Nº 2, 13, 15, 16 10ºH
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GóticoA revolução das emoções
Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa
Professor: António CatarinoHistória
Trabalho realizado por:Ana Saraiva – nº /10ºHGraça Reis – nº13/10ºHIúri Alves – nº15/10ºH
Joana Moreira – nº16/10ºH
“Valores, Vivências e Quotidiano na Idade Média”
Séculos XII a XIVGÓTICO
Introdução..............................................................................................................................................pág.4
Arquitectura............................................................................................................................................pág.5
Escultura................................................................................................................................................pág.7
Pintura....................................................................................................................................................pág.9
Vitrais.....................................................................................................................................................pág.11
Rostos....................................................................................................................................................pág.13
Abóbadas...............................................................................................................................................pág.15
Rostos....................................................................................................................................................pág.17
Fachadas...............................................................................................................................................pág.19
Conclusão..............................................................................................................................................pág.21
Fim.........................................................................................................................................................pág.22
As cidades, locais de troca de mercadorias, eram lugar de uma maior circulação de ideias. Aí se desenvolveu um modo
de vida especificamente urbano, orientado por novos valores, afirmando-se novas formas de sociabilidade enovos
modos de expressão da religiosidade e de cultura. A expansão da sociedade urbana reflectiu-se igualmente
numa nova sensibilidade artística, mais tarde designada como...
Arte Gótica
A periodização oitocentista envelheceu por se restringir á decoração
de rosáceas, janelas, bandeiras, etc. A definição técnica (utilização de
abóbada de ogivas, do arco quebrado e do arcobante), também é
limitada; há-de atender-se a um sistema de diferentes e numerosos
elementos e á sua transformação: concepções do espaço interior
(sistema basical, igreja, salão, etc), sistema de iluminação,
combinações de volumes, articulação estrutural, novas formas de
ornamentação arquitectónica. Genericamente, poderá dizer-se que á
uma crescente complexidade decorativa corresponde uma
progressiva simplificação das estruturas.
A escultura decorativa acompanha a crescente complexidade
ornamental dos edifícios e surge em CAPITEIS, MISULAS,
PINÁCULOS, etc, libertando-se das características do Românico, a
caminho do naturalismo. A escultura monumental amplia também o
seu campo (portais, arcobantes, etc.), mas emancipa-se
progressivamente do contexto arquitectónico até conquistar plena
autonomia nos meados do século XIII. A baixa Idade Média assiste
a uma progressiva escultura. A escultura floresce igualmente na
Alemanha (certa dureza, mímica como as catedrais de Naurburgo,
Estrasburgo, etc), na Flandres (acentuado realismo, e na Espanha
(Compostela, Burgos, Pamplona e Toledo, etc).
Em simultâneo com o registo minucioso dos pormenores á pesquisa
espacial, etc, a pintura também amplia os “episódios de paixão” e de
acordo com o geral clima pessimista, populariza as danças macabras
e os triunfos da morte. No Norte da Europa a frequente substituição
dos muros por grandes aberturas diminui a importância da pintura
monumental, que acusa acentuadamente a influencia do vitral na
composição na paleta de cores vivas (azuis, púrpuras, ouro), e na
escola reduzindo-se gradualmente a fragmentos isolados.
No interior da catedral, a janela repete ensinamento dado no pórtico.Rapidamente foi realizada, mas em oficinas múltiplas, nem todas do mesmovalor. Muitas vezes a composição perde rigor e o desenho firmeza: é o caso deSainte-Chapelle. No entanto, estas fraquezas são absorvidas no seio damágica deslumbrante onde se dissipam as faculdades de atenção e que retémcativa a emoção. Cores escolhidas não para traduzir fielmente as aparências,mas em virtude das relações necessárias que mantém entre si no corpoirradiado que as reúne. Nas catedrais do séc.XII, a iconografia evangélicaapresenta-se nos vitrais com mais profusão do que no teatro dos pórticos Falapouco da vida pública de Cristo e nunca dos seus milagres. Vai buscar quasetodos os motivos ás narrativas da infância e da paixão, ás leituras litúrgicas dotempo de natal e do tempo da Páscoa.
