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Quatro listas de estudantes para eleições no Conselho Geral da UM Um diário onde cabem sonhos, objectos e um dinossauro fossilizado Pedro Remy universidade do minho entrevista Página 16 Página 08 e 09 Há 18 anos a trabalhar na indústria dos cabelos, Pedro Remy, cabeleireiro e “estratega cultural” na cidade de Braga, diz sentir-se uma pessoa reali- zada. A oferta de um espaço diferente, que primazia a cultura, procura dar reposta à falta de alternativas em Braga. Pedro Remy tece mesmo uma crítica ao facto de a cidade não proporcionar espectáculos culturais, defendendo uma política que aposte na criação de público em Braga. Uma dupla de criadores a mostrarem as obras que, nestes últimos anos, andaram a congeminar em con- junto. A galeria Show Me inaugurou este fim-de-se- mana uma nova exposição, assinada pela dupla Bárba- ra Fonte e António Machado. Um universo pessoal e íntimo desvelado em peças de dimensões admiráveis, para ver até final de Abril. cultura Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 146 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 05.ABR.11 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico CONTAS E ACTIVIDADES APROVADAS POR MAIORIA Um “estratega cultural” ao som do jazz e das tesouras de cabelo “Padrinhos” Xutos & Pontapés e “tio” Quim Barreiros regressam ao gatódromo campus Página 05 Página 05

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Quatro listas de estudantes para eleições no Conselho Geral da UM

Um diário onde cabem sonhos, objectos e um dinossauro fossilizado

Pedro Remy

universidade do minho

entrevista

Página 16

Página 08 e 09

Há 18 anos a trabalhar na indústria dos cabelos, Pedro Remy, cabeleireiro e “estratega cultural” na cidade de Braga, diz sentir-se uma pessoa reali-zada.A oferta de um espaço diferente, que primazia a cultura, procura dar reposta à falta de alternativas em Braga.Pedro Remy tece mesmo uma crítica ao facto de a cidade não proporcionar espectáculos culturais, defendendo uma política que aposte na criação de público em Braga.

Uma dupla de criadores a mostrarem as obras que, nestes últimos anos, andaram a congeminar em con-junto. A galeria Show Me inaugurou este fim-de-se-mana uma nova exposição, assinada pela dupla Bárba-ra Fonte e António Machado. Um universo pessoal e íntimo desvelado em peças de dimensões admiráveis, para ver até final de Abril.

cultura

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA146 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 05.ABR.11

www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademicowww.twitter.com/jornalacademico

CONTAS E ACTIVIDADES

APROVADAS POR MAIORIA

Um “estratega cultural” ao som do jazz e das tesouras de cabelo

“Padrinhos” Xutos & Pontapés e “tio” Quim Barreiros regressam ao gatódromo

campus

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Fundação. Sim ou não?É esta a questão que vai andar nas bocas da comunidade académica nos próximos tempos.Este importante passo será decidido em Conselho Geral no próximo dia 30 de Maio. 23 pessoas têm nas suas mãos o destino da Universidade do Minho. Entre elas estão, como não podia deixar de ser, estudantes que irão bater-se pelo melhor para os seus pares.Sobre esta questão permitam-me que recupere as palavras de um docente e que me chegaram ao e-mail. O professor em causa sublinha “colocar algumas reticências à auscultação dos alunos para a tomada de deci-são neste domínio. Será que os alunos que por cá passam um, dois ou três anos, deverão decidir sobre o fu-turo de quem cá está e continuará a estar, feliz ou infelizmente, mais anos, ou até a sua vida laboral inteira?”Por norma, palavras de um professor são sábias. Quase sempre as entendi assim. Mas neste caso, e não querendo revelar nomes, resta-me considerar este excerto um (precioso) absurdo . Corrijam-me se estou enganado, mas não devem ser os estudantes o motor e cerne de uma universidade. Não terão os docentes a função de “fazer transmissão de conhecimentos” aos seus educandos? Corrijam-me mesmo se estiver enganado, mas não são os alunos a razão da existência de professores numa universidade?Se estou enganado, então retiro o que disse. Mas, sinceramente, aprecio a “coragem” deste docente em exprimir a sua posição. Ainda assim, isso levanta um receio. Não será este o pensamento de outros tantos? Estarão mesmo a mais os estudantes numa universidade? Parece-me que não. Muito honestamente.Fiquemos com o bom senso daqueles estudantes que saberão, melhor que ninguém, defender os seus pares no Conselho Geral.Até para a semana!

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Debate fundacionalA AAUM solicitou, e bem, a pre-sença do reitor da UM numa ses-são de esclarecimento (6 de Abril) acerca da questão que irá marcar o dia-a-dia na Universidade nos próximos tempos. Este é um grande passo e os estudantes te-rão um papel fundamental nesta decisão do Conselho Geral.

SCBraga/AAUMDepois de tantas vezes “Em alta” neste barómetro, a equipa, em si, esteve em baixo nesta jornada. O empate do 2º classificado minimi-zou os estragos. Apesar de ainda em primeiro lugar, os minhotos precisam de concentração para esta importante fase final da épo-ca. Eles são capazes! Força!

Pedro RemyChamam-lhe “estratega cultural” e prevêem-lhe um pelouro da cul-tura na Câmara Municipal. O que é certo é que, na humildade dos seus cabeleireiros/espaços cultu-rais/sala de bom gosto, vai dei-xando algumas achegas a quem manda na cultura de Braga (se é que ela existe).

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 05 Abril 2011 / N146 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Lopes, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, Elsa Moura e José Reis, // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

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LOCAL

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goreti faria

[email protected]

Moçambique, um país em que 55% da população vive abaixo da linha de pobreza estabele-cida a nível nacional, em que a esperança média de vida à nas-cença é apenas de 48 anos de idade, em que 21% das crian-ças com menos de 5 anos de idade estão mal nutridas, em que apenas 47% da popula-ção tem acesso a uma fonte de água melhorada e em que ape-nas 1.6% da população utiliza a Internet, entre muitos outros dados que divergem completa-mente da realidade a que esta-mos habituados. Moçambique acolhe uma população que vive em condições altamente precá-rias, acolhe crianças que não podem estudar, crianças que não podem sonhar e, muitas vezes, crianças que não che-gam a poder crescer. A diferen-ça que faz a parte do globo em que cada pessoa nasce. Destino: Moçambique

Há várias instituições a leva-rem a cabo iniciativas para aju-dar Moçambique e outros paí-

ses que apresentam carências semelhantes ou ainda mais graves. No entanto, há muitas pessoas que gostariam de aju-dar e não o podem fazer porque partir em missão implica cus-tos e o número de voluntários que cada instituição consegue suportar é limitado. Foi assim que, com vontade de ajudar, se juntarem oito estudantes da Universidade do Minho – dos cursos de Economia, Educa-ção Básica e Medicina – para levarem a cabo um projecto de voluntariado. Projecto que tem como vector estruturante uma missão de um mês em Moçam-bique onde os conhecimentos que estes alunos tiveram opor-tunidade de adquirir possam ser em parte transmitidos a

quem essa oportunidade não foi dada. Contudo, a preocu-pação destes estudantes não é apenas aquilo que se passará ao longo da missão – é tam-bém garantir que o projecto terá continuidade, na forma de organização de mais missões

(com outros voluntários), pro-gramas de apadrinhamento, constituição de fundos e afins.

Um Projecto Chamado EDUCA

A Filipa conhecia o Firmino, o Firmino conhecia a Isa e as-sim sucessivamente e todos ti-nham vontade de ajudar. Feitas as apresentações, foi altura de começar a planear. O Instituo de Educação da Universidade do Minho voluntariou-se para ajudar estes estudantes e con-tactou ainda uma associação de cooperação para o desen-volvimento, chamada Kutsem-ba e criada como resultado de uma missão a África no Verão de 2009, que proporcionou as condições para existir um local de missão, Matola. O nome do projecto, EDUCA, surgiu por acaso, numa das reuniões se-manais que o grupo tem agen-dadas.

Etapa 1: Financiamento

O primeiro passo foi uma can-

alunos da UM em missão de voluntariado rumo a moçambique

didatura ao programa “Youth in Action” promovido pela Comissão Europeia, programa que financia um projecto de voluntariado, escolhido entre mais de 300 candidaturas. Cer-ca de 30 páginas e dois formu-lários de candidatura depois, o apoio financeiro não foi conse-guido – falhou um pormenor técnico. Assim, a angariação de fundos assume agora um papel preponderante neste projecto, tomando a forma de venda de bolos, rastreios, concertos de música rock e de música clás-sica, aulas de culinária, aulas de dança, uma banca no mer-cado da Braga Romana, almo-ços africanos e tudo o que vier à cabeça destes estudantes. A angariação já se encontra em curso e pode ser encontrada pelos quatro cantos da cidade de Braga (e também num bo-cadinho da cidade do Porto). Nas próximas semanas terão lugar várias actividades – toda a informação poderá ser encon-trada na página de Facebook da iniciativa, Projecto EDUCA.

