Newsletter "O Pilão" / N.º 2 / Outubro de 2013

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Newsletter do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC)

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Caros Colegas,

om o novo ano lectivo, novos alunos chegam à

Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

É pessoalmente uma grande satisfação ver que a nossa

Faculdade continua a ser um marco no panorama

nacional. Hoje, é também um grande orgulho representar

os novos cerca de 240 estudantes que, tal como os meus

colegas, tive oportunidade de conhecer através da

tradicional Praxe Académica.

Uma vez mais, apresento-vos o Núcleo de Estudantes de

Farmácia da Associação Académica de Coimbra e um dos

seus meios de divulgação, a newsletter “O Pilão”, com

primeira edição em Maio de 2013. Através desta, poderão

conhecer futuras actividades do NEF/AAC, reflectir

através de artigos de opinião e estar a par das novidades

do mundo académico e farmacêutico.

Numa fase precoce da vossa vida académica,

aproveitamos para deixar como tema da primeira

newsletter deste ano lectivo “As associações e o

associativismo em Farmácia”.

Espero que desfrutem de tudo o que temos para vos

apresentar e que esta seja a entrada para um percurso

associativo recheado de êxitos.

Estamos sempre disponíveis.

Saudações Académicas

P’la Direcção do NEF/AAC,

João Martins Presidente da Direcção do NEF/AAC

nício do ano lectivo: Uma nova etapa para os que chegam,

uma última etapa para os que partem. Mais do que isso, há

o sentimento de energias renovadas, a vontade de trabalhar

e de entrar cheio de ideias para um ano que se espera

produtivo. É um segundo “ano novo”, onde se promete o

acerto de um ou outro comportamento mais descuidado

durante o ano que passou (e nos outros, atrás deste). O calor

de Coimbra dificulta a já de si difícil transição do período de

ócio para o período lectivo e o alvoroço das boas-vindas aos

caloiros e o reencontro (leia-se jantares e noitadas) com os

colegas ajudam à distracção.

nquadrados no Congresso Mundial anual da IPSF, que

este ano decorreu em Utrecht, Holanda, nesta segunda

edição da newsletter quisemo-vos falar das associações que

nos representam enquanto estudantes e futuros

farmacêuticos e da importância do associativismo em

Farmácia.

Facto a ressalvar é o de que no próximo ano será a vez de

Portugal receber o congresso da IPSF — o 60.º Congresso

Mundial da IPSF realizar-se-á no Porto, de 31 de Julho a 10 de

Agosto de 2014. A última e única vez que Portugal recebeu o

congresso da federação internacional dos estudantes de

Ciências Farmacêuticas foi no ano de 1992, em Lisboa.

stá reacendida a discussão em torno dos medicamentos

genéricos e da prescrição por DCI. Numa altura em que o

Ministério da Saúde propõe que as farmácias que

ultrapassem uma quota de 45% de medicamentos genéricos

passem a receber um pagamento por cada genérico vendido,

numa medida que se espera um estímulo às farmácias para

aumentar a venda de genéricos, a Ordem dos Médicos vem

mostrar casos em que, alegadamente, ocorreu substituição

de prescrições de medicamentos, tendo sido dispensados

medicamentos mais caros do que aqueles que assim o seriam

por lei. Estou certo de que um alarme desnecessário, feito de

forma desproporcional, de alguns casos pontuais e não

demonstrativos não descredibilizará os farmacêuticos.

E as excepções à prescrição de medicamentos por DCI que

não correspondem a necessidade clínica?

os novos colegas: A Lusa Atenas recebe-vos de braços

abertos. Envolvam-se na Faculdade, na Academia e na

Cidade. Diversifiquem a vossa experiência universitária e

façam valer por completo a vossa estadia em Coimbra.

Da parte d’ O Pilão as portas estão abertas: Informa-nos

sobre que temas gostarias de ver retratados, envia-nos um

artigo de opinião ou vem integrar a nossa equipa!

Boas-vindas aos novos alunos da FFUC e um bom e produtivo

ano aos restantes.

