resultados Consolidados, é apresentada uma tabela com os resultados gerais do

destino, do Brasil e do grupo das não capitais dos últimos três anos.

1 Para o posicionamento em níveis, segundo a escala proposta, utilizou-se o critério de arredondamento das pontuações. Por exemplo: abaixo de 20,5, a pontuação posiciona-se no nível 1 (entre 0 e 20); acima de 20,6, classifica-se no nível 2 (entre 21 e 40), e assim por diante.

Page 8: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

8 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

O índice geral vai indicar o nível de competitividade alcançado pelo destino. Porém, a competitividade

deve ser analisada de forma relativa. Por isso, é fundamental analisar os resultados de forma crítica,

ponderando questões ligadas às suas características geográficas, econômicas e ao posicionamento

do destino, a fim de entender que os resultados de determinada dimensão serão influenciados por

esses fatores. Dessa forma, não se espera que alguns destinos alcancem, necessariamente, o nível

mais alto de competitividade em todas as dimensões. Isso é especialmente aplicado a alguns destinos

não capitais ou que estejam direcionados a nichos específicos de mercado. É importante também

verificar a evolução ao logo do tempo.

Para identificar as áreas onde é preciso melhorar, o destino deve verificar as dimensões com índice

mais baixo e avaliar quais são os aspectos que demandam ações de curto prazo. Para auxiliar nessa

identificação, foram elencados, com base na análise dos resultados e, principalmente, das respostas

obtidas em campo, os principais desafios do destino dentro da temática abordada em cada dimensão.

Além de avaliar seus pontos fracos, o destino deve ter atenção nos seus pontos fortes, pois essas são

fontes de vantagem competitiva. É importante também analisar as dimensões com os melhores índices

e manter a continuidade das ações dentro destes aspectos.

Cabe ressaltar que cada ponto deve ser discutido entre os atores envolvidos com o turismo no destino,

tendo como base uma investigação mais detalhada sobre cada ponto, bem como um planejamento

voltado para o desenvolvimento do turismo.

Além de observar os fatores destacados neste relatório individual, é importante conhecer todos os

fatores avaliados pelo Índice, ainda que o destino já os tenha desenvolvido, pois a continuidade das

ações é fundamental para a competitividade do destino. Para isso, pode-se consultar o capítulo

referente aos Aspectos Metodológicos do Índice na publicação Índice de Competitividade do Turismo

Nacional - Relatório Brasil 2015, em especial a parte que detalha cada dimensão e variável.

Page 9: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

9 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

2. RESULTADOS GERAIS

O índice geral alcançado por Angra dos Reis indica que o destino situa-se no nível 3 de

competitividade, e registrou estabilidade em relação ao último ano da pesquisa. O resultado é similar

à média Brasil e superior à média das não capitais, conforme é possível observar no Gráfico 1.

Gráfico 1. Índices gerais de competitividade – dest ino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Este índice foi influenciado pelos resultados de cada uma das 13 dimensões avaliadas, apresentados

no Gráfico 2:

Page 10: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

10 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 2. Índices do destino por dimensão, em orde m decrescente de desempenho

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

As dimensões com os maiores índices são Aspectos ambientais, Aspectos culturais, Economia local,

Capacidade empresarial, Infraestrutura geral, Atrativos turísticos e Serviços e equipamentos turísticos,

resultados que atingiram o nível 4, apesar de haver espaço para melhorias e inovações.

Page 11: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

11 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Por sua vez, as dimensões com os menores índices registrados são Cooperação regional (nível 2) e

Monitoramento, cujo índice não ultrapassou o nível 1.

O Gráfico 3 mostra o posicionamento dos 65 destinos de acordo com o nível de competitividade

alcançado. Observa-se que 32 destinos se encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio

em que se encontra a maior parte dos destinos pesquisados.

Gráfico 3. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o Índice geral

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Com base nas observações realizadas ao longo da pesquisa, nas respostas obtidas e, em especial,

nos relatos dos próprios entrevistados, é possível destacar alguns dos principais fatores positivos, bem

como os principais desafios para a competitividade do destino:

Page 12: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

12 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Diferenciais de ANGRA DOS REIS (RJ):

• A relevância ambiental, extensão e diversidade encontrados no principal atrativo natural do

destino – a Ilha Grande.

• A frequente utilização da cidade como cenário em novelas e programas de repercussão

nacional e internacional, em geral aliada a uma imagem positiva, como sua beleza cênica.

• Proximidade com o Aeroporto Interacional do Rio de Janeiro – Antônio Carlos Jobim (inferior

a 200 Km), importante portão de entrada de turistas, com estrutura bem avaliada e voos

diretos – internacionais e nacionais.

