NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À …s/2016/bruna.pdf · Baseando-se na lei...

69
FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG Paracatu-MG 2016

Transcript of NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À …s/2016/bruna.pdf · Baseando-se na lei...

FACULDADE TECSOMA

Curso de Fisioterapia

NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À

SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG

Paracatu-MG

2016

Bruna Lima Reis

NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À

SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade

Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadora Temática: Profa. M Sc. Michelle Faria Lima

Orientadora Metodológica: Profa. M Sc. Cecília D. Nascimento

Paracatu-MG

2016

Bruna Lima Reis Necessidade de implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família

(NASF) no município de Paracatu-MG. / Bruna Lima Reis. Paracatu, 2016. 69f.

Orientadora: Michelle Faria Lima Co-orientadora: Cecília Maria Dias Nascimento Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação

em Fisioterapia.

1. NASF. 2. Implantação. 3. Atenção Básica. I. Lima, Michelle Faria; Nascimento, Cecília Maria Dias. II. Faculdade Tecsoma. III. Título.

CDU: 615.8

BRUNA LIMA REIS

NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA

FAMÍLIA (NASF) NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade

Tecsoma, Paracatu, MG.

Orientadora Temática: Profa. M Sc. Michelle Faria Lima

Orientadora Metodológica: Profa. M Sc. Cecília D. Nascimento

PARACATU, 01 DE JUNHO DE 2016

Banca Examinadora

__________________________________________

M Sc. Michelle Faria Lima. Faculdade Tecsoma

__________________________________________

M Sc. Cecília Dias Nascimento. Faculdade Tecsoma

“Dedico este trabalho aos meus pais, que

acreditando no meu potencial, sempre me

apoiaram e ajudaram em todos os

sentidos.”

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, primeiramente pela vida que me concedeu, pelas

conquistas conseguidas, pela graça de conseguir me formar em uma profissão que

poderei “cuidar de outras vidas” e por cada anjo colocado em meu caminho aqui na

Terra, para que contribuíssem com a concretização do meu sonho. É Nele que

deposito toda minha fé e renovo minhas forças para lutar. À minha mãezinha do céu,

Nossa Senhora, pela certeza de que é minha intercessora junto ao Pai.

Aos meus pais, Geraldo e Elvira, por todos os esforços que tiveram para me

ajudar, por cada palavra de carinho e incentivo dada a mim quando minhas forças e

coragem de seguir estavam abaladas. Eles são meus amores, minha base e meu

maior orgulho.

Aos meus irmãos, Ramon e Rubens, a quem também amo muito.

A todos os meus familiares, em especial a minha tia Dete, que sempre me

acolheu enquanto longe dos meus pais. A tenho também como uma mãe. À minha

prima Lécia, uma mulher batalhadora e de fibra, no qual me inspiro muito, pelos

incentivos, por acreditar em meu potencial, pelas ajudas dadas que por mais que eu

fale e agradeça, nada poderá pagar o que fez por mim. À minha madrinha Núbia,

que também sempre esteve pronta a me ajudar, sempre torceu pelo meu sucesso.

Tenho carinho imensurável por todos vocês.

À minhas orientadoras Cecília e Michelle, pelos ensinamentos passados, por

toda paciência e profissionalismo e dedicação que tiveram conosco. Ao professor

Vinícius, pela disponibilidade e ajuda logo no início da realização desse trabalho.

As minhas amigas, pelo apoio, pelas conversas e desabafos que puderam me

distrair ao longo desse tempo. Aos meus colegas, especialmente Ana Paula e Carol,

que estiveram presentes em todo o meu caminho de faculdade.

Meu sincero e eterno obrigada, por colaborarem para que meu sonho se

transformasse em realidade.

“Se alguém procura a saúde,

pergunta-lhe primeiro se está

disposto a evitar no futuro as

causas da doença; em caso

contrário, abstém-te de ajudá-

lo”.

Sócrates

RESUMO

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado para apoiar as equipes Saúde da Família (EqSF), fortalecendo seu trabalho, dando maior resolutividade as ações, tornando o serviço oferecido pela Atenção Básica mais integral, tendo em vista que a população de um município apresenta demanda diversificada e que as EqSF não sejam suficientes para supri-la integralmente. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar, por meio dos dados do e-SUS e do IBGE se há necessidade de implantação do NASF no município de Paracatu-MG. Foram coletados, durante o período de dezembro de 2015 à janeiro de 2016, através do e-SUS a quantia de acompanhamentos de hipertensos, diabéticos, gestantes, recém-nascidos, puérperas, domiciliados e acamados, pessoas em reabilitação ou com deficiência e saúde mental, e pelo IBGE, a pirâmide etária do município e a quantia de pessoas deficientes. Apenas a quantia de idosos cadastrados acompanhados pela ESF foi coletado nas ESF. Paracatu é um município que caminha para a terceira idade, além de ser desta faixa etária a maior parte dos acompanhamentos (54%), seguidos de hipertensos (29%) e diabéticos (30%), mostrando assim se ter um problema de saúde pública devido às doenças crônicas. Os acompanhamentos que menor tiveram destaque foram os de saúde mental (1%), puérperas (1%) e recém-nascidos (0%). Devido o município apresentar demanda que necessita de cuidados especiais, integrais e mais resolutivos, trabalhando com uma equipe multidisciplinar mais diversificada, é necessário a implantação do NASF.

Palavras chave: NASF, implantação, Atenção Básica.

ABSTRACT

The Support Center for Family Healthcare (NASF) was created to support the teams of the Family Healthcare (EqSF), strengthening their work, giving greater resolution to the actions, making the service offered by the Primary Health Care more integral, considering that the population of a municipality has diversified demand and the EqSF is not sufficient to fulfill it integrally. The objective of this study was to evaluate, by means of data from e-SUS and IBGE if there is the need of implementation NASF in Paracatu, Minas Gerais. It was collected, from December 2015 to January 2016, through e-SUS the amount of medical supervision of hypertensive, diabetic patients, pregnant women, newborns, new mothers, domiciled and bedridden patients, and people in rehabilitation or disability and mental health and through IBGE, the age structure of the municipality and the amount of disabled people. Only the amount of registered elderly assisted by the ESF was collected in the ESF. Paracatu is a city heading for the old age, besides being of this age most of the medical supervision (54%), followed by hypertension (29%) and diabetes (30%), in the way showing to have a public health problem due to the chronic diseases. The medical supervision that was less highlighted was mental health (1%), new mothers (1%) and newborns (0%). Because of the municipality demands the need of special, comprehensive and more resolute care, working with a more diverse multidisciplinary team, the implementation of NASF is required.

Keywords: NASF, Implementation, Primary Health Care.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Distribuição das fichas CDS/e-SUS AB ..................................... 22

Figura 2: Sistema de software e-SUS AB CDS ......................................... 23

Figura 3: Sistema de software do e-SUS AB PEC .................................... 24

Figura 4: Mapa de localização do município de Paracatu-MG .................. 37

Figura 5: Quantidade mensal dos acompanhamentos de hipertensos

feitos pelas ESFs de Paracatu-MG .............................................. 40

Figura 6: Quantidade mensal dos acompanhamentos de diabéticos feitos

pelas ESFs de Paracatu-MG ............................................ 42

Figura 7: Quantidade mensal dos acompanhamentos de gestantes,

puérperas e recém-nascidos feitos pelas ESFs de Paracatu-MG

.............................................................................................. 43

Figura 8: Quantidade mensal dos acompanhamentos de pessoas em

reabilitação ou com deficiência feitos pelas ESFs de Paracatu-

MG .............................................................................................. 45

Figura 9: Quantidade de pessoas que se declaram com algum grau de

deficiência motora, mental-intelectual, auditiva ou visual no

Município de Paracatu-MG ......................................................... 46

Figura 10: Quantidade mensal dos acompanhamentos de domiciliados e

acamados feitos pelas ESFs de Paracatu-MG .......................... 47

Figura 11: Quantidade mensal dos acompanhamentos de saúde mental

feitos pelas ESFs de Paracatu-MG ............................................ 48

Figura 12: Quantidade mensal dos idosos cadastrados acompanhados

pelas ESFs de Paracatu-MG ...................................................... 49

Figura 13: Pirâmide etária do Município de Paracatu-MG .......................... 50

Figura 14: Prevalência de demandas de hipertensos, idosos, diabéticos,

recém-nascidos, gestantes, puérperas, domiciliados e

acamados, pessoas em reabilitação ou com deficiência e saúde

mental acompanhados pelas ESFs de Paracatu-MG .................. 51

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AB - Atenção Básica

ABS - Atenção Básica à Saúde

AD - Atenção Domiciliar

AP - Atenção Primária

APS - Atenção Primária à Saúde

AVE - Acidente Vascular Encefálico

CAPS - Centro de Atenção Psicossocial

CDS - Coleta de Dados Simplificada

CECCOs - Centros de Convivência

CnR - Consultório na Rua

COFFITO - Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

DAB/MS - Departamento de Atenção Básica/Ministério da Saúde

DCNS - Doenças crônicas não transmissíveis

DM - Diabetes Mellitus

EqSF- Equipe de Saúde da Família

ESF - Estratégia Saúde da Família

e-SUS AB - e-SUS Atenção Básica

Hab - habitantes

Hab/Km2 - habitantes por quilômetro quadrado

HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

Km - quilômetros

Km2 - quilômetros quadrados

NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família

PAISM - Plano Nacional de Atenção à Saúde da Mulher

PCAF - Práticas Corporais e Atividades Físicas

PEC - Prontuário Eletrônico do Cidadão

PICs - Práticas Integrativas e Complementares

PNAB - Política Nacional de Atenção Básica

PNAN - Política Nacional de alimentação e Nutrição

PNPS - Política Nacional de Promoção à Saúde

PNSC - Política Nacional de Saúde da Criança

PSE - Programa de Saúde na Escola

PSF - Programa de Saúde da Família

PST - Projeto de Saúde no Território

PTS - Projeto Terapêutico Singular

RN - Recém-nascido

SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

SISAB - Sistema de Informação à Saúde para a Atenção Básica

SRTs - Serviços Residenciais Terapêuticos

SUS - Sistema Único de Saúde

USF - Unidade de Saúde da Família

SUMÁRIO

1. Introdução .......................................................................................................... 16

2. Objetivos ........................................................................................................... 18

2.1. Objetivo Geral ................................................................................................. 18

2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................... 18

3. Justificativa ........................................................................................................ 19

4. Referencial Teórico ........................................................................................... 20

4.1. Sistema Único de Saúde (SUS) ..................................................................... 20

4.1.1. E-SUS AB .................................................................................................... 21

4.2. Estratégia Saúde da Família (ESF) ................................................................ 24

4.3. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) ................................................ 26

4.3.1. Funcionamento do NASF ............................................................................ 27

4.3.2. NASF e suas ferramentas ........................................................................... 29

4.3.3. Áreas de enfoque do NASF ......................................................................... 30

4.3.3.1. O NASF na Reabilitação e Saúde do Idoso ............................................. 30

4.3.3.2. O NASF na Saúde Mental ........................................................................ 32

4.3.3.3. O NASF na saúde da Criança e do Adolescente ..................................... 33

4.3.3.4. O NASF no Serviço Social ....................................................................... 33

4.3.3.5. O NASF na Saúde da Mulher ................................................................... 34

4.3.3.6. O NASF na Assistência Farmacêutica ..................................................... 34

4.3.3.7. O NASF nas Práticas Corporais e Atividade Física ................................. 35

4.3.3.8. O NASF na Alimentação e Nutrição ......................................................... 35

4.3.3.9. O NASF nas Práticas Integrativas e Complementares ............................ 35

4.4. Ações comuns ente a equipe do NASF .......................................................... 36

5. Metodologia ....................................................................................................... 37

5.1. Área de estudo ............................................................................................... 37

5.2. Materiais e Métodos ....................................................................................... 38

6. Resultados e Discussão .................................................................................... 40

7. Conclusão .......................................................................................................... 57

8. Referências ....................................................................................................... 58

Apêndices .............................................................................................................. 69

16

1. INTRODUÇÃO

Baseando-se na lei 8.080/90, o Sistema Único de Saúde (SUS) se caracteriza

por serviços e ações de saúde prestados nas áreas municipal, estadual e federal,

sendo administrado direta e indiretamente. Foi criado com o desígnio de auxiliar

qualquer indivíduo indistintamente, analisa as características e necessidades de

cada um; oferecendo cuidados de prevenção, promoção até a reabilitação,

acompanha o indivíduo ou vários continuamente e oferta serviços e profissionais

diversificados para isso (BRASIL, 1990).

O SUS inclui, no seu contexto de ações, a Atenção Primária à Saúde (APS),

que engloba da promoção até a recuperação da saúde, com o olhar além do

indivíduo em si, observando-o no meio em que vive e suas questões sóciocultural,

sendo o primeiro serviço que o cidadão tem acesso. Chama a atenção mais para as

práticas preventivas do que para as curativistas (ANDRADE; BARRETO; BEZERRA,

2008).

A Estratégia Saúde da Família (ESF) surgiu em 1994 colocando em prática a

APS no território brasileiro. Ela veio como forma de mudar o trabalho realizado na

saúde com o foco individual e de cura para um serviço com as famílias. O trabalho é

desenvolvido por um médico, técnico de enfermagem, enfermeiro e agentes de

saúde (ANDRADE; BARRETO; BEZERRA, 2008, BRASIL, 2010).