Saudações Académicas

Pedro Martins Coordenador do Pelouro do Jornal “O Pilão” jo

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com

Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

João Martins Pedro Martins Pedro Martins Anita Calado,

Cristiana Pinheiro, Cristina Rebelo, David Ramos, Diana Marques, Joana Fiteiro, João Durães, Leonor Bruçó, Margarida Viola, Nuno Jesus, Rita Alves, Rita Ribeiro Regina Dias, Inês Ascensão, Maria Virgolino, Ana Sofia Correia,

Mafalda Gil Prof.ª Dr.ª Cláudia Cavadas Bimestral 100 exemplares

Ordem dos Farmacêuticos; Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Plural -

Cooperativa Farmacêutica, CRL; ANF - Associação Nacional das Farmácias

inegável a importância do papel das associações em Farmácia. Sejam as que

nos representam enquanto estudantes de Ciências Farmacêuticas, sejam as que nos irão representar enquanto farmacêuticos. Associação significa união, mas também organização e representatividade, qualidades mais que necessárias num mundo como o de hoje, globalizado e com as mais variadas classes profissionais, onde salvaguardar os interesses dos farmacêuticos se torna imperativo.

As associações de estudantes: O NEF/AAC, Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra, fundado em Novembro de 1986, é um dos 26 núcleos de estudantes da AAC, entidades criadas para representarem os estudantes de determinado Curso, Departamento ou Faculdade da UC perante a AAC e os mais diversos órgãos. O NEF/AAC é, assim, o órgão que te representa enquanto estudante da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. O NEF/AAC representa-te também perante a APEF – Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia. A APEF é a associação nacional que congrega as diversas associações de estudantes locais de Ciências Farmacêuticas. Foi fundada em 1998 e tem actualmente oito membros. A APEF representa os estudantes portugueses de Farmácia perante a EPSA – European Pharmaceutical Students’

Association, a federação europeia das associações de estudantes de Ciências Farmacêuticas, fundada em 1978. A EPSA oferece-te projectos de mobilidade como o Twinnet ou o Individual Mobility Project (IMP). Organiza anualmente um congresso e uma assembleia e publica mensalmente uma newsletter. A IPSF – International Pharmaceutical Students’ Federation é a federação internacional das associações de estudantes de Ciências Farmacêuticas. A IPSF oferece-te o projecto de mobilidade Student Exchange Programme (SEP), através do qual podes fazer um estágio em qualquer ponto do mundo. Organiza concursos onde podes aplicar os teus conhecimentos, como o Clinical Skills Event e o Patient Counseling Event. Organiza um congresso anual e publica anualmente um boletim informativo e newsletters periódicas. A representação de Portugal na IPSF é feita pela APEF. Por sua vez, a IPSF representa a opinião dos estudantes de Farmácia perante as mais variadas organizações profissionais, governamentais e não-governamentais.

As associações profissionais: A associação que te irá representar enquanto farmacêutico, e que regulamenta a Profissão Farmacêutica, é a Ordem dos Farmacêuticos (OF). A OF tem a sua sede em Lisboa e é constituída pelas Secções Regionais de Lisboa, Coimbra e Porto, bem como pelas Delegações Regionais dos Açores e da Madeira.

Podes encontrar o edifício da Secção Regional de Coimbra na Rua Castro Matoso, 12 (perto das Escadas Monumentais). Organiza várias acções formativas periodicamente e um congresso de dois em dois anos. Publica uma revista bimestral. A FIP — International Pharmaceutical Federation — é a federação internacional das associações nacionais de farmacêuticos e foi fundada em 1912. Representa a classe farmacêutica na Organização Mundial da Saúde (WHO/OMS). Outras associações importantes do sector farmacêutico nacional são a APJF —Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos, a APFH — Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares e a Apifarma — Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

As associações de farmácias: As associações de farmácias têm como objectivos agregar e uniformizar as farmácias comunitárias/de oficina, defendendo os interesses morais, profissionais e económicos dos proprietários das farmácias associadas. A Associação Nacional das Farmácias (ANF) foi fundada em 1975, a partir da estrutura do Grémio Nacional das Farmácias, e representa 97% das farmácias portuguesas. A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) foi fundada em 1990 e tem por missão constituir uma plataforma de serviços essenciais para as farmácias.

