Noções Biblioteconomia

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43 NOÇÕES DE BIBLIOTECONOMIA

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    NOES DE

    BIBLIOTECONOMIA

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    Prezado Cursista,

    EstemdulofoiespecialmentepreparadoparaquevocpossaadquirirasnoesfundamentaissobreestacinciadenominadaBiblioteconomia.Estdivididoem3tpicosdefcilcompreenso,queinclueminformaestericassobreoassunto.Lembramosqueestanovamodalidadedeensino(adistncia)requerdoalunogostopelabuscadeinformaescomplementares,disciplinaemtododeestudoecompletadesenvolturaparamantercontatocomosinstrutores.Ostextossoapenasnorteadoresparaoaprendizadoeprecisoreagiraelesintelectualmenteparaalcanarosobjetivosdesejados.

    NOES DE BIBLIOTECONOMIA

    Maria Helena Sleutjes

    A diferena entre o ser humano e um punhado de p, a informao.

    Duton

    1. INTRODUO

    A palavra BIBLIOTECA se origina do grego BIBLIOTHKE, que significa coleo pblica ou privada de livros e documentos congneres, organizada para estudo, leitura e consulta.

    No sentido contemporneo, no entanto, engloba alm dos livros, outros materiais como microfilmes, revistas, gravaes, slides, vdeo, cds, dvds, entre outros. O material mais recente o livro eletrnico E-book.

    O termo BIBLIOTECA tambm se refere s grandes colees bibliogrficas e por isto existem diversos tipos de bibliotecas.

    Quanto aos objetivos, as bibliotecas podem ser divididas em duas partes:

    - Bibliotecas de preservao: que guardam livros, manuscritos e outros documentos raros ou acessveis apenas a especialistas. - Bibliotecas de circulao: abertas ao pblico em geral ou a um pblico especfico e destinadas a consultas e a emprstimos de obras.

    Graduada em Biblioteconomia e Documentao pela UNI-RIO; Mestre em Administrao Pblica pela FGV/RJ; Especialista em Administrao de Bibliotecas pela ABEAS/DF; Especialista em Bibliotecas de Instituies Superiores pelo MEC/PUC-MG. Organizou e dirigiu inmeras bibliotecas. professora universitria e bibliotecria documentalista.

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    Quanto ao tipo, as bibliotecas podem ser:

    - NACIONAIS: existe uma Biblioteca Nacional em cada pas. Elas cumprem a finalidade de possuir e preservar todo o material bibliogrfico publicado no mesmo. Normalmente, so tambm detentoras de colees de livros raros e obras com caractersticas especiais.

    - UNIVERSITRIAS: so aquelas destinadas a dar suporte bibliogrfico e informacional ao ensino superior.

    - PBLICAS: pertencentes ao estado ou ao municpio. Comumente, so colocadas disposio da populao em geral.

    - ESCOLARES: destinadas a dar suporte ao ensino de primeiro e segundo graus. Funcionam nas escolas pblicas e privadas.

    - ESPECIALIZADAS: as que possuem acervos especficos para atender a uma demanda determinada.

    - ESPECIAIS E PARTICULARES: acervos que renem obras de interesse particular ou regional.

    2. A IMPLANTAO DE UMA BIBLIOTECA E SUAS PECULIARIDADES

    A cincia da biblioteconomia bastante abrangente e engloba muitos aspectos. Ao se pensar na implantao de uma biblioteca, alguns aspectos precisam ser considerados. Dentre eles, destacam-se:

    ESPAO: refere-se geralmente a trs aspectos: local destinado ao armazenamento da coleo ou acervo; local destinado ao trabalho e local destinado ao atendimento e consulta. A determinao correta destes espaos exige a elaborao de fluxogramas que indiquem a circulao de pessoas, de obras, percentagem de usurios simultneos e a forma de utilizao do acervo. Trata-se de um estudo e deve ser pensado e desenvolvido como tal.

    O espao deve ser sempre projetado para crescimento num prazo de 10 anos. Em 10 anos a mdia de crescimento do acervo deve ser estimada em 50%.

    LOCALIZAO: uma biblioteca deve ser localizada em rea central com relao ao seu pblico. interessante levar-se em conta a necessidade de futuras ampliaes. Recomenda-se que haja facilidade de acesso e a biblioteca esteja em local longe de rudos externos.