Em um projeto realizado pelo COFFITO (2011), é relatado que o nosso País

possui várias equipes Saúde Família (EqSF) que conhecem bem a população onde

trabalham e desde a sua implantação, mesmo com a baixa multidisciplinaridade,

conseguiram bom êxito na qualidade de vida das pessoas. Apesar disso, o

COFFITO deixa claro que o serviço das ESF ainda é insuficiente para tratar de todas

as necessidades dos cidadãos.

Rouquayrol e Almeida Filho (2003) citado por Brasil (2014a), descreve que as

alterações nas necessidades da população referentes à saúde são constantes. Cada

território apresenta uma carência em saúde diferente, portanto precisa de serviços

que atendam a essas carências trazendo resolução a elas.

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) nasceu em 2008, por

intermédio da Portaria GM154/08 para andar em conjunto com a ESF e fortalecer

ainda mais o conhecimento do território trabalhado e a unificação dos serviços já

17

existentes na rede, além de aumentar a extensão, os objetivos e a resolução do que

é executado pela Atenção Básica (AB) (BRASIL, 2008).

A Portaria de criação do NASF explica que ele deve ser composto por uma

equipe multidisciplinar com quantia mínima determinada de acordo com a

modalidade implantada no município e o profissional é escolhido pelo gestor

conforme as peculiaridades que necessitem de maiores cuidados no município.

Dentre as escolhas profissionais, encontram-se: farmacêutico, psicólogo, educador

físico, assistente social, fonoaudiólogo, psiquiatra, nutricionista,terapeuta

ocupacional, acupunturista, fisioterapeuta, pediatra, ginecologista, homeopata,

geriatra (BRASIL, 2008).

Brasil (2011) citado por Barros e colaboradores (2015), fala que para o

seguimento de suas ações o apoio matricial é a base. Campos (1999), Figueiredo

(2008) e Brasil (2009) também citados por Barros e colaboradores (2015),

complementam conceituando o matriciamento como corresponsabilização,

compartilhamento e apoio frente aos atributos presentes na população trabalhada.

Isso possibilita o serviço entre a equipe de contato direto com os pacientes

(referência) e a equipe que complementa os cuidados podendo ampliar a resolução

do atendimento, mas quando solicitada.

18

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Avaliar, por meio dos dados do E-SUS e do IBGE se há necessidade de

implantação do NASF no município de Paracatu-MG.

2.2. Objetivos específicos

Colher dados populacionais através do IBGE;

Coletar dados epidemiológicos através do E-SUS;

Identificar as demandas epidemiológicas prevalentes;

Analisar se os dados epidemiológicos e populacionais encontrados no

município apresentam necessidade para implantação do NASF no município.

19

3. JUSTIFICATIVA

Paracatu não possui ainda um programa de saúde que apoie os cidadãos

integral e coletivamente, fugindo das práticas somente curativistas observadas na

cidade. Caso o NASF seja implantado no município de Paracatu apoiará o serviço já

prestado pelas ESFs, visto que aumentará a equipe multidisciplinar e fortalecerá

ainda mais os serviços de atenção à saúde podendo dar maior resolutividade nos

atendimentos prestados.

A prioridade no NASF é o coletivo, o que colabora para extensão das práticas

oferecidas à população. O trabalho de promoção e prevenção (em todos os níveis

de atenção) e educação em saúde, prestado pelo NASF contribui pela melhoria da

qualidade de vida da população bem como é capaz de diminuir incidência de

doenças específicas no município e as consequências que estas podem causar nos

indivíduos já doentes. Essas práticas, quando seguidas, contribuem para diminuição

de gastos do setor público com práticas curativistas.

Os atendimentos realizados em equipe, os quais agregam saberes, também

trazem benefícios aos assistidos, pois torna o serviço mais amplo, aumentando

ainda mais sua eficácia e eficiência.

20

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Sistema Único de Saúde – SUS

Data de 1988 o SUS; é único, porque em todo o território brasileiro seguem-

se os mesmos princípios e doutrinas. Está organizado baseando-se na

descentralização, resolutividade, regionalização e hierarquização e participação da

população e tem como ponto de partida a Universalidade, a Integralidade e a

Equidade (COSTA; CARBONE, 2004).

A descentralização divide responsabilidades com os governos municipal,

estadual e federal. Cada um possui sua legislação e autonomia no comando das

ações de saúde pública (COSTA; CARBONE, 2004). Carvalho e Santos (2006),

confirmam a citação anterior e ainda adicionam que sua direção, em todas as

esferas do governo, é de responsabilidade do Ministério da Saúde e Secretaria da

Saúde. Cada uma delas possui autonomia administrativa e política para execução

de suas ações, concedida pela Lei Orgânica da Saúde, constituição da República e

legislação suplementar, seja ela municipal, estadual, distrital ou federal, conforme o

caso.

Na resolutividade, as questões de saúde devem ser solucionadas através dos

serviços de saúde, dentro de seus níveis de competência. O sistema regionalizado e

hierárquico organiza os serviços em ordem crescente de complexibilidade,

demarcado dentro de uma área geográfica e define a população que será atendida.

Na participação popular o controle social é feito pelos usuários, mediante os

Conselhos e as Conferências de Saúde (CARVALHO; SANTOS, 2006, COSTA;

CARBONE, 2004).

Parte do ponto doutrinário pregando que os serviços de saúde são direitos de

toda a população, desde a promoção até a recuperação da saúde sem que haja

compartimentalização e deve ser oferecido de forma igual a todos (COSTA;

CARBONE, 2004).

O estado deve oferecer recursos para saúde, sejam eles simples ou

complexos. Nesse sentido entram os níveis de atenção primária (EqSF, UBS)

secundária, terciária ou quaternária (hospitais, que se classificam segundo seu porte

21

de atendimento aos casos de saúde; centros de hemodiálise entre outros)

(CARVALHO; SANTOS, 2006).

4.1.1. E-SUS AB

Em relação ao sistema de informação adotado pelo SUS atualmente, foi

observado, na revisão das diretrizes e normas da AB realizada pela Política Nacional

de Atenção Básica (Pnab) que é fundamental desenvolver a gestão da informação,

tanto na demanda de sistemas de informação e ferramentas como na melhoria do

processo de trabalho e da estrutura. Dessa forma, o Departamento de Atenção

Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS) compôs a estratégia e-SUS Atenção

Básica (e-SUS AB) buscando a reestruturação do Sistema de Informação da

Atenção Básica entendendo-se que para aumentar a qualidade do cuidado em

saúde à população é fundamental a qualificação da gestão da informação (BRASIL,

2014c).

Brasil (2014c) relata que ele foi criado para que o sistema de informação se

adéque as necessidades da AB. Pode se usado por profissionais da ESF, do NASF,

da Atenção Domiciliar (AD) e dos Consultórios na Rua (CnR), e para registrar

informações da Academia de Saúde e do Programa de Saúde na Escola (PSE).

A utilização do e-SUS AB faz com que as informações sejam mais fidedignas

e sua disponibilidade para os profissionais da AB fica mais fácil e acessível, já que

há uma diminuição no tempo de coleta, tratamento, inclusão e disponibilização das

informações (BRASIL, 2014c).

Segundo Brasil (2014c), o e-SUS AB é um software público (por ser

desenvolvido por um órgão do poder público, é um bem público) que pode ser

utilizado de duas formas, dependendo da situação de cada município. Uma é a

Coleta de Dados Simplificada (CDS) e a outra é o Prontuário Eletrônico do Cidadão

(PEC).

O CDS é utilizado pelos municípios com infraestrutura tecnológica baixa, mas

podendo futuramente instalar o PEC. Ele utiliza sete fichas para registrar suas

informações, sendo estas divididas em três blocos, conforme figura 1 (BRASIL,

2014c).

22

Figura 1: Distribuição das fichas CDS/e-SUS AB.

FONTE: BRASIL (2014c)

Brasil (2014c) complementa relatando que as fichas devem ser digitadas no

sistema de software e-SUS AB com CDS para alimentar a base nacional de dados,

como mostrado na figura 2. As fichas digitadas são transferidas para um sistema

centralizador no qual os dados são organizados e armazenados de modo a gerar

relatórios e competências para ser enviado ao Sistema de Informação em Saúde da

Atenção Básica (Sisab).

23

Figura 2: Sistema de software e-SUS AB CDS.

Fonte: BRASIL (2014c)

Já o e-SUS AB PEC foi criado para atender as equipes AB com UBS total ou

parcialmente informatizadas. O sistema PEC oferece vantagens, além da melhoria

do cuidado à população, a ampliação da capacidade clínica dos trabalhadores da

saúde, partilhamento das informações sobre os cidadãos usuários do serviço de

saúde e do território entre os profissionais da saúde, estruturação das informações

em saúde dos cidadãos, dentre outras (BRASIL, 2014c).

Os módulos que compõe o e-SUS AB PEC são: atendimento individual,

cidadão, agenda, relatórios e administração, conforme figura 3 (BRASIL, 2014c).

24

Figura 3: Sistema de software do e-SUS AB PEC.

FONTE: BRASIL (2014c)

4.2. Estratégia de saúde da família (ESF)

A Atenção Básica à Saúde (ABS), segundo Brasil (2007, p.12) é definida pela

Portaria 648/2006 como:

Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sóciocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável.

O investimento na ABS deve ser amplo, com a maior capacidade de

resolução de casos possível (em torno de 85%), desse modo, os serviços de média

e alta complexidade funcionariam melhor (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA,

2008).

25

O Ministério da Saúde, em 1994, criou o Programa de Saúde da Família

(PSF), reorientando a ABS com o plano de reorganizar o modelo de saúde

tradicional. Seu modelo de atenção é baseado na promoção e na proteção à saúde

e visitas domiciliares (AVEIRO et al., 2011, CARVALHO; CACCIA-BAVA, 2011).

Como organização, tem uma área de abrangência delimitada; equipe

multidisciplinar compreendendo no mínimo técnicos de enfermagem, médico,

enfermeiro e agentes de saúde; atendimento com base nas necessidades presentes

no meio e focado particularmente na promoção e prevenção à saúde; busca resolver

os problemas da população para diminuir a demanda nos centros de saúde e

hospitais enfatizando ações locais, e ainda tem participação das pessoas através

dos Conselhos Municipais de Saúdes (TRAD; BASTOS,1998 apud AVEIRO et al.,

2011).

Os objetivos do PSF, conforme o Ministério da Saúde (1998) citado por Costa

e Carbone (2004) são:

amparo prestado integralmente, continuamente e de boa qualidade,

solucionando os impasses que se apresentam de acordo com a necessidade

da população abrangente;

realização de intervenções em vista os fatores de risco que o território

apresenta;

constituir uma ligação entre a população e os especialistas de saúde para

que as práticas de saúde se tornem mais humanas;

desenvolver ações intersetoriais para se constituir parcerias;

coadjuvar para que toda pessoa reconheça a saúde como seu direito e

assim, expressar qualidade de vida;

motivar a comunidade a se organizar para o exercício permanente do

controle social.

Carvalho e Caccia-Bava (2011) mencionam a Portaria 648/2006, que

descreve sobre a PNAB, e nela o PSF passa a ser intitulado de ESF “buscando

salientar a opção técnopolítica de transcender a lógica dos programas verticalizados

e fragmentados, em busca da realização do cuidado integral, humanizado e

resolutivo”. A ESF se estrutura mediante Unidades de Saúde da Família (USF) e

ESF.

26

A recomendação de alcance da unidade básica é de até 4.500 habitantes ou

600 a 1.000 famílias. Devido ao acesso aos serviços, à multiplicidade social, política

e econômica da região, à densidade da população entre outros fatores esta

recomendação deve ser flexível (BORGES et al., 2010).

4.3. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

Em 24 de janeiro de 2008, através da Portaria GM 154, nasce o NASF, no

intuito de ampliar as ações da APS e de inserir as ESFs na rede de serviços

(BRASIL, 2010).

Brasil (2009) citado por Souza (2013), nos informa que o NASF possibilita

novos significados para os especialistas que agem tanto nessa política como nos da

ABS, bem como na população e na rede de atenção e ainda Brasil (2010), Carvalho

e Caccia-Bava (2011) e Souza e colaboradores (2013), acrescentam falando que

dessa forma ele deve atuar juntamente com as ESFs, mas não sendo a porta de

entrada para o sistema, responsabilidade esta já das ESFs. São diferentes áreas de

saberes que compartilham e apoiam as ações em saúde desenvolvidas no território

de responsabilidade da ESF.

É necessário promover mudanças devem ser promovidas com relação à

atuação e atitude do profissional tanto da ESF quanto do próprio NASF. Na

atuação,devem incluir ações interdisciplinares e intersetoriais, reabilitação, cura,

prevenção, promoção, humanização, educação permanente além de promover a

integralidade e a organização do território (BRASIL, 2010).

O NASF se baseia em alguns princípios e diretrizes, sendo eles a

humanização, promoção da saúde, educação popular, participação da sociedade,

intersetorialidade, território, interdisciplinaridade, educação permanente, e o principal

deles, a integralidade (BRASIL, 2010).

A integralidade também seguida no SUS é contemplada no NASF da mesma

forma e, quando voltada para esse serviço, é tida como um meio de afastar a

fragmentação, além de ampliar os campos de se intervir nos problemas (BRASIL,

2010).