A VERTENTE FORMATIVA E POLÍTICA por Regina Dias

lobal healthcare for the individual patient foi o tema do 59.º Congresso

Mundial da IPSF ( International Pharmaceutical Students’ Federation), que decorreu entre os dias 30 de Julho e 9 de Agosto em Utrecht, na Holanda. Estiveram presentes mais de 400 estudantes de Farmácia provenientes de 63 países e todos os continentes puderam ver -se representados neste evento. O programa contou com diversos tipos de actividades formativas, de exposição, concursos e, como não poderia deixar de ser, eventos sociais ao bom espírito académico dos estudantes de Farmácia. Após uma calorosa recepção na Dom Church, em pleno coração de Utrecht, começaram os primeiros contactos entre os estudantes das várias nacionalidades. Nos dias que se seguiram tivemos oportunidade de participar em simpósios científicos e educacionais com os temas “Personalized medicine” e “Developing pharmaceutical care through collaborative practice”, em sessões formativas e de discussão acerca da IPSF e ainda assistir a exibições de posters científicos. Para além disso, os diversos workshops que pudemos frequentar focalizaram-se no aconselhamento farmacêutico, nos conhecimentos clínicos, no papel do farmacêutico em acções humanitárias e de desastres, no empreendedorismo e

farmacoeconomia, diversas dinâmicas team building e orientação de projectos e liderança, cuidados farmacêuticos integrados com outros profissionais de saúde e ainda campanhas de saúde pública pela cidade.

Os eventos sociais foram momentos de especial atracção e dedicados a temas de forma a contemplar os mais variados gostos e devo dizer que superaram as minhas expectativas. Sem dúvida que foi uma oportunidade de, num ambiente mais descontraído, travar conhecimentos e

prolongar conversas com estudantes de outras nacionalidades sobre os mais variados temas. O Dutch Day, um dia especialmente organizado com vista a dar a conhecer aos participantes um pouco mais acerca do espírito holandês, foi uma oportunidade incrível para fazer amizades, melhorar dinâmicas de grupo e sobretudo passar a mensagem que, através do esforço em equipa, até os objectivos mais arrojados se podem tornar alcançáveis. Quanto à minha impressão pessoal, uma das principais conclusões a que cheguei é que, embora muitas sejam as diferenças entre os estudantes das diferentes nacionalidades, também muitas são as semelhanças entre os mesmos, não só em termos de ensino mas também em termos de mentalidade, noção das necessidades e sobretudo na motivação para mudar certos paradigmas. Enquanto para nós, portugueses, os cuidados farmacêuticos prestados numa equipa de profissionais de saúde ainda são vistos como uma miragem que um dia pretendemos alcançar, em países como os Estados Unidos da América, a Suíça e o Canadá, os primeiros grandes passos nesse sentido já foram dados. Indo mais longe, foram demonstradas fortes evidências de que os cuidados de saúde prestados aos utentes com equipas de profissionais que englobam médicos, farmacêuticos, vários terapeutas, enfermeiros, entre outros, contribuem, não só para uma economia mais sustentável e uma redução considerável dos custos de saúde, mas também para uma diminuição

de recidivas, reinternamentos, interacções farmacológicas e uma melhoria eficaz do estado de saúde do doente, o que se reflecte com a sua satisfação com os serviços prestados. É certo que o contributo dos farmacêuticos tem demonstrado ser uma mais-valia considerável no que diz respeito aos cuidados de saúde. Apostar num ensino direccionado para a integração de conhecimentos clínicos com base farmacológica e possível inclusão em equipas de profissionais de saúde poderá ser a chave para uma formação de futuros profissionais mais competentes e seguramente aptos a melhorar o serviço de saúde do nosso país. Consciente de que há ainda um longo caminho a percorrer neste sentido, há também a responsabilidade de, enquanto estudantes, lutarmos por um futuro onde o papel do farmacêutico não seja subvalorizado face à sua formação multidisciplinar e em que os cuidados de saúde possam ser mais eficazmente prestados. De forma sumária, tenho a dizer que este congresso foi de todo uma experiência única, tanto do ponto de vista formativo e pela visão global do ensino e da profissão farmacêutica em diversos países do mundo com que pudemos ficar, mas também pelo contacto com jovens que, de forma tão disponível, nos tentaram mostrar um pouco sobre a sua cultura e saber mais acerca dos costumes portugueses, pelas amizades travadas e pelo convívio e camaradagem que imperou do início ao fim deste congresso.