Nas estruturas da catedral gótica, o círculo tem menor lugar do que na igrejaromânica. Ali torna-se soberana a linha recta, vector da história, projecçãorectilínea do raio luminoso que figura acto criador e a graça divina, impulso dadinâmica racional. Só as rosáceas, símbolos da criação na sua plenitude, ondea circulação da luz, irrompida do seu foco inefável e tornando a convergir paraele, se reduz á unidade do seu princípio, acompanham a curva fechada que osastros percorrem no firmamento.A arte vitral remata nestas rosáceas. Significam os ciclos dos cosmos, do temporesumindo-se no eterno e do mistério de deus. As rosáceas figuram ainda avirgem, isto é, a igreja. A rosácea é, enfim, a imagem do amor divino. Mastambém podemos ver as rosáceas como o símbolo dos caminhos da alma queprosseguem nos círculos secretos da devoção, já formados á margem dadisciplina em prova. Conduz o amor profano ao seu objectivo.
A principal inovação da arquitectura gótica, prende-se com o uso das abóbadas. A
intenção de decorar os santuários com este tipo de elementos partiu dos mosteiros
da Catalunha, numa altura em que era necessário enriquecer as construções da
época. As abóbadas nasceram numa sociedade que era influenciada pelas
cristandades moçárabes, e por isso a riqueza e o ouro tinham uma elevada
importância.
Na verdade, as abóbadas estão directamente relacionadas com a religião, uma vez
que eram frequentemente associadas à visão natural e sobrenatural do mundo da
época. Era sobre a imagem das abóbadas que, muitas vezes, se desenvolviam
rituais dos funerais, anunciadores da ressurreição.
Por outro lado, e acessoriamente, a abóbada melhorava as condições acústicas de
um espaço onde eram frequentes os cantos de coral.
A abóbada, finalmente, e sobretudo, introduzia aos ritmos arquitecturais o círculo,
isto é, uma imagem de tempo circular, uma linha perfeita e infinita. Logo, o mais
claro símbolo da eternidade e do céu.
Durante a Idade Média, o gosto e interesse pela
cultura eram cada vez maiores junto das
populações. O teatro e as representações de
figuras humanas e não só, faziam cada vez
mais parte do quotidiano da época.
Desde o momento em que as personagens do
drama litúrgico passaram a ser representadas
nos pórticos das catedrais, surgiu a
necessidade de singularizar cada uma delas.
Estas personagens eram dotadas de atributos e
de rostos pessoais, capazes de exprimir uma
psicologia individual. Muitas destas figuras
retratavam a animação dos combates e o brilho
das cortes.
O desenho e pintura destes rostos, implicava
uma grande exploração da alma, capacidades e
virtudes do elemento a ser esculpido. E como o
sistema de pensamento da época afirmava a
coesão entre três aspectos - espírito, alma e
corpo – considerava-se, naturalmente, que as
feições de uma fisionomia mostravam na
perfeição a psicologia de cada um.
Assim, estas figuras foram construídas como
forma de transmitir a naturalidade e os
sentimentos de cada ser.
A fachada de Säint Denis é um dos exemplos de catedrais que demonstra o poder eterno.A sua silhueta é portanto a de um castelo, dessas torres de pedra que os barões tinham edificadono fim do séc. XI nas terras do Loire e do Sena. Maciça quadrada como elas, vigorosamenteimplantada, a fronte da igreja coloca-se em posição dominante.Na Nêustria, as tradições arquitectónicas muito antigas propunham os elementos destasimbólica do poder. Este para construir o antecorpo inspirou-se provavelmente nas torressineiras - pórticos da Ilha-de-França e ainda na fachada das abadias normandas.Na Normandia, duas torres enquadravam a entrada dos santuários que os duques favoreciam,aonde estes iam buscar os bons padres capazes de reformar a Igreja Inglesa e de a mantersegura.As estruturas da ante-igreja que concebera, a ordenação dos três portais, o andar da capela alta,rosácea que ilumina, traziam o monumento a horizontal. Sobre a relação entre duas dimensõesda fachada, uma levantada pela ascensão dos contrafortes e das pilastras, a outra sublinhadapelas galerias e pelos frisos. A fachada contudo nunca perdeu o seu aspecto inicial: continuou aser visão de força e de vitória.
“O tempo das catedrais” – Georges Duby
Enciclopédia Verbo - Gótico