nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

36
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM ACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHO. PORTO VELHO 2015

Transcript of nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

Page 1: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIADEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EMACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO

VELHO.

PORTO VELHO2015

Page 2: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EMACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO

VELHO.

Monografia de Graduação apresentada aocurso de Educação Física do Núcleo deSaúde da Universidade Federal deRondônia – UNIR, para obtenção do títulode Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Prof.Dr. Ramón Núñez Cárdenas

PORTO VELHO2015

Page 3: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTARIO EMACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO

VELHO.Monografia apresentada a Universidade Federal de Rondônia- UNIR comorequisito necessário para obtenção título de Licenciatura Plena em EducaçãoFísica.

Banca Examinadora

___________________________________________________Prof. Orientador: Dr. Ramón Núñez Cárdenas- Orientador

____________________________________________________Dra. Ivete de Aquino Freire

____________________________________________________Dr. Mário Roberto Venere

Conceito:_________________

Porto Velho,_____ de _________________________ de ______

Page 4: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

Dedicatória

Com muito amor e carinho, dedico este trabalho aosmeus pais, Lucia Maria, Vicente Pinheiro e minhanamorada Tauane, pela compreensão, carinho e forçaque tem dado à minha vida.

Page 5: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

Agradecimento

Inicialmente ao nosso Deus que mim deu o dom da vida e proporcionou arealização deste trabalho, que foi para mim de grande importância e realizaçãopessoal e profissional. Aos meus pais que acreditaram no meu potencial e sempreme incentivou a ir em busca dos objetivos e minha namorada Tauane Costa quenunca me deixou desistir me incentivando e me ajudando até o final.Ao meu orientador, professor e amigo Ramón Núñez Cárdenas, que incentivou eme encorajou para a realização deste projeto.Aos participantes da pesquisa, que foram peças fundamentais e a todos quedireta ou indiretamente contribuíram para que este trabalho fosse concluído.A todos vocês de coração, meu eterno obrigado, minha eterna amizade e queDeus ilumine e abençoe cada um de vocês. Muito Obrigado.

Page 6: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

RESUMOO presente trabalho procurou descrever o nível de atividade física e a exposição acomportamento sedentário de acadêmicos regularmente matriculados no curso deeducação física do município de Porto Velho-RO em uma amostra de 51 alunossendo 27 do sexo masculino, e 24 do sexo feminino com idades entre 18 e 37anos. Investigou-se o nível de atividade física por meio da versão curta doQuestionário Internacional de Atividade Física – (IPAQ). Os comportamentossedentários como assistir TV, jogar videogame e usar o computador foraminformados na ultima pergunta do questionário. De acordo com os resultados,observou-se uma prevalência de acadêmicos muito ativos de 47%%, ativos 21%,insuficiente ativo 20% e sedentários 12%. Ambos os sexos apresentaram em suatotalidade associação significativa com comportamento ativo. O comportamentosedentário para os dias de semana e para o final de semana ficou maisevidenciado nos grupos dos sedentários e dos insuficientes ativos. Conclui-se quea prevalência de estudantes ativos na população estudada foi elevada. Palavras-chave: Atividade física, comportamento sedentário, acadêmicos.

Page 7: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

ABSTRACT

This study sought to describe the level of physical activity and exposure tosedentary behavior scholars enrolled in the course of physical education at theFederal University of Rondônia in a sample of 51 students and 27 males and 24females aged 18 to 37. The level of physical activity through the short version ofthe International Physical Activity Questionnaire was investigated - (IPAQ).Sedentary behaviors such as watching TV, playing video games and using thecomputer were informed at the last question of the questionnaire. According to theresults, there was a very active prevalence of academics from 47 %%, active 21%,20% insufficient active and sedentary 12%. Both sex showed in its entiretysignificant association with active behavior. Sedentary behavior for the weekdaysand the weekend was more evident in the groups of sedentary and activeinsufficient. It concludes that the prevalence of active students in the studypopulation was high.Keywords: physical activity, sedentary behavior, academics.

Page 8: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................9

2. OBJETIVOS..................................................................................................102.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................102.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................103. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................103.1 EDUCAÇÃO FÍSICA E PROMOÇÃO DE SAÚDE........................................103.2 ATIVIDADE FÍSICA......................................................................................153.3 SEDENTARISMO.........................................................................................194. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.....................................................244.1 AMOSTRA....................................................................................................244.2 PROCEDIMENTOS......................................................................................244.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA...............................................................................265. RESULTADOS E DISCURSSÃO.................................................................26

CONCLUSÃO................................................................................................30OBRAS CONSULTADAS..............................................................................30

ANEXOS.......................................................................................................36

Page 9: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

9

INTRODUÇÃO

No Brasil contemporâneo, é possível observar, nos últimos anos,transformações no cenário da saúde pública. . Logo, a saúde é vista como umdireito integral e socialmente construído, atingindo todas as pessoas semdiferenças (ROCHA e CENTURIÃO, 2007).

Nos dias atuais, a atividade física vem ganhando destaque, graças a suaimportância para manutenção de hábitos saudáveis visando à melhora naqualidade de vida. Nessas circunstâncias a pratica habitual de atividade físicavem se firmando como o principal método de prevenção das doenças patológicascrônicas degenerativas (PITANGA e PITANGA 2001).

Dessa forma, Caspersen et al. (1985) define atividade física como sendoqualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resultaem gasto energético maior que os níveis de repouso. Incluem-se como atividadefísica, atividades laborais, atividade doméstica, exercícios físicos entre outrasatividades.

A relação entre a prática de atividade física e qualidade de vida vem sendodiscutida amplamente. Com isso, somente nas últimas décadas foi possívelcomprovar que a falta de atividade física é um fator de risco para o aparecimentode patologias crônicas e não transmissíveis. Nesse sentido, o sedentarismo e aescassez de atividades físicas estão vinculados a várias doenças, comohipertensão, diabetes, obesidade, entre outras. (AMORIM e DIAS, 2011).

Investigações demonstram que jovens e adultos tem um grandecomponente de tempo livre não estruturado. Contudo, a maioria das atividadesque os jovens fazem é de característica sedentária, como assistir TV e participarde jogos eletrônicos. Esta crescente forma de lazer sedentário dos jovens dasgrandes cidades é um meio barato e seguro de lazer, que favorece o aumento doquantitativo de horas de assistência a TV e comportamentos sedentários.

Vários estudos mostram a relação significativa e inversa entre o nível deatividade física e o comportamento sedentário, pois quanto menor o nível deatividade física espera-se que os hábitos sedentários seja maiores. Contudo oenfoque será dado às questões da saúde, principalmente no que diz respeito àsquestões do nível de atividade física e do comportamento sedentários emacademicos do curso de educação física.