A VERTENTE LÚDICA por Inês Ascensão

estas férias tive a sorte de integrar o 59.º Congresso Mundial da IPSF, em Utrecht,

Holanda. Ao chegarmos ao aeroporto fomos recebidos pela comissão organizadora, que nos conduziu até ao campus da Universidade de Utrecht. Fizemos o check-in e logo a seguir fomos para a cerimónia de abertura, que teve lugar numa imponente catedral no centro da cidade. Os restantes nove dias foram passados entre simpósios, workshops e concursos, onde se falou de um pouco de tudo da profissão farmacêutica, desde a investigação desenvolvida por ilustres professores/ investigadores de ciências farmacêuticas até workshops realizados por LIT (Leaders in Training da IPSF), onde se pretendia melhorar as soft skills dos estudantes. Em paralelo com os workshops decorria a assembleia geral, onde os official delegates de cada país intervinham. Para dizer a verdade, durante o dia toda a gente andava muito cansada e não era raro encontrar pessoas a dormir durante a assembleia geral e simpósios, e porquê? Porque durante a noite, os farmacêuticos certinhos que falavam de política, ciência, interacções medicamentosas, etc., viravam party animals. Todas as noites haviam festas temáticas que costumavam durar até cerca das duas horas. Claro que depois das festas voltávamos para o campus para as after parties nos quartos ou nas salas de estar. Uma das minhas festas preferidas foi, sem dúvida, a noite internacional, na qual todos

os países vestiram os seus trajes e trouxeram comida e bebida típicas. Nós, os tugas, fomos de capa e batina e levámos o vinho do Porto. Na minha opinião, o mais importante deste congresso foi conhecer as pessoas, pois ao longo desses dias conheci pessoas realmente fantásticas, de diferentes etnias e culturas. Eram mais de 60 países diferentes todos reunidos e pudemos assim aprender uns com os outros, debater diferentes ideias e falar sobre a nossa profissão e os nossos projectos. Fiquei realmente espantada com a evolução do ramo farmacêutico no mundo, em vários locais muito mais à frente que Portugal, como é o caso do Canadá, Suíça e EUA, e noutros bem atrás. No último dia pusemos os nossos melhores vestidos e fatos e fomos ao jantar de gala, onde nos fartámos de dançar e, no final da noite, despedimo-nos uns dos outros, prometendo no próximo ano encontrarmo-nos no Porto, que é o local escolhido para receber o próximo congresso. Depois do congresso, eu, a Regina e mais alguns portugueses do Porto e Lisboa fomos até Amesterdão onde ficámos uns dias a explorar a cidade. Amsterdão é um lugar incrível, vê-se de tudo nessa cidade, é um sítio sem preconceitos e inibições, as noites são completamente loucas e durante o dia é óptimo para passear e disfrutar da paisagem. Contudo, é preciso ter cuidado com as bicicletas, pois não param e estão por todo o lado. Após a visita a Zaanse Schans, a terra dos moinhos que vemos nos postais holandeses, a nossa aventura pela Holanda terminou e eu e a Regina regressámos a Lisboa, cansadas mas satisfeitas.

om o objectivo de desmistificar a crença popular de que “o que é natural

não faz mal”, foi criada uma campanha de sensibilização por parte do Observatório de Interacções Planta-Medicamento (OIPM), de forma a apelar ao público que os maiores “venenos” são os de origem natural. Em entrevista à Professora Doutora Maria da Graça Campos, responsável pelo projecto, apurou-se que, nos últimos dez anos, têm-se detectado um maior número de intoxicações, sendo que os doentes oncológicos são um grupo de maior risco, pois adquirem facilmente produtos naturais na falsa esperança de um tratamento mais eficaz. Tendo em conta a gravidade das intoxicações por parte deste grupo de risco, em 2007 submeteram-se projectos de investigação ao IPO de Coimbra, mas devido à falta de financiamento o projecto é suportado por fundos COMPETE Media/Ciência Viva, com o apoio da Comunidade Europeia ao abrigo do QREN. “A abordagem aos doentes [oncológicos] foi complexada, dado que as empresas que comercializam estes produtos naturais prometem a “cura” do cancro, e com este argumento é difícil fazer um tratamento coerente”. A divulgação pela comunicação social, nomeadamente pela Agência Lusa, televisões nacionais, imprensa nacional e regional tem sido essencial, não só para divulgar a campanha em si, mas também para divulgar a legislação já existente. A legislação é bastante completa em

