nº 48 - Novembro à Dezembro
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INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 48 . 1º TRIMESTRE 2014
Inovação para gerar energia eólica
GDF SUEZ tem novo CEO na América Latina
Resultados Financeiros 2013
Recorde históricode geração anual em 2013
Novo site está no ar
Tractebel Energia2
SUMÁRIO
18 USINA
18. Recordes de geração
20. Boas opções no Guia Turístico Trairi
22. Planos de Conservação e Uso de Reservatórios
24. R$ 193,9 milhões pagos em royalties em 2013
35 ALTA VOLTAGEM
35. Usina Solar Cidade Azul
30 GDF SUEZ
30. GDF SUEZ inicia operação no setor de óleo e gás no Brasil
32. Velas ao mar
06 EMPRESA
06. Tractebel Energia distribui 100% de seus dividendos
07. ISE confirma excelência em governança
09. Novo site é mais dinâmico
10. Energia e alegria nos 15 anos da Tractebel
14. Tractebel adquire Ferrari Termelétrica
15. Cessão de terrenos para parque industrial em Santa Catarina
03 MENSAGEM DO PRESIDENTE
03. Balanço 2013 e projeções 2014
04 360º
04. Usinas recertificadas
04. Reconhecimento e homenagem
05. Prêmio Fundação Banco do Brasil
05. Parque Teixeira Soares
05. Prêmio Revista Ecologia & Meio Ambiente (RS)
10
26
16 ENTREVISTA
16. Philip De Cnudde
26 PESqUISA & DESENVOLVIMENTO
26. Inovação e pioneirismo em projetos eólicos
BoasNovas 3
MensageM do Presidente
Iniciamos o ano de 2014 com otimismo e com a expectativa de alcançar
um bom resultado no exercício. Temos uma equipe preparada e motivada
na melhoria de nossa gestão, dentro de uma sistemática equilibrada entre os
diversos interesses que incidem sobre a Companhia, e que crie valor para os
acionistas, clientes, empregados e comunidades onde estamos inseridos.
Nossa crença em nossa capacidade e o compromisso que temos em ter
uma gestão transparente e íntegra nos fazem sentir confiança no futuro.
Estamos ampliando nossa capacidade instalada com investimentos em
fontes alternativas de energia. Temos empreendimentos em 12 estados
brasileiros e continuamos ampliando nossa área de atuação. Com estas
decisões estamos mitigando nossos riscos, reduzindo a concentração da
geração de fontes hidráulicas e ampliando a distribuição geográfica
das bacias hidrográficas.
O ano que passou foi muito importante por diversos fatores. As obras
de implantação do Complexo Eólico Trairi avançaram a ponto de
sincronizarmos os parques Trairi, Guajirú e Fleixeiras, elevando nossa
capacidade instalada para 8.715,40 MW. Graças a um elevado fator de
capacidade e à operação de nossas térmicas, atingimos novo recorde
de geração: 45.344.298,37 MWh ou 5.175 MW médios.
Em 2013, também tivemos nossas ações socioambientais novamente
reconhecidas pelo mercado. Recebemos o Prêmio LIF pelo “Projeto Água
Boa”, de preservação de nascentes na região de abrangência da Usina
Hidrelétrica Salto Santiago. A ABRASCA nos concedeu seu prêmio
apontando a Tractebel como case de Criação de Valor. Também a ANEFAC
reconheceu nossa gestão ao nos conceder seu Troféu Transparência.
Fomos apontados como a melhor empresa do setor elétrico pela revista
IstoÉ Dinheiro e como uma das melhores empresas para se trabalhar pela
pesquisa Great Place to Work da revista Época.
Todos esses reconhecimentos nos dão mais energia para prosseguir
em nossos projetos, em especial nas comunidades onde nossas Usinas
estão localizadas. Foi assim com o Parque Ambiental Tractebel, que
inauguramos em Capivari de Baixo, com o Centro de Cultura inaugurado
em Alto Bela Vista, com o início das obras do parque ambiental Teixeira
Soares e com a continuidade das obras de implantação do Centro de
Cultura de Quedas do Iguaçu.
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
Plinio Bordin
Balanço 2013 e projeções 2014
Fechamos 2013 adquirindo a Usina Termelétrica Ferrari, de 65,5 MW,
localizada em Pirassununga (SP). Em 2014, continuaremos estudando
novos projetos e buscando aproveitar oportunidades de negócios. É
tempo de esperança e de se preparar para o crescimento do País e da
demanda por energia elétrica. É tempo de vencer desafios e de trabalhar
em equipe com afinco, ética e respeito ao meio ambiente.
Tractebel Energia4
360o
Usinas recertificadasO SIG (Sistema Integrado de Gestão) da Tractebel Energia foi recertificado
por mais três anos, conforme as Normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001.
A nova recertificação, concedida em novembro de 2013, evidencia, segundo
o diretor de Produção da Companhia, José Carlos Cauduro Minuzzo, a
melhoria contínua em Gestão de Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e
Segurança no Trabalho.
Estruturado com base na Política Tractebel Energia de Gestão Sustentável,
o SIG compreende as Usinas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC),
as termelétricas Charqueadas (RS), Alegrete (RS), Unidade Cogeração
Lages (SC) e William Arjona (MS) e as hidrelétricas Itá (divisa RS/SC),
Machadinho (divisa RS/SC), Passo Fundo (RS), Salto Osório (PR), Salto
Santiago (PR), Ponte de Pedra (MT), Cana Brava (GO) e São Salvador (TO).
“Essa é mais uma conquista da Companhia e de seus empregados que, na
prática dos Valores corporativos, consolida o SIG como um dos agentes na
Sustentabilidade Empresarial”, avalia Minuzzo.
Empregados buscam excelência operacional e melhoria contínua
Gerente jurídico da Tractebel, José Moacir Schmidt, recebe a distinção em nome de Manoel Arlindo Zaroni Torres
Divulgação Tractebel
Zeca Ribeiro - Acervo Câmara dos DeputadosNo primeiro domingo de 2014, o jornal uruguaio
El País, divulgou o ranking da IAE Business School, da
Argentina, com os 50 melhores executivos da América
Latina. Os cinco primeiros são brasileiros, estando no
alto do pódio Mauricio Botelho, da Embraer. Na quarta
colocação aparece o presidente da Tractebel Energia,
Manoel Zaroni Torres. O critério utilizado pela IAE é a
rentabilidade proporcionada aos acionistas.
Zaroni também foi agraciado, em novembro, com o
Prêmio Transparência e Fiscalização Pública de 2013
concedido pela Câmara Federal, na categoria Sociedade
Civil. A indicação do nome do presidente foi do deputado
Federal Edinho Bez (PMDB/SC).
Reconhecimento e homenagem
BoasNovas 5
360o
Prêmio Fundação Banco do Brasil
Parque Teixeira Soares
Gerente da agência do Banco do Brasil de Machadinho, Vera Colusso e presidente da Apromate, Sélia Regina Felizzari
Centro de Visitantes começa a ganhar forma
Gerente da Usina Termelétrica Charqueadas, Renato Barbosa, (à dir.) recebe o prêmio
Divulgação Tractebel
Sergio Martins
O Sistema Agroflorestal Cambona 4, que conta com o apoio do
Consórcio Machadinho, do Instituto Alcoa e da Tractebel Energia,
recebeu, em novembro passado, o Certificado de Tecnologia Social da
Fundação Banco do Brasil por meio da Fundação Banco do Brasil de
Tecnologia Social 2013. Realizada em Machadinho (RS), a solenidade
de certificação contou com a participação de autoridades, parceiros e
produtores da erva-mate.
O certificado de Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou
metodologias reaplicáveis, desenvolvidas através da interação com a
comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social.
Essas tecnologias podem aliar a sabedoria popular, organização social
e conhecimento técnico-científico. O projeto Cambona 4 abrange 95
famílias que cultivam 160 hectares.
A Fundação Banco do Brasil recebeu 1.011 inscrições de iniciativas sociais
e 192 foram certificadas. O Prêmio é realizado em parceria com o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Petrobras, a
KPMG Auditores Independentes, além da UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Localizado em Marcelino Ramos (RS), o Parque Natural Municipal Mata
do Rio Uruguai Teixeira Soares, com 424 hectares, está com sua implantação
e obras em pleno andamento. No Centro de Visitantes estão sendo
instaladas as coberturas metálicas e as obras civis entram na fase de
construção das paredes, que são feitas na forma de muros de pedras, o
que as caracterizam com um visual muito próprio da região, com base nas
chamadas taipas. Em paralelo às obras do Centro de Visitantes, foram
iniciadas as fundações da passarela suspensa e da torre do mirante,
dois dos principais atrativos para recreação e interpretação ambiental
do Parque. A partir de abril iniciam as contratações para a ambientação
da sala de exposições e a implantação do sistema de trilhas interpretativas,
complementando as opções de visitação previstas para esta importante
Unidade de Conservação.
O Parque, que deve ser inaugurado até o final deste ano, tem por objetivo
conservar e valorizar a Floresta do Rio Uruguai (Floresta Estacional Decidual),
uma das mais ameaçadas do Brasil. Lá também estão grandes árvores
emergentes, como as grápias, os louros-pardos, as canafístulas e os
paus-marfim, dentre outras espécies típicas desta floresta.