27

A educação popular em saúde procura trabalhar aproximando-se dos sujeitos

e particularizando os movimentos sociais da localidade, envolvendo em uma análise

da realidade os conhecimentos populares e os saberes precedentes dos usuários

(FALKENBERG et al., 2014). Já a educação permanente em saúde tem como

referência, a reorganização da gestão dos setores, as necessidades apresentadas

pelos usuários e a extensão das ligações do desempenho do controle social com a

formação em saúde; embasa suas ações educativas no processo de trabalho com

oalvo da transformação das práticas profissionais (BRASIL, 2009 apud

FALKENBERG et al., 2014). Franco (2007) citado por Andrade e colaboradores

(2016), acrescenta que ela deve ter como intenção a educação ‘para o’ e ‘no’

trabalho.

Santos e Cutolo (2004) citado por Ferro e colaboradores (2014) definem a

interdisciplinaridade como uma troca dos saberes entre os trabalhadores da área,

que, após julgamentos e comparações, acabam por se integrarem. Silva e

Rodrigues (2010) citado por Ferro e colaboradores (2014) descrevem que a

intersetorialidade acontece quando setores diferentes de saúde se relacionam para

atuar em uma mesma função visando aos maiores resultados.

Brasil (2010) define território como um agrupamento de sistemas artificiais e

naturais, incluindo instituições e indivíduos. No território tudo é interdependente e a

vida se procede. A ESF deve conhecer bem o território em todas as suas

dimensões. No processo de humanização, a população, os gestores e os

profissionais se relacionam a fim de transformar os costumes de gestão e atenção

no SUS.

A participação social busca fortalecer a participação da população na gestão

da saúde e, por fim, a promoção da saúde busca trazer ações para preservação e

aumento do potencial social e individual de uma escolha de vida saudável (BRASIL,

2010).

4.3.1. Funcionamento do NASF

O Departamento de Atenção Básica expõe três tipos existentes de NASF, os

quais são instituídos de acordo com a quantidade de ESFs existentes no município

(BRASIL, 2012a):

28

NASF 1: implantado em municípios com no mínimo 8 e no máximo 20 ESFs;

com o mínimo de 5 profissionais de áreas diversificadas (educador físico,

terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, farmacêutico, assistente social,

nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, homeopata, ginecologista,

acupunturista, psiquiatra, pediatra. Na região Norte o número mínimo de

ESFs para a vinculação são de 5;

NASF 2: deverá ser vinculado a no mínimo 3 ESFs, com no mínimo 3

profissionais de áreas diferentes (nutricionista, fonoaudiólogo, educador físico,

assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta);

Criado em 2012, o NASF 3 surge para que qualquer município que tenha uma

ESF possa implantá-lo.

A carga horária semanal de cada um dos profissionais dos três tipos de NASF

é de no mínimo 20 horas semanais, sendo que as horas máximas se diferem por 80

horas para ocupações do NASF 1, e 40 horas para as demais ocupações de NASF 2

e 3. A soma da carga horária dos profissionais dos NASFs 1,2 e 3 deve ser, no

mínimo de 200, 120 e 80 horas respectivamente (BRASIL, 2014a).

Os funcionários da área da saúde que compõem o NASF podem desenvolver

atividades diversificadas e o que torna esse trabalho diferente das outras propostas

da AB é o compartilhamento dos atendimentos com a equipe, seja qual for. Vale

ressaltar que os contratos com os especialistas ocorrem de acordo com as carências

apresentadas pelo município e da disponibilidade desses profissionais (OLIVEIRA;

ROCHA; CUTOLO, 2012).

Conforme Brasil (2010), o processo de trabalho no NASF é organizado nos

territórios pelo qual é encarregado, ligado às ESF priorizando o compartilhamento de

ações clínicas, intervindo de forma interdisciplinar para que os profissionais de áreas

diferentes trabalhem com permutas de experiências e saberes. As intervenções

priorizam o coletivo, mas em casos de extrema necessidade pode haver um

atendimento individual. Mesmo no caso do atendimento individual, os profissionais

do NASF devem continuar o contato com a ESF, a qual ainda continuará

acompanhando o indivíduo. As ações no território também são compartilhadas.

O financiamento do piso da AB para o NASF segue o descrito na Portaria no

548, de 4 de abril de 2013, sendo transferidos todo mês ao NASF 1, 2 e 3 os valores

29

de R$ 20.000,00, R$ 12.000,00 e R$ 8.000,00 nessa ordem para seu custeio, e os

mesmos valores são transferidos em uma única parcela para sua implantação

(BRASIL, 2013a).

Os trabalhadores do NASF terão como responsabilidades a população e a

equipe,por isso é necessário que suas metas de trabalho apresentem indicadores de

resultados para equipe e usuários (BRASIL, 2010).

4.3.2. NASF e suas ferramentas

O trabalho no NASF traz em sua organização algumas ferramentas, sendo

elas: projeto terapêutico singular (PTS), clínica ampliada, apoio matricial e projeto de

saúde no território (PST) (CUNHA; GASTÃO, 2011 apud LANCMAN et al., 2013).

Para superar a antiga forma de trabalho que dividia os profissionais da saúde

surgiu a unidade de produção, de onde nasceram as equipes de apoio e de

referência. Campos (1998) citado por Moura e Luzio (2014), estabelece que uma

unidade de produção envolva profissionais com tipos iguais de trabalho e objetivos

identificados, estabelecendo uma equipe multidisciplinar.

Cunha e Campos (2011), conceituam Equipes de Referência como aquelas

responsáveis por determinado caso (familiar, comunitário ou individual), de forma

longitudinal. Elas conduzem e coordena o caso, mas sem a exclusão de outros

profissionais.

Já o Apoio Matricial é um método de trabalho que complementam as equipes

de referência, prestam apoio especializado às equipes de referência. Esse apoio

abrange tanto ações diretamente ao usuário quanto ações de educação com a

equipe. Nesse caso, o NASF dará o apoio matricial à ESF, que é a equipe de

referência (FITTIPALDI; ROMANO; BARROS, 2015, CUNHA; CAMPOS, 2011).

Cada um dos profissionais tem uma visão própria do paciente sobre a ótica de

sua atuação. Quando se refere à clínica ampliada, diz respeito juntar todas essas

visões de cada profissional diante do que os usuários apresentam. Nesse caso,

torna-se de extrema importância discutir os casos. Essa discussão tem privilégios no

referente ao matriciamento (FIGUEIREDO, 2011).

30

O PTS é um conjunto de condutas terapêuticas propostas unidas, feitas por

uma equipe interdisciplinar e norteadas a uma pessoa ou várias. Os casos mais

complexos usualmente são trabalhados por ele (BRASIL, 2009 apud FIGUEIREDO,

2011).

O PST desenvolve ações frente a determinado território com foco na união

dos serviços de saúde com as políticas sociais e outros serviços, de modo que isso

se reflita sobre a qualidade de vida do povo (BRASIL, 2010).

4.3.3. Áreas de enfoque do NASF

4.3.3.1. O NASF na Reabilitação e Saúde do Idoso

O país tem passado por mudanças epidemiológicas, nutricionais e

demográficas, o que coopera para o crescimento dos serviços de reabilitação

(CARVALHO, 2013, BRASIL, 2011b). Reis e colaboradores (2012), acrescentam

que as demandas desse meio incluem a obesidade, doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) e morbidades como osteoartrose, lesões medulares, acidente

vascular encefálico (AVE). Bolt, Bolt, e Pacala (1998) citados por Motta, Aguiar e

Caldas (2011), pontuam que o Brasil vem envelhecendo e isso já é uma

preocupação do SUS. Os altos gastos com as doenças crônicas ligadas ao

envelhecimento estão em estudo tanto internacionalmente quanto nacionalmente.

Esse envelhecimento, algumas vezes, esbarra em algum tipo de incapacidade frente

às atividades de vida diária.

Ministério da Saúde (2008) e Ministério da Saúde (2007) citados por

Berardinelli, Guedes e Acioli (2013) elucidam que a Hipertensão Arterial Sistêmica

(HAS) tem destaque dentre as DCNT, sendo um problema de Saúde Pública no

mundo. Ainda relatam que ela acaba trazendo mudanças na vida dos hipertensos

em vários aspectos, como o social, o econômico e a saúde mental além da

possibilidade de agravar-se ao longo do tempo e das intercorrências de emergência

devido à deficiência no auto cuidado. Rapsomanikie colaboradores (2014) e

American Heart Association (2013) citado por Andrade e colaboradores (2015) ainda

31

complementam que a uma corresponsável por óbitos e por desenvolver doenças

cardiovasculares é a HAS.

Devido o fato de ser uma patologia crônico insidiosa, Jesus (2008) citado por

Barreto e Marcon (2013) atribuem a isso o fato de seu controle não ser fácil. Maciel

e colaboradores (2015) e Medina (2014), acrescentam que o seu controle é

essencial a prevenção.

O número de diabéticos também tende a crescer mundialmente, sendo que o

Brasil ocupa o quarto lugar no mundo com pessoas diabéticas (IDF, 2013, LOBER,

2014 apud LADE, 2015, ALMEIDA-PITTITO et al., 2015). Souza (2012) pontua que o

diabetes sem tratamento pode causar doenças cardiovasculares, amputação de

membros, insuficiência renal e cegueira. Isso causa altos custos além de

consequências sociais e econômicas.

Contudo, é necessário intervenções de prevenção e promoção para evitar

tanto agravos como suas complicações. A AB deve fornecer de forma contínua esse

amparo (REIS et al., 2012). Vitor e colaboradores (2009) citado por Costa e

colaboradores (2015) relatam que se deve ter um acompanhamento do

envelhecimento populacional devido aos agravos apresentados, como as doenças

crônico degenerativas por essa população bem como o aumento dos procedimentos

médicos.

Motta, Aguiar e Caldas (2007) citados por Reis e colaboradores (2012) e

Holanda (2015), ainda ressaltam que 45,5 milhões de indivíduos têm algum tipo de

deficiência seja ela cognitiva, motora, visual ou auditiva.

A necessidade de reabilitação tem crescido e dependendo das demandas

apresentadas, a ESF não apresenta a gama de trabalhadores necessários para

determinada intervenção. O NASF, nesse sentido, é de grande valia (BRASIL, 2010,

REIS et al., 2012).

Vale ressaltar que o NASF como atuante na reabilitação, trabalha mediante

compartilhamento e colaboração, em condutas clínicas e coletivas como, por

exemplo, orientações e intervenções para o idoso acamado ou com dificuldades de

locomover-se, bem como sua família; ao deficiente físico e sua família (BRASIL,

2010).

32

Quando necessário, o NASF pode encaminhar a família ou usuário para a

aquisição de próteses, órteses, além de programas de caráter social. Outros agravos

apresentados pelo município também são trabalhados com foco na sua promoção e

prevenção (BRASIL, 2010).

4.3.3.2. O NASF na Saúde Mental

O número de pessoas com algum tipo de problema de saúde mental é grande

e dentro da AP, um terço da população possuem algum transtorno mental (BRASIL,

2013b, FORTES, 2004 apud TÓFILO; FORTES, 2007).

De acordo com Delfine (2014), aproximadamente 12% da população brasileira

possui algum tipo de transtorno mental. Por precisarem de algum eventual

atendimento, 9% poderiam ficar a cargo da AB.

Na procura do atendimento da AP, os problemas psiquiátricos são alguns dos

mais frequentes (RIBEIRO et al.,2009,TANAKA; RIBEIRO, 2009 apud CAMPOS et

al., 2011). Esse fato demonstra que a AP é de grande valia para diagnosticar e tratar

indivíduos com desordens mentais (CAMPOS et al., 2011). Vale ressaltar que as

intervenções que a AP realiza na saúde mental são tanto efetivas quanto demandam

menores gastos (PATEL; THORNICROFT, 2009).

Santana (2013) descreve que a integração da saúde mental na AP é uma

importante garantia de que a população terá acesso às ações da saúde mental. O

NASF se encarrega de integrar a saúde mental à atenção primária.

O modelo hospitalocêntrico está dando lugar às redes de serviços no que

tange à saúde mental. Essa rede de serviços abrange o Centro de Atenção

Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), Centros de

Convivência (CECCOs) ações do NASF dentre outros (BRASIL, 2005 apud

BERTAGNONI, 2012). A construção do projeto terapêutico dentro da saúde mental

tem como protagonistas as famílias e os usuários. Os serviços devem acontecer em

redes (BERTAGNONI, 2012).

O apoio matricial no trabalho com saúde mental possibilita maior porcentagem

de resolução dos casos, pois a forma como a ESF acompanha os casos contribui

33

para essa melhora, além disso, elas ficam mais interligadas com a rede de

assistência (BRASIL, 2010).

4.3.3.3. O NASF na Saúde da Criança e do Adolescente

Para o crescimento e desenvolvimento de uma criança é necessário fornecer

a ela qualidade de vida mediante um cuidado integral, pois isso é pressuposto da

Política Nacional de Saúde da Criança (PNSC), que reconhece os direitos das

crianças e traça compromissos para que elas se desenvolvam (ERDMANN; SOUSA,

2009 apud GOMES; BRITO, 2013, BRASIL, 2011a).

Brasil (2007) citado por Gomes e Brito (2013, p. 82), determina ações para a

saúde da criança, como “atenção ao recém-nascido, promoção à saúde e

estimulação ao aleitamento materno, enfrentamento da violência contra a criança,

vigilância ao desenvolvimento infantil”, além de outras.

