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NOTA AOS UTILIZADORES Os quadros estatísticos que se apresentam nesta publicação referem-se à população recenseada no período censitário. Pois, os resultados do inquérito pós-censitário mostraram que houve uma omissão de 4.6%. Nos efectivos que se apresentam não estão integradas estas omissões, pelo que se recomenda que, para qualquer uso e para ter uma população exacta, se procedam à integração dessas populações omitidas. O quadro em baixo indica as taxas de ponderação que podem ser utilizadas para a correcção dos efectivos e que só podem ser aplicadas às regiões. Por razões ligadas a metodologia do inquérito pós censitário, a utilização destas taxas de ponderação para corrigir os efectivos a níveis geográficos inferior a região (Sector ou localidades), podem não garantir resultados fiáveis. Neste âmbito, não é aconselhável a utilização das taxas de ponderação de cada região, para calcular as populações residentes nos sectores ou tabancas.

Région Taxa de omissão Taxa de ponderação

População residente nos

agregados familiares

População residente Corrigida

nos agregados familaires

População residente

nos agregados

colectivos (*)

População residente

total

Tombali 0,0398318517 1,0398318517 91.089 94.717 222 94.939

Quinara 0,0432469366 1,0432469366 60.777 63.405 205 63.610

Oio 0,0397058722 1,0397058722 215.259 223.806 838 224.644

Biombo 0,0412259176 1,0412259176 93.039 96.875 245 97.120

B. Bijagos 0,0429609157 1,0429609157 32.424 33.817 746 34.563

Bafatá 0,0444410898 1,0444410898 200.884 209.812 195 210.007

Gabú 0,0467199505 1,0467199505 205.608 215.214 316 215.530

Cacheu 0,0382454945 1,0382454945 185.053 192.130 378 192.508

SAB 0,0609730971 1,0609730971 365.097 387.358 551 387.909

Total 0,0468554540 1,0468554540 1.449.230 1.517.134 3696 1.520.830

(*) Orfanatos e casas religiosas

POPULACAO CORRIGIDA POR INQUERITO POS CENSITARIA

Os efectivos aqui publicados são os indivíduos recenseados em 15 de Março de 2009, e os ajustes efectuados tiveram em conta as taxas de omissões observadas em cada região. Neste sentido, deve-se ter em conta a taxa de crescimento natural quando se pretender realizar as possíveis projecções demográficas da população.

NB: Neste trabalho foi considerado somente a população não corrigida residente nos

agregados familiares que consiste num total de 1.449.230 pessoas.

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TERCEIRO RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO E HABITAÇÃO DE 2009

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, com indicação de fontes bibliográficos

DIRECÇÂO Carlos Mendes da Costa – Director Geral

Bessa Vitor da Silva – Director de Serviços das Estatísticas Demográficas e Sociais; Coordenador e

Director Técnico do RGPH

Roberto Vieira – Director de Serviços das Estatísticas Económicas e Financeiras

Braima Manafá- Director de Serviços de Planificação, Coordenação e Difusão

Simão Semedo – Chefe de serviços da Informática

Leonildo Gomes – Chefe de repartição da Administração e Finanças

Ficha técnica

Titulo Tiragem

Educação e a Escolarização Edição 500 exemplares

Editor Desenho Gráfico

Instituto Nacional de Estatística Osvaldo Cristo João Mendes Av. Amílcar Cabral, Largo de Pindjiguiti, CP Assistência técnica e financeira Nº 6, Bissau UNFPA, PNUD, ABC,BGE

Tel. (00245) 320 45 94;

Fax: (00245) 320 48 88

E-mail: [email protected]

Web: w.w.w.stat-guinebissau.com

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INDICE

PARTE I: CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................................... 14

CAPÍTULO I: CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO DO ESTUDO ....................................................................... 14

1.1 - Contexto Politico .................................................................................................................................................... 14

1.2 - Contexto Físico e demográfico .............................................................................................................................. 14

1.3 - Contexto Institucional e legal do sistema educativo ............................................................................................ 16

1.4- Justificação do Estudo............................................................................................................................................. 18

CAPÍTUO II: METODOLOGIA, CONCEITOS E DEFINIÇÕES .................................................................. 19

2.1- Método de recolha e de análise de dados ............................................................................................................... 19

2.2 - Conceitos e definições ............................................................................................................................................. 20

2.3. Limitações do Estudo .............................................................................................................................................. 21

PARTE II: ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................................................... 22

CAPITULO I: ALFABETIZAÇÃO..................................................................................................................... 22

1.1-População alfabetizada e analfabeta ....................................................................................................................... 22 1.1.1-Situação a nível nacional e por sexo ..................................................................................................................................... 22 1.1.2- População alfabetizada e analfabeta segundo meio de residência ........................................................................................ 24 1.1.3 - Situação ao nível das regiões .............................................................................................................................................. 24

1.2. - Nível de analfabetismo da população adulta de 15+ anos.................................................................................. 25 1.2.1- Situação a nível nacional e por sexo e meio de residência ................................................................................................... 25 1.2.2- Situação por grupos etários .................................................................................................................................................. 27 1.2.3 - Situação a nível das regiões ................................................................................................................................................ 28 1.3- Analfabetismo da população jovem de 15 - 24 anos ............................................................................................................... 29 1.3.1- Situação por sexo e meio de residência. ............................................................................................................................... 29 1.3.2 Situação a nível das regiões ................................................................................................................................................... 30 1.4 - Evolução comparativa da taxa do analfabetismo da população de 15+ anos ......................................................................... 30 (censos 1991-2009). ....................................................................................................................................................................... 30

CAPÍTULO II: FREQUÊNCIA ESCOLAR ....................................................................................................... 33

2.1- Situação a nível nacional e por meio de residência .............................................................................................. 33

2.1.1- Frequência escolar por níveis de ensino ............................................................................................................. 34 2.1.2 - Frequência escolar por meio de residência .......................................................................................................................... 35

2.2. Situação a nível das regiões ..................................................................................................................................... 37

2.3 - Frequência escolar por grupos etários ................................................................................................................. 39

2.4 - Frequência escolar por idades específicas ............................................................................................................ 40

CAPITULO III: INSTRUÇÃO ............................................................................................................................ 42

3.1- Nível de instrução da população residente ............................................................................................................ 42

3.1.1 – Situação a nível nacional e por meio de residência .......................................................................................... 42 3.1.2- Situação por grupo etário ..................................................................................................................................................... 46

CAPÍTULO IV: ESCOLARIZAÇÃO .................................................................................................................. 49

4.1- Acesso ....................................................................................................................................................................... 49

4.1.1- Análise ao nível das Regiões e por meio de residência ...................................................................................... 50

4.2- Percurso escolar dos alunos .................................................................................................................................... 52

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4.2.1- Nível de Escolarização por idades ....................................................................................................................... 53

4. 3- Principais Indicadores de Escolarização .............................................................................................................. 56 4.3.1- Taxas Brutas de Escolarização ............................................................................................................................................. 56

4.3.1.1 - Situação ao nível das regiões ............................................................................................................................... 58 4.3.2- Taxas Líquidas de Escolarização ......................................................................................................................................... 60 4.3.2.1- Variação ao nível das regiões ............................................................................................................................................ 60 4.4- Composição da população do país .......................................................................................................................................... 62 4.4.1- População por grupos etários ............................................................................................................................................... 62 4.4.2- Distribuição a nível das regiões ........................................................................................................................................... 64

CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 65

ANEXO I - QUESTIONÁRIO DO CENSO ...................................................................................................... 67

ANEXO II - Quadro de Analfabetismo ............................................................................................................... 75

ANEXO III - Quadros de Escolarização ............................................................................................................. 76

BIBLIOGRAFIAS ............................................................................................................................................... 80

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SIGLAS E ABREVIATURAS

ADPP- Ajuda de Desenvolvimento do Povo para o Povo ONG dinamarquesa CAF- Chefe do Agregado Familiar CENFA- Centro de Formação Administrativa CENFI- Centro de Formação Industrial CIFAP- Centro Industrial de Formação e de Aperfeiçoamento Profissional CFP- Centro de Formação Profissional de Bissau DENARP- Documento de Estratégia Nacional para a Redução da Pobreza EB- Ensino Básico EN- Escolas Normais de Formação de Professores ENEFD- Escola Nacional de Educação Física e Desportos ENSTT- Escola Normal Superior Tchico Té EPT- Educação para Todos ES- Ensino Secundário EFTP- Ensino e Formação Técnico Profissional INE- Instituto Nacional de Estatísticas IFE- Índice de Frequência Escolar IPS- Índice de Paridade entre Sexos ND- Não Declarados RESEN- Relatório do Estado do Sistema Educativo Nacional RGPH- Recenseamento Geral da População e Habitação SAB- Sector Autónomo de Bissau UNESCO- Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura

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LISTA DOS QUADROS

Quadro: 1.1-Repartição da população residente de 6+ anos por sexo segundo nível de alfabetização Quadro: 1.2- População residente de 6+ anos por sexo segundo nível de alfabetização Quadro: 1.3-Repartição da população residente de 6+ anos por meio de residência segundo o nível

de alfabetização Quadro: 1.4-Repartição da população residente de 6 + anos por sexo e regiões segundo o nível de alfabetização Quadro: 1.5-Taxa de analfabetismo da população residente de 15 + anos por sexo e meio de

residência Quadro: 1.6-Taxa de analfabetismo da população residente de 15 + anos por sexo e grupos etários Quadro: 1.7-Taxas de Analfabetismo da população residente de 15+ anos por sexo e regiões Quadro: 1.8-Taxa de analfabetismo da população residente de 15-24 anos por sexo e meio de

residência Quadro: 1.9-Taxa de analfabetismo da população residente de 15-24 anos por sexo e regiões Quadro: 1.10-Evolução comparativa das taxas de analfabetismo da população residente de 15 +

anos por sexo (Censos 1991 e 2009) Quadro: 1.11-Evolução comparativa das taxas de analfabetismo da população residente de 15+ anos

por regiões e sexo (censo 1991-2009) Quadro: 2.1- Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo segundo a

frequência escolar Quadro: 2.1.1-Frequência escolar por níveis de ensino e sexo Quadro: 2.2-Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo e meio de residência

segundo a frequência escolar Quadro: 2.3-Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo e regiões segundo a

frequência escolar Quadro: 2.4-Repartição da população residente de 6+ anos por sexo e grandes grupos etários

segundo a frequência escolar Quadro: 2.5-Repartição da população residente de 6+ anos por idades específicas segundo a

frequência escolar Quadro: 3.1-Repartição da população residente de 6+ anos por sexo segundo o nível de instrução Quadro: 3.2-Nível de instrução da população residente de 6+ anos por sexo segundo o meio de

residência Quadro: 3.3-Nível de instrução da população residente de 6+ anos por sexo e região Quadro: 3.4-Repartição da população residente de 6+ anos por sexo e grupos etários segundo nível

de instrução Quadro: 4.1-Taxas Brutas de Admissão no Ensino Básico por classes e sexo Quadro: 4.2-Taxas Brutas de Admissão no Ensino Secundário por classes e sexo Quadro: 4.3-Repartição de alunos do Ensino Básico por regiões e sexo Quadro: 4.4-Repartição de alunos do Ensino Secundário por regiões e sexo Quadro: 4.4-A-Repartição de alunos do Ensino Básico e Secundário por sexo e segundo meio de

residência Quadro: 4.5-Repartição de alunos do Ensino Secundário por classes e sexo Quadro: 4.6-Repartição de alunos do Ensino Básico por idades específicas, classes e sexo Quadro: 4.7-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Básico por idades e sexo Quadro: 4.8-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Secundário por idades e sexo Quadro: 4.9-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Básico por regiões, classes e sexo Quadro: 4.10-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Secundário por classes e sexo Quadro: 4.11-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Básico por regiões e sexo Quadro: 4.12-Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Secundário por regiões e sexo

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Quadro: 4.13-Taxas Líquidas de Escolarização do Ensino Básico por regiões e sexo Quadro: 4.14-Taxas Líquidas de Escolarização do Ensino Secundário por regiões e sexo Quadro: 4.15-População residente por idades quinquenais e sexo Quadro: 4.16-Repartição da população residente por regiões e sexo

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LISTA DOS GRÁFICOS

Gráfico: 1.1-Analfabetismo da população residente de 15+ anos por sexo e segundo meio de

residência Gráfico: 1.2-Evolução comparativa de taxas de analfabetismo da população residente de 15+ anos

por sexo (censos 1991-2009) Gráfico: 2.1-Proporção da população residente de 6+ anos segundo a frequência escolar Gráfico: 2.2-Proporção da população residente de 6+ anos segundo a frequência escolar por meio

de residência Gráfico: 2.3-Proporção da população residente de 6+ anos por regiões, sexo e idades específicas

segundo a frequência escolar Gráfico: 2.4-Repartição da população residente de 6+ anos por idades específicas segundo a

frequência escolar Gráfico: 3.1-Repartição da população residente de 6+ anos por meio de residência segundo nível de

instrução Gráfico: 4.1-Perfil transversal de escolarização do ensino básico por classes e sexo Gráfico: 4.2-Perfil transversal de escolarização do ensino secundário por classes e sexo Gráfico: 4.3-Taxas Brutas de escolarização do ensino básico por idades específicas e sexo Gráfico: 4.4-Taxas Brutas de escolarização do ensino secundário por regiões e sexo Gráfico: 4.5-Taxas Líquidas de escolarização do ensino básico por sexo Gráfico: 4.6-Taxas Líquidas de escolarização do ensino secundário por sexo Gráfico: 4.7-Pirâmide etária (grupos de idades quinquenais) por sexo Gráfico: 4.8-Repartição da população residente por regiões e sexo

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RESUMO EXECUTIVO

O presente Estudo analítico, enquadra-se no âmbito do 3º Recenseamento Geral da População e

Habitação realizado em Março de 2009 (RGPH-2009).

O Estudo foi realizado na perspectiva de que os resultados da análise do Censo poderão fornecer:

por um lado, um conhecimento do sistema educativo do país e, por outro lado, indicar as pistas que

permitam identificar os principais estrangulamentos tanto para a reorganização do sistema quanto ao

apoio na formulação de novas abordagens de planificação do desenvolvimento de futuros Programas

e projectos a serem identificados, foi recomendado este estudo.

