Nº 60 ! 7º Ano Agosto / Setembro de 2006 TIKVÁ … 5767 - Um Tikvá ainda melhor para si! Caros...

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TIKVÁ BOLETIM INFORMATIVO DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA Nº 60 ! 7º Ano Agosto / Setembro de 2006 Av / Elul 5766 Rosh Hashaná 5767 Rosh Hashaná 5767

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TIKVÁBOLETIM INFORMATIVO DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA N º 6 0 ! 7 º A n o

A g o s t o / S e t e m b r o d e 2 0 0 6A v / E l u l 5 7 6 6

Rosh Hashaná5767

Rosh Hashaná5767

Em 5767 - Um Tikvá aindamelhor para si!

Caros leitores, correligionários e simpati-zantes! Esta é sem dúvida uma edição es-pecial do nosso Boletim Tikvá não por es-tarmos já na sua 60º edição em 7 anoscontínuos de publicação, mas por chegarjunto de mais um ano novo judaico, mo-mento este de grande sensibilização eunião entre os judeus de todo o mundo.Chega com o Outono e a despedida de maisum verão que sempre nos deixa saudades…Esta edição traz também para nós a alegriado início dos cursos do nosso novo Departa-mento de Ensino Judaico da CIL, cursosestes que arrancaram com pleno êxito hápoucos dias atrás, graças a fundamental mo-bilização e manifestação de apoio e confian-ça por parte dos nossos correligionários quesempre acreditaram e seguem a acreditar nogrande projecto de desenvolvimento da CIL,

sempre voltadocada vez mais pa-ra a integração eparticipação co-munitária e para ofortalecimento da

consciência e identidade judaica de cada umdos nossos membros, desde os mais novosaté a mais vivida geração. Para 5767 esperamos realmente que esteapoio e mobilização se reflicta também nonosso Boletim Tikvá, através da efectiva ecada vez maior participação de todos osnossos leitores, cujas opiniões, textos, crí-ticas e sugestões são fundamentais para ocrescimento qualitativo desta publicaçãotão querida por nós.Sempre a elevarmos os nossos pensamentospara o que há de melhor, no desejo de umespírito irmanado e único, seguiremos juntosneste novo ano na busca de novas e maioresrealizações em todas suas áreas da nossaComunidade em prol da continuidade e dofortalecimento do judaísmo em Portugal.Que seja este também um ano marcado pe-la paz, pela tolerância e respeito entre aspessoas e entre os povos em todo o mundo.Desejamos a todos os nossos sinceros vo-tos de um SHANA TOVÀ, SHNAT SHALOMUGMAR CHATIMÁ TOVÁ

Marcos PristDirector Executivo CIL

E D I T O R I A L

Shaná 5767 Tová!Termina agora um ano difícil: o desaparecimentopolítico de Ariel Sharon, a eleição do Hamas paraa Autoridade Palestiniana, a guerra no Líbano, aameaça iraniana, o antisemitismo crescente nomundo árabe...Apesar de tudo isto, a sociedade israelita mostroumais uma vez a sua vitalidade democrática, a suasolidariedade e determinação em combater osseus inimigos. Apesar dos cortes orçamentais edas dificuldades económicas agravadas pelaguerra, a investigação científica e médica e a pro-dução intelectual e cultural mantém-se a um nívelelevado, desafiando os boicotes académicos depaíses europeus. E, mais uma vez, a solidarieda-de da diáspora judaica mostrou que quando estáem causa a existência de Israel, o nosso coraçãobate como um só...Assim, neste ano que agora se inicia, o nossopensamento vai sobretudo para a população is-raelita, para os familiares dos soldados e civismortos nesta guerra do Líbano, para Guilad Sha-lit, Ehoud Goldwasser e Eldad Reguev que aindapermanecem reféns do Hamas e do Hezbollah.Que sejam rapidamente libertados e que estepróximo ano abra finalmente o caminho de paz,são os nossos votos mais ardentes.Para a CIL, este ano termina com um aconteci-mento que nos enche de esperança. A vinda doProfessor Laércio Pintchovski, a criação de umDepartamento de Ensino Judaico - acontecimentoinédito na nossa comunidade desde o fim da Es-cola Israelita que encerrou as suas portas em1937 - e sobretudo a resposta entusiasta por par-te da comunidade, de jovens e menos jovens, ins-crevendo-se em massa nos cursos, pode ser aoportunidade de ouro para o fortalecimento judai-co da CIL e da sua continuidade. Porque não hávida judaica sem educação judaica e só o conhe-cimento nos permitirá reforçar a nossa consciên-cia e a nossa prática judaica.A todos, os nossos votos de um feliz ano de 5767,com muita saúde, prosperidade e paz!

Esther MucznikVice-Presidente da CIL

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FICHA TÉCNICA Director Esther Mucznik Chefede Redacção Marcos Prist Colaboradores CamilaWelikson, Diana Ettner, Gabriel Steinhardt,Henrique Ettner, Nuno Martins e Samuel LevyConcepção e produção gráfica Raimundo Santos

deseja a todos um

O ramo da Palestina - Joseph Amzalak

Joseph, por sua vez, dedicou-se aocomércio internacional, foi armadorde navios, que transportavam assuas mercadorias e as de outros,pelo Mediterrâneo, Norte de África eaté às Caraíbas. Em 1813 foi viverpara Malta.Nesse mesmo ano hou-ve uma epidemia de cólera na ilha.Como, entre outros negócios, Jose-ph Amzalak tratava também no co-mércio de escravos, um rabino ad-vertiu-o de que só poderia escaparà terrível doença se se arrependes-se dessa mancha no seu currículo efosse viver para a Terra de Israel.Depois de uma demorada passa-gem por Constantinopla, sede doImpério Otomano a que a Palestinaestava sujeita, Joseph mudou-separa Akko (S. João de Accre, a ci-dade dos Cruzados), em 1816.

O ramo português - Moses Amzalak

Entretanto, depois da morte da mul-her, em 1829, também seu irmão,Moses, decidiu mudar-se para a Pa-lestina. Tinha então 60 anos, o quena altura era uma idade avançada.Moses Amzalak pretendia ser sepul-tado, quando falecesse, no Vale deJosephat em Jerusalém.Akko não era considerada então

parte de Erets Israel. Não haviacemitério judaico na cidade,porque todos os judeus que alihabitavam eram sepultados emcemitérios judaicos nas aldeiasdrusas fora da cidade, mas den-tro dos limites da Terra Santa.Moses convenceu o seu irmão maisnovo a irem viver ambos para Jeru-salém. Joseph obteve do sultão umfirman que o autorizava a embar-car para Jaffa, de onde seguiu paraJerusalém, e pouco depois em1828 pediu novamente licença pa-ra trazer a família e os haveres, fi-cando a viver na Cidade Velha. Seuirmão juntou-se a ele em 1829.A partir daí, por qualquer moti-vo e segundo a informação dosdescendentes em Israel, de seuirmão, Moses deixou de tercontacto com a família em Lis-boa4. Certamente por isso, oprofessor Moses B. Amzalak tin-ha uma ideia muito distorcidasobre os nomes e a história dosseus parentes na Palestina5.Ao que consta, casou mais duasvezes, a última das quais com asua cozinheira, mas não tevemais filhos.No entanto, pelos vistos tinhafamília, pois um turista cristãoamericano, descreveu-os da se-guinte maneira:"We were invited by one of theirfirst families to visit them; they re-

ceived us with much kindness, andshowed us all over their house, whi-ch this week is arranged in theirbest order. Their rooms were com-fortable and pleasant, with mattingon the floors, divans with neat co-vers, beds, tables, and a few chairs,which they insisted on our using.Afterwards we sat a while withthem in their tabernacle, which wasenclosed at the sides with curtains,and covered above with canes, anda few pine branches, which hadbeen brought from a great distan-ce; a small table stood in thecentre, upon which all their foodmust be eaten during this week ofthe feast; over it was suspendedclusters of grapes, figs, and pome-granates. The aged father [Moses],with some difficulty, expressed thatfrom sympathy he loved the stran-ger, especially Americans; that hispeople were free in their land, andhe had known them in his inter-course of trade in the Mediterra-nean, while he resided a long timein Gibraltar. He invited us to comeoften to see him, saying that "weare all united in worshipping the sa-me God, and in looking for his king-dom". The mother and daughterswere gaily dressed in English style,and served us with coffee, sweet-cakes, and preserved citron, andshowed us much love at parting".Como se vê, a visita foi durante

Sucot, e o visitante foi recebidona sucá da família.Entre outras coisas, Moses dedi-cava-se ao câmbio de moedas edesconto de letras.Um missionário inglês, que seencontrou com pouco dinheiroem Jerusalém, obteve de um co-lega uma letra promissória saca-da sobre o correspondente desteem Beirute, a quem ele deveriatambém devolver o dinheiro.Mas era necessário descontaressa letra em Jerusalém e rece-ber o dinheiro em contado.Levaram-no a casa de MosesAmzalak, que o recebeu fidalga-mente e lhe disse que já estavaretirado dos negócios. Mas man-dou chamar outro judeu que lhefez um câmbio 16% mais fa-vorável do que o corrente.De uma forma geral, tantoMoses como Joseph e seus des-cendentes eram conhecidosentre judeus e não-judeus comuma das famílias mais nobres do"velho Yishuv".Uma lenda da família - e quase to-da a história dos Amzalak, na ge-ração de estamos a tratar, é ba-seada em muitas lendas e tradi-ções da família - diz que ele fale-ceu com 108 anos. A realidade pa-rece ser que faleceu com 91 anos,em 19 de Outubro de 1858 e foisepultado no Monte das Oliveiras.

Novamente Joseph Amzalake seus descendentes

Joseph era também uma pessoaextremamente bem relacionadaem Jerusalém.Eis uma descrição escrita por outrovisitante estrangeiro, em 1843:"The old man was richly dressedin the Eastern style, and wore, inaddition, a light blue pelisse facedwith fur, whose ample folds enve-loped his neck and shoulders,while his bushy gray beard fell inrich luxuriance upon his breast.He had a fine hazel eye, quiet andpenetrating, and his conversationwas lively, with an air of impor-tance and independence."