Page 10: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

10

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL: Analisar o nível de atividade física dos acadêmicos regularmente matricula-

dos no curso de educação física no município de Porto Velho-RO,

2.2 ESPECÍFICOS: Classificar os acadêmicos em categorias específicas ao nível de atividade

física. Verificar o comportamento sedentário dos acadêmicos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE

No Brasil contemporâneo, é possível observar, nos últimos anos,transformações no cenário da saúde pública. A partir da reforma sanitária dadécada de 1970, e legalização e normatização da saúde como direitoconstitucional essas mudanças foram aos poucos se concretizando no contextodas políticas públicas e nos cursos de graduação. Visando o processo formativoprofissional, há o predomínio da medicalização de problemas de ordem social,além da abordagem da doença sob uma forma sistêmica. Entretanto, énecessário considerar o processo saúde-doença para além das causas orgânicas,isto é, entender a saúde como socialmente determinada exige uma mudança deatitude e a articulação de outros saberes, e não somente os consideradosclássicos, baseados na concepção biomédica. Assim, a compreensão de saúdeno eixo da qualidade de vida, dependente não somente de processos biológicas,mas daquilo que se dispõe ao indivíduo para estabelecer seu estilo de vida. Logo,a saúde é vista como um direito integral e socialmente construído, atingindo todasas pessoas sem diferenças (ROCHA e CENTURIÃO, 2007).

Page 11: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

11

Nesse cenário, para Bagrichrevsky (2007), um fator relevante a seranalisado nesse conjunto de transformações, é discussão acerca da “aptidãofísica”. Para o autor, isso por muito tempo significou preocupar-se com saúde. Eleacrescenta, ainda, que se por um lado é parcialmente aceitável que existembenefícios orgânicos esperados pela aplicação de determinados tipos deexercitação física, em contrapartida, os argumentos se tornam discutíveisconforme eles pretendem se basear em uma política conservadora, em que há aresponsabilização dos indivíduos pelo seu próprio adoecimento, desconsiderandoa dinâmica sistêmica que influencia o processo saúde-doença.

Não há dúvida de que o campo de intervenção denominado educaçãofísica na saúde, especialmente nos serviços de atenção básica, está sofrendogrande ampliação. Isso institucionaliza os conteúdos e as ações da educaçãofísica no que diz respeito à promoção da saúde, sugerindo um processo demudança nos moldes de executar o trabalho em saúde e maior articulação comesse campo de atuação. Desse modo, é importante reconstruir caminhos,relacionando a formação profissional e os processos de intervenção em saúde.Os saberes e as práticas de saúde são conhecimentos que se cruzam e partilhamexperiências. Tal complexidade transporta o trabalho em saúde para o combatedos desafios e da busca por soluções (FREITAS et al., 2013).

Entende-se a promoção da saúde como as estratégias de produção socialde saúde, sendo articulada com políticas públicas que possam influenciar aqualidade de vida da comunidade. Observa-se uma inconsistência assistencialrelativa aos cuidados fornecidos pela área da saúde pública à população, umavez que existe uma considerável demanda destinada às doenças crônicas, comum aspecto de atenção atribuído, sobretudo, às condições agudas. Nesse cenáriose revela a relevância da implantação de práticas direcionadas para a promoçãoda saúde. O impacto causado por essa situação em uma ampla perspectivavinculada às práticas de atividade física poderá refletir nos custos do SistemaÚnico de Saúde (SUS), no que se refere às enfermidades e mortes possíveis deserem evitadas, melhorando a qualidade de vida das pessoas (MORETTI et al.,2009).

De acordo com Ferreita et al. (2011), apesar da promoção da saúde servista por alguns autores como uma ideia com a capacidade inata de contribuir

Page 12: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

12

para diversas mudanças sociais, o que prevalece no campo da promoção daatividade física é a abordagem conservadora e comportamentalista. Para o autor,a promoção da saúde classifica o sedentarismo como um “vilão”, apoiandoestratégias que focam em transformações comportamentais individuais como amaneira de redução do risco de uma enfermidade, independentemente doscondicionantes sociais, econômicos e culturais.

Os fatores de mudança dos principais modelos de atenção em saúde,visando à priorização de medidas de promoção e prevenção, e evitando medidascurativas tradicionais, requerem do profissional de educação física determinadascompetências para o completo entendimento da organização e o funcionamentodos sistemas e serviços de saúde. Sem dúvida, esse profissional deve atuar naexpansão dos programas de promoção da saúde e da atividade física (GUARDAet al., 2014).

No cenário exposto, é relevante frisar que o termo “qualidade de vida” vemsendo empregado constantemente pelas pessoas na atualidade, em diversassituações. Possivelmente, isso representa fatores importantes para a vidacotidiana dos indivíduos e da sociedade, pois estão geralmente associados aomodo de alimentação, ao transporte, à segurança, ao urbanismo, e outros.Analisando de forma básica, é aceitável que os aspectos, apesar de distintos,tenham a capacidade de melhorar a qualidade de vida de um indivíduo ou de umacomunidade. O estudo da qualidade de vida também é um dos objetivos dealguns grupos científicos, os quais produzem cada vez mais trabalhos acerca dotema (SANTOS e SIMÕES, 2012).

É crescente a quantidade de pessoas e instituições que procuraminformações a respeito de meios de conseguirem hábitos saudáveis, seja naalimentação, no combate ao estresse e, principalmente, a prática de atividadefísica. Diversos aspectos favorecem essa busca, como, por exemplo, o progressonos estudos científicos e tratamentos, bem como no crescimento do gasto com osseguros de saúde. Além disso, deve-se considerar que as pessoas estão maisbem informadas sobre a promoção da própria saúde. Apesar de várias pessoaspossuírem consciência dos riscos que o uso de tabaco propicia à saúde, darelevância de uma alimentação balanceada e da necessidade do uso depreservativo nas relações sexuais, ainda há negligência a alguns fatores de risco,

Page 13: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

13

por meio da prática de hábitos ou adoção de estilo de vida que não contribuemcom a saúde plena (VILARTA e BOCCALETTO, 2008).

Tendo como base o exposto, é inevitável considerar as duas dimensões dapromoção de saúde: a conceitual e a metodológica. A primeira agrupa princípios,premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoção de saúde, asegunda refere-se às práticas, planos de ação, estratégias, formas de intervençãoe instrumental. Assim, para Sícoli e Nascimento (2003), a promoção de saúde emsuas dimensões foi inspirada por novas perspectivas do mundo contemporâneo, eestendeu seus pilares referenciais, assumindo a saúde como produção social, evalorizando de forma intensa as condicionantes e determinantes sociais eeconômicas, possibilitando a instigação do comprometimento político e o incentivoàs transformações socioculturais.