O estudo tem como objectivo principal, analisar os dados recolhidos do Censo, podendo no entanto

as informações e os indicadores extraídos, servirem para orientar nos processos de tomada de

decisões.

Serviram como base de sua elaboração, os seguintes documentos:

- Base de dados do 3º Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH3/2009);

-Resultados das publicações do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH/1991);

- Outras bibliografias cuja lista se encontra em anexo.

O Estudo está estruturado em duas partes e, cada parte com os seus respectivos capítulos

A primeira parte, é composta de dois capítulos; no primeiro capítulo, tratou-se de apresentar o

quadro contextual no qual foi elaborado o estudo e uma breve caracterização do contexto do país

(contexto sócio politico e o Contexto físico e demográfico).

O segundo capítulo, apresenta a metodologia, o quadro conceptual e os procedimentos utilizados na

obtenção de dados e informações necessárias assim como as definições de conceitos de forma a

permitir uma melhor compreensão das variáveis utilizadas.

A segunda parte, composta de quatro grandes capítulos, trata-se de organização de dados e

informações para a análise a partir das tabulações e de cruzamento das informações disponíveis.

No seu primeiro capítulo, abordou-se de forma geral, o nível de alfabetização da população

residente, tendo sido calculada as taxas de analfabetismo da população adulta de 15+ anos situada

em 49,8% e da população jovem de15-24 anos cuja taxa se situa em 33,3%.

No Segundo capítulo, foi analisado a Frequência escolar da população em idade escolar de 6+ anos

que, no momento do Censo, declararam frequentar ou já terem frequentado um determinado

estabelecimento de ensino ou formação.

No terceiro capítulo concernente ao nível de Instrução, tratou-se de analisar a proporção da

população com a classe mais alta concluída com sucesso nos diferentes níveis de ensino/formação.

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Já no quarto capítulo, analisou-se a Escolarização de crianças de 7-17 anos de acordo com a Lei de

Bases do Sistema Educativo em vigor até a data do Censo, assim como as principais taxas e

indicadores de escolarização de forma a se poder diagnosticar a capacidade da oferta do sistema

educativo nacional.

Espera-se assim que o estudo possa servir como um documento de consulta a diferentes níveis de

utilização e que possa também contribuir de forma inestimável na formulação e planificação das

políticas educativas assim como nas abordagens de planificação do desenvolvimento de futuros

Programas e projectos a serem identificados.

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INTRODUÇÃO

O presente Estudo analítico, enquadra-se no âmbito do 3º Recenseamento Geral da População e

Habitação realizado em Março de 2009 (RGPH-2009).

O estudo, cujo tema central é a Educação e a Escolarização, teve como base de apoio o

questionário do Agregado Familiar elaborado para a recolha de dados de forma a atender as

necessidades em informações de base que permitam diagnosticar o sistema educativo, podendo no

entanto as informações e os indicadores extraídos, servir para a micro planificação e orientar nos

processos de tomada de decisões.

Espera-se assim que o mesmo possa servir como um documento de consulta a diferentes níveis da

sua utilização e que as informações nele contido, possam contribuir de forma inestimável na

formulação de políticas educativas e na planificação da educação.

Serviram como base para a elaboração do presente estudo, os seguintes documentos:

- Base de dados do 3º Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH3/2009);

-Resultados das publicações do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH/1991);

- Outras bibliografias cuja lista se encontra em anexo.

O Estudo está estruturado em duas partes e, cada parte com os seus respectivos capítulos.

A primeira parte, é composta de dois capítulos; no primeiro capítulo tratou-se de apresentar o quadro

contextual no qual foi elaborado o estudo (contexto sócio politico e Contexto físico e demográfico).

O segundo capítulo, apresenta a metodologia, o quadro conceptual e os procedimentos utilizados na

obtenção de dados e informações necessárias assim como as definições de conceitos de forma a

permitir uma melhor compreensão das variáveis seleccionadas e utilizadas.

A segunda parte, composta de quatro grandes capítulos, trata-se de organização de dados e

informações para a análise a partir das tabulações e de cruzamento das informações disponíveis.

No seu primeiro capítulo, abordou-se de forma geral, o nível de alfabetização da população

residente, sobretudo da população de 6+ anos, tendo sido calculada as taxas de alfabetização da

população adulta de 15+ anos e da população jovem de15-24 anos respectivamente.

No segundo capítulo, foi analisada a Frequência escolar da população em idade escolar de 6+ anos

que, no momento do Censo, declararam frequentar ou já terem frequentado um determinado

estabelecimento de ensino ou formação.

No terceiro capítulo concernente ao nível de Instrução, tratou-se de analisar a proporção da

população com a classe mais alta concluída com sucesso nos diferentes níveis de ensino/formação.

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Já no quarto capítulo, analisou-se a Escolarização de crianças de 7-17 anos de acordo com a Lei de

Bases do Sistema Educativo em vigor até a data do Censo, assim como as principais taxas de

escolarização de forma a se poder diagnosticar a capacidade da oferta do sistema educativo

nacional.

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PARTE I: CONTEXTUALIZAÇÃO

CAPÍTULO I: CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO DO ESTUDO

1.1 - Contexto Politico

A Guiné-Bissau é um país que almeja a melhoria de condições de vida da sua população cuja média

se situa abaixo doutros países da sub-região.

O país, afectado por sucessivas instabilidades políticas, conheceu enormes dificuldades para fazer

funcionar de forma eficiente o Aparelho da Administração Pública, a formação de recursos humanos

tão necessários ao combate a pobreza, sobretudo, de imprimir uma dinâmica a um desenvolvimento

sustentável.

Este contexto de permanente instabilidade política, levou ao país a um retrocesso em toda a esfera

tanto da vida económica quanto social, com particular incidência na degradação de condições de

vida das populações, sobretudo, das zonas rurais onde vivem cerca de 60% sem acesso aos

serviços e infra-estruturas sociais de base (escolas, centros de saúde, água potável e saneamento

básico etc.).

1.2 - Contexto Físico e demográfico

Sendo um pequeno país lusófono situado na Costa Ocidental africana com uma superfície de 36.125

km2 e uma população de 1.449.230 habitantes de acordo com os dados do Censo realizado em

Março de 2009, apresenta uma densidade populacional de 40 hab/km2 com uma taxa de

crescimento demográfico médio anual de 2,2%.

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Não obstante a sua exiguidade territorial e a sua pequenez em termos populacionais, a sua

configuração física, aliada à história da sua formação enquanto entidade política, confere-lhe uma

notável diversidade cultural e étnica.

Não existem consensos sobre o número real de grupos étnicos existentes no país. As informações

variam de acordo com as fontes e oscilam entre catorze a trinta grupos.

Cada grupo étnico possui a sua língua materna (dialecto) e matizes culturais próprios, entre as quais,

Fulas, Balantas, Mandingas, Papéis e Manjacos, que são as mais importantes do ponto de vista

demográfico, ao lado de importantes minorias culturais como Beafadas, Mancanhas, Bijagós,

Felupes, Mansoancas, Balanta Manes, Nalús, Saracolés e Sossos.

O país divide-se em nove (9) regiões administrativas, incluindo o Sector Autónomo de Bissau, a

capital e, 38 sectores.

A aproximação de dados demográficos à divisão política e administrativa do território, faz

transparecer duas características importantes do país, a saber: em primeiro lugar, constata-se que a

maioria dos habitantes continua a viver no meio rural, isto é, 60,4% do total da população, contra

39,6% do meio urbano; em segundo lugar, observa-se uma forte atracção pela capital Bissau e seus

arredores que alberga um quarto de toda a população do país (25,2%), seguindo-se as regiões de

OIO 14,9%, Gabu 14,2%, Bafata 13,9% e Cacheu 12,8%.

A migração é forte, quer internamente, quer na sua dimensão internacional, afectando todas as

regiões do país e, como consequência, observa-se alterações na composição social de muitas

localidades que passaram a perfilhar novos parâmetros demográficos com forte predominância de

mulheres, crianças e idosos na sua pirâmide. Têm sido também observados os fenómenos de

mulheres chefes de agregado familiar a partir dos 12 anos de idade.

A população é jovem, 51,5% mulheres contra 48,5% homens. E se a juventude da população é uma

das riquezas mais importante de um país, em contrapartida, ela coloca-lhe igualmente pesados

desafios de responsabilidade, como seja a necessidade de realizar um crescimento económico a

uma taxa bastante pronunciada a fim de propiciar saúde, educação, bem-estar e um futuro mais

risonho a esta geração do futuro.

No plano Educativo, a população com menos de 15 anos de idade, de acordo com a distribuição por

grupos etários, representa 54,2 % contra 27,3% da população em idade escolar de 7 a 17 anos. Esta

distribuição desigual, mostra uma forte pressão demográfica da população em idade escolar,

sobretudo, daquela população maioritariamente vivendo no meio rural com estrema pobreza e

insuficiências de infra-estruturas sociais de base.

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Este contexto de estrema dificuldade, põe em causa, o cumprimento por parte do Governo, dos

compromissos assumidos nas várias Conferências e Cimeiras Mundiais, em particular, dos

Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento.

1.3 - Contexto Institucional e legal do sistema educativo

O Contexto da Educação na Guiné-Bissau é balizado pelos compromissos assumidos em vários fóruns Mundiais nomeadamente a Conferência de Jomptien reconfirmada posteriormente pelo Fórum Mundial sobre Educação para Todos (Dakar, Abril 2000) e o consequente quadro de acção e, da Cimeira do Milénio realizada em Setembro de 2000. Ao nível nacional, tomou-se em conta a política do Governo em matéria de educação/formação, consignada no documento da ‘’Carta da Política Educativa’’ aprovada em Setembro de 2009, a Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor ate 2009, assim como as disposições do Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DENARP) cujos eixos fundamentais são; entre outros:

o combate à pobreza;

a escolarização universal de crianças em idade escolar;

ensino profissional e;

a eliminação do analfabetismo com particular ênfase de mulheres e jovens raparigas.

De referir que, o sistema não consegue contribuir para a redução das assimetrias de

desenvolvimento tanto a nível regional como local e, nem garantir a igualdade de acesso à todas as

crianças. As assimetrias sociais entre géneros são ainda preocupantes, sobretudo nas zonas rurais.

Como principais constrangimentos pode-se citar:

a fraca qualidade do ensino em todos os níveis;

baixo nível de formação académica e pedagógica dos professores;

atraso nos pagamentos de salários dos professores o que leva a sucessivas greves;

o incumprimento dos dias lectivos programados, alem do fraco investimento por parte do

Governo no sector da educação.

Ao nível da Pré-escolar, de frequência facultativa e que se destina à crianças com idades

compreendidas entre os 3 anos e a entrada na escola básica obrigatória, verifica-se pouca assunção

do Estado desta faixa etária tão importante de preparação e de despistagem de cerca de 13% do

total da população.

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Já no Ensino Básico, considerado obrigatório, os constrangimentos relacionam-se fundamentalmente

com o acesso, retenção, qualidade da oferta, da equidade, universalização, da gestão assim como

do seu eficiente funcionamento.

A maioria das escolas existentes nas zonas rurais e em estado de degradação, não consegue

oferecer as seis classes completas do ensino básico.

O Ensino Secundário; que comporta dois ciclos (Secundário Geral e Complementar), também se

confronta com enormes dificuldades. A fraca taxa de acesso e a fraca Taxa Bruta de Escolarização,

mostram as fraquezas deste nível de ensino, isto para não falar da sua qualidade.

O Ensino Técnico e Profissional, apresenta duas vertentes; a vertente formação profissional de

inserção de curta duração que se destina aos estudantes que terminam o Ensino Básico e a vertente

técnica profissional destinada aos jovens que terminaram a 9ª classe, fim do ensino secundário

geral. Estas duas modalidades de formação técnica não estão organizadas dentro do ensino

secundário.

A formação profissional de inserção que visa facilitar a integração rápida de jovens no mercado de

trabalho, tem a duração que vai entre seis meses a um ano. Esta formação é oferecida actualmente

nos três centros existentes no país: no CIFAP (Centro Industrial de Formação de Aprendizagem

Profissional) em Bissau; o Centro de Formação Profissional de Bissau (CFP) semi-privado

construído e financiado pelo Governo Brasileiro, e o Centro de Formação Vocacional da ONG

Dinamarquesa ADPP na região de Oio.

Apenas dois centros ministram actualmente cursos de Formação Técnico Profissional aos jovens

que terminam a 9ª classe dos liceus: o CENFI (Centro de Formação Industrial), um estabelecimento

público gerido pelo Ministério da Educação Nacional e o Liceu técnico privado da SOS, ambos

sediados em Bissau.

O Ensino Superior público que conta com uma universidade - Universidade Amílcar Cabral - criada

pelo Decreto-lei n.º 6/99, de 3/12/99 visando integrar as instituições de formação superior não

universitárias já existentes, designadamente, a Faculdade de Direito, de Medicina, a Escola Normal

Superior e outras instituições como a Escola de Enfermagem e o CENFA (Centro de Formação

Administrativa) de forma a oferecer um leque diversificado de áreas e perfis de formação em

resposta às necessidades imediatas e futuras do desenvolvimento do país, encontra-se neste

momento na sua fase de Reestruturação com a criação da Lei do Ensino Superior e da Lei da Escola

Superior da Educação.

18

A Universidade Colinas de Boê, de carácter privada, tem vindo a assumir um papel importante no

domínio de formação universitário que ainda continua a processar-se no exterior, embora em menor

escala.

O Governo, para corrigir o disfuncionamento do sistema, decidiu implementar um Programa de

Desenvolvimento do Sector da Educação para os próximos 11 anos (2009-2020) e um Plano Trienal

de Educação (2011-2013) para a mobilização de recursos necessários. As oportunidades de

financiamento tornadas possíveis pela Iniciativa Fast-Track, oferecem ao sistema educativo, as

possibilidades de beneficiar de recursos adicionais para realizar progressos significativos nos planos

quantitativo e qualitativo.

Esta perspectiva resulta da vontade política do Governo em efectivar a escolarização de base

universal até 2020 e, de inscrever o país no processo da Redução da Pobreza e do Desenvolvimento

económico e social durável.

1.4- Justificação do Estudo

Como é sabido, a educação, foi sempre considerada um sector fundamental capaz de promover o

crescimento económico e o desenvolvimento através da formação de recursos humanos para o

combate ao aumento do fenómeno da pobreza.