Prêmio Revista Ecologia & Meio Ambiente
A contribuição da Tractebel Energia para a promoção da melhoria,
preservação e recuperação do meio ambiente foi reconhecida mais
uma vez pela revista Ecologia e Meio Ambiente com o 3º Prêmio
Mérito Ambiental Henrique Luiz Roessler. A premiação, entregue
em 27 de novembro de 2013, em Porto Alegre, conta com o apoio
da SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS), FEPAM
(Fundação Estadual de Meio Ambiente Henrique Luiz Roessler)
e FAMURS (Federação das Associações de Municípios do Rio
Grande do Sul), e foi recebida pelo gerente da Usina Termelétrica
Charqueadas, Renato Barbosa.
Tractebel Energia6
EMPRESA EMPRESA
Tractebel Energia distribui 100% de seus dividendos
Estiagem prolongada levou ao acionamento das térmicas, como as do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda
O ano de 2013 foi particular para a Tractebel, que há 15 anos
está no mercado brasileiro de geração de energia. Ao mesmo
tempo em que vivenciou adversidades climáticas e na
economia, comemorou ser a empresa de maior valor de
mercado do setor elétrico brasileiro, com R$ 23,5 bilhões, em
31 de dezembro. Suas ações subiram 15,5% em relação a 2012,
a receita líquida de vendas subiu 13% em relação a 2012 e seu
lucro líquido apresentou pequeno decréscimo de 3,6%,
totalizando R$ 1.436,7 milhões. Pelo terceiro ano consecutivo,
a Companhia decidiu distribuir 100% do lucro líquido. Essa
distribuição tem permitido ao Controlador investir na Usina
Jirau (3.750 MW), em Rondônia.
Para o diretor-presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres,
as medidas tomadas pelo Governo relacionadas à forte
estiagem que se prolonga desde o final de 2012, afetaram os
agentes setoriais. “A tentativa de redistribuir o ônus da geração
termelétrica adicional e a mudança na metodologia de cálculo
do preço spot semanal, no decorrer de 2013, impactaram
o planejamento e a estratégia comercial das empresas.
Alterações nas regras durante o jogo são indesejáveis e
trazem dificuldades aos agentes”, explica.
Na comparação entre os anos foi detectada uma ampliação da
receita líquida de vendas de R$ 656,2 milhões, ou seja, 13,4%
superior, passando de R$ 4.912,5 milhões no ano de 2012
para R$ 5.568,7 milhões em 2013. Essa elevação, segundo
o diretor-presidente, decorreu por causa de uma série de
combinações, entre elas o aumento do preço médio líquido de
venda (R$ 290 milhões), o acréscimo da receita das transações
realizadas no mercado de curto prazo (R$ 268 milhões), a
elevação da quantidade de energia vendida (R$ 90 milhões)
e a redução da exportação de energia (R$ 8 milhões).
O EBITDA reduziu R$ 57,9 milhões, ou menos 1,9%, passando
de R$ 3.100,5 milhões em 2012 para R$ 3.042,6 milhões, em
2013. A margem EBITDA em 2013 atingiu 54,6%, representando
uma queda de 8,5 p.p. em comparação com 2012.
INVESTIMENTOS – No ano passado, a empresa investiu
R$ 684,5 milhões, mais que o dobro em comparação a 2012.
“Focamos nas hidrelétricas, com a entrada em operação
de Estreito e nos complexos eólicos de Trairi, Campo Largo e
Santa Mônica, mas não descuidamos da manutenção e da
revitalização de nosso parque gerador, que recebeu
R$ 241 milhões de investimentos”, afirma o presidente.
RATINGS
A Agência Standard & Poor’s Ratings reafirmou em 14 de novembro de 2013
os ratings brAAA/brA1, na escala nacional Brasil atribuído ao crédito
corporativo da Tractebel Energia, com perspectiva estável. Segunda a
agência, os ratings da Tractebel refletem seu perfil de risco de negócio
satisfatório e seu perfil de risco financeiro intermediário.
Para a S&P, a geradora ocupa uma boa posição no mercado e seu perfil de
risco de negócios se beneficia de alto nível de vendas contratadas até 2015.
O presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que a confirmação do rating
reflete o desempenho da empresa e é também um reconhecimento à
gestão financeira implementada nos últimos anos.
Plinio Bordin
BoasNovas 7
EMPRESA EMPRESA
ISE confirma excelênciaem governança
Fazer parte da seleta carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade
Empresarial) não é para qualquer companhia. É necessário cumprir
muitas metas e ser transparente com suas informações. Hoje, 40 empresas,
representando 18 setores da economia brasileira e somando R$ 1,4 trilhão
em valor de Mercado, ou seja, 47,16% do total do valor das companhias
com ações negociadas na BM&FBOVESPA, estão listadas no ISE.
O Índice abriga empresas que possuem práticas diferenciadas em
Governança Corporativa e Gestão Econômica, Social e Ambiental.
É imprescindível que as companhias trabalhem com transparência,
exatidão e clareza na prestação de informações a todos os públicos,
desde comunidades, empregados, fornecedores, clientes até acionistas
e governos – federal, estaduais e municipais. Tudo isso em conformidade
com instituições e padrões nacionais e internacionais, como a OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o
IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o Instituto Ethos,
a GRI (Global Reporting Initiative), o Guia ISO 26000 de Responsabilidade
Social e outros.
Desde sua criação, há nove anos, o ISE conta com a participação da
maior geradora privada do Brasil.
“Isso é importante porque reconhece que a Tractebel Energia tem foco na sustentabilidade em todas as suas dimensões, como uma empresa ética, transparente e dotada de governança e gestão para resultados econômicos consistentes - de curto, médio e longo prazos. Mostra, acima de tudo, que respeitamos o meio ambiente e praticamos a responsabilidade social.”
Presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres
ESFORçO CONTíNUO PARA DEMONSTRAR OS RESULTADOS
Para estar nesse grupo é necessário enfrentar muitos desafios, sempre
aprimorando a gestão e a governança corporativa. O consultor de
Sustentabilidade da área de Relações com Investidores da Tractebel
Energia, Mario Corrêa de Sá e Benevides, conta que são 30 os
empregados diretamente ligados ao cumprimento das exigências
impostas. “São esses representantes os responsáveis em responder
um questionário com cerca de 300 questões e subquestões, agrupadas
em sete dimensões: Geral, Natureza do Produto, Econômico-Financeira,
Governança, Social, Ambiental e Mudanças Climáticas”, explica
Benevides, acrescentando que cada dimensão tem suas questões
organizadas por indicadores.
Plinio Bordin
Shutterstock
Tractebel Energia8
EMPRESA EMPRESA
COMO FUNCIONA - No início de cada ano, a coordenação do ISE divulga
o cronograma do ranking para a composição da próxima carteira de ações,
que integrarão o índice conforme o resultado; convida as empresas
detentoras das 200 ações mais líquidas da BM&F Bovespa a participar
do ranking; propõe alterações em relação aos questionários anteriores,
sempre com o intuito de aumentar o grau de exigência nas regras
de governança, gestão, sustentabilidade e transparência; e promove
oficinas de debates, consulta pública online e audiência pública. Após
a divulgação do questionário oficial, as empresas se organizam para
respondê-lo. Na Tractebel Energia, a coordenação é da
Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, por meio do
Departamento de Relações com Investidores, com a participação de
diversas áreas e comitês, como o de Sustentabilidade e o de Ética.
O qUE é O ISE?
Uma iniciativa que tem como objetivo criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da
sociedade e estimular a responsabilidade ética das corporações por meio de boas práticas empresariais. Foi criado em 2005 pela Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo) em parceria com entidades profissionais ligadas ao mercado de capitais, além da Fundação Getúlio Vargas,
Instituto Ethos e Ministério do Meio Ambiente. Sua criação foi financiada pela IFC (International Finance Corporation), braço financeiro do
Banco Mundial, cuja missão é promover investimentos no setor privado de países em desenvolvimento. O ISE é também uma ferramenta
para análise comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada
na eficiência econômica, no equilíbrio ambiental, na justiça social e na governança corporativa. A metodologia do índice foi desenvolvida pelo
GVCES (Centro de Estudos em Sustentabilidade) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas com o
apoio financeiro do IFC, tendo reunido inicialmente 28 empresas.
Entre os desafios, acredita o diretor financeiro Eduardo Sattamini, um dos
mais importantes é aprimorar continuamente a gestão e a governança
corporativa, tendo a sustentabilidade na estratégia do negócio. É preciso
também, segundo ele, antecipar-se ou, no mínimo, acompanhar a evolução
dos princípios, exigências e práticas de transparência, ética e
desenvolvimento sustentável. A maioria das empresas que participa do
ISE possui programa de educação e sensibilização sobre o desenvolvimento
sustentável. Quatro programas da Tractebel possuem abrangência que
transcende a do público interno, com ações realizadas nas regiões onde
estão localizadas as 25 Usinas e também e a Sede, em Florianópolis (SC).