No setor da saúde, diversas pesquisas conseguem conectar várias práticascorporais (incluindo atividade física e prática esportiva) com aspectos que sãopositivamente associados ao aumento da qualidade de vida. Contudo, não ésempre que as relações entre essas práticas e a qualidade de vida são claras eprecisas. Apesar disso, deve-se considerar que a sociedade necessita dacontribuição dos profissionais da área de educação física, por meio da geração deconhecimento acerca do tema, ou pela da própria atuação profissional (SANTOSe SIMÕES, 2012).

Os programas que possuam a finalidade primordial a transformações dehábitos e rotinas por intermédio de medidas de ensino/aprendizagem,especificamente da área de educação física, podem ser definidos comoprogramas de educação em saúde. Dessa forma, para Florindo (1998):

A promoção em saúde, além de incluir a educação em saúde em suasações, refere-se a mudanças muito mais amplas de ordem estrutural,que incluem ações políticas e econômicas, que dificilmente acontecemnas ações de educação em saúde (FLORINDO, 1998, p. 86).

Assim, vale frisar que as diretrizes curriculares de educação físicaestabelecem a formação profissional direcionada à compreensão da conjunturade uma comunidade, das pessoas e da sociedade, podendo interferirprofissionalmente dentro de sua especialidade acadêmica, proporcionando aadoção de hábitos saudáveis. Destarte, o objetivo de intervenção do educador

Page 14: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

14

físico, é a prevenção, a promoção, a proteção e a reabilitação da saúde nocenário de uma comunidade ou de um indivíduo. O profissional precisa estarqualificado para exercer suas funções em uma equipe multidisciplinar, lidandocom atividades de gestão e com políticas de saúde, bem como em ações dediagnóstico, planejamento e intervenção no que se refere às práticas corporais eatividades físicas. Para que seja mais eficiente, o profissional de educação físicadeve participar das mudanças científicas da área da saúde, garantindo acontribuição de suas práticas intervencionistas (SCABAR et al., 2012).

Nesse mesmo aspecto, Coutinho (2011) afirma que é fundamental que oprofissional de educação física atuando na promoção de saúde busque direcionarsua formação e seus conhecimentos a partir do pilar da integralidade,incorporando meios que possibilitem as medidas de promoção da saúde eprevenção de patologias, sem excluir as ações curativas. O autor destaca, ainda,que as competências desse profissional devem ser expressas por algumashabilidades, dentre elas o planejamento e aplicação de programas de exercícios,além da avaliação e prescrição de exercícios fundamentados em informaçõesvinculadas aos aspectos morfológicos e fisiológicos da aptidão física, e educar apopulação a respeito da importância da prática frequente de atividades físicas.

Assim, a inserção do profissional de educação física nos programas depromoção da saúde é extremamente favorável. E, para diversos autores(MIRANDA et al., 2007; COUTINHO, 2011; GUARDA et al., 2014), a contribuiçãodo profissional é essencial para uma mudança de hábitos e fixação cultural daatividade física como uma rotina que vise a manutenção da qualidade de vida.

3.2 ATIVIDADE FÍSICA

A relação entre a prática de atividade física e qualidade de vida vem sendodiscutida amplamente. Contudo, somente nas últimas décadas foi possívelcomprovar que a falta de atividade física é um fator de risco para o aparecimentode patologias crônicas e não transmissíveis. Nesse sentido, o sedentarismo e aescassez de atividades físicas estão vinculados a várias doenças, comohipertensão, diabetes, obesidade, entre outras. Estimular a realização deatividades físicas é, portanto, uma preocupação internacional de saúde. As

Page 15: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

15

pesquisas a respeito de fatores de risco para essas patologias podem alertar apopulação em geral, bem como os acadêmicos e profissionais para a relevânciada implementação de programas de prevenção, que inclua a prática de exercíciosfísicos. Levando em consideração o impacto causado pela intervenção doprofissional de educação física, independente do setor de atuação, éimprescindível que esse profissional adote um modo de vida compatível com suaprática de trabalho. Dessa forma, os acadêmicos desse curso devem estar nesseritmo desde seu processo formativo (AMORIM e DIAS, 2011).

Para embasamento dessa discussão é importante considerar o conceito deatividade física. A Resolução nº 046 de 2002 do Conselho Federal de EducaçãoFísica (CONFEF) que dispõe sobre a intervenção do profissional de educaçãofísica, assim define:

Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, queresulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizadopela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se decomportamento inerente ao ser humano com características biológicas esócio-culturais. No âmbito da Intervenção do Profissional de EducaçãoFísica, a atividade física compreende a totalidade de movimentoscorporais, executados no contexto de diversas práticas: ginásticas,exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais,danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação,lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga,exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outraspráticas corporais (CONFEF, 2002).

O estudo de Hoffman e Harris (2002) indica alguns possíveis conceitosdesse mesmo termo, classificando-os conforme sua amplitude. Segundo osautores, a definição mais exclusiva é assim descrita: "movimento voluntáriointencionalmente realizado com propósitos específicos, e requer quantidadesubstancial de energia". E a definição mais inclusiva seria: "todos os movimentosvoluntários e involuntários realizados pelo homem". Dentro dessa perspectiva devariação terminológica, Santos (2009) acrescenta que a definição que venha a serescolhida deve possibilitar que os meios de mensuração sejam construídosadequadamente, e que os resultados permitam correlações, propiciando umavanço acerca do conhecimento dessa temática.

Historicamente, no processo de construção da humanidade, o ser humanodependia de sua força, velocidade e resistência para conseguir sobreviver

Page 16: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

16

diariamente. As constantes migrações na pré-história em busca de abrigoproporcionava a prática de intensas caminhadas. Nesse percurso, era necessáriolutar, correr e saltar, ou seja, a atividade física foi fator imprescindível nessaépoca. Com o passar do tempo, já na Grécia antiga, a atividade física erapraticada como “a arte do corpo nu” em ginásticas, com finalidade de utilizar ashabilidades adquiridas em guerras ou como gladiadores. Na Idade Média, haviadisputas entre cavaleiros e jogos equestres. Todos esses eventos impulsionou osurgimento de várias metodologias de exercícios físicos elaborados por diferentespesquisadores da área (PITANGA, 2002; CAPINUSSÚ, 2005).

No Brasil, programas referentes à prática de atividades físicas estãoembasados em práticas médicas, as quais buscava construir o indivíduoconsiderado saudável, abrangendo boa postura e adequada aparência física.Ainda de acordo com Pitanga (2002), o estado novo (década de 1930) foiresponsável pelo surgimento da tendência militar nos programas de atividadefísica em escolas, favorecendo o processo de eugenia da raça. Na décadaseguinte, influenciado pelo discurso liberal, a educação física adentrou na áreapedagógica. A partir dos anos de 1970, tem início a tendência esportiva naeducação física, tendo como base a formação de equipes desportivas paracompetição. Para o autor, o vínculo dessa área com a saúde não chegou a serprioridade no contexto da educação física nacional.

