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ISSN 2176-1396
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A COLETA SELETIVA NO ENSINO
FUNDAMENTAL: UM DESAFIO PARA O PROGRAMA
CIDADESCOLA DE PRESIDENTE PRUDENTE
Augusta Boa Sorte Oliveira Klebis1- UNOESTE/SP
Alba Regina Azevedo Arana2- UNOESTE/SP
Grupo de Trabalho - Educação e Meio Ambiente
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Esta pesquisa busca analisar os conhecimentos e significados que alunos do ensino
fundamental integral, participantes da oficina de Educação Ambiental possuem sobre lixo e
resíduos sólidos, bem como as mudanças de atitudes a partir da adesão à proposta de Coleta
Seletiva. Trata-se, portanto, de uma pesquisa realizada numa abordagem qualitativa, que
elegeu o estudo de caso como opção metodológica. Este trabalho se inseriu como parte das
ações desenvolvidas pelo Programa “Educação Ambiental e Resíduos Sólidos:
Potencializando a Cooperlix para Ampliação das Ações Educativas e de Geração de Trabalho
e Renda para Catadores de Resíduos Sólidos Recicláveis e Reutilizáveis em Presidente
Prudente-Sp”, em parceria com a UNOESTE e UNESP. Teve como objetivo geral: Contribuir
para ampliar o debate em torno da importância de uma Educação Ambiental que busque a
articulação teoria e prática.Especificamente buscou: a) identificar os conhecimentos que os
alunos de ensino fundamental possuem sobre os vários tipos de lixo e seus impactos no meio
ambiente; b) analisar os significados que os alunos atribuem à coleta seletiva; c) refletir sobre
as mudanças de atitudes com relação à produção e descarte dos resíduos sólidos em duas
escolas do Programa de Educação integral Cidadescola. Um dos grandes problemas
ambientais na atualidade é a questão do lixo e do destino que a ele é dado. Nesse sentido, o
papel da Educação Ambiental é de suma importância para mobilizar os alunos e toda a
comunidade escolar para que os conhecimentos sobre os problemas ambientais não fiquem
apenas no nível do discurso, mas que sejam traduzidos em mudanças de atitude e ações
efetivas.
Palavras-Chave: Educação Ambiental. Coleta Seletiva. Resíduos Sólidos. Programa
Cidadescola.
1 Doutora em Educação pela UNESP de Marília, Professora e coordenadora do Curso de Pedagogia da
Faculdade de Ciências, Letras e Educação – UNOESTE – P. Prudente/SP, pesquisadora do Grupo de Pesquisa:
"Gestão, Políticas Públicas, Gestão e Espaço Escolar Inclusivo” - GPPGEI. E-mail: [email protected]
2 Doutora em Geografia pela USP de São Paulo, Professora da Graduação e Pós Graduação da Unoeste; Diretora
da Faculdade de Ciências, Letras e Educação – UNOESTE – P. Prudente/SP. E-mail: [email protected]
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Introdução
Nos dias atuais, a educação ambiental tornou-se um fator relevante nas discussões,
sobretudo na busca de promover uma relação favorável, ética e consciente no cotidiano das
pessoas. No entanto, embora existam muitos pesquisadores envolvidos com a questão
ambiental, não têm sido suficiente para que a sociedade repense algumas atitudes em prol da
preservação do meio ambiente e no uso sustentável dos recursos naturais. Em pleno século
XXI, o meio ambiente continua a sofrer os efeitos da degradação com sérias consequências
para a vida das pessoas.
É preciso ter claro que o Planeta Terra é um sistema no qual o ser humano é um
elemento que depende dos demais em determinado nível de equilíbrio. Portanto, qualquer
alteração pode acarretar grandes problemas ambientais e afetar drasticamente o equilíbrio
desse sistema, comprometendo a própria existência humana. Diante disso, é que surgiram
várias ações no sentido de preservar e garantir o equilíbrio necessário para que as gerações
futuras continuem a usufruir dos recursos naturais.
Como exemplo, desta tomada de consciência, poderia citar a Conferência
Intergovernamental da UNESCO, em 1977, que propôs o desenvolvimento de programas de
Educação Ambiental com o objetivo de promover a compreensão dos sistemas de relações do
homem/meio ambiente e sensibilizar os cidadãos em relação aos problemas ambientais,
iniciando a ação numa escala local (CARVALHO, 2001). A ideia que se apresenta é que
devemos pensar nos problemas ambientais globalmente, mas agir localmente.