O adolescente é marcado por mudanças físicas, biológicas, sociais e

psicológicas. A vulnerabilidade acompanha a fase da adolescência, sendo que

vários problemas e situações que acontecem no meio a influenciam (VIEIRA et

al.,2011). O amparo a esse grupo deve ser promovido devendo englobar os

aspectos biopsicossociais contextualizando-os no território e nos meios familiar,

cultural e social (BRASIL, 2005 apud VIEIRA et al., 2011).

São ações do NASF dentro da saúde do adolescente prevenir os problemas

devido ao uso de drogas, tabaco e álcool; gravidez precoce; violências; desenvolver

ações para os adolescentes que se apresentam em vulnerabilidade; dar apoio às

diversas atividades que proporcionem lazer e cultura aos adolescentes dentre outras

(BRASIL, 2010).

4.3.3.4. O NASF no Serviço Social

O Serviço social no NASF foi introduzido em meio a um cenário de falta de

informação sobre os direitos e desigualdades sociais. Assim, o serviço social age em

variadas questões sociais do cotidiano (CORREIA, 2014).

34

O trabalho do assistente social no NASF inclui ações, como a acolhida e

escuta dos usuários; promoção do agregamento dos trabalhadores da equipe NASF

e ESF; apoio ao usuário na estruturação do seu plano de vida; incentivos para que o

usuário participe dos conselhos pertinentes aos serviços de saúde (BRASIL, 2010).

4.3.3.5. O NASF na Saúde da Mulher

A Saúde da Mulher é uma das prioridades dentre o trabalho da ESF, sendo

que suas ações e princípios devem ser conhecidos pelos trabalhadores da AP. O

esperado pelo NASF na Saúde da Mulher é que ele auxilie a ESF nas ações e seus

objetivos descritos no Plano Nacional de Atenção à Saúde da Mulher (PAISM)

(BRASIL, 2010).

Dentre as ações do PAISM destacam-se atenção da violência contra a

mulher, atenção às doenças infecciosas, ações de saúde mental, atenção à saúde

sexual e reprodutiva; inclusão da visão de raças, etnias e gênero; atenção às

principais doenças crônicas e degenerativas (BRASIL, 2010).

A atenção as gestantes, inclusa na Saúde da Mulher deve ser prestada em

todos os níveis de atenção, sendo mais humanizada e com qualidade. Deve-se ter

acompanhamentos sobre o estado nutricional, educação em relação às informações

necessárias durante esse período mediante ações, atividades ou conversas em

grupo ou individuais, tratamento de intercorrências durante o período gestacional,

dentre outros (BRASIL, 2006).

4.3.3.6. O NASF na Assistência Farmacêutica

A assistência farmacêutica envolve ações, como encorajamento quanto ao

uso de medicamentos racionalmente, consulta farmacêutica, dispensação ativa,

educação sanitária, prosseguimento do tratamento farmacológico, usuários de

medicamentos adquirindo formulações magistrais adequadas às suas características

e farmacovigilância (MARQUES, 2009 apud BORGES, 2009).

35

4.3.3.7. O NASF nas Práticas Corporais e Atividade Física

A Política Nacional de Promoção à Saúde (PNPS), lançada em 2006 inclui,

como um de seus temas, as práticas corporais e atividades físicas (PCAF). As PCAF

foram discutidas devido aos seus efeitos benéficos frente ao grande número de

morbidades circulatórias e alto índice de mortalidade (BRASIL, 2010).

Encaixam-se nas diretrizes do profissional atuante nas PCAF, dentre várias,

propagação em conjunto com a ESF de ações que cubram o que a comunidade

demandar; priorizar intervenções de caráter coletivo, mas sem deixar de abordar

individualmente; divulgação de informações para que a comunidade adote um

modelo de vida mais saudável (BRASIL, 2010). Nesse sentido, Zione e Westphal

(2007) citado por Schuh (2014), acrescentam que as PCAF dirigidas à comunidade

envolvem condutas para socializar, educar e integrar os indivíduos.

O atendimento é feito a um grupo específico, com idades variadas, diferentes

tipos corporais, por isso, faz-se necessário profundo conhecimento do território e

usuários para atuação de acordo com o que se demanda (SCHUH, 2014).

4.3.3.8. O NASF na Alimentação e Nutrição

O marco na epidemiologia brasileira é de uma incidência alta de DCNT, peso

excessivo, além de deficiências na nutrição, todos com modelos de vida e

alimentação sem qualidade (BRASIL, 2010).

Todo cidadão tem direito a uma correta alimentação e isso é priorizado na

Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) (BRASIL, 2010).

O nutricionista no NASF identifica distúrbios pertinentes à alimentação e

nutrição; define, elabora, adapta, revisa e padroniza os protocolos nutricionais;

promove ações para uma boa alimentação e previne as consequências que uma má

nutrição e alimentação podem trazer (BRASIL, 2012 apud FAGUNDES, 2013).

4.3.3.9. O NASF nas Práticas Integrativas e Complementares

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) abrangem as áreas de

fitoterapia e plantas medicinais, acupuntura e medicina chinesa, termalismo

36

social/crenoterapia e homeopatia, e foram inclusas no SUS no ano de 2006

(ALMEIDA, 2012). A inclusão destas se esclarece pelo fato de terem em comum

com o SUS o atendimento integral, acolhedor, a ampliação do processo saúde-

doença (BRASIL, 2010).

Faz parte desse trabalho ações como realização de um trabalho em educação

juntamente com as ESFs; interação das PICs com as práticas que as redes de

saúde já ofertam por meio de criação de fluxos; desenvolvimento de ações de PICs

no campo coletivo e individual, além de outras (BRASIL, 2010).

4.4. Ações comuns entre a equipe do NASF

São ações em comum da equipe, de acordo com Brasil (2010):

identificação juntamente com a comunidade e ESF os trabalhos a serem

realizados na área bem como o público alvo;

humanização da atenção e acolhimento aos usuários;

atuação planejada e integral nos serviços realizados;

desenvolvimento de ações que incorporem as diferentes políticas sociais de

modo coletivo;

envolvimento dos usuários por meio dos Conselhos de Saúde Municipais ou

Locais para participar das tomadas de decisões;

divulgação dos serviços do NASF mediante a utilização dos meios de

comunicação;

uso de indicadores para avaliação das atividades prestadas;

elaboração de materiais que informem e eduquem a população sobre as

áreas de atenção do NASF;

discussões periódicas entre NASF e ESF sobre o acompanhamento dos

indivíduos com intuito de elaborar projetos terapêuticos.

37

5. METODOLOGIA

5.1. Área de estudo

O município de Paracatu-MG, segundo o IBGE (2014), localiza-se no

Noroeste mineiro, divisa ao Sul com os municípios de Guarda-Mor e Vazante, ao

Norte com Unaí, a Oeste com Cristalina e a Leste com Lagoa Grande e João

Pinheiro. Localiza-se a 500 km de Belo-Horizonte, a capital de Minas e a 220 km da

Capital Federal, Brasília. Apresenta um de território de 8.229, 592 Km2. O mapa

mostrado na figura 4 ilustra sua localização.

Figura 4: Mapa de localização do município de Paracatu-MG

FONTE: IBGE (2016b)

No censo do IBGE de 2010, Paracatu apresentou uma população de 84.718

hab. e densidade demográfica de 10,29 hab./km2. A estimativa populacional em

2015 é de 91. 027 hab. A cidade possui IDHM de 0, 744, sendo este considerado

alto, fazendo-a ocupar a 48ª posição em relação aos municípios mineiros. Já na

avaliação da incidência de pobreza dos municípios avaliadas em 2003, Paracatu

apresentou com 40,05% ficando acima da média de Minas Gerais (20,60%) (IBGE,

2014).

De acordo com Paracatu (2015) sua economia é baseada na mineração do

ouro, pecuária e agricultura.

38

Em Paracatu constam 167 estabelecimentos de saúde, sendo apenas 36

públicos. Dentre eles incluem um hospital geral, um CAPS, 16 Centros de

Saúde/Unidades Básicas, 04 Postos de Saúde, um Centro de Hemodiálises

(BRASIL, 2015a).

5.2 Materiais e Métodos

Foi desenvolvida uma pesquisa do tipo quantitativo-descritivo. A pesquisa

quantitativo-descritivatem a função de avaliar programas, analisar ou delinear

aspectos de fenômenos ou fatos ou isolar variáveis chaves ou principais. São

empregados métodos quantitativos com o propósito de colher dados ou amostras

sobre programas e populações (TRIPODI et al., 1975 apud MARCONI; LAKATOS,

2003).

Este trabalho é um estudo de avaliação de programa, uma das subdivisões da

pesquisa quantitativa-descritiva, no qual se estudam os resultados e efeitos de um

método específico ou programa que podem dizer respeito à saúde, educação e

outros com uma gama de objetivos. Frequentemente as hipóteses não originam das

teorias, mas surgem dos métodos ou programas em que se avalia e a declaração

dessas hipóteses pode estar precisamente declarada ou não (TRIPODI, 1975 et al.

apud MARCONI; LAKATOS, 2003).

Para a coleta dos dados populacionais foram utilizadas informações do IBGE,

no caso, a pirâmide etária do município e a quantia de deficientes motores,

mentais/intelectuais, auditivos e visuais. O IBGE é um órgão comandado pelo

governo federal com nexo ao Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento e

fornece informações de todo o Brasil referente à educação, saúde, economia,

população e indicadores. Mostra a realidade do país (IBGE, 2015).

Já na pesquisa epidemiológica do município foram colhidas informações do e-

SUS AB. O e-SUS é um programa de informatização do governo que substitui o

Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Foi estrategicamente criado pelo

Ministério da Saúde reorganizando as informações que dizem respeito à saúde

nacionalmente. A população é mais bem atendida quando se lança mão da

informatização (BRASIL, 2012b). No relatório de acompanhamento fornecido pelo e-

SUS foram coletados dados referentes à quantia de recém-nascidos (RN),

39

puérperas, gestantes, domiciliados e acamados, diabéticos, hipertensos, pessoas

em reabilitação ou com deficiência e saúde mental. Este relatório deu os dados

referentes a quantia de atendimentos feitos a esse público.

A informação referente a quantia de idosos acompanhados foi colhida direto

dos PSFs por não constar no relatório de acompanhamento. Para esta coleta foi

necessário um pedido de autorização para coleta de dados, conforme o apêndice A.

Apenas no PSF do Paracatuzinho foi necessário um pedido de autorização à

Coordenadora da Atenção Primária do Município, mostrado no apêndice B.

Cada uma das ESFs e UBSs fornece um relatório e-SUS. São elas: PSF

Primavera, PSF Paracatuzinho, PSF Santana e Arraial D’Angola, PSF Vila Mariana,

PSF São João Evangelista, PSF Bela Vista, PSF Bairro Prado, PSF Aeroporto, PSF

Amoreiras, Posto de Saúdo Novo Horizonte, Centro de Atenção Integral Saúde PSF,

Centro de Saúde da Família JK, Centro de Saúde Família Alto do Açude e Centro de

Saúde Família Chapadinha.

A obtenção dos relatórios se deu por meio da Secretaria de Saúde de

Paracatu-MG, sendo dispensada autorização para este fim. O material foi colhido

nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 foi referente aos meses de

janeiro a dezembro de 2015. Os dados obtidos foram transformados em gráficos no

formato barras e pizza, manipulados no programa Excel 2007 do software Windows

7 Starter.

40

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizadas duas visitas a Secretaria Municipal de Saúde do Município

de Paracatu-MG para coleta dos dados e-SUS e uma visita as ESFs para esclarecer

sobre a pesquisa e deixar o pedido de autorização para recolhida de informações

referente à quantia de idosos e outra após um tempo, este conforme as ESFs faziam

a contagem dos números, sendo que na última visita apenas nove ESFs repassaram

a quantia. O restante alegou a impossibilidade do repasse da informação devido

problemas de redistribuição de área de abrangência da ESF, falta de agentes de

saúde e remanejamento de enfermeiras.

No início do ano de 2015 a cobertura estimada da população por equipes SF,

de acordo com Brasil (2012c) era de 56,06% com 14 equipes implantadas, e ao fim

de 2015 a cobertura passou a ser de 60,07%, com 15 equipes em funcionamento.

Caso implantado, o NASF prestaria retaguarda a essas ESF, atendendo, portanto a

60,07% da população.

Os resultados estão representados abaixo, conforme o obtido nos dados

colhidos e demonstram a necessidade de se implantar o NASF no município.

Figura 5 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de hipertensos feitos pelas ESFs de Paracatu-

MG.

FONTE: Brasil (2015b)

19452048

2299

1095

1517

18671746

1498

1962

1311

1896

710

0

500

1000

1500

2000

2500

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

41

A figura 5 mostra que nos meses março (2299 acompanhamentos), fevereiro

(2048 acompanhamentos) e setembro (1962 acompanhamentos) houve maior

quantidade de acompanhamentos de hipertensos e no mês de dezembro (710

acompanhamentos) ocorreu um alto declínio nessa quantidade.

Apesar de altos esses números, levando em conta que esse resultado

abrange os acompanhamentos de hipertensos feito por todas as ESFs de Paracatu,

a realidade de hipertensos na população paracatuense sugere que os dados podem

não estar sendo totalmente computados devido a cobertura e/ou adesão aos

cuidados e tratamento nessa população ainda não estarem totalmente suficientes.