Esse cenário foi modificado, no entanto, com o aumento relevante dasdenominadas doenças crônicas não-transmissíveis, apresentadas anteriormente.Assim, houve a valorização da promoção da saúde dos cursos de graduação eprofissionais que tratam desse assunto. É possível afirmar que, nos últimos anos,se observou um considerável incremento na quantidade de publicaçõesrelacionando atividade física e saúde, até mesmo no Brasil. Atualmente,pesquisas apontam que a prática moderada de atividades físicas, realizadascontínua ou cumulativamente, por cerca de meia hora ou mais por dia podem sersuficientes para gerar benefícios para a saúde das pessoas. Com base nessesdados, o aconselhamento é a inclusão dessas atividades em cinco ou mais diasda semana. Tornando-se habitual, a atividade física significa uma importantecaracterística do estilo de vida com a capacidade de interferir positivamente nasaúde da população (NAHAS e GARCIA, 2010).

Page 17: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

17

Vale ressaltar, dessa forma, que a recente transformação no perfil de saúdedas pessoas tem exigido uma transformação no modo de organização e ofertados serviços de saúde para que se concretize o acesso e os cuidados referentesà situação atual de adoecimento e mortalidade por doenças crônicas,principalmente pelo sedentarismo, como o excesso de peso e obesidade. Deacordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2003), a prática de atividadefísica regular reduz o risco de mortes prematuras, doenças cardíacas, algunstipos de câncer e diabetes tipo II. Além disso, influencia na prevenção do ganhode peso, reduzindo assim o risco de obesidade, favorece a prevenção ou reduçãoda osteoporose, proporciona bem-estar, diminui o estresse, a ansiedade e adepressão. Em crianças e jovens, a atividade física articula-se com as ações parauma dieta saudável, desestimula o uso do tabaco, do álcool e outras drogas,reduzindo a violência e propiciando a integração social.

Atualmente, vigora no Brasil, desde 2006, a Política Nacional de Promoçãoda Saúde (PNPS) no âmbito do Sistema Único de Saúde. Essa política tem afinalidade de promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscosà saúde. Nesse sentido, de acordo com o Ministério da Saúde, o programa deprioridades da saúde pública atribui maior destaque às práticas corporais eatividades físicas, comprovadamente um fator de proteção à saúde, que contribuipara a redução dos riscos à saúde e elevando a qualidade de vida das pessoas.Assim, é extremamente importante a valorização dos espaços públicos deconvivência e de produção de saúde, bem como o direito ao lazer e a inclusãosocial levando em consideração a relevância epidemiológica da prática deatividade física (BRASIL, 2013).

Como mencionado anteriormente a atividade física é inversamenterelacionada com a morbidade e mortalidade relacionado a várias doençascrônicas. Nesse aspecto, uma grande questão para estudiosos da área refere-seà quantidade de atividade física necessária para a promoção de benefícios àsaúde, capaz de evitar a morte prematura. Não é requerido altos níveis deatividade física para que a sua prática auxilie a saúde e o bem-estar físico emental (OLIVEIRA et al., 2005).

No contexto de acadêmicos de educação física, existem diversos estudosque relacionam o nível de atividade física nesse curso. O trabalho de Pinho e

Page 18: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

18

Barbosa (2011), realizado em uma instituição de Porto Velho - RO indica que osacadêmicos apresentaram níveis adequados de prática de atividade física emtodos os parâmetros, para ambos os sexos. Já no estudo de Silva (2011),realizado em uma faculdade do Nordeste, observou-se que acadêmicos deeducação física do sexo feminino, com escolaridade materna maior que oito anose com alimentação inadequada foram os grupos com maiores chances deapresentar níveis baixos de atividade física. Na pesquisa de Souza e Santos(2012), realizada na Bahia, foi encontrado que os acadêmicos de educação físicado primeiro semestre possuem nível elevado de atividade física em comparaçãocom os acadêmicos do sétimo semestre, em que se manifesta alta prevalência desedentarismo. Amorim e Dias (2011) também encontraram bom nível de atividadefísica em acadêmicos desse curso de graduação em uma faculdade de SantaCatarina. Os autores afirmam, ainda, que esta é uma atitude adequada, poisserão profissionais que incentivarão a população na prática de atividades físicas.

Todos os autores concordam que os estudantes do curso de educaçãofísica precisam manter seus níveis de atividade física conforme as evidênciascientíficas. Isso é importante para o profissional que irá desenvolver atividadesnessa área, estimulando as pessoas à prática dessas atividades. Manter o corposaudável, nesse sentido, é essencial, assim como afirma Bielemann et al. (2007):

É importante que o profissional de Educação Física tenha umcomportamento exemplar em relação à prática de atividades,especialmente se considerarmos que um de seus compromissos épromover a adoção de hábitos saudáveis nos indivíduos de todas asidades (BIELEMANN et al., 2007, p. 71).

Assim, ampliando a discussão para toda a população, com intuito deaumentar sua participação em atividades físicas, é necessária uma intervençãogovernamental e social, que inclua a construção de pistas de caminhada e deciclovias, além de aumentar o acesso ao lazer, reativando parques e praças.Dessa maneira, para que essas transformações sejam observadas por sistemasde monitoramento, é fundamental a participação dos vários setores organizados,para que a promoção de ações de atividade física se concretize. Pesquisascientíficas nessa área auxiliam na compreensão do progresso da realização deatividade física, referente a prevalência e aos fatores vinculados (BRASIL, 2013).

Page 19: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

19

Nesse aspecto, é importante frisar que os profissionais de educação físicapossuem a tarefa de intervir, visando incentivar a prática regular da atividadefísica. Para que isso ocorra, é imprescindível o conhecimento no que diz respeitoaos componentes associados à saúde e qualidade de vida, de modo que aestruturação de estratégias seja específica ao nível de cada faixa etária,transmitindo e conscientizando dentro dessa temática e impactando diretamente oestilo de vida das pessoas, além de contribuir ao seu bem-estar, qualidade devida e longevidade (OLIVEIRA et al., 2005).

3.3 SEDENTARISMO

Várias pesquisas epidemiológicas demonstraram que a prevalência dosedentarismo está aumentando progressivamente, principalmente em países maisdesenvolvidos, sendo causado pelo estilo de vida contemporânea, favorecendo osfatores de riscos para várias doenças (OLIVEIRA et al., 2005; PINHO eBARBOSA, 2011). No Brasil, em pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, foiconstatada uma prevalência em torno de 15% de atividade física no lazer(BRASIL, 2013).