Este importante papel social da educação, só é possível, se for assumido politicamente pelo

Governo e a população, na perspectiva de que uma pessoa alfabetizada e instruída, é mais bem

sucedida e, terá mais a possibilidade de melhorar as suas condições de vida e participar no

desenvolvimento do seu país.

O conhecimento e a interiorização deste papel social da educação, bem como dos factores de

entrave ao desenvolvimento do sistema educativo, só é possível mediante informações fiáveis

recolhidas, tratadas e divulgadas.

É nesta perspectiva que o presente estudo, vê-se, como uma necessidade sentida pelo Ministério da

Economia, do Plano e da Integração Regional em dispor de um instrumento que forneça ideias

prospectivas claras e dinâmicas sobre o sistema educativo do país.

O Estudo servirá ainda, como um documento de consulta para responder as necessidades de

informações pontuais e específicas de diversos utilizadores permitindo-lhes desta forma, fazer um

juízo mais documentado do sistema educativo, indicar pistas que permitam identificar as maiores

barreiras para a reorganização do sistema, a formulação de novas abordagens de planificação e de

apoio ao desenvolvimento de futuros Programas e Projectos a serem identificados.

19

CAPÍTUO II: METODOLOGIA, CONCEITOS E DEFINIÇÕES

2.1- Método de recolha e de análise de dados

A metodologia adoptada para o censo da população cujos resultados serviram para esta análise,

responde a uma lógica sequencial por fases.

A primeira fase, a de Concepção, consistiu na identificação de dados e de informações assim como

na determinação das variáveis nos limites de dados indispensáveis a serem recolhidos através dos

questionários.

A segunda fase, a de recolha, consistiu concretamente nas operações do recenseamento no terreno

cuja responsabilidade das equipas técnicas era de garantir a fiabilidade dos dados e de informações

a serem recolhidas.

Já o tratamento e as tabulações dos dados obtidos na base das perguntas dos questionários,

permitiram explorar o grosso dos aspectos ligados com o estado da situação do sistema educativo

do país, de conformidade com as variáveis definidas no quadro conceptual que abaixo se apresenta.

Para a análise destas questões, utilizou-se a metodologia centrada na descrição dos factos

observados das tabulações e de cruzamentos com o enfoque tanto a nível nacional, regional como

das zonas geográficas do país.

Para facilitar a compreensão dos aspectos em análise, foram também utilizadas, as definições e

terminologias, sobretudo, aquelas definições aconselhadas pelas Nações Unidas que habitualmente

são utilizadas em vários recenseamentos e ou nos cálculos de indicadores da educação.

Perguntas Descrição Variáveis

G.01 - Região - Região/descrição

G.02 - Sector - Sector/descrição

G.03 - Urbano/Rural - Meio/descrição

P.3 - Masculino/Feminino - Sexo/distribuição

P.6 - Classificação por idade - Idade/distribuição

P.17 - Especificação: Sim/Não - Sabe ler e escrever

P.18 -Especificação: Se Frequenta/Frequentou/nunca

Frequentou um estabelecimento de Ensino

- Frequenta, Frequentou, Nunca requentou

P.19 - Especificação da Classe mais alta concluída em

cada nível de ensino

- Classe mais alta concluída com sucesso

em cada nível de ensino.

20

2.2 - Conceitos e definições

População residente: Define-se como sendo grupos de indivíduos (nacionais ou estrangeiros) que,

estando presentes no momento do censo, declararam residir habitualmente no agregado familiar.

Para este Estudo, tomou-se apenas a população guineense residente.

Agregado familiar: Grupo de pessoas, aparentadas ou não, que vivem em conjunto sob o mesmo

tecto e mantêm em comum, todo ou parte dos recursos para assegurar as suas necessidades

essenciais, nomeadamente alojamento e alimentação. Estas pessoas denominadas membros do

agregado familiar tomam geralmente as suas refeições em comum e reconhecem a autoridade de

uma só e mesma pessoa, o Chefe do Agregado Familiar (CAF).

Alfabetização: Define-se como um processo que permite a qualquer indivíduo a aquisição de

conhecimentos básicos de leitura, escrita e de cálculos simples, através de métodos e de

mecanismos práticos de educação. A alfabetização contribui para o crescimento de riquezas, na

promoção socioeconómica e do bem-estar do indivíduo.

Analfabetismo: O analfabetismo é definido como sendo o número de indivíduos de idade

compreendida entre 15 + anos que não sabem ler, escrever e nem compreender um texto simples e

curto relativo aos factores da sua vida quotidiana (Definição da UNESCO).

Taxa de analfabetismo: A taxa de analfabetismo é entendida como sendo complemento da unidade

da taxa de alfabetização.

Taxa de alfabetização: A taxa de alfabetização é a relação da população com idade a partir dos 15+

anos que sabe ler, escrever e compreender um texto simples, qualquer que seja a língua (nacional

ou estrangeira), expresso em percentagem do número da população total da mesma faixa etária. A

taxa de alfabetização varia de acordo com o sexo, idade e o meio de residência.

Frequência escolar: Indica a proporção de crianças de 6+ anos da população residente em

agregado familiar, com idade normal de frequentar determinado nível de escolaridade (ensino

básico, ensino secundário, ensino técnico, ensino médio e ensino superior).

Taxa Liquida de Escolarização (TLE): A taxa Líquida de Escolarização de um determinado nível de

ensino, é definida como a relação dos efectivos inscritos com a idade oficial de frequentarem esse

nível de ensino, expresso em percentagem da população com a mesma idade oficial.

Taxa Bruta de Escolarização (TBE): A taxa Bruta de Escolarização de um determinado nível de

ensino, é definida como sendo o número de alunos ou estudantes do grupo de idade oficial inscritos

num determinado nível, expresso em percentagem da população correspondente.

21

Taxa de Escolarização por idades simples: A taxa de escolarização por idades simples é definida

como a percentagem da população de idade específica inscrita na escola qualquer que seja o nível

que frequenta. Este indicador nos permite medir o nível de participação de crianças ou jovens de

determinada idade nas actividades educativas.

Nível de Instrução: O nível de instrução define-se como sendo a distribuição em percentagem da

população residente de 6+ anos com a classe mais alta concluída com sucesso num determinado

nível de ensino, relativamente ao total da população de 6+ anos.

Taxa de frequência escolar (TFE): É a proporção de crianças residentes inscritas num determinado

nível de ensino e a correspondente faixa etária, expressa em percentagem da população com a

idade oficial determinada para frequentar a esse nível de ensino;

Índice de frequência escolar: É a relação entre o número de alunos inscritos num determinado

nível de ensino qualquer que seja a idade, expresso em percentagem da população com a idade

oficial determinada para frequentar esse nível de ensino.

Índice de Paridade entre sexo: É a relação entre o número de alunas inscritas num determinado

nível de ensino qualquer que seja a idade, expresso em percentagem da população com a idade

oficial determinada para frequentar a esse nível de ensino.

2.3. Limitações do Estudo

As limitações deste Estudo, prendem-se com os aspectos que não foram objecto dos questionários

do censo e que, de um modo geral, poderiam permitir uma análise mais aprofundada do sistema

educativo da Guiné-Bissau, tais como: o número de estabelecimentos de ensino existentes (publico,

privado, corânico ou madrassas) para analisar a capacidade real da oferta educativa; o número de

professores e a sua formação e, ainda, detalhes sobre as repetências que implicam o desfasamento

da idade normal de frequência escolar, podendo no entanto, originar a escolarização aparente de

grupos etários correspondentes a idade normal de frequentarem a escolaridade básica obrigatória.

A forma como foi colocada a pergunta no questionário do Censo, não permite determinar com

precisão, o nível de competência que um individuo tem relativamente a uma ou outra língua nacional,

em termos de leitura e escrita. Sabe-se apenas que sabe ou não ler e escrever

22

PARTE II: ANÁLISE DOS RESULTADOS

CAPITULO I: ALFABETIZAÇÃO

1.1-População alfabetizada e analfabeta

De acordo com a definição da UNESCO, uma pessoa analfabeta, é aquela que não sabe ler, nem

escrever ou ainda, não consegue compreender um texto curto e simples relativo aos factos da sua

vida quotidiana, em qualquer que seja a língua utilizada (nacional ou estrangeira).

De referir que, a forma como foi colocada a pergunta no questionário do Censo, não permite

determinar com precisão, o nível de competência que um individuo tem relativamente a uma ou outra

língua nacional, em termos de leitura e escrita. Sabe-se apenas que sabe ou não ler e escrever.

Na perspectiva de análise deste fenómeno, inclui-se neste capítulo, toda a população residente de

6+ anos que sabe ou não ler e escrever.

1.1.1-Situação a nível nacional e por sexo

De acordo com os dados apurados, apenas 49,7% da população guineense residente de 6+ anos é

alfabetizada.

Conforme o quadro 1.1, a população analfabeta é de 46,1% %, sendo que destes, 56% são do sexo

feminino. De notar que 4% do total dos inqueridos não chegaram a declarar se sabem ou não ler e

escrever.

23

Quadro: 1.1

Repartição da população residente de 6+ anos por sexo segundo nível de

alfabetização

Sabe Ler e Escrever Sexo

Total % Masculino % Feminino %

Total 1.171.087 100 562.682 100 608.405 100

Alfabetizados 581.986 49,7 338.760 60,2 243.226 40

Analfabetos 539.344 46,1 198.250 35,2 341.094 56

ND 49.757 4,2 25.672 4,6 24.085 4

O quadro 1.2, mostra que o analfabetismo afecta mais a população do sexo

feminino na ordem de 63,2%; o que significa que, em cada dez mulheres,

seis são analfabetas enquanto nos homens, em cada dez apenas 4 são

analfabetos.

Quadro: 1.2

População residente de 6+ anos por sexo segundo nível de

alfabetização

Nível de alfabetização Sexo

Total % Masculino % Feminino %

Total 1.171.087 100 562.682 48 608.405 52

Alfabetizados 581.986 100 338.760 58,2 243.226 41,8

Analfabetos 539.344 100 198.250 36,8 341.094 63,2

24

1.1.2- População alfabetizada e analfabeta segundo meio de residência

Segundo dados do censo, a população com 6+ anos de idade corresponde a 1.171.087 habitantes,

sendo que destes, 688.184 vivem no meio rural enquanto 482.903 residem no meio urbano, tal como

ilustrado no quadro1.3.

Quadro: 1. 3

Repartição da população residente de 6+ anos por meio de residência

segundo o nível de alfabetização

Nível de

alfabetização

MEIO

Total % Urbano % Rural %

Total 1.171.087 100 482.903 41,2 688.184 58,8

Alfabetizados 581.986 100 347.140 59,6 234.846 40,4

Analfabetos 539.344 100 120.618 22,4 418.726 77,6

ND 49.757 100 15.145 30,4 34.612 69,6

Na análise do quadro 1.3 acima apresentado, pode-se notar que 77,6% da população analfabeta

com 6+ anos de idade reside no meio rural contra 22,4% do meio urbano, enquanto 49.757 do total

das pessoas entrevistadas, não declararam ser analfabetas ou alfabetizadas.

.

1.1.3 - Situação ao nível das regiões

A leitura do quadro 1.4, permite observar a repartição da população residente segundo o nível de

alfabetização por regiões e sexo.

No referido quadro, pode-se notar que cinco regiões por ordem crescente, apresentam elevadas

taxas de analfabetismo superior a média nacional, a saber: Oio, 64,8%; Gabu, 63,1%; Bafata, 58,1%;

Tombali, 53,8% e Quinara, 49,6% respectivamente.

Vale ressaltar que, nas regiões acima citadas, a taxa de analfabetismo da camada feminina é

superior a da masculina.

25

Quadro: 1.4

Repartição da população residente de 6 + anos por sexo e regiões segundo o nível de

alfabetização

Região

Nível de alfabetização

Alfabetizados Analfabetos

Total % Masculino (%) Feminino (%) % Masculino (%) Feminino (%)

Guiné-Bissau 100 49,7 58,2 41,8 46,1 36,8 63,2

Tombali 100 39,6 62,8 37,2 53,8 35,5 64,5

Quinara 100 45,5 63,8 36,2 49,6 34,6 65,4

Oio 100 30,3 65,3 34,7 64,8 38,3 61,7

Biombo 100 51,6 57,9 42,1 43,8 33 67

B Bijagós 100 53,3 57 43 40,4 36,8 63,2

Bafatá 100 36,3 59,2 40,8 58,1 39,9 60,1

Gabú 100 32,6 59,4 40,6 63,1 41,3 58,7

Cacheu 100 52,2 60,2 39,8 44,5 31,3 68,7

SAB 100 77,1 54,6 45,4 20,1 31,6 68,4

1.2. - Nível de analfabetismo da população adulta de 15+ anos

A nível nacional, a taxa de Analfabetismo da população de 15+ anos, de acordo com os dados

apurados do censo, é calculada em 49,8%.

Esses dados mostram que 5 em cada 10 guineenses são analfabetos. A população feminina

apresenta uma taxa que se situa na ordem dos 63,1% contra 34,8% dos homens tal como mostra o

quadro 1.5 da análise da situação por meio de residência.

1.2.1- Situação a nível nacional e por sexo e meio de residência

A análise do analfabetismo por meio de residência, mostra que a taxa do analfabetismo da

população residente no meio rural apresenta valores elevados, 66,7% contra 27.2% no meio urbano.

26

Quadro: 1.5

Taxa de analfabetismo da população residente de 15+ anos por sexo

e meio de residência

Meio de

residência

Sexo

Total Masculino Feminino

Total 49,8 34,8 63,1

Urbano 27,2 16 38,4

Rural 66,7 50,5 79,8

No meio urbano, do total de mulheres residentes, 38,4 % são analfabetas, contra 16% dos homens,

ou seja, tem-se mais mulheres analfabetas no meio urbano do que homens, tal como se pode

observar no gráfico 1.1, abaixo apresentado.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Guiné-Bissau Urbano Rural

Po

pu

laçã

o (

%)

Meio de residência

Gráfico: 1.1Analfabetismo da população residente de 15+ anos por sexo e

meio de residência

Total

Masculino

Feminino

27

1.2.2- Situação por grupos etários

O analfabetismo é mas marcante nas pessoas idosas que certamente no passado não tiveram o

privilégio de frequentar um determinado estabelecimento de ensino.