Nessa perspectiva, é que se coloca a necessidade da Educação Ambiental pautada
numa pedagogia ativa em substituição a uma concepção contemplativa da natureza. Exige
ainda, uma compreensão de meio ambiente realizada por meio de reflexões que levem à
tomada de consciência dos problemas ambientais e, consequentemente, a mudanças de
atitudes comprometidas com uma ética planetária, conforme salienta Morin (2005).
Portanto, é papel da Educação Ambiental mobilizar os alunos e toda a comunidade
escolar para que os conhecimentos sobre os problemas ambientais não fiquem apenas no nível
do discurso, mas que possam ser traduzidos em mudanças de atitude e ações efetivas. Nessa
perspectiva, os problemas não são um obstáculo para a educação ambiental, mas um desafio
que necessitamos vencer em direção a um mundo sustentável, no qual as pessoas tenham
garantidas as condições para o exercício pleno da cidadania, com todos os seus direitos e
deveres.
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Sobretudo, não se pode desconsiderar a importância de se aprender a preservar o meio
ambiente desde o início da Educação Básica e assim dar continuidade a vida toda. Cada
habitante da terra tem condição suficiente para desempenhar um papel importante na luta pela
preservação dos recursos naturais que a natureza levou milhões de anos para construir.
Um dos grandes problemas ambientais na atualidade é a questão do lixo, ou melhor,
dizendo, dos resíduos sólidos que são decorrência das atividades desenvolvidas pelo homem.
Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas “existem 46 mil fragmentos de plástico
em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que esse resíduo
já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos” (WALDMAN, 2010, p. 58).
O autor ainda denuncia que no norte do Oceano Pacífico já se constata a formação do
primeiro continente artificial da história, formado por 100 milhões de toneladas de resíduos
sólidos, um verdadeiro continente plastificado (p. 60).
Cabe ainda ressaltar, segundo Waldman (2010) que a destinação desses resíduos não
deixa dúvidas quanto à prática das políticas públicas de “punição da pobreza”, uma vez que os
descartes desses materiais, invariavelmente, são nas áreas mais periféricas das cidades. Assim,
os lixões, aterros sanitários e incineradores, se localizam nas áreas habitadas pela população
de menor poder aquisitivo e, na maioria das vezes, sem as mínimas condições de saneamento
básico.
Segundo Sampaio (2008, apud WALDMAN, 2010, p. 105), existem mais de 15 mil
lixões espalhados em todo o território nacional, acarretando riscos diretos para a saúde de
mais de dois milhões de pessoas. Portanto, uma pergunta que não pode calar: qual o destino
do lixo da sua cidade?
Neste cenário é que se justifica a relevância deste estudo, vinculado ao Projeto
“Educação Ambiental e Resíduos Sólidos: Potencializando a Cooperlix para Ampliação das
Ações Educativas e de Geração de Trabalho e Renda para Catadores de Resíduos Sólidos
Recicláveis e Reutilizáveis em Presidente Prudente-Sp”, em parceria com a UNOESTE e
UNESP, com apoio da FAPESP e envolvendo vários colaboradores, dentre os quais a rede
municipal de educação.
Dessa forma, essa pesquisa se propôs a dar a sua contribuição para que a questão dos
resíduos sólidos em Presidente Prudente seja debatida e aprofundada, em especial no curso de
Pedapogia da Unoeste e nas escolas envolvidas e, consequentemente, possa ter algum reflexo
nas mudanças de atitudes que a realidade impõe.
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Para tanto, definiu como objetivo geral contribuir para ampliar o debate em torno da
importância de uma Educação Ambiental que busque a articulação teoria e prática. Mais
especificamente buscou: a) identificar os conhecimentos que os alunos de ensino fundamental
possuem sobre os vários tipos de lixo e seus impactos no meio ambiente; b) analisar os
significados que os alunos atribuem à coleta seletiva; c) refletir sobre as mudanças de atitudes
com relação à produção e descarte dos resíduos sólidos em uma escola do Programa de
Educação integral Cidadescola.
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, cuja opção metodológica foi pelo
estudo de caso, uma vez que buscou analisar os conhecimentos e significados sobre lixo e
tipos de resíduos sólidos que alunos do ensino fundamental de uma escola do Programa
Cidadescola possuem, bem como os desafios enfrentados a partir da adesão dessas escolas à
Coleta Seletiva. Os procedimentos adotados para coleta de dados foram: a) Observação de
vários aspectos da organização das escolas: recreio, merenda, organização dos espaços,
armazenamento e coleta do lixo; c) Entrevista com professor que ministra oficina de
Educação Ambiental no programa Cidadescola; d) Conversa com os alunos; e) Participação
em eventos e atividades relacionadas à educação ambiental.