“Desenvolvemos Educação para a Sustentabilidade; Desenvolvimento
Cultural; Inclusão Social, com foco na infância e adolescência, e
Melhoria Ambiental”, complementa Sattamini.
Ações sócioambientais da Companhia são analisadas no processo de avaliação para obtenção do ISE
Divulgação Tractebel
BoasNovas 9
EMPRESA EMPRESA
Novo site é mais dinâmico
Mudança atende a área comercial que necessita de um canal de comunicação direto com clientes, potenciais clientes e stakeholders
No final de novembro entrou no ar a página www.tractebelenergia.com.br
com novo design e uma nova área de negócios, em um ambiente totalmente
dinâmico, já que diversos banners e espaços específicos distribuídos por
vários pontos do site facilitam uma melhor comunicação. O grande
diferencial é que o site tem mais ênfase na área comercial da empresa, já
que a Tractebel, além de ser a número 1 do ranking de empresas privadas
de geração de energia do Brasil, é uma das principais comercializadoras
de energia no Mercado Livre.
A mudança tem, segundo o gerente de Comercialização, Gabriel Mann
dos Santos, dois pilares. Primeiro, a necessidade da área comercial de ter
um novo canal de comunicação com os clientes, potenciais clientes e
Mercado; e, segundo, a necessidade de adequar o site da Tractebel com o
novo guideline da GDF SUEZ, documento que traz um conjunto de diretrizes
e regras para as suas controladas com relação aos seus canais online.
“A ideia era fazer um site mais próximo das necessidades dos clientes
e potenciais clientes, com informações sobre o mercado de energia e a
atuação da Empresa dentro desses segmentos de uma forma organizada,
sistematizada, segura e com linguagem didática e comercial”, explica
Gabriel. Com esse novo desenho é possível conversar com os atuais
clientes; com potenciais clientes e demais stakeholders; e exibir uma
quantidade maior de informações com destaques diferenciados.
“Queremos que a Tractebel se posicione no mercado como uma fonte
confiável de informação,” revela.
Outra novidade no novo ambiente de Negócios é o Informativo Mensal
Info Energia, elaborado pela Tractebel Energia, com várias informações
sobre Economia e Mercado de Energia Elétrica. “Esse informativo fica
disponível na área comercial, além de ser enviado por e-mail aos clientes
da Companhia”, conta Gabriel.
Outra grande modificação com relação ao antigo site é a disponibilização
de conteúdo estruturado sobre o mercado de energia, o Mercado Livre e
seus diferenciais, os produtos e serviços oferecidos pela Tractebel,
as ações do Programa de Relacionamento, dentre outros novos conteúdos.
Um novo serviço de análise de viabilidade de migração para o Mercado
Livre foi disponibilizado e essa ferramenta ajuda no processo de
contratação de energia.
Tractebel Energia10
EMPRESA EMPRESA
Energia e alegrianos 15 anos da Tractebel
Convidados dançaram e cantaram no show de Ivete Sangalo, uma das mais completas artistas brasileiras
A festa de final de ano da Tractebel reuniu muita energia e alegria, tanto no
palco quanto na pista, tendo Ivete Sangalo como a estrela maior do show
de 15 anos da Companhia, que reuniu clientes, parceiros e fornecedores.
Depois de um breve discurso, o presidente da Empresa, Manoel Zaroni
Torres, chamou a artista ao palco dizendo: “E agora vai rolar a festa!”.
Os mais de mil convidados que estavam no Golden Hall, Complexo
WTC/São Paulo, no dia 1º de dezembro, seguiram o presidente e não
pararam, por quase duas horas, de cantar e dançar. Foi uma noite
inesquecível, na qual foi possível assistir a uma das mais completas
artistas brasileiras da atualidade. Ivete Maria Dias de Sangalo Candy não
é só cantora. É também compositora, instrumentista, atriz, dubladora,
apresentadora, empresária, modelo e produtora de eventos. Sim, uma
mulher de mil e uma utilidades.
Com sua banda e bailarinos, somando 14 pessoas no palco, Ivete cantou
antigos sucessos, começando com “País Tropical”, de Jorge Ben; mostrou
seu romantismo com as canções “Se eu não te amasse tanto assim”,
dedicada ao presidente e sua mulher, e “Corazón Partio”; e fez os
convidados cantarem e pularem com sucessos, como “Festa”, “Abalou”,
“Arerê”, entre outros.
Comunicativa e alegre, Ivete chegou a pedir no palco para fazer outros
shows para a geradora e comercializadora de energia: “sabem o que é
potência de energia? É Tractebel mais Ivete Sangalo! “
Renato Marques
BoasNovas 11
EMPRESA EMPRESA
Bruno Bezerra
Presidente Manoel Arlindo Zaroni Torres fala aos convidados antes do show
Ivete abriu o camarim aos convidados. Na foto, o diretor de Comercialização de Energia da Tractebel, Marco Antonio Amaral Sureck e esposa
Diretor de Produção da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo (centro) com lideranças do Instituto Acende Brasil, Eduardo Monteiro e esposa (à esq.), e Claudio Salles e esposa (à dir.)
Show foi contagiante desde a entrada no palco da diva Ivete Sangalo
Gabriela Lima Gomes
Renato Marques
Bruno Bezerra
Tractebel Energia12
EMPRESA EMPRESA
Presidente do Conselho de Administração da Tractebel, Maurício Bähr e esposa (à esq.), acompanhado dos representantes do ONS István Gárdos (centro) e Hermes Chipp (à dir.)
Vice-presidente do Grupo RIC, Marcelo Petrelli, e Luciano Andriani (à dir.), diretor administrativo da Tractebel
Convidados puderam assistir
ao show bem perto do palco
Rodrigo Machado Renato Marques
Gabriela Lima Gomes
Cristiano Elisei
Prefeitos dos municípios lindeiros das Usinas também curtiram o show de Ivete Sangalo
Diretor de Implantação da Tractebel, José Luiz Jansson Laydner e esposa (à esq) e Carlos Alberto Cichi e esposa
Bruno Bezerra
BoasNovas 13
Gabriela Lima Gomes
EMPRESA EMPRESA
Presidente do Conselho de Administração da WEG, Décio da Silva acompanhado do presidente da Marisol, Giuliano Donini
Mauricio Bähr e Edson Luiz da Silva, diretor de Planejamento e Controle da Tractebel
Gabriela Lima Gomes
CEO da GSELA, Jan Flachet, e esposa (à esq.) acompanhados do Cônsul da Bélgica em São Paulo Didier Vanderhasselt e seus pais
Ivete conversou com a plateia várias vezes durante o show
Bruno Bezerra
Cristiano Elisei
Ivete recebe no camarim o CFO da Tractebel, Eduardo Sattamini e esposa
Bruno Bezerra
Tractebel Energia14
EMPRESA EMPRESA
Tractebel adquire
A Tractebel Energia anunciou, em 24 de fevereiro, a
conclusão da aquisição, por meio da liquidação financeira,
da Ferrari Termoelétrica, por R$ 161 milhões. Do montante,
R$ 34 milhões encontram-se depositados em conta
garantia, a serem liberados quando do atendimento de
determinadas condições precedentes, ou devolvidos,
conforme o caso. A transição fora anteriormente aprovada
sem restrições pelo CADE (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica) em 20 de janeiro. Localizada no
município de Pirassununga (SP), a Usina tem capacidade
instalada de 65 MW e capacidade comercial de 23 MW
médios. Para gerar energia, a termelétrica utiliza
como combustível o resultante do processamento
da cana-de-açúcar.
“Esse foi um bom negócio, pois vamos ampliar de 65 MW
para 80 MW a capacidade instalada da Usina, com a
capacidade comercial pulando de 23 MW para 35 MW”,
explica o diretor de Desenvolvimento e Implantação de
Projetos da Tractebel Energia, José Luiz Jansson Laydner.
A Termelétrica Ferrari vai ganhar uma caldeira e uma turbina
novas, que devem estar funcionando com a nova
capacidade até o primeiro semestre de 2015.
Foram pagos R$ 172 milhões pela termelétrica e devem ser
investidos mais R$ 85 milhões na modernização e
ampliação da planta. “Isso vai permitir à Companhia
aumentar sua oferta de energia elétrica, ampliar seus
negócios com clientes livres e fechar novos contratos de
comercialização de energia”, afirma Laydner.
Para o diretor, essa planta, além de ampliar a capacidade
de geração, permite a diversificação de fontes e aumenta
o portfolio de energia renovável da Companhia – eólica,
biomassa e PCHs (pequenas centrais elétricas).
A Termelétrica Ferrari é a terceira planta de biomassa da
Tractebel, que já possui a Ibitiúva Bioenergética (33MW),
também no Estado de São Paulo e a Unidade de
Cogeração Lages (28 MW), em Santa Catarina.