Projecto EDUCA junta estudantes

da UM

É com a venda de bolos e doces que o projecto EDUCA tenta conseguir recursos

Equipa do EDUCA num posto de venda

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CAMPUS

rita ViLaÇa

[email protected]

Foi na passada quarta-feira, dia 30 de Março, que a Reunião Geral de Alunos (RGA) teve lugar no CP2 de Gualtar. Con-tando com a presença de Luís Rodrigues, presidente da As-sociação de Estudantes da Uni-versidade do Minho (AAUM), e da restante equipa de direcção, a última RGA teve como objec-tivo a discussão e aprovação do relatório de contas de 2010 e do orçamento e actividades para 2011, elaboradas pela AAUM. Começando por enumerar al-gumas actividades conduzidas pela AAUM, como o Entrepre-neurship day @AAUMinho, a Dádiva de Sangue e a 1ª for-mação pedagógica para delega-dos, Luís Rodrigues abordou alguns temas mais polémi-cos, levantados pela oposição. “Podemos passar o tempo nas ruas a ripostar, ou então pode-mos fazer alguma coisa e lutar

de outras formas”, corroborou o presidente, quando confron-tado sobre a posição da AAUM relativamente à manifestação de dia 12 Março, intitulada “Geração à Rasca”.

Orçamento aprovado por maioria

Foi com 54 votos a favor, 4 con-tra e nenhuma abstenção que o orçamento e o plano de acti-vidades para 2011 foi aprova-do. Paralelamente à discussão relativa ao orçamento de 2011, o presidente da AAUM expôs o plano de actividades para o presente ano, bem como os respectivos gastos, explicando ainda a viabilidade e pertinên-cia de cada departamento da AAUM.Depois de apresentado o rela-tório de contas de 2010, dando especial ênfase a actividades como o “Enterro da Gata” ou a “Recepção ao Caloiro”, o Con-selho Fiscal e Jurisdicional

orçamento e plano de actividades da aaum aprovados por maioria em rga

(CFJ), na voz de José Carvalho, deu um “parecer final”, ques-tionando gastos como os da nova sede da AAUM dentro do campus de Gualtar, gastos com o evento University Fashion e com o Departamento Despor-tivo.“O Departamento Recreati-vo tem um grande peso no orçamento”, explicou Luís Rodrigues, respondendo e justificando todos os gastos anteriormente apresentados. O relatório de contas 2010 foi aprovado com 55 votos a favor, 3 abstenções e nenhum voto contra.O líder associativo enumerou ainda algumas inovações com o objectivo de dinamizar e de-senvolver a comunicação da Associação: como a remodela-ção total dos sites relacionados com a AAUM, assim como uma parceria com a AAUM TV e com os alunos de Ciências da Comunicação. A associa-ção académica explicou ainda

gestão de tempo volta a ser tema de formação na aaumMariana fLor

[email protected]

Sob o mote “o tempo é precio-so”, realiza-se nos dias 8 e 9 destes mês , o curso de “Ges-tão de Tempo”, na Universi-dade do Minho. A iniciativa, promovida pelo Gabinete de pós-graduação da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) já vai na sua 4ª edição.Este curso pretende ajudar na organização do tempo no con-trolo de situações de stress, de forma a melhorar o rendimen-to e a qualidade do trabalho.Segundo Margarida Sousa, responsável pelo Gabinete de

pós-graduação da AAUM, esta iniciativa “tem tido um bom feedback por parte dos partici-pantes e por essa razão decidi-ram realizá-la várias vezes”. “A temática justifica-se, por essa razão, quase todos os anos se tem realizado este curso”, su-blinha a responsável.Inicialmente destinado apenas aos alunos de pós-graduação e a investigadores bolseiros, este curso viu-se alargado a toda a comunidade universitária em consequência do elevado inte-resse mostrado por parte dos restantes alunos.Apesar de inicialmente ter data a 23 e 24 de Março, esta foi adiada para os dias 8 e 9 des-

te mês para agradar a todos os participantes.Nestes dias o horário do curso será pós-laboral, sexta-feira ao final da tarde e sábado de ma-nhã, o que permite que mais alunos possam participar.Com um custo de 50 euros para não-sócios da AAUM e 40 eu-ros para sócios, o curso já têm as vagas todas preenchidas.O professor Manuel Firmino será este ano, tal como nas outras edições, o formador res-ponsável pelo curso. Segundo Margarida Sousa, as expectativas neste evento são “elevadas”, contribuindo, para isso, os bons resultados conse-guidos nas edições anterior.

estar disposta à edição de uma newsletter mensal. Luís Rodri-gues declarou a continuidade de fornecer apoios às diversas tunas minhotas. O Gabinete

de pós-graduação será tam-bém um “projecto pioneiro da AAUM”, contando com forma-ções e apoios, como declarou o estudante.

55 votos a favor, 3 abstenções e nenhum voto contra o relatório de contas 2010

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CAMPUS PÁGINA 05 // 05.ABR.11 // ACADÉMICO

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josé Lopes

[email protected]

Está agendada, para o próximo dia 6 de Abril, a primeira ca-minhada “UMexe-te”. Esta ini-ciativa, levada a cabo pelo Insti-tuto de Educação e pela Escola de Enfermagem de Braga, em parceria com os Serviços de Acção Social da UM terá, como objectivo, apelar todos os parti-cipantes para um estilo de vida mais saudável. O evento consiste numa ca-minhada de cerca de sete qui-lómetros que terá início pelas 09h30, cujo ponto de partida e de chegada será a nave 1 do

pavilhão desportivo do campus de Gualtar, e levará os partici-pantes até ao Bom Jesus, por percursos alternativos às estra-das locais e nacionais.O preço de participação será de 1 euro.De acordo com a organização, o projecto surgiu como uma tentativa de incentivar a comu-nidade académica à prática da actividade física. Deste modo, a principal finalidade é a promo-ção de hábitos que permitam prevenir doenças como a obesi-dade, a hipertensão arterial ou mesmo o stress, obstáculos à qualidade de vida. A actividade, que decorrerá no

contexto das celebrações do dia mundial da actividade física, não se dirige apenas a estu-dantes dos diferentes ciclos, mas também a docentes, fun-cionários, ou outros elementos da comunidade académica que desejem participar e foi pen-sada para pessoas sem muita experiência em actividades desportivas.Para além de uma t-shirt alusi-va à UMexe-te, os participantes poderão ganhar, por sorteio, bilhetes gerais para o Enterro da Gata (prémio cedido pela AAUM), um fim-de-semana radical, ou até um baptismo de surf.

bom jesus é meta no dia da actividade física

Organização: Apoio:

Percurso: Gualtar - Bom Jesus - Gualtar - 7kmConcentração: Complexo Desportivo de Gualtar - Braga

Inscrição: 1 passada

Informações e inscrições em: www.ie.uminho.pt; [email protected]

Dia Mundial da Actividade Física

6 h

de Abril’ 09 30

11

UMexe-te

Todos os participantes recebem aalusiva à caminhada e ficarão habilitados ao sorteio de

ume

um

bilhetes gerais para o Enterro da Gata 2011, fim de semana radical

baptismo de surf.

t´shirt

A iniciativa levada a cabo pelo Instituto de Educação e pela escola

de Enfermagem também dá prémios aos participantes

“padrinhos” xutos & pontapés e “tio” quim barreiros regressam ao gatódromoredacÇão

[email protected]

Eles estão de volta. Por muito que alguns estudantes ousem dizer que estão “cansados” de os ver no palco do Enterro da Gata, o que é certo é que, ano após ano, é com Quim Bar-reiros e Xutos & Pontapés que o Gatódromo ganha especial energia. Já é assim há uns va-lentes anos e, de novo, a aposta

da Associação Académica da Universidade do Minho recai sobre estes nomes. Se Quim Barreiros tem na sua “Cabriti-nha” e na “Garagem da Vizi-nha” os seus grandes hits, os Xutos & Pontapés recolhem-se no epíteto de pais do rock em Portugal. Chegam a Braga com uma carreira recheada de gran-des êxitos e sucesso que ento-am nas vozes de todos aque-les que assistem ao concerto.

redacÇão

[email protected]

São quatro as listas apresen-tadas pelos estudantes para ocupar os lugares a que estes, estatutariamente, têm direito no Conselho Geral.Relembre-se que os estudantes ocupam quatro lugares neste órgão da universidade compos-to por 23 elementos e presidido por Luís Braga da Cruz.Segundo os estatutos aprova-dos há dois anos, o Conselho Geral é o órgão colegial máxi-mo de governo e de decisão es-tratégica da Universidade.Esta estrutura é composta por 12 professores, quatro estudan-tes, um funcionário e ainda

por seis elementos externos cooptados pelos representantes designados.Até ao momento os quatro es-tudantes que representavam os seus pares neste órgão eram: Alexandra Fernandes, Nélson Cerqueira, o presidente da As-sociação Académica da Uni-versidade do Minho (AAUM), Luís Rodrigues e Avelino Go-mes.Todos estes elementos perten-ciam a uma lista, encabeçada por Pedro Soares, ex-presiden-te da AAUM, que conquistou os quatro lugares a que os estu-dantes têm direito no Conselho Geral.As eleições neste órgão reali-zam-se a 30 de Maio.

quatro listas de estudantes na corrida pela representação no conselho geral da universidade do minho Depois de Quim Barreiros e

Xutos & Pontapés, e depois de ter sido anunciado nas últimas semanas a presença, também confirmada, de Rui Veloso e dos brasileiros Natiruts, o car-taz do Enterro da Gata 2011 co-meça a ganhar forma apresen-tável e ainda faltam algumas surpresas e novidades que irão surgir, certamente, nos próxi-mos dias. O ACADÉMICO es-tará cá para as revelar.