Esta constatação justifica-se pelas elevadas taxas observadas no quadro 1.6 abaixo apresentado,

sobretudo, a partir das faixas etárias de 30-34 à 60+ anos onde existe um crescimento expressivo

nas taxas totais chegando estas a uma diferença de 30 pontos percentuais dentro das faixas etárias

em análise.

Quadro: 1.6

Taxa de analfabetismo da população residente de 15 + anos por sexo

e grupo etário

Grupo etário Sexo

Total Masculino Feminino

Total 49,8 34,8 63,1

15 - 19 29 21,9 35,9

20 - 24 38,2 24,5 50,6

25 - 29 48 30,9 62,6

30 - 34 51,4 33,7 67

35 - 39 57,9 39,4 73,7

40 - 44 57,6 37,3 75,6

45 - 49 62,5 41 81,6

50 - 54 68,1 47,4 86,1

55 - 59 72,9 55,7 89,8

60 e + 86,1 75,5 94,8

Também no mesmo quadro, percebe-se que há uma elevada taxa de analfabetismo a nível da

camada feminina a partir da faixa etária de 20-24 anos. Essa variação ocasionou uma diferença de

14,7 pontos percentuais entre as faixas etárias de 15-19 e 20-24 anos.

A medida que se ascende à faixa etária superior subsequente, ou seja de 25-29 anos, esse aumento

é mais intenso, tendo uma diferença na proporção de 15 pontos percentuais aproximadamente.

28

Na camada masculina, percebe-se uma ascensão desta taxa mas já nas faixas etárias de 55-59 a 60

e mais anos, isto é, um aumento de 20 pontos percentuais.

1.2.3 - Situação a nível das regiões

A nível das regiões, segundo os resultados das tabulações do quadro 1.7, abaixo apresentado, vem

confirmar as elevadas taxas de analfabetismo analisadas no quadro 1.4, que apresentavam as

regiões de Oio, Gabu, Bafata, Tombali e Quinara com maiores índices de analfabetismo.

Essas mesmas regiões apresentam ainda elevadas taxas ao nível da camada feminina na faixa de

15+ anos como anteriormente comprovada no Quadro. 1.4 da repartição da população analfabeta de

6+ anos por regiões.

Quadro: 1.7

Taxas de analfabetismo da população residente de 15+

anos por sexo e região

Região

Analfabetismo por sexo

Total Masculino Feminino

Guiné-Bissau 49,8 34,8 63,1

Tombali 59,6 40,3 76,2

Quinara 54,5 34,3 72,3

Oio 68,3 51,5 82,2

Biombo 47,5 29,9 61,7

B.Bijagós 44,3 31,3 55,6

Bafatá 64,9 51,1 77,1

Gabú 69,9 57,5 80,7

Cacheu 50,9 31,2 66,9

SAB 21,4 12,2 30,9

Observando ainda o Quadro 1.7, percebe-se que as regiões mais próximas a capital Bissau,

apresentam o menor índice de analfabetismo.

29

.

Fonte: Mapa das Regiões Administrativas da Guiné-Bissau (Nosoline-2011)

1.3- Analfabetismo da população jovem de 15 - 24 anos

1.3.1- Situação por sexo e meio de residência.

A população jovem de 15 - 24 anos, num total de 316.495 habitantes de acordo com os dados

apurados do censo, representa 21,8%. A maioria (168.101) vive no meio rural numa proporção de

53,1% contra 46,9% do meio urbano (Quadro:1.8.1 anexo).

Ao analisarmos a taxa de analfabetismo por meio de residência desta camada jovem, percebe-se

que o analfabetismo, tanto no meio urbano quanto no rural, possui uma incidência maior na camada

feminina do que nos homens tal como se pode observar no quadro 1.8 abaixo apresentado.

Quadro: 1.8

Taxa de analfabetismo da população residente de 15-24

anos por sexo e meio de residência

Meio de residência Analfabetismo por sexo

Total Masculino Feminino

Total 33,3 23,1 42,7

Urbano 15,2 9,9 20,4

Rural 49,2 35,4 61,5

30

1.3.2 Situação a nível das regiões

Apesar de se registar progressos no combate ao analfabetismo, as taxas continuam ainda elevadas,

sobretudo nas regiões de Gabu,Bafata, Oio e Tombali. Ressalta-se como factores principais que não

contribuem a elevação do nível de alfabetização tais como o casamento precoce e práticas culturais

fortemente existentes nessas regiões.

Quadro: 1. 9

Taxa de analfabetismo da população residente de 15-24

anos por sexo e região

Região Sexo

Total Masculino Feminino

Total 33,3 23,1 42,7

Tombali 40,6 24,5 54,7

Quinara 33,5 18,2 48,2

Oio 52,7 37,5 66,8

Biombo 22,7 12 32

B Bijagós 21,5 14 28,7

Bafatá 49,9 38,5 60,2

Gabú 58 47,1 67,5

Cacheu 23,8 12 35,4

SAB 12,1 8 16

1.4 - Evolução comparativa da taxa do analfabetismo da população de 15+ anos

(censos 1991-2009).

A adopção por parte do Governo e seus parceiros, de medidas de políticas sociais, tiveram um

impacto substancial na evolução positiva das taxas de analfabetismo cuja diminuição em média foi

de 22,4 pontos percentuais ao longo dos últimos 18 anos.

O quadro 1.10 da evolução comparativa entre os dois censos (1991-2009), permite observar de que,

a taxa de analfabetismo que em 1991 se situava em 73,5%, desceu para 49,8% em 2009, o que se

31

traduz em termos factuais, em milhares de jovens e adultos que puderam beneficiar do acesso a

educação.

Quadro: 1.10

Evolução comparativa de taxas de analfabetismo da população residente de 15+

anos por sexo (Censos 1991-2009)

Censos Sexo

Total Masculino Feminino

1991 73,5 59,4 85,6

2009 49,8 34,8 63,1

73,5

49,8

59,4

34,8

85,6

63,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

1991 2009

(%)

Gráfico: 1.2Evolução comparativa de taxas de analfabetismo da população residente de

15+ anos por regioes segundo sexo (censos 1991-2009)

Total Masculino Feminino

Nas variações ao nível das regiões e, de acordo com os resultados apurados no quadro1.11, pode-

se observar uma diminuição das taxas a uma média global de 23,7 pontos percentuais, entre os dois

censos.

Importa destacar o progresso e o esforço realizado em prol da camada feminina, cujas taxas

diminuíram em toda as regiões do país.

Em 1991, apenas duas regiões; SAB e Bolama Bijagós, apresentavam uma taxa de analfabetismo

inferior a média nacional que se situava nesse ano em 73,5%.

32

Quadro: 1.11

Evolução comparativa de taxas de analfabetismo da população residente de 15+ anos por

regiões segundo sexo (censo 1991-2009)

Regiões

Censo 1991 Censo 2009

Variação (%)

(censos 1991-2009)

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Guiné-

Bissau 73,5 59,5 85,4 49,8 34,8 63,1 -2,1 -2,9 -1,7

Tombali 78,3 63,6 89,9 59,6 40,3 76,2 -1,5 -2,5 -0,9

Quinara 80,4 66,2 91,6 54,5 34,3 72,3 -2,1 -3,6 -1,3

Oio 85,5 73,4 95,1 68,3 51,5 82,2 -1,2 -2 -0,8

Biombo 84,7 72,9 94 47,5 29,9 61,7 -3,2 -4,8 -2,3

B Bijagós 65,6 53,9 75,6 44,3 31,3 55,6 -2,2 -3 -1,7

Bafata 84,1 73,7 93 64,9 51,1 77,1 -1,4 -2 -1

Gabu 87,1 81,5 92,1 69,9 57,5 80,7 -1,2 -1,9 -0,7

Cacheu 78,9 64,1 90,0 50,9 31,2 66,9 -2,4 -3,9 -1,6

SAB 39,2 21,1 58,2 21,4 12,2 30,9 -3,3 -3 -3,5

Já em 2009, todas as regiões apresentam taxas inferiores a 70%, com a excepção das regiões de

Gabu, Oio e Bafata que continuam a figurar como regiões com maior índice de analfabetismo do país

tal como se observa no quadro cima apresentado.

33

CAPÍTULO II: FREQUÊNCIA ESCOLAR

O crescimento da população escolar calculada na ordem de 2,7% segundo os dados do Relatório do

Estado do Sistema Educativo Nacional (RESEN/Guiné-Bissau), coloca grandes desafios ao país no

sentido de configurar uma oferta generalizada à educação a todas as crianças guineenses em idade

escolar1, sobretudo, aquelas crianças que no meio rural vivem desprovidas de infra-estruturas

educativas.

Apesar de se verificar um número substancial de crianças inscritas na escola comparativamente aos

anos anteriores, o acesso e a frequência à escola continuam ser limitados. O índice de frequência

escolar continua ainda baixo.

2.1- Situação a nível nacional e por meio de residência

Segundo dados apurados do censo, a população de 6+ anos é calculada em 1.171.087 indivíduos,

dos quais 562.682 homens e 608.405 são mulheres.

Dos indivíduos que declararam frequentar no momento do censo um determinado nível de ensino ou

já terem frequentado, denota-se que a proporção da camada feminina é inferior em relação a

masculina, assim como se observa no quadro 2.1 abaixo apresentado.

Quadro: 2.1

Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo segundo a

frequência escolar

Frequência escolar Sexo

Total % Masculino % Feminino %

Total 1.171.087 100 562.682 100 608.405 100

Frequenta actualmente 361.768 30,9 194.730 34,6 167.038 27,5

Frequentou 270.710 23,1 168.728 30 101.982 16,8

Nunca Frequentou 510.461 43,6 186.187 33,1 324.274 53,3

ND 28.148 2,4 13.037 2,3 15.111 2,5

1 A idade oficial de entrada na escola estabelecida pela Lei de Bases do Sistema Educativo até 2009, é de 7 anos.

34

O mesmo não acontece quando se analisa a proporção de indivíduos que nunca frequentaram um

estabelecimento de ensino ou formação, em que a representatividade feminina é superior a

masculina com uma relação de índice de masculinidade de 0,5.

O gráfico 2.1, ilustra de forma resumida, a proporção da população residente de 6 e mais anos,

segundo a frequência escolar. Tal como se pode observar no referido gráfico, existe uma elevada

percentagem de indivíduos (43,6%) que declararam nunca ter frequentado um determinado

estabelecimento de ensino, 23,1% declararam ter frequentado enquanto 30,9% declararam

frequentar no momento do censo.

30,9

23,1

43,6

2,4

Gráfico 2.1:Proporção da população residente de 6+ anos por

sexo segundo a frequência escolar

Frequenta actualmente

Frequentou

Nunca Frequentou

ND

2.1.1- Frequência escolar por níveis de ensino

De acordo com o quadro 2.1.1, a frequência escolar é mais representativa ao nível do ensino básico

apresentando este um índice de 63,9% e com maior incidência na camada feminina cujo índice é de

66,6% contra 61,7% dos rapazes. Ao nível do ensino secundário, o índice de frequência é de apenas

17,3% dos quais as raparigas apresentam 14;6% enquanto nos rapazes, se situa em 19,5%.

35

Quadro: 2.1.1

Frequência escolar por níveis de ensino e sexo

Níveis de ensino Total Sem

nível

Ensino

Básico

Ensino

Secundário

Ensino

Tec.Profissional

Ensino

Médio

Ensino

Universitário ND

Guiné-Bissau

Frequenta

actualmente 100 10,5 63,9 17,3 0,3 0,7 0,6 6,7

Frequentou 100 3,1 576 31,1 1,9 2,2 1,4 2,8

Nunca Frequentou 100 0 0 0 0 0 0 100

ND 100 3,2 3,5 2,2 0,1 0,1 0 90,9

Masculino

Frequenta

actualmente 100 9,8 61,7 19,5 0,4 0,8 0,7 7,1

Frequentou 100 2,7 53,8 34,1 2,4 2,4 1,8 2,9

Nunca Frequentou 100 0 0 0 0 0 0 100

ND 100 2,9 5,9 4 0,1 0,2 0,1 86,9

Feminino

Frequenta

actualmente 100 11,2 66,6 14,6 0,2 0,6 0,4 6,3

Frequentou 100 3,9 63,8 26,1 0,9 1,8 0,7 2,8

Nunca Frequentou 100 0 0 0 0 0 0 100

ND 100 3,5 1,5 0,6 0 0, 0 94,4

2.1.2 - Frequência escolar por meio de residência

A análise da distribuição da frequência segundo o meio de residência ilustrado no quadro 2.2 abaixo

apresentado, pode-se observar que, as fracas percentagens de frequência escolar penalizam

fortemente a população do meio rural, em particular as mulheres.

Enquanto a maioria dos habitantes dos centros urbanos frequentavam pelo menos um nível de

ensino, no meio rural, a maioria nunca teve esse privilégio.

36

Quadro: 2.2

Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo e meio de

residência segundo a frequência escolar

Frequência escolar Total ambos meios

Total % Masculino % Feminino %

Guiné-Bissau 1.171.087 100 562.682 100 608.405 100

Frequenta actualmente 361.768 30,9 194.730 34,6 167.038 27,5

Frequentou 270.710 23,1 168.728 30 101.982 16,8

Nunca Frequentou 510.461 43,6 186.187 33,1 324.274 53,3

ND 28.148 2,4 13.037 2,3 15.111 2,5

Meio Urbano

Frequência escolar Total % Masculino % Feminino %

Total 482.903 100 238.952 100 243.951 100

Frequenta actualmente 201.027 41,6 103.725 43,4 97.302 39,9

Frequentou 161.841 33,5 95.383 39,9 66.458 27,2

Nunca Frequentou 111.980 23,2 35.805 15 76.175 31,2

ND 8.055 1,7 4.039 1,7 4.016 1,6

Meio Rural

Frequência escolar Total % Masculino % Feminino %

Total 688.184 100 323.730 100 364.454 100

Frequenta actualmente 160.741 23,4 91.005 28,1 69.736 19,1

Frequentou 108.869 15,8 73.345 22,7 35.524 9,7

Nunca Frequentou 398.481 57,9 150.382 46,5 248.099 68,1

ND 20.093 2,9 8.998 2,8 11.095 3

Os homens no meio urbano, frequentam mais a escola do que as mulheres. O mesmo se observa no

meio rural.

