Newsletter aspp psp 2222014
description
Transcript of Newsletter aspp psp 2222014
Polícias responsáveis
É frequente neste País imputar aos outros a nossa
própria irresponsabilidade.
Há dias, um comentador referia a necessidade do efetivo das várias polícias
ser responsável e dar o exemplo durante as suas iniciativas de contestação.
Que o que o País esperava dos polícias era responsabilidade. Deste
discurso, podemos retirar que este comentador tem a perfeita noção de que
os polícias têm de veres acrescidos e da importância da sua missão para o
país, mas esqueceu que estes têm sido desvalorizados.
Este discurso é bonito mas completamente hipócrita. É frequente neste
País imputar aos outros a nossa própria irresponsabilidade. Quando o tecto
de uma esquadra cai, culpa-se o clima e não se pede responsabilidades aos
políticos. Quando um conjunto importante de polícias não consegue
assumir os seus compromissos devido a políticas erradas, culpa-se a crise e
não quem a criou.
Quando os polícias subiram a escadaria na AR, pediu-se-lhes mais
responsabilidade, mas ninguém exigiu mais responsabilidade àqueles
que levaram os polícias à situação limite. É mesmo por uma questão de
responsabilidade que temos a obrigação de lutar para que a segurança seja
uma realidade, para os polícias e para o país.
Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia
WORKSHOP
Dia 27 de Fevereiro de 2014, às 14H30, vai realizar-se na sede da
ASPP/PSP - Norte, um Workshop sobre o tema "Gestão do
Orçamento Familiar e Crédito" onde desde já se convidam todos os associados, polícias não
associados, familiares e amigos.
Terão a oportunidade nessa (in)formação, de esclarecer qualquer
dúvida tendo em conta o contexto difícil em que vivemos.
Esta iniciativa debruçar-se-á sobre
renegociação de créditos, spreads, comprar ou vender casa, comprar ou
vender em situação de "pré-penhora", questões jurídicas
associadas, entre outros.
Relembra-se que esta iniciativa
destina-se a todos os polícias, suas famílias ou amigos.
Poderão ser apresentados casos
concretos ou marcação de consulta particular.
Compareçam.
Polícias garantem que não negociaram novas
fardas e acusam MAI de “manobra política”
PEDRO SALES DIAS 19/02/2014 - 19:44
Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo disse esta quarta-feira que o aumento de
25 euros mensais proposto aos sindicatos é para novas fardas e não para compensar
cortes salariais. Sindicatos e associações da PSP e GNR estão surpreendidas e avisam que
revolta é agora maior com mais motivação para a manifestação de 6 Março em frente à
Assembleia da República.
Polícia não negociou novas fardas com o MAI, dizem os sindicatos da PSP Daniel Rocha
(arquivo)
Os sindicatos da PSP e as associações profissionais da GNR admitiram esta quarta-feira a sua
perplexidade perante as declarações do ministro da Administração Interna. Miguel Macedo disse,
afinal, esta quarta-feira que as três reuniões que manteve com os sindicatos de polícia não tinham
como objectivo encontrar alternativas aos cortes salariais. Aliás, justificou que o aumento de 25
euros mensais será para novas fardas.
“Estou surpreendido. Tivemos três reuniões com a tutela que sempre nos convidou desde o inicio
para discutir formas de minimizar os cortes salariais. Agora a mesma tutela vem dizer que não foi
para isso? Nunca se falou de fardas novas sequer. Não foi para negociar isso. Alguém está a
mentir e não são, certamente, todos os sindicatos. Isto é uma manobra política”, aponta o
presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira.
O dirigente lembrou que os sindicatos foram convidados a apresentar propostas para minimizar os
cortes e que foi isso mesmo que foi discutido. “Parece que estivemos em reuniões diferentes. A
tutela numa e os sindicatos noutra. Isto demonstra a incoerência do ministro e o quanto não
respeita os policias”, critica César.
Por seu lado, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP), Paulo
Rodrigues, considera que o processo foi mal “conduzido tanto pelos sindicatos que aceitaram
reunir nestas condições como pela tutela. Sempre tivemos a noção de que as reuniões eram para
negociar formas de minimizar os cortes. Mas foi por isto que preferimos não participar nelas. A
tutela criou expectativas que agora defraudou. E agora a revolta é ainda maior entre os polícias
que se sentem enganados”, disse o também o secretário-nacional da Comissão Coordenadora
Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações Profissionais das Forças e Serviços de
Segurança.
A CCP tem uma manifestação marcada para 6 de Março em frente à Assembleia da República. “A
motivação é agora ainda maior. Isto agudizou a situação”, disse Paulo Rodrigues. Também o
presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, não tem dúvidas de
que “nunca nas reuniões se falou de novas fardas” e diz que Macedo está a ser “incoerente” e a
“fazer política”. Aliás, o SINAPOL decidiu entretanto apoiar a manifestação de 6 de Março.
Armando Ferreira recorda que chegou a enviar propostas de minimização dos cortes salariais.
Conforme o PÚBLICO avançou então, o MAI chegou mesmo a debater essas propostas e a
apontar uma data – Abril – para o inicio do pagamento dos suplementos que viriam a compensar
os cortes.
O mesmo lembra o presidente da Associação Socio-profissional independente da Guarda
(ASPIG), José Alho. “Ele pediu-nos propostas. Nós enviamos um oficio com as propostas e depois
diz-nos que sempre foi para o fardamento novo? Para isso não eram necessárias três reuniões”,
aponta. José Alho sublinha também que a ASPIG irá participar na manifestação se vier a ser
convidada pela CCP.