Desafios de ANGRA DOS REIS (RJ):

• Item importante da infraestrutura local – a descontinuidade do serviço de energia – gera

prejuízos físicos aos estabelecimentos locais, além de comprometimento na qualidade do

serviço.

• Há necessidade de sensibilização e despertamento da comunidade local para a importância

econômica e social da atividade turística no destino.

• O ordenamento da atividade náutica no destino e ações que visem o respeito à capacidade

de carga na Ilha Grande são medidas importantes.

Page 13: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

13 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

RESULTADOS CONSOLIDADOS

A tabela 1 consolida os resultados gerais do destino, do Brasil e do grupo das não capitais nos últimos

três anos nas dimensões avaliadas.

Tabela 1. Índices de competitividade do destino e m édias Brasil e Não capitais 2

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

2 O resultado Brasil considera a amostra das 65 localidades analisadas. Os resultados das não capitais refletem a média dos índices do grupo de cidades de mesma característica geopolítica.

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

ÍNDICE GERAL 58,8 59,5 60,0 53,1 53,4 53,8 61,7 60,4 59,9

INFRAESTRUTURA GERAL 68,6 68,2 67,7 63,8 62,5 61,8 56,5 68,5 63,0

ACESSO 62,6 62,2 61,9 53,8 52,4 52,4 63,8 61,1 60,3

SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS

56,8 58,7 59,0 48,1 49,6 49,5 62,6 62,7 62,6

ATRATIVOS TURÍSTICOS 63,2 63,4 63,2 63,4 62,8 62,6 58,2 59,4 62,9

MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO

46,8 48,4 48,5 44,4 45,7 45,0 59,4 45,9 49,4

POLÍTICAS PÚBLICAS 57,6 58,1 58,9 54,4 53,9 55,3 63,1 63,4 60,4

COOPERAÇÃO REGIONAL 44,6 48,3 50,0 44,9 49,3 51,7 29,9 29,1 33,3

MONITORAMENTO 37,4 36,2 36,3 31,9 30,7 30,4 51,2 40,9 13,4

ECONOMIA LOCAL 63,6 63,6 64,7 55,2 54,8 55,8 72,7 71,4 75,0

CAPACIDADE EMPRESARIAL 61,2 61,9 62,7 43,5 44,8 45,7 66,5 64,2 63,1

ASPECTOS SOCIAIS 59,4 59,7 60,5 56,7 56,8 57,9 58,0 54,2 56,1

ASPECTOS AMBIENTAIS 67,7 67,3 68,2 63,6 62,4 63,5 76,4 71,1 75,9

ASPECTOS CULTURAIS 58,2 62,0 64,0 52,4 55,6 57,6 68,7 71,9 75,8

Dimensões BRASIL NÃO CAPITAIS ANGRA DOS REIS

Page 14: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

14 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3. RESULTADOS POR DIMENSÃO

Conforme indicado na etapa anterior, o Índice de Competitividade do destino (Índice geral) é o

resultado da soma ponderada dos índices registrados em cada uma das 13 dimensões. Nas próximas

páginas, portanto, serão apresentados os resultados registrados pelo destino em cada dimensão, e a

série histórica de índices. Para apoiar a compreensão, serão destacados os principais fatores positivos

e os principais desafios para a competitividade do destino3.

3.1. Infraestrutura geral

Variáveis analisadas:

Capacidade de atendimento médico para o turista no destino

Fornecimento de energia Serviço de proteção ao turista

Estrutura urbana nas áreas turísticas

Na dimensão Infraestrutura geral, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou abaixo do conquistado

no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 4. Este índice

posicionou-se abaixo da média nacional e acima da média do grupo das não capitais na dimensão.

3 Como ressaltado anteriormente, a totalidade dos quesitos considerados em cada dimensão pode ser conferida no Relatório Brasil 2015, no capítulo correspondente aos Aspectos Metodológicos do Índice. Optou-se por destacar aqui apenas os principais, para oferecer ao destino uma análise mais direcionada.

Page 15: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

15 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 4. Índices Infraestrutura geral – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 5 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Infraestrutura geral. Ressalta-se que 33 destinos se

encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maioria dos destinos

pesquisados.