Analisando somente a frequência no seio da camada feminina nesses dois ambientes, nota-se que a

proporção de mulheres que frequentavam no momento do censo um determinado estabelecimento

de ensino no meio urbano, é 2 vezes maior do que no meio rural.

37

41,6

33,5

23,223,415,8

57,9

0

10

20

30

40

50

60

70

Frequenta actualmente

Frequentou Nunca Frequentou

Fre

qu

ênci

a Es

cola

r (%

)

Gráfico: 2.2Proporção da população residente de 6+ anos segundo a

Frequência escolar por meio de residência

Urbano

Rural

No gráfico 2.2, pode notar-se que a proporção da população que nunca teve o privilégio de

frequentar uma escola no meio rural é de 34,7 pontos percentuais maior do que a do meio urbano.

2.2. Situação a nível das regiões

No quadro 2.3, abaixo apresentado, denota-se as grandes disparidades regionais em termos de

frequência escolar.

Das nove regiões administrativas do país, mais de 50% da população que frequentam ou

frequentaram um determinado estabelecimentos de ensino, estão concentradas nas regiões de SAB,

Bafata e Cacheu.

Em termos gerais, as disparidades regionais verificadas entre sexo (gráfico 2.3), são ligeiramente

baixas, ou seja, a proporção de frequência de mulheres a um determinado nível de ensino em

relação aos homens , é quase igual com a excepção do SAB.

38

0

5

10

15

20

25

30

Tombali Quinara Oio Biombo B. Bijagos

Bafatá Gabu Cacheu SAB

Fre

qu

ên

cia

Esc

ola

r (%

)

Gráfico: 2.3Proporção da população residente de 6+ anos por idades

especificas segundo a frequência escolar

Masculino

Feminino

Quadro: 2.3

Efectivos e proporção da população residente de 6+ anos por sexo e regiões segundo a frequência

escolar

Frequência REGIÃO

Escolar Total % Tombali % Quinara % Oio % Biombo % B Bijagos % Bafatá % Gabú % Cacheu % SAB %

Guiné-Bissau 1.171.087 100 73.209 6,3 47.725 4,1 170.646 15 75.046 6,4 26.601 2,3 157.411 13 161.492 13,8 148.892 13 310.065 26,5

Frequenta

actualmente 361.768 100 19.200 5,3 15.375 4,2 35.406 9,8 25.453 7 8.856 2,4 38.326 10,6 34.800 9,6 49.469 13,7 134.883 37,3

Frequentou 270.710 100 14.723 5,4 9.874 3,6 24.365 9 17.633 6,5 7.138 2,6 25.873 9,6 23.224 8,6 33.630 12,4 114.250 42,2

Nunca Frequentou 510.461 100 36.290 7,1 21.725 4,3 105.946 20,8 30.884 6,1 9.467 1,9 88.439 17,3 100.027 19,6 60.568 11,9 57.115 11,2

ND 28.148 100 2.996 10,6 751 2,7 4.929 17,5 1.076 3,8 1.140 4,1 4.773 17 3.441 12,2 5.225 18,6 3.817 13,6

Masculino

Total 562.682 100 35.085 6,2 23.256 4,1 80.887 14,4 34.800 6,2 12.826 2,3 75.129 13,4 77.120 13,7 69.830 12,4 153.749 27,3

Frequenta

actualmente 194.730 100 10.800 5,5 8.694 4,5 21.098 10,8 13.708 7 4.845 2,5 20.505 10,5 18.818 9,7 28.038 14,4 68.224 35

Frequentou 168.728 100 10.129 6 6.825 4 17.388 10,3 10.667 6,3 4.067 2,4 17.100 10,1 15.274 9,1 21.313 12,6 65.965 39,1

Nunca Frequentou 186.187 100 12.798 6,9 7.366 4 40.063 21,5 9.912 5,3 3.392 1,8 35.195 18,9 41.277 22,2 18.633 10 17.551 9,4

ND 13.037 100 1.358 10,4 371 2,8 2.338 17,9 513 3,9 522 4 2.329 17,9 1.751 13,4 1.846 14,2 2.009 15,4

Feminino

Total 608.405 100 38.124 6,3 24.469 4 89.759 14,8 40.246 6,6 13.775 2,3 82.282 13,5 84.372 13,9 79.062 13 156.316 25,7

Frequenta

actualmente 167.038 100 8.400 5 6.681 4 14.308 8,6 11.745 7 4.011 2,4 17.821 10,7 15.982 9,6 21.431 12,8 66.659 39,9

Frequentou 101.982 100 4.594 4,5 3.049 3 6.977 6,8 6.966 6,8 3.071 3 8.773 8,6 7.950 7,8 12.317 12,1 48.285 47,3

Nunca Frequentou 324.274 100 23.492 7,2 14.359 4,4 65.883 20,3 20.972 6,5 6.075 1,9 53.244 16,4 58.750 18,1 41.935 12,9 39.564 12,2

ND 15.111 100 1.638 10,8 380 2,5 2.591 17,1 563 3,7 618 4,1 2.444 16,2 1.690 11,2 3.379 22,4 1.808 12

39

2.3 - Frequência escolar por grupos etários

No grupo etário que representa a faixa de escolarização (6-17 anos), a frequência escolar é mais

elevada, porém, uma proporção considerável de crianças ainda se encontram fora do sistema

educativo. A nível de género neste mesmo grupo de idades, nota-se quase a mesma paridade entre

a camada feminina e masculina tal como se pode observar no quadro 2.4.

As mulheres nas idades entre 12-17 anos, por serem a maioria, têm uma percentagem de frequência

maior que a dos homens. De notar de que depois desta faixa etária, isto é 18-24 e 25 e mais anos,

verifica-se um declínio em favor dos homens devido a vários factores tanto culturais, económicos

como do próprio funcionamento do sistema educativo.

Quadro: 2.4

Repartição da população residente de 6+ anos por sexo e grandes grupos etários segundo a frequência

escolar

Frequência

escolar

Grupos Etários

Total % 6 – 11 % 12 - 17 % 18 - 24 % 25 + % ND %

Guiné-Bissau 1.171.087 100 233.805 100 205.399 100 216.582 100 513.852 100 1.449 100

Frequenta

actualmente 361.768 30,9 138.210 59,1 143.054 69,6 69.782 32,2 10.466 2 256 17,7

Frequentou 270.710 23,1 2.881 1,2 12.576 6,1 66.008 30,5 188.914 36,8 331 22,8

Nunca

Frequentou 510.461 43,6 83.333 35,6 47.413 23,1 77.418 35,7 301.465 58,7 832 57,4

ND 28.148 2,4 9.381 4 2.356 1,1 3.374 1,6 13.007 2,5 30 2,1

Masculino

Total 562.682 48 117.919 50,4 102.305 49,8 102.898 47,5 238.957 46,5 603 41,6

Frequenta

actualmente 194.730 16,6 70.105 30 75.681 36,8 42.146 19,5 6.652 1,3 146 10,1

Frequentou 168.728 14,4 1.426 0,6 5.246 2,6 3.5034 16,2 126.824 24,7 198 13,7

Nunca

Frequentou 186.187 15,9 41.732 17,8 20.232 9,9 24.343 11,2 99.630 19,4 250 17,3

ND 13.037 1,1 4.656 2 1.146 0,6 1.375 0,6 5.851 1,1 9 0,6

Feminino

Total 608.405 52 115.886 49,6 103.094 50,2 113.684 52,5 274.895 53,5 846 58,4

Frequenta

actualmente 167.038 14,3 68.105 29,1 67.373 32,8 27.636 12,8 3.814 0,7 110 7,6

Frequentou 101.982 8,7 1.455 0,6 7.330 3,6 30.974 14,3 62.090 12,1 133 9,2

Nunca

Frequentou 324.274 27,7 41.601 17,8 27.181 13,2 53.075 24,5 201.835 39,3 582 40,2

ND 15.111 1,3 4.725 2 1.210 0,6 1.999 0,9 7.156 1,4 21 1,4

40

2.4 - Frequência escolar por idades específicas

Os dados brutos do quadro 2.5 da repartição da população por idades específicas, permitem

observar que, apenas 16.117 crianças de 6 anos, o que representa 4,6%, frequentavam a escola no

momento do censo, contra 22.101 (10,6%) desta idade que deveriam estar frequentando e que

nunca frequentaram.

Das crianças com idade de 7 anos, 17.904 nunca frequentaram um estabelecimento de ensino, o

que representa 8,6%.

Fazendo uma análise geral, pode-se perceber que 31,8% da população com idade compreendida

entre 6-24 anos se encontram fora do sistema educativo. O que significa que estas crianças nunca

tiveram a oportunidade de ir a uma escola.

Quadro: 2.5 Repartição da população residente de 6+ anos por idades específicas segundo a

Frequência escolar

Idades específicas Frequência escolar

6 - 24 anos Total % Frequenta % Frequentou %

Nunca Frequentou % ND %

Total 657.235 100 351.302 100 81.796 100 208.996 100 15.141 100 6 42852 6,5 16.117 4,6 249 0,3 22.101 10,6 4.385 29 7 41.225 6,3 21.292 6,1 317 0,4 17.904 8,6 1.712 11,3 8 39.053 5,9 23.583 6,7 375 0,5 13.830 6,6 1.265 8,4 9 37.565 5,7 24.486 7 531 0,6 11.594 5,5 954 6,3 10 39.891 6,1 28.090 8 714 0,9 10.494 5 593 3,9 11 33.219 5,1 24.642 7 695 0,8 7.410 3,5 472 3,1 12 35.819 5,4 26.844 7,6 959 1,2 7.604 3,6 412 2,7 13 34.053 5,2 25.438 7,2 1.154 1,4 7.062 3,4 399 2,6 14 35.614 5,4 25.674 7,3 1.593 1,9 7.909 3,8 438 2,9 15 36.035 5,5 24.649 7 2.198 2,7 8.774 4,2 414 2,7 16 32.274 4,9 21.467 6,1 3.025 3,7 7.479 3,6 303 2 17 31.604 4,8 18.982 5,4 3.647 4,5 8.585 4,1 390 2,6 18 36.164 5,5 19.545 5,6 5.317 6,5 10.836 5,2 466 3,1 19 35.043 5,3 16.222 4,6 5.932 7,3 12.400 5,9 489 3,2 20 37.763 5,7 8.551 2,4 13.567 16,6 15.056 7,2 589 3,9 21 25.470 3,9 7.227 2,1 9.694 11,9 8.187 3,9 362 2,4 22 28.170 4,3 6.903 2 10.627 13 10.162 4,9 478 3,2 23 26.821 4,1 6.168 1,8 10.530 12,9 9.656 4,6 467 3,1 24 27.151 4,1 5.166 1,5 10.341 12,6 11.121 5,3 523 3,5 ND 1.449 0,2 256 0,1 331 0,4 832 0,4 30 0,2

Do total da população, da faixa etária em análise que frequentam um determinado nível de ensino,

60,1% estão na sua idade normal de escolarização; isto é, crianças de 7-17 anos de idade.

41

No gráfico 2.4, nota-se de que a frequência escolar sofre um declínio a partir dos 10 anos de idade;

isto significa que as crianças saem mais cedo do sistema seja por conclusão do ciclo ou por outros

factores tanto económico como estrutural e cultural.

0

2

4

6

8

10

12

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Freq

uên

cia

(%)

Idades específicas

Gráfico:2.4Repartição da população residente de 6+ anos por idades

específicas segundo a frequência escolar

Frequenta actualmente

Nunca Frequentou

42

CAPITULO III: INSTRUÇÃO

3.1- Nível de instrução da população residente

Na análise deste capítulo, o nível de instrução, é utilizado como indicador de qualidade de recursos

humanos; isto é; índice de capital humano. Portanto, o nível de instrução é um indicador fundamental

para medir o grau de conhecimento da população de um determinado país.

A partir das informações recolhidas sobre a classe mais alta concluída com sucesso; Pergunta P-19

do questionário, é calculada a população com um determinado nível de instrução; ou seja; os

indivíduos que têm o nível do Ensino Básico, Ensino Secundário, Ensino Técnico Profissional,

Ensino Médio e/ou o Ensino Universitário.

3.1.1 – Situação a nível nacional e por meio de residência

A nível nacional, de acordo com os resultados obtidos do Censo, a percentagem de indivíduos de 6+

anos que declararam possuir o nível de instrução básica e ter concluído com sucesso a classe mais

alta desse nível de ensino, representa 33,1%.

Os indivíduos com o nível de instrução do ensino secundário, representam 12,6%, muito menos da

metade dos que concluíram com sucesso o nível do ensino básico.

De referir que tanto no ensino técnico, quanto no ensino médio e universitário, estes apresentam,

níveis de instrução bastante baixos tal como se pode observar no quadro 3.1, talvez por serem níveis

menos desenvolvidos e estruturados no país nestes últimos anos.

A população sem nenhum nível de instrução, isto é, que nunca frequentou um determinado nível de

ensino ou formação, representa 4%. Este valor, ainda com reserva, se supõe inferior uma vez que,

na Guiné-Bissau, ainda existe um número elevado de analfabetos.

De referir que em todos os níveis analisados, as mulheres apresentam fracos níveis de instrução.

Porém, no ensino básico, essa disparidade entre os géneros não é tão alarmante quanto no ensino

secundário, cujo índice é duas vezes maior.

43

Quadro: 3.1

Repartição da população residente de 6+ anos por sexo segundo o nível

de instrução

Nível de instrução

Sexo

Total % Masculino % Feminino %

Total 1.171.087 100 562.682 100 608.405 100

Sem nível de instrução 47.202 4 24.097 4,3 23.105 3,8

Ensino Básico 388.089 33,1 211.578 37,6 176.511 29

Ensino Secundário 147.195 12,6 96.012 17,1 51.183 8,4

Ensino Técnico Professional 6.261 0,5 4.907 0,9 1.354 0,2

Ensino Médio 8.466 0,7 5.595 1 2.871 0,5

Ensino Universitário 5.855 0,5 4.423 0,8 1.432 0,2

ND 568.019 48,5 216.070 38,4 351.949 57,8

A análise dos dados do quadro 3.2, permite observar as desigualdades existentes entre o meio

urbano e rural. Os dados mostram que a população que vive no meio rural sem nenhum nível de

instrução é mais representativa do que no meio urbano, apresentando valores na ordem de 60,5%.

