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NOME: __________________________________________________________ N°__________ TURMA: ________ __/06/2017 TURNO: ___________ SIMULADO DE ARTES 3ª SÉRIE ENSINO MÉDIO PROFª.: STELLER DE PAULA COD.-FP-03 01. A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial. 02. A teoria da perspectiva, iniciada com o arquiteto Filippo Bruneleschi (1377-1446), utilizou conhecimentos geométricos e matemáticos na representação artística produzida na época. A figura a seguir ilustra o estudo da perspectiva em uma obra desse arquiteto. É correto afirmar que, a partir do Renascimento, a teoria da perspectiva a) foi aplicada nas artes e na arquitetura, com o uso de proporções harmônicas, o que privilegiou o domínio técnico e restringiu a capacidade criativa dos artistas. b) evidencia, em sua aplicação nas artes e na arquitetura, que as regras geométricas e de proporcionalidade auxiliam a percepção tridimensional e podem ser ensinadas, aprendidas e difundidas. c) fez com que a matemática fosse considerada uma arte em que apenas pessoas excepcionais poderiam usar geometria e proporções em seus ofícios. d) separou arte e ciência, tornando a matemática uma ferramenta apenas instrumental, porque essa teoria não reconhece as proporções humanas como base de medida universal. e) teve sua aplicação restrita à arquitetura, diante da impossibilidade de os artistas clássicos representarem elementos tridimensionais em um plano. 03. Que obra de arte é o homem! Que nobre na razão, que infinito nas faculdades, na expressão e nos movimentos, que determinado e admirável nas ações; que parecido a um anjo de inteligência, que semelhante a um deus! (SHAKESPEARE, William. Hamlet. São Paulo: Abril Cultural, 1976. p. 87.) Partindo da análise da fala da personagem shakespeariana, assinale a alternativa que a associa às características do Renascimento Cultural. a) A fala de Hamlet ilustra o teor teocêntrico do Renascimento ao associar o homem a anjos e deuses. b) O texto apresenta Deus como centro do universo ao explorar a semelhança entre o homem e o divino. c) Hamlet apresenta o homem como uma obra-prima nata, dialogando com a perspectiva filosófica do empirismo. d) O texto explora o hedonismo ao destacar o homem como “infinito nas faculdades, na expressão e nos movimentos”. e) Hamlet apresenta uma ode ao homem, ilustrando o antropocentrismo característico do Renascimento Cultural. I Fonte: http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/caravaggio/ Acesso: 16\03\2014 II Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho Acesso: 16\03\2014

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TURMA: ________ __/06/2017 TURNO: ___________

SIMULADO DE ARTES 3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO PROFª.: STELLER DE PAULA

COD.-FP-03

01. A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é um

patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus

durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena

e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram

durante a chamada pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes

dinossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos

paleoíndios da América durante o período colonial.

02. A teoria da perspectiva, iniciada com o arquiteto Filippo Bruneleschi (1377-1446), utilizou conhecimentos geométricos e matemáticos na representação artística produzida na época. A figura a seguir ilustra o estudo da perspectiva em uma obra desse arquiteto. É correto afirmar que, a partir do Renascimento, a teoria da perspectiva

a) foi aplicada nas artes e na arquitetura, com o uso de

proporções harmônicas, o que privilegiou o domínio técnico e restringiu a capacidade criativa dos artistas.

b) evidencia, em sua aplicação nas artes e na arquitetura, que as regras geométricas e de proporcionalidade auxiliam a percepção tridimensional e podem ser ensinadas, aprendidas e difundidas.

c) fez com que a matemática fosse considerada uma arte em que apenas pessoas excepcionais poderiam usar geometria e proporções em seus ofícios.

d) separou arte e ciência, tornando a matemática uma ferramenta apenas instrumental, porque essa teoria

não reconhece as proporções humanas como base de medida universal.

e) teve sua aplicação restrita à arquitetura, diante da impossibilidade de os artistas clássicos representarem elementos tridimensionais em um plano.

03. Que obra de arte é o homem! Que nobre na razão, que infinito nas faculdades, na expressão e nos movimentos, que determinado e admirável nas ações; que parecido a um anjo de inteligência, que semelhante a um deus! (SHAKESPEARE, William. Hamlet. São Paulo: Abril Cultural, 1976. p. 87.)

Partindo da análise da fala da personagem shakespeariana, assinale a alternativa que a associa às características do Renascimento Cultural. a) A fala de Hamlet ilustra o teor teocêntrico do

Renascimento ao associar o homem a anjos e deuses.

b) O texto apresenta Deus como centro do universo ao explorar a semelhança entre o homem e o divino.

c) Hamlet apresenta o homem como uma obra-prima nata, dialogando com a perspectiva filosófica do empirismo.

d) O texto explora o hedonismo ao destacar o homem como “infinito nas faculdades, na expressão e nos movimentos”.

e) Hamlet apresenta uma ode ao homem, ilustrando o antropocentrismo característico do Renascimento Cultural.

