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Em Nossa Senhora das Dores há o costume, bonito, de no dia 2 de Novembro, logo no início da celebração da missa, lembrarmos todos aqueles que foram nossos companheiros de viagem e que Deus já chamou a Si. E lembramo-los nominalmente, de forma quase exausva. O que quer dizer que durante mais de dez minutos ouvimos uma leitura rápida e ininterrupta de nomes. Não conheço mais sío nenhum com este costume. Da primeira vez impressionou-me muito. E mesmo agora connua a mexer comigo ouvir tanto nome, a maior parte meus desconhecidos, mas que têm rosto e são expressão da memória daquela comuni- dade cristã. Dá um sendo vivo de uma Igreja em comunhão, de uma fé transmida de geração em geração. E também me toca muito ouvir no meio daqueles nomes todos a referência aos nossos bispos e aos párocos que me antecederam nesta missão. É a ilustração perfeita da família que é a Igreja, unida já não pelos laços do sangue, mas pelos laços do Espírito Santo. Este ano fez-me lembrar uma frase que ouvi a um padre quando lhe perguntavam, em dia de Natal, se não ia ver a família. Respondeu de imediato e com toda a simplicidade: a minha família são vocês!”. Há momentos em que temos consciência de que ser bapzado é ganhar uma nova família, a Igreja. Mas há muitos outros momentos e situações em que parece que nos esquecemos de que somos uma família. É certo que, como em todas as famílias, também há lugar para desentendimentos. Mas, como em todas as famílias, também devia haver aquela força irresisvel que nos puxa para os outros, que não permite a indiferença e que nos leva a procurar fazer as pazes, sem nos perguntarmos muito sobre quem tem ou não razãoFazemos as pazes, perdoamos, simplesmente porque somos família! A verdade é que ás vezes nesta família que é a Igreja, unida por laços mais fortes que os do sangue, não se vê esta prondão e desejo de busca da reconciliação. É uma pena! Porque esse é o grande testemunho que temos para dar como cristãos. O testemunho de quem vive de um Amor e para um Amor que é capaz de vencer todas as divisões, porque é mais forte do que a morte! E, por isso, vai muito mais longe do que o amor simplesmente natural, próprio da condição humana, só por si é capaz de ir. Ser cristão é testemunhar e viver o perdão com uma profundidade que a natureza não conhece! Pe Luís Alberto COMO INSCREVER-SE: Mande um e-mail para: manifestando o seu desejo de ser incluído/a na nossa mailing list , passando assim a receber a nossa Newsleer Para deixar de a receber, basta enviar um e-mail e será rerado/a da mailing list. Número 61– Novembro de 2016 Reflexões A minha família são vocês!newsletter Reflexões … newsletter

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Em Nossa Senhora das Dores há o costume, bonito, de no dia 2 de Novembro, logo no início da celebração da missa, lembrarmos todos aqueles que foram nossos companheiros de viagem e que Deus já chamou a Si. E lembramo-los nominalmente, de forma quase exaustiva. O que quer dizer que durante mais de dez minutos ouvimos uma leitura rápida e ininterrupta de nomes.

Não conheço mais sítio nenhum com este costume. Da primeira vez impressionou-me muito. E mesmo agora continua a mexer comigo ouvir tanto nome, a maior parte meus desconhecidos, mas que têm rosto e são expressão da memória daquela comuni-dade cristã. Dá um sentido vivo de uma Igreja em comunhão, de uma fé transmitida de geração em geração. E também me toca muito ouvir no meio daqueles nomes todos a referência aos nossos bispos e aos párocos que me antecederam nesta missão. É a ilustração perfeita da família que é a Igreja, unida já não pelos laços do sangue, mas pelos laços do Espírito Santo.

Este ano fez-me lembrar uma frase que ouvi a um padre quando lhe perguntavam, em dia de Natal, se não ia ver a família. Respondeu de imediato e com toda a simplicidade: “a minha família são vocês!”.

Há momentos em que temos consciência de que ser baptizado é ganhar uma nova família, a Igreja. Mas há muitos outros momentos e situações em que parece que nos esquecemos de que somos uma família.