Ferrari TermelétricaLocalizada no Estado de São Paulo, essa é a 3ª usina movida à biomassa da Geradora, que vem diversificando seu portfolio de energia renovável
Tractebel vai investir R$ 85 milhões para ampliar a capacidade de geração da Usina
Divulgação Tractebel
BoasNovas 15
EMPRESA EMPRESA
Cessão de terrenos para parqueindustrial em Santa Catarina
Tractebel Energia e Prefeitura de Tubarão assinam Memorando de Entendimento para instalar um Parque Industrial próximo ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda
Em mais uma iniciativa de gerar desenvolvimento nos
locais onde atua e cumprir com ações socioambientais,
a Tractebel Energia cedeu à Prefeitura de Tubarão
terrenos às margens da BR-101, principal acesso ao
Sul do Brasil. O objetivo é instalar um Parque Industrial
defronte ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda
(857 MW), com uma área total de 56,6 hectares,
divididos em uma área A, com 45,7 hectares, e outra
B de 10,9 hectares.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de
Tubarão, Clair Teixeira, agradeceu o apoio de entidades
parceiras e pediu empenho para dar os próximos
passos. “Estamos plantando uma semente muito boa
para o desenvolvimento de Tubarão e da região e
agradeço o empenho da Tractebel, da ACIT e dos
demais parceiros”, disse no dia da assinatura do MDE
(Memorando de Entendimento), em 29 de novembro
de 2013. “O futuro parque industrial tem uma
localização privilegiada, próxima da BR-101, do
aeroporto regional e dos portos de Laguna e Imbituba”,
complementou Teixeira.
O prefeito Olavio Falchetti agradeceu à gestão anterior
da Prefeitura que iniciou as tratativas com a Tractebel e
os diretores da Empresa que entenderam a necessidade
do município em ter um condomínio industrial. “A
Tractebel mostra com isso que está comprometida com
o futuro da região, assim como fez ao criar o Parque
Ambiental, em Capivari de Baixo, em outubro do
ano passado”, observa Falchetti.
Esse Parque Industrial, segundo o diretor de Produção
de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo,
vai promover o desenvolvimento na região, com a
criação de empregos diretos e indiretos, incremento
da receita do município, aprimoramento da infraestrutura
e de serviços para a população, além do fortalecimento
Silvana Lucas/Notisul
da economia local. Mas existe uma contrapartida com foco na sustentabilidade. “O município
e as indústrias deverão implantar gestão ambiental cooperativa entre eles, otimizando o uso de
recursos, serviços e infraestrutura pública”, observa Minuzzo. Ele explica ainda que as
indústrias devem comprovar que atuam buscando o desenvolvimento sustentável da região
e deverão implantar em suas unidades mecanismos de reuso e reciclagem de materiais.
Vale ressaltar que a cessão é exclusiva para implantação de parque industrial e é de
responsabilidade da Prefeitura e das indústrias a realização da infraestrutura necessária à
instalação das mesmas. A assinatura do Memorando de Entendimento ocorreu em Tubarão,
com a presença do prefeito João Olavio Falchetti, do diretor de Produção de Energia da
Tractebel, José Carlos Minuzzo, do secretário do Desenvolvimento Econômico, Clair Teixeira,
entre outros. O MDE tem validade de cinco anos ou até a assinatura de comodato das áreas,
com vigência até 28 de setembro de 2028.
Cessão dos terrenos representa chance de maior desenvolvimento para Tubarão
Tractebel Energia16
ENTREVISTA
Philip De Cnudde
Boas Novas – Conte-nos sobre a sua carreira no
grupo?
Philip De Cnudde – Ao longo dos últimos 13 anos, eu tenho
trabalhado na Linha de Negócios Internacionais de Energia
da GDF SUEZ, primeiro como vice-presidente de Controle
de Negócios e, desde 2007, como vice-presidente
executivo de Supervisão de Desenvolvimento de Negócios.
Em 1993, comecei a trabalhar para o Grupo, na Electrabel
como Chefe de Operações em uma usina belga. Um ano
depois, me tornei gerente de projeto para implementação
do SAP na Unidade de Negócios de Geração da Electrabel,
em Bruxelas. Em 1998, fui nomeado Chefe do
Departamento de Auditoria Interna, antes de mudar para
a Tractebel EGI (hoje GDF SUEZ Energy International)
em 2001 para assumir o cargo de Chefe de Controle de
Negócios, Consolidação e Contabilidade.
BN – quais são os desafios da América Latina para
o Grupo?
De Cnudde – A América Latina é, sem dúvida, uma das
regiões-chave para GDF SUEZ. Temos um pipeline
considerável de projetos em desenvolvimento, tais como
hídrica, eólica, solar, térmica e de GNL em muitos países
da América Latina.
No entanto, o nosso maior desafio é continuar a criar um
crescimento rentável e responsável em uma parte do
mundo onde a demanda de energia continua a aumentar,
como consequência da expansão econômica, e onde a
competição está ficando maior a cada ano.
Por isso, vamos continuar a focar em nossas principais
forças, que são Brasil, Chile e Peru, fortalecendo as
empresas existentes através da excelência operacional.
Por outro lado, também temos de explorar novas
oportunidades de negócios, a fim de não perder as
novas tendências e evoluções no negócio de energia,
que está em constante evolução, e avaliar a atratividade
de novos países e buscando oportunidades de
crescimento responsável.
O belga Philip De Cnudde assume a presidência da GDF SUEZ para a América Latina com o desafio de substituir Jan Flachet, que ocupou o cargo desde 2003. Flachet será o novo CEO do Grupo GDF SUEZ para a região da Ásia e Pacífico, sediado em Bangkoc, Tailândia. De Cnudde se mudará em breve com a esposa para Santiago do Chile, de onde comandará as operações do Grupo na América Latina. Ainda em Londres, ele concedeu a seguinte entrevista para Boas Novas.
De Cnudde assume o comando do Grupo na América Latina com o desafio de manter o forte crescimento
David Plas
BoasNovas 17
ENTREVISTA
BN – O que leva GDF SUEZ a investir na região?
De Cnudde – Uma das prioridades para a GDF SUEZ é focar seu
crescimento nos países emergentes. As previsões de crescimento da
América Latina são fortes e a maioria dos seus países tem estruturas de
mercado que permanecem muito atraentes para os investidores. Como
já experimentamos no passado, a América Latina é uma região com uma
capacidade de resistência impressionante para enfrentar choques externos
e que oferece oportunidades interessantes para o nosso negócio daqui
para frente. Os ratings continuam melhorando; o Chile, por exemplo, é a 7ª
economia emergente do mundo, com o declínio do risco-país. A maioria
dos países em que operamos é considerada grau de investimento.
A GDF SUEZ tem um histórico muito bom na região. Estamos mostrando
um crescimento constante no Peru, onde comissionamos várias usinas nos
últimos anos. Com outras plantas em construção ou desenvolvimento, a
Enersur terá o dobro da sua capacidade em 2014 em comparação com 2011.
No Chile, a E- Cl está trabalhando em um projeto interessante para construir
uma linha de transmissão que vai ligar Mejillones, no norte do país, com a rede
elétrica SIC (Sistema Interconectado Central), que abrirá novos mercados
e oportunidades para o país. A empresa também está desenvolvendo uma
série de projetos renováveis inovadores, incluindo soluções de biomassa
e energia solar fotovoltaica.
Na América Latina, nós também vamos continuar a olhar para novos países;
acabamos de entrar no Uruguai, um país estável, aberto a investidores
privados no setor da energia, com um projeto estratégico: GNL del Plata,
que é a construção e operação de um terminal de regaseificação de GNL.
BN – qual é o papel do Brasil para o sucesso da
GDF SUEZ América Latina?
De Cnudde – O Brasil é, sem dúvida, um país estratégico para a GDF SUEZ.
Ao longo dos últimos 15 anos, fomos capazes de demonstrar um
crescimento forte e responsável, ampliando nossa capacidade de
produção e aumentando o mix de energia da Tractebel Energia. Hoje, ela
é a maior empresa privada no mercado brasileiro e uma referência no setor
por sua governança e profissionalismo.
Para o futuro, vamos continuar a procurar oportunidades no país, tais
como a expansão de nossas atividades renováveis não-convencionais,
a participação em consórcios para empreendimentos hidrelétricos e de
geração térmica com foco especial em gás. O grupo GDF SUEZ iniciou
recentemente as atividades de E&P no Brasil, com a aquisição de seis blocos
terrestres na 12 ª rodada de licitação de gás, bem como da participação
da Vale em blocos de gás na Bacia do Paranaíba no Brasil. A experiência
da empresa combinada com a sua forte presença no país torna o Brasil
um dos países mais adequados para o desenvolvimento de projetos
integrados do tipo Exploration to Power. No médio prazo, o objetivo é
desenvolver estes negócios, permitindo uma gestão flexível de gás e
uma vantagem competitiva na geração térmica com acesso ao gás.
BN – Em particular, qual é o papel da Tractebel Energia
para o crescimento do Grupo na região?
De Cnudde – A Tractebel é a nossa maior empresa operacional na região
e continuará a ser uma parte importante da nossa estratégia regional para
expandir nossos negócios na América Latina. A Empresa tem um forte
histórico operacional e comercial, que será fortalecido e ampliado com a
transferência da UHE Jirau. Além disso, a Tractebel permanecerá como
nosso principal veículo para o desenvolvimento dos nossos projetos de
energias renováveis não-convencionais e potencialmente outros novos
negócios, em linha com o perfil atual da Empresa.