Gráfico 5. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Infraestrutura geral

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 16: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

16 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Inexistência de pontos alagamento frequentes nas áreas de circulação turística;

• Existência de atendimento de emergência no destino e atendimento considerado dentro da

capacidade na alta temporada, segundo a maioria dos entrevistados;

• Sensação de segurança evidente nas áreas de circulação de turistas;

• Presença de Corpo de Bombeiros com grupo de busca e salvamento – são quatro, os quartéis

existentes no destino. Um próximo ao centro da cidade, outro no Frade, outro na Ilha Grande e

outro em Mambucaba;

• Existência de Defesa Civil no destino com equipe fixa e estrutura própria.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Descontinuidade no fornecimento de energia elétrica, sendo citado constantemente por

empresários como item de alto impacto em seus estabelecimentos, seja pelo prejuízo com

aparelhos eletrônicos ou por afetar diretamente no serviço prestado aos hóspedes nos meios

de hospedagem;

• Inexistência de Guarda Municipal no destino, embora a cidade conte com alguma estrutura

neste sentido. Atualmente conta-se com os “Vigilantes Patrimoniais” ligados à Secretaria de

Administração e os “Agentes de Trânsito”, subordinados à Defesa Civil;

• Conservação urbana ineficiente, principalmente no que tange aos casarões históricos da cidade

e pouca ordenação do comércio local, seja com sobreposição de estabelecimentos ou

ocupação de vias (este normalmente por conta de vendedores ambulantes), gerando grande

poluição visual. O descontrole da construção de residências foi outro item citado em campo,

principalmente nas áreas de montanha;

• Descontinuidade e extensão da ciclovia existente (muito inferior quando comparada ao total da

área de circulação turística do destino), o que não permite locomoção adequada no destino por

este veículo.

Page 17: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

17 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.2. Acesso

Variáveis analisadas:

Acesso aéreo Acesso rodoviário Acesso aquaviário Acesso ferroviário

Sistema de transporte no destino

Proximidade de grandes centros emissivos de

turistas

Na dimensão Acesso, o índice alcançado pelo destino em 2015 permaneceu estável em relação ao

registrado no ano anterior, entretanto, mesmo com essa pequena variação, o destino passou a se

posicionar um nível abaixo (nível 3), como é possível observar no Gráfico 6. Este índice posicionou-se

abaixo da média nacional e acima da média do grupo das não capitais na dimensão.

Gráfico 6. Índices Acesso – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 7 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Acesso. Observa-se que 16 destinos se encontram no mesmo

nível que Angra dos Reis, enquanto a maior parte dos destinos pesquisados encontra-se no nível 4.

Page 18: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

18 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 7. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Acesso

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de um terminal aeroportuário dentro do território municipal, ainda que não opere com

voos regulares, somente voos particulares;

• Existência de um terminal rodoviário no destino com avaliação positiva nas seguintes estruturas

– conforto, sanitários, serviço de ouvidoria – além de Centro de Informação Turísticas em

funcionamento e atendimento em dois idiomas estrangeiros;

• Oferta de linhas intermunicipais e interestaduais diretas e regulares, incluindo a cidade do Rio

de Janeiro, principal centro emissor para o destino, segundo o órgão gestor de turismo local;

• Disponibilidade de terminal hidroviário, com fluxo turístico regular para embarque e

desembarque e Centro de Informações Turísticas em funcionamento com atendimento em dois

idiomas estrangeiros.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Inexistência de meios de transporte turístico que interligue os principais atrativos do destino;

• Ocorrência de congestionamentos frequentes no destino e seus acessos durante a alta

temporada, segundo relatos colhidos em campo;

• Ordenamento do uso das vagas públicas oferecidas no destino, pois segundo relatos, não são

raros os casos em que veículos permanecem estacionados por muitos dias (a exemplo dos

carros de quem embarca para a Ilha Grande), limitando a oferta de vagas;

• Inexistência de terminal hidroviário adequado para embarque e desembarque de turistas no

principal atrativo do destino (Ilha Grande), onde há intenso fluxo turístico proveniente do

Page 19: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

19 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

continente e de cruzeiros, principalmente durante a alta temporada. Oficialmente o processo

ocorre na Vila do Abraão, entretanto a estrutura presente é apenas um cais de madeira.

3.3. Serviços e equipamentos turísticos

Variáveis analisadas:

Sinalização turística Centro de atendimento ao turista Espaço para eventos Capacidade dos meios de

hospedagem

Capacidade do turismo receptivo

Estrutura de qualificação para o turismo

Capacidade dos restaurantes

Na dimensão Serviços e equipamentos turísticos, o índice registrado pelo destino em 2015

permaneceu estável em relação ao registrado no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível

observar no Gráfico 8. Este índice posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das

não capitais na dimensão.

Gráfico 8. Índices Serviços e equipamentos turístic os – destino x Brasil x Não capitais: 2008-

2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 20: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

20 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

O Gráfico 9 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Serviços e equipamentos turísticos. Ressalta-se que 26

destinos se encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maior parte

dos destinos pesquisados.