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CAMPUSPÁGINA 06 // 05.ABR.11 // ACADÉMICO

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inês Mata

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As Jornadas de Ciência e de Medicina, organizadas pelo NEMUM (Núcleo de Estudan-tes de Medicina da Universi-dade do Minho), realizar-se-ão na Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho no próximo dia 9 de Abril de 2011.

UM é palco para as II jornadas da ciência e medicina

As “Neurociências” fazem par-te da área que servirá de tema para as Jornadas. O dia 9 de Abril estará dividido por uma Sessão de Abertura, por três tó-picos: “NeuroAddicted”, onde serão desenvolvidos assuntos como os “Canabinóides e o Cé-rebro” e o “Stress e Tomada de Decisões”, “NeuroAttack”, que servirá de fundo para a abor-dagem da “Neuroimunologia” e do “Stress e Alzheimer” e

“NeuroHiTech”, que estará relacionado com a “Estimu-lação Cerebral Profunda” e o “Interface Cérebro-Máquina”. No fim, haverá uma Sessão de Encerramento.Como convidados do evento, estarão o Prof. Doutor Nuno Sousa, a Prof. Doutora Ana Franky Carvalho, o Dr. Pedro Morgado, a Prof. Doutora Mar-garida Correira-Neves, o Prof. Doutor Ioannis Sotiropoulos, o

Prof. Doutor João Bessa, a Dra. Joana Damásio e, por fim, o Prof. Doutor Nuno Dias. De acordo com o site das Jor-nadas, estas servirão para “fomentar o conhecimento e esclarecer os futuros profis-sionais das áreas de saúde, psicologia, engenharia e bio-química, entre outras, e inves-tigadores no que concerne à abordagem multidisciplinar desta temática”.

carLos rebeLo

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Irá decorrer nos dias 11 e 12 de Abril, no pólo da Universi-dade do Minho em Azurém, as primeiras jornadas de En-genharia de Comunicações. Apresentadas pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia de Comunicações (NEECUM) da Universidade do Minho, estas jornadas serão um espaço de discussão que incluirá, para além da demonstração dos me-lhores projectos dos alunos fi-nalistas do curso de Engenha-ria de Comunicações, jobshops e palestras científicas e tecno-lógicas sobre temas actuais na área das Tecnologias da Infor-mação e Comunicação (TIC). Em entrevista ao ACADÉ-MICO, o presidente e vice-presidente do NEECUM, Rui Rodrigues e Rui Ferraz, res-pectivamente, confidenciaram

comunica+ , as jornadas de engenharia de comunicaçõesque esperam grande adesão nestas jornadas por parte da comunidade académica, visto ser uma área que está presente na maior parte dos cursos liga-dos às TIC.

Como surgiu a ideia destas jorna-das e os seus objectivos?As jornadas surgem da neces-sidade de apresentar aos estu-dantes da UM e ao mercado de trabalho o curso de Engenharia de Comunicações. Sendo um curso significativamente re-cente e como está sobre a alça-da de três departamentos (DEI, DSI, DI), achamos necessário criar este evento para apresen-tar à comunidade académica o seu resultado e o que se espera do mercado de trabalho, dando também a conhecer aos alunos da U-Minho possíveis saídas profissionais.Sendo Guimarães o pólo onde estão concentradas mais enge-

nharias, queremos com este evento oferecer novas soluções aos alunos dos diversos cursos interligados com a área.

Contaram com a colaboração de várias entidades “dentro e fora” da Universidade do Minho?Sim. Para criar este evento ne-cessitamos de vários apoios. O evento foi bem recebido tanto pelas entidades da Universida-de do Minho como por outras entidades exteriores. As em-presas sentem a necessidade de se mostrarem perante os alu-nos, e para elas estes eventos são uma grande ajuda na divul-gação. Contamos também com diversos colegas que efectua-ram o curso e já se encontram no mercado de trabalho.

O número de pessoas inscritas até ao momento é satisfatório?Sim. Apesar de estas serem as primeiras jornadas e com a

divulgação que já foi feita esta-mos bastante optimistas. Es-peramos atingir entre os 80 a 100 participantes, e penso que estamos no bom caminho.

O que esperam para o futuro com estas jornadas? Esperamos que este evento seja o início de muitos. Queremos continuar a mostrar o que se faz no curso e as possíveis sa-ídas profissionais. Será sempre uma mais valia para todos os alunos, pois permitirá uma melhor ligação entre a univer-sidade e o mercado de traba-

lho. Sendo as comunicações uma área em grande expansão tecnológica, é necessário conti-nuar com o evento para que os alunos fiquem melhor prepa-rados para o seu futuro.

Sendo as jornadas do curso de Engenharia de Comunicações, fez-se um inquérito a vários alunos deste curso sobre a sua participação nas jornadas, ao qual a esmagadora maioria res-pondeu afirmativamente que iria estar presente neste even-to. As jornadas realizam-se já para a próxima semana.

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PÁGINA 07 // 05.ABR.11 // ACADÉMICO

startup weekend chega ao porto e coimbra

empreendedorismo, e que es-tão próximas de outras cida-des, também elas importantes ,como Braga, Aveiro, Vila Real, Viseu, Leiria, Guarda ou Gui-marães. Queremos que este seja um evento que chegue a

ioLanda LiMa

[email protected]

Na passada terça-feira o movi-mento “Fartos d’Estes Recibos Verdes” (FERVE), a Plataforma dos Intermitentes do Espec-táculo e do Audiovisual, os Precários Inflexíveis e ainda os promotores do protesto Ge-ração à Rasca entregaram no tribunal uma acção judicial para alterar a pergunta 32 dos CENSOS 2011.Esta campanha estatística na-

cional, que visa actualizar os dados referentes ao país, está, na opinião destes movimentos, a “encobrir a realidade dos reci-bos verdes”.No inquérito, a pergunta está a causar polémica, porque as indicações para a população responder sobre o modo como cada um exerce a sua profissão passam por assinalar a opção “por conta de outrem” todos aqueles que “trabalhem a reci-bos verdes mas têm um local de trabalho fixo dentro de uma

empresa com subordinação hierárquica efectiva e um horá-rio de trabalho”. Para estes mo-vimentos, esta questão tenta “esconder a fraude social” que se vive no país, e, por isso, ape-lam a todos para que protestem junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) e que enviem queixas a título individual para Alfredo José de Sousa, o Prove-dor da Justiça.O INE persiste em não reco-nhecer o erro. Ainda assim, estes movimentos exigem que

a pergunta seja substituída e admitem recorrer a todas as vias para não deixar que esta situação passe impune.Em declarações à Agência Lusa, Adriano Campos do FER-VE afimou ainda que a ideia é que haja uma “reclamação em massa” contra esta pergunta, e afirmou que “não permitirá contabilizar as pessoas a falsos recibos verdes”. Adriano Cam-pos admitiu ainda que, caso não haja nenhuma reacção por parte do governo ou do INE,

“os movimentos precários re-correrão à justiça”. Essa situa-ção acabou por verificar-se dias mais tarde. Os representantes dos movimentos garantem que esta “guerra não é de hoje” e que já tinham alertado o INE para esta situação.Em pouco tempo o Provedor da Justiça recebeu cerca de 435 queixas contra a pergunta so-bre os recibos verdes no CEN-SOS, e por este facto Alfredo José de Sousa já pediu esclare-cimentos ao INE.

NACIONALcensos 2011 a causar polémica

Maria joão QUintas

[email protected]

O Startup Weekend vai decor-rer em Maio, nos dias 13, 14 e 15 no Porto e 20, 21 e 22 em Coimbra. Este evento destina-se a estudantes universitários que pretendem desenvolver ideias de negócio e competên-cias empreendedoras. Para tal, promove o contacto entre jo-vens de diferentes áreas de for-mação e empresários experien-tes e disponíveis para partilhar o seu conhecimento.Estes dois eventos vão reunir mais de cem participantes que serão organizados em equipas e, ao longo de 54 horas, irão desenvolver ideias de negó-cio com a ajuda de mentores e apresentá-las a potenciais investidores. No final, os pro-jectos serão avaliados e vão premiar-se os melhores.Segundo Inês Silva, uma das

responsáveis pela organização de ambos os eventos, qualquer pessoa pode inscrever-se no Startup Weekend desde que tenha “muita vontade de traba-lhar, partilhar ideias e desen-volver um produto, plano de negócios, modelo de negócio ou mesmo criar uma empre-sa”. Depois do Startup Weekend Lisboa, em 2010, que contou com mais de 120 participan-tes, Pedro Santos, facilitador do evento a nível europeu e coordenador do evento em Por-tugal, quis levar o Startup We-ekend a outras cidades do país, em parceria com Inês Silva e André Magalhães. Quanto à escolha do Porto e de Coimbra para realizar as próximas edi-ções deste evento em Portugal, Inês Silva refere: “escolhemos estas duas cidades porque são duas cidades centrais, já com alguma tradição ao nível do

todo o lado e que cative e atraia participantes das mais diversas zonas do país”.“Este é claramente um evento reconhecido a nível internacio-nal, com um potencial imenso e acima de tudo com resulta-

dos à vista”, afirma Inês Silva. “Sem dúvida esta é uma exce-lente oportunidade para cres-cerem, aprenderem e saírem mais enriquecidos no final do fim-de-semana”, conclui a or-ganizadora.