David Plas
GDF SUEZ aposta no GNL para crescer ainda mais no Brasil
Tractebel Energia18
USINA USINA
Pela primeira vez, a Tractebel Energia superou a marca dos 8 mil MW
gerados em suas Usinas, com geração instantânea de 8.031,60 MW, no
dia 22 de janeiro de 2014, às 14h30. O diretor de Produção de Energia da
Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo, ressalta que esta geração
instantânea representa 92% da capacidade total das Usinas operadas
pela Companhia.
No acumulado de 2013, a maior empresa privada de geração de energia
alcançou 45.344.298,37 MWh, o que significa um novo recorde de geração
anual. As termelétricas Lages (SC), William Arjona (MS) e Ibitiúva (SP)
superaram sua geração nos meses de novembro, dezembro e agosto,
Recordes de geração em 2013
Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR) foi a campeã em geração com 8.433.855,93 MWh em 2013
Plinio Bordin
respectivamente. Já as hidrelétricas Salto Santiago (PR) e Ponte de
Pedra (MT) alcançaram o máximo em julho e março, respectivamente.
O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC) bateu seu recorde
anual histórico em 2013, gerando 5.719.270,46 MWh, que significam
652 MW médios, o que representa 76% da capacidade instalada do
Complexo de 857 MW.
“Esses números confirmam a capacidade das nossas Usinas em
atender a demanda do Sistema Elétrico e também a capacidade
contínua da Companhia, que vem apostando na construção, na
manutenção e na diversidade de seu parque gerador”, conclui o diretor.
BoasNovas 19
USINA USINA
UsinaGeração
Anual 2013 MWh
Hid
relé
tric
as
Cana Brava (GO) 2.609.123,743
Estreito (MA/TO) 5.104.819,661
Itá (RS/SC) 7.440.899,855
Machadinho (RS/SC) 5.147.730,209
Passo Fundo (RS) 895.095,229
Ponte de Pedra (MT) 1.255.965,307
Salto Osório (PR) 5.968.323,630
Salto Santiago (PR) 8.433.855,930
São Salvador (TO) 1.383.587,543
Term
elét
rica
s
Alegrete (RS) 27.059,689
Charqueadas (RS) 253.942,647
Jorge Lacerda A (SC) 1.303.227,324
Jorge Lacerda B (SC) 1.785.011,599
Jorge Lacerda C (SC) 2.631.031,538
William Arjona (MS) 293.756,052
Co
mp
lem
enta
res
Areia Branca (MG) 71.856,439
Beberibe (CE) 89.243,289
Fleixeiras I (CE) 5.691,582
Guajiru (CE) 31.503,130
Ibitiúva (SP) 195.841,105
José Gelazio (MT) 90.745,017
Lages (SC) 133.451,704
Pedra do Sal (PI) 65.523,929
Rondonópolis (MT) 99.639,585
Trairi (CE) 27.372,633
Total 45.344.298,37
Plinio Bordin
Usina Hidrelétrica Estreito
Plinio Bordin
Usina Termelétrica Jorge Lacerda
Usina Ibitiúva
Plinio Bordin
Tractebel Energia20
USINA USINA
Boas opções no Guia Turístico Trairi
Incentivado pela Tractebel Energia, foi lançado em novembro o Guia Turístico de Trairi com variadas atrações
da região, tanto na cidade/praia, quanto no sertão. O objetivo é mostrar ao Brasil e ao mundo o potencial turístico de
Trairi, já que o município é rico em diversidade cultural e paisagens naturais, muitas ainda totalmente desconhecidas.
Trairi é a terra da Renda de Bilro no Estado do Ceará, sendo Patrimônio Cultural da cidade, juntamente com
festas populares, como a dança Reisado, de origem portuguesa, também conhecida como Folia de Reis.
No sertão, as atrações são a produção artesanal de farinha, a rapadura e as rotas de aventura. Lá é possível
conferir os quintais produtivos, os sistemas agroflorestais, as casas de sementes e as hortas comunitárias. Já o
litoral oferece esportes náuticos, como kitesurfe e windsurfe; passeios de jangadas e catamarãs e muitas
pousadas e restaurantes, com boa infraestrutura turística.
A prática de kitesurfe é comum o ano inteiro em Trairi
Mariana Kadletz
BoasNovas 21
USINA USINA
A renda de bilro é patrimônio cultural e seu comércio produz riqueza em Trairi
Estuário do Rio Mundaú
“Nossa intenção com a produção do Guia foi sintetizar todos estes aspectos
culturais, turísticos, esportivos e gastronômicos em um só lugar, onde o
visitante possa ter uma boa ideia de tudo o que esta terra oferece”, explica
o diretor administrativo da Tractebel Energia, Luciano Andriani.
É neste município que a Tractebel implanta o Complexo Trairi (115 MW),
com financiamento do BNDES e recursos próprios, para fornecer energia
diretamente a clientes livres, ou seja, consumidores de até 3 MW. O Guia
é resultado de um compromisso junto ao Banco para fazer investimentos
sociais em amparo às comunidades lindeiras do local.
A importância desta publicação, afirma o gerente regional da Tractebel,
Marcio Daian Neves, se dá no fortalecimento do fluxo turístico, na ampliação
dos roteiros disponíveis aos visitantes e até mesmo na melhoria da
autoestima da população, que por muitas vezes desconhece o potencial
de seu município. É um projeto na categoria de Desenvolvimento de Renda
para fortalecer a identidade regional; favorecer a inclusão social e reduzir
desigualdades regionais e sociais; e estimular a criação e ampliação de
postos de trabalho. “Este guia faz parte de uma série de ações feitas pela
Companhia com a comunidade de Trairi nas áreas sociais e ambientais”,
resume Marcio Daian Neves.
O mesmo vento que move os aerogeradores embala as jangadas e refresca os turistas nas redes na paria de Guajiru
Divulgação Tractebel
João Wendel
João Wendel
A culinária local mistura tradições indígenas com influências europeias
Piscina de corais na Praia de Guajiru
João Wendel
João Wendel
Tractebel Energia22
USINA USINA
Planos de Conservação
Toda usina hidrelétrica do Brasil deve possuir o seu Pacuera (Plano de Conservação e Uso do
Reservatório Artificial), também conhecido como Plano de Uso do Reservatório, aprovado pelo
órgão competente estadual ou federal. Isso é determinado na Resolução do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente) nº 302/2002, transformado em Lei pelo novo Código Florestal. O
objetivo do Pacuera é disciplinar a conservação, a recuperação, o uso e a ocupação ordenada
do entorno do reservatório, de forma a promover o desenvolvimento sustentável local, ou seja,
os seus usos múltiplos.
e Uso de Reservatórios
As consultas públicas
de Itá e Machadinho
transcorreram a contento,
com a participação
qualificada dos presentes. João Pessoa Riograndense Moreira Junior, superintendente estadual do IBAMA/RS
As Usinas Itá e Machadinho, ambas na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e as
Usinas Ponte de Pedra e Cana Brava tiveram seus planos aprovados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e estão sob sua coordenação. Já Salto
Osório e Salto Santiago têm seus planos aprovados pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e
Passo Fundo (RS) possui seu Plano de Uso aprovado pela FEPAM (Fundação Estadual de Proteção
Ambiental). Os planos das hidrelétricas São Salvador (TO) e Estreito (TO/MA) já foram elaborados
e encontram-se na fase de análise pelo IBAMA.
Estreito
Passo Fundo
Itá
Machadinho
Salto Santiago
Ponte de Pedra
São Salvador
Cana Brava
Salto Osório
BoasNovas 23
USINA USINA
PARTICIPAçãO DA COMUNIDADE
Antes da aprovação do Pacuera, são realizadas Consultas Públicas
para sua apresentação e discussão com as comunidades locais.
No caso da Usina Machadinho, as consultas ocorreram nos dias
5 e 6 de novembro, nas cidades de Piratuba (SC) e Barracão (RS)
e contaram com a participação de cerca de 350 pessoas, desde
lideranças até agricultores locais. Previamente, o plano foi
divulgado através de folders, reportagens em jornais, rádios e
cada Prefeitura recebeu três exemplares para disponibilizar nas
bibliotecas e Secretarias municipais, além dos sites do IBAMA e
Consórcio Machadinho. As consultas foram presididas pelo
superintendente do IBAMA do Rio Grande do Sul, João Pessoa
Riograndense Moreira Junior.
“As consultas públicas de Itá e Machadinho transcorreram a
contento, com a participação qualificada dos presentes.
Observou-se um número representativo dos moradores lindeiros,
lideranças comunitárias e políticas,” observa Junior.
O diretor de Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro
Minuzzo, comenta as atividades que integram o Pacuera. “Na Usina
Machadinho, por exemplo, ações como realização de oficinas com
os municípios para obtenção de subsídios à elaboração dos Planos
de Desenvolvimento do Turismo e aproveitamento do lago serão
realizadas, além da elaboração dos referidos Planos. Já em Itá, cujo
Plano Diretor foi aprovado na renovação da Licença de Operação,
a principal ação foi o estabelecimento da sistemática de utilização
das Permissões de Uso do Reservatório através de reuniões com
as comunidades”, diz. Ainda em Itá, o Plano de Uso continua sendo
divulgado através das ações de educação ambiental da Usina.