Gráfico 9. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Serviços e equipamentos tu rísticos

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de Centros de Informações Turísticas no destino em funcionamento regular – são 4

no total – Praia do Anil, Estação de Santa Luzia, Vila do Abraão e Rodoviária – com atendimento

em pelos menos dois idiomas – inglês e espanhol;

• Disponibilidade de acesso à internet dentro das unidades habitacionais, em mais de 50% dos

meios de hospedagem, como informado em campo;

• Mobilização do setor de bares e restaurantes com a criação do Polo Angra Gastronômica onde

são realizadas reuniões periódicas que objetivam a convergência de ideias e ações para

aprimoramento da qualidade do serviço e dos produtos oferecidos, seja na seleção de insumos

e fornecedores ou manipulação de alimentos, tornando a gastronomia da cidade um forte item

de atração turística. Esta mobilização impacta diretamente na participação e engajamento dos

proprietários de restaurantes nas capacitações de gestão do negócio e manipulação de

alimentos oferecidas no destino;

• Oferta regular de capacitação em manipulação de alimentos no destino também para

vendedores ambulantes;

• Disponibilidade de sinal wi-fi gratuito na Estação de Santa Luzia, área de grande trânsito de

turistas.

Page 21: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

21 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Cobertura de sinalização turística somente em pequena parte do destino. Há deficiência de

sinalização em especial na Ilha Grande, área de grande circulação de turistas;

• Ausência de sinalização turística viária em idioma estrangeiro;

• Inexistência de Centro de Convenções no destino. Atualmente os eventos ocorrem em salas e

espaços de eventos dos meios de hospedagem locais e também em áreas públicas, como a

Praia do Anil, neste segundo, com estrutura improvisada;

• Ordenamento do turismo náutico na Baía da Ilha Grande. Esta medida já vem sendo tomada

pelas empresas de receptivo local e tem sido tratada em parceria com o poder público local.

3.4. Atrativos turísticos

Variáveis analisadas:

Atrativos naturais Atrativos culturais Eventos programados Realizações técnicas, científicas ou artísticas.

Diversidade de atrativos e equipamentos de lazer

Na dimensão Atrativos turísticos, o índice alcançado pelo destino em 2015 ficou acima do registrado

no ano anterior, o que levou o destino a subir de nível na escala de competitividade (nível 4), como é

possível observar no Gráfico 10. Este índice foi similar à média nacional e à média do grupo das não

capitais na dimensão.

Page 22: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

22 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 10. Índices Atrativos turísticos – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 11 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Atrativos turísticos. Observa-se que 34 destinos se encontram

no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maioria dos destinos pesquisados.

Gráfico 11. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Atrativos turísticos

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 23: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

23 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Presença de atrativos naturais tais como a Ilha Grande - principal atrativo natural que engloba

vários outros atrativos menores em sua extensão, como a Vila do Abraão, portão de entrada

da Ilha para a maioria dos turistas e segundo atrativo natural indicado. Em terceiro lugar, as

Ilhas Botinas, amplamente divulgada pelo destino, com grande capacidade de atração de

turistas nacionais e internacionais;

• Existência de estudo de capacidade de carga recentemente concluído e entregue pela

empresa Socioambiental para o principal atrativo natural indicado. O plano “Concepção do

Sistema de Ordenamento Turístico Sustentável da Ilha Grande e Sistema de Sustentabilidade

Financeira das UC que a compõem”, possui, dentre outras análises, o estudo de capacidade

de carga para este atrativo;

• Existência de atrativos culturais com capacidade de atração de turistas, tais como a Casa de

Cultura, Museu de Arte Sacra e Casa Laranjeiras, indicados como os principais atrativos

culturais;

• Avaliação positiva das seguintes estruturas de acesso ao principal atrativo cultural –

sinalização de trânsito viária; sinalização turística e pavimentação de acesso;

• Prática de realizações técnicas e científicas no destino, gerando fluxo de visitantes para fins

específicos, como a observação de fauna e flora no Centro de Estudos Ambientais e

Desenvolvimento Sustentável (Campus da UERJ - Ilha Grande) e realização técnica na Usina

Nuclear de Angra dos Reis;

• Diversidade de equipamentos e opções de lazer no destino, tais como: Praças, Shopping

Center, Boates e Casas Noturnas e Concentração de Bares e restaurantes.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• A não adoção das ações propostas no estudo Concepção do Sistema de Ordenamento

Turístico Sustentável da Ilha Grande e Sistema de S ustentabilidade Financeira das UC

que a compõem , recentemente entregue ao município, não somente no que tange a

capacidade de carga do atrativo, mas nas demais medidas propostas. Atualmente é realizada

alguma tentativa de controle de entrada de visitantes na Ilha, como o uso de pulseiras, cobrança

de taxa a cruzeiristas, contudo, estes métodos não são capazes de cumprir com eficácia a

função a que se propõe;

