NOCÕES DE ELETROCARDIOGRAMA (E. C. G.). 4... · O coração é uma bomba que envia sangue para o...
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NOCÕES DE ELETROCARDIOGRAMA(E. C. G.).
Prof. Enf. Esp. Diógenes Trevizan
ELETROCARDIOGRAMA
• A monitorização cardíaca é aplicada no cuidado a pacientes críticos. Eletrodos cutâneos colocados sobre o tórax detectam ondas elétricas
de despolarização e repolarização do coração. A despolarização e repolarização são fenômenos elétricos no coração, produzem
correntes elétricas que são conduzidas através dos líquidos orgânicos. O coração é uma bomba que envia sangue para o resto do corpo, pela
sua contração (sístole). • ELETROCARDIOGRAMA é um registro gráfico da atividade elétrica do
coração.
• Eletrocardiógrafo – É um dispositivo que mede a variação com o tempo da diferença de potencial entre dois locais sob a superfície corpórea. É um simples registrador das forças elétricas produzidas
pelo coração, projetado para registrar essas alterações de voltagem numa tira de papel.
• Observando-se um eletrocardiograma normal, podemos identificar a contração atrial pela presença da onda P, seguida por pequeno intervalo e então pelo complexo QRS, notamos uma outra onda
chamada T e que corresponde à repolarização ventricular, período em que o músculo cardíaco se prepara para o próximo batimento
• Inicialmente, foram atribuídas letras arbitrárias a cada deflexão;• A onda P aparece quando os átrios se despolarizam.
• Os átrios possuem paredes finas, a massa de tecido muscular é pequena, a onda de corrente gerada nos líquidos orgânicos é fraca e a
onda P é pequena.
• Complexo QRS, às vezes chamado simplesmente de onda R é produzido pela despolarização dos ventrículos.
• O Complexo QRS é produzido por uma grande massa muscular produzindo a maior deflexão E.G.C., durante esta fase os átrios se
repolarizam, mas esta deflexão é encoberta pelo QRS.
• A repolarização dos ventrículos produz a onda T, isso ocorre mais lentamente, origina no E.C.G. uma onda mais alargada do que as
outras.• A compreensão dos fenômenos elétricos do coração, é essencial para
atender as indicações do uso do marca-passo a arritmias.
• O papel de registro eletrocardiográfico – é quadriculado e dividido em quadrados pequenos e grandes.
• Interpretação:• Sentido horizontal, tempo (segundo).• Sentido vertical, amplitude (m Volt).
• Quadrado pequeno:• Horizontal = 1mm = 0,04seg.• Vertical = 1mm = 0,1m.V.• Quadrado grande:
• Horizontal = 5mm = 0,20seg.• Vertical = 5mm = 0,5mV.
• Derivações do E.C.G. – São as posições no paciente em que são captadas as atividades elétricas do coração.
• Existem 12 derivações no E.C.G.:• 6 periféricas (membros)
• Derivações bipolares = D1, D2, D3.
• Obtidas pela aplicação de eletrodos ao braço direito (RA), braço esquerdo (LA) e perna esquerda (LL). Registram as diferenças de potencial entre dois
locais, sem qualquer rede de resistência. • Derivação I: registrada do braço direito para o esquerdo (BD e BE).
• Derivação II: registrada do braço direito para perna esquerda (BD e PE).• Derivação III: registrada do braço esquerdo para a perna esquerda (BE e
PE).
• Derivações unipolares = AVR, AVL, AVF: obtidas pela aplicação de eletrodos a três extremidades (braço direito, braço esquerdo e perna esquerda), designadas como eletrodo explorador. Teoricamente, uma derivação unipolar registra o potencial elétrico de somente um local.
• AVR: eletrodo do braço direito é o explorador e os demais são indiferentes (BD).
• AVL: eletrodo do braço esquerdo é o explorador e os demais são indiferentes (BE).
• AVF: eletrodo da perna esquerda é o explorador e os demais são indiferentes (PE).
COR POSIÇÃO
VERMELHO Braço direito AMARELO Braço esquerdo PRETO Perna direita VERDE Perna esquerda
Colocação dos eletrodos nos membros
• 6 precordiais (tórax) • Derivações unipolares precordiais (V1 a V6): obtidas com o eletrodo
explorador colocado diretamente sobre o coração (precórdioanterior), em seis locais diferentes.