O superintendente estadual do IBAMA no Rio Grande do Sul, João
Pessoa Riograndense Moreira Junior, comenta o PACUERA. “Foi
possível concluir que além de atender as diretrizes metodológicas do
Termo de Referência, o Plano permite avaliar as potencialidades
e vulnerabilidades ambientais existentes na área de influência do
empreendimento. A Área de Preservação Permanente (APP), chamada
no PACUERA de Zona de Proteção Ambiental (ZPA) de largura variável
de no mínimo 30 metros e em média 86,6 metros também foi aprovada
com os parâmetros propostos.”
Consultas públicas, como a de Barracão (SC) mobilizaram a comunidade
Plinio Bordin
Pacuera do reservatório de Machadinho foi o mais recentemente aprovado pelo IBAMA
A ideia do Pacuera é contribuir para a tomada de decisão nas áreas social,
ambiental e institucional; para o direcionamento adequado do uso e
ocupação do solo no entorno dos reservatórios; e para o aproveitamento
do potencial de usos múltiplos das águas. “Embora os reservatórios sejam
construídos com a finalidade primeira de gerar energia, muitos outros novos
usos se tornaram possíveis a partir da formação do lago, sejam eles sem
fins lucrativos como lazer, recreação, turismo, navegação e pesca amadora
ou específicos para exploração econômica como piscicultura, navegação
turística, irrigação, abastecimento industrial, loteamentos e abastecimento
público, entre outros”, complementa o gerente de Meio Ambiente da
Tractebel Energia, José Lourival Magri.
O Pacuera é atemporal e precisa, sempre que necessário, ser atualizado
para atendimento dos anseios da população de forma racional e sustentável,
a exemplo do que ocorre com os Planos Diretores dos Municípios.
Divulgação Consórcio Machadinho
Tractebel Energia24
UHIT
UHMAUHPF
UHSS
UHSO
UHCB
UHPP
UHSA
UHET
Usinas
USINA USINA
em royalties em 2013R$ 193,9 milhões pagos
A Tractebel Energia recolheu, em 2013, o total de
R$ 193.986.040,07 a título de COFURH (Compensação
Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos
para Fins de Geração de Energia Elétrica). Deste
valor, R$ 77.594.416,23 foram destinados aos
65 municípios abrangidos pelas nove hidrelétricas
da Companhia (ver mapa). Esses recursos são
distribuídos entre Agência Nacional de Águas,
Estados, Municípios, Ministério do Meio Ambiente,
Ministério de Minas e Energia e Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT.
A COFURH, instituída pela Constituição Federal de 1988, é um percentual que
as concessionárias de geração hidrelétrica pagam pela utilização de recursos
hídricos. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) gerencia a arrecadação
e a distribuição dos recursos entre os beneficiários. As concessionárias pagam
6,75% do valor da energia produzida a título de compensação financeira.
Os valores efetivamente repassados pela ANEEL aos municípios podem ser
um pouco diferentes dos divulgados pela Tractebel em função de fatores como
o ganho de energia pela existência de outras usinas no mesmo rio. Ressalta-se
que o repasse aos municípios é feito pela ANEEL com defasagem de até 60 dias
em relação ao recolhimento feito pela Tractebel Energia. Os dados exatos que
cada município recebeu em 2013 podem ser encontrados no site da ANEEL
em www.aneel.gov.br/aplicacoes/cmpf/gerencial.
Pequenas Centrais Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da COFURH.
Rateio Valor
Agência Nacional de Águas R$ 21.554.004,00
Estados R$ 77.594.416,23
Municípios R$ 77.594.416,23
Ministério do Meio Ambiente R$ 5.172.961,08
Ministério de Minas e Energia R$ 5.172.961,08
FNDCT R$ 6.897.281,44
Total R$ 193.986.040,07
Usina COFURH
Salto Santiago R$ 42,683,458.70
Itá R$ 37,978,603.95
Salto Osório R$ 30,228,351.37
Machadinho R$ 26,154,180.05
Estreito R$ 25,873,018.43
Cana Brava R$ 13,183,441.36
São Salvador R$ 6,991,907.45
Ponte de Pedra R$ 6,355,251.40
Passo Fundo R$ 4,537,827.36
Total R$ 193,986,040.07
BoasNovas 25
USINA USINA
“A compensação financeira repassada ao município de Maximiliano de Almeida tem sido de grande ajuda para cumprir com o pagamento das contrapartidas em compras de equipamentos, veículos para atendimento à população, nos pagamentos dos projetos aprovados e das parcelas de precatórias que estão sendo pagas.”
Lenir Moterle Bessegato Prefeita municipal de Maximiliano de Almeida (RS)
“Os recursos dos royalties destinados pela Tractebel ao município de Minaçu são muito importantes, pois são aplicados na construção e manutenção das nossas estradas. Na zona rural, foram mais de 36 km de estradas construídas, contamos ainda a construção de pontes e bueiros também através deste recurso. Na zona urbana os recursos dos royalties foram aplicados em recapeamento, pavimentação asfáltica e tapa-buracos.”
Maurides Rodrigues Prefeito municipal de Minaçu (GO)
“A aplicação de recursos dos royalties em Chopinzinho garante a manutenção de programas de destaque regional e grande importância para o setor de Educação, como a manutenção do campus da Unicentro em nosso município, o custeio do programa de transporte acadêmico 100% gratuito e também é aplicado no programa de educação em tempo integral, que atende atualmente 1.350 alunos e é desenvolvido em todas as escolas da rede municipal de ensino, dentro da área urbana e rural, entre outros programas que são importantes para o desenvolvimento do município”.
Leomar Bolzani Prefeito municipal de Chopinzinho (PR)
Divulgação Prefeitura de Minaçu
Divulgação Prefeitura de Chopinzinho
Divulgação Prefeitura de Maximiliano de Almeida
Tractebel Energia26
Pesquisa & Desenvolvimento
em projetos eólicosInovação e pioneirismo
Bons ventos sopram em direção a dois projetos de Pesquisa e
Desenvolvimento da Aneel (P&D) realizados pela Tractebel Energia,
em parceria com outras empresas e universidades. Em comum eles
têm o objetivo de aumentar a eficiência dos aerogeradores de usinas
eólicas e alguns pioneirismos, como fabricar o maior aerogerador do
Brasil com 3,3 MW e adquirir o primeiro aparelho LiDAR (tecnologia
para medir o vento) do País.
Iniciado em 2011, o P&D Desenvolvimento de Tecnologias de Previsão
de Geração de Energia Elétrica para Parques Eólicos em Operação
mede a força dos ventos, possibilitando acurar a geração nos parques
eólicos Beberibe (CE) e Pedra do Sal (PI), além de uma miniestação
na Fazenda Ressacada da UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina). O projeto conta com a parceria da UFSC - Engenharia
Mecânica e Departamento de Física – e com o curso de Meteorologia
do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina).
Por sua vez, o projeto Desenvolvimento de Tecnologia Nacional de
Geração Eólica pode representar um grande salto para a geração de
energia eólica no Brasil, pois a criação e produção de aerogeradores
feitas 100% em território nacional pode reduzir os custos de
implantação de usinas eólicas.
Estator bobinado com spindle
Divulgação WEG
BoasNovas 27
Pesquisa & Desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA NACIONAL DE GERAçãO EóLICA
Montagem da nacele do aerogerador de 2,1 MW
Divulgação WEG
Com investimentos de R$ 160 milhões, sendo
R$ 72 milhões de recursos da Tractebel, via P&D
da Aneel, e R$ 88 milhões de contrapartida da WEG,
o projeto Desenvolvimento de Tecnologia Nacional
de Geração Eólica conta com consultorias de
universidades brasileiras e estrangeiras, para
construção, num primeiro momento, de um
aerogerador de 2,1 MW (protótipo) e, depois,
o aerogerador de 3,3 MW, desenvolvido com
tecnologia 100% nacional.
É o maior valor já destinado para um projeto de P&D,
o que por si só demonstra sua grandeza e relevância.
“O desenvolvimento de um aerogerador, com
tecnologia totalmente nacional, é de fundamental
importância para o setor elétrico, pois possibilitará
um aumento de concorrência entre os fabricantes e,
por consequência, queda de preço”, diz o diretor de
Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José
Luiz Jansson Laydner.
A ideia é que o aerogerador seja concebido com a
utilização de polos de imã permanente e sem caixa
redutora, um conceito já usual. Mas o importante,
segundo o coordenador do P&D e engenheiro da
Tractebel, Renato Coelho, é o desenvolvimento
de tecnologia nacional. “Aqui vamos analisar o
desempenho das tecnologias aplicadas, elaborar
o projeto, fabricar e instalar o protótipo de 3,3 MW”,
explica Coelho, acrescentando que a atual equipe
é formada por pessoas de diversas áreas da
Tractebel, da WEG, de universidades e de
consultorias internacionais.