Iniciativa que promove o empreendedorismo chega a Coimbra e Porto

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PÁGINA 08 // 05.ABR.11 // ACADÉMICO

ENTREVISTAPEDRO REMy

josé reis

[email protected]

* com colaboração de sónia ribeiro

Há 18 anos a trabalhar na in-dústria dos cabelos, Pedro Remy, cabeleireiro e estratega cultural na cidade de Braga, diz sentir-se uma pessoa realizada. A passagem pela música foi o impulso para a criação de um espaço cultural, ca-racterizado por uma forte relação humana com os clientes. O jazz marca presença na sua vida, fun-cionando como inspiração na sua actividade profissional. A oferta de um espaço diferente, que primazia a cultura, procura dar resposta à falta de alternativas em Braga. Pe-dro Remy tece mesmo uma crítica ao facto de a cidade não proporcio-nar espectáculos culturais, defen-dendo uma política que aposte na criação de público.

Como é que o músico, o desportis-ta e o cabeleireiro convivem todos numa mesma pessoa?São experiências de vida, são

as tais ferramentas da vida que nos fazem crescer. O desporto e o gosto pela cultura tinham que dar nisto, num cabeleireiro e espaço cultural. Começa em 1993 a minha vida como empre-sário na indústria dos cabelos e vamos caminhando no sentido da procura da novidade e inova-ção. Criando-se um espaço que é diferente na cidade, com bons equipamentos e boa leitura no momento da espera, ter uma re-lação humana correcta, no senti-do estético e profissional.

Sempre foi claro para ti que este era o caminho a seguir ou houve um momento de indefinição em que pensaste o contrário?Desde muito jovem fiz tudo para me tornar cabeleireiro. Fiz um curso de três anos e fez-me pensar que tinha capacidades para abrir o meu próprio espaço.

Quando lançaste o espaço, estava longe este conceito cultural? Quan-do se dá esta viragem?Tudo aconteceu lentamente à

humano é o contributo que po-derá dar alguma cor a um espa-ço amplo, com muito betão. É um espaço que está em Braga, mas que poderia estar em Nova Iorque, Berlim, Tóquio, porque realmente é vanguardista. É uma nova ideia que fazia falta, para ajudar a colocar Braga no mapa-mundo.

Tem sido referência?É uma referência importante. É importante para a cidade haver espaços e empresas a desenvol-ver esta procura do estético.

Como reages a pessoas que acham completamente irrelevante a exis-tência destes espaços?Acho que é uma falta de sensi-bilidade muito grande. Há pes-soas, aqui em Braga, que não valorizam a cidade e que são críticas. Eu já disse uma vez que Braga tem muitos críticos de bancada.

Ser um estratega cultural surgiu por uma espécie de impulso?A minha experiência como mú-sico prepara-me para o entusias-mo.

medida que fui crescendo como jovem. Fui procurando a moder-nidade. Abro em 1995 e começo a trazer para o meu habitat de trabalho as ferramentas que eu gosto, uma boa selecção musi-cal, o jazz e os livros, e começo a desenvolver um gosto.

Como foi aceite?Tinha gente que gostava e gente que não gostava. Acabo por ser persistente e conseguir escruti-nar as pessoas que se identifi-cam comigo.

Mas este novo espaço foi criado porque sentiste que o primeiro já não era suficiente?O espaço cultural é um espaço que vai ter que continuar a ter uma continuidade de qualida-de de programação a que ha-bituámos a cidade. Mas penso também que a marca, daqui a dez anos, necessitará de fazer alguma coisa. Temos outras va-lências que queremos desenvol-ver com a cidade e também com o sector. Pretendíamos daqui a cinco ou seis anos abrir uma academia para o sector, com al-guma experiência, e pusemos

já em prática essa mesma ideia. Este espaço tem também o cui-dado da sua estética musical ser direccionada para a música electrónica, porque ainda não existe um espaço em Braga que o faça. Há gente que está prepa-rada para connosco apoiar este projecto. Há uns meses, fiz o convite à Ângela Berlinde para criar uma escola onde os artis-tas possam trocar ideias, im-pressões sobre o seu trabalho, experiências. Crias uma nova sala, porque exis-te falta de espaço para as bandas?Existe falta de espaços com este tipo de condições. Eu acredito que o Theatro Circo não tem que ser a sala para este tipo de experiência jovem. Acredito que um espaço com estas caracterís-ticas, amplo, possa receber os jovens para uma noite interes-sante com os seus amigos.

Este espaço foi criado há cerca de dois meses. Para quem não conhe-ce, é muito diferente do outro?É completamente diferente... Em termos de arquitectura é um edifício fantástico. O factor

“Em Braga falta uma direcção, um caminho na área da cultura”

De músico a estratega cultural, Remy assume-se como uma figura

importante na cultura de Braga

No novo espaço, Pedro Remy pretende dar continuidade à programação cultural

Hugo Delgado/WAPA

Hu

go Delgado/W

AP

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ENTREVISTAPÁGINA 09 // 05.ABR.11 //ACADÉMICO

Pedro Remy não vê na falta de verba a justificação para o “atraso” cultural em relação a Guimarães

Tiveste uma forte carreira na área musical, aliás fizeste parceria com Rui Veloso e Jorge Palma. Perdeu-se um músico, mas ganhou-se um melhor cabeleireiro?É verdade. Não se pode fazer muitas coisas, senão a pessoa divide-se. Mas o facto é que a música desperta em mim uma vontade.O saber carregar e montar o som é muito importante.O nosso espaço é já um clube de jazz, os músicos sentem um carinho, é uma visita diferente. Como fui músico, sei pôr-me no lado do músico e como ele gosta de ser recebido no espaço.

Foram vários os impulsos que te le-varam a dinamizar culturalmente o teu espaço e esta foi a forma para contornares a questão?Foi, gostava muito de ouvir jazz no Theatro Circo e dá-me um gozo enorme receber músicos na minha própria sala.

Como reages à extinção do festival de jazz em Braga?Reajo muito mal e critico a ad-ministração do Theatro Circo e a força do Pelouro da Cultura. Trata-se de um festival com 11 edições, um festival modesto, criado pelo José Carlos Santos, meu director artístico e amigo. E vê-se mais uma bandeira da cidade, um trabalho de onze anos, (o próprio festival chegou a ser uma arma política) e que mostrava que Braga era uma ci-dade culta a ser abandonado as-

sim, deixando que desapareça. São este tipo de eventos que nos fazem falta, porque a resposta que foi dada de que não havia público não chega. Porque há outros eventos que se fazem no Theatro Circo que também não têm público e que continuam a ser feitos. Acho que foi uma má resolução que deram para o festival, era preferível ter dito à equipa que, este ano, só iríamos fazer uma noite de jazz ou um fim-de-semana e se calhar só com artistas portugueses.

O que é preciso ter e fazer para criar um espaço com conceito para funcionar?A base de tudo é a pessoa que está por detrás ser uma pessoa dinâmica, mas acima de tudo ter a tal relação humana, ser uma pessoa honesta, verdadei-ra, que acredita naquilo que é e no conceito de vida que desen-volve. Pode ser um espaço de música brutal, hard rock, jazz ou de fado, mas aquilo que está a promover tem que ser de den-tro para fora.

As pessoas em Braga querem este tipo de oferta que estás a dinami-zar?Eu acredito numa cidade culta e isto é cultura. É cultura sadia que pretendo trazer. Tento tra-zer boa música, porque acre-dito nela. Não é com as festas que se fazem regularmente na nossa cidade - também critico os espectáculos académicos,

que também são medíocres. A responsabilidade universitária deve ser no sentido da qualida-de.

Sentes que os jovens universitários estão desligados da cidade?Temos de tudo, temos jovens que apoiam a cidade, que fazem a sua vida pessoal e nocturna, mas também temos jovens que já nem nela acreditam.

Estamos a falar de uma cidade que é considerada a mais jovem do país e terceira cidade a nível internacio-nal...É verdade. Braga tem muitas lacunas, em que os jovens se possam inserir nela e sentir em-patia. Faltam escolas de artes, espaços nocturnos com uma área musical, falta alguém a quem dêem valor e encaminhe a juventude para uma caminho mais positivo. Essa ferramenta seria a autarquia. Acho que não é desculpa só a falta de verba.

Há quem defenda que seria um excelente vereador da Cultura...Eu sou cabeleireiro. Já fui con-vidado para várias coisas a nível de política, mas eu tenho um contributo muito importante a dar à minha indústria.

Mas não fecha a porta?Se for para dar um contributo positivo à cidade, com a experi-ência que fui desenvolvendo ao longo deste anos, estarei ao dis-por da cidade. Eu amo a minha cidade, aquilo que eu faço é pela minha cidade também.