Não podemos deixar de citar também a importância do estudo da produção
bibliográfica de diversos autores que versam sobre o tema, bem como dos subsídios
produzidos pelo MEC, que deram o embasamento teórico a esse trabalho.
Concepções sobre Meio Ambiente
Reigota (2009, p. 36) define meio ambiente como um espaço “determinado e/ ou
percebido onde estão em relação à dinâmica e em constante interação os aspectos naturais e
sociais. Essas relações acarretam processos de criação cultural e tecnológica e processos
históricos e políticos de transformações da natureza e da sociedade” . Considera o ambiente
como produto das relações e interações entre o meio natural e social, portanto, em constante
mutação.
O meio ambiente não é formado apenas por flora e fauna, água, solo e ar, como
tradicionalmente definido. Neste sentido, se torna necessário e importante considerar aspectos
políticos, éticos, econômicos, sociais, ecológicos e culturais para uma visão global e holística.
A visão de Meio Ambiente também está presente nos Parâmetros Curriculares
Nacionais, que enfatizam os aspectos relativos a mudanças comportamentais e legaliza a
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obrigatoriedade de trabalhar o tema ambiental de forma transversal, conforme foi proposto no
PCN, que foi definido como um:
espaço com seus componentes bióticos e abióticos e suas interações em que um ser
vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e
transformando-o. No caso do ser humano, ao espaço físico e biológico soma-se o
espaço sócio e cultural. Ao interagir com os elementos de seu ambiente, a
humanidade provoca modificações e ao transformar o ambiente o homem muda sua
própria visão a respeito da natureza e do mundo que está inserido (BRASIL, 2001).
Diante disso, compreendemos que o homem precisa aprender que ele não é o dono do
mundo, mas sim um integrante da natureza e por isso ele precisa se lembrar, de que os
recursos naturais devem ser usados com cuidado e sem abuso para que a natureza tenha tempo
de se renovar.
Noutras palavras, para preservar meio ambiente significa que devemos entendê-lo
como nosso, da mesma forma como o quintal da nossa casa. Isso exige uma mudança em
nossa forma de entender o mundo, de estabelecer um convívio saudável com outras pessoas e
seres vivos, percebendo que a relação entre produzir e consumir tem que ser regida por
princípios éticos e responsáveis.
A visão de diversos autores e dos documentos oficiais sobre Educação Ambiental
No Brasil a Educação Ambiental se tornou parte obrigatória do Currículo Nacional
com a Lei Federal N° 9.795, de 27 de Abril de 1999. Em seu Art. 2° afirma que, “A
Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não formal”. Complementando a ideia o Artigo 3º do inciso II,
estabelece que seja dever das “instituições educativas promover a Educação Ambiental de
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem” (BRASIL, 1999).
Segundo Dias (2004), a Educação Ambiental vem para proporcionar a todos a
possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as
atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente, desenvolvendo um senso de
preocupação para o entendimento das relações do homem com o ambiente em sua volta.
Conforme Medina (2001) a Educação Ambiental, deve tornar propício a preparação
das pessoas para a sua vida enquanto membros deste planeta, introduzindo novas formas de
conduta nos indivíduos e na sociedade a respeito do meio ambiente, visando a adoção
“consciente e participativa a respeito das questões relacionadas com a conservação e a
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adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação
da pobreza extrema e do consumismo desenfreado” (MEDINA, 1997, apud MEDINA, 2001,
p. 17-24).
De acordo com Philippi, Pelicioni e Foncesi (2005) a EA é um processo educativo que
envolve ciência, ética e uma nova filosofia de vida associada com a reflexão e a esperança,
mantendo a ênfase, porém, no âmbito comportamental. Implica em se ter uma visão crítica
dos fatos e estimular as pesquisas científicas para relacionar as causas e consequências que
ocorrem no nosso planeta. O autor ainda enfatiza que somente por meio da educação obter-se-
á um planejamento para o processo de desenvolvimento sustentável.
Dias (2004) também enfatiza a EA enquanto instrumento de mudança cultural e
comportamental do consumidor, e as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de
um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra. O autor define
Educação Ambiental como sendo “um processo permanente no qual os indivíduos e a
comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores,
habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir e resolver problemas
ambientais, presentes e futuros” (DIAS, 2004, p. 523).