É certo que, como em todas as famílias, também há lugar para desentendimentos. Mas, como em todas as famílias, também devia haver aquela força irresistível que nos puxa para os outros, que não permite a indiferença e que nos leva a procurar fazer as pazes, sem nos perguntarmos muito sobre quem tem ou não razão… Fazemos as pazes, perdoamos, simplesmente porque somos família!

A verdade é que ás vezes nesta família que é a Igreja, unida por laços mais fortes que os do sangue, não se vê esta prontidão e desejo de busca da reconciliação.

É uma pena! Porque esse é o grande testemunho que temos para dar como cristãos. O testemunho de quem vive de um Amor e para um Amor que é capaz de vencer todas as divisões, porque é mais forte do que a morte! E, por isso, vai muito mais longe do que o amor simplesmente natural, próprio da condição humana, só por si é capaz de ir.

Ser cristão é testemunhar e viver o perdão com uma profundidade que a natureza não conhece!

Pe Luís Alberto

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Número 61– Novembro de 2016

R e f l e x õ e s …

“A minha família são vocês!”

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Os desafios são imensos e a Vida não pára de acontecer…

Incentivados pelo movimento «Eu acredito», neste ano em que iremos celebrar o Centenário das Aparições, tam-bém nós, os jovens desta Paróquia, queremos responder ao apelo de Nossa Senhora a rezar o Terço, a rezar pela Paz. Por isso, com entusiasmo participamos no Terço vicarial jovem que reuniu jovens das Vigararias I, II, III e IV (Lisboa). Foi bonito ver o empenho e entusiasmo de tantos jovens da nossa cidade que sem medo fazem a diferen-ça, constroem e são Igreja, tornando atual e viva hoje a mensagem de Fátima e, claro, o Evangelho. «Hoje os pastorinhos somos nós». Este é um dos desafios que o movimento «Eu acredito» nos tem lançado e que aos poucos temos vindo a refletir em grupo de modo a tentar perceber o que Nossa Senhora hoje pede a cada um de nós, jovens da paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

Como membros do Patriarcado, mais uma vez os jovens da Paróquia e seus animadores não deixaram passar ao lado o musical «Partimos, Vamos, Somos». Mais uma vez percebemos que não somos os únicos e que a Igreja está e permanece viva em Cristo e nos seus membros. No final do musical um dos animadores dizia: “por mais catequeses que fizéssemos nunca diríamos aquilo que hoje vimos e ouvimos neste musical! Ain-da bem que viemos…”. Todos nos sentimos envolvidos na mensagem do musical porque não foi simplesmente contar uma história do passado, mas a realidade do presente dos jo-vens, como ser missionário hoje em qualquer das realidades em que nos encontremos. Pois, Cristo é passado, é presente e é futuro.

“Missão é partir, é romper a crosta do egoísmo e ir ao encontro do outro. Não necessariamente percorrer muitos quilómetros, pode ser ao teu lado…”

(Do musical «Partimos, Vamos, Somos»)

Em pleno Advento, a nossa comunidade está a vivê-lo assumindo o ritmo proposto pelo Secretariado Diocesano da Catequese: com o Centenário das Aparições nos horizonte, partimos sempre de uma frase chave do Evangelho de cada Domingo e depois da leitura de pequenos trechos das Memórias da Irmã Lúcia, acolhemos um desafio e uma proposta a ir mais longe.

Também lançamos um pequeno folheto com o evangelho de cada Domingo e uma oração para o gesto de acender a vela da Coroa do Advento em casa. É uma sugestão simples para valorizar a família neste tempo.

Nestes dias, ao ritmo de toda a diocese, estamos também a intensificar a oração pessoal e comunitária pela Assem-bleia Sinodal, que vai decorrer de 30 de Novembro a 4 de Dezembro. Ponto de chegada de cerca de dois anos de muita reflexão e tentativas de ensaio, que envolveram centenas de gru-pos e milhares de pessoas por toda a diocese, a partir da Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, chegamos agora ao fim deste primeira fase com a Assembleia Sinodal. O encerramento solene desta Assembleia será no dia 8 de Dezembro, às 15.30h, no Mosteiro dos Jerónimos, onde o Senhor Patriarca apresentará à diocese as linhas de rumo que quer para a nossa Igreja de Lisboa nos próximos anos.