O que é que Braga precisa? O que falta?A nível de cidade falta realmen-te uma direcção, um caminho na área da cultura. Estamos sempre a falar de Guimarães (e não é à sorte), porque a estraté-gia de Guimarães é realmente fazer com que seja uma bandei-ra a nível cultural em termos nacionais. É uma política dife-rente, cada grupo político tem a sua maneira de ver o mundo e a bandeira de Braga não tem demonstrado este interesse. So-cialmente, é importante educar a população, no sentido da qua-lidade e do rigor social. Eu acre-dito que a educação, o desporto e a cultura sejam a base das pi-râmides das sociedades de hoje. A nossa cidade nem sempre se direcciona para aí.

Acreditas no futuro em Braga?Acredito, eu quero continuar

em Braga.

Acreditas nas escolhas futuras que possam ser feitas na cidade?Acredito, com outro grupo de trabalho. Com este, não acredi-to, sinceramente.Neste momento acho que não se tem criado público. As pessoas vêem que o Theatro Circo tem o número de público que nem sempre deveria ter, não houve uma política de construção de público. Fico espantando por-que está fechado ao Domingo. Braga, se quer ter público daqui a dez anos, tem já que pegar numa forma de o fazer. Acho estranho não haver espectácu-los para as famílias e para os mais pequenos, porque esse é o público de amanhã. Consideras que o serviço educativo não é o ponto fundamental para criar público no espaço cultural?Sem dúvida, eu desenvolvo jazz no meu espaço. Mas o im-portante seria também realizar espaços para as famílias, envol-ver as famílias na própria cons-trução de espectáculo. Acredito que haja público para isso. Te-nho dois filhos e tento levá-los o mais possível ao teatro, nas cidades vizinhas porque Braga não tem. Eu vou ao Theatro Cir-co e há lá jovens de 15 e 16 anos que não sabem estar, não sa-bem aplaudir e que incomodam quem lá está. São coisas que acontecem porque o público não foi educado a estar numa sala de espectáculo.

É importante educar as pessoas?É fundamental, e isso constrói-

se nas visitas aos espectáculos, no momento que somos miú-dos. E eu defendo que o gosto pelas artes de palco tem que estar disponível para todos e não só uma classe média que pode pegar nos filhos e levá-los a uma sala cara. Porque isto não é a justiça social. É uma falsa questão dizer que os espectácu-los são caros, porque têm uma equipa muito grande. Braga tem artistas que poderiam dar o seu contributo no Domingo das famílias e fazer espectáculos com preços bastante acessíveis. Acredito que esse Domingo de família poderia resultar numa possível compra de bilhetes para outras datas nocturnas para os adultos, pais e avós. São espec-táculos que, com baixa verba, podem encher o Theatro Circo, uma casa que merece ter respei-to, aplauso, atenção e gosto pelo que se lá faz.

O teu espaço é o único espaço na Europa com um conceito como este. Deve ser um duplo orgulho para Braga?Sim, este é um espaço que está no centro histórico junto à Sé de Braga. É já um espaço de visita, que recebe muitos turis-tas. É um espaço que tem dado um contributo enorme para as escolas educativas de Braga, nas suas visitas de estudo, pela criatividade e inovação que o es-paço demonstra e pela dinâmica cultural que vai trazendo, as ex-posições.É um espaço que nos enche de orgulho e acredito que daqui a 10 ou 15 anos já nem se corte lá cabelo.

Hu

go Delgado/W

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Com o novo espaço Pedro Remy pretende, também, valorizar a sua cidade

Hugo Delgado/WAPA

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INQUÉRITO

PUB.

Não irei participar no evento pois já tenho o meu calendá-rio organizado em função de algumas entregas de trabalhos. Contudo, penso que o evento é bastante atractivo, mas ape-sar disso é sempre bom inovar para que cada vez mais os es-tudantes se sintam cativados a participar na Gata na Praia, visto que é uma mais valia para os mesmos, uma vez que são oferecidas inúmeras activida-des desportivas e muita diver-são. Nunca fui à Gata na Praia, o que me deixa curioso para saber como será o ambiente. Por isso, tentarei com certeza participar. Quem sabe já no próximo ano.

Não vou à Gata na Praia porque nem sequer cheguei a pensar nisso. Mas julgo que o evento é atractivo porque, desde logo, está garantida a praia e conví-vio de uma semana entre os alunos da Universidade do Mi-nho que participam.Penso que, para que mais estu-dantes aderissem, dever-se-ia publicitar mais o evento, e tal-vez baixar um pouco os preços. Contudo, até ao momento, a Gata na Praia nunca me des-pertou grande interesse, mas talvez ainda possa vir a ter von-tade de participar.

Não vou à Gata na Praia este ano porque estive de Erasmus no primeiro semestre e em termos económicos é difícil conciliar ambas as coisas, espe-cialmente numa altura de crise como a que vivemos agora. Acho que o evento é muito atractivo.Penso, também, que a ideia de inovar alguns aspectos poderá levar ao aumento da partici-pação na Gata na Praia, moti-vando os alunos a participarem de modo mais frequente. Mas gostava muito de participar na actividade no próximo ano, pois parece-me algo muito di-vertido.

Este ano não vou à Gata na Praia porque tenho demasiado trabalho para a altura do even-to. Relativamente à organiza-ção, acho que as inovações são sempre necessárias, contudo o pacote oferecido pela Asso-ciação Académica é bastante atractivo. Apesar de não poder ir para Lagos este ano, gostava muito de participar no evento na pró-xima edição, em 2012.

ANA LOPES2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

jOãO GONçALVES2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

sóniA [email protected]

Está a aproximar-se a 10º edição da Gata na Praia. De 16 a 21 de Abril, a Gata ruma à praia da Batata em lagos, oferecendo uma semana repleta de actividades e diversão.Os interessados em participar podem inscrever-se no dia 5 de Abril através da Associação Académica da Universidade do Minho, organizadora destas férias desportivo/recreativas.

O ACADÉMiCO foi falar com a comunidade estudantil para auscultar a opinião dos alunos sobre o evento e para descobrir quem vai com a Gata para a praia da Batata.

DIOGO LOPES2º ANO //

ARQUITECTURA

lagos. praia da batata. estás a pensar ir à 10ª edição da gata na praia?

TIAGO DIAS2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

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ERASMUS PAGEandrea Moserini

[email protected]

During the first days of my stay here in Minho, walking down the corridors of the headquar-ters of the Student Association, my attention was more than once caught by some colourful posters on the wall: they cons-tantly made me wonder, what is this strange macabre fasci-nation with dead cats all about?I’m talking about the posters for the previous edition of “En-terro da Gata”, literally “the bu-rial of the (female) cat”.I soon learned there is nothing morbid after all in it: it is in fact an academic festival, organized by the Associação Académi-ca da Universidade do Minho with the collaboration of the Universidade Católica de Braga and the Instituto Politécnico do

Kasia aLichniewicz

[email protected]

Dear Erasmus students! Have you heard about Enterro da Gata already? If you haven’t then you should quickly find out as much about it as you can. It is the biggest student party here in Braga and it’s history reaches back to 1889. This year’s edition will take place from the 6th till the 14th of May and – trust me – you do not want to miss it! In fact, I suggest you mark this date in your calendars right now, cause it really is a spectacular event! Enterro da Gata – which means The Funeral of the Cat - is the big finale of the ritual called praxe (i’m pretty sure you’ve seen it happening around the campus and in the city centre).Praxe is basically a series of «tortures» the freshmen stu-dents have to go through to

become rightful members of the University. Once this rite of passage is done – the funeral of the cat takes place. For the event each faculty from Universidade do Minho prepa-res a special t-shirt with a logo and a symbol of their discipli-ne.This year we thought it might be a good idea for Erasmus students to preapre a t-shirt as well! And here is a place for all of you to show your talents and creativity! We ask you to design a logo for a t-shirt which will

design competition

welcome to enterro da gatapublished in the newspaper “Aurora do Minho” which talks about a group of students me-eting “to celebrate the end of the year and to bury the cat”. Back then, the students’ asso-ciation was represented by the students of the Liceu Nacional (today Escola Secundária Sá de Miranda), which was hosted in the Convento dos Congrega-dos.

The first break in the festivi-ties took place between 1934/35 and 1959: the irreverence of the students of the Minho was si-lenced by Salazar’s regime.The “mourning” (“luto aca-démico”) decreed by Coimbra after the student contestation of 1969 (the so called “crise académica” of Coimbra) would lead to the second interruption between 1970 and 1989.