Para Dias (2004) a Educação Ambiental não pode ser compreendida sem as suas
dimensões políticas, econômicas e sociais. Para o autor os objetivos dessa educação devem
estar voltados para ajudar as pessoas a compreenderem claramente a existência da
interdependência ecológica, econômica, social e política nas zonas urbanas e rurais.
Neste sentido, é imprescindível oferecer possibilidades das pessoas adquirirem
conhecimentos e valores capazes de lhes despertar o interesse para proteger e melhorar o meio
ambiente. Da mesma forma, é importante que as pessoas sejam informadas sobre a legislação
ambiental para que possam fazer valer os seus direitos constitucionais de cidadãos, de ter uma
boa qualidade de vida e um ambiente ecologicamente equilibrado.
A EA tem o intuito de promover o resgate de ações que venham valorizar práticas
individuais e coletivas que estejam assentadas em verdadeiros atos de cooperação e
contribuição à causa ambiental e, concomitantemente, espera-se que cada um faça a sua parte,
independente do outro.
Nessa perspectiva, a percepção dos grandes problemas ambientais, passa também pelo
compromisso em buscar soluções possíveis para que os problemas ambientais não assumam
proporções irreparáveis. Um dos grandes problemas vivenciados na atualidade é a produção
exagerada de resíduos pela humanidade. Portanto, refletir sobre o destino dos resíduos sólidos
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tem como seu principal objetivo melhoria ou a manutenção da saúde, ou seja, o bem estar
físico, mental e social da população.
Para que tais metas se concretizem é necessário pensar em estratégias para o
gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, capazes de atender aos objetivos presentes na
necessidade em se reduzir, reutilizar e reciclar. Nesse sentido, a oficina “Meio Ambiente” do
Programa Cidadescola3 se propôs a enfrentar os desafios de implantação da proposta de
Coleta Seletiva nas escolas.
Coleta seletiva e a importância da oficina meio ambiente - Programa Cidadescola
Hoje, não podemos desconsiderar o papel da escola em garantir aos alunos a
apropriação dos conhecimentos e valores necessários ao seu desenvolvimento humano e ao
exercício da cidadania no mundo atual, de forma sustentável, solidária e com qualidade de
vida. Implica, portanto, em ela estar atenta aos problemas atuais e assim e provocar mudanças
de atitudes que converjam para a necessidade de cada um se sentir comprometido com o
cuidar do meio ambiente como de si próprio. Partindo desse pressuposto a pesquisa de campo
em questão teve como foco a participação de vinte e três alunos que frequentam a oficina de
“Meio Ambiente” do programa Cidadescola, desenvolvida em uma das escolas da rede
municipal de Presidente Prudente.
A referida oficina tem como um de seus objetivos conscientizar alunos e familiares
sobre a importância da coleta seletiva para a preservação do meio ambiente e a necessidade de
implantá-la nas escolas e comunidade. As vinte e três crianças, sujeitos dessa pesquisa, foram
caracterizadas no instrumento de análise com as letras “A1, A2, A3...”. Os dados foram
coletados por meio da aplicação de um questionário composto por 12 itens, com questões
fechadas e abertas.
Considerou-se também importante compreender os significados que a Educação
Ambiental tem para o professor que trabalha com alunos na educação integral. Dessa forma, a
presente pesquisa se propôs a realizar uma entrevista com um professor que ministra a Oficina
“Educação Ambiental” no Programa Cidadescola. O questionário foi composto por cinco
questões abertas, nas quais o professor teve a oportunidade de colocar sua concepção de
educação ambiental e os desafios da coleta seletiva implantada nas escolas.
3 Programa Cidadescola instituído em Presidente Prudente por meio do Decreto 21.142 de 17/08/2010, tem por
objetivo oferecer uma educação integral em tempo integral, redimensionando e enriquecendo a estrutura
organizacional da escola com novos espaços que ultrapassam os limites da escola e com um currículo ampliado,
além do investimento na formação dos profissionais que nele atuam.
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Análise dos dados coletados: a visão dos alunos
É importante ressaltar que os alunos se mostraram bastantes receptivos em relação a
sua participação na pesquisa. Outro ponto que merece destaque é o fato de o Programa
Cidadescola ter aderido à proposta de implantação da coleta seletiva em suas unidades
escolares, como um desafio para enfrentar o problema do descarte dos resíduos sólidos pela
comunidade escolar.