POSIÇÃO DAS DERIVAÇÕES PRECORDIAIS
Derivação POSIÇÕESV1 - 4º espaço intercostal na borda direita do esterno V2 - 4º espaço intercostal na borda esquerda do esterno V3 - Espaço intermediário entre V2 e V4 V4 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha médio clavicular V5 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior V6 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média
• É importante que você fique atento à instalação correta dos eletrodos e cabos do ECG, conforme quadro abaixo, para um diagnóstico correto e o atendimento eficaz.
• Cada registro eletrocardiográfico deve ser analisado sistematicamente, considerando-se:
• ritmo;• frequência e amplitude das ondas;
• mensuração e duração das ondas e dos intervalos;• regularidades nos intervalos e complexos.
• Exemplo: características da onda P normal:• está presente;• frequência de 60 a 100/minuto;• ritmo regular;• forma constante;• amplitude de 2,5mm aproximadamente;• duração de 0,11 segundo;• positiva (para cima) em D1, D2, AVF, V5 e V6;• invertida em AVR.
• É muito importante que os achados eletrocardiográficos sejam correlacionados com a observação clínica do paciente; algumas anormalidades podem estar ligadas à má
condução dos eletrodos, interferências no circuito, movimentação do doente, posição dos eletrodos etc.
• Principais causas de interferência no traçado eletrocardiográfico:• a)Esquecimento de conectar algum elétrodo ou fio terra.
• b)Operador ou paciente tocando em algum dos eletrodos enquanto o ECG é registrado.• c)Membros do paciente tocando nas paredes ou partes metálicas da cama.
• d)Deixar eletrodos ou placas metálicas frouxas.• e)Paciente agitado ou com tremores.
• f)Colocação indevida de pasta ou outra solução eletrolítica.• g)Outros aparelhos elétricos que estiverem sendo usados nas proximidades (desconectar
da corrente).• Obs.: Jamais ligar fio terra na canalização O2.
Monitorização cardíaca
• Monitores cardíacosConceito:
• São aparelhos eletrônicos usados nas UTIs, a beira leito e proporciona a apresentação visual continua do eletrocardiograma e do ritmo cardíaco. Sua função especifica é acompanhar os pacientes graves, observando as
arritmias precoces(taquiarritmias e bradiarritmias) e ser tomado medidas profiláticas evitando intercorrências fatais.
Técnica de monitorização:• A finalidade especifica é posicionar os elétrodos de tal forma, que nos
forneça um sinal de grande amplitude, sem interferência, de modo a facilitar a observação das arritmias, como deixar a região precordial livre,
em caso de ser necessário massagem cardíaca externa os fios dos eletrodos não devem atrapalhar.
Cuidados na monitorização:• O posicionamento dos eletrodos deve ser tal que propicie uma movimentação livre para
o paciente: não devem ser colocados sobre músculos (gerando sua própria atividade elétrica, causando interferência), na mulher, sobre as mamas (reduzem a amplitude do sinal eletrocardiográfico).
• A preparação do paciente do sexo masculino deve incluir uma tricotomia da porção anterior do tórax.
• Uma limpeza da pele, com gaze embebida em álcool, nas regiões que receberão os eletrodos, é recomendável, com o objetivo de eliminar a oleosidade (alta resistência elétrica) e aumentar a transmissão dos impulsos elétricos.
• Os fios dos eletrodos devem ser dirigidos para o monitor (para diminuir a tração sobre os eletrodos) e fixados à roupa de cama, com folga suficiente para permitir a movimentação.
• A troca dos eletrodos está condicionada à necessidade: é comum só trocá-los quando surgem alterações ou dificuldades no padrão de monitorização. Quando são trocados, há limpeza da pele com água e sabão, removendo toda a pasta eletrolítica. Os eletrodos são reaplicados, com os cuidados anteriores.
• Na vigência de alterações de traçado identificadas no monitor, e as eventuais causas de monitorização inadequada, é recomendável o registro completo das atividades elétricas do coração (eletrocardiograma).