Vale ressaltar que os indivíduos com o nível de instrução de ensino básico, encontram-se

maioritariamente no meio rural e com uma representação forte dos homens em detrimento das

mulheres; 45,6% de mulheres contra 51% dos homens.

O Ensino Técnico Profissional, assim como o Ensino Médio e Universitário, por serem menos

desenvolvidos e, devido a insuficiências de infra-estruturas de formação que praticamente se

concentram nas capitais das regiões e seus arredores, estes apresentam baixos níveis de instrução.

Também se pode observar no quadro 18 as disparidades existentes entre sexos em cada um dos

níveis.

44

Quadro: 3.2

Nível de instrução da população residente de 6+ anos por sexo segundo o meio de residência

Meio de residência

Nível de instrução Total ambos meios Urbano Rural

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Total 100 100 100,0 41,2 42,5 40,1 58,8 57,5 59,9

Sem nível de instrução 100 100 100 39,5 36,7 42,5 60,5 63,3 57,5

Ensino Básico 100 100 100 49 44,5 54,4 51 55,5 45,6

Ensino Secundário 100 100 100 79,2 75,1 86,8 20,8 24,9 13,2

Ensino Tec. Profissional 100 100 100 85,7 84,1 91,5 14,3 15,9 8,5

Ensino Médio 100 100 100 93,5 92,4 95,6 6,5 7,6 4,4

Ensino Universitário 100 100 100 95 94,9 95,5 5 5,1 4,5

No gráfico 3.1 abaixo apresentado, pode-se notar que, a proporção de indivíduos com um nível de

instrução universitário no meio urbano, é maior ao dos restantes níveis do ensino na mesma

localidade.

0

20

40

60

80

100

Gráfico: 3.1Repartição da população residente de 6+ anos por meio de

residencia segundo nível de instrução

Urbano

Rural

45

3.1.2- Situação ao nível das regiões

As observações ao nível das regiões, mostram a distribuição de forma desequilibrada de indivíduos

com determinado nível de instrução.

Os indivíduos sem nenhum nível de instrução se concentram nas regiões com maior número de

população residente, ou seja, nas regiões do SAB, Oio, Tombali, Bafata e Gabu, respectivamente.

A maior proporção da população com nível de instrução primária, se verifica, sobretudo, no SAB

representando este, quase um terço do total, seguido por ordem crescente, de Cacheu, Bafata, Gabu

e Oio.

Nestas regiões, a participação feminina é inferior a dos homens com excepção do SAB, a capital,

cujo nível de instrução da camada feminina supera o dos homens (35,9% versus 27,3%).

Quadro: 3.3

Nível de instrução da população residente de 6+ anos por sexo e região

Nível de instrução por sexo

REGIÃO

Total Tombali Quinara Oio Biombo B.Bijagós Bafatá Gabú Cacheu SAB

Total ambos sexo 100 6,3 4,1 14,6 6,4 2,3 13,4 13,8 12,7 26,5

Sem nível de instrução 100 11,4 8 13,3 7,1 3,4 11,2 10,6 7,3 27,6

Ensino Básico 100 6 4,7 10,6 7,3 2,8 12,2 10,7 14,7 31,2

Ensino Secundário 100 2,5 1,7 5,7 5,9 1,9 5,6 5,4 12,7 58,5

Ensino Téc. Profissional 100 2,8 2,3 4,1 7,7 3 2,7 1,8 5,2 70,4

Ensino Médio 100 0,8 1 1,8 3,4 2,3 1,2 1,6 3,3 84,6

Ensino Universitário 100 0,5 0,5 1,3 3 0,4 1 1,3 2 90,2

Masculino

Total 100 6,2 4,1 14,4 6,2 2,3 13,4 13,7 12,4 27,3

Sem nível de instrução 100 12,1 8,1 15,5 6,6 3,3 11,1 11,2 7,1 25,1

Ensino Básico 100 6,6 5,2 12,1 7,1 2,7 12,8 11,1 14,9 27,3

Ensino Secundário 100 3,1 2,1 6,6 6,2 2 6,2 5,8 13,9 54

Ensino Téc. Profissional 100 3,2 2,7 4,6 7,7 2,8 2,9 2,1 5,9 68,2

Ensino Médio 100 1,1 1,3 2,4 3,4 2,3 1,6 1,8 4,2 82,1

Ensino Universitário 100 0,6 0,5 1,3 2,8 0,4 1,1 1,4 2,2 89,6

Feminino

Total 100 6,3 4 14,8 6,6 2,3 13,5 13,9 13,0 25,7

Sem nível de instrução 100 10,8 7,8 11,1 7,6 3,6 11,3 10 7,4 30,3

Ensino Básico 100 5,2 4 8,6 7,5 2,9 11,5 10,1 14,3 35,9

Ensino Secundário 100 1,4 1 4 5,4 1,7 4,4 4,7 10,4 66,9

Ensino Tec. Profissional 100 1,6 1,1 2,1 7,8 3,9 2 0,9 2,4 78,2

Ensino Médio 100 0,2 0,5 0,7 3,4 2,3 0,6 1,3 1,5 89,6

Ensino Universitário 100 0,3 0,3 1 3,4 0,5 0,6 0,8 1,3 91,8

46

Ao analisarmos o nível de instrução do ensino secundário, percebe-se que a maior percentagem de

indivíduos com este nível de instrução se encontram nas duas principais regiões do país,

designadamente, no SAB e Cacheu.

Enquanto ao nível técnico profissional, médio e universitário, as regiões mais representativas são:

SAB e Biombo, donde se concentram a maioria de centros e instituições que promovem estes tipos

de formação.

3.1.2- Situação por grupo etário

Analisando a situação por grupo etário, a partir do quadro 20, nota-se que quanto mais se ascende a

faixa etária, maior é o nível de instrução adquirida. Observa-se ainda que individuos sem nível de

instrução se concentram na faixa etária de 6-10 anos, apesar destes, estarem na idade escolar de

frequentarem o Ensino Básico.

A nível de género, nota-se que a camada feminina, na mesma faixa etária, é mais desfavorecida em

termos de sua participação na educação.

47

Quadro: 3.4

Repartição (em %) da população residente de 6+ anos por sexo e grupos etários

segundo nível de instrução

Grupo etário Níveis de ensino

Sem nível

Ensino

Básico

Ensino

Secundário

Ensino Téc.

Profissional Ensino Médio

Ensino

Universitário

Total ambos sexo 100 100 100 100 100 100

6-10 67,3 20,5 0,1 0 0 0

11-12 9,1 12 0,4 0 0 0

13-15 6,7 17 4,1 0 0 0

16-17 2,3 8 6,5 0 0 0

18 - 20 3,2 10 14,1 1,3 1,2 1,5

21 - 24 2,5 7 22,9 8,6 11,1 11,6

25 + 8,9 25 51,8 89,9 87,6 86,8

ND 0 0 0,1 0,3 0,1 0,2

MASCULINO

Total 100 100 100 100 100 100

6-10 50,8 18,7 0,1 0 0 0

11-12 13,7 11,3 0,4 0 0 0

13-15 10 16,2 3,6 0 0 0

16-17 3,4 7,6 5,8 0 0 0

18 - 20 4,8 9,5 13 1,2 1 1,1

21 - 24 3,7 7,2 21,7 7,8 10,1 9,3

25 + 13,4 29,4 55,4 90,8 88,8 89,4

ND 0 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2

FEMININO

Total 100 100 100 100 100 100

6-10 68,3 21,9 0,1 0 0 0

11-12 9,5 12,8 0,6 0 0 0

13-15 6,4 18,7 5,1 0 0 0

16-17 2,3 8,9 7,9 0 0 0

18 - 20 3,2 10,3 16,3 1,6 1,6 2,7

21 - 24 2,4 7,6 25,1 11,4 13,1 18,4

25 + 7,8 19,9 44,9 86,6 85,2 78,8

ND 0,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,1

Ao nível técnico profissional e médio, a maior percentagem de grau de instrução recai na camada

feminina, com excepção do grupo etário de 25 e mais anos. Isto se deve ao facto de que os homens,

nesta faixa, maioritariamente procuram estes tipos de formação para a obtenção rápida de

empregos.

Entretanto, se analisarmos o grupo etário 25+anos de modo geral, percebe-se que a camada

masculina possui as maiores percentagens nas categorias Sem Nível, Ensino Básico, Ensino

48

Secundário, ou seja, existem mais indivíduos do sexo masculino em níveis escolares atrasados, para

a sua faixa etária, do que os do sexo feminino

49

CAPÍTULO IV: ESCOLARIZAÇÃO

A análise deste capítulo, focaliza apenas crianças em idade escolar de 7 a 17 anos de idades

matriculadas tanto no Ensino Básico como no Secundário de conformidade com a idade

correspondente a cada nível, o seu percurso escolar; isto é; aqueles que conseguem estudar e

terminam com sucesso cada um destes dois níveis de ensino em analise.

As variáveis utilizadas são aquelas das perguntas P18 e P19; Frequenta

actualmente/frequentou/nunca frequentou um determinado estabelecimento de ensino e a classe

mais alta concluída com sucesso.

4.1- Acesso

No momento do censo, o número total de alunos inscritos no Ensino Básico, foi de 231.169 o que

corresponde a uma Taxa Bruta de Admissão de 100,6%.

Numa breve comparação das Taxas Brutas de Admissão entre rapazes e raparigas neste nível de

ensino, ela é inferior para as raparigas, sendo de 97,4% contra 103,9% dos rapazes. Esta

disparidade em termos de género nas Taxas de Admissão, acentua-se na medida que se ascende a

classes superiores subsequentes.

Quadro: 4.1

Taxas Brutas de Admissão no Ensino Básico por classes e sexo

Classes Total Masculino Feminino

1ª Classe 139,8 143,7 135,9

2ª Classe 125,4 125,1 125,7

3ª Classe 108,4 107,3 109,6

4ª Classe 85,5 88,2 82,7

5ª Classe 81,4 87,1 75,5

6ª Classe 63,4 71,9 54,7

Média 100,6 103,9 97,4

No Ensino Secundário, tal como se pode observar no quadro 4.4, apenas 61.586 crianças

frequentavam no momento do censo um determinado estabelecimento de ensino. Destes, 37.405

são do sexo masculino e 24.181 do sexo feminino, o que corresponde em média, a uma Taxa Bruta

50

de Admissão de 35,8%. 28% das raparigas são inscritas neste nível do ensino contra 43,7% dos

rapazes.

Quadro: 4.2

Taxas Brutas de Admissão no Ensino Secundário por classes e sexo

Classes Total Masculino Feminino

7ª 70,4 83,8 56,9

8ª 46,7 56,4 37,2

9ª 18,1 21,9 14,3

10ª 25,8 33,1 18,7

11ª 17,9 23,2 12,7

Média 35,8 43,7 28,0

4.1.1- Análise ao nível das Regiões e por meio de residência

A desigualdade regional em termos de acesso, é notória tanto no Ensino Básico como no

Secundário. De acordo com o quadro 23 da repartição de alunos do Ensino Básico por regiões

abaixo apresentado, as regiões com menor número de crianças inscritas são: as regiões de

Bolama/Bijagos (2,6%); Quinara (4,7%) e Tombali (5,6%) respectivamente.

O número de crianças no Sector Autónomo de Bissau (SAB), é o maior de todas as regiões do país,

representando 30,7% do total nacional. O número de raparigas inscritas neste mesmo Sector é de

37.730, superior ao dos rapazes, representando apenas 16,3% do total, enquanto em Bolama, esse

número é de 2.785, ou seja 1,6%.

Quadro: 4.3

Repartição de alunos do Ensino Básico por regiões e sexo

Sexo/Regiões Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagos Bafata Gabu Cacheu SAB Total

Total RGB 12.957 10.788 24.125 17.139 5.991 28.476 25.350 35.373 70.970 231.169

Masculino 7.137 6.096 13.957 8.928 3.206 14.933 13.363 19.175 33.240 120.035

Feminino 5.820 4.692 10.168 8.211 2.785 13.543 11.987 16.198 37.730 111.134

% Total

Nacional 5,6 4,7 10,4 7,4 2,6 12,3 11 15,3 30,7 100

No Ensino Secundário, estas desigualdades regionais em termos de acesso, também são notórias.

As regiões com um número inferior de crianças inscritas sao: Quinara com 1,4%, Bolama/Bijagos

com 1,9% e Tombali com 2,1% tal como se pode observar no quadro 24.

51

O Sector Autónomo de Bissau, absorve 58,5% do total de crianças inscritas neste nível de ensino.

Quadro: 4.4

Repartição de alunos do Ensino Secundário por regiões e sexo

Sexo/Regiões Tombali Quinara Oio Biombo Bolama/Bijagos Bafata Gabu Cacheu SAB Total

Total RGB 1.279 882 3.681 3.671 1.150 3.709 3.068 8.137 36.009 61.586

Masculino 945 646 2.601 2.322 720 2.432 1.968 5.496 20.275 37.405

Feminino 334 236 1.080 1.349 430 1.277 1.100 2.641 15.734 24.181

Nacional (%) 2,1 1,4 6 6 1,9 6 5 13,2 58,5 100

A análise por meio de residência e, de acordo com as observações do quadro 4.4-A, mostra a

maior concentração de alunos do ensino básico na zona rural (51%) do na zona urbana cujo índice

de escolarização é de 49%. Nesta mesma zona e nível de ensino, as raparigas são menos

escolarizadas do que rapazes, enquanto, na zona urbana o índice de escolarização das raparigas na

ordem de 54% supera o dos rapazes que é de 45%.

No ensino secundário, a escolarização é mais acentuada na zona urbana, 79% contra apenas 21%

da zona rural; isto se deve a maior concentração de infra-estruturas para este nível de ensino

naquela localidade. Facto curioso, é que neste nível de ensino, as raparigas são mais escolarizadas

do que rapazes.

Quadro: 4.4 – A

Repartição de alunos do Ensino Básico e Secundário por sexo e segundo

meio de residência (%)

Meio de

residência

Ensino Básico Ensino Secundário

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Urbano 49 45 54 79 75 87

Rural 51 55 46 21 25 13

Total 100 100 100 100 100 100

52

4.2- Percurso escolar dos alunos

Em regra, o número de crianças matriculadas resulta da intersecção da procura da escola com a

capacidade de oferta escolar tanto público, privado e social da Educação.