    MOBILIRIO: deve ser slido, de fcil manuteno e padronizado. imprescindvel a existncia de balces ou ilhas de atendimento, cadeiras, mesas, estantes, fichrios, balces para terminais de consulta, vitrines para exposies, murais, bibliocantos

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    (suporte em L para segurar as obras nas prateleiras) e carrinhos para transporte das obras. As estantes para o acervo geral devem possuir altura mxima de 1,80 m., largura de cerca de 1 m., cinco a seis prateleiras regulveis e removveis. O espao ideal entre as estantes de 0,75 a 1m.

    As estantes para o acervo de referncia ou colees de obras raras podem ter de 1 a 1,10 m. de altura, em virtude do peso destas obras e as dificuldades de seu manuseio.

    EQUIPAMENTOS: os principais so: ar condicionado (que deve ser dotado de compressor trmico contra sobrecarga e superaquecimento, compressor lateral para diminuir o nvel de rudo, timer programvel, 3 velocidades de refrigerao, um ventilador e um termostato), bebedouro, copiadora, microcomputadores e impressoras, persianas, telefone, fax, TV, Vdeo, scanner.

    ILUMINAO: a iluminao importante tanto para as pessoas quanto para o acervo. A quantidade mxima de radiao UV recomendada de 75 UV (mm/lmen). A luz solar direta deve ser evitada. O ambiente deve ser claro e a iluminao compatvel com a atividade de leitura impressa ou na tela.

    PISOS E REVESTIMENTOS: a primeira recomendao no esquecer que estantes e livros possuem peso muito superior a uma pessoa e este peso constante. Os seguintes fatores no podem deixar de ser considerados: o piso ou revestimento deve ser capaz de absorver rudos, no refletir luz, ser durvel, fcil de manter, atxico e antiderrapante.

    SINALIZAO: tem por objetivo orientar os usurios quanto aos servios que a biblioteca oferece, facilitando seu acesso, seu uso e dinamizando seu funcionamento. Chama-se sinalizao direcional aquela que tem por objetivo informar os pontos principais, materiais e servios disponveis, indicando o caminho a seguir. A sinalizao instrucional trabalha explicaes de procedimentos, uso de materiais, colees, equipamentos. A sinalizao reguladora demonstra o regulamento, fala do comportamento adequado ou especifica horrios. Existe tambm a sinalizao de restrio, que muito comum e, s vezes, muito necessria (No fume Silncio). Pode-se tambm utilizar uma sinalizao de alerta para chamar a ateno para alguma coisa.

    SEGURANA: embora no exista uma estrutura de segurana completamente perfeita, alguns aspectos precisam ser verificados.

    Numa biblioteca, paredes e portas corta-fogo so imprescindveis, assim como a presena de sadas de emergncia. Os extintores de p qumico (para o acervo) e os usuais so obrigatrios.

    - Instalao eltrica: deve seguir as normas da NB R 5410. A chave do servio eltrico central deve ser localizada de forma a permitir acesso fcil e imediato. Deve conter instrues para desligamento.

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    - Instalaes hidrulicas: as tubulaes de gua no devem passar sobre as reas de colees e de armazenamento de livros. As vlvulas de fechamento de gua devem estar indicadas.

    - Vigilncia: hoje se recomenda o uso de circuito fechado de TV para monitorar a biblioteca. Existem tambm diversos sistemas antifurto disponveis no mercado, semelhantes aos das lojas comerciais.

    Os furtos de obras podem ser reduzidos pela proibio de entrada de usurios portando objetos pessoais como livros, pastas, guarda-chuvas, cascos volumosos, etc.

    O planejamento do guarda-volumes uma exigncia quando se quer ter bem organizadas as condies de atendimento.

    PRESERVAO DO ACERVO: denominamos de preservao do acervo toda ao que objetiva salvaguardar as condies fsicas dos materiais. Existe uma grande diferena entre preservao e conservao de acervo. A preservao a interveno na estrutura dos materiais, visando conter a deteriorao dos mesmos. A conservao preventiva e engloba melhorias no meio ambiente, nos meios de acondicionamento e proteo das obras, visando retardar a degradao dos materiais.

    Os agentes agressores mais comuns so: a acidez do papel; a poeira, a poluio atmosfrica; a umidade; a ao do tempo; os agentes biolgicos (insetos, fungos e roedores); as variaes de temperatura ambiental; as radiaes ultravioleta (UV); a ferrugem; o risco de incndio e de inundaes e o prprio ser humano ainda bastante desinformado sobre as questes relativas conservao do acervo de uma biblioteca.