• Ausência de quesitos de acessibilidade que viabilize o uso de turistas portadores de

necessidades especiais no principal atrativo natural do destino;

Page 24: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

24 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

• Carência de estrutura de apoio adequada nos atrativos culturais da cidade, tanto no que se

refere a oferta de banheiros, disponibilidade de sinal de internet para visitantes, sinalização

indicativa adequada, quesitos de acessibilidade para portadores de necessidades especiais e

maior atenção à conservação destes prédios históricos;

• Melhorias na estrutura física geral do principal evento programado indicado – a Procissão

Marítima que ocorre todo dia 1o de janeiro no município – e segundo relatos em campo vem

perdendo aderência da população local e público turístico motivado exclusivamente pelo

evento;

• Inexistência de recursos que facilitem o acesso de portadores de necessidades especiais ao

local da principal realização técnica indicada – Centro de Estudos Ambientais e

Desenvolvimento Sustentável (Campus da UERJ - Ilha Grande).

3.5. Marketing e promoção do destino

Variáveis analisadas:

Plano de marketing Participação em feiras e eventos Promoção do destino Estratégias de

promoção digital

Na dimensão Marketing e promoção do destino, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima

do conquistado no ano anterior, mantendo-se no nível 3, como é possível observar no Gráfico 12. Este

índice foi similar à média nacional e posicionou-se acima da média do grupo das não capitais na

dimensão.

Page 25: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

25 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 12. Índices Marketing e promoção do destino – destino x Brasil x Não capitais: 2008-

2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 13 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Marketing e promoção do destino. Ressalta-se que 33

destinos se encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maioria dos

destinos pesquisados.

Gráfico 13. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Marketing e promoção do de stino

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 26: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

26 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Prática de participação em feiras e eventos de Turismo no último ano, para divulgação do

destino;

• Participação em rodadas de negócios no último ano, bem como reuniões agendadas em

eventos de Turismo;

• Aparição em edições da Novela Império, novela de repercussão nacional em horário nobre,

filmada no último ano. O destino serve constantemente de cenário para programas de TV nas

proporções citadas. Já este ano, mais duas novelas de horário nobre realizaram filmagens no

destino;

• Existência de material promocional destinado especialmente para o público final, como folhetos

indicativos de atrativos, mapas contemplando as diversas trilhas, praias e cachoeiras locais;

• Disponibilidade de site promocional que atenda ao destino: www.visiteangradosreis.com.br. Em

geral, o site promocional possui uma interface amigável e informações relevantes que auxiliam

da divulgação do destino e também na consulta do turista;

• Oferta tanto de material promocional como de opção no site promocional de idioma estrangeiro

(inglês e espanhol).

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Inexistência de Plano de Marketing formal para o destino que estipule objetivos, metas, a ações

de curto e longo prazo. O último Plano de Marketing datado de 2009, encontra-se defasado;

• Ausência de métodos de avaliação dos resultados dos eventos de turismo dos quais o destino

participa, o que poderia ser feito por meio de pesquisa nos próprios eventos, contagem de

visitantes recebidos nos estandes, bem como de negócios estabelecidos;

• Inexistência de uma marca promocional turística;

• Ausência um calendário de eventos disponível para consulta e fácil acesso para o turista;

• Indisponibilidade de aplicativo oficial do destino que abarque as principais informações

turísticas do destino;

• Carência de conteúdo promocional do destino nas principais redes sociais. O perfil oficial

existente é essencialmente institucional, como verificado durante período de campo.

Page 27: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

27 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.6. Políticas públicas

Variáveis analisadas:

Estrutura municipal para apoio ao

turismo

Grau de cooperação com o governo

estadual

Grau de cooperação com o governo

federal

Planejamento para a cidade e para a

atividade turística

Grau de cooperação público-privada

Na dimensão Políticas públicas, o índice registrado pelo destino em 2015 permaneceu estável em

relação ao conquistado no ano anterior, entretanto, mesmo com essa pequena variação, o destino

passou a se posicionar um nível abaixo (nível 3), como é possível observar no Gráfico 14. Este índice

posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Gráfico 14. Índices Políticas públicas – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 15 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Políticas públicas. Observa-se que 29 destinos se encontram

no mesmo nível que Angra dos Reis, enquanto a maior parte dos destinos pesquisados apresentou

resultados no nível 4.