I

Fonte: http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/caravaggio/ Acesso: 16\03\2014

II

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho

Acesso: 16\03\2014

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04. Uma obra de arte, em geral, funciona como o testemunho de uma época, de uma visão de mundo, uma vez que o artista reflete a sociedade em que se insere ao mesmo tempo em que procura atuar sobre essa mesma sociedade. As obras acima, de Caravaggio e Aleijadinho, respectivamente, inserem-se no Barroco, uma vez que: a) apresentam um tratamento esquemático dado às

figuras e uma rigidez na composição. b) são o resultado de uma visão intelectualizada, que

transforma as imagens em planos geométricos, a partir de vários pontos de vista simultâneos.

c) a simplificação das formas e a ocupação geométrica do espaço conferem a ambas as imagens um caráter racional e estático.

d) o apelo ao emocional e a sensação de movimento refletem um rebuscamento típico de um período de conflitos ideológicos.

e) ambas as imagens apresentam qualidades estéticas vinculadas à tradição Clássica, como a visão objetiva da realidade e a imitação do real.

05. A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.

CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.

Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de: a) consolidar o poder militar b) difundir o pensamento liberal c) garantir a pluralidade política d) fortalecer a identidade nacional e) exaltar o poder monárquico

06. Impressionismo é o termo usado para designar uma corrente pictórica que tem origem na França, entre as décadas de 1860 e 1880, e constitui um momento inaugural da arte moderna. O crítico Louis Leroy, apropriando-se do título de um quadro de Monet (Impressão, Sol nascente), em um artigo intitulado “A exposição dos impressionistas”, escreveu: “Impressão... qualquer papel de parede é mais bem-acabado do que esta marinha!”.

Na arte do século XIX, os impressionistas: a) tinham preferência pelo registro da experiência

contemporânea e pela observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas.

b) seguiram o realismo da pintura de Gustave Coubert, colocando novas cores e cenas expressivas da vida cotidiana retratadas objetivamente.

c) firmaram uma ruptura com os padrões tradicionais, mas foram bem aceitos pelos críticos franceses, que os louvaram como vanguardistas.

d) negaram o uso de técnicas atualizadas, retomando padrões renascentistas, mas com inovação na escolha das paisagens.

e) tiveram em Manet seu representante principal, o qual foi muito elogiado, na época, pela sua ousadia na representação de cenas bucólicas.

07. Analise os quadros.

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SIMULADO DE ARTES

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A comparação entre as pinturas de Renoir e Picasso

revela uma mudança fundamental na concepção artística, no início do século XX. Essa mudança pode ser identificada na a) ausência de perspectiva, trazendo as figuras

representadas para o primeiro plano do quadro. b) desconsideração da forma, resultando em uma

estética degenerada dos corpos. c) recusa na imitação realística das formas, instituindo

uma representação inovadora das figuras. d) utilização do sombreamento, ampliando a percepção

acerca dos detalhes pictóricos. e) escolha temática das obras artísticas, permeadas

pela emoção e pela exploração do universo privado.

08. “Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.”

NÉRET, G. Salvador Dalí. Taschen, 1996.

Assim escreveu o pintor dos “relógios moles” e das “girafas em chamas” em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio ao general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder, André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos sonhos e nos estudos de Sigmund Freud, denominado “método de interpretação paranoico”. Esse método era constituído por textos visuais que demonstram imagens a) do fantástico, impregnado de civismo pelo governo

espanhol, em que a busca pela emoção e pela dramaticidade desenvolveram um estilo incomparável.

b) do onírico, que misturava sonho com realidade e interagia refletindo a unidade entre o consciente e o inconsciente como um universo único ou pessoal.

c) da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma de produção despojada no traço, na temática e nas formas vinculadas ao real.

d) do reflexo que, apesar do termo “paranoico”, possui sobriedade e elegância advindas de uma técnica de cores discretas e desenhos precisos.

e) da expressão e intensidade entre o consciente e a liberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o enredo histórico dos personagens retratados.

Texto I

Texto II

A existência dos homens criadores modernos é muito

mais condensada e mais complicada do que a das pessoas dos séculos precedentes. A coisa representada, por imagem, fica menos fixa, o objeto em si mesmo se expõe menos do que antes. Uma paisagem rasgada por um automóvel, ou por um trem, perde em valor descritivo, mas ganha em valor sintético. O homem moderno registra cem vezes mais impressões do que o artista do século XVIII.

LEGÉR, F. Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989.