No próximo dia 7 de Dezembro, no Salão Paroquial da Igreja de N. Srª de Fátima, teremos mais uma debate do ciclo “À mesa com…”. Desta vez estará connosco a Dra Catarina Martins, directora da AIS (Ajuda à Igreja que sofre) para abordar o tema "Liberdade religiosa e perseguição: a realidade nos nossos dias". Começamos com Jantar pelas 20.15h. E os interessados deverão inscrever-se para o endereço de e-mail [email protected] ou no Secretariado Paroquial (Tel.: 217928300).

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Entre Nós...

Quem precisar de trazer crianças pode fazê-lo. Basta mencionar o facto no acto de inscrição. Providenciaremos apoio durante a conferência e o debate.

Depois, no dia 11 de Dezembro, procederemos à Benção das Grávidas. Procederemos a esta benção em todas as missas em que haja grávidas presentes. Precisamos apenas de saber que se encontra presente alguma grávida nas diferentes celebrações. Por isso, requer-se uma inscrição prévia no Secretariado Paroquial (Tel.: 217928300)

Finalmente, nas missas do dia 18 de Dezembro procederemos à Benção das imagens do Menino Jesus dos presépios que cada um tem em sua casa.

Durante este tempo vamos também montar, no exterior da Igreja, um presépio de grandes dimensões. No meio de tantas manifestações de Natal que estão presentes por todo o lado, este presépio será uma forma de assinalarmos, no coração da cidade, que o Menino que vai nascer é a razão de ser de tanta festa que vemos fazer nesta época.

O Presépio das minhas circunstâncias

Para rezar no Advento, ajuda-me muito recordar quando uma família recebe a notícia do nascimento de um bebé. Há um sentimento de ternura, de mistério sobre como será aquele bebé, e também de um profundo acolhimento no nosso mundo! É assim que acolhemos a notícia do Natal?

Contemplemos o presépio. É Jesus que nasce através de tantas pessoas; nas mulheres e nos homens de toda a his-tória da Humanidade, nas circunstâncias reais de cada um. JESUS TAMBÉM NASCE EM MIM, NAS MINHAS CIRCUNS-TÂNCIAS.

E quais são as circunstâncias de cada um de nós? Podemos sentir que a nossa forma de ser ou o nosso “feitio”, é tantas vezes uma limitação para ser espaço onde Jesus nasce… se eu fosse mais extrovertida, se eu não fosse tão impulsiva, se eu tivesse maior habilidade para falar, se eu tivesse mais dinheiro… se não fossem as minhas condi-ções familiares, sociais ou económicas; a minha saúde ou idade… Podemos também achar que outras pessoas têm as circunstâncias ideais para edificar o presépio…

Porém, Maria e José também não tinham as circunstâncias “ideais”! Como que de improviso, sem apoio, Maria e José edificaram o presépio, num estábulo – nas suas circunstâncias reais! Porque a força de Deus manifesta-se na nossa fragilidade! Por razões que não podemos entender, Deus ama a nossa fragilidade, e é através dela que se manifesta a Sua força.

Então, perante a fragilidade que sentimos para acolher Jesus em nós, perguntemos ao Senhor, tal como Maria per-guntou ao anjo Gabriel: “Como será se….?”. Neste advento, proponho que reflitamos sobre quais são os nossos “se” que nos impedem de acolher Jesus?

Rezemos as nossas circunstâncias reais: Com quem estive durante o dia de hoje? Com que pessoas me cruzei? Quem sou, onde vivo, como me sinto, as minhas dúvidas, a minha saúde,...? É aí o meu presépio. É aí que Jesus vai nascer. Acredito? Tenho esperança que Deus tudo pode renovar e que Jesus pode nascer novamente em mim e através de mim?

Senhor, que através de mim, nas minhas circunstâncias reais, se possa edificar um presépio, que possa renascer no meu coração a missão de levar Jesus a todos, como uma nova esperança para a Humanidade.

Ana Rita

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