Page 28: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

28 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 15. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Políticas públicas

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de um órgão exclusivo para a gestão do turismo local, Fundação de Turismo de

Angra dos Reis (TurisAngra), que também dispõe de recursos extraorçamentários,

potencializando o poder de atuação da Fundação no destino;

• Atuação efetiva da instância de governança municipal, que conta com diversas câmaras

temáticas em sua estrutura, além de reuniões frequentes (periodicidade mensal) e quórum

significativo. Dentre os temas que formam a pauta do conselho, está em destaque o

ordenamento da atividade náutica local;

• Desenvolvimento de projetos conjuntos com a iniciativa privada, como o Polo Angra

Gastronômica que conta com a participação das Fundações Municipais de Cultura e Turismo,

além da própria Prefeitura em parceria com os proprietários de restaurantes e mediação do

Sebrae;

• Disponibilidade de site institucional: www.angra.gov.br, que também contém informações

turísticas do destino.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Existência de um Fundo de Turismo, com saldo positivo, inativo por pendências de

regularização;

• Inexistência de um plano formal de turismo para o destino;

• Necessidade de aumento da participação dos representantes da Ilha Grande (área de grande

circulação turística), nas reuniões mensais do COMTUR, colaborando assim para o aumento

da articulação entre as partes interessadas, de acordo com relatos colhidos em campo.

Page 29: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

29 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.7. Cooperação regional

Variáveis analisadas:

Governança Projetos de cooperação regional

Planejamento turístico regional Roteirização

Promoção e apoio à comercialização de

forma integrada

Na dimensão Cooperação regional, o índice registrado em 2015 ficou acima do alcançado pelo destino

no ano anterior, mantendo-se no nível 2, como é possível observar no Gráfico 16. Este índice

posicionou-se abaixo da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Gráfico 16. Índices Cooperação regional – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 17 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Cooperação regional. Ressalta-se que 18 destinos se

encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, enquanto a maior parte dos destinos pesquisados

encontra-se no nível 3.

Page 30: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

30 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 17. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Cooperação regional

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Realização de reunião de incentivo à regionalização, organizada pela Companhia de Turismo

do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio) no início do ano, a qual contou com a participação de

entes públicos e privados, e dos destinos Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty;

• Existência de um Plano de Desenvolvimento Turístico Integrado, que abranja o destino - o

PDTIS Polo Litoral - embora não tenham sido identificadas no último ano ações relativas ao

plano citado;

• O fato de o destino integrar roteiros turísticos regionais, comercializados por operadores e/ou

agências locais;

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Inexistência de uma instância de governança regional, para direcionamento das ações de

regionalização do turismo;

• Carência de ações integradas voltadas para a divulgação da região turística, embora tenha sido

citada em campo alguma aproximação política entre os órgãos gestores de Turismo de Angra

dos Reis e Paraty;

• Indisponibilidade de site promocional da região turística ou ao menos de algum roteiro turístico

dos quais o destino integra;

• Inexistência de material promocional tanto da região turística como de roteiros regionais que o

destino participa.

Page 31: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

31 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.8. Monitoramento

Variáveis analisadas:

Pesquisas de demanda Pesquisas de oferta

Sistema de estatísticas do

turismo

Medição dos impactos da

atividade turística

Setor específico de estudos e pesquisas

Na dimensão Monitoramento, o índice registrado pelo destino em 2015 foi inferior ao alcançado no ano

anterior, o que levou o destino a posicionar-se dois níveis abaixo (nível 1), como é possível observar

no Gráfico 18. Este índice posicionou-se abaixo da média nacional e da média do grupo das não

capitais na dimensão.

Gráfico 18. Índices Monitoramento – destino x Brasi l x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 19 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Monitoramento. Observa-se que 25 destinos se encontram no

mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maior parte dos destinos pesquisados.

Page 32: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

32 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 19. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Monitoramento

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de monitoramento de visitantes nos Centros de Informação Turística, localizados no

destino através de assinatura do livro de visitantes e itens como procedência, quantidade de

acompanhantes, período de estadia.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Ausência de pesquisas de demanda no destino, que contemplem minimamente o perfil

socioeconômico do turista, informações sobre a viagem (motivação, tipo de hospedagem, gasto

médio do turista, grau de satisfação e intenção de retorno), seja regularmente ou em eventos

específicos;

• Inexistência de levantamento de dados de oferta no destino. A pesquisa existente encontra-se

desatualizada. A TurisAngra vem realizando este levantamento, entretanto por não estar

concluído, ainda não pode ser considerado;

• Inexistência de um sistema de estatísticas turísticas que concentre dados primários e

secundários disponíveis para consulta;

• Carência de estudos que abordem impactos econômicos, sociais e/ou ambientais provocados

pela atividade turística no destino;

• Inexistência de um setor específico que realize pesquisas em turismo no destino.

