ANO 16 - Nº 166PORTO ALEGRENOVEMBRO/2013

DISTRIBUIÇÃOGRATUITA

‘‘NOSSA SRA. DO CARAVAGIO! SÓ ELA PODE NOS SALVAR’’ ( Final)

Ele mandou a cópia prum colega dele, também militar, que tinha sido colega dele no Curso de Estado Maior na França e que na época era Ministro (eu não lembro o nome dele parece que era General Nilton, não me lembro do nome). É só ver o nome. Ministros da época.

Ministros do Médici.Mandou cópia pra ele. E ele numa audiência levou isto pro

presidente também. Eu sei de que forma chegou às mãos do presidente um mês ou 2 depois, o presidente Médici veio ao RS e o Governador Perachi (Valter Perachi Barcellos) ofereceu um banquete pro presidente no Salão Negrinho do Pastoreio que é o Salão Nobre do Palácio Piratini.

Ficou superlotado o salão. Convidou os deputados estaduais, os federais, as autoridades do Estado, 68,69 ou isto.

Convidou os deputados do partido do Governo. Não sei se convidou os do partido da Oposição (nota do repórter: havia na época, apenas MDB (oposição) e Arena (situação).

Os dois do partido do Governo que não convidou era o estadual Victor Faccioni e o federal Euclides Triches.

Eu no dia seguinte telefonei pro Triches querendo saber se ele tinha estado no tal do churrasco. Ele me disse que não, que não fora convidado. Eu disse a ele:

- Pois é, eu também não fui convidado. Mas aconteceu um episódio Triches.

Ele disse:- Eu sei.Me telefonou o chefe da casa civil agora de manhã!- Que que aconteceu?- No jantar (ele tá ai, podes entrevistar pra ele dizer se procede

ou não. Octávio Germano era o presidente do partido. Consultado, informalmente, na presença também do repórter político Flávio Pereira, Germano contou uma versão um pouco diferente. Ele diz que foi ele que trouxe o nome do Triches de Brasília, depois de uma audiência com Médici. E promete que revelará isto num livro de memórias) o Peracchi (então o governador) diz para o Octávio que o presidente da República no final do jantar queria conversar com ele que eles (deputados) estivessem a postos, à mão.

No final do jantar Octávio foi lá à mesa com a Executiva e o presidente perguntou:

- Vocês estão tratando nomes para a sucessão estadual?- Sim, respondeu Octávio. Estamos discutindo nomes.E o presidente Médici disse:- Então coloca o nome do deputado federal Euclides Triches.Respondeu Octávio.- É uma sugestão, presidente?O presidente teria respondido mais ou menos assim:- Não, não é uma sugestão. É a ordem do chefe.

Boa Noite!E o Octávio me perguntou o que que ele devia fazer.- Octávio, tu que é o presidente do partido deve saber fazer

melhor do que eu. Se você não souber, troque idéias com os outros! Agora se o nome do Triches lhe parecer um nome bom, encaminha, senão se não te parecer coloca em discussão. Eu serei um que vou defender.

- Quem elegeu o Triches foi o presidente Médici?- Pois bem, o Triches de manhã, 8, 8h30 minutos de manhã o

ministro (da casa civil) João Leitão de Abreu telefonou pro Triches dizendo que o presidente o convidava para uma audiência se ele poderia ir a Brasília. Ele foi no dia seguinte. Eu fui a Caxias de manhã. Voltei de Caxias para Porto Alegre com ele e nesta audiência o presidente formalizou o convite para ele ser governador. Mas disse pra ele: O João Leitão que antes da audiência (com o presidente) que seria às 3 da tarde, ele (Leitão) gostaria de ter uma audiência com ele de manhã.

Triches esteve de manhã com João Leitão e o João Leitão perguntou pra ele que era a primeira vez que ia ter o cargo de vice governador. Se ele teria algum nome a sugerir para vice-governador.

O Triches disse:- Não, não me ocorreu.Nem o convite pra governador. Agora que tou sabendo. Hoje que

fiquei sabendo.- Não, mas por que?- Porque o presidente não vai lhe querer lhe colocar um nome a

sua revelia.Triches disse:- A pensar assim de repente o que me ocorre vamos pensar o

exame do ponto de vista geográfico. Eu sou de uma região. Na Metade Sul, do outro lado do Estado.