As primeiras questões se relacionavam dados pessoais dos alunos. Quanto à idade
dessas crianças verificou-se a faixa etária entre 9 a 11 anos e que 17 (74%) moram no mesmo
bairro da escola, sendo que os outros 6 (26%) se redistribuem nos bairros próximos.
O questionário aplicado também buscou identificar o conhecimento dos alunos sobre
preservação do meio ambiente; problemas ambientais no seu cotidiano e coleta seletiva.
Na questão de número 6 lhes foi perguntado: “Você acha importante preservar o Meio
Ambiente”? Todos responderam que sim, e quando indagados do “por que”, observou-se que
suas respostas poderiam ser agrupadas em três categorias: a) “é imprescindível para a
sobrevivência humana” (30,4%); b) “é importante para se viver melhor e com saúde, num
planeta mais limpo e agradável” (43,5%); c) “é importante porque a natureza tem vida e é
legal” (26,1%).
Na primeira categoria “é imprescindível para a sobrevivência humana” temos como
exemplo das respostas dos alunos:
“Porque a gente precisa dele para viver” (Aluno 4)
“Porque se não cuidarmos do planeta não teremos onde viver” (Aluno 5)
“Porque senão a gente não consegue viver no mundo” (Aluno 16)
“Porque se a gente não preservar o meio ambiente morreremos” (Aluno 23)
Quanto à segunda categoria “é importante para se viver melhor e com saúde num
planeta mais limpo e agradável” as respostas foram:
“Porque é bom para a saúde” (Aluno 22)
“Porque o lixo não fica acumulado e o ar fica limpo” (Aluno 21)
“Porque ajuda a ter um ambiente saudável e bom para nós e os animais vivermos”
(Aluno 17)
Na terceira categoria “é importante porque a natureza tem vida e é legal” as respostas
demonstram maior ingenuidade e menos clareza com as consequências do descompromisso
com o meio ambiente:
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“Porque a natureza tem vida” (Aluno 15)
“Porque é importante para nós e é legal” (Aluno 1)
Observa-se que a maioria das respostas dos alunos vem ao encontro do que apregoa a
Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999) em seu Art. 1º e da visão dos
autores Dias (2004) e Medina (2001) que enfatizam importância da preservação do meio
ambiente para uma melhor qualidade de vida. Contudo os alunos cujas respostas se encontram
na categoria “a”, demonstram que possuem maior consciência sobre a urgência de se pensar
na preservação do meio ambiente, colocando como uma questão vital para a humanidade.
Quanto a questão sete “De quem você recebeu mais informaçãoes sobre Meio
Ambiente?” – as respostas apresentadas deixam bem claro que a escola é o principal local em
que os alunos têm acesso aos conhecimentos, necessários para a concientização da
importância de preservar o o meio ambiente. Entretanto, a escola não é o único local que esse
conhecimento circula, como podemos observar nas respostas dos alunos, conforme demonstra
o gráfico 1.
Gráfico 1 – Locais que mais recebeu informações sobre Meio Ambiente
Fonte: Trabalho de campo, 2013.
Vale ressaltar que, de acordo com 15 alunos (65%) a escola foi o único local que
propiciou esse conhecimento. Por outro lado, 3 alunos (13%) não incluíram a escola como um
dos locais de acesso a informações sobre o meio ambiente, assinalando as opções Internet,
revistas, jornais, livros, TV e rádio. Observou-se ainda que 2 (9%,) além da escola,
receberam informações na internet, revistas, jornais e livros e 3 (13%) incluiu a família,
juntamente com todos os outros meios assinalados.
Nesse sentido, é que Dias (1999) deixa claro que as informações sobre meio ambiente
devem chegar a todas as pessoas, onde elas estiverem dentro ou fora das escolas. É importante
que essas informações estejam voltadas para sua realidade social, econômica, política e
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cultural, de modo a promover o resgate e a criação de novos valores para um desenvolvimento
sustentável.
Referente à questão de número oito “Quais os problemas ambientais que você conhece
ou já ouviu falar?” a grande maioria dos alunos demonstra preocupação com os problemas
atuais. Assim, observou-se que 5 (22%) dos alunos apontavam o “desmatamento”; 7 (31%) a
“poluição do ar, incêndios, lixo jogados na rua”; 7 (30%) a poluição dos rios, extinção dos
animais; 2 (9%) as “enchentes ”; 1 (4%) a “falta de reciclagem do lixo” e 1 (4%) relatou que
não conhecia nenhum problema ambiental.