Quando se mudou de Akko, portode mar, para o interior, em Jeru-salém, Joseph Amzalak abando-nou quase totalmente as suas ac-tividades comerciais, para se de-dicar sobretudo a operações fi-nanceiras, nomeadamente em-préstimos a juros. Financiava as-sim muitos comerciantes, mastambém instituições religiosastanto cristãs, como judaicas. Di-zem que em alguns casos cobra-va juros muito altos, mas às ins-tituições judaicas cobrava per-centagens apenas simbólicas.Em 1833 cedeu a casa em que vi-via, junto à Cidadela, para umamissão missionária inglesa, e mu-dou para a tal residência, a que jános referimos, muito maior e mui-to próxima da anterior.

A casa que foi dos Amzalak - hoje

Tinha uma sinagoga dentro dessacasa, onde todos os membrosvarões da família se encontravamtrês vezes ao dia, para cumpri-rem shaharit, minhá e arbit.A casa de Amzalak era, natural-mente, o ponto de encontro damelhor sociedade de Jerusalém,judeus e cristãos, missionários,representantes consulares es-trangeiros, governantes locais.Quando algum visitante ilustrevinha à Terra Santa, quasesempre se hospedava na casa dosAmzalak. Pois já vimos que hotéisnão havia.Entre eles Sir MosesMontefiori e Lady Judith, quandovisitaram pela primeira vez a Pa-lestina . Era, de resto, extrema-mente religioso e caridoso.Além de profundamente conhe-cedor da Tora, do Talmud e daCabala, era também mohel, pa-ra o que recebeu formação emLondres. Gostava muito de seencontrar com eruditos cristãose discutir religião com eles.Conta-se um incidente curioso,passado com Joseph Amzalak,em casa do missionário JosephWolf. A dona da casa ofereceu-lhe um bolo, que ele se recusou

terminantemente a aceitar.Então, sem que ele reparasse, asenhora comeu ela o bolo e dei-tou na lareira o papel que o em-brulhava. Amzalak só viu o fumo,pensou que tivesse sido um actode "feitiçaria". Saiu muito zanga-do e foi-se mergulhar no mikve.Joseph Amzalak casou três vezes.Da primeira mulher, Roza de Ben-jamin, teve uma filha, Esther, quecasou com Eliahu Navon, descen-dente do Haham-Bashi (grão-ra-bino) Yehuda Navon. Desta filhateve um neto, Joseph Navon, queviria a ser o braço direito e princi-pal colaborador de seu tio, HaimNissim Amzalak. De ambos va-mos ainda saber muitas coisas.Haim Nissim, nascido em 1828,era o segundo filho varão de Jose-ph Amzalak. O primeiro, YitshakDavid, morreu em 1838, com aidade de 13 anos. O pai sofreu umchoque terrível e moveu influên-cias para conseguir uma autoriza-ção especial para violar a quaren-tena em Jaffo e abandonar o país.Não chegou a faze-lo.Os outrosfilhos foram Soloman e Rafael.Este casou com uma descendentede outro grão.rabino, YonahMoshe Navon. Solomon morreunovo e o irmão, Haim Nissim, de-cidiu adoptar o filho que Solomondeixou, chamado Ben-Zion. Jose-ph morreu em 1845, 13 anosantes do irmão mais velho e foidos dois o primeiro a ser sepulta-do no Monte das Oliveiras.(continua...)

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EÇA DE QUEIROZE OS AMZALAK1

(continuação)

Inacio SteinhardtReproduzido do site www.geocities.com/ishluz,

com autorização do autor.

C O N T A N D O A N O S S A H I S T Ó R I A

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4. Esta informação parece-me duvidosa, poisHaim Amzalak recebeu a nomeação para côn-sul de Portugal em 1871, obviamente emconsequência de relações da família com Por-tugal. Ora seu tio Moses já tinha falecido em1858. De todos os seus primos o mais prová-vel para dispor de tais influências seria Leão(Judah) Amzalak. Mas este faleceu aindaantes do pai, em 1856. Talvez um filho deste,Moses Abudarham Amzalak. Mas tudo istosão hipóteses, que levam a crer que, até cer-ta altura, existiram relações entre os dois ra-mos da família.

5. Há algum tempo conheci numa viagem deautocarro para a Jerusalém, um senhor que éAmzalak pelo lado da mãe, e que me contouque quando o professor Amzalak cá esteve, amãe do meu informador o procurou e chegouà conclusão de que os dois ramos da famíliapouco sabiam um do outro.

© 2006 Inácio Steinhardt - Ganei Tikva, Junho de 2006

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E talvez tivesse sido intencionala presença de um templocristão, dedicado à judia arre-pendida Miriam de Migdal, juntoao bairro dos "cafres" judeus.A única descrição visual que te-mos da sinagoga grande de Lis-boa foi deixada pelo médicoalemão, Jeronimus Muenzer,que visitou a Espanha e Portu-gal em 1494, num itinerário emlatim, de que possuo a tradu-ção em espanhol, de Júlio Puyol(Boletim da Biblioteca da RealAcademia de la Historia):

"El sábado, vigilia de San An-drés, visité su sinagoga. Nohabía estado nunca en uno deestos templos. En un patio quehay delante de ella, crece unaparra gigantesca, cuyo troncomide cuatro palmos de circunfe-rencia. El interior, arregladocon extremada pulcritud, tieneuna cátedra o púlpito para pre-dicar, por el estilo del de lasmezquitas; ardían diez enormes

candelabros con cincuenta o se-senta luces cada uno, ademásde otras muchas lámparas, ylas mujeres colócanse en lugarseparado del de los hombres,alumbrado, de igual modo, conprofusión de luces."Que a sinagoga tinha, pelo me-nos, três naves sabemos peloinventário dos bens apreendi-dos a Dom Isaac Abrabanel,quando este fugiu para Castela,por ter sido acusado de impli-cação na tentat iva de sub-versão do Duque de Bragança:

"hum lugar de sseda ("cadeira"na interpretação de Elias Lipi-ner) na esnoga grande de Lis-boa, na nave do meo em quesee assentava Yuda Abrabanelseu padre"

Os judeus pagavam à Comunauma pensão anual pelos lu-gares reservados, que mantin-ham na sinagoga. Mas tinham odireito de os transmitir por

venda ou por herança. Assim seexplica que D. João II se tenhaapropriado dos três lugarespertencentes a Isaac Abraba-nel, de um dos quais fez doa-ção, em 1486, a Mousem Zar-co, seu alfaiate.Em 1497, quando da conversãoforçada dos judeus de Portugal,todas as sinagogas do reinopassaram para a posse do rei.Mais tarde D. Manuel I fez doaçãodo edifício da sinagoga grande deLisboa aos frades da Ordem deCristo, em troca do convento queestes mantinham no Restelo, on-de viria a ser construído o Mostei-ro dos Jerónimos.O edifício da sinagoga foi trans-formado pelos frades, devida-mente autorizados pelo Papa,na Igreja da Conceição (Velha),que o terramoto de 1755 des-truiu totalmente.

Inacio Steinhardt

Reproduzido do site www.geocities.com/ish-

luz, com autorização do autor"

"Como são belas as tuastendas, Jacob, as tuas mo-radas, Israel"

("Números" 24:5, verso in-icial da oração de "Má to-bu", que os judeus pronun-ciam ao entrar na sinagoga)

Faz agora dois anos - entre 7 e12 de Setembro de 2004 - quea Comunidade Israelita de Lis-boa comemorou, com a devidasolenidade, o primeiro centená-rio da inauguração da SinagogaPortuguesa "Shaaré Tikvá". Talvez não venha a despropósi-to assinalar agora, ainda queapenas de forma simbólica, aoutra efeméride - o sétimo cen-tenário da inauguração da pri-meira grande sinagoga de Lis-boa, em 10 de Setembro de1306, que foi nesse ano o pri-meiro dia de Rosh Hashaná, doano de 5067.Rosh Hashaná, ou primeiro deTishri, foi também o dia emque, segundo a tradição, termi-nou a construção do Templo dorei Salomão.Talvez que essa outra efeméri-de estivesse também na inten-ção do Arrabi-Mor Dom JudahBen Yahia, neto do primeiro ar-rabi-mor do Reino, Yahia Ibn-Yaish, ao escolher esse dia pa-ra inaugurar a sua opulenta si-nagoga.A placa, já bastante danificada,dessa sinagoga, ainda hoje seconserva no Museu AbrahamZacuto em Tomar.

Nela se lê, pela leitura eruditade Samuel Schwarz:"Esta é a porta do Senhor pelaqual os justos entrarão. Entraipelas suas portas com graças eem seus átrios com louvor.Vós que ides no caminho doSenhor acorrei à casa do culto.Três vezes por dia vinde às suasportas em acção de graças.E tomai nas vossas mãos cítarase cantai um cântico de graças.Edi f íc io formoso e be lo

construiu o opulento rabi Iahu-da filho de Guedaliah que tem oseu assento nas assembleiasdos justos e da congregação.Ao nome do Senhor levantou econstruiu esta obra magnífica.E acabou a obra do nosso Deusno primeiro dia do nosso famo-so mês de Eitanim, no ano decinco mil e sessenta e sete donosso cômputo.Deus que dispôs o coração do

rabino para aformosear a casado nosso Deus e o nosso Tem-plo, Ele reunirá o Seu povo noSeu santuár io[ em Jerusa-lém], e nos fará ver a sua re-construção em companhia dosnossos filhos.Bem-aventurado o homem queme obedece, velando às min-has portas todos os dias, guar-dando as ombreiras das minhasdos meus pórticos."