A HAS tem destaque dentre as DCNT, sendo um problema de Saúde Pública

no mundo. Ela acaba trazendo mudanças na vida dos hipertensos em vários

aspectos, como o social, o econômico e a saúde mental além da possibilidade de

agravar-se ao longo do tempo e das intercorrências de emergência devido à

deficiência no auto cuidado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008; MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2007 apud BERARDINELLI; GUEDES; ACIOLI, 2013). Rapsomanikie

colaboradores (2014) e American Heart Association (2013) citado por Andrade e

colaboradores (2015), afirmam que a Hipertensão Arterial (HA) é corresponsável por

óbitos e por desenvolver doenças cardiovasculares.

Seu controle não é fácil e o fato de ser uma doença crônico-insidiosa faz com

que as pessoas não adiram ao tratamento (JESUS, 2008 apud BARRETO;

MARCON, 2013).

No ano de 2001 foi criado pelo Ministério da Saúde o Plano de Reorganização

da Atenção à HAS e ao Diabetes Mellitus (DM), tendo como embasamento a

educação e a promoção à saúde, sabendo-se que este público é uma das

prioridades do Ministério da Saúde e que para o controle da HAS o essencial é a

prevenção (MACIEL et al., 2015).

O NASF, como estratégia potente para ampliação das diversas ações e

abrangências das ESFs e sua resolução, cria espaços para produzir novos saberes

e ampliar a clínica. Essa ampliação da clínica formando grupos na comunidade

facilita a troca de saberes facilitando assim a prevenção e busca ativa de doenças

como a HAS (MÂNGIA; LANCMAN, 2008 apud MACIEL et al., 2015).

42

Figura 6 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de diabéticos feitos pelas ESFs de Paracatu-

MG.

FONTE: Brasil (2015b)

Conforme o exposto na figura 6, no primeiro trimestre do ano de 2015 houve

maior quantia de acompanhamentos de diabéticos (janeiro, 594; fevereiro, 528 e

março, 568 acompanhamentos) com queda de acompanhamentos nos outros

trimestres, em especial no mês de dezembro (185 acompanhamentos). Também por

ser uma somativa dos acompanhamentos que todas as ESFs em estudo realizaram

aqui pode s levantar a hipótese da alimentação dos dados ser baixa se

considerarmos o número de possíveis diabéticos que não fazem acompanhamento

e/ou tratamento ou que ainda permanecem sem diagnóstico.

Sabe-se que o número de diabéticos tende a crescer mundialmente. De

acordo com IDF (2013) e Lober (2014) citados por Lade (2015), mais de 382 milhões

de pessoas são diabéticas e a previsão para 2035 é de 592 milhões em todo o

mundo. E ainda segundo IFD (2013) citado por Almeida-Pititto e colaboradores

(2015) e Lade (2015), o Brasil, com 12 milhões de diabéticos ocupa o quarto lugar

do mundo. A Sociedade Brasileira de Diabetes (2014) citada por Santos e

colaboradores (2015), relata que dentre as nações do mundo quase a metade dos

indivíduos com diabetes não receberam diagnóstico.

594

528

568

457

393

444 436

479498

350

474

185

0

100

200

300

400

500

600

700

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

43

Souza e colaboradores (2012), pontuam que o DM sem tratamento adequado

pode causar doenças cardiovasculares, amputação de membros, insuficiência renal

e cegueira. Isso gera altos custos e tem consequências sociais e econômicas.

Diante disso, quanto maior e mais integral for o acompanhamento dos

diabéticos e mais precoce for a detecção de novos casos e prevenção de seus

agravos, melhor será a qualidade de vida desses indivíduos e menor serão os

custos que o município terá com o tratamento desses pacientes na rede de média e

alta complexidade.

Figura 7 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de gestantes, puérperas e recém-nascidos

feitos pelas ESFs de Paracatu- MG.

FONTE: Brasil (2015b)

Em relação aos acompanhamentos feitos das gestantes, vistos na figura 7,

observa-se maior durante os meses de janeiro (201 acompanhamentos), março (193

acompanhamentos) e abril (183 acompanhamentos) e nos outros meses não houve

tanta variação, exceto no mês de dezembro, que caiu para 62 acompanhamentos.

O valor priorizado de consultas pré-natal realizadas deve ser de no mínimo

06, sendo 01 no primeiro trimestre, 02 no segundo trimestre e 03 no terceiro

trimestre (BRASIL, 2006).

201

142

193183

130

159

123 121

169

101

124

62

42

5945 49

3544 50

3749

38 44

1024

4736 30

19 25 23 2740

2433

4

0

50

100

150

200

250

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

Gestantes Puérperas Recém nascidos

44

A atenção à gestante deve conter ações em todos os níveis de atenção, deve

ser de qualidade e mais humanizada, que garanta o nascimento de uma criança com

saúde, além de bem-estar para a mãe. Nessa fase deve-se ter acompanhamentos

sobre estado nutricional, educação em relação às informações necessárias durante

esse período mediante ações, atividades ou conversas em grupo ou individuais,

tratamento de intercorrências durante o período gestacional, dentre outros (BRASIL,

2006).

Os acompanhamentos de puérperas demonstrados na figura 7, durante o ano

de 2015 oscilavam durante os meses, sendo o mês de fevereiro com maior número

de acompanhamentos (59 acompanhamentos) e o mês de dezembro (10

acompanhamentos) com menor número.

Brasil (2006), fala que é fundamental para a saúde da mãe e do recém-

nascido a atenção à ambos, tanto no pós parto quanto nas primeiras semanas após

o parto. Tanto a gravidez como o parto são momentos estressantes para a mulher e

sua família devido às mudanças subjetivas, familiares, sociais e biológicas ficando

em um estado aumentado de sensibilidade. As ESFs podem acionar o apoio

matricial do NASF caso necessário (BRASIL, 2016).

Os RN acompanhados mostraram-se maior no mês de fevereiro (47

acompanhamentos) e menor no mês de dezembro, com apenas 04

acompanhamentos notificados pelas ESFs de Paracatu, conforme a figura 7.

Comparando os três gráficos da figura 7, observa-se que os resultados são

contraditórios, já que há uma diferença considerável entre as quantias de puérperas,

recém nascidos e gestantes.

Mesmo com isso devemos salientar se as mães estão sendo bem orientadas

em relação aos cuidados com o RN, se estão indo as ESFs para o devido

acompanhamento do bebê, se as ESFs estão fazendo a detecção de condições que

possam atrapalhar o desenvolvimento desses RN e se estão tendo condições e

equipe multidisciplinar para realmente acompanhar de forma integral tanto o RN

quanto sua família. O acompanhamento nessa faixa etária é de fundamental

importância, pois aqui se dão sequência as ações e procedimentos que vão prevenir

agravos na saúde da criança, detectar possíveis alterações acompanhando-as e

45

tratando-as; dando assistência integral tanto a família quanto ao RN em casos

necessários.

Brasil (2011a), afirma que para a diminuição da mortalidade infantil e para a

promoção de maior qualidade de vida os cuidados ao RN são de extrema

importância. É no período neonatal, onde estão altamente vulneráveis, que se

concentram os riscos ambientais, biológicos, culturais e socioeconômicos, sendo

necessários cuidados especiais, com atuação integral, qualificada de proteção de

saúde e social. Todas as ações de feitas às gestantes e ao RN, de promoção,

prevenção e assistência a saúde tem fundamental importância, pois podem

influenciar na vida do neonato e até na fase adulta. Atualmente as condições de

saúde no nascimento e até no período neonatal estão sendo determinantes

relacionados a problemas como DM, obesidade, doenças cardiovasculares, saúde

mental e outros.

Figura 8 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de pessoas em reabilitação ou com deficiência

feitos pelas ESFs de Paracatu- MG.

FONTE: Brasil (2015b)

A figura 8 mostra que nos meses de janeiro (164 acompanhamentos) e junho

(153 acompanhamentos) houve maior número de acompanhamentos de pessoas

em reabilitação ou com deficiência e no mês de dezembro a quantia caiu para 49

acompanhamentos. De acordo com essa realidade aqui mostrada, podemos sugerir

164

140134

118 117

153

116110

138

120

108

49

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

46

que talvez grande parte da população em reabilitação ou deficiência seja

encaminhada direto para centros de especialidades e por isso podem não estar

sendo monitoradas pelas ESFs até pelo fato dessas não possuírem um serviço de

apoio composto por uma equipe multidisciplinar para auxiliar de maneira mais

eficiente e eficaz nesses acompanhamentos, sejam eles prevenindo novos casos ou

cuidando dos já existentes.

Figura 9: Quantidade de pessoas que se declaram com algum grau de deficiência motora, mental-intelectual, auditiva ou visual no Município de Paracatu-MG.

FONTE: IBGE (2016a)

Segundo dados do IBGE mostrados na figura 9, o número de deficientes

visuais, considerando todos os graus de deficiência foi o maior com 10.329 pessoas,

seguido do número de deficientes motores, com 4.372 pessoas. O último censo

mostra que 22,75% da população possuía algum tipo de deficiência. Conforme

estudo feito pelo IBGE (2010) citado por Holanda e colaboradores (2015), mais de

45 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência. 24% da população brasileira

declarou ter algum grau de deficiência. Paracatu, portanto quase alcançou o índice

brasileiro já no ano de 2010.

O número de deficientes motores e mental-intelectual principalmente nos

chama atenção pelo fato da necessidade de acompanhamento de uma equipe

4372

1073

3503

10329

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Qu

an

tia d

e d

efi

cie

nte

s

Tipo de deficiência

Motora

Mental-intelectual

Auditiva

Visual

47

multidisciplinar maior. Mesquita e colaboradores (2010) citado por Gomes e

colaboradores (2015), em estudo realizado constatando demanda de deficientes

parecida com a encontrada em Paracatu, no caso, em uma população de 188.233

hab., 26,36% deles apresentam deficiência, afirma haver necessidade de ações que

melhorem a qualidade da atenção à saúde prestada a este público, com

profissionais que envolvam os problemas nos mais diferentes aspectos e

identifiquem os fatores de risco, desenvolvendo um planejamento de assistência

segundo a realidade do local.

Figura 10 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de domiciliados e acamados feitos pelas

ESFs de Paracatu- MG.

FONTE: Brasil (2015b)

A quantia de acompanhamentos de domiciliados e acamados mostrou-se

elevada apenas no mês de março (228 acompanhamentos) enquanto nos outros

meses teve baixa considerável, principalmente no mês de dezembro, com apenas

26 acompanhamentos, como é demonstrado na figura 10.

Os domiciliados e acamados demandam cuidados paliativos e/ou necessitam

de atenção em reabilitação, e suas condições físicas os tornam incapazes de

procurarem os serviços na própria equipe SF ou em outro local. Nesse sentido, o

apoio de uma equipe NASF ajudaria na prestação dos cuidados aos domiciliados,

pois as ESFs compartilhariam os casos existentes com a equipe do NASF.

121

91

228

85

120

149

166

132118

79

117

26

0

50

100

150

200

250

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

48

Brasil (2012d, p.23) descreve que “a atenção domiciliar potencializa o resgate

dos princípios doutrinários do SUS (integralidade-universalidade-equidade) se

assumida como prática centrada na pessoa enquanto sujeito do seu processo

saúde-doença”.O NASF possui, dentre suas responsabilidades, o cuidado aos

indivíduos que seja por problemas que alterem sua funcionalidade ou por

dificuldades de locomover-se não conseguem ir até as ESFs, necessitem de

reabilitação ou cuidados paliativos no domicílio para a sequência da atenção. Essa

situação demanda a presença de profissionais como o fisioterapeuta, o

fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, que podem compor a equipe NASF.

Figura 11 - Quantidade mensal dos acompanhamentos de saúde mental feitos pelas ESFs de

Paracatu- MG.

FONTE: Brasil (2015b)

A respeito da quantia de acompanhamentos de saúde mental, mostrados na

figura 11, os meses de setembro (112 acompanhamentos) e novembro (99

acompanhamentos) foram os com maiores acompanhamentos, enquanto nos meses

restantes os acompanhamentos permanecem abaixo de 89, sendo o mês de abril

(50 acompanhamentos) e dezembro (51 acompanhamentos) com menor número. Os

valores aqui apresentados também podem trazer a possibilidade de serem maiores,

levando em conta a possível carência no diagnóstico e acompanhamento das

diversas situações de saúde mental que o município possa estar apresentando

8188 89

50

63

76

63 63

112

66

99

51

0

20

40

60

80

100

120

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Aco

mp

an

ham

en

tos

Meses

49

como alcoolismo e drogas por exemplo. Pode ser também que parte das demandas

encaminhadas para um serviço de especialização como o CAPS, poderiam estar

sendo acompanhadas pela equipe SF e mesmo as que realmente precisam desse

atendimento especializado merecem a atenção das ESFs.

Ao contrário do encontrado aqui, autores como Brasil (2013b) e Fortes (2004)

citado por Tófoli e Fortes (2007), afirmam que é grande o número de pessoas com

algum problema de saúde mental. Um a cada quatro pessoas que vão a AB

possuem algum transtorno mental e ainda um terço da população nacional e mundial

faz parte da demanda de transtornos mentais na atenção primária.