No momento do censo, um total de 231.169 das 226.788 crianças em idade de frequentar o Ensino

Básico de 6 classes, declararam estarem matriculadas num determinado estabelecimento do ensino

o que corresponde em média, a uma Taxa Bruta de Escolarização de 101,0%.

Tal como se pode observar no gráfico 4.1 do perfil de escolarização, de uma Taxa Bruta de

Admissão na 1ª classe de 139,8%, apenas 63,4% de crianças inscritas conseguem estudar e

concluir com sucesso o Ensino Básico. Isto significa que, cerca de 76,4% dessas crianças em idade

de frequentar este nível de ensino, deixam a escola antes de obter o diploma da 6ª classe.

O desperdício ao longo do percurso escolar apresenta-se com maior incidência no seio das

raparigas. Das crianças admitidas na 1ª classe, apenas 63,4% conseguem estudar e terminar com

sucesso a 6ª classe. Destes, 71,9% são rapazes contra 54,7% do grupo de raparigas.

A paridade entre sexos em termos de acesso à educação basica, apresenta um indice de Taxas

Brutas de Admissão na ordem de 0.92. Isto significa que, a Guiné-Bissau atingiu praticamente a

igualdade entre sexos neste nivel.

53

No ensino secundário, contrariamente ao ensino básico, o acesso é bastante limitado.

De acordo com os dados do gráfico 4.2 e do quadro 4.5 abaixo apresentados; 70,4% de alunos em

idade de frequentar este nível tiveram o acesso à 7ª classe. Destes, as raparigas representam 56,9%

contra 83,8% dos rapazes sendo o índice de paridade em termos de acesso de 0,67.

Quadro: 4.5 Repartição de alunos do Ensino Secundário por

classes e sexo

Sexo Classes Total

Geral 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª Total 23.972 16.633 6.533 8.313 5.668 61.119 Masculino 14.346 9.922 3.972 5.240 3.633 37.113 Feminino 9.626 6.711 2.561 3.073 2.035 24.006

O desperdício escolar neste nível é bastante acentuado, sobretudo, no seio das raparigas. Das 9.626

raparigas que entram no sistema na 7ª classe, apenas 2.035 conseguem estudar e concluir com

sucesso a 11ª classe o que corresponde a uma taxa de12,7%, enquanto nos rapazes, esse índice

corresponde a 23,2%.

4.2.1- Nível de Escolarização por idades

De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo em vigor no país até Julho de 2011, a idade

oficial de ingresso na primeira classe do Ensino Básico é de 7 anos.

Em média, uma em cada dez crianças matriculadas, se encontravam na classe correspondente a

sua idade.

As observações do quadro 4.6 nos permitem uma análise mais detalhada das características da

participação de crianças por idades específicas no Ensino Básico.

54

Quadro: 4.6

Repartição de alunos do Ensino Básico por idades específicas, classes e sexo

Classes Sexo

IDADES ESPECIFICAS Total

6

anos

7

anos

8

anos

9

anos

10

anos

11

anos

12

anos

13

anos

14

anos

15

anos

16

anos

17

anos

18

anos

19

anos Geral

Total 6.091 8.490 8.847 7.717 7.153 4.881 3.950 2.856 2.206 1.688 1.159 922 948 712 57.620

1ª M 2.995 4.299 4.465 3.963 3.609 2.457 2.021 1.457 1.156 954 650 548 592 461 29.627

F 3.096 4.191 4.382 3.754 3.544 2.424 1.929 1.399 1.050 734 509 374 356 251 27.993

Total 1.192 2.876 5.210 6.567 7.773 6.301 5.784 4.203 3.182 2.216 1.357 928 821 564 48.974

2ª M 596 1.477 2.571 3.363 3.896 3.201 2.813 2.022 1.517 1.081 648 491 441 285 24.402

F 596 1.399 2.639 3.204 3.877 3.100 2.971 2.181 1.665 1.135 709 437 380 279 24.572

Total 225 558 1.418 2.983 4.957 5.162 5.857 5.127 4.571 3.515 2.378 1.584 1.367 1.033 40.735

3ª M 118 263 715 1.489 2.553 2.629 2.970 2.525 2.233 1.725 1.194 804 766 559 20.543

F 107 295 703 1.494 2.404 2.533 2.887 2.602 2.338 1.790 1.184 780 601 474 20.192

Total 61 132 306 916 2.300 3.145 4.274 4.777 4.752 4.269 3.148 2.358 2.142 1.533 34.113

4ª M 34 80 158 491 1.190 1.676 2.236 2.443 2.371 2.217 1.596 1.248 1.186 878 17.804

F 27 52 148 425 1.110 1.469 2.038 2.334 2.381 2.052 1.552 1.110 956 655 16.309

Total 0 0 0 0 761 1.437 2.570 3.302 4.022 4.153 3.583 2.797 2.600 1.809 27.034

5ª M 0 0 0 0 395 795 1.419 1.784 2.127 2.266 1.883 1.510 1.476 1.057 14.712

F 0 0 0 0 366 642 1.151 1.518 1.895 1.887 1.700 1.287 1.124 752 12.322

Total 0 0 0 0 257 500 1.258 2.053 2.830 3.359 3.517 3.245 3.191 2.483 22.693

6ª M 0 0 0 0 146 288 712 1.189 1.598 1.867 1.918 1.835 1.894 1.500 12.947

F 0 0 0 0 111 212 546 864 1.232 1.492 1.599 1.410 1.297 983 9.746

Guiné

Bissau

Total 7.569 12.056 15.781 18.183 23.201 21.426 23.693 22.318 21.563 19.200 15.142 11.834 11.069 8.134 231.169

M 3.743 6.119 7.909 9.306 11.789 11.046 12.171 11.420 11.002 10.110 7.889 6.436 6.355 4.740 120.035

F 3.826 5.937 7.872 8.877 11.412 10.380 11.522 10.898 10.561 9.090 7.253 5.398 4.714 3.394 111.134

Dispersão Total 10,6 14,7 15,4 13,4 12,4 8,5 6,9 5,0% 3,8% 2,9% 2,0% 1,6% 1,6% 1,2%

Etária M 10,1 14,5 15,1 13,4 12,2 8,3 6,8 4,9% 3,9% 3,2% 2,2% 1,8% 2,0% 1,6%

(%) F 11,1 15,0 15,7 6,5 12,7 8,7 6,9 5,0% 3,8% 2,6% 1,8% 1,3% 1,3% 0,9%

Na distribuição de alunos por idades específicas e classes, pode-se notar a existência de muitos

alunos com a idade superior a aquela correspondente em todas as classes. Os alunos com a idade

superior ao normal regulado pela Lei,

representam 74,7%, sendo a entrada prematura na 1ª classe, isto é, crianças de 6 anos de 10,6%.

Em média, apenas um aluno sobre dez se encontra efectivamente matriculado na classe

correspondente a sua idade. Esta proporção vai diminuindo de 14,7% na 1ª classe para 6,7% na 4ª,

sendo quase estabelecida essa proporção na 5ª e 6ªclasses na ordem de

5,3% a 5,5% respectivamente. As raparigas estão em vantagem nas classes correspondentes a sua

idade do que os rapazes.

De acordo com as observações do quadro 4.7 e do Gráfico 4.3, a escolarização no ensino básico é

mais marcante a partir de 10 a 14 anos mantêm-se quase a paridade entre os sexos. As crianças

com as idades compreendidas entre 7 a 9 anos, são menos escolarizadas.

55

Quadro: 4.7

Taxas Brutas de Escolarização do

Ensino Básico por idades e sexo

Idades Total Masculino Feminino

6 28,1 17,3 18

7 29 29 28,8

8 40 40,6 40

9 48,4 48 48

10 58,1 58,4 57,9

11 64,5 65,4 63,6

12 66,1 67,5 64,7

13 65,5 66,7 64,4

14 60,5 62,5 58,6

15 53,3 55,9 50,7

16 46,9 49,8 44,1

17 37 41,2 29,5

18 30,6 35,8 25,6

19 23,2 28,7 18

As observações do quadro, confirmam, em geral, a entrada tardia de crianças na escola com a idade

superior a aquela estabelecida pela Lei de Bases do Sistema Educativo que é de 7 anos.

No ensino secundário, a escolarização tal como se pode observar no quadro 4.8, abaixo

apresentado, é mais acentuada a partir de 16 anos. A faixa etária obrigatória para se matricular

neste nível de ensino que é de 13 a 17 anos, representa uma taxa bruta de escolarização de 45%.

Nesta mesma faixa etária, as raparigas apresentam uma taxa bruta de 38% enquanto nos rapazes,

ela se situa em 52%.

56

Quadro: 4.8

Taxas Brutas de Escolarização do Ensino

Secundário por idades e sexo

Idades Total Masculino Feminino

10 0,3 0,3 0,2

11 0,5 0,5 0,4

12 1,2 1,3 1,2

13 2,6 2,9 2,3

14 4,3 5 3,7

15 9,6 11 8,2

16 13,7 16,2 11,3

17 15,1 17,7 12,6

18 14,7 18 11,5

19 13,4 16,8 10,3

20+ 13 17,3 9,1

Importa salientar que, tanto ao nível do ensino básico como no secundário, a dispersão em termos

de matriculas por idades e a modesta taxa de escolarização.

4. 3- Principais Indicadores de Escolarização

4.3.1- Taxas Brutas de Escolarização

A média da taxa bruta de escolarização no ensino básico (1ª a 6ª classe) é de 101%. Na primeira

classe, ela se situa em 139,7% e vai diminuindo a medida que se ascende de classes chegando a

atingir na 6ª, 63,4%.

Tal como se pode observar no quadro 4.9, a taxa bruta de escolarização das raparigas é mais baixa

do que a dos rapazes, exceptuando na 2ª e 3ª classes em que ela supera a dos rapazes em 0,6 e

2,3 pontos percentuais respectivamente.

57

Quadro: 4.9

Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Básico por

Regiões, classes e sexo

Regiões Classes

Média 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª

Tombali 185,4 99 82,5 59,3 49,7 34,2 85

Masculino 194,9 94,1 85 67 59 44,2 90,7

Feminino 175,3 104,4 79,9 50,9 39,2 23,4 78,9

Quinara 162,6 151,9 123,2 90,2 77,4 39 107,4

Masculino 166,5 166,8 127,8 95,2 86,3 50,3 115,5

Feminino 158,5 136,9 117,7 84,1 66,5 26 98,3

Oio 129 82,2 64,2 54,5 46 32,8 68,1

Masculino 148 86 67,6 59,2 53,2 39,9 75,7

Feminino 109,4 78 60,2 49,2 37,8 25,1 59,9

Biombo 157,4 147,5 136,6 98,7 88,8 58,7 114,6

Masculino 159,6 149,3 133,2 102,4 92,8 65,8 117,2

Feminino 155,1 145,8 140,2 94,8 84,5 50,7 111,9

Bolama/Bijagos 163,9 169,1 144,1 97,8 81,6 52,6 118,2

Masculino 163,1 176,2 141,4 99,4 97 58,8 122,6

Feminino 164,7 161,3 147,3 96,1 66,7 45,6 113,6

Bafata 142,5 108,9 92,2 67,1 50,6 33,9 82,5

Masculino 142,6 110,6 90,4 72,6 58,3 42,6 86,2

Feminino 142,5 107,3 94 61,3 42,6 27,2 79,1

Gabu 89,9 106,9 80,2 59,4 42,9 28,1 67,9

Masculino 94,3 110,8 81 62,4 48,5 33,1 71,7

Feminino 85,7 103,1 79,3 56,3 37 23,2 64,1

Cacheu 133 155,8 141,1 115,5 116,1 81,6 123,8

Masculino 135,8 161,3 142 118,2 123 92,6 128,8

Feminino 130 150,2 140,1 112,6 107,9 68,9 118,3

SAB 164,1 155,9 150,3 120,9 132,2 125,2 141,4

Masculino 158,9 144,5 145,3 122,2 137,8 140,7 141,5

Feminino 168,9 166,2 154,7 119,9 127,4 111,8 141,5

Guiné-Bissau 139,8 125,4 108,4 85,5 81,4 63,4 101

Masculino 143,7 125,1 107,3 88,2 87,1 71,9 105,5

Feminino 135,9 125,7 109,6 82,7 75,5 54,7 96,2

No ensino secundário, os resultados das observações do quadro 4.10 das Taxas Brutas de

Escolarização por classes e sexo, se pode constata que, em média, taxa é de 36%. No seio das

raparigas, esse indicador situa-se em 28,2% contra 44% dos rapazes.

58

Quadro: 4.10

Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Secundário por

classes e sexo

Sexo Classes

Média 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª

Guiné-Bissau 70,4 46,7 19,6 25,5 17,9 36

Masculino 83,8 56,4 23,8 32,8 23,2 44

Feminino 56,9 37,2 15,4 18,6 12,7 28,2

Deste mesmo quadro, pode-se inferir que apenas, seis raparigas em cada dez rapazes são

escolarizadas neste nível do ensino com um índice de paridade entre sexos situado na ordem de

0,64.

4.3.1.1 - Situação ao nível das regiões

A análise das taxas brutas de escolarização no ensino básico por regiões e sexo, nos revela que

cinco regiões, dentre elas, o SAB, Cacheu, Bolama, Biombo e Quinara, apresentam taxas superiores

a média nacional situada em 101%.

As regiões com fracas taxas são: por ordem crescente, as regiões de Gabu com 67,9%; Oio, 68,1%;

Bafata, 82,5% e Tombali com 85% respectivamente.

Em termos de paridade, com a excepção do Sector Autónomo de Bissau e a Região de Biombo

donde a paridade entre sexos são estabelecida na ordem de 0,99 e 0,95 respectivamente, as taxas

brutas no sei das raparigas noutras regiões do país, são inferiores a dos rapazes, tal como se pode

observar no quadro 4.11.

59

Quadro: 4.11

Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Básico por

regiões e sexo

Regiões Total Masculino Feminino IPS

Tombali 84,9 90,7 78,8 0,86

Quinara 107,3 115,4 98,2 0,85

Oio 68,1 75,6 59,9 0,79

Biombo 114,6 117,1 111,8 0,95

Bolama/Bijagós 118,1 122,6 113,6 0,92

Bafata 82,5 86,1 79,1 0,91

Gabu 67,8 71,6 64 0,89

Cacheu 123,8 128,8 118,2 0,91

SAB 141,4 141,5 141,4 0,99

Média 101 105,5 96,2 0,91

No ensino secundário, o Sector Autónomo de Bissau e a Região de Biombo, apresentam as maiores

taxas situadas acima da média nacional. As restantes regiões apresentam fracas taxas

nomeadamente: a região de Quinara, Tombali, Gabu, Bafata, Oio, Bolama e Biombo

respectivamente.