Cavado e do Ave, which takes place every year in Braga, at the beginning of May.The “gata”, in the Minho stu-dents’ slang, represents an unwanted school failure, whi-ch students are going to “bury” (“enterrar”) towards the end of the academic year, after a week of mourning, i.e. of con-certs and wild partying and drinking!There will be a wake, the so cal-led “velório”, during which the “gata” will be carried through the streets of Braga in a funeral procession where all the mour-ners are crying for the passing of the deceased (“a finada”).The tradition of the burial of the cat is quite ancient, much older than Universidade do Mi-nho itself. The first reference in the press regarding the “En-terro da Gata” can be found in the year of 1889, in an article

In a study requested in 1989 by the AAUM to the Director of the Biblioteca Pública of Braga, Dr. Henrique Nunes Barreto, it was determined at last that the first “Enterro da Gata” took place in May 1889. So, exactly 100 years after its birth, the tra-dition was taken over, this time in the hands of the students of the recently founded Universi-dade do Minho.

represent Erasmus students during the Enterro da Gata festivities. We want you to be a part of this event, we want you to feel like real members of University, even if you are here just for one semester! It is important you enjoy and ex-plore the University traditions! In your design we want you to show the diversity, the unique-ness of Erasmus community and how it enriches the life of Minho University. Make your logo stand out among others! All the works should be sent by email to this adress: [email protected] winner of the competi-tion will obviously be lavishly awarded. Not only will we ma-terialize his/hers design into a real, wearable t-shirt, but also he/she will receive a ticket for the whole event. Hope you will have lots of fun with this one! And I hope my mailbox will be full really soon!

jam sessions promoted by rum

Kasia aLichniewicz

[email protected]

Are you a music freak?Do you play any instruments? Did you bring one to Portugal in your suitcase despite the

20kg luggage weight limit? Maybe you need to get one?Do you need a place to practi-ce?If you answered YES to any of these questions – then we got a solution for you!We’re looking for musicians who would like to jam a bit with others.So if you feel like meeting new people, playing some nice tu-nes with them, developing your musicial talents...just let us know and we will arrange that for you!Every person who is interes-ted should contact me under this email adres: [email protected] and we’ll get back to you as soon as possible! Let’s make jam and some noi-se!

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

francisco Vieira

[email protected]

Total War: Shogun 2 é o mais recente título da aclamada sé-rie Total War. Como todos os outros jogos da saga Shogun 2 é um jogo de estratégia e já está disponível para compra desde 15 de Março. O jogo passa-se no Japão feudal do século XVI, surgindo assim na sequência de Shogun Total War, lançado em 2000, e que marcou e ini-ciou toda a série Total War. Em Shogun 2, o Japão é um país

sofia borges

[email protected]

É já no próximo dia 12 de Maio que vai ter lugar em Alenquer a primeira emissão de televisão, apenas por sinal digital.O processo é muito simples. Nesta data, o retransmissor de Alenquer vai apenas emi-tir o sinal digital, deixando de enviar o sinal analógico, que costuma acompanhar o digital.Depois da iniciativa pioneira em Alenquer, este chamado

apagão analógico vai continu-ar, desta feita, a partir do dia 16 de Junho, no Cacém, e na Na-zaré, a partir de 13 de Outubro.A Anacom (Autoridade Na-cional das Comunicações) ex-plicou que a televisão digital terrestre, para além de ofere-cer uma melhor qualidade de imagem e de som, possibilita o acesso a funcionalidades avan-çadas, como parar a imagem ou gravar programas. Tudo isto chega, finalmente, à casa de to-dos os portugueses.

apagão é em maio

“conquista e unifica todo o Japão feudal”litativo bastante grande na sé-rie, sendo que é um jogo muito pormenorizado e que requer algum pensamento sobre a melhor maneira de conseguir alcançar os objectivos. Todo o processo diplomático ou bélico requer não só um bom sentido de negociação como também muita astúcia para prevenir eventuais traições daqueles que se pensava serem aliados. O modo multiplayer está mui-to bem desenhado, principal-mente a nível online. O único problema de Shogun 2 desven-dado até à data é apenas o facto de, por vezes e nem com todas

as placas gráficas, crashar. Problema que um save regular resolve facilmente. Shogun 2 é, com efeito, completamente

Total War: shogun 2 extremamente dividido, sendo todos os clãs existentes rivais entre si na luta pelo poder total. O jogador escolherá controlar um destes 8 clãs rivais, o que resultará numa posição inicial diferente no mapa e em ideolo-gias políticas e militares distin-tas. Como todos os Total War, em Shogun 2 o jogador contro-la não só o general de guerra como também o chefe do clã, havendo lugar para todas as negociações diplomáticas ou bélicas com as outras facções e também para a batalha pro-priamente dita.Shogun 2 revela um salto qua-

brUno fernandes

[email protected]

Supostamente, o Ocidente vive sem qualquer tipo de censura à liberdade de expressão. Mas um estudo vem contrariar esta visão: no âmbito do projeto “OpenNet”, foi revelado que os programas que os regimes di-tatoriais usam para controlar e censurar conteúdos na internet são produzidos pelo Ocidente.Segundo o mesmo estudo, cita-do pelo jornal “SOL”, os progra-mas proibiram cerca de 20 mi-lhões de pessoas de acederem a sites com conteúdos incómo-dos, como é o caso do ateísmo, sexualidade ou com preceitos contrários à lei islâmica. Os autores, Helmi Noman e Jillian C. York, referem que as empresas produtoras dos pro-gramas sabem qual o fim a que se destina o seu produto.

A pesquisa teve como principal objectivo perceber o papel das empresas de internet na cen-sura de conteúdos, durante as manifestações nos países ára-bes. Já anteriormente, a “Repór-teres Sem Fronteiras” havia revelado uma lista de países que estavam a censurar alguns conteúdos na rede e que iria manter em vigilância como é o caso da França ou da Austrália.

censura não é só a oriente

Para que o processo se cumpra e se consiga aceder ao novo si-nal, só é necessário possuir um televisor compatível com a for-ma MPEG 4 e ligar o cabo de antena ao equipamento.No entanto, se o televisor não for compatível com a norma, será necessário obter um des-codificador. A Anacom sublinha que não será necessário qualquer tipo de serviços de televisão paga ou o pagamento de mensalidades, para aceder ao sinal digital.

indispensável para quem gosta de jogos de estratégia.Site Oficial: http://www.to-talwar.com/shogun2

DR

DR

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LIFTOFF AAUM

>12 de ABRIL ‘11Início Curso “Inteligência Emocional” - Braga

> 23 a 26 de MAIO ‘11Feira de Saídas profis-sionais e Empreendedo-rismo

www.liftoff.aaum.pt

Liftoff promove:

Workshop “Empreendedorismo e Marketing”-Incubit

Irá decorrer no próximo dia 12 de Abril, pelas 15h00, no Campus de Gualtar (sala aconfirmar).

Participação gratuita, mediante inscrição.

Objectivos:

No final do Workshop, os formandos deverão ser capazes de:• Compreender o conceito e a importância do empreendedoris-mo;• Identificar as carácteristicas e o perfil empreendedor,• Dominar conceitos, teorias e ferramentas de marketing;• Conhecer a função Marketing no interior de uma empresa,• Explorar novas oportunidades e/ou potenciar negócios utili-zando as redes sociais;

Conteúdos

• Empreendedorismo, Porquê e para quê?• O processo Empreendedor (cultura empreendedora, Ideia/oportunidade; Projecto, Recursos, Startup)• Marketing

Dinamizadores:

Marco LamasLicenciado em Relações Internacionais, MBA,Mestre em Educação, Doutorando em Educação e Desenvolvim-ento Humano.Paulo NovaisLicenciado em Gestão de Marketing, Pós-graduado em Di-

> 12 de ABRIL ‘11Workshop “ Empreende-dorismo e Marketing”

>21 MARÇO ‘11Entrepreneurship Day @AAUMinho

recção de Marketing e Vendas e Mestrado em Direcção de Ma<rketing e Vendas. É Man-aging

Próximas Actividades:

Curso:“Inteligência Emocional”- 14 horas- Braga

- Dia 12,15,26 e 28 de Abril, das 19h00 às 22h30- Lotação para 15 participantes;

Conferência:

“Desenvolvimento Vocacio-nal”- VII Edição- dia 9 de Abril

Inscreve-te em www.liftoff.aaum.pt

Mais informações: Através do email:[email protected] Ou visita-nos no Liftoff , local-izado nas Pirâmides, no cam-pus de Gualtar, em Braga.

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOtwittadas

cLarisse abreU

[email protected]

OMG e lOl já fazem parte do Oxford English DictionaryAs iniciais de Oh My God (OMG), laughing Out loud (lOl) e o coração digital “to heart”, já têm lugar no Oxford English Dictionary.Os responsáveis pelo dicionário afirmaram que estas palavras vão, a nível semântico, para além da estrita abreviatura, e que estão tão fortemente asso-ciadas à linguagem das comu-nicações electrónicas, que aca-baram por entrar na linguagem corrente.Acerca da expressão “to heart”, o dicionário refere que esta deve ser a primeira, proveniente de t-

shirts e autocolantes, a integrar um dicionário.Apesar de correntemente se as-sociar estas expressões a uma geração “mais jovem”, é de no-tar que OMG surgiu em 1917, e lOl em 1960, embora signifi-casse “little Old lady”.

iPad 2 não chegam para as en-comendasA Apple está com dificuldades em responder à procura do novo modelo do iPad.Em Portugal, o modelo esgotou logo no primeiro dia.A escassez do modelo também se fez sentir nos outros países europeus, algo que já se ante-cipava, devido ao número redu-zido de unidades disponibiliza-dos. Parte do problema está no

facto de os fornecedores de al-guns componentes terem fábri-cas no Japão, onde a produção abrandou, devido ao sismo.O primeiro iPad, que já desceu de preços, continua a ter imensa procura em Portugal, nomeada-mente no mercado empresarial.no que respeita aos números globais de venda do iPad 2, es-tes não são ainda conhecidos

Um triciclo que permite voar sem sair do chãoEstudantes norte-america-nos, motivados pelo “sonho de voar”, criaram um triciclo de design arrojado, de nome “streetFlyer”. Este possibilita ao condutor uma sensação de “pássaro”, sem ser preciso sair do chão.