Delfine (2014), descreve que aproximadamente 12% da população brasileira

possui algum tipo de transtorno mental e que 9%, por precisarem de um eventual

atendimento poderiam ficar a cargo da AB e dentro das iniciativas para inclusão da

saúde mental na AB está o NASF.

O uso de álcool e drogas já é um problema de saúde pública e social. A AP

mediante as ESFs deve ser a porta de entrada para esses indivíduos prestando toda

a assistência necessária (SANTOS; OLIVEIRA, 2013).

Figura 12 - Quantidade mensal dos idosos cadastrados acompanhados pelas ESFs de Paracatu- MG.

FONTE: o autor

Na figura 12, onde são mostrados os acompanhamentos da população idosa,

observa-se alta, principalmente no mês de abril (3.199 acompanhamentos) e a

30943099 3101

3199

3109 3110 3106 31043113

3124 3122

3154

3040

3060

3080

3100

3120

3140

3160

3180

3200

3220

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Cad

astr

ad

os a

co

mp

an

had

os

Meses

50

menor quantia de acompanhamentos se deu no mês de janeiro, com 3.094

acompanhamentos.

Figura 13 - Pirâmide etária do Município de Paracatu-MG.

FONTE: IBGE (2016c)

A pirâmide etária do município, apontada na figura 13, nos mostra que já no

ano de 2010 a base da pirâmide já é diminuída, com aumento da população jovem e

adulta e a perspectiva que se tem para os próximos anos é o aumento da população

adulta e idosa. 3,78% da população de Paracatu estava na faixa etária acima dos 60

anos, considerada idosa, conforme o censo de 2010, enquanto que a porcentagem

mineira foi de 11,79% de idosos.

3.233

3.680

4.270

4.318

4.282

3.815

3.450

3.067

2.841

2.672

2.018

1.617

1.101

764

598

396

214

85

33

15

1

3083

3582

4161

4224

4090

3828

3530

3215

2837

2573

1966

1541

1060

844

705

426

313

162

76

25

7

0 a 4

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

75 a 79

80 a 84

85 a 89

90 a 94

95 a 99

Mais de 100

Faix

a Et

ária

Homens Mulheres

51

As figuras 12 e 13 mostram que o município de Paracatu tende a ser idoso e

com isso pode trazer também um aumento de morbidades associadas a essa faixa,

como HAS, DM e outras comorbidades, caso não se tenha um acompanhamento

especializado e multidisciplinar constante dessa população.

Victor e colaboradores (2009) e Carvalho (2011) citados por Costa e

colaboradores (2015), ressaltam que o envelhecimento populacional deve ser

acompanhado, pois carrega consigo o aumento na quantia de procedimentos

médicos e agravos, aumento de morbidades, aumento das doenças crônico

degenerativas. Devido às consequências advindas dessa situação, como as

incapacidades e os acometimentos na funcionalidade e autonomia do idoso, a

qualidade de vida desses indivíduos fica prejudicada. Como esses problemas

costumam durar bastante tempo, os idosos são os principais usuários do serviço de

saúde.

Figura 14 - Prevalência de demandas de hipertensos, idosos, diabéticos, recém-nascidos, gestantes,

puérperas, domiciliados e acamados, pessoas em reabilitação ou com deficiência e saúde mental acompanhados pelasESFs de Paracatu-MG.

FONTE: Brasil (2015b); o autor

A figura 12 mostra que a prevalência de acompanhamentos das ESFs de

Paracatu é da população idosa (50%), seguida de hipertensos (29%) e diabéticos

54%

29%

8%

3%

1%

0% 2% 2% 1%

Idosos

Hipertensos

Diabéticos

Gestantes

Puérperas

Recém Nascidos

Domiciliados e Acamados

Pessoas em reabilitação oucom deficiência

Saúde Mental

52

(8%). As menores taxas de acompanhamentos foram das puérperas e recém-

nascidos, ambos com apenas 1%. Como observamos, as DCNT são problema de

saúde pública no município.

Isso confirma os achados na literatura falando sobre a alta prevalência e HAS

e DM na população (PETERMAN et al., 2015) e ainda associam o envelhecimento

como um dos fatores de risco (TORRES; ROQUE; NUNES, 2014).

Grande parte das literaturas associam os idosos ao risco de DCNT,

depressão, doenças osteomusculares e suas consequências, riscos do uso de

polifármacos e ressaltam a importância de maiores ações que englobem da melhor

forma o cuidado com o idoso para melhoria de sua qualidade de vida (COELHO et

al., 2013, POZZOBON; HOERLLE; CARRENO, 2014, BRASIL, 2014b).

Em um estudo feito por Pozzobon, Hoerlle e Carreno (2014), em relação à

prevalência de DM e HAS em pessoas do antigo sistema de informação adotado

pelo SUS, o SIAB, acabaram encontrando maior prevalência dessa demanda na

população, mas já afirmaram que o percentual de acompanhamentos de pessoas

com HAS e DM é baixo, independente dos números apontados pelos estudos, e que

esse fato pode desencadear números elevados de comorbidades e complicações

relacionadas a essas enfermidades, sobrecarregando a saúde pública e

aumentando a mortalidade no país.

Em um projeto no qual Marchaukoski (2011), analisou o processo de

implantação do NASF do município de Pinhais-PR e propôs uma nova proposta de

projeto de implantação para esta cidade, foi observado um elevado número de

atendimentos a pessoas com HAS, seguido após de atendimentos a gestantes e

diabéticos. Também constatou que houve alto crescimento dos acompanhamentos

de hipertensos e diabéticos pelos PSFs.

Embasando nessas informações e em mais alguns dados epidemiológicos do

município colocaram em prática as etapas de implantação do NASF esperando obter

resultados como: a melhoria da qualidade de vida da população coberta mediante

atividades intersetoriais; o aumento do número das atividades de promoção e

prevenção à saúde embasando-se no apoio matricial as ESFs; a diminuição na

quantia de encaminhamentos para especialidades e em consequência a fila de

espera por atendimento; a eficácia e eficiência à assistência prestada ao usuário, de

53

forma multidisciplinar, focando no indivíduo e não na patologia, diminuindo o número

de casos que necessitem de internações (MARCHAUKOSKI, 2011).

Nascimento (2014), em sua tese de doutorado que analisando os municípios

de Olinda (394.850 hab.), Recife (1.634.808 hab.) e Camaragibe (141.373 hab.), em

relação ao desenvolvimento e organização da atenção à saúde prestada pelo NASF,

fez uma análise dos dados epidemiológicos que a região apresentava na época de

implantação do NASF em cada um dos municípios e no município de Olinda a HAS

e a DM também eram problema de saúde pública.

Outros indicadores foram analisados durante o processo de implantação do

NASF nos municípios em estudo, sendo encontrado prioridades divergentes das

apresentadas aqui. Nascimento (2014), descrevendo a situação epidemiológica

dessas cidades, constataram grande incidência de óbitos devido a doenças do

aparelho circulatório, neoplasias e causas externas, como homicídios. Os três

municípios também apresentaram em seu perfil de adoecimento doenças de caráter

endêmico como hanseníase e tuberculose, sendo também um problema de saúde

pública. No município de Recife, ainda se observou que os transtornos mentais eram

problemas para o município em relação à saúde pública. Diante desse perfil torna-se

fundamental a análise para formulação de programas, propostas, políticas e

estratégias, como o NASF.

Souza (2013) citado por Nascimento (2014), relata que a o NASF vem a partir

da promoção de saúde e uma de suas responsabilidades é a ampliação de ações de

prevenção e promoção das ESFs. Sendo assim, ele atua reduzindo epidemias

presentes no momento, diminui o índice de agravos e doenças não transmissíveis.

Patrocínio, Machado e Fausto (2015), estudando a implantação do NASF em

municípios do Rio de Janeiro, constataram que nos dois municípios que se realizou

o estudo de caso (município A, de pequeno porte e município B, de médio porte), no

avançar de sua implantação, em ambas as cidades as equipes puderam aprimorar

seus conhecimentos, houve aumento da resolutividade da equipe SF diante as

demandas populacionais e os objetivos da ABS foram ampliados.

No estudo feito por Maciel e colaboradores (2015), onde avaliaram as ações

de saúde realizadas pelo NASF com um grupo de hipertensos constatou-se bom

êxito, aumentando a adesão dos usuários hipertensos da ESF ao tratamento,

54

melhorando a qualidade de vida e ainda trazendo indivíduos não hipertensos ao

grupo que quiseram prevenir a doença. No grupo eram realizados exercícios físicos,

educação em práticas corporais e orientações sobre o tratamento da HAS.

Em um relato de experiência diante ao acompanhamento de um grupo de

gestantes no município de Iguatu-CE, com população de 96.495 hab. teve-se um

trabalho multiprofissional da EqSF e o apoio do NASF, onde foram esclarecidos

assuntos importantes sobre o período gestacional e ainda inseridos diversos

profissionais para aumentar ainda mais as experiências e orientações passadas as

gestantes e se obteve bons resultados, possibilitando esclarecimento de dúvidas,

criação de vínculos, partilha de conhecimentos, sentimentos e experiências;

constituindo espaço de direito ao acompanhamento, as informações e à saúde

(MALUMBRES; BARRETO, 2016).

Na cidade de Uberaba-MG foi feito um estudo avaliando e desenvolvendo a

implementação de ações de educação permanente em grupos de educação em

saúde com idosos. As ações foram realizadas pela equipe SF e NASF e obtiveram

resultados positivos tanto na participação dos idosos, ao ponto de melhoria da

qualidade de vida. Ainda neste estudo conclui-se que a educação em saúde auxilia

no envelhecimento e qualidade de vida, com ênfase na promoção da saúde e que

ela é uma ferramenta utilizada na troca de experiências, sendo um incentivo a

autonomia e ao autocuidado dos idosos (MENDONÇA, 2015).

Em relação aos dados obtidos através do e-SUS AB deve ser em

consideração o fato de que o município trabalha com o sistema a três anos apenas e

portanto existe a possibilidade de haver falhas na alimentação desses dados e

assim, as quantias aqui mostradas podem não expressar a real situação do

município. Por ser um programa novo no meio, pouco conhecido a fundo, ainda é

cedo para afirmar esses seus pontos negativos, além não se ter ainda estudos no

meio que averiguem como vem sendo sua utilização pelas EqSF.

No antigo programa SIAB também já se tinham dúvidas sobre sua

confiabilidade, com as hipóteses justificativas de preenchimento dos formulários

pelos ACS com falhas devido a rotatividade alta no serviço destes ou com dados

equivocados das UBSs, falta de supervisão dos ACS e pelo fato de outros membros

da equipe não utilizarem o programa (FREITAS; PINTO, 2005, SILVA; LAPREGA,

2005, POZZOBON; HOERLLE; CARRENO, 2014).

55

Autores como Jorge, Laurenti e Gotlieb (2010), em um estudo no qual

avaliaram os sistemas de informação em saúde do país, constataram a existência de

erros, inconsistências e falhas nesses sistemas.

Brasil (2004) citado por Cabral e colaboradores (2015), já afirma que apesar

das tecnologias e sistemas novos, ainda existem fragilidades como a ineficácia de

recursos humanos diante da utilização dos instrumentos existentes, fazendo gerar

uma contradição dos dados ou até mesmo sua falta de uso, encerrando-se assim,

seja por descontinuidade na assistência, por não ter ferramentas suficientes ou por

não utilizarem os dados para planejar as ações estratégicas.

Em relação aos achados literários aqui expostos, foram encontradas

avaliações do NASF e os benefícios dele após ser implantado, mas são escassos os

estudos em municípios que ainda não possuem tal cobertura.

Conforme visto na literatura, em relação à implantação do NASF nos

municípios, essa foi realizada observando as demandas dos municípios e baseadas

justificando-se no objetivo principal de aumentar as ações e atenção à saúde

prestada pelas ESFs, utilizando o trabalho de uma equipe multidisciplinar para isto.

Os resultados após a implantação mostraram-se exitosos, contribuindo para o

aumento da resolutividade das demandas apresentadas, proporcionando melhoria

na qualidade de vida dos grupos avaliados, contribuindo para o aumento das ações

em promoção e prevenção à saúde.

Assim como os demais municípios apresentaram demandas para que o NASF

fosse instalado, Paracatu também apresenta e existe a necessidade de abranger os

cuidados com uma equipe multidisciplinar a essas demandas, dentro da AB, com

ações focadas principalmente nos idosos, hipertensos e diabéticos. Já sabemos que

se há melhorias nesses critérios em um município, não somente o indivíduo ganha,

mas também o município, que tende a diminuir em gastos com problemas de saúde

pública. Esses cuidados poderão ser oferecidos mediante a implantação de um

NASF no município.

A equipe multidisciplinar seria maior e o trabalho em conjunto ajudaria na

resolução dos casos apresentados pela ESF. Também a educação em saúde, uma

das prioridades do trabalho do NASF, ajudaria as ESFs a detectar precocemente

problemas na área e dar melhor resolução a eles além de prevenir novos casos;

56

prestar orientações e cuidados a toda população a respeito de vários temas,

conforme as necessidades do território.

57

7. CONCLUSÃO

Conforme o exposto no presente trabalho constata-se a necessidade de se

implantar o NASF no município de Paracatu-MG.

