Nefropatia associado ao HIV
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Universidade Federal da ParaíbaCCM – Centro de Ciências Médicas
LIPAR – Liga Paraibana do Rim
NEFROPATIAS ASSOCIADAS AO HIV
OLIVEIRA, C.A.R.SOLANO, P.M.
2010
Introdução
1980 -> surge o HIV
1984 -> HIVAN
A doença renal tem se tornado uma complicação relativamente comum nos pacientes infectados pelo HIV, acarretando aumento da morbi-mortalidade nesses pacientes
O reconhecimento e diagnóstico precoce da infecção e das formas de apresentação da HIVAN têm impacto importante na sobrevida dos pacientes
HIVAN A HIVAN rápida perda de função renal; Maior incidência da nefropatia no início da infecção pelo
HIV; Forma mais comum de DRC nos HIV+ Nos EUA, 3º causa de IRC dialítica entre os negros de 20-
64 anos; GESF colapsante é a forma mais frequente;
Idade
Duração da infecção pelo
HIV
Infecções oportunistas
Contagem de linfócitos
CD4+
NegrosConsumo de
drogas♂
Carga viral
XX X
XX
Fatores de Risco
DM HAS
Fisiopatologia
Não elucidada; Infecção viral direta cels tubulares
renais Expressão de genes virais nos rins
Fatores genéticos do portador de HIV
Vias apoptóticas
CitocinasTNF alfa
TGF beta
Interferon
Achados clínicos
Anamnese Estimativa do tempo da doença Sinais e sintomas de hipovolemia Medicamentos
THUSHAN I. DE SILVA et al.HIV-1 Infection and the Kidney:An Evolving Challenge in HIV Medicine. Mayo Clin Proc. September 2007;82(9):1103-1116
Achados clínicos
Anamnese Estimativa do tempo da doença Sinais e sintomas de hipovolemia Medicamentos Outros agentes nefrotóxicos Exame físico
Exames complementares
Dosagem sérica de uréia e creatinina
Dosagem de eletrólitos Na, K, Ca, P, Mg(toxidade por drogas)
Hemograma
Proteinúria 24h >3g/24h GESF associada ao HIV
Exames complementares Avaliação da Função Renal
Sódio Urinário
>40mEq/L
Fração de excreção de sódio >1%
Urina tipo 1Exames complementares
Sedimento Normal
Pré-Renal
Pós-Renal
Sedimento Anormal
Hematúria e proteinúria >1g/24h
Leucocitúria com eosinofilúria
Descamação epitelial e cilindros pigmentados
Cristalúria
Glomerular
NIA
NTA e mioglobinúria
drogas
USG de rins e vias urinárias
TC computadorizada
Raramente indicadas Diferenciar causas pós-
renais
Exames complementares
Biópsia renal
Exames complementares
IRA sem causa clara, principalmente na presença de hematúria e/ou proteinúria
Proteinúria de início recente, particularmente em valores nefróticos (> 3g )
Hematúria inexplicada, especialmente com cilindros celulares ou função renal anormal
Evidência clínica de microangiopatia trombótica
DRC com causa indefinida com qualquer um dos fatores acima ou progressão inexplicada
Glomerulonefrite rapidamente progressiva
Diagnóstico Diferencial
Tubulopatias
IRA
IRC
Hiponatremia
Hipercalemia
Sind de Fanconi
Diagnóstico Diferencial
Tubulopatias
IRA
IRC
NTA
NIA
Nefropatia por cristais
IRA Pré-renal
Microangiopatia trombótica
Diagnóstico Diferencial
Tubulopatias
IRA
IRC
GESF associada ao HIV
Microangiopatia trombótica
Doença por complexo imune
Hiponatremia
40% dos pcts internados Distúrbio hidroeletrolítico + frequente
nos HIV+ CAUSAS: Relacionado com aumento das taxas de
mortalidade
Hipercalemia
Causada por medicamentos: Pentamida, sulfametaxazol/trimetoprim
Estimulam o efluxo celular de K
Insuficiência da supra-renal
Tto: Insulina regular 10U + glicose 50g Bicarbonato de sódio 50mEq Beta2 agonista inalatório ( salbutamol
10-20gotas)
Síndrome de Fanconi
A síndrome de Fanconi é um transtorno tubular proximal dos rins que faz com que certos compostos em lugar de serem reabsorvidos sejam excretados na urina.
glicose aminoácidos
ácido úrico fosfato
bicarbonato
Os sintomas do síndrome de Fanconi induzidos por medicamentos (lesões tubulotóxicas) são a glicosúria + fosfatúria com um valor normal de glicose no sangue (baixando o limite da glicose renal) + hipofosfatemia.
Proteinúria nefrótica>3,5g/dia; Progressão é rápida; A tensão arterial é normal ou está ligeiramente
aumentada; Ecografia renal mostra rins de dimensões normais; Apesar da hemodiálise, a taxa de mortalidade/ano
é de 50%; sob terapêutica anti-retroviral ainda atinge 30%.
Síndrome de Fanconi
QUADROS ASSOCIADOS
IRA IRC
IRA
IRA Pré-renal
Necrose Tubular Aguda
(NTA
Nefrite Intersticial
Aguda (NIA)
Microangiopatia trombótica
Nefropatia por Cristais
IRA – PRÉ RENAL
HIPOVOLEMIA IRA – PRE - RENAL
Infecção
VômitosNáuseas
IRA – PRÉ RENAL
Náuseas Vômitos Infecção
HIPOVOLEMIA IRA –PRÉ RENAL
DIAGNÓSTICO IRA - PRÉ RENAL
Clínica •Mucosas•Taquicardia•Hipotensão Postural
Laboratório( URINA)
•densidade > 1.015 •osmolaridade > 500 •Na urinário < 20 •FE ácido úrico < 15%
NECROSE TUBULAR AGUDA
Etiologia*
ISQUEMIA
Sangramento
Septicemia
TÓXICO
Drogas nefrotóxicas , drogas ílicitas
Mortalidade = HIV negativo ( elevado)
DIAGNÓSTICO - NTA
Clinica•História :•Sangramentos •Septecemia•Drogas
Laboratório
•Na urinário>20 mEq/L• FeNa > 1% e FE ácido úrico > 15%
Nefrite Intersticial Aguda (NIA)
1º •GESF associada ao HIV
2º •Nefropatia Hipertensiva
3º •GESF clássica
4º • Nefrite Instersticial Aguda ( NIA)
ETIOLOGIA
Medicações
CefalosporinaSulfas
QuinolonasAINES Inibidor H2
ANTI – RETROVIRAIS
(indinavir)
NIA
Clínica clássicaHIV NEGATIVO
•Febre•Rash•Eosinofilia
HIV POSITIVO!!
•Leucocitúria( às custas de eosinófilos)•Proteinúria < 1 g em 24 horas•Hematúria discreta
Nefropatia por Cristais
DEPOSIÇÃO DE
CRISTAIS
Medicações insolúveis
HipovolemiaMudanças do PH urinário
Relação PH – Medicamento – Deposição de Cristais
• PRINCIPAL
INDINAVIR
Microangiopatia Trombótica
Caracterizada pela Anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia
Inclui a síndrome hemolítico-urêmica (SHU) e a púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
Perda aguda de função renal , anemia hemolítica microangiopática (aumento de reticulócitos, presença de esquizócitos, elevação de DHL, redução de haptoglobina) e plaquetopenia. O sedimento urinário é ativo com hematúria e proteinúria (> 3 g/dL).
Insuficência Renal Crônica
GESF - Glomeruloesclerose Segmentar
e Focal
COMPLEXO IMUNE
MICROANGIOPATIA
TROMBÓTICA
GESF
MAIS COMUM – NEFROPATIA POR HIV
AFROAMERICANOS
FASES MAIS AVANÇADAS DO HIV*
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO•PROTEINÚRIA maçica ( >10 g/ dia)•HIPOalbuminemia e perda de função renal•PERDA DA FUNÇÃO RENAL
USG•Tamanho: AUMENTADO•Ecogenicidade:•PRESERVADA
HISTOLOGIA
•(GESF) associada a dilatações tubulares císticas graves•Podócitos hiperplásicos •Infiltrado por células mononucleares e com edema
AUSENCIA!!! EDEMA , HIPERTENSÃO E HEMATÚRIA
EVOLUÇÃO - GESF
NÃO TRATADAINSUFICIENCIA
RENAL CRÔNICATERMINAL!!
1 A 3 MESES
CREATININA E PROTEINÚRIA
ELEVADAS
BAIXA DOSAGEM DE
CD4
CARGA VIRAL AUMENTADA+ TERAPIA ANTIVIRAL
Doença por Complexo Imune Associada ao HIV
Antígeno HIV + Anticorpo = COMPLEXO IMUNE
DEPOSIÇÃO : SANGUE , PARENQUIMA RENAL
BRANCOS , NÃO HIPERTENSOS , ELEVADO CD4
DIFICULDADES
Patogenia desconhecida dessas doenças e da relação causal ou não com o HIV
Poucos estudos – dificuldade de avaliar diferenças HIV e NÃO HIV
NÃO há evidências suficientes para estimar diferenças de prognóstico em relação à GESF associada ao HIV
DIAGNÓSTICO
•EDEMA •HIPERTENSAO ARTERIAL•PROTEINÚRIA ( taxas variáveis)•FUNÇÃO RENAL ( perda ou não )
CLÍNICA
•IGUAL A OUTRAS GLOMERULOPATIAS
LABORATÓRIO
•ESSENCIAL PARA O DIAGNÓSTICO•Glomerulonefrite membranoproliferativa, • Nefropatia da IgA e a forma lúpus-símile.
BIOPSIA RENAL!!
Microangiopatia Trombotica(Crônica)
Indisiosa Ausência de sinais laboratoriais
evidentes de anemia hemolítica microangiopática.
O diagnóstico só é possível com a realização da biópsia renal avaliação do grau de cronicidade e decisão sobre a conduta terapêutica.
Clássicas lesões arteriolares em “casca de cebola”.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
IRA Pré-renal
Necrose Tubular Aguda (NTA
Nefrite Interstic
ial Aguda (NIA)
Microangiopatia Trombót
ica
Nefropatia por Cristais
Interrupção da droga,Hidratação, Correção distúrbios eletrolíticos
CORTICOIDE? NÃO!
IRA
CORTICÓIDE?
Benefícios de redução de proteinúria e retardo da progressão para insuficiência renal
Risco de aumento na taxa de
hospitalização, infecções oportunistas e até de mortalidade
TRATAMENTO
GESF
COMPLEXO
IMUNE
MICROANGIOPATIA
TROMBÓRICA
TERAPIA ANTIRETROVIRALIECA CORTICÓIDE
+ PLAMAFARESE
IRC
TRATAMENTO
GESF – melhor resposta!
Reduzir a replicação viral e
lentificar a progressão da doença renal.
Terapia antirretrovi
ral IECAs CORTICÓIDES?
(controvérsias)
TRATAMENTODOENÇA CRÔNICA TERMINAL
Métodos dialíticos Hemodiálise ou Diálise peritoneal
Transplante Renal
Bibliografia THUSHAN I. DE SILVA et al.HIV-1 Infection and the Kidney:An Evolving
Challenge in HIV Medicine. Mayo Clin Proc. September 2007;82(9):1103-1116
Ross MJ, Klotman PE. Recent progresss in HIV- associated nephropathy. J Am Soc Nephrol 2002; 13:2997-3004.
ALEXANDRE, C.S; WORONI, V. Doenças Renais Associadas ao HIV. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3618/doencas_renais_associadas_ao_hiv.htm
RIELLA, M. C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Eletrolíticos. 4.ed. Guanabara Koogan, 2003.
OBRIGADA!!!