Page 33: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

33 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.9. Economia local

Variáveis analisadas:

Aspectos da economia local

Infraestrutura de comunicação

Infraestrutura e facilidades para negócios

Empreendimentos ou eventos alavancadores

Na dimensão Economia local, o resultado conquistado pelo destino em 2015 ficou acima do registrado

no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 20. Este índice

posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Gráfico 20. Índices Economia local – destino x Bras il x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 21 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Economia local. Ressalta-se que 25 destinos se encontram

no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maior parte dos destinos

pesquisados.

Page 34: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

34 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 21. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Economia local

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Cobertura de quatro operadoras de telefonia móvel no destino: Vivo, Tim, Claro e Oi;

• Disponibilidade de ponto de acesso gratuito à internet na Estação Santa Luzia;

• Existência de caixas eletrônicos para saque nacional e internacional 24 horas no destino,

embora esta seja uma realidade mais próxima do continente. Na Ilha Grande essa

disponibilidade diminui consideravelmente;

• A implantação de Lei de incentivo a formalização de estabelecimento comerciais e prestadores

de serviço (Lei n 2627 de 23 de julho de 2010);

• Existência de um Convention & Visitors Bureau exclusivo do destino – o Angra dos Reis

Convention and Visitors Bureau;

• Existência de empresas multinacionais de produção de bens (indústrias) no destino.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Ausência de benefícios locais de isenção ou redução de impostos ou taxas para as atividades

características do turismo;

• O fato de o destino não ter sediado nenhum evento internacional (padrão ICCA), no ano

anterior;

• O fato de o destino não exportar mercadoria de alto valor agregado ou perecível, como relatado

em campo.

Page 35: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

35 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.10. Capacidade empresarial

Variáveis analisadas:

Capacidade de qualificação e aproveitamento do

pessoal local

Presença de grupos nacionais e internacionais

do setor do turismo

Concorrência e barreiras de entrada

Geração de negócios e empreendedorismo

Na dimensão Capacidade empresarial, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou abaixo do

registrado no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 22. Este

índice foi similar à média nacional e posicionou-se acima da média do grupo das não capitais na

dimensão.

Gráfico 22. Índices Capacidade empresarial – destin o x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 23 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Capacidade empresarial. Observa-se que 16 destinos se

encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, enquanto a maior parte dos destinos pesquisados

encontra-se no nível 5.

Page 36: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

36 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 23. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Capacidade empresarial

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de instituições de ensino com oferta regular de formação;

• Existência de rede nacional de aluguel de carros - Localiza;

• Presença de redes internacionais e uma rede nacional de meios de hospedagem – Meliá Hotels

and Resorts, Vila Galé, Pestana e Golden Tulip (BHG);

• Realização de cursos do Empretec no último ano no destino, auxiliando no fomento de novos

empreendimentos locais.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Inexistência de arranjos produtivos locais (APL) ligados ao setor de turismo;

• Presença de barreiras à entrada de novos empreendimentos turísticos, sinalizadas pelos

entrevistados durante a pesquisa - entre elas a falta de regularização fundiária e falta de

pessoal capacitado no destino.

Page 37: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

37 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

3.11. Aspectos sociais

Variáveis analisadas:

Acesso à educação Empregos gerados pelo turismo

Uso de atrativos e equipamentos turísticos

pela população

Cidadania, sensibilização e participação na atividade

turística

Política de enfrentamento e prevenção à exploração de

crianças e adolescentes

Na dimensão Aspectos sociais, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do resultado

alcançado no ano anterior, mantendo-se no nível 3, como é possível observar no Gráfico 24. Este

índice posicionou-se abaixo da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Gráfico 24. Índices Aspectos sociais – destino x Br asil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 25 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Aspectos sociais. Ressalta-se que 32 destinos se encontram

Page 38: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

38 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maior parte dos destinos

pesquisados.

Gráfico 25. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Aspectos sociais

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Sensibilização de parte da população sobre a importância da atividade turística para o destino

– por meio de palestras em escolas públicas do município, além de passeios realizados aos

principais pontos turísticos ao longo do último ano, embora esta necessidade ainda seja latente

para as demais partes da população angrense;

• Existência de um instrumento de consulta à população local sobre atividades e/ou projetos

turísticos. Ocorrem basicamente via COMTUR, sendo possível para algumas representações

somente;

• Adoção de políticas de prevenção à exploração sexual de crianças e adolescentes por parte do

poder público municipal, através de fiscalização efetiva dos Conselhos Tutelares, Centro de

Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro de Referência de.