"Eitanim" (os firmes) é outronome dado ao mês de Tishri,porque, segundo a tradição, foinesse mês que nasceram os trêspatriarcas da nação de Israel.Devia ser realmente sumptuosa,em termos da época em que foiconstruída, essa sinagoga, situa-da na então Judiaria Grande deLisboa, no ponto mais próximo daigreja da Madalena, que ficavaentão frente à cerca da Judiaria.

C O N T A N D O A N O S S A H I S T Ó R I A

7.º CENTENÁRIO DA ANTIGASINAGOGA DE LISBOA

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N o passado dia 17 de Setembro o Movimento Juve-nil Dor Chadash realizou uma actividade especial

sobre o Ano Novo Judaico que contou com a presençae participação do nosso Moré Laércio Pintchovski. OMoré desenvolveu uma dinâmica e ilustrada explicaçãosobre este sagrado momento do nosso calendário ju-daico e mostrou também a todos os vários símbolosdesta celebração através de uma mesa toda arranjadapara enriquecer esta actividade. Depois seguiu-se uma

não menos interessante actividade dirigida pelos ma-drichim do movimento na qual as crianças e jovenstinham a possibilidade de memorizar e interagir comos símbolos, valores e conceitos ensinados. Os cercade 40 participantes presentes certamente voltarampara as suas casas felizes por terem aprendido sobre oRosh Hashaná de uma forma muito criativa e envol-vente. As actividades do Dor Chadash ocorrem todosos domingos das 15h30 às 19h00 no Maccabi.

Actividade Especialde Rosh Hashaná no Dor Chadash

A pós todo um desenvolvimento e programaçãorealizada com muito carinho, rigor e dedicação,

o novo Departamento de Ensino Judaico coordena-do pelo nosso querido e recém-chegado Moré Laér-cio Pintchovski já começa a colher os seus primeirosfrutos. O projecto foi minuciosa e criteriosamenteelaborado desde o mês de Junho sendo apresenta-do à Comunidade num evento especial realizado noprincípio do mês de Julho na Biblioteca Dr. Elias Ba-ruel na Sinagoga. Na ocasião foi distribuído aos pre-sentes um questionário pessoal sobre o conheci-mento, prática e vivências judaicas e religiosas dosparticipantes, cuja análise global das respostas pu-blicadas na edição passada do Tikvá, foram degrande valia para a formatação da grelha de aulas ecursos (ver detalhes nesta edição - pag ? ) que in-iciaram no passado dia 18 de Setembro com maisde 60 alunos inscritos, com destaque para as tur-mas de Hebraico (iniciantes) e de Conceitos Básicosdo Judaísmo que contam cada uma com mais de 20alunos. Vale salientar que todos os cursos ofereci-

dos tiveram resposta e inscrições e estão já em ple-no funcionamento, incluindo os cursos livres paranão membros da CIL que já reunem também 12 ins-critos. As incrições para o programa 2006/2007 fo-ram encerradas no passado dia 30 de Setembro,mas em breve estarão abertas as inscrições para oprograma 2007/2008.

Iniciaram com sucesso os cursos do novo Departamentode Ensino Judaico da CIL

Turma de Judaís-mo/Bar Mitzvá

Turma de Hebraico - crianças

Turma de Hebraico - adultos iniciantes

E steve em Lisboa no princípio do mês de Setembroum simpático grupo da cidade de Petach Tikva em

Israel. O grupo de cerca de 35 pessoas denominadoChasrei Manoach (em hebraico "sem descanso") forma-do por ex-professores, educadores e directores de es-colas com idade média dos participantes entre os 65 e70 anos, tem por tradição sempre visitar as várias co-munidade judaicas dos países onde visitam de modo aestabelecer um significativo contacto com as mesmas,

a quem oferecem actividades de integração comunitá-ria tais o desporto (futebol), apresentações artísticasde música e dança e um repertório de anedotas. Apósum rápido contacto com os nossos serviços e devido aopouco tempo disponível, foi organizado de improvisoum almoço especial na sede e a participação deste gru-po nas actividades do Dor Chadash e do Maccabi, numatarde do passado domingo dia 10/9, muito alegre eagradável para todos os presentes.

Após um almoço ao ar livre, houve uma histórica partidade futebol entre "idosos X crianças do Dor Chadash" e

seguir muita música e descontracção no salão do Maccabi,onde foram recebidos pelo Presidente do clube - ArnaldoGrossman. O grupo ainda teve tempo de oferecer gentil-

mente à CIL uma bela Chanukiá com dizeres gravados alusi-vos àquele encontro. No dia seguinte pela manhã foram re-cebidos na nossa Sinagoga pelo Director Executivo da CIL -Marcos Prist e pelo Moré Laércio Pintchovski, de quem pude-ram ouvir um pouco da história da nossa comunidade.

Grupo de Petach Tikva visita a CIL

A C O N T E C E U N A C I L

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E stá em Lisboa o filme Paraíso Agora do realizadorHany Abu-Assad, israelo-árabe, natural de Naze-

ret e a viver na Holanda há cerca de 20 anos. Um dosco-produtores do filme é israelita, aliás, parte do filmefoi filmado em Nazeret, o que não impediu o realizador,que tem cidadania de Israel, de subscrever recente-mente uma petição a apelar ao boicote de todas as in-iciativas que envolvessem artistas israelitas na Europa. O filme relata as últimas 48 horas de vida de dois pa-lestinianos recrutados para cometerem um atentadoterrorista em Tel-Aviv. Teve o prémio de "Melhor filmeEuropeu" do festival de Berlim, o Globo de Ouro deMelhor Filme Estrangeiro e o prémio Amnistia Interna-cional de Berlim. Apesar de Paradise Now ser um filmebem feito, com um bom trabalho de autores, em min-ha opinião, a atribuição de todos estes prémios deve-se mais a critérios políticos do que artísticos, comoaliás grande parte dos festivais europeus de cinema jános habituou. Especialmente chocante é o prémio Am-nistia Internacional para um filme que embora nãosendo uma apologia do terrorismo, acaba por justificá-lo com a ocupação israelita. Com efeito, no filme, Israel é culpado de tudo: de uma vi-da sem futuro e dos campos de refugiados, da violência

das relações, do colabora-cionismo e finalmente doterror - "não nos resta maisnada senão os nossos cor-pos", afirma um dos terroristas. Em Paradise Now, não hácontexto histórico, nem países árabes, nada: apenas pa-lestinianos, meras vítimas da história, contra uma entida-de sem rosto, omnipresente e omnipotente.Israel surge no filme totalmente destituído de humani-dade: apenas canhões e soldados ameaçadores. Issonão é inocente - só se consegue odiar destituindo-se ooutro da sua humanidade - esta é uma das lições donazismo. A cena final é bem reveladora: ao fazer ex-plodir um dos palestinianos num autocarro em Tel-Aviv, o realizador teve o cuidado de não mostrar nemsangue nem mortos, porque isso poderia despertar ohorror e a compaixão. Um detalhe significativo neste filme tão premiado: o ho-mem encarregado de recrutar os candidatos a terroris-tas é um professor. Não é preciso um grande esforço deimaginação para adivinharmos o teor da mensagem queele passa aos seus alunos: o Paraíso agora e já!

Esther Mucznik

M O M E N T O D E R E F L E X Ã O

NEGÓCIOS LUSO-ISRAELITAS

O LAÇO BRAVEVN ão é ídishe, ivrit, nem ladino. Br a ve v representa

as cores que, bem misturadas, podem ser a reden-ção. Branco e azul de Israel, verde e vermelho de Por-tugal. Onde está a magia? Na integração, pois temoshistórias e climas similares.Na UE somos um dos países com mais rápido crescimen-to de massa florestal. Mas há meio-século somos o quemais a perde por incêndios. Vamos aproveitar o seu po-tencial? A cinza no campo é rica e, irrigada, oferece fértilsolo. Israel tem equipamento e tecnologia para irrigaçãoe fertilização. Podemos transformar um desastre em van-tagem. O Ministro da Agricultura deve criar um grupo pa-ra ensinar e ajudar a implantar empresas agro-tech.A Suécia importou equipamentos e artesãos Belgas noséculo XVlll, pois tinha minério de ferro mas não pes-soal para o transformar; eles formaram pequenas em-presas. Após cem anos ela exportava aço e pouco de-pois era líder mundial em ligas especiais.O enorme crescimento empresarial em Israel e EUA de-veu-se à imigração de competentes norte-europeus queali puderam iniciar pequenas empresas, hoje globais; e àreal livre concorrência, sem burocracia. Portugal e Israeltêm história similar, antiga e rica: invadidas por bárba-ros, ocupadas por mouros; por cá, sábios judeus nos le-varam a novas terras e ao comércio global, como lá. MasIsrael se libertou em 1948, Portugal 30 anos depois.Há 30 anos Israel era essencialmente agrícola, mas pa-

ra lá foram milhares de técnicos experientes. Exporta-vam citrinos, sumos e tomates. Depois os industrializa-ram. Hoje de lá vem tecnologia em energia solar, elec-trónica, electromedicina, irrigação, genética vegetal.Por cá ardem em vermelho as verdes matas, por lá oazul das águas toma o branco da areia.Israelitas adoram a gente e o clima de Portugal. Há ládezenas de empresas rurais especializadas em se-mentes e mudas de árvores e plantas. Elas dizem quePortugal tem tudo para esta actividade: curto Inverno,longa Primavera, Verão seco, vento seco. Se lhes fos-sem oferecidas parcerias com os donos de campos ardi-dos, ou dos secos do Alentejo, 5 técnicos e crédito parairrigação, elas fariam das cinzas mil milhões de euros. Devemos motivar a banca e os concelhos a mudar o fo-co de grande projecto, que exige complexas autoriza-ções, para pequeno investidor com tecnologia e mercadolá fora. Este gera trabalho e compra materiais locais.Precisamos de melhor utilizar os nossos solos, água esol. Somos competitivos em agricultura orgânica. Pode-mos aquecer água e ambientes, refrigerar, até exportarenergia solar. Com a tecnologia Israelita, como da IAI,fotovoltaica, S-tec espelhos parabólicos, MillenniumElectric, etc. Devemos colher os citrinos hoje abandona-dos e produzir sumos e extractos para a indústria farma-cêutica e cosmética. Nós e a Câmara de Comércio pode-mos divulgar o quanto os dois países ganhariam commais integração. Por um BRAVEV, branco, azul, verde evermelho, um arco-íris de riqueza a ganhar!