    O expurgo de pragas deve ser feito periodicamente. Hoje se pode contar com o controle biolgico de pragas ou desinsetizao atxica, sem nenhum transtorno para a sade humana. Recomendam-se vistorias no acervo para manter a limpeza constante.

    VENTILAO, UMIDADE E TEMPERATURA: Na biblioteca, a temperatura e a umidade do ar precisam ser controladas. Segundo padres internacionais, a temperatura ideal para conforto das pessoas de 22 a 24 C. Para os livros, a temperatura recomendada de 16 a 19 C; para fotografias e filmes, de 18 a 4 C.

    A durao mdia de um livro diretamente ligada ao grau de temperatura ambiente. Estudos provaram que a simples diminuio de 2 C na temperatura de alguns acervos resultou em longevidade sete vezes maior para os livros.

    Todas as oscilaes de temperatura devem ser evitadas.

    A umidade considerada inimiga das colees bibliogrficas. Quando em excesso, propicia a formao de mofo. Quando muito baixa, produz ressecamento do papel.

    O grau de umidade indicado de 30% a 60%.

    Uma boa ventilao tambm imprescindvel. O ar deve ser constantemente renovado.

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    SISTEMA DE COMUNICAO EXTERNO E INTERNO: A biblioteca nunca pode apresentar a dinmica de uma ilha. Os responsveis pelo funcionamento de uma biblioteca tm por obrigao desenvolver um sistema de comunicao externo e interno eficiente para permitir a realizao das atividades programadas para este espao. Devem utilizar-se para tal do telefone, do fax, da Internet, da Intranet (rede institucional), dos memorandos e das reunies.

    3. SETORES E SERVIOS DA BIBLIOTECA

    Antes que o livro possa estar disponvel para consulta numa biblioteca, ele passa por uma srie de setores ou etapas.

    Dependendo do tamanho da biblioteca, estes setores estaro funcionando mais estreitamente ou mais separadamente; mas, funcionam sempre como um sistema, um organismo vivo, no qual cada parte depende da outra para se alcanar os objetivos pretendidos.

    De um modo geral, os setores principais so: Seleo, Aquisio e Registro; Processamento tcnico; Servio de referncia; Secretaria e Direo.

    3.1 SELEO, AQUISIO E REGISTRO

    A seleo fundamental, pois determina a qualidade, a pertinncia e a eficcia do acervo que se quer formar. Serve tambm para definir a demanda quanto aos materiais bibliogrficos a serem adquiridos. Esta seleo pode ser feita atravs de consultas aos usurios, indicao dos dirigentes, responsveis, professores, especialistas, etc. Tambm pode ser feita pela escolha de acervos apropriados para incorporao ou livros indicados nas bibliografias bsicas das disciplinas lecionadas, no caso de bibliotecas escolares ou universitrias.

    Muitas vezes, aconselhvel a formao de uma comisso que ir se encarregar da seleo.

    A aquisio a etapa que se segue seleo. No uma tarefa fcil. Exige experincia, senso de organizao e conhecimentos de administrao e contabilidade. A aquisio pode ser feita por compra, doao ou permuta. Devem ser organizadas listas de obras a serem adquiridas, contendo editor, edio e data. As prioridades devem ser consideradas bem como o valor de cada obra. Os procedimentos de compra so sempre institucionais e devem ser mantidos pela biblioteca.

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    Doaes so bem-vindas, desde que atendam as necessidades da biblioteca. Muitas so as propostas de doaes mas, normalmente, os materiais ou se encontram em pssimo estado de conservao ou ultrapassados em termos de conhecimento; ou, ainda, no apresentam grande interesse para os usurios.

    A permuta pode ser realizada no sentido de se promover a troca de livros pouco consultados ou recebidos indevidamente por doao.

    O registro das publicaes que devero fazer parte do acervo segue-se ao recebimento dos materiais. Ao ser separado para registro, o livro dever ser carimbado na folha de rosto (com o carimbo da biblioteca), no verso da folha de rosto e numa outra pgina predefinida (com o carimbo de registro). Assim, todas as obras pertencentes a um determinado acervo, devero ser inventariadas. O inventrio requer a numerao das obras e recomenda-se a numerao crescente. Um nmero para cada obra, mesmo que se trate de vrios volumes ou vrios exemplares. O inventrio deve contemplar os seguintes dados: nmero de registro, data do registro, autor, ttulo, dados da imprinta (local, editor, data), origem (compra, doao, permuta), valor.

    Hoje em dia, os sistemas informatizados de bibliotecas j incluem o registro da obra quando se d entrada nos dados da mesma. O nmero de registro deve ser transcrito para o verso da folha de rosto da obra e para a outra pgina predeterminada.

    3.2 PROCESSAMENTO TCNICO

    O processamento tcnico de uma obra consiste no trabalho de classificao e de catalogao da mesma.

    CLASSIFICAO

    Os sistemas de classificao utilizados pelas bibliotecas tm por finalidade agrupar os assuntos e facilitar a localizao do livro na estante. A Classificao organiza o universo do conhecimento em uma ordem sistemtica. Agrupa os livros e outros materiais pelo assunto de que tratam, trocando o nome dos assuntos por smbolos correspondentes (neste caso nmeros, conforme tabela utilizada), representados nas etiquetas das lombadas dos livros.

    Esses smbolos so conhecidos por nmero de chamada ou notao da classificao acrescida da notao do autor e ttulo. Funcionam como endereos dos livros.

    Exemplo: Assunto Educao Notao da classificao 370

    Para obter-se a notao de autor, utiliza-se a primeira letra da entrada da obra (normalmente a primeira letra do sobrenome do autor), seguida do nmero correspondente na Tabela Cutter (padro internacional).

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    A notao de ttulo colocada aps o nmero do autor e corresponde primeira letra do ttulo (minscula), desconsiderando-se os artigos definidos.

    A CLASSIFICAO DEVE PERMITIR:

    - localizar os livros dentro da coleo;

    - retirar os livros para consulta com rapidez;

    - devolver os livros coleo sem dificuldade;

    - inserir novos livros aos j existentes, na coleo, sem que percam suas ordens lgicas.

    VANTAGENS:

    - reunir os livros semelhantes;

    - permitir ao usurio, ao encontrar um livro especfico na estante ou em redor dela, a localizao de outros livros com assuntos geralmente similares ao daquele anteriormente identificado;

    - reunir a mesma obra em vrias lnguas e edies.

    A classificao rea especfica do bibliotecrio e hoje so adotados dois sistemas principais: O sistema de Melvil Dewey Dewey Decimal Classification e Classificao Decimal Universal, ambos baseados no mesmo princpio.

    Dewey, cientista famoso, desenvolveu um sistema de classificao nos idos de 1800, que at hoje no foi superado. Dividiu o conhecimento humano em 10 classes principais, onde cada uma delas se subdivide em mais 10 e assim sucessivamente.

    As 10 classes principais so:

    000 Generalidades 100 Filosofia 200 Religio 300 Cincias Sociais 400 Filologia 500 Cincias Exatas 600 Cincias Aplicadas 700 Artes 800 Literatura 900 Histria e Geografia

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    CATALOGAO

    Catalogao um conjunto convencional de informaes determinadas, a partir do exame de um documento, descritas de acordo com regras fixas para se identific-lo e descrev-lo. A catalogao conhecida tambm como Representao Descritiva, pois vai fornecer uma descrio nica e precisa deste documento, servindo tambm para estabelecer as entradas de autor e prover informao bibliogrfica adequada para identificar uma obra.

    Embora o termo catalogao seja freqentemente utilizado com o sentido de classificao (e vice-versa) e at com o sentido de determinao de assunto, as trs operaes so distintas. A catalogao refere-se descrio formal dos documentos e no determinao do seu contedo intelectual, o Bilhete de Identidade do documento e inclui o ttulo prprio (ttulo expresso no documento), a meno de responsabilidade (autor ou autores expressos no documento), a imprinta ou meno de publicao (lugar de edio, o nome do editor e a data), a colao (caractersticas fsicas como a tipologia documental, extenso, nmero de pginas ou volumes, dimenses, etc.), a meno de coleo e outros dados formais e editoriais.

    A maior parte das bibliotecas no mundo adota o Cdigo de Catalogao conhecido como AACR2 (Anglo American Cataloguing Rules) e os sistemas informatizados utilizam o formato MARC para a organizaao dos dados catalogrficos. O MARC padronizou as entradas de dados, permitindo conversao entre os diversos sistemas e globalizao da informao assim processada. Ambos requerem formao especializada do bibliotecrio para adoo.

    SERVIO DE REFERNCIA

    Este servio estabelece a interface usurio-biblioteca. Destina-se a dar apoio aos usurios para o uso e explorao dos recursos de informao disponveis na biblioteca, seja atravs de meios impressos, eletrnicos ou virtuais.

    Com o advento da informtica, este servio se sofisticou e vem cumprindo formas de acesso a informaes virtuais tais como, buscadores, bases de dados, sites especializados, para ampliar o leque de atuao da biblioteca e melhor atendimento aos interesses dos usurios. Esclarece dvidas, localiza informaes, realiza pesquisa de explorao de assuntos, localiza informaes no disponveis in loco.

    Os servios de orientao aos usurios, levantamentos bibliogrficos, acesso s bases de dados, normalizao e comutao bibliogrfica podem ser considerados como uma extenso do servio de referncia.

    3.3 SECRETARIA

    A secretaria setor de apoio da direo da biblioteca que controla a freqncia dos funcionrios, o servio de conservao e limpeza, a comunicao com outras

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    unidades da instituio para a resoluo de problemas administrativos (consertos, reparos, protocolo, encaminhamento de materiais e documentos etc.), organiza e controla a documentao burocrtica da unidade, a correspondncia e auxilia no cumprimento das normas e controle dos materiais.

    3.4 DIREO

    Normalmente exercida por bibliotecrio, tem por finalidade planejar, organizar e controlar as atividades inerentes biblioteca como um todo, de forma dinmica e atualizada.

    Finalizando...

    Os ltimos anos exigiram e esto exigindo profundas mudanas na situao das bibliotecas, diante das tecnologias disponveis, da evoluo dos meios de comunicao, das exigncias e demanda da sociedade. A informao precisa estar disponvel em tempo real, simultaneamente para todos os interessados.

    Estamos cada vez mais envolvidos com as bibliotecas virtuais, que so colees organizadas de documentos eletrnicos, onde cada fonte de informao possui dois atributos relacionados: os relativos ao seu contedo e os que identificam de forma descritiva o documento.

    No Brasil cresce o nmero de bibliotecas virtuais temticas, que so colees referenciais que renem e organizam informaes, presentes na Internet, sobre determinadas reas do conhecimento. Elas so desenvolvidas por meio da parceria do IBICT com Instituies que desejam organizar e difundir seus contedos temticos no ambiente / web / .

    As Bibliotecas Digitais tambm avanam velozmente apoiadas nas tecnologias de informao. a biblioteca constituda por documentos primrios, que so digitalizados quer sob a forma material (disquetes, CD-ROM, DVD), quer em linha atravs da Internet, permitindo o acesso distncia. Uma Biblioteca Digital permite o acesso remoto atravs de um computador com ligao em rede e, ao mesmo tempo, a sua utilizao simultnea por diversos utilizadores. Desse modo, os usurios podem encontrar em suporte digital os produtos e os servios caractersticos de uma biblioteca fsica. Atravs dessa biblioteca digital, tambm possvel utilizar, de forma integrada, diferentes suportes de registro de informao (texto, som, imagem).

    Em meio a tudo isto, pode-se dizer que a questo das bibliotecas no mundo contemporneo passa por quatro vertentes:

    A primeira consiste no direito ao conhecimento gerado pelo nosso contexto social, ao qual todos devem ter acesso de modo que possam entend-lo e utiliz-lo adequadamente.

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    A segunda que para responder a estes desafios precisa-se de bibliotecrios preparados para apresentar a informao na forma e no meio mais conveniente para o usurio.

    A terceira que o uso e no a propriedade da informao o que conta.

    A quarta a capacidade de constante adaptao s incessantes mudanas.

    Por fim, cabe dizer que as bibliotecas tradicionais esto, aos poucos, cedendo lugar s bibliotecas eletrnicas, virtuais e digitais. preciso preparar-se para esta nova realidade, sem abandonar a realidade antiga, ainda to importante quanto esta primeira.

    Para este texto consultamos: AGUSTIN LACRUZ, M. del C. Bibliotecas digitales y sociedad de la informacin. Scire, v.4, n.2, p. 47-62, jul-dic, 1998.

    BRAWNE, Michael. Bibliotecas, arquitetura, instalaciones. Barcelona: Blume, 1970.

    FERRAZ, Wanda. A biblioteca. Braslia: Freitas Bastos, 1972.

    LA LLAVE, Juan Vicens de. Como organizar bibliotecas. Mxico: Grijalbo, 1962.

    LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para no restaurar. Braslia: Thesaurus, 1995.

    MACIEL, Alba Costa. Planejamento de bibliotecas: o diagnstico. 2. ed. Niteri: EDUFF, 1993.

    Mas a conversa continua...

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