informação acerca de alimentos, suplementos, cosméticos e medicamentos, no entanto o facto de permanecer na ignorância, conduz a que a venda não seja controlada e a que as pessoas adquiram estes produtos sem qualquer conhecimento do risco que possam correr.

O feedback desta iniciativa tem-se revelado bastante positivo, tendo apelado a outros profissionais de saúde a aderirem à campanha e a população tem usado a linha de apoio não só para felicitar esta iniciativa

inovadora como também para obter esclarecimentos técnicos. No entanto, a divulgação dos objectivos da iniciativa é fulcral de forma a mudar a mentalidade de algumas pessoas que se demonstraram revoltadas com as ideias deste projecto. “Uma senhora que tem uma ervanária não achou muita piada e disse “cobras e lagartos” de nós no Facebook, seguida por dois ou três acólitos que acham que estamos a ser pagos por um lobby farmacêutico”. Um dos públicos-alvo, em específico, é a comunidade estudantil, estando a ser organizado um curso de pós-graduação e workshops para os alunos do ensino superior. Para os estudantes do ensino básico e secundário ocorrerão intervenções, sendo que para os alunos mais velhos a intervenção será complementada com o tema das interacções com drogas de abuso. O OIPM irá continuar a desenvolver esta campanha, estando a realizar em conjunto com a Ordem dos Farmacêuticos e com a Associação Nacional das Farmácias iniciativas para os profissionais de saúde, pretendendo-se que haja adesão por parte da Ordem dos Médicos. O Observatório possui um banco de voluntariado, que auxilia pessoas idosas e pessoas de parcos recursos, num protocolo entre a FFUC, a Câmara Municipal de Coimbra e algumas farmácias. “A capacitação das pessoas para o uso racional de fármacos (sejam eles à base de plantas ou de síntese) é o nosso objetivo final”.

“Rede do Medicamento de Coimbra — Farmácias Solidárias” é

um projecto de entrega gratuita de medicamentos, por parte de cada farmácia aderente, a indivíduos e/ou agregados familiares em situação de inesperada carência económica. Estes são previamente seleccionados e encaminhados pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Cada farmácia envolvida dispõe de um valor monetário anual usado

para fornecer os medicamentos. Este projecto usufrui da cooperação de 14 farmácias da zona de Coimbra, de uma unidade de indústria farmacêutica, a Bluepharma, e de sete IPSS, que em conjunto com outros parceiros da Rede Social de Coimbra e do Conselho Local de Acção Social asseguram a cobertura das 31 freguesias do município de Coimbra. No âmbito deste projecto foi celebrado um Acordo de Cooperação, no passado

mês de Maio, com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, que colaborará no projecto através de acções a desenvolver pelos seus alunos estagiários do último ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, nas farmácias comunitárias aderentes. Estes alunos terão como funções monitorizar os casos carenciados, gerindo assim o valor monetário anual atribuído à farmácia, bem como acompanhar a terapêutica destes.

a passada noite de 27 de Maio o NEF/AAC realizou mais um Café Cultural, no

já habitual Café Santa Cruz, contando com a presença dos professores Carlos Cavaleiro e Nuno Mendonça e ainda com uma antiga estudante da Faculdade de Farmácia, Rafaela Bidarra. O moderador desta conversa foi o coordenador do Pelouro da Cultura, Rui Liceia. Quando abordada a temática do associativismo, todos os presentes realçaram o papel importante deste na formação de todos os estudantes. O Prof. Nuno Mendonça referiu que o associativismo deve estar presente na vida dos estudantes desde o primeiro dia em que entram na faculdade, porque permite um amadurecimento mais rápido e um desenvolvimento de ferramentas que os tornam mais aptos a encarar o futuro a médio e longo prazo – “Estamos na faculdade para fazer um percurso de vida e não só para receber um canudo”. De igual forma frisou a ideia de que “a faculdade deve ser utilizada para a emancipação da mente” e que é necessário ter uma atitude proactiva para que se possa evoluir e alcançar objectivos. Para formar estudantes com mentalidade aberta é necessário fazer-lhes chegar o máximo de cultura o mais cedo possível, começando pela Praxe que, para além de integradora, deve transmitir valores que enriqueçam o espírito da Faculdade. O espírito deve ser mantido entre todos os membros da Academia, quebrando barreiras, aproveitando tudo