Principais Arritmias Cardíacas
• Definição:• Arritmia – É qualquer mudança na frequência ou configuração das
ondas individuais do eletrocardiograma.• Chamamos de arritmias cardíacas toda alteração na condução elétrica
do coração, particularmente, alterações em eletrólitos, equilíbrio ácido-base ou anóxia exercem um profundo efeito sobre a condução normal e a propagação de impulsos no coração, e muito frequente, como resultado disto, ocorre o ritmo ectópico( átrios).
• Classificação:• Para maior facilidade didática, dividirá as arritmias em:
• TAQUIARRITMIAS – Arritmias com frequência cardíacas altas.• BRADIARRITMIAS – Arritmias com frequência cardíacas baixas.
Ritmo sinusal
• Corresponde ao ritmo normal do coração, com frequência entre 60 e 100 bpm.
Neste ritmo temos uma nítida onda P (condução atrial), o complexo QRS (condução ventricular) e onda T (repolarização ventricular).
Taquicardias
• Chamamos de taquicardia sempre que observarmos a frequência cardíaca acima de 100 bpm. As taquicardias podem ser classificadas, de acordo com sua origem, em supraventriculares ou ventriculares.
• Taquicardias supraventriculares: origem dos estímulos nos átrios e nódulo A-V.
• Nas taquicardias supraventriculares o foco ectópico da arritmia se encontra acima do NAV ou dentro dele na grande maioria das vezes, o
complexo QRS é estreito e semelhante ao QRS observado no ritmo sinusal normal. As taquicardias supraventriculares podem ser
classificadas em:• Taquicardia sinusal (TS): sucessões de ondas normais, com frequência superior a 120-150 (adulto), sempre com onda P.
• O estimulo cardíaco nasce no próprio nó sinusal, mas com frequência acima de 100 bpm. Essa situação é muito comum e consequente à presença de algum fator de base levando ao aumento da atividade sinusal, por exemplo: febre, hipóxia, em paciente com problemas
pulmonares, insuficiência cardíaca, stress, esforço físico, etc... .
• Taquicardia atrial: nesse caso existe apenas um foco ectópico atrial isolado gerando estímulos numa frequência mais alta do que o nó sinusal e a contração dos átrios são organizados e efetivos. O ECG
observa–se presença de onda P com morfologia diferente do ritmo sinusal e complexo QRS regulares ou não.
Fibrilação Atrial (FA): ondas P não são discernível, é substituída por um grande numero de ondas F rápidas e irregulares (ectópicas), linha basal
em serra, respostas ventriculares totalmente irregulares. Nesse tipo de arritmia que é a mais frequente encontrada, comum nos casos de
cardiopatia reumática, doenças pulmonares, hipertirioidismo e IAM. Existem múltiplos focos em ambos os átrios, gerando estímulos e, no entanto a
contração atrial é inexistente, pois não há propagação cronologicamente adequada do estímulo cardíaco através dos átrios. Ao ECG observamos ausência de onda P, com uma linha de base de aspecto ondulado e os
complexos QRS irregulares. Quando a frequência cardíaca estiver muito elevada ou muito baixa, maior será o cuidado que devemos ter com o paciente, que poderá apresentar hipotensão e diminuição do nível de
consciência, necessitando de intervenção médica para controle do quadro. Frequência de 400 a 700 bpm. Tratamento: cardioversão através de agentes
antiarrítmicos (doses moderadas de quinidina [deprime focos ectópicos atriais, ventriculares e o sistema de condução] ou procainamida
[antiarrítmico, sedativo da excitabilidade cardíaca]) ou com choque elétrico.
• Flutter Atrial: definido por contrações atriais rápidas, regulares, de ondas P idênticas, dentes em serra com frequência 220-350. O flutter
atrial se caracteriza por um circuito de arritmia localizada no átrio, diferente da fibrilação, por ser regular e promover a contração atrial pouco mais efetiva. Ao ECG observa onda P idênticas e linha de base
com aspecto serrilhado, o complexo QRS geralmente regular. Tratamento: cardiversão com choque elétrico. A manutenção do
ritmo sinusal é feita com quinidina ( antiarrítmico) e digital (cardiotónicos).
• Taquiarritmias ventriculares:
• Originam de focos ectópicos nos ventrículos, são malignas e frequentemente quando não tratadas (agudas), são fatais.