Para Gualano e Tinucci (2011), a ambiente moderno sofreu drásticastransformações. Após as revoluções industriais e tecnológicas, o alimento passoua ser algo abundante e disponível praticamente a todo o momento. A atividadefísica, crucial nos tempos antigos, como exposto anteriormente, é agoraconsiderada como algo dispensável. O ser humano, antes fisicamente ativo enômade, tornou-se sedentário. Esses autores defendem que o conjunto genéticoda espécie humana foi selecionado em um ambiente diferente do atual, pois aatividade física era essencial para a sobrevivência.

O comportamento sedentário pode ser definido como atividades que nãoaumentam consideravelmente o gasto energético e que se caracterizam porhábitos como assistir televisão, utilização de computador (notebook, tablet,smartphone, etc.), ou o tempo que se passa sentados no trabalho ou durante odeslocamento em carro ou ônibus. Uma unidade fundamental para acompreensão do comportamento sedentário é o MET (equivalente metabólico),que representa a taxa metabólica de uma pessoa em repouso absoluto(RAVAGNANI et al., 2013; MIELKE, 2012).

Page 20: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

20

Assim, quando é representado o gasto de energia em MET, indica-se onúmero de vezes pelo qual o metabolismo de repouso foi multiplicado duranteuma atividade. Dessa maneira, andar de bicicleta a quatro METs significa dizerque houve um gasto calórico quatro vezes maior do que aquele do repouso. Logo,o conceito de MET é empregado nas orientações gerais para a populaçãoreferente ao gasto energético das atividades. O MET é, portanto, uma medida deintensidade de esforço (RAVAGNANI et al., 2013).

Nesse sentido, para Mielke (2012), é imprescindível frisar que a falta deatividade física e o comportamento sedentário são conceitos diferentes. Pessoaspodem ser classificadas como fisicamente inativos quando não seguem asorientações atuais de atividade física. O comportamento sedentário, por sua vez,é dado pela proporção de tempo (no dia a dia) gasto em atividades de intensidademenor que 1,5 MET, sobretudo quanto ao tempo sentado. Dessa forma, umindivíduo pode ser fisicamente ativo, ao correr 40 minutos todos os dias, apesarde passar grande parte do seu dia sentado, indicando um alto índice decomportamento sedentário. É igualmente possível que uma pessoa não siga asorientações de atividade física diária, realizando atividades leves na maior partedo dia, e por outro lado gaste poucas horas diariamente em atividades com gastoenergético inferior a 1,5 MET. As recomendações atuais de atividade físicasugerem que um adulto acumule pelo menos 150 minutos de atividade física deintensidade moderada a vigorosa por semana.

De acordo com Ferreira et al. (2012), o sedentarismo é considerado umadoença, e a “Síndrome da Morte Sedentária” foi um termo atribuído à entidadeemergente das desordens ocasionadas pelo estilo de vida sedentário que, emúltima instância, se relaciona à doenças crônicas que culminam uma mortalidadeelevada. Essa afirmação se baseia na ideia de doença como um estado do corpohumano, de seus órgãos, tecidos e sistemas, em que suas funções estão dealguma forma comprometida por fatores internos ou externos. Destarte, osdesequilíbrios acarretados pelo sedentarismo indicam sua justificativa para notá-locomo uma patologia. Para os autores, considerando que o sedentarismo seja umadoença, a atividade física é o seu remédio.

Nesse contexto, estudos indicam que no período da infância o sobrepeso ea obesidade atingiram proporções epidêmicas em países desenvolvidos e em

Page 21: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

21

desenvolvimento. A progressiva prevalência relacionada a problemas de saúdeatinge meninos e meninas indistintamente. Em crianças e adolescentes, osprincipais fatores que corroboram para o excesso de peso corporal são oscomportamentos sedentários, como o tempo excessivo gasto em frente àtelevisão ou ao computador, equipamentos tecnológicos, acessibilidade autensílios eletrônicos, além de deslocamentos menos ativos. Vale ressaltar quealgumas pesquisas epidemiológicas concluíram que as crianças que assistem àtelevisão por períodos maiores que duas horas por dia apresentam maioreschances de sobrepeso e/ou obesidade (SILVA et al., 2007).

Dados epidemiológicos importantes para estudos nessa temática tambémpodem ser coletados por meio do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios). Este é um programa nacional do IBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística) que “obtém informações anuais sobre característicasdemográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação,trabalho e rendimento, e características dos domicílios, e, com periodicidadevariável, informações sobre migração, fecundidade, nupcialidade, entre outras,tendo como unidade de coleta os domicílios. Temas específicos abrangendoaspectos demográficos, sociais e econômicos também são investigados”1.

O estudo de Knuth et al (2011) apresentou os resultados de prática deatividade física da PNAD em 2008, considerando a distribuição geográfica e asprincipais características sociodemográficas. Os autores utilizaram as seguintesvariáveis em sua metodologia:

Ativo no deslocamento: indivíduo empregado que costuma ir a pé ou debicicleta de casa para o trabalho, com trajeto de 30 minutos ou mais so-mando a ida e a volta;

Ativo no lazer: indivíduo que pratica atividades físicas leves ou moderadasem 5 dias ou mais na semana por pelo menos 30 minutos e/ ou indivíduosque praticam atividades físicas vigorosas em 3 dias ou mais na semana porpelo menos 20 minutos;

Inativos: indivíduo que relatou não praticar qualquer atividade física em to-dos os domínios estudados (deslocamento para o trabalho, atividade labo-ral, faxina no ambiente doméstico e atividades físicas de lazer);

1 Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=40. Acesso em 27 de outubro de 2015.

Page 22: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

22

Hábito de assistir TV: indivíduo que assiste televisão, sentado por 3 horasou mais diariamente, fora do trabalho.Os resultados obtidos na pesquisa de Knuth et al (2011) indicaram a

prevalência de pessoas ativas no lazer igual a 10,5% da população, exatamente omesmo valor para indivíduos classificados como ativos no deslocamento. Alémdisso, cerca de 20% da população afirmou não praticar nenhuma atividade física,no trabalho, no lazer, no deslocamento ou domicílio. Quanto ao hábito de assistirtelevisão, 35,7% afirmou adotar essa prática por, no mínimo, 3 horas por dia. Osdados desse estudo contribuem para os dados de outros estudos.

Outro sistema de obtenção desse tipo de informação é o VIGITEL(Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por InquéritoTelefônico). O objetivo desse programa é medir a prevalência de fatores de risco eproteção para doenças não transmissíveis na população brasileira e subsidiarações de promoção da saúde e prevenção de doenças. A população monitoradaenvolveu 40.853 entrevistas com adultos com mais de 18 anos residentes nascapitais dos 26 estados e DF, por meio de inquérito telefônico. Esse levantamentoconstatou que o excesso de peso é maior entre os homens. Além disso, foiobservado que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso e 17,9% da populaçãoestá obesa. Em relação à escolaridade, o estudo aponta que a prevalência deexcesso de peso e obesidade aumenta quanto menor é a escolaridade doindivíduo. Foi encontrado que a capital com menor índice de obesidade é a cidadede Florianópolis (SC), e São Luís (MA) a capital com menor percentual deindivíduos com excesso de peso (BRASIL, 2014).