aquilo que os une sem ser apenas a ciência. Um belo exemplo é a equipa de futebol formada por professores, estudantes de doutoramento e funcionários – a “Tribo da Azinhaga”.

De uma realidade estudantil diferente surge o Professor Carlos Cavaleiro, com um forte carácter associativista. Nos seus tempos de

estudante existiam inúmeras listas associadas a partidos políticos, pelo que uma das suas grandes batalhas foi tirar as cores partidárias das listas da Faculdade de Farmácia. A cultura na Faculdade de Farmácia teve sempre um papel de destaque, tendo sido um dos seus expoentes máximos o Professor António Pinho de Brojo que, na Guitarra Portuguesa, deu um enorme contributo ao Fado de Coimbra. A saudade sentida no fado também foi sentida ao abandonar o Palácio dos Melos, onde tantas memórias ficaram. Estas deram lugar a uma faculdade inovadora, que deve preservar todo o encanto daquele velho pátio. Também a Rafaela, agora finalista de Enfermagem, vivenciou todo o encanto do Palácio dos Melos. Ela concorda com a ideia de que o associativismo deve fazer parte da vida de um estudante, e é da opinião que os Núcleos de Estudantes não devem estar associados a uma cor política. Reconhece que é necessário fazer conhecer a Associação Académica de Coimbra pela capacidade de intervenção e não apenas pela boémia. Por último, os intervenientes realçaram o facto de podermos aproveitar os estudantes de mestrado e doutoramento, mais velhos e experientes, para terem a oportunidade de darem o seu contributo junto dos Núcleos de Estudantes, tornando-os mais coesos, dinâmicos e capazes de reponder às necessiddes que vão surgindo.

udo começou com umas noites mal passadas. Depois da inscrição no

SEP 2013 não conseguia dormir com a ansiedade de poder ir visitar um país tão diferente do normal, fora do comum e que sempre desejara visitar. O tempo foi passando, colegas meus que também se tinham candidatado começavam a receber a resposta e eu começava a pensar que talvez não iria ser ainda este o ano. Até que por meados de Abril recebo um e-mail directamente dos organizadores do APS-Japan, em que me perguntam mais uma vez se realmente estava disposta a juntar-me aos meus colegas já seleccionados para o programa de Agosto. No total eram sete os corajosos estudantes de Farmácia: cinco da Europa (Portugal, França, Holanda, República Checa e Eslovénia), um da

Malásia e um da Indonésia. Mal podia esperar por aqueles 15 dias! Porém, o que é bom acaba depressa e nunca poderia ter imaginado uma viagem tão enriquecedora e completa como a que tive, tanto a nível

profissional como pessoal. Para além de ter contactado com o sistema de saúde do Japão, conheci professores esplendidos que se disponibilizaram para nos falarem sobre os seus estudos

em variadas áreas. Tive a possibilidade de conhecer imensos estudantes de Ciências Farmacêuticas do Japão, as suas dificuldades na aprendizagem do Inglês e a sua vontade em melhorar as capacidades linguísticas e profissionais. Visitei hospitais, farmácias e drug stores, conheci templos e ruas de cidades maravilhosas da zona de Kansai, como Kobe, Osaka e a mais conhecida Kyoto. Uma cultura, gastronomia e sociedade completamente diferentes e espantosas. Confesso ter saudades da equipa que nos acompanhou, dos colegas dos outros países que como eu embarcaram nesta aventura e dos professores e farmacêuticos que me ajudaram nesta jornada incrível. Ficou a promessa de todos nós regressarmos um dia.