09. A vanguarda europeia, evidenciada pela obra e pelo

texto, expressa os ideais e a estética do a) Cubismo, que questionava o uso da perspectiva por

meio da fragmentação geométrica. b) Expressionismo alemão, que criticava a arte

acadêmica, usando a deformação das figuras. c) Dadaísmo, que rejeitava a instituição artística,

propondo a antiarte. d) Futurismo, que propunha uma nova estética,

baseada nos valores da vida moderna. e) Neoplasticismo, que buscava o equilíbrio plástico,

com utilização da direção horizontal e vertical.

10. Leia um trecho do “Manifesto do Surrealismo”, publicado por André Breton em 1924.

Surrealismo: Automatismo psíquico por meio do qual alguém se propõe a exprimir o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na ausência de controle exercido pela razão, fora de qualquer preocupação estética ou moral.

O Surrealismo assenta-se na crença da realidade superior de certas formas de associação, negligenciadas até aqui, na onipotência do sonho, no jogo desinteressado do pensamento.

(Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.)

Tendo em vista as considerações de André Breton, assinale a alternativa cujos versos revelam influência do Surrealismo. a) O mar soprava sinos os sinos secavam as flores

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as flores eram cabeças de santos. Minha memória cheia de palavras meus pensamentos procurando fantasmas meus pesadelos atrasados de muitas noites.

(João Cabral de Melo Neto, “Noturno”, em Pedra do sono.) b) Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé. Comprida história que não acaba mais.

(Carlos Drummond de Andrade, “Infância”, em Alguma poesia.)

c) Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes na vida.

(Manuel Bandeira, “Momento num café”, em Estrela da manhã.)

d) Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, onde as formas e as ações não encerram nenhum

exemplo. Praticas laboriosamente os gestos universais, sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo

sexual. (Carlos Drummond de Andrade, “Elegia 1938”, em Sentimento do

mundo.)

e) – Bem me diziam que a terra se faz mais branda e macia quanto mais do litoral a viagem se aproxima. Agora afinal cheguei nessa terra que diziam. Como ela é uma terra doce para os pés e para a vista. (João Cabral de Melo Neto, “O retirante chega à Zona da Mata”, em

Morte e vida severina.)

11. Em dezembro de 1917, Anita Malfatti realizou em São

Paulo uma exposição de arte com cinqüenta e dois trabalhos que apresentavam forte tendência expressionista, dentre os quais “A estudante russa”. Sobre a obra, é correto afirmar:

A estudante russa, 1917.

a) O tratamento realista que recebeu tornou-a alvo de críticas mordazes dos modernistas durante a exposição de 1917.

b) Revela o principal objetivo dos artistas modernistas brasileiros: a elaboração de obras de difícil compreensão para o público.

c) É resultado da busca de padrões acadêmicos europeus para a reprodução da natureza com o máximo de objetividade e beleza.

d) Marca o rompimento com o belo natural na arte brasileira, refletindo a liberdade do artista na interpretação do mundo.

e) É um exemplo do esforço dos modernistas brasileiros em produzir uma arte convencional e compreensível a todos.

12. A Semana de Arte Moderna de 1922 trouxe, como

importante consequência para a sociedade, a) o desprezo pelos movimentos de vanguarda, a

exemplo do Cubismo e do Expressionismo, pois os ideais propostos não correspondiam à realidade brasileira.

b) a preferência por temas ligados a fatos históricos consagrados, narrados de forma idealizada e em total obediência às exigências da língua padrão.

c) o estabelecimento de regras rígidas e definidas para a criação poética e para a narrativa, agrupando, dessa forma, as diferentes correntes artísticas daquele momento.

d) a percepção de que os modelos artísticos europeus deveriam ser substituídos pelos dos EUA, já que esse país despontava como nação líder.

e) a conscientização dos brasileiros sobre a riquíssima cultura de nosso país, sobretudo a popular, que até então era discriminada pelas elites.

13. Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas a) buscaram libertar a arte brasileira das normas

acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais.

b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional.

c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa.

d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição acadêmica.

e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.

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TEXTO I

TEXTO II

Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de

aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles acharam que parecia uma figura

indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico.

Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012 (adaptado).

14. O movimento originado da obra Abaporu pretendia se

apropriar a) da cultura europeia, para originar algo brasileiro. b) da arte clássica, para copiar o seu ideal de beleza. c) do ideário republicano, para celebrar a modernidade. d) das técnicas artísticas nativas, para consagrar sua

tradição. e) da herança colonial brasileira, para preservar sua

identidade.

15. Sobre este quadro, "A Negra", pintado por Tarsila do

Amaral em 1923, é possível afirmar que a) se constituiu numa manifestação isolada, não

podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período.

b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais.

c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.

d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época.

e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações.