Uma contrapartida importante para inibir o crescimento do sedentarismo,assim como afirma o Ministério da Saúde, é a implantação de programas quepromovam a atividade física nas escolas, para que o comportamento sedentárioseja eliminado desde a fase inicial do desenvolvimento humano (BRASIL, 2013).

Além dos dados institucionais do Ministério da Saúde, diversas outraspesquisas tem mostrado que o sedentarismo está aumentando na populaçãobrasileira. O trabalho de Hallal et al. (2006), por exemplo, analisa a prevalência desedentarismo em adolescentes de 10 a 12 anos de idade e os possíveis fatoresassociados. O estudo detectou uma prevalência de sedentarismo no sexo

Page 23: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

23

masculino de 49%, e no sexo feminino foi encontrado o percentual de 67%. Osautores concluíram que foi alta a prevalência de sedentarismo nessa população, eafirmam também que medidas eficazes de combate ao sedentarismo naadolescência são imprescindíveis. Ressaltam, ainda, que o sedentarismo nessafase da vida pode ocasionar inatividade física na idade adulta.

Em outra pesquisa foi analisada a percepção do sedentarismo emadolescentes grávidas em um município do estado do Amazonas (ANDRADE etal., 2010). Os autores frisam que o Ministério da Saúde considera o sedentarismomais frequente em mulheres, idosos, pessoas incapacitadas e de baixo nívelsocioeconômico, com a tendência de diminuir progressivamente o nível deatividade física a partir da adolescência. Nesse sentido, o resultado da pesquisaestá de acordo com esses dados, pois 75% das grávidas se classificam comosedentárias, e a maioria possui renda familiar menor que 2 salários mínimos.

Dentro do cenário dos estudantes de educação física, Staino et al. 2010,pesquisou o comportamento sedentário em uma faculdade de Belo Horizonte(MG). Os autores concluíram que a prevalência de acadêmicos ativos napopulação pesquisada foi alta. O sexo masculino mostrou níveis mais altos decomportamento ativo e a prática frequente de atividade física independentementedo comportamento sedentário.

Muitos estudos mostram, ainda, que o comportamento sedentário estáassociado a um aumento do risco de mortalidade por qualquer causa,independentemente da existência de atividade física moderada e vigorosa. Asevidências indicam uma relação de dose/resposta entre o tempo sentado e a taxade mortalidade, estando presente em todos os grupos com variados níveis deatividade física. Os indivíduos que possuem um modo de vida baseado nosedentarismo e, concomitantemente, despende muito tempo sentado, apresentauma taxa de mortalidade mais elevada (SARDINHA e MAGALHÃES, 2012).

4. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS4.1 AMOSTRA

Page 24: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

24

Segundo Barbetta (2002), a definição de população se dá pelo conjuntodos elementos que se deseja estudar. A amostra total deste estudo foi compostapor 51 acadêmicos de todos os períodos do curso a de ambos os gêneros, sendo53% masculino e 47% feminino, com idade entre 18 e 37 anos, matriculados emum curso de Educação Física de uma universidade pública da cidade de PortoVelho. Todos os participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livree esclarecido, o qual continha informações sobre os objetivos e processometodológico da pesquisa.

4.2 PROCEDIMENTOS

Realizou-se um estudo transversal, descritivo e quantitativo. Boente; Braga(2004) caracteriza a pesquisa descritiva quando há um levantamento de dados eo porquê desses dados. Segundo Richardson (1989), este método caracteriza-sepelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações,quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as maissimples até as mais complexas.

A coleta de dados foi realizada em outubro de 2015 utilizando a versão curtado Questionário Internacional de Atividade Física – (IPAQ). O questionário abordaa quantidade de dias e minutos das atividades físicas realizadas como atividadesde lazer, ocupacionais, locomoção e trabalho doméstico. Foi utilizada paraidentificar tempo gasto com atividade física. Um escore de atividade física emminutos por semana foi construído, considerando a semana habitual, somando osminutos despendidos em caminhada e atividades de intensidade moderada, comos minutos despendidos em atividades de intensidade vigorosa. O escore foiutilizado para classificar o nível de atividade física do estudante. Ocomportamento sedentário foi determinado pelo tempo em horas frente à tela(assistindo televisão, usando computador ou jogando videogame). Duas variáveisrelativas à exposição a comportamento sedentário foram consideradas nasanálises, uma refletindo a conduta do estudante nos dias da semana e a outrarefletindo os finais de semana.

Page 25: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

25

Para classificar o nível de atividade física foi utilizado o consenso entre oCELAFISCS e o Center for Disease Control and Prevention (CDC), considerandoos critérios de frequência e duração em quatro categorias.

1. Muito ativo: aquele que cumpre a recomendação: a) Vigorosa: ≥ cinco diasna semana e ≥ 30 minutos por sessão e/ou; b) Vigorosa: ≥ três dias na se-mana e ≥ 20 minutos por sessão + Moderada e/ou Caminhada ≥ cinco diasna semana e ≥ 30 minutos por sessão.

2. Ativo: aquele que cumpre a recomendação: a) Vigorosa: ≥ três dias na se-mana e ≥ 20 minutos por sessão e/ou; b) Moderada ou Caminhada: ≥ cincodias na semana e ≥ 30 minutos por sessão e/ou; c) A soma de qualquer ati-vidade: ≥ cinco dias na semana e ≥ 150 minutos por semana (vigorosa+moderada+caminhada).

3. Irregularmente ativo: aquele que pratica atividade física, mas insuficientepara ser classificado como ativo por não cumprir as recomendações quantoà frequência e duração.

4. Sedentário: aquele que não referiu praticar nenhuma atividade física porpelo menos dez minutos contínuos durante a semana.

4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICANa análise dos dados foram empregados procedimentos de estatística

descritiva e quantitativa. Foi realizado o teste F para avaliar a equivalência dasvariâncias e o teste T para avaliar as diferenças entre as médias.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O gráfico 1 demonstra o quão ativo é o grupo feminino ficando este com 37,5%para muito ativo e 33,3% para ativo, 12,5% para insuficiente ativo e 16,6%sedentário. Podendo ser considerada na totalidade como ativo.

Gráfico 1- representação gráfica do nível de atividade física do gênero feminino.

Page 26: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...
Page 27: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

27

incidência nas classificações Ativo e Sedentário quando comparados com o sexomasculino.

No entanto, a aplicação do teste-t para avaliar a diferença entre as médias,mostrou que não há diferença significativa (t > 0,05) entre os grupos masculino efeminino dos estudantes de Educação Física, indicando que a quantidade deindivíduos ativos fisicamente é semelhante em ambos.