Jack SoiferConsultor e autor de livros como 'A Grande Pequena Empresa' e "Empreen-

derTurismo". Está no Conselho Nacional da PME Portugal. [email protected]

O American Jewish Committee de novo em Lisboa

V inda de Israel, onde permaneceu emmissão de solidariedade, esteve em Lis-

boa, no passado dia 8 de Setembro, uma de-legação do American Jewish Committeeconduzida pelo seu director executivo, DavidHarris. Acompanhada pelo presidente e vice-presidente da CIL, respectivamente, José Oul-man Carp e Esther Mucznik, a delegação en-controu-se, com Jaime Gama, Presidente daA.R. e com Luis Amado, Ministro dos Negó-cios Estrangeiros. A delegação esteve tam-bém na Presidência da República onde foi re-cebida por Nunes Liberato, Chefe da Casa Ci-

vil, e por Fezas Vital, conselheiro diplomáti-co. Seguiram-se alguns encontros com depu-tados ao parlamento, encerrando-se o dia detrabalho com uma entrevista ao jornal Públi-co, publicada na edição de 14 de Setembro ecuja leitura recomendamos vivamente. A di-mensão desta excelente entrevista não nospermite incluí-la no Tikvá, mas está disponívelpara consulta na secretaria da CIL. À noite te-ve lugar um jantar no Maccabi, durante o qualDavid Harris falou com a habitual clareza daactual situação em Israel no seguimento daguerra desencadeada pelo Hezbollah.

PARADISE NOW

O ministro da Justiça assinouno dia 14 de Setembro os

despachos de radicação de duascomunidades religiosas, a Co-munidade Israelita de Lisboa e aComunidade Islâmica de Lisboa.Um despacho de rad icaçãoconsubstancia, de acordo como estatuído no n.º 1 do art.º37º da Lei da Liberdade Reli-giosa, o reconhecimento porparte do Estado Português deque determinada igreja ou co-munidade religiosa possui pre-sença socia l organizada nonosso país há pelo menos 30anos e que se encontra já ins-crita no Registo.A qualidade de igreja ou comu-

nidade religiosa radicada confe-re certos direitos. Assim:- O Estado coopera com essasentidades, com vista à promo-ção dos direitos humanos, dodesenvolvimento integral de ca-da pessoa e dos valores da paz,da liberdade, da solidariedade eda tolerância;- Representantes de igrejas ecomunidades religiosas radica-das integram a Comissão doTempo de Emissão dasConfissões Religiosas, que é aentidade que, de acordo com o arepresentatividade das váriasconfissões e com aplicação doprincípio da tolerância, celebraos acordos de atribuição e dis-

tribuição do tempo de emissãonos serviços públicos de tele-visão e de radiodifusão;- As igrejas e comunidade radi-cadas no país podem propor acelebração de acordos com oEstado sobre matérias de inter-esse comum.Está neste momento em análisea eventual aprovação das altera-ções legislativas necessárias pa-ra efectivar o reconhecimento dedireitos civis aos casamentos ce-lebrados por forma religiosa (di-versa da católica) por ministrodo culto de uma igreja ou comu-nidade religiosa radicada.

Fonte: Portal do site do Ministério da Justiça

Ministro da Justiça reconhece Judaísmo e Islamismo como religiões radicadas em Portugal

Tikvá 59 • Junho/Julho 13

I S R A E L E M F O C O

Caros amigos,Nas vésperas do Ano Novo de 5767 enfrentamos maisuma vez novos desafios e novas dificuldades, que nosobrigam a procurar caminhos eficazes de combate.O Estado de Israel volta a enfrentar o terrorismo islâmi-co extremista, que tenta impedir a estabilidade e a pazno Médio Oriente, prejudicando os valores humanosuniversais e as bases da democracia em todo o mundo.Nos últimos meses fomos obrigados a combater a or-ganização denominada Hizbollah que, desde há muito,continua a ameaçar a população do norte do país, ata-cando e prejudicando a segurança de cidadãos in-ocentes sem motivo ou justificação, enquanto Israelcontinuava a respeitar plenamente as decisões daONU, retirando-se de todo o território libanês.O conflito israelo-palestiniano não é o motivo do terro-rismo islâmico no mundo. A comunidade islâmica ex-tremista deseja controlar todos os países muçulmanose as bases da cultura ocidental.O Estado de Israel luta também em defesa do mundodemocrático para proteger os valores humanos e osprincípios da democracia.Agradeço e elogio as comunidades judaicas do mundointeiro que, nos últimos meses, têm manifestado o seuapoio e solidariedade para com o Estado de Israel. Asvisitas das delegações encorajam-nos e reforçam oslaços que nos unem.Aproveito para estimular as comunidades a reforçar osvínculos que unem o Estado de Israel com a diásporae para convidar especialmente os jovens judeus de to-do o mundo a visitar Israel, conservar as tradições e aherança do nosso povo, os valores do judaísmo e for-talecer os laços com o Estado de Israel.Devemos prosseguir a luta contra o anti-semitismo,que continua a surgir em diversos lugares do mundo eameaça não apenas os judeus como também os va-lores éticos e humanos. Diversos líderes do mundolivre compartilham da nossa preocupação em relaçãoao fortalecimento do anti-semitismo e estão decididosa combatê-lo com determinação e responsabilidade.Nas vésperas do ano novo, dias de consciencializaçãopessoal e nacional, somos obrigados a agir de acordocom os valores sagrados do judaísmo e a manter a he-rança judaica e a união do nosso povo.Devemos estar preparados para tomar decisões defundamental importância para o povo e o Estado deIsrael. Acredito, caros irmãos e irmãs que, apesar dasdivergências e desacordos, saberemos manter a uniãoe a solidariedade neste momentos de prova.Em nome do povo de Israel e em meu nome, desejoenviar a todos vós e familiares os mais sinceros votosde um próspero e feliz ano novo; ano de criação e fra-ternidade, paz e segurança, durante o qual seja possí-vel continuar a manter a nossa força nacional.Shaná Tová.Moshe Katsav

OMajor General Udi Adam, comandante da regiãomilitar norte de Israel, apresentou a sua demissão,

na sequência do insucesso da operação militar no Líba-no. Triste mas curiosamente, o seu pai Yekuthiel (Kuti)Adam, também ele major general e à altura vice-chefedo Estado-maior, foi morto também no Líbano, em1982, numa emboscada de terroristas da OLP. Aparentemente, os cidadãos de Israel têm todos os

motivos para estar descontentes com os fracos resulta-dos da "guerra", que custou muitas vidas de soldados ede civis. E porque de um país democrático se trata(não, caro leitor, o Líbano, a Síria e o Irão não são), ascríticas internas são públicas e chovem em abundância.Como é possível? Politicamente, não há dúvida de quefoi uma resposta a um ataque provocado (o rapto dossoldados), o Hizbulah é reconhecidamente um movi-mento terrorista e até (ineditamente, diga-se de passa-gem) há uma decisão da ONU (nº1559, lembram-se?) aexigir o seu desarmamento. Militarmente, não há dúvi-da de que o exército de Israel é muito mais forte.A guerrilha shiita nasceu com a invasão do Líbano lide-

rada pelo então Ministro da Defesa de Israel Ariel Sharon,em 1982. O Hizbulá, inspirado pela revolução iraniana doayatolá Homeini em 1979, foi o resultado da fusão de vá-rios movimentos fundamentalistas e radicais: a Organi-zação dos Oprimidos da Terra, a Organização da JustiçaRevolucionária e a Jihad Islâmica. Não obstante serconsiderado pela Onu como um movimento terrorista, hámuitos anos que, paradoxalmente, se vem fortificandomilitarmente com armamento oriundo sobretudo do Irão,um país membro desta organização, e é comandado porquatro generais do exército deste país.É óbvio que Israel sabia disso e até alertou várias vezes

para o que estava a acontecer. Só que os guerrilheirosshiitas são ilustres desconhecidos. Vestidos civilmente,eles misturam-se com a população, conivente ou não, evivem entre ela. O seu armamento está permanente es-condido nas caves das casas e em túneis. Israel observoudurante anos camiões suspeitos a passarem a fronteiracom a Síria e a transporta em "mercadorias" aos centrosdas cidades libanesas ou a lugares perdidos no meio donada. Quando os soldados entraram no Líbano, eram fa-cilmente observados e atingidos pelos homens do Hizbu-lah mas não os conseguiam identificar. E foi por isso queIsrael não os conseguiu enfrentar e subjugar. E foi por is-so que se viu forçada a arriscar a impopularidade peran-te a opinião pública internacional e a bombardear zonasurbanas. E se viram imagens impressionantes de destrui-ção nas televisões de todo o mundo. E houveram vítimascivis e inocentes a lamentar. E se deixou de falar da razãoque Israel tinha e do imenso serviço que prestou ao mun-do ao abater numerosos terroristas e destruir parte dasua infra-estrutura, cumprindo, repetimos, com uma de-cisão da própria ONU. Tal como o tinha feito anos antesao destruir o reactor nuclear do Iraque.