Quanto a questão nove “Que tipo de problemas ambientais você percebe que existem
na rua ou no bairro onde você mora”? – a grande maioria aponta o lixo que é jogado em
qualquer lugar e as consequências sofridas pela pequena mata que existe no bairro, além do
desperdicio de água. Podemos verificar que a maioria dos alunos já tem a conciência do
descaso com o meio ambiente existente em sua comunidade como observamos pelas suas
respostas:
“Muito lixo jogado na rua e terrenos” (aluno 1).
“Eu vejo muito lixo na rua e queimada na mata e nos terrenos baldios” (aluno 18).
“Lixo na rua e desperdicio de água também” (aluno 23).
Pelas respostas dos alunos o destino do lixo é um problema, 56% ou seja 13 alunos,
percebem lixo na rua e nos terrenos; 6 (26%) apontam além do lixo na rua as queimadas na
mata e nos terrenos; 2 (9%) ressaltam o lixo na rua e desperdicio de água; 9% ou seja 2 alunos
declararam que não sabem nada a respeito, evidenciando que não conseguiram atribuir sentido
aos conhecimentos veiculados na escola sobre os problemas do meio ambiente.
No entanto, observou-se que a maioria dos alunos tem conhecimento sobre os
problemas ambientais existentes e na questão dez, “Você já ouviu falar sobre coleta seletiva”?
- todos responderam que “sim”, não deixando dúvida que o tema é recorrente.
E quando indagados na questão 10.1 “Com quem ou onde você aprendeu sobre a
coleta seletiva”? - a escola foi citada por todos como sendo o único ou um dos locais que
adquiriam essas informações: 15 (65%) aprenderam sobre a coleta seletiva somente na escola;
7 (31%) aprenderam em casa com os pais e na escola; 1 (4%) adquiriram tais informações em
outros lugares além da escola e da familia.
Como enfatiza Dias (1999), a escola não se constitui o único espaço para que se
aprenda sobre meio ambiente , mas como verificamos ela vem sendo o principal local para se
obter esse tipo de informação.
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Na questão de número 10.2 perguntou-se “Existe coleta seletiva em seu Bairro?”
Conforme as respostas dos alunos 22, ou seja 96% assinalaram que “sim” e somente 1 (4%)
não soube responder. A questão seguinte era: “Você costuma separar o material para a
coleta seletiva?”. Nas respostas dos alunos ficou evidenciado um fato relevante com relaçao
à Proposta da Coleta Seletiva, que apesar de ser um projeto da escola, transcedeu o espaço
escolar e atingiu as casas dos alunos, bem como, o proprio bairro onde moram.
Embora a escola seja o principal local que se aprende sobre o meio ambiente e sobre a
coleta seletiva, não é o principal local que se separa os materiais recicláveis uma vez que 14
(61%) dos alunos colocaram que separam somente em casa; 8 (35%) assinalaram que em casa
e na escola e por fim 1 aluno (4%) declarou que realiza essa separação.
Segundo Dias (2004) a Educação Ambiental tem o intuito de promover ações que
valorizem as práticas individuais e coletivas em favor da causa ambiental e espera-se que cada
um faça a sua parte, independente dos outros, como pode ser observado uma porcentagem
consideravel de alunos (96%) afiam praticarem tais ensinamentos.
Na questão onze perguntou-se “Que tipo de material pode ser separado para a coleta
seletiva?’ Constatou-se que eles sabem os materiais mais comuns que podem ser reciclados.
Entretanto o vidro não foi citado, mas, segundo Braido (1998), o descarte do vidro em aterros
sanitários leva mais de 10.000 anos para se degradar na natureza e causa sérios perigos nos
aterros por serem cortantes. Portanto, a reciclagem do vidro além de trazer vários benefícios
ao meio ambiente gera muitos empregos diretos e indiretos.
Com relação a pergunta “O que você aprendeu ou fez de importante com esse
projeto?” As respostas dos alunos nos remete a Waldman (2010) que afirma ser o lixo um
problema mundial, e que ter o conhecimento sobre as formas de reciclagem e a sua
importância para o meio ambiente, favorece não somente na qualidade de vida da população
local, como também pode se tornar um recurso com variados campos para a sua utilização.
É interessante notar que 88% (20 alunos) ressaltaram que aprenderam sobre a
importância de respeitar, cuidar e preservar o meio ambiente, de reduzir a poluição, de
reciclar, de não jogar o lixo nas nas vias públicas. Mas se pensarmos em ações mais
concretas, apenas 1 (4%) fala que aprendeu a fazer a coleta seletiva para preservar o meio
ambiente e 1 aluno (4%) destaca que “aprendeu a confeccionar brinquedos com materiais
recicláveis”.