Assistência Social (CRAS);

• A não evidência de exploração de trabalho infantil relacionados com a atividade turística no

destino.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Evidência da utilização de mão de obra informal nas atividades relativas ao Turismo durante a

alta temporada, segundo entrevistados na hotelaria, bares e restaurantes e empresas de

receptivo;

• Identificação de carências da mão de obra local de nível médio local em idiomas, como

atendimento ao cliente e capacitação técnica, de acordo com a maioria dos entrevistados;

Page 39: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

39 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

• Identificação de deficiências dos profissionais de nível operacional, como noções de higiene,

idiomas, capacitação técnica, atendimento ao cliente e informática, gerando alta rotatividade

de funcionários nos estabelecimentos, segundo entrevistados;

• Ausência de sensibilização formal do turista para o respeito à comunidade local e para o

respeito à cultura e ao patrimônio;

• Carência de divulgação do Disque 100 no destino.

3.12. Aspectos ambientais

Variáveis analisadas:

Estrutura e legislação municipal de meio

ambiente

Atividades em curso potencialmente poluidoras

Rede pública de distribuição de água

Rede pública de coleta e tratamento de esgoto

Coleta e destinação pública de resíduos

Patrimônio natural e unidades de conservação

no território municipal

Na dimensão Aspectos ambientais, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do alcançado

no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 26. Este índice

posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Page 40: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

40 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 26. Índices Aspectos ambientais – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 27 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Aspectos ambientais. Observa-se que 40 destinos se

encontram no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maioria dos destinos

pesquisados.

Gráfico 27. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Aspectos ambientais

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 41: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

41 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Presença de um órgão municipal com atribuição de coordenar ou incentivar ações referentes

ao meio ambiente: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano;

• Existência de um Conselho de Meio Ambiente ativo no destino – Conselho Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente;

• Existência de um Código Ambiental Municipal;

• Existência dos “ecopontos” que possibilitam a realização da coleta seletiva no destino, realizada

pelo poder público;

• Presença de Unidades de Conservação no território municipal – tendo sido indicada como

principal a APA dos Tamoios –, a qual possui conselho gestor ativo e plano de manejo em vigor.

Entre os desafios enfrentados pelo destino, estão:

• Inexistência de Plano Municipal de Meio Ambiente para o destino;

• Inexistência do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, o qual, segundo relatos em campo

encontra-se em fase de licitação;

• Inexistência de estação de tratamento de água para a sua reutilização;

• O fato de o sistema público de coleta de esgoto que atende ao destino não adotar configuração

de separador absoluto;

• O fato de não haver destinação do lixo orgânico para usina de compostagem.

3.13. Aspectos culturais

Variáveis analisadas:

Produção cultural associada ao turismo

Patrimônio histórico cultural

Estrutura municipal para apoio à cultura

Na dimensão Aspectos culturais, o índice registrado pelo destino em 2015 ficou acima do alcançado

no ano anterior, mantendo-se no nível 4, como é possível observar no Gráfico 28. Este índice

posicionou-se acima da média nacional e da média do grupo das não capitais na dimensão.

Page 42: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

42 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Gráfico 28. Índices Aspectos culturais – destino x Brasil x Não capitais: 2008-2015

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

O Gráfico 29 mostra o posicionamento dos 65 destinos pesquisados de acordo com o nível de

competitividade alcançado na dimensão Aspectos culturais. Ressalta-se que 32 destinos se encontram

no mesmo nível que Angra dos Reis, estágio em que se encontra a maior parte dos destinos

pesquisados.

Gráfico 29. Distribuição dos destinos de acordo com os níveis de competitividade,

considerando o índice de Aspectos culturais

Fontes: FGV/MTUR/SEBRAE, 2015

Page 43: ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL · 2016-03-15 · ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015 2 APRESENTAÇÃO A fim de dar continuidade

43 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL • ANGRA DOS REIS 2015

Dentre os fatores que influenciaram o resultado da dimensão, destacam-se:

• Existência de atividade artesanal típica – osso da cabeça da cavala que possui o formato de

Nossa Senhora da Conceição – cujo produto é comercializado em lojas e feiras de fácil acesso

para o turista;

• Existência de manifestações religiosas no destino como a Folia de Reis;

• Existência de diversos sítios arqueológicos registrados no destino como o Sítio Dois Rios e

Piraquara, entre outros;

• Existência de Política Municipal de Cultura;

• Existência de Legislação Municipal de fomento à cultura – Lei 1919 de 2007;

Entre os desafios enfrentados pelo destino nessa dimensão, estão:

• Inexistência de Plano Municipal de Cultura, que segundo relatos em campo encontra-se em

fase de conclusão;

• Pendências de regularização para o Fundo Municipal de Cultura;

• A não adesão do destino ao Sistema Nacional de Cultura.