16. Cândido Portinari, nascido em 1903, em uma fazenda de

café em Brodósqui, no interior do estado de São Paulo, é um dos ícones das artes plásticas no Brasil e no mundo. Sua vasta e variada obra é um dos valiosos patrimônios da cultura brasileira. A seguir, são apresentadas pinturas desse grande artista.

Meninos no balanço 1960

Menino com estilingue 1947

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Meninos soltando pipas 1943

Meninos brincando 1955

Disponível em: <www.portinari.org.br/candinho/candinho/quebra1/jogo_q.htm>.

Acesso em:10 nov. 2008.

Na série de pinturas apresentada, Portinari a) valoriza o folclore brasileiro com a representação de

tradicionais brincadeiras infantis, fenômeno da cultura popular.

b) revela seu apego à cultura rural, mediante imagens impressionistas de tipos regionais remanescentes em algumas áreas do Brasil.

c) apresenta figuras humanas em estilo tradicionalmente acadêmico, com técnica de óleo sobre tela, uma influência europeia em sua arte.

d) representa cenas de sua cidadezinha do interior e de sua infância de menino pobre, mas livre, que pertencem a um passado que se perdeu.

e) apresenta uma maneira própria de ver a arte, à medida que usa traços, luzes, formas, texturas, com impressões de seu estado de espírito no momento da criação.

17. O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o início de uma vertente importante na arte contemporânea, que amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a)

a) participação efetiva do espectador na obra, o que determina a proximidade entre arte e vida.

b) percepção do uso de objetos cotidianos para a confecção da obra de arte, aproximando arte e realidade.

c) reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que determina a consolidação de valores culturais.

d) reflexão sobre a captação artística de imagens com meios óticos, revelando o desenvolvimento de uma linguagem própria.

e) entendimento sobre o uso de métodos de produção em série para a confecção da obra de arte, o que atualiza as linguagens artísticas.

18. Nas últimas décadas, a ruptura, o efêmero, o descartável

incorporam-se cada vez mais ao fazer artístico, em consonância com a pós-modernidade. No detalhe da obra Bastidores, percebe-se a a) utilização de objetos do cotidiano como tecido,

bastidores, agulha, linha e fotocópia, que tornam a obra de abrangência regional.

b) ruptura com meios e suportes tradicionais por utilizar objetos do cotidiano, dando-lhes novo sentido condizente.

c) apropriação de materiais e objetos do cotidiano, que conferem à obra um resultado inacabado.

d) apropriação de objetos de uso cotidiano das mulheres, o que confere à obra um caráter feminista.

e) aplicação de materiais populares, o que a caracteriza como obra de arte utilitária.

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TEXTO

“Vista de cima, a Terra parece uma superfície enorme que pode ser compartilhada. Mas logo que se pisa em

“terra firme” nos confrontamos com a rigidez das administrações de cada país e com a realidade que as

fronteiras impõem aos homens – símbolo da dificuldade de vivermos juntos. Hoje, a única ação possível é ir em direção ao Outro, entendê-lo. De agora em diante, não

podemos ignorar o que nos une e as responsabilidades que nos impõem. Somos mais de 6 bilhões na Terra! E

não há desenvolvimento sustentável se não conseguirmos viver juntos. Esta é a razão pela qual eu acredito no projeto 6 bilhões de Outros, e ele me é tão caro. Ele emociona cada um de nós e nos encoraja a

agir.” Yann Arthus-Bertrand. Catálogo da Exposição.

19. A proposta de “ir em direção ao Outro”, expressa pelo

idealizador da Exposição, associa-se, na obra visual da Capa do catálogo, a alguns procedimentos.

Assinale a alternativa que identifica adequadamente dois desses procedimentos. a) Diversidade visual dos rostos retratados, indicando

diferenças de etnia e procedência; disposição lado a lado das imagens, como forma de propor a aproximação entre as pessoas.

b) Mosaico de imagens visuais, indicando diversidades e semelhanças entre os habitantes do Planeta; organização fragmentada dos retratos, criando ideias de dispersão e afastamento.

c) Diferenças no modo de enquadrar e exibir cada imagem, identificando a diversidade étnica; destaque, em tamanho maior, de algumas imagens, comprovando a desigualdade do tratamento dado a cada personagem retratado.

d) Igualdade dos rostos retratados, como forma de mostrar a monotonia da existência humana; disposição lado a lado dos rostos, configurando a humanidade como um grande mosaico étnico.

e) Repetição gemada de imagens, para assinalar a diferença étnica e religiosa entre as pessoas; organização das imagens em séries que possibilitam a identificação de rostos conhecidos e famosos.

20. Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor. Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em: www.ctorio.org.br. Acesso

em: 1 jul. 2009 (adaptado).

Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas, conclui-se que a) esse modelo teatral é um método tradicional de

fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum.

b) a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo.

c) sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive.

d) o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores.

e) a metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes.