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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

MESA DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADESHOJE, EM SÃO PAULO

Edição Diária 7298 | Salvador, terça-feira, 19.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

DESMONTE

Bancário tem direitos em caso de ataque

Desemprego alto assola o país. Lástima

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Página 4

A ideia de que a Caixa deve ser privatizada só passa na cabeça daqueles que não entendem a importância do banco para o desenvolvimento do

Iniciativa privada de olho na Caixa

nelson almeida - afp

Brasil e não precisam dos programas sociais mantidos pela instituição. A iniciativa privada está de olho na estatal, que é um patrimônio do povo brasileiro. Página 3

Sem perspectiva diante da atual conjuntura do país, jovens engrossam a lista de milhões de desempregados

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 19.09.20172 INSEGURANÇA

Foram 7 ataques em15 dias. Vítimas têmdireito a assistência rAFAel BArretoimprensa@bancariosbahia.org.br

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

O alto risco de ser bancário

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: rogaciano Medeiros - reg. Mte 879 Drt-BA. Chefe de reportagem: rose lima - reg. Mte 4645 Drt-BA. repórteres: Ana Beatriz leal - reg. Mte 4590 Drt-BA e rafael Barreto - reg. Srte-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

A PRIMEIRA quinzena de se-tembro foi de muitos ataques a bancos na Bahia. Foram sete em 15 dias, o que significa quase um ataque a cada dois dias. Ao todo, já são 59 ocorrências neste ano. Por isso, os bancários pre-cisam ficar ligados nos direitos previstos em Convenção Coleti-va nos casos de ocorrências.

A cláusula 33 define que os trabalhadores presentes em agência assaltada têm direito a atendimento médico, psicoló-gico e outras assistências logo após o crime. Além disso, o banco tem de avaliar os pedidos de realocação, caso as vítimas de sequestro queiram se realo-

car em outra unidade.Em ataques com morte ou in-

capacidade permanente, a cláu-sula 31 da CCT define indeni-zação fixada em R$ 154.851,00. Haverá também complementa-

ção até atingir o montante do salário da ativa, incluindo o 13º salário, em situações em que o trabalhador estiver recebendo do INSS o benefício por aciden-te de trabalho.

Para outras dúvidas e di-reitos, vale a pena um conta-to mais próximo com o Sindi-cato dos Bancários da Bahia, sempre aberto a atender os trabalhadores.

Associado tem desconto para CPA 10 e 20O SINDIcATO dos Bancários da Bahia fir-mou parceria com a Ativa Cursos pensan-do em levar mais um benefício aos asso-ciados que desejam se capacitar. São dois

cursos: CPA 10 e CPA 20. Para os sindi-calizados, os valores ficam mais baratos e podem ser parcelados em até 6 vezes sem juros. Uma boa oportunidade.

Quem optar pelo CPA 10, com carga ho-rária de 16 horas semanais, vai ter um des-conto significativo. O custo cai de R$ 490,00 para R$ 390,00. Já quem preferir o CPA 20, com carga horária de 32 horas semanais, ao invés de pagar o valor integral de R$ 850,00 vai desembolsar R$ 680,00.

As aulas presenciais têm início nos dias 23 e 24 de setembro e serão ministradas pelo mestre em finanças Ailton Passos Ferreira. Porém, o pacote ainda inclui ví-deo aulas e simulados.

Quem se interessar, basta ligar para os telefones (71) 3378-1567/ (71) 98890-4242 ou mandar um e-mail para atendimento@cursoativa.com.br. Lembrando que a cer-tificação é muito importante na carrei-ra do bancário que quer alcançar cargos mais altos dentro da organização finan-ceira. Participe.

os 100 anos da revolução russa

A IMPORTâNcIA da Revolução Russa, que este ano faz 100 anos, é incontestável. Um dos maiores acontecimentos políticos da história, que mantém viva a perspectiva revolucionária.

A Assembleia Legislativa do Estado reali-zou, ontem, uma sessão solene, proposta pe-los deputados Fabrício Falcão, Bobô e Zó - e pela Fundação Maurício Grabois (FMG). O Sindicato dos Bancários da Bahia, presente na sessão, reitera a relevância do centenário da Revolução Russa e fomenta a luta dos brasileiros por um país mais justo.

Centenário da revolução russa é homenageado

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 19.09.2017 3DESMONTE

Para atender anseios do mercado, temer quer vender a estatalrAFAel BArreto imprensa@bancariosbahia.org.br

Ricos aprovam privatização da Caixa. Péssimo

LAMENTAvELMENTE, o BNB ainda não resolveu a questão do pagamento aos funcionários da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2012 e 2015. Por isso, o Sindicato dos Bancários da Bahia briga na Justiça pelo direito dos trabalhadores.

A ação da PLR de 2012 foi julgada improcedente na 1ª Vara do Trabalho de Salvador e no Tribunal Regional do Tra-balho – 5ª Região. O Sindicato, então, interpôs Recurso de Re-vista para o TST (Tribunal Su-perior do Trabalho).

Já em relação ao processo so-bre o pagamento de 2015, foi julgado procedente na 14ª Vara do Trabalho de Salvador e a ins-

QUEM não é beneficiado pelos programas de inclusão social que a Caixa se responsabiliza, acha que o banco é a estatal mais “pri-vatizável” do país. Em enquete no Relatório Reservado, newsletter conhecida de negócios e finanças nacionais, empresários, executi-vos e outros setores ricos do Bra-sil aprovam a venda.

E não é só da Caixa. Apesar da preferência dos mais ricos ser de privatizar o banco (41%) ou-tras estatais estiveram no ques-

tionário. Embrapa (26%), Pe-trobras (24%) e Banco do Brasil (9%) também foram votadas.

Para 38% o principal motivo para a privatização é o fisiolo-gismo da instituição. Absurdo. Hoje, o banco sofre com falta de pessoal para atender a deman-da e o “cabide de emprego” é fa-cilmente descartado já que as contratações são feitas a base de concurso público.

Na verdade, o interesse dos grandes executivos é entregar o patrimônio público para aumen-tar os lucros das empresas priva-das. Por isso, se aliaram a Michel Temer para desmontar a Caixa.

No BB, reivindicação por garantia de direitos DE OLHO na manutenção das conquistas, os funcionários do Banco do Brasil, uma das estatais alvo do desmonte promovido pelo governo Temer, ampliam os esforços para impedir perdas.

Um termo de compromisso que prevê que todos os direitos trabalhistas sejam respeitados e, portanto, mantidos, já está com a direção da empresa. O documento resguarda os bancários dos

impactos que a reforma trabalhista pode causar. A nova lei entra em vigor em 11 de novembro e acaba com di-

reitos como férias, aumenta a jornada de trabalho para até 12 ho-ras, libera o trabalho intermitente e o negociado sobre o legislado.

Se a reforma trabalhista se sobrepuser aos acordos, o retrocesso pode remeter ao período anterior à Convenção Coletiva de Trabalho.

Sindicato cobra na Justiça pagamento da PLR do BNB

tituição financeira interpôs re-curso ordinário para o TRT5.

Em 2012, o Banco do Nor-deste teve lucro líquido de R$ 508,5 milhões e a PLR paga aos bancários e aos acionis-tas foi calculada a partir des-se valor. Mas, a empresa rea-justou a quantia para R$ 820 milhões. Por isso, deveria al-terar também o benefício dos empregados.

Já em 2015, o BNB, que regis-trou lucro de R$ 305,7 milhões, pagou antecipação da PLR de apenas R$ 680,78. Segundo o banco, a título de PLR Social. Faltou, portanto, a regra básica da Fenaban (Federação Nacio-nal dos Bancos).

o Sindicato sempre fez mobilização pelo pagamento da Plr integral

Por à venda a Caixa é condenar programas como Minha Casa Minha Vida

manoel porto - arquivo

marcos corrêa - pr

fernando frazão - agência brasil

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 19.09.20174

SAQUE

BRASIL

Política neoliberal dificulta situação dos brasileirosFelIPe IruAtãimprensa@bancariosbahia.org.br

Desemprego afeta os jovens

SEGUNDO estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística) e CIP (Centro de Inteligência Padrão), 25% dos brasileiros entre 18 e 32 anos estão sem emprego. A faixa etária é apon-tada como a geração mais pro-missora por estar com dinâmi-ca mais forte na construção de

um futuro melhor.O jovem é afetado com a cri-

se na economia nacional e a ele-vada taxa de desemprego, que atinge 13,3 milhões de brasilei-ros. Tudo agravado pela política neoliberal do governo Temer.

A pesquisa ainda mostra que 57% estão desempregados há mais de 1 ano, 16% entre 6 me-ses e 1 ano, 21% entre 1 e 6 me-ses e 6% menos de 1 mês. Entre os empregados, 29% trabalham no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Outros 6% são PJ, 14% empreendedores e 6% nunca trabalharam.

Ainda segundo o IBGE, a re-

Goleada marca rodada do Futebol SocietyNA úLTIMA rodada do Cam-peonato de Futebol Society dos Bancários, o invicto Pressão VIP venceu o Revelação por 4 a

0, no primeiro jogo de sábado, na Asbac, Pituba. Na segunda partida, Cartola e Puro Malte fecharam o placar em 3 a 3.

forma trabalhista é desaprova-da por 60% dos jovens entre 18 e 32 anos e todos esperam um Brasil melhor, com equidade de salários entre homens e mulhe-res e inclusão social.

Pesquisa mostra que 57% estão desempregados há mais de 1 ano

Jovens brasileiros estão à procura de emprego, mas não acham. Preocupante

LEGITIMIDADE O resultado da nova pesquisa do Insti-tuto Paraná, divulgada ontem - 62,8% dos brasileiros não en-xergam ninguém capaz de substituir Lula -, dá uma dimensão do risco que representa a tentativa das elites de usar o “tape-tão” para alijá-lo da eleição presidencial do próximo ano. Sig-nifica tirar a legitimidade do governo eleito, impossibilitando assim qualquer perspectiva de superação das crises política e econômica. Dá quase dois terços da população.

DIANTEIRA Com Lula fora da disputa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) detém a liderança entre os principais presi-denciáveis no campo progressista para a corrida presidencial, conforme o Instituto Paraná. Na sequência aparecem os pe-tistas Fernando Haddad (10,7%) e Jaques Wagner (5%). In-fluentes setores do PT insistem em o partido lançar candidato próprio, mesmo sem um nome competitivo, em vez de apoiar candidatura unificada de uma frente democrática.

FUMAÇA As contradições entre a declaração do general Antônio Hamilton Mourão, de que “companheiros do Alto Comando” começam a admitir a possibilidade de uma “in-tervenção militar”, e a garantia dada pelo comandante geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas, de não haver ne-nhuma chance de os militares assumirem o poder, levantam uma preocupante suspeita. A de que possa estar ganhando força focos de insatisfação na caserna com a prolongada crise política e econômica. Onde há fumaça ...

SOLIDEZ Embora as Forças Armadas, até agora, não te-nham desrespeitado a Constituição, causa certa apreensão o fato de a apologia ao golpe militar, feita pelo general Antonio Hamilton Mourão, em palestra na Maçonaria, ter sido “supe-rado” em uma simples conversa reservada com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. O fato é grave e afe-ta toda a nação e o Estado de direito. A democracia é frágil e precisa de sólida defesa.

FLEcHA O mau caratismo de Rodrigo Janot, substituído ontem por Raquel Dodge na Procuradoria Geral da Repúbli-ca, é bem descrito em artigo do jurista Lenio Streck. "Como explicar a denúncia de obstrução da justiça oferecida contra o ex-presidente Lula, se o próprio STF já dissera, em caso idên-tico (Moreira Franco) que é prerrogativa do Poder Executivo nomear ministros? Moreira Franco, ao que sei, está no car-go. Obstruiu a justiça? Mas mesmo assim, Janot insistiu, até o final, em atirar flechas, mesmo não tendo mais bambu. Ao apagar das luzes de sua gestão".