No sentido dos ponteiros do relógio:

1. II FFUC Cup - Abril de 2013, Pavilhão dos Olivais (Pelouro do

Desporto)

2. I Curso de Iniciação à Língua Gestual Portuguesa - Abril a Maio de

2013 (Pelouro da Formação)

3. Banca do NEF/AAC na Recepção ao Caloiro 2013/2014 -

Setembro, Pátio das Químicas

4. Palestra “Ouvir, aprender e evoluir: Vem conhecer o teu futuro!”

- 30 de Abril de 2013 (Pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais)

5. Café Cultural “Arte e Ciência”, com a presença dos Profs. Drs.

Carlos Cavaleiro e Nuno Mendonça - 28 de Maio, Café Santa Cruz

(Pelouro da Cultura)

ais um ano lectivo começa e mais oportunidades estão disponíveis para os

estudantes da FFUC. Como professora na FFUC, tenho o privilégio de ensinar aos estudantes de 1.º ano. Este grupo de duas centenas de estudantes que todos anos aparecem dos vários cantos do país caracterizam-se pelo interesse, capacidade de trabalho e um potencial incrível. Estes estudantes, e muitos dos outros já dos anos mais avançados, não sabem que a Universidade de Coimbra (UC) oferece diversas oportunidades extracurriculares e que a participação nessas actividades constitui um enorme enriquecimento pessoal e curricular. Na UC e na FFUC, em particular, os estudantes podem participar activamente nas Comissões de Curso, no Núcleo de Estudantes, no Conselho Pedagógico, na Assembleia da Faculdade, nas Tunas, na Associação Académica e suas Secções, em actividades de voluntariado, etc., etc.

No entanto, muitas são as questões que impedem ou adiam a participação dos estudantes: “Como posso participar?”, “Qual vai ser o meu contributo?”, “Vale a pena?”, “Vou ter tempo para estudar?”. Participar é só perguntar a quem já lá está e é só querer. Os contributos podem ser pequenos ou grandes. Vale sempre a pena conhecer mais de perto as instituições e alargar o círculo de conhecimentos. E o tempo aparece quando se quer e se definem prioridades. A participação dos estudantes nas actividades da FFUC e/ou da UC contribui para uma universidade mais interessante e participada e torna a passagem pela universidade num momento único e valioso. Sim, vale a pena participar...

A Professora Doutora Cláudia Cavadas é professora auxiliar na FFUC e investigadora no Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC)

O NEF/AAC foi distinguido com a Medalha de Honra da Ordem dos

Farmacêuticos? A distinção aconteceu em 1996 e, juntamente com o NEF/AAC, foram também distinguidas as associações de estudantes da FFUP e da FFUL (AEFFUP e AEFFUL, respectivamente). A Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos é atribuída pela Direcção Nacional aos farmacêuticos e entidades que, pela sua grande dedicação à profissão farmacêutica e pelo seu elevado mérito, tenham contribuído de modo extraordinário para a valorização da actividade farmacêutica no seio da sociedade.

por Pedro Martins

“O Novo Contrato Social para a Farmácia” vai estar em debate no

11.º Congresso Nacional das Farmácias, que se realiza em Lisboa nos próximos dias 18 e 19 de Outubro? Através da partilha das melhores experiências nacionais e internacionais, no congresso vão ser discutidos os desafios que Portugal terá de assumir para ter um sistema de saúde sustentável, bem como o contributo que o medicamento e a farmácia podem e devem dar para esse objectivo. O novo contrato social tem subjacente a integração da farmácia, enquanto unidade de prestação de cuidados saúde primários, com qualificação profissional, qualidade e proximidade, no desenho de um sistema de saúde ao serviço de objectivos nacionais.

por Mafalda Gil

com início a 7 de Outubro IV Liga NEF - Torneio de Futsal Masculino (inscrições abertas) 17 a 23 de Outubro Festa das Latas e Imposição de Insígnias 2013 18 e 19 de Outubro Congresso Nacional das Farmácias - Centro de Congressos de Lisboa 18, 19 e 20 de Outubro Expofarma 2013 - Centro de Congressos de Lisboa 4 a 7 de Novembro Semana Cultural do NEF/AAC (mais informações brevemente) 21 e 22 de Novembro VII Congresso Científico do NEF/AAC (mais informações brevemente)