Na Tractebel, por exemplo, esses profissionais
trabalham em várias atividades necessárias para
a implantação do projeto, como Licenciamento
Ambiental, consultas à Celesc e Eletrosul para
conexão da Usina e auxílio à WEG para a autorização
de instalação das torres e aerogeradores junto ao
Comando Aéreo Regional.
“A fase atual é a inicial, mas se encontra em ritmo
acelerado, pois algumas etapas estão programadas
para estarem concluídas até o final do ano. Já
realizamos o aterro para instalação da primeira
torre e está em andamento a execução de aterro
para a segunda torre anemométrica”, afirma
Coelho. Essas torres são necessárias para apontar
a intensidade dos ventos no local e servem de
parâmetro inicial para qualquer outro projeto de
energia eólica.
Para o gerente do Departamento de Energia Eólica da WEG Energia, João Paulo Silva, este
projeto é muito importante, já que vai viabilizar uma área de Engenharia e Desenvolvimento
de Aerogeradores. “Temos vários engenheiros dedicados exclusivamente ao produto
aerogeradores. São engenheiros projetistas de várias disciplinas, como calculistas mecânicos,
projetistas elétricos, engenheiros de materiais compostos, de automação e controle, entre
outros”, enumera.
COLABORAçãO INTERNACIONAL – Silva acrescenta ainda que em algumas áreas,
como projetistas de pás e torres de concreto, o auxílio vem de institutos e empresas da
Alemanha, Estados Unidos e Holanda. “Importante ressaltar que durante todo o processo
de desenvolvimento destes componentes iremos capacitar nossos engenheiros nestas
áreas também”.
O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel Energia, Sergio Maes, compartilha a
mesma opinião. Para ele, o mais importante deste projeto é propiciar o desenvolvimento de
uma cadeia de fornecedores nacionais, resultando assim no aumento da expertise nacional
sobre o tema. “Nosso desafio será grande, mas as equipes da WEG e Tractebel estão bem
alinhadas e comprometidas para atingir todos os objetivos propostos”, comenta.
Tractebel Energia28
Pesquisa & Desenvolvimento
Melhorar a performance dos parques eólicos de Beberibe (26 MW), no
Ceará, e Pedra do Sal (18 MW), no Piauí, e implantar uma miniestação para
avaliar o potencial energético dos ventos em Florianópolis (SC). Esses são
os objetivos desse projeto de Pesquisa e Desenvolvimento junto à
Engenharia Mecânica, ao Departamento de Física da UFSC e ao IFSC.
Com investimento da Tractebel, via ANEEL, de R$ 2,9 milhões, o projeto,
segundo o diretor de Planejamento e Controle da Tractebel, Edson Luiz
da Silva, vai permitir também a melhora da confiabilidade dos dados de
previsão de geração informados pela Companhia ao ONS (Operador
Nacional do Sistema).
O P&D estuda três locais – Beberibe, Pedra do Sal e Fazenda Ressacada
da UFSC, em Florianópolis (SC). No caso da capital catarinense foi
implantado um pequeno sítio eólico com um miniaerogerador de baixa
Estar associado à WEG é fundamental para o desafio desse projeto inédito.
Presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres
NOVAS TECNOLOGIAS PARA PREVISõES DE GERAçãO EóLICA
potência e uma minitorre de medição de ventos, de 10 metros. “Trata-se,
portanto, de uma turbina eólica integrada a um prédio verde” explica o
professor da UFSC e coordenador do projeto, engenheiro mecânico Júlio
César Passos. A ideia é, segundo ele, que este laboratório permita estudos
de estabilidade do vento e sua influência sobre a curva de potência do
aerogerador, além de testar modelos de previsão de energia.
Já nos parques do Nordeste, as torres são de 100 metros, com
equipamentos de última geração. O professor Passos conta que foram
adquiridos e instalados modernos sistemas para o levantamento de perfis
de velocidade do vento, incluindo a direção, nas duas Usinas. “É através
desses sistemas, que utilizam diferentes tecnologias, que analisamos os
perfis de velocidade por meio de anemômetros (medidores de velocidade
e direção do vento) sônicos ou de conchas juntamente com um perfilador
Estamos empenhados no desenvolvimento de uma tecnologia capaz de oferecer soluções para as demandas atuais e para aquelas que estão emergindo no mercado de energia.Presidente da WEG, Harry Schmelzer Jr.
BoasNovas 29
Pesquisa & Desenvolvimento
de velocidade LiDAR, a laser, permitindo estudos inéditos no Brasil”.
É importante registrar que apenas o perfilador LiDAR, importado da
França e adquirido com recursos Tractebel, representa um investimento
de cerca de R$ 600 mil.
Pioneiro no Brasil, este projeto é o primeiro a fazer previsões de geração
eólica. “Ele é fundamental porque, além de proporcionar uma melhora
na previsão de geração eólica das Usinas Beberibe (CE) e Pedra do Sal (PI),
vai permitir otimizar os agendamentos das manutenções das Usinas”,
ressalta o gerente do projeto pela Tractebel, Frederico de Freitas Taves.
Diferente das usinas hidrelétricas e termelétricas, por exemplo, onde a
manutenção é demorada, podendo durar meses, as manutenções
eólicas são feitas em horas. “Esse projeto vai nos proporcionar a
escolha do melhor momento para fazer o trabalho, sempre quando
ocorrer pouco vento”, conta Taves.
Outro ineditismo do P&D é a tecnologia LiDAR, usada para medir a
velocidade do vento, um equipamento moderno, com só quatro fabricantes
em todo o planeta. “É o que chamamos de quarta geração de anemômetros
e foi o primeiro adquirido no Brasil. Se mostra mais preciso que outras
tecnologias semelhantes, possuindo um melhor alcance para fazer a
medição da velocidade do vento”, explica Taves. O LiDAR está instalado
em Pedra do Sal e alcança até 500 metros de altura. No Grupo GDF
SUEZ existem apenas cinco empresas controladas que contam com a
tecnologia do LiDAR, uma delas é a Tractebel Energia.
Com esse novo aparelho já foi possível detectar que os dois parques
eólicos possuem um perfil de vento praticamente offshore, ou seja,
vento de alto-mar, como alguns parques construídos na Europa. Outra
descoberta é a forte variação dos ventos durante o dia, o que não ocorre
em países europeus.
Com três anos de duração, de dezembro de 2011 a novembro de
2014, o projeto tem como coordenadores os professores Júlio César
Passos (UFSC), Yoshiaki Sakagami (IFSC) e Frederico de Freitas Taves
(Tractebel). No projeto, o IFSC é responsável por toda a base tecnológica
de instrumentação. “Instalamos as duas torres de 100 metros, com
medições de turbulência (anemômetro sônico), cinco níveis de
velocidade do vento, e medições de direção de vento, temperatura do
ar, umidade do ar e pressão atmosférica”, conta o professor Yoshiaki,
que ministra aulas de estações meteorológicas automáticas no curso
técnico de Meteorologia do IFSC.
Usina Eólica Pedra do Sal e equipamento LiDAR (em primeiro plano)
Divulgação Tractebel
Tractebel Energia30
GDF SUEZGDF SUEZ
A GDF SUEZ consolidou sua entrada no setor de óleo e gás do país com 100% de
aproveitamento dos lances feitos durante a 12ª rodada de licitações da Agência
Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, realizado em novembro. A empresa
foi ganhadora de seis blocos onshore, na bacia do Recôncavo Baiano, na Região
Nordeste, em parceria com a Petrobras, Cowan Petróleo e Gás e Ouro Preto Óleo e Gás.
A termoeletricidade ganhou relevância estratégica no futuro da expansão do setor
elétrico, o que fez com que a GDF SUEZ atentasse para a importância de garantir uma
fonte de fornecimento de gás natural, uma das expertises do grupo no mundo. No
início de novembro, a empresa assinou também um Acordo de Compra de Ativos
com a Vale para adquirir sua participação em dois blocos de exploração de gás na
bacia onshore do Parnaíba.
A GDF SUEZ terá 25% de participação em cada bloco arrematado no leilão da ANP e a
Petrobras será a operadora, com 40% de participação. A participação restante de 35%
será, respectivamente, da Cowan Petróleo e Gás, no bloco REC-T-268, e da Ouro Preto
Óleo e Gás, nos blocos REC-T-225, 239, 240, 253 e 254.
O navio Provalys da GDF SUEZ no Rio de Janeiro com a primeira carga de GNL trazida pela GDF SUEZ ao Brasil em 2012
Karina Howlett
no setor de óleo e gás no BrasilGDF SUEZ inicia operação
1,6 bilhões de barris
70 bcm3 de gás
Produção de gás na Bacia do Recôncavo Baiano de 1950 até agora
BoasNovas 31
GDF SUEZGDF SUEZ
ATIVIDADES DE E&P DA GDF SUEZ NO MUNDO
A GDF SUEZ E&P International detém uma carteira equilibrada
de 344 licenças de exploração e/ou produção (54% operadas)
entre regiões maduras e zonas de exploração de alto potencial,
em 17 países, com uma produção de 54,9 milhões de barris
de óleo equivalente (Mboe) e 836 Mboe de reservas. A GDF
SUEZ E&P International é uma operadora de produção na
Noruega, com o campo de Gjøa, bem como nos Países Baixos
e na Alemanha. No Reino Unido, o Grupo também desenvolve
e operará o projeto Cygnus, um dos maiores campos de gás
na Plataforma Continental do Reino Unido, nos últimos 25 anos.