As "forças de paz" europeias enviadas para a região,sob o comando dos franceses até Fevereiro de 2007, são

na opinião de muitos mais um exemplo da profunda in-compreensão dos seus líderes dos verdadeiros proble-mas da região. E do seu desejo de ficar bem na fotogra-fia, sem ir ao fundo da questão. O Irão conseguiu o seuobjectivo de desviar um pouco de si as luzes da ribalta.Não é de prever que os seus governantes o o próprioHizbulah estejam interessados em se envolver imediata-mente em conflitos armados. Para já, os homens do Hiz-bulah estão integrados no exército libanês que se deslo-cou para o sul do país e precisam de tempo para receberarmamento do Irão através da Síria e do vale do Beká.Por certo que os "soldados da Paz" não os irão impedir.Os seus organismos sociais continuarão a funcionar e aganhar popularidade. Por estranho que pareça, o gover-no libanês, supostamente democrático e independente,aceita com tranquilidade que Hassan Nasrála, o carismá-tico líder do Hizbulah, diga que será o seu movimentoque irá reconstruir o Líbano que Israel destruiu. Haveráforma mais clara para definir a existência de "um gover-no dentro do governo" libanês?As críticas que se ouvem hoje em Israel são, quanto anós, compreensíveis. O Hizbulah vai seguramente vol-tar à carga no futuro, mais forte e perigoso para Israele para todo o ocidente. O fundamentalismo é um pro-blema civilizacional. Mas nem um exército forte e corajoso conseguiu uma

vitória significativa num campo repleto de ninhos devespas. Por muito insecticida que se tenha pulverizado,"O Líbano" - dizia o falecido Bashir Jemaiel, assassina-do três meses antes de ser eleito presidente deste país- "é fácil de comer, mas difícil de digerir".

Gabriel Steinhardt

Escola Internacional em Portugal recebe o Embaixador de Israel

A Escola Internacional St. Dominic's convi-dou o Embaixador Aaron Ram para proferirum discurso nas cerimónias de abertura donovo ano lectivo, no passado dia 11 deSetembro, onde foi entusiasticamente re-

cebido pelos professores e estudantes, entre os quaiscrianças pertencentes a nossa comunidade.

Em solidariedade com Israel Almoço com Aaron RamOrganizado pelo CDS/PP, teve lugar no passado dia 25Setembro um almoço, no qual o convidado de honra eorador foi o Senhor Embaixador de Israel em Portugal,Aaron Ram que falou sobre"A situação do MédioOriente: a perspectiva de Israel".Depois da sua intervenção muito clara e abrangente,seguiu-se um período de perguntas e respostas. Fo-ram também convidados alguns membros da CIl queparticiparam no almoço.

Manter vivo o Mar MortoCientistas Israelitas e Jordanos uniram-se para tentarsalvar um bem comum: o Mar Morto. À medida que apopulação Israelita e Jordana crescem, cada vezmenos água chega ao Mar Morto. Tanto Israelitas co-mo Jordanos enfrentam escassez de recursos hídricose as preciosas gotas que em tempos fluíam do LagoIsraelita Kinneret ou do Rio Jordano Yarmuk para oMar Morto são cada vez mais raras. O projecto en-volve diagnosticar as várias questões que afectam oMar Morto e os investigadores da Universidade de TelAviv que lideram o projecto esperam que acabe porbeneficiar toda a região. Fonte: Newsletter Embaixada de Israel em Lisboa - Setembro 2006

Invenção israelita permite diagnosticar doenças em 20 minutos Um novo instrumento electrónico israelita permite di-agnosticar doenças nos 15 sistemas corporais atravésde uma revisão que dura 20 minutos, sem que o pa-ciente precise tirar a roupa. Segundo o jornal"Jerusalem Post", trata-se de um "lápis" que operacom um eléctrodo em um dedo da mão e outro em umdedo do pé, e que, conectado ao monitor de um com-putador, informa ao médico, graficamente, sobre ofuncionamento do sistema circulatório, respiratório,imunológico e sobre a espinha dorsal, entre outros.Ele detecta doenças ou sintomas, é de pequenas di-mensões e sua aplicação não causa dor. O paciente éexaminado deitado e vestido. O aparelho pode ser us-ado sem risco de radiações para crianças e mulheresgrávidas. O custo do tratamento varia de US$ 70 aUS$ 120. Além da vantagem de proporcionar um di-agnóstico rápido, o equipamento permite ao pacienteeconomizar a quantia que gastaria para fazer os ex-ames médicos convencionais para descobrir o motivode sua doença. O equipamento, cujo custo oscila en-tre US$ 7 mil e US$ 15 mil, foi inventado pelo médicoAlex Kanevsky, e pode ser operado por um técnico ouuma enfermeira, mas a interpretação dos gráficosdeve ser feita por um médico previamente treinado.Fonte: Jornal Alef - Brasil

A CIL comunica e dá as boas vindas ao Sr.Amir Sagie e o Sr. Rafael Erdreich, respec-tivamente os novos 1º secretário da Embaixa-da e Cônsul do Estado de Israel, recém chega-dos a Portugal. Os nossos votos de pleno êxitono exercício das vossas novas funções.

12 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

Digerindo um ninho de vespas Saudações do Presidentedo Estado de Israel,Moshe Katsavàs Comunidades Judaicas -Rosh Hashaná 5767

Israel assina importante acordo com o Estado Português

Após dois anos de intensas negociações, os dois Es-tados reforçam assim as suas relações económicasao simplificar os procedimentos tributários entre osdois países.

Embaixador de Israel, Aaron Ramcom Secretário deEstado dos NegóciosEstrangeiros e daCooperação JoãoGomes Cravinhoapós assinatura daConvenção entre oGoverno do Estadode Israel e o EstadoPortuguês para evitar a dupla tributação.

Adata de 14 de Setembro de 2006ficará na história dos judeus da

Alemanha. Pela primeira vez desde1942, três rabinos foram ordenadosna Sinagoga de Dresde. Daniel Alter,Tomas Kucera e Malcolm Mattitianiforam formados no Colégio AbrahamGeiger - rabino e teólogo alemão quelançou o movimento da reforma dojudaísmo em 1836 - de Potsdam, oúnico seminário de formação de rabi-nos da Alemanha que abriu em1999. Os três seguiram uma forma-ção de cinco anos. Desde a guerra,as comunidades judaicas alemãs re-correram sempre a rabinos estran-geiros, principalmente de Israel,América e Inglaterra, os quais hoje

têm acima de 70 anos.Charlotte Knobloch, a nova presi-dente do Conselho Central dos Ju-deus da Alemanha, vê nesta ordena-ção um símbolo pleno de esperançaque vem confirmar o renascimentoda vida judaica na Alemanha. No fi-nal dos anos 80, a comunidade tinhaapenas 25.000 membros, a maioriade idade avançada e a sua continui-dade estava ameaçada a médio pra-zo. Apenas a chegada milagrosa dejudeus da ex-URSS a partir da que-da do regime soviético permitiu revi-gorar a comunidade.Em 1999, a nova Alemanha adoptouuma política particularmente convida-tiva para os judeus soviéticos: inspi-

rando-se da Lei do Retorno de Israel,qualquer judeu soviético capaz de pro-var o seu judaísmo podia imigrar paraa Alemanha onde era acolhido por es-truturas de apoio. São hoje mais de100 mil membros e se a integraçãodos novos imigrantes é dificil - os"Russos" como lá são chamados já sãoa grande maioria -, ela já produziu osseus frutos, nomeadamente entre osjovens, perfeitamente integrados nasociedade alemã, e em muitos casosna comunidade judaica da Alemanha.Esta ordenação de rabinos alemãesinscreve-se neste movimento de re-nascimento cultural. Olivier Guez Proche.Orient. Info -

U m evento importante, desti-nado a desenvolver uma re-

lação mais próxima entre a UniãoEuropeia e Israel, teve lugar nodia 13 de Setembro em Bruxelas."European Friends of Israel"(EFI") une os parlamentares eu-ropeus e membros da EU que de-sejem aprofundar os laços entreas duas partes.Participaram no evento cerca de200 parlamentares europeus enacionais, junto com altos fun-cionários europeus, incluindo oComissário Europeu para as Rela-ções Exteriores Benita Ferrero-Waldner e Elmar Brok MEP, Presi-dente do Comité do ParlamentoEuropeu para Assuntos Externos."Nunca vimos parlamentares detantos Estados-Membros da UEe nunca vimos tantos amigos deIsrael juntos, ao mesmo tem-po", declarou Gunnar Hökmark,Presidente do Comité da EFI noParlamento Europeu e Presiden-te da Associação de AmizadeSuécia-Israel.Dirigindo-se aos convidados vin-dos de Israel, que incluíram di-versos membros do Knesset:"Por favor levem esta mensa-gem de Bruxelas para Jerusa-lém. Nós somos amigos de Is-

rael, somos muitos e vimos detoda a Europa para apoiar Is-rael!". A audiência incluía tam-bém representantes formais doKnesset, Dália Itzik e a Ministrados Negócios Estrangeiros TzipiLivni. "Acredito que a EFI podeajudar o debate nos nossos par-lamentos, ao identificarmos erealmente auxiliarmos muitoscolegas que pensam como nós.O povo oprimido do Médio Orien-te não é oprimido por ninguémmais do que os seus própriosopressores. Não por Israel, nãopelos Estados Unidos nem pelaUnião Europeia". Numa mensa-gem pré-gravada em vídeo, oPrimeiro-Ministro Ehud Olmertrealçou o papel chave da UniãoEuropeia na construção do pro-cesso diplomático no MédioOriente. Em directo de KiriatShmona, o anterior Primeiro-mi-nistro e chefe do Likud, Benya-min Nethanyahu, dirigiu-se àdistinta audiência: "a União Eu-ropeia e Israel partilham osmesmos valores - uma ameaça ànossa democracia é um perigopara todas as democracias", re-ferindo-se ao programa nucleariraniano. De Portugal estiverampresentes nove deputados dostrês principais partidos parla-mentares, CDS-PP, PSD e PS. "Esta é uma noite de alegriaporque estamos aqui tantos pa-ra declarar a nossa amizade aIsrael", disse Frederique Ries,MEP Belga e vice-presidente docomité EFI. "Mas, mais do queisso, esta é uma noite d espe-rança. Isto é a Europa, isto é Is-rael, paz e democracia. Que aamizade e a democracia seunam e contribuam para trazerfinalmente a Paz".