58

8. REFERÊNCIAS

ALMEIDA-PITITTO B. de et al. Type 2 diabetes in Brazil: epidemiology and mana

gement. Diabetes Metab. Syndr. Obes., v. 08, p. 17- 28, 2015. Disponível em: <

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4298341/>. Acesso em: 27 fev. 2016.

ALMEIDA, R. C. C. Práticas integrativas e complementares e o modelo em de fesa da vida: análise das novas políticas do SUS no Recife no período de 2009 a 2011. 2012. 113 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Universidade Fede ral de Pernambuco, Programa de Pós-graduação Integrado em Saúde Coletiva, Re cife. Disponível em: <http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/12914/ RodrigoCaririDisserta%C3%A7%C3%A3o.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 25 out. 2015. ANDRADE, L. O. de; BARRETO, I. C. de H. C.; BEZERRA, R. C. (Org.). Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo-Rio de Janeiro: Hucitec e Fio Cruz, 2008. ANDRADE, R. S. de et al. Processo de trabalho em unidade de saúde da família e a educação permanente. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, 2016. Dispo nível em: <http://www.scielo.br/pdf/tes/2016nahead/1678-1007-tes-1981-7746-sip00 108.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2016.

ANDRADE, S. S. A. et al. Prevalência de hipertensão arterial autorreferida na popu

lação brasileira: análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiologia e

Serviços de Saúde, Brasília, v. 24, n. 02, p.297-304, abr./jun. 2015. Disponível em:

<http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v24n2/v24n2a12.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. SUS: o que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo: Atheneu, 2008. AVEIRO, M. C. et al. Perspectivas da participação do fisioterapeuta no Programa Saúde da Família na atenção à saúde do idoso. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n. 01, p. 1467-1478, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scie lo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700082 >. Acesso em: 01 ago. 2015.

BARRETO, M. S.; MARCON, S. S. Hospitalização por agravos da hipertensão arte

rial em pacientes da atenção primária. Acta. Paul. Enferm., São Paulo, v. 26, n. 04,

p. 313-317, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v26n4/v26n4a03.p

df>. Acesso em: 24 mar. 2016.

BARROS, J. de O. et al. Estratégia do apoio matricial: a experiência de duas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da cidade de São Paulo, Brasil. Ci ência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.20, n.9, set. 2015. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232015000902847&lng=pt>. Acesso em: 27 set. 2015.

59

BERARDINELLI , L. M. M.; GUEDES, N. A. C.; ACIOLI, S. Análise de déficit de auto

cuidado de clientes e as implicações na produção de cuidado. Ver. Enf. UERJ, Rio

de Janeiro, v.21, p.575-580, dez. 2013. Disponível em:<http://www.facenf.uerj.br/v

21nesp1/v21e1a03.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016.

BERTAGNONI, L. et al. Núcleo de Apoio à Saúde da Família, Revista de Terapia Ocupacional, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 153 -162, mai./ago. 2012. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rto/article/download/49079/53152>. Acesso em: 12 out. 2015. BORGES, A. M. P. et al. A Contribuição do Fisioterapeuta para o Programa de Sa úde da Família – uma revisão da literatura. UNICiências, Cuiabá, v. 14, n. 1, p. 69 82. 2010. Disponível em:<http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/uniciencias/ article/view/848/814 >. Acesso em: 01 ago. 2015. BORGES, R. C. dos S. M. Implantação da Atenção Farmacêutica no NASF- Nú cleo de Apoio a Saúde da Família do Município de Extrema – MG. 2009. 75 f. Monografia (Especialista em Assistência Farmacêutica) – Universidade Federal de Alfenas, Alfenas. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pre mio2010/especializacao/trabalho_lucienemarques1_mh_e.pdf>. Acesso em: 21 out. 2015. BRASIL. Presidência da República. Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providên cias.1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm>. Acesso em: 20 set 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e

Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: Ministério

da Saúde, 2006. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual

_pre_natal_puerperio_3ed.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2016 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A tenção Básica. Pacto pela saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. (Série Pactos pela Saúde 2006, v.4). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ pacto_saude_v4_4ed.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 154, de 24 de Janeiro de 2008: cria os

Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. 2008. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008.html>.Acesso em: 20 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Ministé rio da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 152p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 27).

60

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A

ções Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia pa

ra os profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011a. (Série A. Nor

mas e Manuais Técnicas). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica

coes/atencao_recem_nascido_%20guia_profissionais_saude_v1.pdf>. Acesso em:

27 mar. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamen to das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil: 2011-2022. Bra sília: Ministério da Saúde, 2011b. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011. pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à saúde da Família (NASF). Brasília: Departamento de Atenção Básica. 2012a. Dis ponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php>. Acesso em: 20 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. E-SUS Atenção Básica. Brasília: Departamento de Atenção Básica. 2012b. Disponível em: <http:// dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php>. Acesso em: 26 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Teto, credencia mento e implantação das estratégias de Agentes Comunitários de Saúde, Sa úde da Família e Saúde Bucal. Departamento de Atenção Básica. 2012c. Disponí vel em: <http://dab.saude.gov.br/dab/historico_cobertura_sf/historico_cobertura_sf _relatorio.php>. Acesso em: 27 abr. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde,

2012d. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.

pdf>. Acesso em: 26 mar. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 548, de 04 de abril de 2013:define o valor de financiamento do Piso da Atenção Básica Variável para os Núcleos de Apoio à Saú

de da Família (NASF) modalidade 1, 2 e 3. 2013a. Disponível em: <http://bvsms.saude .gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0548_04_04_2013.html>. Acesso em: 25 out. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A

tenção Básica. Saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2013b. (Cadernos de

Atenção Básica, n. 34). Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/

publicacoes/caderno_34.pdf>. Acesso em: <26 mar. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A tenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Ministério da Saúde. Secre

61

taria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014a. (Cadernos de Aten ção Básica, n. 39). Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nu cleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A

tenção Básica. Estratégia para o cuidado de pessoas com doenças crônicas.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde,

2014b. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35). Disponível em: <http://bvsms.saude.

gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cronica_cab35.pdf>.

Acesso em: 20 fev. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de A

tenção Básica. e-SUS Atenção Básica : manual de implantação. Ministério da Saú

de. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014c. Disponí

vel em: < http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/manual_implanta

cao_esus.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Secretaria de Atenção à Saúde. Indicadores: tipo de estabelecimento. CNES-Net. Secretaria de Atenção à Saúde. 2015a. Disponível em: <http://cnes2. datasus.gov.br/Mod_Ind_Unidade.asp>. Acesso em: 26 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatórios de Acompanhamentos. Prontuário Eletrô nico do Cidadão (PEC). Paracatu, 2015b. Disponível em: <localhost:8080/esus/#/PE C/User/relatorios/acompanhamento?Dmw5t2BtRkA%253D>. Acesso em: 18 jan. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de aten

ção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pe

lo vírus Zika: Plano nacional de enfrentamento à microcefalia. Brasília: Ministério da

Saúde, 2016b. Disponível em: <https://ufrn.unasus.gov.br/moodle26/pluginfile.php/32

296/mod_page/content/4/prot_sas.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2016.

CABRAL, S. A. A. de O. et al. A utilização do e-SUS Atenção Básica (AB) no proces so de fortalecimento da efetivação dos princípios doutrinários do SUS. INTESA. Pom bal, v. 09, n. 01, p. 01- 04, jan./jun. 2015. Disponível em: < http://www.gvaa.com.br/ revista/index.php/INTESA/article/view/3209>. Acesso em: 07 abr. 2016. CAMPOS, R. O. et al. Saúde mental na Atenção Primária à Saúde: estudo avaliativo em uma grande cidade brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n.12, p. 4643-4652, dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n12/ 13.pdf >. Acesso em: 12 out. 2015.

CARVALHO, F. G. O trabalho da Fisioterapia na assistência ao idoso na atenção bá

sica. Caderno Saúde e Desenvolvimento, v. 03, n. 2, jul./dez. 2013. Disponível em:

<http://www.grupouninter.com.br/revistasaude/index.php/cadernosaudedesenvolvi

mento/article/view/213/166>. Acesso em: 20 fev. 2016.

62

CARVALHO, G. I. de; SANTOS, L. SUS Sistema Único de Saúde: comentários à Lei Orgânica da Saúde – Leis no 8.080/90 e no 8.142/90. 4. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2006. CARVALHO, S. T. R. F. de; CACCIA-BAVA, M. do C. G. G. Conhecimentos dos usu ários da Estratégia Saúde da Família sobre a fisioterapia. Fisioterapia em Movimen to, Curitiba, v. 24, n. 4, out./dez. 2011. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.ph p?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011001300013>. Acesso em: 01 ago. 2015.

COELHO, E. R. et al. Perfil sociodemográfico e necessidades de educação em saú

de entre cuidadores de idosos em uma unidade de saúde da família em Ilhéus, Ba

hia, Brasil. Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade, Rio de Janeiro, v. 08, n. 38, p. 172

179, jul./set. 2013. Disponível em: <http://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/rbmfc8%28

28%29496/560. Acesso em: 27 mar. 2016.

COFFITO. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): o fisioterapeuta e o te rapeuta ocupacional: subsídios para a inserção profissional. 2011. 18f. Projeto de Pesquisa - COFFITO, Brasília. Disponível em: <http://coffito.org.br/site/ftosaudepu blica/arquivos/projetonasfcoffito.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015. CORREIA, P. M. B. O Serviço Social no NASF: uma análise do processo de traba lho do Serviço Social no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no município de São Gonçalo do Amarante/Ceará. 2014. 87f. Monografia (Bacharel em Serviço Social)-Centro de Ensino Superior do Ceará, Faculdade Cearense, Fortaleza. Dispo nível em:<http://www.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CSS/O%20SER VICO%20SOCIAL%20NO%20NASF%20UMA%20ANALISE%20DO%20PROCESSO%20DE%20TRABALHO%20DO%20SERVICO%20SOCIAL.pdf>. Acesso em: 20 out. 2015. COSTA, E. M. A; CARBONE, M. H. Saúde da Família: uma abordagem interdiscipli nar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.

COSTA, N. R. C. D. et al. Política de Saúde do Idoso: percepção dos profissionais

sobre sua implementação na atenção básica. Rev. Pesq. Saúde, v. 16, n. 02, p.95

101, mai./ago. 2015. Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/in

dex.php/revistahuufma/article/view/4239/2270>. Acesso em: 27 mar. 2016.

CUNHA, G. T.; CAMPOS, G. W. de S. Apoio Matricial e Atenção Primária em Saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 4, p. 961- 970, out./dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v20n4/13.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

DELFINI, P. S. de S.; et al. Mental Health Support Teams in Primary Health Care. In

vestigação Qualitativa em Saúde, v. 02, p.117-122. 2014. Disponível em: <http://

proceedings.ciaiq.org/index.php/CIAIQ/article/view/467/464>. Acesso em: 26 mar.

2016.

63

FAGUNDES, A. A. A atuação do nutricionista nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). 2013. 204 f. Tese (Doutorado) - Universidade de Brasília (UnB), Fa culdade de Ciências da Saúde, Brasília. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bi tstream/10482/13167/1/2013_AndhressaAraujoFagundes.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015. FALKENBERG M. B. et al. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 3, p. 847-852. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n3/1413-8123-csc-19-03 00847.pdf>. Acesso em: 26 out. 2015. FERRO, L. F. et al. Interdisciplinaridade e intersetorialidade na Estratégia Saúde da Família e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família: potencialidades e desafios. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 129-138. 2014. Disponível em: <http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/interdisciplinariedade_intersetorialidade_estrategia_saude_familia.pdf>. Acesso em: 26 out. 2015. FIGUEIREDO, E. N. de. A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS. 2. ed. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2011. Disponível em:< http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_5.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. FITTIPALDI, A. L. de M.; ROMANO, V. F.; BARROS, D. C. de. Nas entrelinhas do olhar: apoio matricial e os profissionais da Estratégia Saúde da Família. Saúde De bate, Rio de Janeiro, v. 39, n. 104, p. 76-87, jan/mar. 2015. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/sdeb/v39n104/0103-1104-sdeb-39-104-00076.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2016. FREITAS, F. P.; PINTO I. C. Percepção da equipe de saúde da família sobre a utili zação do sistema de informação da atenção básica - SIAB. Rev. Latino-Am. Em ferm. Ribeirão Preto, v. 13, n. 04, p. 547-554, jul./ago. 2005. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692005000400013 >. Acesso em: 27 mar. 2016. GOMES, J. A.; BRITO, C. M. D. de. Apoio matricial e terapia ocupacional: uma expe riência de abordagem na saúde da criança. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v.24, n.1, p.81-86, jan./abr. 2013. Disponível em: <ht tp://www.revistas.usp.br/rto/article/view/61994/84583>. Acesso em: 13 out. 2015.

GOMES, J. da S. et al. Vivenciando e aprendendo: o cuidado com as pessoas com

deficiência contribuindo para a formação profissional. Interagir: pensando a exten

são, Rio de Janeiro, n. 20, p. 80-87, jan./dez. 2015. Disponível em: <http://www.epu

blicacoes.uerj.br/index.php/interagir/article/view/15844/15975>. Acesso em: 26 mar.

2016.

HOLANDA, C. M. de A. et al. Redes de apoio e pessoas com deficiência física: in

serção social e acesso aos serviços de saúde. Ciência e Saúde Coletiva, v. 20, n.

01, p. 175-184, 2015. Disponível em:< http://www.redalyc.org/html/630/63033062

020/>. Acesso em: 26 mar. 2016.