Lá em Pelotas eu tenho uma irmã que vive lá e ele e meu cunhado falam muito bem do Fetter (n. do editor: Edmar) que fez uma boa administração lá ou tá fazendo. Isto ele (Triches) disse pro Leitão (João Leite de Abreu, chefe da Casa Civil). Quando de tarde ele disse pro presidente Médici (Emílio Garrastazu). O presidente lhe disse que o Ministro Leitão lhe havia transmitido de manhã uma lembrança de que Triches havia levado o nome de Fetter e ele havia autorizado ao Leitão telefonar ao Fetter convidando pra ser o vice governador.

Então o Edmar Fetter talvez nunca tenha sabido que o nome dele tenha sido sugerido pelo Triches.

P - Depois se atritaram?R - Depois eles tiveram um atrito numa sucessão por quanto o

cargo de vice governador era novo e numa das viagens do Triches não sei porque isto ou por aquilo. Era uma viagem pra ser de ida e

VICTOR JOSÉ FACCIONI

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volta. E demorou um dia ou dois a mais e alguém contestou de que ele estava se negando a passar o cargo ao vice-governador. Aí houve algum desentendimento, algum desentendimento que nunca tenha sido suficientemente esclarecido.

P- O sr. conte pra nós a charge do Sampaulo? (chargista já falecido)

R - Sobre?

P - Sobre o Triches candidato a prefeito de Porto Alegre.R - Sim, porque o Triches foi candidato a prefeito de Porto

Alegre, contra o Brizola, se não me engano (Nota do editor: Brizola usou a charge de Sampaulo, sem que estivesse assinada, que foi originalmente publicada em seu jornal, o Clarim, e a espalhou pelos jornais da cidade). E foi o que aconteceu comigo depois: Fui candidato a prefeito de Caxias, depois e disseram que eu era de Porto Alegre. Fui candidato a prefeito de Porto Alegre. No entanto, o Collares que é de Bagé, se elegeu prefeito de Porto Alegre. Quer dizer, esta charges, às vezes, quando a candidatura não está no ponto de maior aceitação porque em caso contrário não pega. As charges, né.

Assim como quando eu candidato a prefeito em Caxias era de Porto Alegre, dizia a Oposição. Quando candidato em Porto Alegre, diziam que eu era de Caxias.

No entanto, o Collares que não era de Porto Alegre, se elegeu.

P - Quem era o João Dêntice?R - João Dêntice era um político da antiga cepa. Veio lá do PSD.

Não sei se chegou a ser deputado estadual constituinte logo depois de 46, ou coisa semelhante, eu não lembro bem. Não me lembro se foi deputado ou não. Ele foi sempre um nome forte no PSD. E era de uma linha que disputava com o Tarso (Dutra). Era anti-Tarso(Dutra).

Tarso Dutra X João Dêntice. Ele era mais ligado a linha do Peracchi (Barcellos)

P - E o Meneghetti, o sr. conviveu com ele?R - Eu convivi com o Meneghetti. Fui candidato estadual a

primeira vez quando ele foi candidato a governador pela segunda vez.(25.03.1963 a 25.03.1966). Eu, guri, o Meneghetti, inclusive, lá

na região me prestigiou num outro comício tal e coisa. Um dia o Meneghetti me convidou, inclusive, eu tava com 21 anos de idade, pra ser assessor do gabinete do governador. Convidou a mim e ao Hugo Mardini que também tinha concorrido a deputado e não tinha se eleito.

O Mardini aceitou e eu não aceitei porque estava residindo em Caxias se aceitasse teria que vir a Porto Alegre e na época eu não quis me mudar pra Porto Alegre.

P - Ele era hábil como diz a lenda?

R -O Meneghetti era muito hábil. Tanto assim que enfrentou o Brizola.

Meneghetti tinha uma qualidade de abertura, de diálogo, e muita paciência pra conversar, pra dialogar.

P - Era dificil enfrentar o Brizola?R- Ah, era dificil porque o Brizola era um nome forte. Eu lembro

o Brizola era governador quando eu era presidente da UGES (União Gaúcha de Estudantes Secundários). E ele me deu apoio muito grande pra UGES tanto assim que no congresso estadual de estudantes eu homenagiei o Brizola e eu tenho um relatório da UGES o primeiro da história da UGES publicado, impresso, e aprovado por unanimidade. Tenho um exemplar aí se quiser eu te mostro. Talvez aqui à mão.(fim)

(Leia entrevista na íntegra, acessando www.deolhoseouvidos.com.br)

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Adeli Sell

Se você receber a visita de uma pessoa que não conhece Porto Alegre e quer muito conhecê-la, o que você fará? Provavelmente irá mostrar toda sua gentileza e pegará o carro para rodar pela cidade, certo? Errado.