No entanto, na última questão ao perguntar aos alunos “De que forma você participa
do projeto”? Pôde ser observado que a grande maioria dos alunos, ou seja, 21 (90%)
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declararam que é reciclando, participando da coleta seletiva; 1 aluno (5%) afirma que é
estudando no projeto Cidadescola e 1 das crianças (5%) diz que é cuidando do meio ambiente.
Há que se considerar a importância do programa cidadescola que possibilitou a esses
alunos adquirirem o conhecimento sobre o meio ambiente, bem como o fato de valorizarem o
seu espaço e se engajarem em um projeto que trará mudanças significativas para o meio
ambiente. Frente a isso, não se pode negar a importância de a escola desenvolver projetos que
permitam aos alunos repensar conceitos, habilidades e atitudes que possam fazer a diferença
na qualidade de suas vidas e da sociedade na qual estão inseridos.
Portanto, vemos que a sociedade necessita desta importante parceria entre a escola, o
aluno e sua comunidade, visto que, todas as transformações que acontecem ultrapassam os
limites da escola. Sobretudo, é válido frisar que as relações dos seres humanos são construídas
por meio da convivência entre todos, em especial, nos espaços mais utilizados pelas crianças.
A qualidade dessas relações, segundo Compiani (2001) é imprescindível para o
desenvolvimento do caráter e do aprendizado para o futuro, como profissional e acima de
tudo como ser humano .
Análise dos dados coletados: a visão do professor
A professora entrevistada é efetiva no Ensino Fundamental e atua no Programa
Cidadescola, com a oficina de “Educação Ambiental” no período complementar ao currículo
básico, em três das escolas integrantes do programa de educação integral em tempo integral.
Na resposta da professora à primeira questão “Qual a importância que você dá á
inclusão da EA no currículo escolar?” A professora demonstra preocupação com a geração
futura e que EA seja significativa e se configure como uma prática educativa diária no
currículo escolar. Conforme pode ser observado em sua resposta:
”É uma questão de sobrevivência, garantir de forma consciente através de práticas
educativas diárias, a conservação do Meio Ambiente no currículo escolar”.
Conforme pode ser observada, a resposta menciona a importância do aluno em
entender o seu papel na sociedade e que se reconheça como participante desse sistema, bem
como as mudanças necessárias em seu comportamento a fim de conservar o meio ambiente.
Quanto à segunda questão: “Na sua visão como deve se trabalhar a EA?” De acordo
com a professora a Educação Ambiental deve estar presente em todo o currículo escolar,
desde as séries iniciais até o ensino médio. A escola deve trabalhar com uma visão
globalizante e interdisciplinar que esse tema deve ter:
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“Desde a educação infantil até o ensino médio com conteúdos e práticas para cada
etapa escolar, sempre aliando a teoria à prática (visitas a Cooperlix, levantamento de
propostas para a utilização e destino dos resíduos sólidos, passeatas, mobilizações diversas,
projeção de vídeos)”.
Evidencia-se o papel da escola como principal responsável para desenvolver no aluno
uma visão ampla dos problemas da atualidade, buscando sempre articular a teoria a prática e
de forma a favorecer as transformações necessárias na comunidade local.
Com relação à questão três: “Um dos grandes problemas ambientais é o destino dos
resíduos sólidos. Em sua opinião, como essa questão deve ser trabalhada na escola?” Fica
claro que a escola deve orientar as crianças desde cedo, mostrando a elas as consequências de
seus atos para o futuro, e de como se deve atuar na sociedade:
“Através de práticas educativas, a partir da sala de aula e em todo o contexto escolar,
as crianças aprendem onde serão depositados os tipos de resíduos sólidos, jogando o lixo
produzido nos cestos apropriados”.
Como se observou, a professora acredita que a educação ambiental na escola contribui
para a formação de cidadãos que reconhece seus direitos e deveres e colabora para a
preservação de tudo o que está ao seu redor.