64

IBGE. Cidades: Minas Gerais - Paracatu. 2014. Disponível em: <http://www.cidades. ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=314700&search=minasgerais|paracatu>. Acesso em: 01 ago. 2015. IBGE. A instituição. 2015. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/default.ph p>. Acesso em: 26 set. 2015. IBGE. Censo demográfico 2010: resultados da amostra pessoas com deficiência.

2016a. Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&co

dmun=314700&idtema=92&search=minas-gerais|paracatu|censo-demografico2010: resultados-da-amostra-pessoas-com-deficiencia-->. Acesso em: 20 fev. 2016.

IBGE. Cidades: Minas Gerais - Paracatu. 2016b. Disponível em: <http://cidades.ib ge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=314700>. Acesso em: 07 mai. 2016.

IBGE. Infográficos: evolução populacional e pirâmide etária. 2016c. Disponível em:

<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=314700&sear

ch=minas-gerais|paracatu|infogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-epir%E2

mide-et%E1ria>. Acesso em: 20 fev. 2016.

JORGE, M. H. P. de M.; LAURENTI, R.; GOTLIEB, S. L. D. Avaliação dos sistemas de informação em saúde no Brasil. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v. 18, n. 01, p. 07-18. 2010. Disponível em: < http://iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2010_1/art igos/Modelo%20Livro%20UFRJ%201-a.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2016.

LADE, C.G. Avaliação e treinamento de pacientes com diabetes atendidos no

Centro Hiperdia de Viçosa. 2015. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal

de Viçosa (UFV), Programa de Pós Graduação em Educação Física, Viçosa. Dispo

nível em: <http://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/6466/texto%20com

pleto.pdf?sequence=1&isAllowed=y#page=26>. Acesso em: 25 mar. 2016.

LANCMAN, S. et al. Estudo do trabalho e do trabalhador no Núcleo de Apoio à Saú de da Família. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.47, n.5, p.968-975, out. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034 89102013000500968&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 out. 2015.

MACIEL, M. dos S. et al. Ações de saúde desenvolvidas pelo núcleo de apoio à sa

úde da família -NASF. Revista Saúde (Santa Maria), v. 41, n. 01, jan./jun. 2015.

Disponível em: <http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/revistasau

de/article/view/13283/pdf>. Acesso em: 20 fev. 2016.

MALUMBRES, P. C.; BARRETO, I. C. de H. Grupo de gestantes: o relato de uma ex periência. Enfermagem Revista, v. 19, n. 01, jan./fev. 2016. Disponível em: <http: // periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/view/11635>. Acesso em: 20 abr. 2016.

65

MARCHAUKOSKI, J. N. Metodologia de implantação do NASF em Pinhais-PR. 2011. 60 f. Projeto técnico (Especialista em Gestão Pública em Saúde) - Universi dade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: < http://acervodigital.ufpr.br/bitstre am/handle/1884/32872/JEROSIANE%20NUNES%20MARCHAUKOSKI.pdf?sequence=1>. Acesso em: 05 mar. 2016. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e exe cução de pesquisas, amostragem e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e in terpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MEDINA, M. G.; et al. Promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas: o que

fazem as equipes de Saúde da Família?. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 39,

n. especial, p. 69-82, out. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38

nspe/0103-1104-sdeb-38-spe-0069.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2016.

MENDONÇA, F. T. N. F. de. Grupo de educação em saúde com idosos: educa ção permanente com profissionais da atenção primária. Dissertação (Mestrado em Atenção à Saúde), Universidade Federal do Triângulo Mineiro- Uberaba, 2015. Disponível em:< http://bdtd.uftm.edu.br/bitstream/tede/222/5/Dissert%20Francielle %20T%20N%20F%20Mendonca.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. MOTTA, L. B. da; AGUIAR, A. C. de; CALDAS, C. P. Estratégia Saúde da Família e a atenção ao idoso: experiências em três municípios brasileiros. Cadernos de As úde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n.4, p.779-786, abr. 2011. Disponível em: <http: //www.scielo.br/pdf/csp/v27n4/17.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. MOURA, R. H.; LUZIO, C. A. O apoio institucional como uma das faces da função apoio no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): para além das diretrizes. In terface, Botucatu, v. 18, n.1, p. 957-970. 2014. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/icse/v18s1/1807-5762-icse-1807-576220130333.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. NASCIMENTO, C. M. B. do. Núcleo de Apoio à Saúde da Família: uma análise da atenção à saúde em municípios da Região Metropolitana do Recife. Tese (Dou torado em Saúde Pública), Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Os waldo Cruz, Recife, 2014. Disponível em: <http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2014 nascimento-cmb.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2016. OLIVEIRA, I. C.; ROCHA, R. M.; CUTOLO, L. R. A. Algumas palavras sobre o NASF: relatando uma experiência acadêmica. Revista Brasileira de Educação Médica,v. 32, n.4, p.574-580. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/v36n4/19. pdf>. Acesso em: 27 set. 2015. PARACATU. Prefeitura Municipal. Paracatu: história. Paracatu: Prefeitura Municipal de Paracatu, 2015. Disponível em: <http://paracatu.mg.gov.br/plano-de-saneamento/ noticias/secretaria-de-ind-com-e-turismo/turismo/historia/>. Acesso em: 01 set. 2015.

66

PATEL, V.; THORNICROFT, G. Packages of Care for Mental, Neurological, and

Substance Use Disorders in Low- and Middle-Income Countries, PLOS Medicine,

Califórnia, v. 6, n. 10, out. 2009. Disponível em: <http://journals.plos.org/plosmedi

cine/article?id=10.1371/journal.pmed.1000160>. Acesso em: 12 out. 2015.

PATROCÍNIO, S. S. da S. M. do; MACHADO, C. V.; FAUSTO, M. C. R. The Family Health Support Centre: national proposal and implementation in towns of Rio de Ja neiro. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v.39, n. especial, p. 105-119, dez. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-11042015000500105& script=sci_abstract>. Acesso em: 20 abr. 2016. PETERMANN, X. B. et al. Epidemiologia e cuidado à Diabetes Mellitus praticado na Atenção Primária à Saúde: uma revisão narrativa. Saúde (Santa Maria), Santa Ma ria, v. 41, n. 01, jan./jul., p.49-56, 2015. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revis tas/ojs2.2.2/index.php/revistasaude/article/view/14905/pdf>. Acesso em: 27 mar. 2016. POZZOBON, A.; HOERLLE, J. L.; CARRENO, I. Prevalência e perfil sociodemográ fico de diabetes e hipertensão em indivíduos do sistema de informação da Atenção Básica. Rev. Bras. Promoç. Saúde, Fortaleza, v. 27, n. 03, p. 295-302, jul./set., 2014. Disponível em: <http://ojs.unifor.br/index.php/RBPS/article/view/2821/pdf>. Acesso em: 27 mar. 2016. REIS, D. C. dos et al. Perfil de atendimento de um Núcleo de Apoio à Saúde da Fa mília na área de reabilitação, Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil, 2009. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v.21, n.4, p.663-674, dez. 2012. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v21n4/v21n4a16.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. SANTANA, C. L. A. de. A integração da saúde mental na Estratégia Saúde da Família. 2013. 86 f. Dissertação (Mestrado Internacional em Políticas e Serviços de Saúde Mental) - Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Médicas, Lis boa. Disponível em: <http://run.unl.pt/bitstream/10362/12158/1/Santana%20Carmen %20TS%202013.pdf>. Acesso em: 12 out. 2015.

SANTOS, J. A. T.; OLIVEIRA, M. L. F de. Implantação de ações para enfrentamento

do consumo de drogas na atenção primária à saúde. Cogitare Enferm., v. 18, n. 01,

p. 21-28, jan./mar. 2013. Disponível em:<https://www.researchgate.net/profile/Jessi

ca_Santos6/publication/269731408_IMPLANTACAO_DE_ACOES_PARA_ENFREN

TAMENTO_DO_CONSUMO_DE_DROGAS_NA_ATENCAO_PRIMARIA_A_SAUDE/

links/55f075a508aedecb68ffb078.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2016.

SANTOS, R. S. A. F et al. Rede de Atenção à Saúde ao portador de Diabetes Melli

tus: uma análise da implantação no SUS em Recife (PE), Saúde em Debate, Rio de

Janeiro, v. 39, dez. 2015. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_

arttext&pid=S0103-11042015000500268>. Acesso em: 25 mar. 2015.

67

SCHUH, L. X. A inserção do profissional de educação física nas equipes multiprofis sionais da estratégia saúde da família. Revista Saúde (Santa Maria), Santa Maria,v. 41, n. 1, p.29-36, jan./jun. 2014. Disponível em:<http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2. 2.2/index.php/revistasaude/article/view/10514/pdf.>. Acesso em: 25 out. 2015.

SILVA, A. S.; LAPREGA M. R. Avaliação crítica do Sistema de Informação da Aten

ção Básica (SIAB) e de sua implantação na região de Ribeirão Preto, São Paulo, Bra

sil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 06, p. 1821-1828, nov./dez. 2005.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v21n6/21.pdf>. Acesso em: 27 mar.

2016.

SOUZA, C. F. et al. Pré-diabetes: diagnóstico, avaliação de complicações e tratamen

to, Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 56, n. 05, p.275-284, 2012. Disponível em: <ht

tp://www.scielo.br/pdf/abem/v56n5/a01v56n5.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2016.

SOUZA, F. L. D. et al. Implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família: percep ção do usuário. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v.37, n. 97, p. 219-232, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://cebes.org.br/site/wpcontent/uploads/2014/09/RSDv37 n97.pdf#page=39. Acesso em: <35 mar. 2016. SOUZA, M. C. de. Fisioterapia e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: conhecimen to, ferramentas e desafios. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 37, n. 02, 2013. Dis ponível em: <http://www.fufs.edu.br/admin/anexos/23-072013_08_59_52_.pdf>. A cesso em: 19 ago. 2015.

TÓFOLI, F. L.; FORTES, S. Apoio Matricial de saúde mental na atenção primária do

município de Sobral, CE: o relato de uma experiência. Sanare, v.06, n.02, p.34-42,

Sobral, jul./dez. 2007.

TORRES, H. C.; ROQUE, C.; NUNES, C. Visita domiciliar: Estratégia educativa para

o autocuidado de clientes diabéticos na atenção básica. Acta Paul. Enferm, São

Paulo, v.27, n.1, jan./fev. 2014. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid

=S0103-21002014000100006&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 27 mar. 2016.

VIEIRA et al. Assistência à saúde e demanda dos serviços na estratégia saúde da família: a visão dos adolescentes. Cogitare Enfermagem, v.16, n.4, p.714-720, out./dez. 2011. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article /view/25443/17065>. Acesso em: 13 out. 2015.

68

APÊNDICE A – AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS

Ofício

Paracatu, de de 2015

Assunto: solicitação para execução de pesquisa

Prezada Enfermeira,

A Faculdade TECSOMA, ciente do seu relevante trabalho para com a saúde do

Mniucípio de Paracatu, vem apresentar a aluna Bruna Lima Reis, acadêmica do 8º

Período do Curso de Fisioterapia da Instituição Faculdade Tecsoma – Paracatu-MG,

e por meio deste solicitar a Sra. Enfermeira do PSF _______________ autorização

para realização do Projeto de Pesquisa de Conclusão de Curso, cujo tema

“IMPLANTAÇÃO DE UM NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NO

MUNICÍPIO DE PARACATU-MG”, no período janeiro a abril de 2015.

Desde já agradecemos pela atenção e contamos com sua colaboração.

Colocamo-nos totalmente à disposição para demais esclarecimentos.

Atenciosamente,

______________________________________

Coordenadora

A prezada enfermeira ........................................................................................

69

APÊNDICE B – AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS NO PSF

PARACATUZINHO

Paracatu/MG, 14 de Janeiro de 2016.

Assunto: Autorização para coleta de dados para elaboração de Trabalho de Conclusão de

Curso

Prezada Coordenadora

Eu, Bruna Lima Reis, acadêmica regularmente matriculada no 8º Período do curso

de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, venho através deste, apresentar minha proposta de

trabalho de conclusão de curso intitulada: “Necessidade de implantação do Núcleo de Apoio

a Saúde da Família em Paracatu-MG”.

Para a concretização deste trabalho, necessito coletar informações referentes ao

quantitativo total de idosos, hipertensos, diabéticos, gestantes, puérperas, recém-nascidos,

domiciliados e acamados, pessoas com deficiência ou reabilitação e saúde mental

assistidos pela equipe ESF Paracatuzinho visando identificar as demandas prevalentes e

analisar se os dados encontrados apresentam necessidade para implantação do NASF.

Este trabalho não tem a intenção de denegrir valores, mas contribuir de forma

positiva para a continuidade da assistência prestada à clientela. Este trabalho não tem por

finalidade lucros, nem vai gerar encargos ao município. Após sua conclusão e aprovação,

me comprometo a enviar uma cópia do mesmo a este estabelecimento para apreciação.

Solicito, portanto, a colaboração e permissão de vossa senhoria para a coleta das

informações necessárias ao estudo.

Sem mais para o momento.

Atenciosamente,

____________________________________________

Bruna Lima Reis

Acadêmica do 8º Período do curso de Fisioterapia

Ilustríssima Senhora

Adriana Vilela da Cunha

Coordenadora da Atenção Primária

Paracatu-MG