A GDF SUEZ E&P International é também sócia no importante
projeto Jangkrik, na Indonésia, e cooperadora no projeto
Touat na Algéria, ambos atualmente em fase de desenvolvimento. Campo de exploração no Mar do Norte na costa da Holanda
GDF SUEZ / Sjoqvist Ul
A bacia do Recôncavo Baiano é o maior produtor em terra
do Brasil. A produção começou em 1950 e até agora
1,6 bilhões de barris e 70 bcm3 de gás foram produzidos.
Os maiores campos de petróleo, tais como Água Grande e
Miranga, possuem reservas superiores a 200 milhões de
barris. Parte desta zona ficou inexplorada por causa do
pequeno interesse da indústria pelo gás nas últimas
décadas. Com a mudança do cenário e a valorização do
gás, a zona ganha relevância e é geologicamente adequada,
segundo pesquisas da companhia.
Maurício Bähr, CEO da GDF SUEZ no Brasil, afirma estar
muito satisfeito com as parcerias firmadas com a Petrobras,
Cowan Petróleo e Gás e Ouro Preto Óleo e Gás, empresas
experientes no setor. E acrescenta: “a combinação da
experiência internacional da GDF SUEZ nas atividades
de exploração e produção, juntamente com a nossa
presença relevante no mercado de eletricidade brasileiro,
resultará em uma atuação mais forte do grupo no Brasil.
Queremos ser mais competitivos neste setor, pois
acreditamos que o gás natural desempenhará um papel
importante no mix energético Brasileiro”.
Maurício Bähr, presidente da GDF SUEZ no Brasil
Divulgação GDF SUEZ Brasil
Tractebel Energia32
GDF SUEZGDF SUEZ
Velas ao mar
Os franceses do GDF SUEZ, barco comandado por
Sébastien Rogues e Fabien Delahaye, conquistaram
o título da Classe 40 da Transat Jacques Vabre 2013
sem perder a liderança desde a largada. A equipe
cruzou a linha de chegada em Itajaí (SC) às 20h56
do dia 29 de novembro, após 20 dias, 21 horas e
45 minutos de regata.
Os campeões foram recebidos pelos fãs no píer da
Vila da Regata e levantaram a bandeira amarela dada
a todos os vencedores das classes. “Nunca tive
uma recepção como essa. Foi uma emoção e tanto ver tanta gente me aplaudindo.
Momento perfeito”, disse Sébastien Rogues. “O segredo para a vitória foi ter uma dupla
entrosada, um barco de ponta e um patrocinador”.
O GDF SUEZ percorreu os quase 10 mil quilômetros até Santa Catarina com média de 20 km/h.
A vitória de ponta a ponta só foi ameaçada nos quilômetros finais. O barco francês teve
problemas com suas velas spinnakers na passagem pelos Doldrums, mas conseguiu
segurar o ataque dos espanhóis do Tales de Santander e da dupla franco-alemã do Mare até
o final. “Por vários momentos pensei em perder a liderança e até cair para terceiro lugar. Ficamos
sem a vela (usada em vento de lado e até de popa) da Linha do Equador até Cabo Frio (RJ) e
os adversários tiraram nossa diferença. Fomos obrigados a improvisar”, relatou Sébastien.
Divulgação GDF SUEZ
GDF SUEZ venceu a categoria para barcos de 40 pés
Barco GDF SUEZ vence travessia do Oceano Atlântico
BoasNovas 33
GDF SUEZGDF SUEZ
Sébastien abriu larga vantagem mas passou sufoco próximo à costa brasileira
UMA REGATA MíTICA
A Transat Jacques Vabre é uma regata transatlântica para duplas
(tripulação com dois marinheiros) realizada a cada dois anos, desde
1995. O porto de largada é o de Le Havre (França). Em 2013, a chegada
foi em Itajaí (SC) com percurso de 5.450 milhas (cerca de 10 mil km).
A regata teve a participação de quatro tipos de embarcação:
multicascos MOD 70 e Multi 50 e monocascos IMOCA e Classe 40.
O CLASSE 40 GDF SUEZ
Em 2013, Sébastien tomou a decisão de iniciar a construção de um
veleiro Classe 40. Esse barco foi projetado pelo arquiteto naval Samuel
Manuard. O Classe 40 da GDF SUEZ foi lançado em 11 de março de 2013
e batizado por Amélie Mauresmo, ex-número 1 do ranking da Associação
de Tenistas Profissionais, quando da partida da regata. O barco possui
comprimento de 12,18 metros, calado de 3 metros, uma força de
deslocamento de 4,5 mil quilos e altura de mastro de 19 metros.
SOLIDARIEDADE
Este ano, Sébastien Rogues decidiu partilhar sua aventura com crianças
desfavorecidas e prestar seu apoio à associação La Voix De l’Enfant,
uma entidade apoiada pela Fundação GDF SUEZ, da qual é embaixador.
A partir de Le Havre, Sébastien pode contar com a torcida das crianças.
Ao chegar ao Brasil, ele foi acolhido por membros da associação Solidarité
France Brésil, que também é apoiada pela Fundação GDF SUEZ.Sébastien Rogues e Fabien Delahaye no comando do seu barco
Sébastien é atleta patrocinado pela GDF SUEZ na França
Divulgação GDF SUEZ
Crianças apoiadas pela Fundação GDF SUEZ foram importantes para a vitória de Sébastien e Fabien
Plinio Bordin
Divulgação GDF SUEZ
Divulgação GDF SUEZ
Tractebel Energia34
GDF SUEZ
COM A TRACTEBEL ENERGIA
Sébastien Rogues interagiu de maneira muito amigável e calorosa com
os empregados da Tractebel Energia. No dia 05 de dezembro, ele proferiu
uma palestra no auditório da Sede da Companhia, em Florianópolis.
Apoiado por um tradutor, ele falou em francês sobre os desafios vencidos
durante a regata e toda a preparação que o levou a ganhar a prova. Além
de narrar suas aventuras, Sébastien apresentou diversos vídeos com os
bastidores da construção do barco, dos preparativos para a
viagem, das regatas anteriores que prepararam a embarcação e a
tripulação para a travessia do Atlântico, entre outros.
No dia 07 de dezembro, em Itajaí, o velejador recebeu um grupo de
empregados da Tractebel Energia em seu barco e pode mostrar in loco
os detalhes do Classe 40 GDF SUEZ. Na mesma data, foi realizada a
cerimônia de entrega dos prêmios e a Festa dos Campeões.
Empregados da Tractebel tiveram a oportunidade de conhecer o barco vencedor da regata
Sébastien proferiu palestra na Sede da Tractebel em Florianópolis
Plinio Bordin
Plinio Bordin
Coordenação e ediçãoLeandro Provedel Kunzler
Reportagem e textosDfato Comunicaçã[email protected]
Jornalista responsávelDuda Hamilton
Concepção gráfica e editoraçãoDzigual Golinelli
Foto da capa Plinio Bordin
Tiragem 3.500 exemplares
Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
Usina Solar Cidade Azul
ALTA VOLTAGEM
Divulgação Tractebel
Plinio Bordin
Usina Solar Cidade Azul. Esse foi o nome escolhido pelo voto dos internautas para a usina
solar que a Tractebel Energia está implantando em Tubarão (SC). De 1º de novembro a 31 de
dezembro, a votação permaneceu aberta no hotsite produzido para divulgar o P&D Fotovoltaico.
Os três nomes colocados para seleção foram Nova Aurora, Cidade Azul e Tubarão.
A Tractebel está fazendo um dos maiores investimentos em energia solar do País. Orçado
em R$ 56,3 milhões, este P&D, além da aferir o potencial solar brasileiro através de oito módulos
de avaliação, cujos dados serão tratados no novo laboratório da UFSC (Universidade Federal
de Santa Catarina), dará origem à Usina Solar Cidade Azul, que será a maior do Brasil em
capacidade de geração com 3 MWp.
O RESULTADO FINAL FOI:
Cidade Azul 36,61%
Tubarão 34,24%
Nova Aurora 29,13%
Degrémont e Tractebel assinam contrato
Sobre o nome escolhido, de acordo com a
Prefeitura Municipal de Tubarão, “Tubarão
também é conhecida como Cidade Azul. Foi
o escritor, político e jornalista catarinense
Virgílio Várzea que encantado com a beleza
do rio refletindo o céu azul e as montanhas
azuladas no entorno atribuiu o dístico à cidade:
”o rio passa, serpenteando, e no seu rastro de
prata, banha a cidade azul...”.
A Degrémont, braço do grupo GDF SUEZ na área de tratamento de água
e resíduos sólidos, fechou contratos para operar as instalações de ciclo
de água de duas termelétricas da Tractebel Energia, que pertence
ao mesmo Controlador. Avaliados em € 4 milhões, os contratos têm
duração de quatro anos. As atividades serão realizadas no Complexo
Termelétrico Jorge Lacerda e na Unidade Cogeração Lages, ambos
situados em Santa Catarina.
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