A questão quatro: “Quais os desafios para a proposta da coleta seletiva você
encontrou nas escolas em que trabalhou?” Apesar de todo o trabalho de conscientização
sobre a questão ambiental realizada pela escola, educadores, pesquisadores e pela mídia, ainda
existe uma lacuna muito grande entre a teoria e a prática. Na resposta abaixo fica evidente o
papel do professor e também a importância de toda a equipe escolar (inspetores de alunos,
merendeiras, pessoal da limpeza, diretor, coordenador, secretario, etc) para que se consiga um
trabalho que tenha significado, dentro e fora da escola:
“Os pais, ou seja, a sociedade em geral não tem essa prática “separar o lixo”, então
faço um trabalho dentro da sala de aula, e as cozinheiras, serviços gerais e outros
departamentos escolares misturam tudo, o que se torna frustrante para os alunos”.
Fica explícito na resposta da professora que na prática cotidiana ainda existe uma
lacuna entre o que o professor planeja e a proposta pedagógica da escola. Não se pode pensar
em mudanças qualitativas na educação (não apenas a ambiental) se não houver
comprometimento e envolvimento de toda a equipe escolar. Seria um a passo fundamental
para se conseguir também o envolvimento da família.
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Da mesma forma, é imprescindível que sejam pensadas em políticas de formação
continuada que contemplem a EA como um tema relevante na prática docente e que
possibilitem e incentive as escolas desenvolver projetos voltados para a problemática
ambiental local.
Considerações Finais
Esta pesquisa possibilitou uma maior compreensão da importância da educação
ambiental e de projetos que envolvem a coleta seletiva como o do Programa Cidadescola, que
aqui apresentamos. Neste sentido, coloca como fundamental que se discuta as transformações
que a ação do homem causou e os prejuízos que nosso ambiente sofreu, bem como a forma
como os problemas ambientais e, mais especificamente a questão do lixo, se insere no
contexto das escolas para que os alunos aprendam, além do valor da coleta seletiva, sua
relevância para a sustentabilidade do planeta.
Promover o desenvolvimento de atitudes simples como a separação dos materiais que
podem vir a ser reciclados e o encaminhamento correto para o descarte dos resíduos sólidos
favorecem a preservação e o cuidado com o meio ambiente, além de contribuir com
oportunidades de trabalho e aumento de renda dos antigos catadores nas cooperativas de
materiais reciclados de aumentarem a sua renda.
É imprescindível que professores, gestores e educadores em geral tenham clareza que
o principal objetivo da instituição escolar é garantir que os alunos, por meio de uma
aprendizagem significativa, se apropriem de conhecimentos e valores que lhes permitam agir
e interagir no meio em que vivem, numa perspectiva de sociedade mais justa, inclusiva e
sustentável.
No entanto, sabemos que é uma difícil tarefa. A sociedade atual precisa muito mais do
que adultos que tenham desenvolvido as competências para o mercado de trabalho. É preciso
pensar em um currículo que contribua, de forma significativa, para a emancipação cultural e
social de todos os alunos, como sujeitos históricos, portanto, capazes de promover as
mudanças necessárias.
Não obstante, as diferenças sociais, cada vez mais evidentes, e as desigualdades de
acesso aos meios educacionais mais estruturados, as camadas menos privilegiadas da
população precisam compreender a força do conhecimento e da solidariedade para mudar a
realidade em que vivem.
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Sem dúvida, um aprendizado relevante para nossos alunos, entender a importância de
de se tornarem sujeitos ativos na sociedade, conhecedores de seus deveres, direitos e
principalmente do respeito a si e ao próximo e, consequentemente, ao meio em que vivem.
Para tanto, é fundamental que cada professor compreenda o seu papel de alimentar a
curiosidade em seus alunos para as descobertas, em favorecer que todos busquem
conhecimentos, contribuindo para a formação humana e integral dos estudantes.
Um fator relevante a ser destacado é que embora o projeto Coleta Seletiva, implantado
no Programa Cidadescola, ressalte a importância de se trabalhar a educação ambiental, não se
pode perder o foco sobre o longo caminho que ainda terá que percorrer. Ou seja, para que haja
uma verdadeira mudança de hábito cultural de um povo que, mesmo com uma lixeira perto,
por exemplo, ainda joga o lixo no chão ou não possui a preocupação de separar os resíduos
sólidos, mesmo que o caminhão da coleta seletiva passe na porta da casa de cada um para
recolhê-lo.
Portanto, é preciso ampliar a participação da família nos projetos desenvolvidos nas
escolas e propiciar que a escola chegue até a casa do seu aluno, criando uma ponte entre os
conhecimentos e as práticas. Quem sabe assim não estaremos mais perto de uma efetiva
aprendizagem da educação ambiental, ou seja, que se traduza em atitudes comprometidas com
a preservação ambiental e com um planeta mais sustentável e mais humano.
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