Primeira coisa a fazer é desfrutar de um passeio com o ônibus de turismo, sentando, de preferência, na parte superior. Se a opção for esta, cuide com o sol e use sempre protetor. Ah, atenção também com a cabeça, pode haver galhos que a Smam teima em não cortar ou fiação solta. Findado o passeio, sugiro uma caminhada pelo Centro. Vá ao Mercado Público e mostre que a parte superior foi "vítima" de um incêndio em julho, e que somente agora a recuperação está começando com verbas federais. Almoce por lá mesmo. Mostre a diversidade de nossas bancas. Explique o que é erva-mate e como se aprecia um chimarrão. Faça a degustação de um café, pois aqui também produzimos boas unidades, e mostre que nossos espaços são aconchegantes, principalmente o deck externo, no Largo Glênio Peres. Ah, não se esqueça de mostrar que ali tem um chafariz que não funciona. Diga que isto acontece muito por aqui, que Porto Alegre já foi muito avançada, mas que atualmente a modernidade anda meio suspensa na cidade. Mostra dali mesmo o Chalé da Praça XV, os prédios do entorno e a Prefeitura. Caminhe pelo Centro. Pegue a Sete de Setembro e vá até a Praça da Alfândega, mostre a riqueza daquele sítio e entre no Margs para apreciar um

pouco de arte. Siga adiante. Entre na Casa de Cultura Mário Quintana e depois na Usina do Gasômetro. Circule pela Orla, mostre tudo, mesmo aquilo que um dia será outra coisa, como a Orla acessível. Diga que tem um projeto, como deve ter dito que existe um Projeto para o Cais Mauá. Agora, vá até a Câmara, alugue bicicletas e circule até o Museu Iberê Camargo, pelo menos. Se tiverem fôlego para ir adiante, sigam até o bairro Tristeza, um dos lugares mais aconchegantes da cidade. Faça força vá até Ipanema. Volte pela Avenida Tronco. Mostre que as obras aqui são lentas, mas que um dia ficará pronto. Ah, como você já mostrou a bela cobertura do Beira Rio, passe pela Azenha e informe que o Olímpico será implodido em 2014 e que a nova casa dos gremistas é a gloriosa Arena do Grêmio. Ao lado, a Ponte do Guaíba, a Ponte estaiada e, é claro, as favelas da Entrada da Cidade. De volta ao Centro, um pouco cansado. Agora, sim. O carro está liberado. Passe pelo IV Distrito, e siga até a Arena. Sobe a Dom Pedro, não sem antes mostrar o Aeromóvel que é nosso. Circule pelo Moinhos de Vento, explique o que é a calçada da Fama. Pegue a Zona Sul, mostre Ipanema, Belém Novo e Lami. Cruze a Restinga na volta, venha pela Lomba do Pinheiro ou pela Costa Gama. Bem, você mostrou um pouco da cidade. Quanto tempo gastou? Não, tempo não se gasta. A gente frui. Está com sua visão e a do visitante. Já deve ter almoçado, jantando, tomado uma cerveja artesanal local, um espumante ou um vinho da Serra. Liberado para outras incursões. Não esqueça: Porto Alegre é de fato demais. Mas não esconda que ainda temos problemas, e que podemos mais Será novamente uma cidade moderna e encantadora. Depende de nós, de nossas ações, mas principalmente da pressão que faremos sobre os gestores locais.

Um roteiro para conhecer Porto Alegre

Por Adeli SellVereador de Porto Alegre por 16 anos

CARTASAssunto: AGRADECIMENTO E CORREÇÃO

Porto Alegre, 7 de Novembro de 2013.

Prezado Olides, Grato pela publicação da 2ª parte da entrevista da

Edição Nº 165 da Revista FITNESS de outubro deste ano. Ocorreu no texto dois pequenos equívocos, sendo o

primeiro o nome de Alcides Minghelli, saiu trocado o sobrenome para Pinheiro ( no penúltimo período da capa da Revista) e na página 2 na quarta e quinta linha corrigir para Mário Mondino e não Mondini como saiu.

Atenciosamente.

Victor José Faccioni

Caro Olides Canton Em nome da Senadora Ana Amélia, agradeço o envio do

Informativo Fitness edição 164 setembro 2013.

Cordialmente

MARCO AURELIO FERREIRA CHEFE DE GABINETE

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Dr. Belmar Andrade Cardiologia Preventiva e Cardiologia do Esporte Avaliação para prática esportiva

Eletrocardiograma e teste ergométrico

Terças e Quintas à tarde

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