• Taquicardia ventricular: caracteriza-se por três ou mais extra-sístoles sequenciais, numa frequência de 120 a 250 bpm. Na TV o foco ectópico encontra-se em algum lugar do ventrículo, gerando antes do seu início, extra-sístoles ventriculares. Nesse caso se o paciente apresentar perda da consciência, é indicado a cardioversão elétrica para evitar o óbito.
• Taquicardia Paroxística Ventricular: aparece com sucessões rápidas de ESV com frequência 140-250, há onda “P” independente e mais lenta, são englobadas pelo QRS ectópico, antecede a fibrilação ventricular (parada cardíaca).
• Fibrilação Ventricular (Parada Cardíaca): atividade elétrica totalmente irregular e rapidamente fatal, não se distingue os complexos, pode
terminar em assístolia fatal. Na FV existem vários focos ventriculares, mas não ocorre contração efetiva, considera-se como parada cardíaca e caso o paciente não seja desfibrilado, a morte é inevitável. Deve ser
removida dentro de 4 minutos. Tratamento: cardioversão, e o tratamento profilático: xylocaína endovenosa, procainamida.
• Extra-sístole:• Chamamos de extra-sístole todo batimento precoce observado no
ECG. A extra-sístole pode ser supraventricular quando se origina acima do NAV e tem como característica a semelhança com o
batimento sinusal normal sendo muitas vezes possível se identificar uma onda P de morfologia diferente, precedendo o complexo QRS.
Quando a extra-sístole se origina nos ventrículos, é chamada de ventricular e sua identificação pode ser feita pela diferença, isto é morfologia aberrante, que apresenta em relação ao complexo QRS
normal.• A presença de uma extra-sístole não significa necessariamente
problema cardíaco. Qualquer pessoa normal que realize um holterpoderá apresentar extra-sístole supra ou ventriculares durante a
gravação do exame.
• A gravidade dessa arritmia é maior, caso o paciente apresente alguma patologia cardíaca de base, e se as extra-sístoles forem muito
frequentes, originadas em vários focos, exibindo várias morfologias e serão ainda mais graves se aparecerem juntas em número maior que
3 caracterizando a taquicardia ventricular.
• Extra-sístole Supraventricular(ESSV): podem originar dos átrios ou nódulo AV, muitas vezes pela dificuldade de distingui-las, podemos
chamá-las de extra-sístoles ou arritmias supraventriculares.
• Extra-sístole Atrial ou Arritmia Sinusal: um foco ectópico atrial produz uma onda P prematura, QRS seguinte normal. Intervalo P-R
constante, intervalo R-R variável.
• Extra-sístole Juncional ou Arritmia Juncional: nasce da junção A-V, não há onda P, intervalo R-R variável.( CAFÉ, FUMO , ALCOOL,
NERVOSO) .
• Extra-sístole ventricular (ESV): estímulo prematuro nasce dos ventrículos, forma anômala, origina complexos “QRS” alargados,
forma bizarra, seguido de pausa compensadora. Alto risco quando houver mais de 8 por minuto, pode proceder a salvas de extra-
sístoles, taquicardia ventricular e desencadear a fibrilação ventricular (parada cardíaca).
• Bradicardia sinusal (BS):• Sucessões de ondas normais, com frequência inferior a 60 b/m,
sempre com onda “P”.• Bradicardia sinusal: o estimulo cardíaco se origina normalmente no nó sinusal, mas com uma frequência abaixo de 60 bpm. A BS pode ser considerada normal quando assintomático é observado em atletas ou durante período de sono. Quando a BS se apresenta acompanhada de
sintomas de baixo débito, com tonturas ou desmaios por circulação cerebral insuficiente, será considerada patológica e necessitará de
intervenção médica para controle do quadro.
• Bloqueios cardíacos:• Bloqueio Atrioventricular 1º grau (BAV 1º grau):
• Ocorre apenas um prolongamento do tempo de condução do estimulo dos átrios para os ventrículos, mas ao ECG observa-se que
para toda onda P corresponde um complexo QRS, nesse caso a frequência cardíaca geralmente é normal e a conduta expectante.
• Bloqueio Atrioventricular 2º grau (BAV 2º grau):O BAV de 2º.grau é dividido em dois tipos:
• Mobitz tipo I e• Mobitz tipo II.
• BAV de 2º. grau Mobitz tipo I• Presente nos casos de IAM de parede inferior, na intoxicação digitálica. O
tratamento é medicamentoso e o implante de marca-passo temporário externo é indicado quando se constata bradicardia menor que 40bpm e na presença de
insuficiência cardíaca ou arritmia ventricular.•
• BAV de 2º. grau Mobitz tipo II• É uma situação intermediaria entre o bloqueio total e o bloqueio de primeiro
grau. Neste caso alguns estímulos passam do AV em tempo normal, outro em tempo prolongado e outros estão completamente bloqueados. Ao ECG observa-se ondas P precedendo o complexo QRS e ondas P isoladas, os complexos QRS
aparecem de forma irregular.
• Bloqueio Atrioventricular Total ou de 3º grau (BATV):• Caracteriza-se por dissociação completa entre o ritmo atrial e ventricular, pois nenhum dos estímulos atriais consegue passar
através do nó AV. Sua característica distintiva é a existência de maior numero de ondas P do que de complexo QRS, e a não-existência de
relação entre eles.
Desfibrilação X Cardioversão• A desfibrilação é necessária em casos de situações
emergenciais com evolução drástica e risco de deteriorização ou ainda parada cardiorrespiratória.
• Para a realização da cardioversão elétrica, prepare o cliente explicando o procedimento, a necessidade da
monitoração e da sedação. Puncionar o acesso venoso e mantê-lo permeável mesmo após sedação. Sendo
realizado de modo eletivo, é importante que o paciente esteja em jejum de pelo menos 6 a 8 horas.
Sedação
• sedação(propofol, etomidado, diazepam dormonid)• analgesia(fentanil, meperidina e morfina)
• Confirmar se o paciente se encontra sedado antes da aplicação do choque, garantindo que o procedimento seja feito sem
causar injúrias.• Quanto ao preparo do material, certificar-se de que o aparelho
está funcionando corretamente e o modo sincronizado ligado. A pasta ou gel condutor deve ser aplicado às pás do
cardioversor para evitar queimaduras. A fim de evitar acidentes, é importante que todos os membros da equipe de
atendimento afastem-se do leito do paciente.• Em caso de PCR, desligar imediatamente o modo sincronizado
do aparelho para ser realizada a desfibrilação.
• A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma
corrente elétrica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves
como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco.
A cardioversão elétrica é um procedimento na maioria das vezes eletivo, em que se aplica o choque
elétrico de maneira SINCRONIZADA, ou seja, o paciente deve estar monitorado no cardioversor e
este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda R, ou seja,
no período refratário.
Marcapassos• Marcapasso Transvenoso
Composto por uma bateria externa, o coração é estimulado por meio de impulsos elétricos gerados por um cabo- eletrodo,
colocado geralmente dentro do ventrículo direito, onde é inserido por um acesso venoso central (subclávia ou jugular).
Marcapasso TranscutâneoTambém chamados de marcapasso transtorácico, compõe-se
de duas pás de eletrodos descartáveis e adesivas que são fixadas no tórax e dorso do paciente e conectadas a um
aparelho de desfibrilador ajustado no modo de marcapasso. Muito utilizado nas emergências que envolvem as
bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares com repercussão hemodinâmica que não respondem adequadamente as drogas.
Marcapasso DefinitivoÉ um equipamento totalmente implantado, onde a bateria se localiza no subcutâneo e os fios bicamerais são posicionados
no átrio e no ventrículo. Necessita ser colocado através de procedimento cirúrgico.
Cuidados de enfermagem• Realização do ECG:
• O ECG é um exame essencial para a avaliação e conduta de arritmias, portanto precisa ser realizado da melhor forma possível, caso contrario o
diagnostico ficará prejudicado, bem como o tratamento necessário.• Monitorização cardíaca continua:
• É indispensável para o controle adequado do ritmo em paciente internado em UTI, uma vez que se pode observar continuamente a frequência
cardíaca.• Controle dos sinais vitais:
• A observação dos SSVV é importante principalmente com a aferição da pressão arterial, uma vez que a maioria das arritmias cursam com
hipotensão
• Nível de consciência:• O paciente que perde a consciência durante episodio de arritmia
apresenta alto risco de vida e quando ocorre em vigência de uma taquicardia, a cardioversão externa é a única conduta capaz de evitar
o óbito.• Cuidados gerais:
• É necessário o material de entubação orotraqueal e o desfibrilador cardíaco externo estejam sempre em ordem e revisados, pois quanto mais tempo demorar o atendimento ao paciente com arritmia grave,
pior será o seu prognostico. Junto ao carrinho de parada cárdio-respiratória, deve-se confirmar existência de material para implante
de gerador de marca-passo provisório, bem como o gerador e as condições da bateria do aparelho.
Assistência de enfermagem a paciente portadores de arritmias cardíacas:
• Admissão do paciente: a enfermagem deixará todo o material necessário. Ao ser admitido na UTI, o paciente deverá ser recebido em ambiente
tranquilo, pois chegará tenso e ansioso, ficará afastado longe da família, com aparelhos desconhecidos. A enfermagem deverá explicar-lhe o que
será feito, tranquilizando-o pois, o paciente sente medo do desconhecido.• Repouso físico e mental: proporcionar ambiente tranquilo, visando não só
o descanso físico, mas também aliviar a tensão e ansiedade.• Sinais vitais: devem ser verificados na admissão e depois a cada 2 horas.
Há casos em que a verificação tem que ser mais frequentes.• Monitorização cardíaca: mantida durante todo o tempo que estiver na UTI,
o profissional da enfermagem, deve observar continuamente o traçado, relatando ao médico quaisquer anormalidades.
• As extra-sístoles, quando presente, devem ser observadas rigorosamente quanto à frequência, se estão ocorrendo isoladamente ou em salvas.
• Exames: Durante a permanência na UTI o paciente deverá ser submetido a vários exames tais como:
• ECG;• Raios-X de tórax;
• Exames de laboratório: gasometria, enzimas, eletrólitos (NA, K, Ca).• Obs: o distúrbio desses eletrólitos pode levar a arritmias.
• Dieta: Geralmente leve e hipossódica.• Oxigenoterapia: pode ser por cateter nasal, máscara de venturi ou respiradores
no caso de IRA. De qualquer forma, o oxigênio deve ser umidificado.
• Balanço hídrico: Anotar rigorosamente todos os líquidos administrados por VO, EV e todas as perdas em impresso próprio de 2/2horas.
• Manter via venosa permeável: as drogas usadas no tratamento de arritmias são extremamente perigosas se administrada em superdosagens.
• Observação continua do paciente: ficar atento para os principais sintomas das arritmias como: hipotensão, cianose, sudorese, dispneia, dor
precordial, ansiedade, e outros. Observar estado de consciência (confusão mental) e orientação no tempo e espaço. Todas essas observações devem
ser anotadas e comunicadas ao médico.
Assistência de enfermagem nas primeiras arritmias cardíacas na UTI:
• Quem trabalha em UTI deve ter um sólido conhecimento teórico das arritmias, principalmente as de alto risco, para desempenhar com segurança a sua função.
Todo paciente é monitorizado e as atividades elétricas do coração são visualizadas constantemente, devemos ficar atentos, as alterações dos ritmos
cardíacos:• Taquicardia sinusal:
• identificar e documentar o ritmo;• Verificar os SSVV (observando se a alteração do ritmo não decorre destas causas);• Saber se o paciente tem angina, dispneia e inteirar-se de seu estado emocional;
• Observar PA baixa, débito urinário baixo, confusão mental = baixo debito cardíaco;
• Observar estado mental do paciente, estado nervoso e respiratório;
• Procurar a causa do ritmo baixo: entorpecentes, sedativos, cedilanide, etc. (não aplicar digitálicos se a frequência cardíaca for igual ou menos que
60bpm);• Em bloqueios cardíacos, suspender a próxima aplicação do digital e droga
antiarrítmica (caso o paciente esteja usando) e comunicar;• Lembrar que os BAV de 1º, 2º, e 3º. grau podem desencadear a parada
cardíaca;• Tirar suas conclusões e comunicar se necessário;
• Identificar e lembrar que uma inocente e isolada extra-sístole pode ser o prenuncio de uma salva de extra-sístoles, seguindo de uma fibrilação
ventricular;• Contar as extra-sístoles: mais de 8 por minuto, comunicar imediatamente.
Contar incidência horária, se estão aumentando, diminuindo ou permanece
Fim!!!