Este é um projecto posto em prática pelo professor Carsten Mehring e seus alunos, e que poderá ajudar deficientes mo-tores que nunca tiveram opor-tunidade de explorar o mundo exterior.O “streetFlyer” é um triciclo constituído por arcos que se ligam a 3 rodas de bicicleta e o condutor fica suspenso, no meio do veículo, segurado por um cinto de asa-delta.O próximo passo é comercia-lizar o “streetFlyer”, principal-mente para fins recreativos. Facebook pode causar depres-são nos jovensA Academia Americana de Pe-diatria alerta que a rede social Facebook pode originar uma

nova forma de depressão e classifica-a até como nova pato-logia: a “depressão Facebook”.Gwenn Okeeffe, pediatra de Boston e principal autora das directrizes da American Aca-demy of Pediatrics, explica que há aspectos no Facebook que o podem tornar prejudicial para crianças que já lidam com pro-blemas de auto-estima.As actualizações de estados, o registo de novos amigos, as fotos felizes, podem fazer com que algumas crianças e adoles-centes se sintam mal, por acha-rem que não estão à altura.isto porque na “rede” tudo ad-quire uma dimensão diferente que a pediatra classifica de “vi-são distorcida” do que acontece de facto.

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CULTURA

cLÁUdia rêgo

[email protected]

Dentro de nove meses, Gui-marães será a Capital Europeia da Cultura (CEC). Já todos os preparativos arrancaram. Con-tudo, as decisões da adminis-tração do evento e a política de comunicação de Guimarães 2012 têm sido criticadas. O Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães (FCG), presidido por Jorge Sampaio, aprovou mesmo uma moção de censura que pede mais dinâmi-ca à organização da CEC.

Os responsáveis pelas diferen-tes instituições vimaranenses já se tinham queixado de um afastamento da administração da CEC relativamente às pro-postas feitas por agentes locais. Em demorada reunião, no sen-tido de avaliar a preparação do evento, o Conselho Geral con-cluiu que, de facto, “o ambiente local em torno do projecto tem sido marcado por episódios desgastantes”. Foi então apro-vada, por unanimidade, uma moção de censura que frisa ser necessária uma melhor articu-lação entre a CEC e os agentes

culturais, sociais e económicos de Guimarães.O documento exige, no fundo, melhorias rápidas e eficazes à organização da Capital Euro-peia da Cultura 2012.O presidente do Conselho Ge-ral, Jorge Sampaio salienta que é fundamental que a CEC

josé reis

[email protected]

Espalhado no chão da galeria está um conjunto de pontos que parecem emergir debaixo dos nossos pés. Parecem las-cas de um qualquer animal feroz de outros tempos. Parece ser (e, depois, ficamos a saber que, afinal, é mesmo) um di-nossauro ainda por extinguir. “É uma peça horizontal que se distribui por todo o chão da galeria. Chama-se ‘Uma escultura que é um dinossau-ro fossilizado’. Uma ironia e uma crítica ao meu trabalho pessoal, que tem uma história muito curiosa”, revela António Machado. Histórias “curiosas” e “pessoais” estão presentes, de resto, em todos os objectos que avolumam a exposição inau-gurada no passado sábado na galeria Show Me e que fez com que, pela primeira vez, elabo-rasse algo em conjunto com

Bárbara Fonte – para além da vitalidade artística que os une, há um relacionamento pessoal consolidado que lhes permite abrir a página do diário livre-mente e criarem a partir das situações pessoais do dia-a-dia. “Este objecto [dinossauro] é, no fundo, uma crítica à escultura. Comecei há dez anos a fazer explorações nesta área mas este foi um objecto que, depois de criado, ficou encostado no atelier. A Bárbara não gostava dos objectos”, ri António, sob o olhar cúmplice de Bábara. Em cerca de dezena e meia de objectos, podemos ver “frag-mentos, objectos, desenhos que expressam o nosso diário” mais ou menos materializa-do, asseguram. Pensamentos, ideias pessoais, “folhas soltas que se materializam em ob-jectos de escalas diferentes”, do mais pequeno a um canto da galeria ao mais que quase toca no céu do espaço e abraça

o local. A madeira é o material privilegiado nesta mostra mas “porque nesta altura era o que fazia sentido. Amanhã pode ser outro”, admitem.

Momento certo

“São narrativas, histórias que nos acontecem diariamente. Cada situação é depois trans-formada em desenho e ga-nham um novo significado”, desvela Bárbara, acrescentado que o processo de criação do objecto pode surgir de tudo o que os rodeia. “Pode ser uma

imagem que vmos num docu-mentário. Uma situação que se passou connosco na escola [ambos são professores]. Uma conversa que tivemos. Tudo pode dar origem a uma ideia e um objecto”, corporiza. É notória a cumplicidade. Ad-mitem que foi preciso alguma paciência. Mas tudo para se chegar ao “momento certo”. Este, o da primeira exposição em dupla. “Sentimos que este era o momento. Começamos a pensar nisto há muito tempo, em trabalharmos em conjunto, mas as coisas demoram o seu

tempo a ganhar forma. Senti-mos que, nesta altura, faz todo o sentido”, admite António. Bárbara Fonte é licenciada em pintura pela Faculdade de Be-las Artes de Universidade do Porto. Já António Machado é licenciado em escultura pela mesma faculdade e, para com-plementar os seus trabalhos na área, decidiu ingressar no cur-so de arquitectura recentemen-te. O trabalho em dupla, esse, vai continuar, asseguram.Quem sabe em Braga, no Por-to, em Lisboa ou pela Europa fora.

Uma dupla de criadores a mostrarem as obras que, nestes últimos anos, andaram a congeminar em conjunto. A galeria show Me inaugurou este fim-de-semana uma nova exposição, assinada pela dupla Bárbara Fonte e António Machado. Um universo pessoal e íntimo desvelado em peças de dimensões admiráveis, para ver até final de Abril.

um diário onde cabem sonhos, objectos e um dinossauro fossilizado

organização da capital europeia da cultura 2012 enfrenta moção de censura

DR

Galeria Show Me habituada a receber algumas exposições de arte

seja também um projecto dos vimaranenses, apostando-se numa maior aproximação à co-munidade local e numa maior expressão do evento em todo o país.O ex-chefe de Estado revelou-se algo descontente com a or-ganização da Capital Europeia

da Cultura 2012 e pediu à ad-ministração uma “lufada de esperança” que recupere o en-tusiasmo em torno do projecto e traga uma nova dinâmica. Porém, a administração da CEC, presidida por Cristina Azevedo, desvaloriza as críti-cas que têm sido feitas.A responsável diz que a mo-ção de censura aprovada pelo Conselho Geral é apenas uma oportunidade para que se en-contre uma metodologia que permita evidenciar melhor o que está a ser preparado para Guimarães 2012.

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CD RUMbill callahan - apocalypse

AGENDA CULTURALRUM BOX

paULo soUsa

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Esta semana destacamos o novo trabalho de Bill Callahan, o terceiro em nome próprio, se excluirmos o brilhante disco ao vivo editado no ano passado. Em “Rough Travel For A Rare Thing”, Callahan demonstrou toda a espontaneidade de um concerto gravado e, ao que tudo indica, gostou do que depois ouviu. Em “Apocalypse” man-teve o espírito e os sete temas são tocados live e editados sem cortes, sem efeitos, sem vari-nhas de condão. Como li algu-res na web, “se a fita magnética

TOP RUM - 13 / 201101 ABRil

1 lUÍsA sOBRAlnot there yet

2 RADiOHEADlotus flower

3 ARCADE FiRE The suburbs

4 GUTA nAKinovo mundo

5 B FACHADAQuestões de moral

6 PORTUGAls, THEles aventures des boniface

7 BlACK KEYs, THE Everlasting light

8 Kills, THEsatellite

9 JOAn As POliCE WOMAn The magic

10 AnnA CAlvisuzanne & i

11 PEiXE AviÃOUm acordo qualquer

12 PJ HARvEYThe words that maketh murder

13 sTROKEs, THEUnder cover of darkness

14 PZFor sure

15 MÃO MORTAEstância balnear

16 CHK CHK CHKAm Fm

17 CACiQUE’97Chapa 97

18 AEROPlAnEWe can´t fly

19 Tv On THE RADiOWill do

20 BUnnYRAnCHno crime scene

POST-IT04 Abril > 08 Abril

OnE MAnD HAnD - red lighthouse PATRiCK WOlF - the city PETER, BJORn & JOHn second chance

BRAGAMÚsiCA7 de AbrilCamané – Do amor e dos dias – FaduTheatro Circo

TEATRO5 de AbrilTeatro para Escolas – Jangada TeatroTheatro Circo

8 e 9 de AbrilOdisseia - (A) Mostra – Transit – CTBTheatro Circo

Drag City. Com “Apocalypse” já lá vão 14 discos de originais, sendo os últimos três assina-dos com o nome próprio.Mas neste último trabalho, Callahan muda ligeiramente o conceito; já não aborda tan-to as questões de auto-análise e aventura-se por caminhos mais externos a ele próprio, en-trando mesmo no complicado mundo da geopolítica actual. Quando confrontado com esta interpretação abana a cabeça, negando.Prefere afirmar que este é tam-bém um disco introspectivo, mas que pode ser usado como um espelho, contemplado por quem o escuta.

liTERATURA6 de Abril “inquietudes” de Maria Antónia Ribeirolivraria 100ª Página

GUIMARÃESMÚsiCA9 de AbrilJoana Amendoeira – sétimo Fadosão Mamede

FAMALICÃOTEATRO6 de Abril

Malhar em Ferro Frio Casa das Artes

CinEMA7 de AbrilAniki Bóbó + Douro faina Fluvialnoites do CineclubeCasa das Artes

BARCELOSMÚsiCA8 de AbrilMurdering Tripping Bluessubscuta

LEITURA EM DIA5/4 - Big Nate de lincoln Peirce. Ed. Arte Plural.A irreverência juvenil, a amizade e a escola pelo “olhar” criativo de um adolescente;

6/4 - É Menina de Rick Kirkman e Jerry scott. Ed. Bizâncio. A gravidez inesperada e a família mais disfuncional da actualidade.Grandes gargalhadas.