Gráfico 3- representação gráfica da classificação do nível de atividade física porgênero em alunos do curso de Educação Física.

Muit.a vo

A vo

Insuf.A vo

Sedentário

0 10 20 30 40 50 6037,5

33,3

12,5

16,6

55,5

11,1

25,9

7,4

47

21

20

12

Grupo FemGrupo MascTotal

Em relação ao comportamento sedentário analisado, observa-se no gráfico4, o tempo médio despendido de horas sentado durante um final de semana e umdia de semana. Foi identificado que os acadêmicos do sexo masculino gastam emmédia cerca de 8,32 horas/dia em atividades sedentárias e as do sexo femininogastam cerca de 6,30 horas/dia em que houve uma diferença significativa entreos sexos, favorável ao feminino. Não foram encontradas diferenças significativasentre os sexos no tempo médio despendido durante um final de semana. Bassilio(2010) afirma que ficar sentado por muito tempo pode acarretar sérios riscos asaúde, como a redução do gasto metabólico resultando a obesidade e má posturaque leva o aparecimento de doenças na coluna.

Page 28: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

28

Grafico 4 – representação gráfica do tempo gasto sentado durante um dia desemana e um final de semana por gênero.

TGSDS

TGSDFS

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

8,32

9,45

6,3

8,15

Grupo MascGrupo Fem

Gráfico 5 – representa a relação do nível de atividade física como ocomportamento sedentário.

Muit. A vo

A vo

Insuf. A vo

Sedentário

0 2 4 6 8 10 12 14 1615

3

7

2

9

8

3

4

8

8,35

9,16

10,13

Grupo Masc.Gupo fem.Comp. Sedentário

No gráfico 5, verificam-se as proporções de acadêmicos classificadosquanto ao nível de atividade física em relação ao comportamento sedentário.Katzmarzyk et al. (2009) recentemente demonstraram que o comportamento

Page 29: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

29

sedentário pode prejudicar a saúde, independente da prática de atividade física.Este achado provocou uma nova discussão da relação do nível de atividade físicacom o comportamento sedentário. Considerando todo o grupo, o tempo médiogasto com atividades sedentárias é maior em acadêmicos pertencentes àcategoria dos sedentários porem com pouca diferença para os classificados comoinsuficiente ativo.

CONCLUSÃO O presente estudo propôs classificar a amostra quanto aos parâmetros

referentes ao nível de atividade física e os hábitos sedentários para que possadelinear a relação desse público com a atividade física.

De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, podemosobservar que os acadêmicos de ambos os gêneros representam nível deatividade física elevada de indivíduos ativos e muito ativos. Tal situação podeocorrer do estímulo que existe para as atividades físicas, devido opçãoprofissional, aulas práticas de disciplinas ou por serem ou terem sido atletas e,dessa forma, é muito mais provável de adotarem um estilo de vida ativo emrelação a população em geral, mesmo se comparados a indivíduos da mesmaidade.

Dessa forma, o estudo encontrou baixas prevalências de sedentarismo eum número maior de acadêmicos ativos na Educação Física. Os participantes dosexo masculino são mais ativos que as participantes do sexo feminino. Éimportante que os profissionais de Educação Física tenham um comportamentoadequado em relação à prática de atividades, especialmente se considerarmosque um de seus compromissos e objetivos é promover a adoção de hábitossaudáveis nos indivíduos de todas as idades.

A respeito do quantitativo de horas gastas pelos escolares em hábitossedentários, este comportamento foi semelhante entre ambos os sexos.

REFERÊNCIAS

AMORIM, D. R.; DIAS, J. A. Nível de Atividade Física de Estudantes de EducaçãoFísica e Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina. Revista EFD esportes, Buenos Aires, v. 15, n. 154, mar. 2011.

Page 30: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

30

ANDRADE, E. S. Percepção de sedentarismo e fatores associados em adolescentes grávidas no Município de Coari, Estado do Amazonas, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saude, v. 1, n. 4, p. 35-41, 2010.

BAGRICHREVSKY, M. A formação profissional em educação física enseja perspectivas (críticas) para atuação na saúde coletiva? In: FRAGA, A. B., e WACHS, F. Educação Física e Saúde Coletiva. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007, p. 33-46.BARBETTA, P. A. Estatística Aplicada às Ciências Sociais. Ed. UFSC, 5ª Ed., 2002.BIELEMANN, R. et al. Prática de atividade física no lazer entre acadêmicos de educação física e fatores associados. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 12, n. 3, p. 65-72, 2007.BOENTE, Alfredo; BRAGA, Gláucia. Metodologia científica contemporânea. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Avaliação de efetividade de programas de educação física no Brasil. 1 ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. VIGITEL. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico - 2014. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

CAPINUSSÚ, J. M. Atividade física na idade média: bravura e lealdade acima de tudo. Revista de Educação Física, v. 1, n. 131, p. 53-56, ago. 2005.CASPERSEN, C.J. et al(1985): Physical activity, exercise, and physical fitness:definitions and distinctions for health-related research. Public health Reports, v.100, n.2, p. 126 – 132.CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Resolução CONFEF nº 046/2002 – Intervenção do Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro: CONFEF, 2002.

COUTINHO, S. S. Competências do profissional de Educação Física na Atenção Básica à Saúde. 2011. 208 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011.

Page 31: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

31

FERREIRA, M. S. et al. A Patologização do Sedentarismo. Saúde e Sociedade. São Paulo, v.21, n.4, p.836-847, 2012.

FLORINDO, A. A. Educação Física e promoção em saúde. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 3, n. 1, p. 84-89, 1998.

FREITAS, F. F. et al. Educação física e saúde: aproximações com a “clínica ampliada”. Revista Brasileira de Ciência e Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 3, p. 639-656, jul./set. 2013

GUARDA, F. R. B. et al. Intervenção do profissional de educação física: formação,perfil e competências para atuar no Programa Academia da Saúde. Revista Pan-Amaz de Saúde, v. 5, n. 4, p. 63-74, 2014.

GUALANO, B.; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v.25, p.37-43, dez. 2011.

HALLAL, P. C. et al. Prevalência de sedentarismo e fatores associados em adolescentes de 10-12 anos de idade. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 6, p.1277-1287, jun., 2006.

HOFFMAN, S.J.; HARRIS, J.C. Cinesiologia: o estudo da atividade física. 1 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2002.KATZMARZYK, P.T.; CHURCH, T.S.; CRAIG, C.L.; BOUCHARD, C. Sitting time and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer. Med. Sci. Sports Exerc., vol.41 n.5, p. 998-1005, 2009.

KNUTH, A. G. et al. Prática de atividade física e sedentarismo em brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2008. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 9, p.3697-3705, 2011.