A C O N T E C E U N O M U N D O

Petição aos lideres europeus26 intellectuais de todo o

mundo, inc lu indo Ber-

nard-Henry Levy, Andre

Glucksmann e Elie Wiesel,

juntaram-se a uma peti-

ção solicitando aos lideres

europeus que "enfrentem

o perigo mundial causado

pelos l ideres iranianos,

em relação ao seu progra-

ma nuclear e à ameaça de

riscar Israel do mapa"

Senhor presidente Mahmoud Ah-madinejad, francamente, ao co-

meçar esta carta não tive vontade dechamá-lo deste modo. Tal título impli-

ca um mínimo de respeito. O faço, entretanto, porque évocê quem se expressa em nome dos iranianos. Nas fotos,o vejo perante multidões, rostos e mãos levantadas. Semdúvida poderia se perceber certa forma de entusiasmo, nomínimo, de adesão. Nós conhecemos, na Europa, essasmultidões. Foi um momento ruim para nós. Um períodotrágico do qual nós continuamos arrastando a vergonha ea angústia.Um dos povos mais cultos do mundo, um povo que haviaelevado em alto grau a filosofia, a música, a poesia, um po-vo que havia assombrado seus vizinhos por seu resplendor,se afundou no ódio, na loucura racial, na ignomínia. Deze-nas de milhões de indivíduos sofreram, em sua carne, suacultura, sua dignidade, essa estranha barbárie que queriafazer-se ver como uma 'nova ordem'. Foram em primeirolugar os cidadãos desse Estado, alemães, logo e pouco apouco os demais, todos os demais. A essa loucura se cha-mou uma guerra mundial. Porém foi, sobretudo, uma guer-ra contra o que havia de humano em nós. Queimaram-seos livros, as crianças foram deportadas e assassinadas, asinteligências foram despedaçadas. Tudo o que honrava aohomem foi pisoteado. Depois, chego em você: uma parteda espécie humana, o povo judeu, foi destinada ao inferno.Ressalto, apenas um fato. Não eram nem os mais numero-sos, nem os mais ricos, nem sequer os mais influentes.Eram homens e mulheres que haviam carregado consigodurante muito tempo e de muito longe, sua fé, suas per-guntas sobre o mundo, sobre Deus, sobre a necessidade deviver ou de sofrer, sobre a alegria de amar. Geralmente,frequentavam os livros. Reflectiam muito, não compreen-diam por que não eram queridos, por que lhes chamavam"subumanos", Untermensch, por que lhes consideravaminsectos. Foram perseguidos em toda Europa, enforcados,fuzilados, queimados. Você sabe perfeitamente de tudo is-so, mas estou lhe dizendo pelo menos por três razões:- A primeira, é que nós (digo "nós", como modo de falar)

não aceitaremos que tudo volte a começar. Eu não sou ju-deu, porém os judeus são, como os persas, meus irmãosem humanidade.- A segunda, é que eles têm o direito, como você, comoeu, de ter uma pátria. Que seja França ou Israel, isso nãomuda em nada o assunto.- A terceira razão você não vai gostar. Mas, azar: é queeles ajudam ao mundo (e provavelmente é isso que vocêquer "varrer do mapa") uma concepção do homem e deseu destino que tem enriquecido a vários ciclosde civilizações, e que honra tanto ao povo judeu como aoEstado de Israel.Senhor Presidente, você tem o direito de ser nacionalista.Você tem o direito de se sentir orgulhoso da história do po-vo persa. Você tem o direito de ser crente e de orar a Deus"clemente e misericordioso" citado no princípio de cada'sura' do Corão. Você, no entanto, pensa que tem o direi-to de obrigar as mulheres a ocultar seus rostos por trás deum véu, de torturar aos opositores, de encarcerar os jor-nalistas que lhe contradizem, de condenar a morte crian-ças, de perseguir as minorias, de iniciar "guerras santas"contra "os infiéis". Porém, você não tem o direito de impora Israel a turba assassina, imbecil e cheia de ódio queacompanha seus discursos. E o que me parece que vocêodeia nesse Estado é, a liberdade de expressão, a diversi-dade dos partidos, o papel da oposição, a modernidade, aindependência dos poderes e da justiça, a pesquisa uni-versitária, os descobrimentos e novos inventos; e sem dú-vida também a valentia que existe lá.Ou seja, tudo o que nós temos o direito de admirar. Os ho-mens que organizaram a reunião de Wannsee, na qual sedecretou o extermínio dos judeus da Europa já morreram.Naturalmente, como todos nós, você seguirá esse destino.Desejo somente para você mesmo, para o povo persa, pa-ra as jovens crianças do Irão que sobreviverão a você, queninguém tenha vontade de ir cuspir sobre sua tumba.

Colaboração: Brani MargolisTradução: Ivan Kelner.Fonte: Jornal Alef - Brasil

Carta aberta de François Leotard,ex-ministro francês, ao Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad

Tikvá 20 • Agosto/Setembro 15

Pela primeira vez desde 1942 três rabinos ordenados na Sinagoga de Dresde na Alemanha

Presidente Lula recebe lideranças judaicas no planalto

No passado dia, 21 de Setembro, o presidente Lu-la recebeu uma comitiva com representantes daComunidade Judaica Brasileira,em Brasília, parauma troca de mensagens de Ano Novo Judaico,Rosh Hashaná, entre o governo brasileiro e a co-munidade judaica do País. Na ocasião, os rabinosapresentaram os símbolos típicos da Festa para opresidente, e também, tocaram o shofar, um ins-trumento feito de chifre de carneiro, que produzum som emocionante, evocando o despertar danossa consciência.Fonte : Bnai Brith Press - Brasil

Parlamentares Europeus unem-se para dar apoio a Israel

Presidente Lula come"Chalá com mel" com Rabino Henry Sobel

14 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

Tikvá 20 • Agosto/Setembro 1716 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

H á muitos anos, antes que existissem carrosde bombeiro, brigadas contra fogo e alarmes

electrónicos contra incêndio, quando a maioriadas casas era feita de madeira, um incêndio erauma coisa terrível. A cidade inteira, ou boa partedela, podia ficar em fumo e chamas. E assim,quando irrompia um incêndio todos abandonavamo seu negócio ou seu trabalho, correndo para aju-dar a extinguir o incêndio.Costumava haver uma torre de vigia, que eramais alta que as outras casas, onde um vigilanteficava sempre em alerta. Sempre que via fumo oufogo, soava o alarme. Os habitantes da cidade for-mavam então uma cadeia humana entre o fogo eo poço mais próximo, passando uns para os ou-tros baldes de água para apagar o fogo.Aconteceu certo dia que um rapaz de uma peque-na aldeia foi à cidade pela primeira vez. Ficou nu-ma estalagem, nos arredores da cidade. De re-pente, ouviu o som de um clarim. Perguntou aoestalajadeiro o que significava.

"Sempre que há um incêndio," explicou o hotelei-ro, "tocamos o clarim, e o fogo é apagado rapida-mente.""Que maravilha!" pensou o aldeão. "Que ideiasensacional. Vou levá-la à minha aldeia!"Em seguida, o rapaz comprou para si um clarim.Quando voltou à sua aldeia, estava todo entusias-mado. Reuniu os aldeões: "Ouçam, bons amigos,"exclamou ele, "não precisamos mais ter medo deincêndios. Olhem para mim, e verão como apagorapidamente o fogo!"Dizendo isto, correu até a cabana mais próxima epôs fogo ao telhado de palha. O fogo espalhou-serapidamente."Não fiquem assustados!" gritou o rapaz. "Agoraobservem-me."Começou então a tocar o clarim com toda sua for-ça, interrompendo apenas para tomar fôlego, epara dizer: "Esperem, isto apagará o fogo numinstante!" Mas o fogo parecia não dar muita aten-ção à música, e simplesmente pulava de um tel-hado a outro, até que toda a aldeia estava emchamas.Os aldeões começaram então a repreender e amal-diçoar o rapaz. "Seu palerma," gritaram, "achavaque o simples soar do clarim apagaria o fogo? Isso

é apenas um brado de alerta, para acordar as pes-soas que estiverem a dormir, ou para as afastar dotrabalho e dos seus negócios, e mandá-las ao po-ço pegar água para apagar o fogo!"Lembramo-nos desta história, quando pensamosno shofar que é tocado muitas vezes em Rosh Ha-shaná. Algumas pessoas, como o rapaz da aldeia,pensam que o toque do shofar sozinho fará tudopara eles. Acreditam que podem continuar a "dor-mir," ou continuar com os seus negócios, não ha-vendo necessidade de mudar o seu modo de vidae conduta diária; o shofar tocado na sinagoga cer-tamente lhes trará um ano bom e doce.Porém, como o clarim da história, o shofar é ape-nas o som de "um alarme". Carrega uma mensagem: "Acorde! Pense sobre oque faz, volte para D'us, apague o 'fogo' queameaça destruir os nossos lares judaicos. Reflicta,arrependa-se, perdoe. Ame o próximo como a simesmo. Vá até o poço, o Poço das Águas Vivaspara apagar o incêndio, a Torá e as mitsvot. Cor-ra, antes que seja tarde!"Eis porque, logo após o shofar ser tocado, excla-mamos a seguinte frase escrita no Machzor: "Felizé o povo que entende o significado do som do sho-far; eles caminham em Tua luz, ó D'us."

MENSAGEM DE ROSHHASHANÁ 5767Conta o Midrash que quando D-us determinoua celebração das cinco principais festas bíblicasdo calendário judaico: Rosh Hashaná, Yom Kippur, Sukot, Pessach e Shavuot, todosqueriam ser considerados "a festa de maiorimportância" do calendário e para isso cadauma apresentou os seus argumentos.

Começou o debate entre todas. Entre as trêsGrandes Festas que festejamos no mês deTishri, o primeiro mês do calendário judaico,Rosh Hashaná, a primeira argumentou: "Este é o dia em que todos os seres são julgados por D-us, e sendo assim nenhumaoutra festa poderia ter tamanha importância".