7/4 - O Cientista Disfarçado de Peter J.Bentley. Ed. Pub.Europa-América. A ciência ao mais alto nível e os precalços do dia a dia. Um dos grandes livros de divulgação científica-obrigatório;

8/4 - Método Prático da Guerrilha de Marcello Ferroni. Ed. Pub. Dom Quixote.Os últimos dias de Che Guevara, da floresta africana à selva boliviana.Um bom primeiro romance.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e sérgio Xavier

DRCallahan já não aborda tanto as

questões de auto-análise fosse carne, este disco seria o porco inteiro, sem cortes”.Bill Callahan nasceu em 1966 em Silver Spring, no Ma-ryland, e foi com experiências feitas em casa, com o recurso a um gravador a quatro pistas, que o norte-americano deu a conhecer ao mundo o seu alter-ego Smog. Receoso que a sua música pudesse ser adulterada se a entregasse a um estúdio ou a um engenheiro de som, as primeiras gravações foram feitas em cassete, tendo enve-redado pelo lo-fi do rock alter-nativo.Depois do álbum de estreia com edição de autor passou a lançar os discos com o selo da

O ex-Smog regressa com um disco cru, gravado ao vivo no estúdio, sem cortes e sem pós-produção

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scbraga/aaum empata e adversários aproximam-se

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DESPORTOedUardo rodrigUes

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Ao contrário do que tem sido habitual, a 20ª jornada não foi positiva para os minhotos. A equipa do SCBraga/AAUM viajou até ao Porto para enfren-tar o conjunto do FC Foz e saiu derrotada por 5-3.Os bracarenses entraram no jogo algo permeáveis no sector defensivo, no entanto, pouco a pouco, foram subindo de pro-dução. O adversário dispôs de algumas oportunidades para inaugurar o marcador, mas foi o SCBraga/AAUM que fez o 1-0, através de Zé Rui. Aos 18 minutos, o FC Foz igualou o marcador e as equipas foram empatadas para os balneários.No princípio da segunda par-te, o FC Foz aproveitou uma

rápida transição ofensiva e deu a volta à contenda. A partir do minuto 33 ,́ o SCBraga/AAUM passou a jogar com um guar-da-redes avançado, contudo, a aposta não surtiu efeito. Os da casa marcaram três golos de ra-jada e praticamente sentencia-ram a partida. Os bracarenses ainda diminuíram a desvanta-gem, por intermédio de Coroas e de André Machado, porém, o tempo já era escasso para uma reacção mais significativa.

Apesar da derrota, o SCBraga/AAUM continua na liderança

Mesmo saindo derrotado des-ta jornada, o SCBraga/AAUM permanece na liderança da competição, com mais dois pontos que o segundo classifi-cado, a Académica de Coimbra

e mais 10 que o terceiro, o Pó-voa Futsal. Na próxima ronda,

o conjunto do Minho recebe o Boavista. A partida terá lugar

no Sábado, dia 09 de Março, às 17h30.

fiLipa soUsa

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Na última semana do mês de

Março, o pavilhão do Hóquei Clube de Braga recebeu mais um torneio de hóquei em pa-tins.Nele participaram seis equipas

que pretendiam alcançar um lugar nas fases finais de Coim-bra.O primeiro dia foi dedicado à fase de grupos, tendo início a competição com um confronto disputado entre a AAUM e o Politécnico de Leiria (do grupo A) que terminou empatado por três golos.Também neste grupo, a Uni-versidade de Lisboa venceu a equipa de Leiria, contudo os lisboetas viriam a perder a par-tida ante a AAUM. Um empate e uma vitória bastaram para os

minhotos seguirem em frente, a par da ULisboa.Já no grupo B, a Universidade do Porto, campeã em título, saiu vencedora em todos os seus jogos.A formação da cidade invicta rumou assim para as meias-finais, juntamente com a AAC (Associação Académica de Coimbra).No segundo e último dia do torneio houve lugar para as meias-finais.A Universidade do Porto e a Universidade de Lisboa empa-

taram a um golo, o vencedor do jogo foi ditado pelas grandes penalidades, que deram vanta-gem de 3-1 à UPorto. Na final a equipa da briosa to-mou de vencida a UP, por 5-4. Por sua vez, a AAUM conquis-tou o 3º lugar, após ter ganho a partida frente à Universidade de Lisboa por 7-2.O Campeonato Nacional Uni-versitário Masculino de hóquei em patins decorrerá de 12 a 14 de Abril, em Coimbra, contan-do com a participação da equi-pa minhota.

sobre rodas, minhotos seguem para os cnu’s de hóquei em patins

Os minhotos já não sentiam o sabor amargo da derrota desde a 8ª jornada, altura em que

perderam no reduto do Boavista

DR

Nu

no G

onçalves/D

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David Santos criou o projecto Noiserv no ano de 2005 quando alinhou um conjunto de ide-ias sonoras em 3 demos que foram editadas on-line pela extinta Merzbau. Esse primeiro EP mostra, desde logo, o universo intimista e acústico criado pela guitarra e pelo metalo-fone. Igualmente pela netlabel fundada por Tiago Sousa foi editado One Hundred Miles from Thoughtlessness, um álbum que foi muito bem aceite pelo público que continha alguns temas já consagrados como “Bullets on Parade”.Em Julho do ano passado David lança pela Optimus Discos “A day in the day of the days”, um disco conceptual que tem como objectivo servir como banda sonora para um qualquer dos nossos dias. O último passo dado por David Santos foi a composição de mais de uma dezena de temas para a banda sonora do documentário José e Pilar.

Yann Tiersen - Comptine d’un autre été: L’après-midi (BSO Amélie, 2001) acho que o Yann tiersen é o único músico que fiquei a conhecer através de uma banda sonora e não através de um disco. desde sempre que tenho interesse pela música que aparece nos filmes, fico na sala até passarem os créditos finais... e foi o que aconteceu com o amélie. por tudo - pela música, pelo filme por aquilo que representa para a vida de cada um... então quando cheguei a casa fui logo pesquisar sobre o Yann tiersen.

Sunset Rubdown - I’m Sorry I Sang On Your Hands That Have Been In The Grave (Shut Up, I am Dreaming, 2006) descobri esta banda porque um dos elementos, o spencer Krug, pertence aos wolf parade, de quem gosto muito. como uma pessoa vai

pesquisando acerca das bandas, vai conhecendo melhor os seus elementos, projectos paralelos... gosto muito da voz do spencer, neste registo mais agudo, foi quase amor à primeira vista... todas as melodias, nomeadamente em termos de voz, são perfeitas. era uma das bandas que não me importava ter fundado. contudo, eu não me vejo para já a formar uma banda... neste momento sinto-me confortável como noiserv, um projecto a solo com todas as suas vantagens e desvantagens.

Radiohead - Exit Music for a Film (OK Com-puter, 1997)é assim... eu não sei se são ou não uma influên-cia no meu trabalho... só sei que são a influência da minha vida! são na minha opinião a melhor banda de sempre, por tudo o que representam em termos musicais, em termos da alternativa que representaram na altura a quem estava a sair da onda de seattle, era eu adolescente.

Patrick Watson - The Great Escape (Close to Paradise, 2006) acho que é talvez o concerto que mais me sur-preendeu nos últimos tempos... na altura só con-hecia uma música e pensava, antes do concerto começar, que seria uma série de músicas todas iguais umas à outras... e não foi assim! achei interessante como uma banda de 3 músicos conseguiu dar uma roupagem diferente a cada um dos temas... pareceu-me tudo menos “mais do mesmo”.

Sigur Rós - Popplagid (“()”, 2002)

acho que eles se destacam das restantes bandas nórdicas pela sua intensidade sonora. eles tenta-ram utilizar a voz como mais um instrumento, criando melodias que não estão ligadas a uma letra, daí talvez eles terem criado um “dialeto próprio”, por entre o inglês, o islandês e algumas palavras inventadas. para mim não há assim uma grande regra em termos de composição ou da escolha dos elementos sonoros quando estou a trabalhar a componente dos arranjos, aos quais dou muita importância. o caso do som da máquina fotográfica na bulletts on parade foi uma coincidência: foi a minha namorada quem mostrou aquele som, e aquilo acabou por “fechar o ciclo” daquela música.

DAVID SANTOS

Vera M

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Joana Barra Vaz

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