LUZ, M. T. Educação física e saúde coletiva: papel estratégico da área e possibilidades quanto ao ensino na graduação e integração na rede de serviços públicos de saúde. In:

MIELKE, G. I. Comportamento sedentário em adultos. 2012. 149 f. Dissertação(Mestrado em Epidemiologia) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2012.

Page 32: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

32

MIRANDA, F. M., et al. A inserção do profissional de educação física no programa saúde da família segundo opinião dos profissionais integrantes do programa em uma unidade básica de saúde da cidade de Coronel Fabriciano – MG. Revista Digital de Educação Física, Ipatinga, v.2, n.2, ago./dez. 2007.

MORETTI, A. C. et al. Práticas Corporais/Atividade Física e Políticas Públicas de Promoção da Saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.18, n.2, p.346-354, 2009.

NAHAS, M. V.; GARCIA, L. M. T. Um pouco de história, desenvolvimentos recentes e perspectivas para a pesquisa em atividade física e saúde no Brasil. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.24, n.1, p.135-148, jan./mar. 2010.

OLIVEIRA, A. R. et al. A promoção de saúde e qualidade de vida na educação básica: um olhar na educação física que temos para a educação física que queremos. In: Anais do II CONPEF – Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar, p. 103-116, 2005.

PINHO, S.; BARBOSA, J. Níveis de prática de atividade física dos acadêmicos do curso de educação física da Ulbra de Porto Velho-RO. Anais da Semana Educa, América do Norte, 1, mar. 2011. Disponível em: http://www.periodicos.unir.br/index.php/semanaeduca/article/view/152/192. Acessoem: 27 de outubro de 2015.

PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v.10, n. 3, p. 49-54, jul. 2002.PITANGA, F. G. & PITANGA, C.P. S. (2001) Epidemiologia da Atividade Física Saúde e Qualidade de Vida. Revista Baiana de Educação física. Salvador, v. 2, n. 2, p. 22.

RAVAGNANI, C. F. C., et al. Estimativa do equivalente metabólico (MET) de um protocolo de exercícios físicos baseada na calorimetria indireta. Revista Brasileira de Medicina e Esporte, v. 19, n. 2, p. 134-138, mar/abr, 2013.RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,1989ROCHA, V. M. e CENTURIÃO, C. H. Profissionais da saúde: formação, competência e responsabilidade social. In: FRAGA, A. B., e WACHS, F.

Page 33: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

33

Educação Física e Saúde Coletiva. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007, p. 17-32.

SANTOS, A. L. P. e SIMÕES, A. C. Educação Física e Qualidade de Vida: reflexões e perspectivas. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.21, n.1, p.181-192, 2012.

SANTOS. A. L. P. A relação entre a atividade física e a qualidade de vida. 2009. 189 f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

SARDINHA, L. B.; MAGALHÃES, J. Comportamento Sedentário – Epidemiologia e Relevância. Revista Factores de Risco, v. 3, n. 27, p. 54-64, out./dez. 2012.

SCABAR, T. G. et al. Atuação do profissional de educação física no Sistema Únicode Saúde: uma análise a partir da Política Nacional de Promoção da Saúde e das Diretrizes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF. Revista do Instituto de Ciências da Saúde, v. 30, n. 4, p. 411-418, jul./set. 2012.

SÍCOLI, J. L. e NASCIMENTO, P. R. Promoção de saúde: concepções, princípios e operacionalização. Comunicação, Saúde, Educação, v.7, n.12, p.101-22, fev. 2003.

SILVA, D. A. S. Nível de atividade física e fatores associados em acadêmicos de educação física de uma universidade pública do nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 16, n. 3, p. 193-198, jan./fev. 2011.

SILVA, K. S. et al. Comportamentos sedentários associados ao excesso de peso corporal. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v.21, n.2, p.135-141, abr./jun. 2007.

SOUZA, L. H. R.; SANTOS, Nível de atividade física em acadêmicos do curso de Educação Física da Faculdade São Francisco de Barreiras. Revista EFD esportes, Buenos Aires, v. 17, n. 167, abr. 2012.

STAINO, V. S. et al. Atividade física e comportamento sedentário em universitáriosdo curso de educação física em belo horizonte. Coleção Pesquisa em EducaçãoFísica, v. 9, n. 6, p. 75-80, 2010.

Page 34: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

34

VILARTA, R. e BOCCALETTO, E. M. A. (orgs.). Atividade Física e Qualidade de vida na escola: conceitos e aplicações dirigidos à graduação em educação física.1 ed. Capinas: IPES, 2008, 184 p.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical activity: direct and indirect health benefits. Disponível em:<http://www.who.int/dietphysicalactivity/media/en/gsfs_pa.pdf>. Acesso em 25 de outubro de 2015.

ANEXOS

ANEXO A. QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS.QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA –VERSÃO CURTA -Nome:_______________________________________________________Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoasfazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudoque está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender quetão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo quevocê gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz notrabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividadesem casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmoque considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação!Para responder as questões lembre que: atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirarMUITO mais forte que o normal atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UMPOUCO mais forte que o normal

Page 35: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

35

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutoscontínuos de cada vez.1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ouno trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma deexercício?dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastoucaminhando por dia?horas: ______ Minutos: _____2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutoscontínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogarvôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim comovarrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração oubatimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA)dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?horas: ______ Minutos: _____3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutoscontínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogarbasquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesoselevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração.dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempono total você gastou fazendo essas atividades por dia?horas: ______ Minutos: _____Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?______horas ____minutos4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?______horas ____minutos

ANEXO B. TERMO DE CONSENTIMENTO.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE - NUSAU

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICATERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu ___________________________________________, portador(a) do RG n.___________, nascido(a) aos ___/___/___, tendo sido CONVIDADO pelo graduandoÁlef Renan Ribeiro Torres a participar do projeto de pesquisa “NIVEL DE ATIVIDADEFISICA E HÁBITOS SEDENTÁRIOS EM ACADEMICOS DO CURSO DEEDUCAÇÃO FISCA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RÔNDONIA”, sobre a

Page 36: nível de atividade física e comportamento sedentário em ...

36

orientação do Professor Dr. Ramon Nunez Cárdenas, compreendo que posso contribuirneste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza. Estou ciente que opesquisador me entrevistará com objetivo de investigar sobre os motivos e a motivação daminha prática de ginástica no Município de Porto Velho/RO.Depois de completamente esclarecido, “a” pelo pesquisador ACEITO PARTICIPARDESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO AQUALQUER MOMENTO.

Porto Velho, RO _______2015.

Álef Renan Ribeiro TorresRG n. 1147064 - Rua XV de Novembro, Conceição,

Porto Velho, Rondônia. Telefone: (69) 93309339.