Yom Kippur, por sua vez, retrucou que sendoeste justamente o dia em que os homens têma oportunidade de se arrepender, de dar inícioa uma nova fase em sua vida, como poderiaexistir outra mais importante?

Apenas Sukot, a festa das cabanas, diferentemente das demais, não fez nenhumarefêrencia divina, alegando que o seu principalpropósito é unir as pessoas, da mesma formacomo, durante a festa, devemos unir os ArbaatHaminim (as quatro espécies) - o Etrog(cidra), o Lulav (folha da tamareira), Hadas(mirto) e a Aravá (chorão).Qual seria, então, a festa mais importante? Na verdade todassão, mas o que realmente conta é o seu conjunto, pois cada uma representa um elo de uma única corrente espiritual.

Neste mundo cada vez mas conturbado e desprovido de Valores e Ética, a espiritualidade é uma necessidade vital. Temosde buscar valores e conteúdos que dêem sentido à nossa vida e estes os encontramosem nossa fé. E é através desta e da prática de nossas tradições que nos fortalecemos paraenfrentar o novo ano.

Rosh Hashaná representa, ao mesmo tempo, o final de um ciclo e o início de outro. Que osom do Shofar desperte e revitalize a nossa alma, anunciando o início de um ciclo de pazpara Israel, para o povo judeu e para toda a humanidade.

Ktivá ve'chatimá tova,Chag Sameach,Moré Laercio Hillel PintchovskiCoordenador do Departamento de Ensino Judaico

CURSOS 2006/2007

Bar e Bat Mitzvá

Curso preparatório para Bar- MitzváPedagógico e cerimónia

2ª Feira das 17h30 às 18h20Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete

Curso preparatório para Bat- MitzváPedagógico e cerimónia

3ª Feira das 17h30 às 18h20Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete

Hebraico

Língua Hebraica - Ivrit 1 Crianças Iniciantes - 6 a 9 anos

4ª Feira das 17h30 às 18h20Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete

Língua Hebraica - Ivrit 2Crianças Iniciantes - 10 a 14 anos

5ª Feira das 17h30 às 18h20Local: Sede da CIL - Rua Monte Olivete

Língua Hebraica - Ivrit 3 - Adultos Iniciantes3ª Feira das 19h30 às 20h30

Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga

Língua Hebraica - Ivrit 4 - Adultos adiantados5ª Feira das 19h30 às 20h30

Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga

Língua Hebraica - Ivrit 5 - Curso Livre - Iniciantes2ª Feira das 19h30 às 20h20 (para não membros da CIL)

Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga

Judaísmo e Rel ig ião

Conceitos Básicos do Judaísmo Módulos I e II4ª Feira das 19h30 às 20h30

(somente para membros da CIL)Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga

Curso Livre de Conceitos Básicos do Judaísmo Módulos

2ª Feira das 20h30 às 21h30 (para não membros da CIL)

Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel - Sinagoga

DE

PA

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SI

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UD

AI

CO

O Bombeiro

bas foram linguis-tas talentosas quefizeram da tradu-ção suas vidas. Eambas tiveram fil-hos - Ester um ra-paz e Ruzya umarapar iga - queiriam crescer, apaixonar-se e ter dois fil-hos: Masha e o irmão mais novo.

Manuscritos do Mar MortoGeza Vermes

A descoberta destes ma-nuscritos no deserto da Ju-deia, entre 1947 e 1956, foium dos maiores achadosarqueológicos de todos ostempos. Estes extraordiná-rios documentos transfor-maram a forma como en-

tendíamos a Bíblia hebraica, o Judaísmo noseu período inicial e as origens do Cristia-nismo. Esta é a primeira publicação destestextos em Portugal, realizada a partir daedição muito recentemente actualizadadeste investigador académico de topo a ní-vel mundial nesta matéria

A Dignidade da DiferençaJonathan SacksTraduzido por Lúc ia L iba MucznikEdições Gradiva

Jonathan Sachs paraalém de Grão-Rabino deInglaterra e das comuni-dades da Commonweal-th, de escritor, de autorde programas radiofóni-cos, é um rabino na boatradição rabínica quequestiona, reflecte e in-terpreta os textos com li-berdade de espírito e sa-bedoria; é também um

homem profundamente empenhado no diá-logo inter-religioso e no diálogo social, umhomem profundamente convicto que as reli-giões têm um papel fundamental, porquemoral, a desempenhar neste nosso mundoconturbado. Este seu livro, A Dignidade daDiferença é, como ele próprio diz, logo noprefácio é um desafio: um desafio - "o maisenérgico que eu podia fazer" - em prol da to-lerância numa época de extremismo. Aquestão central, diz Sacks é saber se as reli-giões podem vir a tornar-se forças para apaz, em vez de causas de conflito. O que de-pende, em sua opinião do espaço que dão ao"outro", do reconhecimento do "outro" dodiferente que não partilha a mesma crença.Neste livro, o rabino Sacks tenta demonstrarcomo o Judaísmo responde a esta questão.

As duas BabushkasMasha Gessen

Neste livro de memórias de família pro-fundamente comovedor, a jornalista Ma-sha Gessen conta a história das suas duasqueridas avós: Ester, a rebelde inquietaque combateu continuamente as forças datirania; e Ruzya, uma mãe só que aderiuao Partido Comunista sob coacção e assu-miu os compromissos que o regime exigiua todos as seus cidadãos. Ambas perde-ram os seus primeiros amores na guerra.Ambas suportaram uniões infelizes. Am-

R E L I G I Ã O

18 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

A S N O S S A S S U G E S T Õ E S

A CIL NA TVRTP 2

11 de Outubro - 4ª Feira - 18h30 Programa Fé dos HomensAs festas religiosas na CIL

6 de Novembro - 2ª Feira - 18h30 Programa Fé dos Homens Educação judaica na CIL

12 de Novembro - Domingo - 9h00 Programa Caminhos Tema a definir

Eventual mudança no horário da emissão é de total responsabilidade da emissora.

Quer estudar Talmud ou saber mais sobre esta obra fundamental da nossa Torá? Venha saber mais sobre ciclo mundial DAF YOMI De 2ª a 5ª feira - às 08h30 na nossa Sinagoga.

Grupo de Estudos sobre a Parashá da semanaTodas as 6ªs feiras às 18h00 na Sinagoga. Aberto a todos.Coordenação: Alain Hayat

CALENDÁRIO 5767 DA CILO nosso agradecimento especial a MarcelWizemberg por mais uma preciosa colabo-ração na elaboração do Calendário Anualda CIL/5767Depto. de Marketing e Comunicação da CIL

SukotSexta-Feira - 6 OutubroMinha 18h45Arvit 19h00Sábado - 7 OutubroTefilá 09h00Minha 18h45Arbit 19h30Domingo - 8 OutubroTefilá 09h00Minhá 19h15Arbit 19h45

Shemini AtseretSexta-Feira - 13 Outubro (Hoshana Rabá)Shaharit 08h00Minha 18h45Arvit 19h00Sábado - 14 Outubro(Shemini Atseret)Tefilá 09h00Izkor 11h00Minha 18h45Arbit com Akafot 19h30Domingo - 15 Outubro(Simchat Tora)Tefilá 09h00Minha 19h15Arbit 19h45

Tikvá 20 • Agosto/Setembro 19

Participe nos Serviços Religiosos da nossa Comunidade 6ªs feiras às 19h00 Sábados às 9h00Venha e traga toda a sua família !

Situação actual dos trabalhos do Mikvé

Depois de finalmente a DGMEN, ter conseguido lançar um concursopara adjudicação de Obra, concurso esse que ocorreu em Julho passado, fomos informados em Agosto que, dados os altos valores apresentados pelos empreiteiros, o Concurso tinha sido anulado. Esta anulação permite à CIL gerir as obras directamente, pelo que imediatamente foram solicitados orçamentos a empresas de construção civil, para poder ser escolhido um empreiteiro. Estamos neste momento a receberesses orçamentos e esperamos finalmente poder adjudicar a obra em breve.

Participe nos serviços religiosos dos Chaguei Tishri 5767Sinagoga Shaaré Tikvá Veja os horários ! Venha e traga a sua família !

Shabat com David Harris, presidente do AJC De passagem por Lisboa com a missão de reunir-se compolíticos e autoridades portuguesas em defesa do Esta-do de Israel, o presidente do American JewishCongress, David Harris, esteve no Maccabi no dia 8 deSetembro para um Oneg Shabat. Cerca de 30 pessoasparticiparam do jantar, onde o Sr. Harris explicou al-guns pontos importantes da recente guerra no Líbano,entre eles, o facto de Israel ter conseguido, durante determinado momento, man-ter a imprensa a seu favor. O presidente do AJC ficou surpreso com o conheci-mento e as informações que alguns líderes portugueses têm sobre o conflito.

Onde está a ética na imprensa árabe?No dia 10 de Setembro, a jornalista Camila Welikson deu inícioao ciclo de palestras e debates do segundo semestre de 2006 no

Maccabi. Camila falousobre os códigos deética do jornalismonos países islâmicos,mostrando que al-guns dos princípiosfundamentais dosmedia, como porexemplo, a objectivi-dade, estão presentesna teoria, mas pas-sam longe da prática.Outros aspectos, co-mo a liberdade de ex-pressão, nem sequeraparecem nos códi-gos de ét ica dospaíses islâmicos. Apalestra terminoucom um caloroso de-bate entre as pessoaspresentes.

Actividades Sociais e Culturais

Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa - Ano VA cada semana um novo participante! Mais de 80 jovens já participam. Agora só falta você !

Actividades todos os domingos, das 15h00 às 18h00 no Maccabi Country ClubJovens e crianças a partir dos 3 anos | Participação: 5 € por semanaDescontos especiais na compra de senhas antecipadas

Coral Etz Chaim - Ano IV Coral Musical representativo da CILPara adultos entre os 20 e os 60 anosEncontros semanais - às 3 ª e 5ª feiras, das 19h00 às 20h30 - Monte Olivete

UPEJ - União Portuguesa de Estudantes JudeusSuper actividades mensais para jovens entre os 18 e 30 anos

DANÇA ISRAELITA NO MACCABI Sempre ccom nnovas ddanças ee ccoreografias ddo ffolclore iisraelita!

TODOS OS DOMINGOS NO MACCABIDAS 12H00 ÀS 13H00 - HARKADÁ | ABERTO PARA TODAS AS IDADES A PARTIR DOS 7 ANOS

DAS 13H00 ÁS 14H00 - LEHAKAT HAMACCABI | GRUPO DE DANÇAS PARA JOVENS DOS 12 AOS 25 ANOS

DIRECÇÃO: LILIAN PRIST

ATENÇÃO ! NÃO SÓCIOS DO CLUBE PAGAM UMA TAXA ESPECIAL DE PARTICIPAÇÃO !

Mais informações e inscrições através da nossa secretaria.Participe nas actividades e eventos da nossa Comunidade, pois a nossa Comunidade é você.

A S N O S S A S A C T I V I D A D E S

20 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

Grupo Guil Hazaav - Ano IV (Idade de Ouro) Não perca mais tempo ! Venha participar connosco ! Actividades Especiais Permanentes (música, ginástica, palestras, passeios ...)Para adultos a partir dos 60 anos | Encontros semanais às 4ªs feiras, das 15h30 às 17h00 Sede no Monte Olivete | Participação: 5,00 €

MACCABI COUNTRY CLUB3ª a 6ª Feira - Das 9h00 às 17h00Tel: 21 9111188 - Tratar com Rosina | [email protected] com Rosina

Agenda

20 de Outubro | 20h30Oneg Shabat Musical Alegria e música são osprincipais ingredientesdeste jantar. A ideia érepetir o sucesso do anopassado. O Maccabi contacom a sua presença. Participe!

22 de Outubro | 16h00Palestra com o Dr. João César das NevesEconomista, professor daUniversidade Católica ecolunista do Diário de Notícias, o Dr. João Césardas Neves causa polémicacom seus artigos deopinião. Vai estar no Maccabi para falar sobre o futuro de Portugal.

29 de Outubro | 16h00Palestra com o jornalista João Pereira CoutinhoEle não tem medo de dizera verdade. João PereiraCoutinho escreve para ojornal "Expresso" e para a"Folha de São Paulo"(Brasil). Especialista no assunto Médio Oriente, irá falar sobre a actualsituação de Israel.

Informações: 21 911 11 88

O Maccabi é a sua casa!

Tikvá 20 • Agosto/Setembro 21

H O M E N A G E N S

Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria através do tel. 21 393 1130 de 2ª a 5ª feira - das 14h00 às 17h00 | [email protected]

22 Tikvá 60 • Agosto/Setembro

N A H A L O T

TISHRI30 SETEMBRO Elias Seruya 8

David Obadia 8 Yehnia Israel 9Yehuda Leon Cassuto 10 Eva Terló 11 Moisés Israel 12Theodor Unterman 12 Joaquim Mitnitzky 13Rushla Dyna Koperman 14

07 OUTUBRO Salomão Cagi Ruah 15 Thelma Blumenfeld 16 Samuel Amram 17 Ruy Mark Seruya 19

14 OUTUBRO David Broder 23 Isabel Haber 23Jeta Noymark 24Joshua H. Levy 24Salomão Moskovic 24Isaac Querub 25Sol Tuaty 25 Judith Levy 25 Anabela Maria Levy Mendes 26 Salomão Moskovic 27David Benoliel 28

21 OUTUBRO Ino Levy 29 Marie Langber 29 Samuel Benady 30 Rabino Abrahão Assor 30 Jonathan David P. Cowl 30Henriqueta Matias 30

CHESHVANMoisés B. Ruah 1 Norman Staley Beebe 1 Jacob Israel Levy 1 Icko Bekerman 1 Ernest Aberlé 2 Miriam Kofflea Katchi 2 Raquel Belmar Ruah 3 Roshym Unterman 3 Tamo Sabath 5

28 OUTUBRO Mary Rafael Benoliel 6Lothar Geismar 7Jacome Nahom 8

Erich Damann 8 Maurício Sulema 9 Sara Sorin Goldberg 9 Grete Friman 10 Esther Levy 12 Ana Tuaty 12 José Bento Esaguy Ruah 12

04 NOVEMBRO Helen Sorin 13 Sultana Tuaty 13 Victoria Arié 16 Narciso Arié 16 Mercedes Ayash 17 Henri Sorin Valerio 17 Bella Bensimon Cardona 19 Sofia Muginstein Azancot 19 Isaac Joanes 19

11 NOVEMBRO Nadia Spiegel 20 Ester Benoliel 20 Máximo Dário Becker Weinberg 22 Carlos Ergas 22 Abraham Israel 23 Eugénia Weiss 23 Margarete Coenca 24 Max Nahmann 24 Ajzik Katzan 25

18 NOVEMBRO Raquel Querub 27 Raquel Jablonski 27 Srul Finkelstein 27 Miriam Levy 28 Ruben Azavey Azancot 29

KISLEVGoldina Taranto 1 Godoricha Mode Botelho 2 Berthold Singer 3

25 NOVEMBRO Magda Buzaglo 4 Vittoria Maissa 4 Anna Roffe Levy 4 Ruben Bak Gordon 5 Fortunata Esaguy Manaças 5 Salomão Levy Jr 7 Moisés Lev 9 Asher Peles 9Mecia Azriel 10 Micael Uzzan 10

Mazal Tov !! Os nossos parabéns e os votos de muitas felicidades a todos !

ANIVERSÁRIOS

OUTUBROAndrea Classen 02Henrique Ettner 02Abraham Sorin Cowl 03Ana Zagury Teotónio Pereira 04Marcos B. Zagury 05Inacio Steinhardt 05Alberto Fresco N.Marques 06Sofia Gabriel Khaski 06Clara Cohen Morão 08John Blumenfeld 10Ester Atzmon 11Daniel Ayash 11Judith Shap Pinto 13Eva Mayer Raposo 17José Salomão Ruah 22Susana Ruah Arié 23Monique F.Schwartz Bento 24Ana Arié 26Gal Rozemberg 30

NOVEMBROEdgar Loewenthal 03Moriel Levy 07Salomão Rosenfeld 07Beila Leia Szary 11Edith Foerster 14René Arié 14Álvaro Leon Cassuto 17Clara Bensimon Hayat 17Liron Schliesser 17Andréia Fernandes Teruszkin 18Toni Ruah 19Alexandre Brodheim 19Eva Ettner 19Ester Bekerman das Neves Carneiro 21Mark Robertson 21Vera Goldschmidt Ferreira 21Vera Broder Koshét 25Martha Steinhardt 25Jaime Tuati 26Vera Curiel 27

José Salvado 28Jeremy D. Yarnell Aboab-Leidstar 29Gabriel Steinhardt 29Peter Abraham Merrin 30

DEZEMBROJohanna Luis 1André Levy 2Sílvio Korish 3Marcelo Benasulin 4Samuel Bensimon 5Laércio Pintchovski 5Lucie Levy 10Rosa Maria Banon de Jesus 12Ruben Obadia 13Samuel Tuati 13Guilherme Grossman 14André Brodheim 18Emma Benasulin 18Patricia Zisman 20Esther Mucznik 25Amit Schliesser 25Sarah Hayat 27Graça Bachmann 27Raquel Arié 29

NASCIMENTO Guili Pintchovski - nasceu em Lisboa no Dia 9 de Agosto de 2006,15 de Av de 5766. Filha de Andreá e do nosso More Laércio HillelPintchovski

NOTA DE FALECIMENTOÉ com profundo pesar que comunicamos o falecimento de:Sra. Esther Benoliel Z´L (Q.D.T)No dia 17 de Julho - 21 de Tammuz de 5766

Apresentamos as nossas sentidas condolências à Família enlutada

TIKVÁEnvie os seus textos e sugestões para TIKVÁ até ao dia 30 de cada mês.Rua do Monte Olivete, 16 r/c. esq. 1200-280 Lisboa | e-mail:tikvá@cilisboa.org

A quem se dirigirHorário de funcionamento da SecretariaSegunda a Quinta-feira, das 9h00 às 17h30Sexta-feira e vésperas de festas judaicas, das 9h00 às 13h00Horário de almoçodas 13h00 às 14h00

Atendimento ao públicoSegunda a Quinta-feira, das 13h00 às 17h30Os espaços para reuniões devem ser agendadoscom aviso prévio, mínimo de 48 horas

TesourariaMaria João [email protected]. 213 931 134Atendimento de Segunda a Quinta-feira, das 10h00 às 13h00Telf. 213 931 130 | Fax 213 931 139

Director ExecutivoMarcos [email protected]

Departamento de Ensino JudaicoMoré Laercio Hillel [email protected]

Movimento Juvenil Dor [email protected]

SecretáriaEstrella [email protected]

Visite o nosso site: www.cilisboa.org

DirecçãoPresidente Jose Oulman CarpVice-Presidente Esther MucznikVice-Presidente Ronald BrodheimTesoureiro José Salomão RuahSecretário Eva Ettner Vogal efectivo Clara K. CassutoVogal efectivo Charles ArieVogal efectivo Sonia Bernfeld Vogal efectivo Arnaldo GrossmanVogal Suplente Salomão KolinskiVogal Suplente Vera G. Ferreira

Mesa da Assembleia GeralPresidente Moisés Bendrao AyashVice-Presidente Mordechai Atsmon1º Secretário Nuno Wahnon Martins2º Secretário Diana Ettner

Conselho FiscalPresidente Samuel TuatiVogal Efectivo David Bentes RuahVogal Suplente Guilherme Grossman

Presidente Honorário Dr. Samuel Ruah