Na análise por sexo, constata-se que a taxa bruta no seio das raparigas, em todas as regiões do

país, é inferior a dos rapazes. Neste nível de ensino, a paridade se situa na ordem de 0,64, longe de

ser atingida, sobretudo, nas três regiões do país a saber: Tombali, Quinara e Oio que apresentam

ainda índices bastantes inferiores.

Quadro: 4.12

Taxas Brutas de Escolarização do Ensino Secundário por

regiões e sexo

Regiões Total Masculino Feminino IPS

Tombali 12,5 18,2 6,6 0,36

Quinara 11,8 16,4 7 0,43

Oio 15 20,7 9 0,43

Biombo 32,6 41,5 23,8 0,57

Bolama/Bijagós 28,7 34,4 22,5 0,65

Bafata 13,1 17,4 8,9 0,51

Gabu 12,6 16,6 8,8 0,53

Cacheu 40,4 51 28,2 0,55

SAB 78,4 93,9 64,7 0,69

Média 35,8 43,7 28 0,64

60

4.3.2- Taxas Líquidas de Escolarização

A taxa líquida do ensino básico a nível nacional é bastante fraca além de apresentar diferenças entre

sexos. Ela situa-se em 50,6% sendo no sei das raparigas de 49,8% contra 51,2% dos rapazes tal

como se pode observar no gráfico 4.5 abaixo apresentado

Já ao nível do ensino secundário, a taxa líquida global é de 8,9% e com menor incidência nas

raparigas que nos rapazes, 7,5% contra 10,3%.

4.3.2.1- Variação ao nível das regiões

A análise ao nível das regiões e, de acordo com o quadro 4.13, pode-se observar as disparidades

entre as regiões e entre sexos. Apenas quatro regiões apresentam taxas líquidas superiores a média

61

nacional, nomeadamente o Sector Autónomo de Bissau com 68,9%; Cacheu com 64,6%; Bolama

com 54% e Biombo com 52,2%.

A Região de Bafata é a única em que a taxa líquida das raparigas supera a dos rapazes em 0,3

pontos percentuais. A região com menor taxa, é a de Oio com 30,1% contra 34,5% dos rapazes.

Quadro: 4.13

Taxas Liquidas de Escolarização do Ensino Básico

por regiões e sexo

Regiões Total Masculino Feminino IPS

Guiné-Bissau 50,6 51,2 49,8 0,97

Tombali 43,3 44,7 41,9 0,94

Quinara 45,5 46,8 44 0,94

Oio 32,4 34,5 30,1 0,87

Biombo 52,2 53,8 50,6 0,94

Bolama/Bijagós 54 55 52,9 0,96

Bafata 43,8 43,6 43,9 1,01

Gabu 40,6 40,7 40,5 1,00

Cacheu 64,6 66 62 0,94

SAB 68,9 70 67,9 0,97

A análise de paridade entre sexos em termos de taxas líquidas de escolarização e, de acordo com

os resultados do quadro, nos leva a afirmar que, no ensino básico a nível nacional, a paridade é

alcançada uma vez que atingiu 0,97 dos 0,95 aceitáveis internacionalmente.

As regiões donde se observa a paridade entre os sexos são: a região de Bafata com 1,01, Gabu com

1,00, o Sector Autónomo de Bissau com 0,97 e a região de Bolama.

No ensino secundário, apenas duas regiões apresentam taxas superiores a média nacional que é de

8,9%. Tratam-se do SAB cuja taxa é quase o dobro da média nacional com 8,1% e a região de

Cacheu com 10,8% respectivamente.

As regiões de Bolama e Biombo, apresentam taxas ligeiramente próximas a da média nacional.

O índice de paridade entre sexo, em termos de taxas líquidas de escolarização tal como se pode

observar no quadro 4.14 abaixo apresentado, nos mostra que, neste nível de ensino, a paridade até

2015, está longe de ser alcançada.

62

Quadro: 4.14

Taxas Liquidas de Escolarização do Ensino

Secundário por regiões e sexo

Regiões Total Masculino Feminino IPS

Guiné-Bissau 8,9 10,3 7,5 0,73

Tombali 3 4 2 0,5

Quinara 3,2 4,1 2,3 0,56

Oio 3,6 4,4 2,8 0,64

Biombo 8,3 10 6,7 0,67

Bolama/Bijagós 8,3 10,5 6,0 0,57

Bafata 3,6 4,7 2,6 0,55

Gabu 4,2 5,2 3,2 0,62

Cacheu 10,8 13,3 7,9 0,59

SAB 18,1 20,4 16,1 0,79

4.4- Composição da população do país

4.4.1- População por grupos etários

De acordo com os dados do recenseamento realizado em 2009, na pirâmide de idades e sexo, a

camada da base até a parte central, ou seja, a faixa etária mais jovem, apresenta a maior

concentração e a população com menos de 30 anos de idade representa cerca de 73% de toda a

população do país.

A proporção da população com menos de 20 anos de idade, tal como se pode observar no quadro

4.15 e no gráfico 4.7 da pirâmide populacional abaixo apresentados, é de 54%, sendo a proporção

da camada da faixa etária de 20 e mais anos de 46%.

63

Quadro: 4.15

População residente por idades quinquenais e sexo

Idades Total Masculino Feminino Proporção

(%) 1.449.230 702.826 746.404

0 - 4 229.003 115.011 113.992 16

5 - 9 208.007 104.650 103.357 14

10 - 14 178.612 89.819 88.793 12

15 - 19 171.128 83.848 87.280 12

20 - 24 145.377 68.625 76.752 10

25 - 29 127.131 58.472 68.659 9

30 - 34 84.741 39.733 45.008 6

35 - 39 73.724 34.110 39.614 5

40 - 44 52.373 24.648 27.725 4

45 - 49 48.122 22.654 25.468 3

50 - 54 33.683 15.687 17.996 2

55 - 59 26.399 13.106 13.293 2

60 - 64 21.650 9.985 11.665 2

65+ 49.280 22.478 26.802 3

64

A população em idade escolar para frequentar o ensino básico (7-12 anos), é de 226.788 indivíduos

o que representa 15,6% da população total do país, enquanto no ensino secundário (13-17 anos),

são no total 169.582 indivíduos com uma proporção de 11,7%.

4.4.2- Distribuição a nível das regiões

As observações do quadro 4.16 e do gráfico 4.8, mostram a distribuição desigual da população entre

as regiões do país, tendo a maior concentração da população na capital Bissau/Sector Autónomo,

com cerca de um quarto da população ou seja 365.097 indivíduos.

Quadro: 4.16

Distribuição da população por regiões e sexo

Região Masculino Feminino Proporção

(%) Tombali 44.099 46.990 6 Quinara 29.854 30.923 4 Oio 103.194 112.065 15 Biombo 43.747 49.292 6 B. Bijagos 15.770 16.654 2 Bafata 97.231 103.653 14 Gabu 99.591 106.017 14 Cacheu 88.132 96.921 13 SAB 181.208 183.889 25 Total 702.826 746.404 100

65

CONCLUSÃO

Os resultados da análise do sector da educação, revelam a existência ainda de vários constrangimentos no sistema em todos os níveis de ensino, isto devido aos fracos indicadores registados.

1) Alfabetização

Embora se tenha registado progressos na evolução positiva nas taxas de analfabetismo entre os dois censos (1999-2009), o analfabetismo atinge ainda cerca da metade da população guineense com maior incidência na camada feminina, sobretudo, aquelas que vivem nas zonas rurais.. Na população jovem de 15 e mais anos considerada a maior força produtiva do pais , cinco em cada dez são analfabetos. No meio rural, apresenta um índice de 66,7%, sendo ao nível das mulheres de 79,8%. As regiões de Oio, Gabu, Bafata, Tombali e Quinara são as que apresentam ainda elevados índices de analfabetismo na faixa etária de 15+ anos.

2) Frequência escolar

A população em idade escolar para frequentar o ensino básico (7-12 anos), é de 226.788 indivíduos o que representa 15,6% do total da populacao do país, enquanto no ensino secundário (13-17 anos), são 169.582 indivíduos com uma proporção de 11,7% Os resultados das tabulações dos dados do Censo, mostram que, de um modo geral, a frequência à escola é bastante fraca. Apenas 30,9% da população de 6 e mais anos declararam frequentar um determinado estabelecimento de ensino. A grande maioria nunca teve o privilégio de frequentar e outra 23,1% já tinha frequentado. A frequência escolar a partir dos 10 anos de idade, começa a sofre um declínio; isto significa que, as crianças nessa idade, saem mais cedo do sistema seja por conclusão do ciclo ou por outros factores tanto económico como estrutural e cultural.

3) Instrução

O nível de instrução da população guineense é ainda bastante baixo tal como mostram os resultados apurados do Censo; isto, dada a elevada taxa de analfabetismo existente. A população de 6+ anos que declarou possuir o nível de instrução básica e ter concluído com sucesso a classe mais alta desse nível de ensino, representam 33,1%. O SAB apresenta o maior índice de instrução ao nível do ensino básico. Dessa mesma população, menos da metade apresenta um nível de instrução do ensino secundário. Tanto no ensino técnico profissional, quanto no ensino médio e universitário, estes apresentam, níveis de instrução baixos, talvez por serem níveis menos desenvolvidos e estruturados no pais ao longo destes dezoito últimos anos.

66

4) Escolarização

O acesso a escola ainda não é universal visto que, dos 139,8% de crianças que entram na escola, somente 63,4% chegam na última classe do ensino básico. A retenção ao longo do percurso escolar dos alunos tanto no ensino básico como secundário é muito baixa, com particular incidência nas três primeiras classes do ensino básico. Esta constatação, válida também para o ensino secundário, é acentuada pelas disparidades regionais, entre sexo e meio de residência.

67

ANEXO I - QUESTIONÁRIO DO CENSO

1. É obrigatório o fornecimento dos dados estatísticos solicitados pelos funcionários ou agentes credenciados para a recolha directa nos

termos dos n.º 1 e 2 do art.º 25 da Lei Base SEN, bem como a exibição dos livros e documentos pertinentes por eles solicitados que for

legalmente obrigatório.

2. Nos termos do art.º. 7 º, da lei Base do Sistema Estatístico Nacional, todos os dados estatísticos individuais recolhidos por órgãos

produtores de estatísticas oficiais do SEN, são de natureza estritamente confidencial.

III0 RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO E HABITAÇÃO I. IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA

G 01. REGIÃO: ________________________________

G 03. MEIO (1 - Urbano ou 2 - Rural)__________________

G 05. DR:

G 02. SECTOR: ______________________________

G 04 CIDADE: ______________________________

QUEST. N0

Se for uma continuação marcar aqui ___ de___

G 06. ESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO É :

0 - Familiar;

1 - Hotel;

2- Hospital, Clínica (Saúde);

3- Caserna (Quartel);

4 - Educação (Internato)

5 - Assistência Social (orfanato);

6 – Religioso;

7 – Prisão;

8 - Trabalho (Estaleiro);

9– Outro Colectivo

(especificar):___________________________

G 07.BAIRRO/TABANCA/ACAMPAMENTO: ___________________________________________________________

(Se se tratar de bairro de uma tabanca, escrever o nome da tabanca e o nome do bairro entre parênteses)

NOME DO CHEFE DO AGREGADO FAMILIAR: _____________________________________________________________________

RESUMO RECAPITULATIVO

SITUAÇÃO DE RESIDENCIA SEXO TOTAL DOS

REPUBLICA DA GUINÉ-BISSAU

MINISTÉRIO DA ECONOMIA, DO PLANO E INTEGRAÇÃO REGIONAL

SECRETARIA DE ESTADO DO PLANO

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICAS “INE”

DEPARTAMENTO CENTRAL DE RECENCEAMENTO

68

MASCULINO FEMININO AMBOS OS SEXOS RECENSEADOS NO

AGREGADO

1. RP - RESIDENTE PRESENTE

2. RA - RESIDENTE AUSENTE

3. PNR - PRESENTE NÃO RESIDENTE

4. POPULAÇÃO POR DIREITO (RP+RA)=> (1+2)

5. POPULAÇÃO EFECTIVA (RP+PNR)=> (1+3)

RESERVADO AO CONTROLO

C.1. FEITO PELO INQUIRIDOR: ___________________________

NOME

2009

D M A

C.2. VISTO PELO CONTROLADOR: ________________________

NOME

_______ _______ 2009

D M A

C.3.CODIFICADO POR: _________________________________

NOME

_______ ______ 2009

D M A

C.4. DIGITADO POR: _________________________________

NOME

_______ _______ 2009

D M A

II. CARACTERISTICAS DA HABITAÇÃO:

H 01 TIPO DE CONSTRUÇÃO DESTA UNIDADE DE

ALOJAMENTO FAMILIAR

1. Alojamento Definitivo |____|

2. Alojamento Precário

H 09 EXISTE INSTALAÇÃO SANITÁRIA NESTA UNIDADE DE

ALOJAMENTO?

|____| 1 - Sim

2 – Não, utiliza do vizinho - H 11

3 – Não Tem----------------- H 13

H 02 QUANTAS DIVISÕES EXISTEM NESTA UNIDADE DE

ALOJAMENTO? (Considedar apenas as divisões utilizada para dormir)

|____|____|

H 10 QUANTAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS EXISTEM NESTA

UNIDADE DE ALOJAMENTO? (Se 9 instalações ou mais, registrar 9)

|____|

H 03. ESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO É:

1 – Arrendada à entidade Publica

2 – Arrendada à entidade Privada

3 – Ocupado pelo Proprietário |____| 4 – Cedida/ Emprestada

5 – Outro

H 11 TIPO DA INSTALAÇÃO SANITARIA OU RETRETE:

|____|

1 - Uso exclusivo com Dispositivo de Descarga

2 - Uso exclusivo sem Dispositivo de Descarga

3 - Uso partilhado com Dispositivo de Descarga 4 - Uso partilhado sem Dispositivo de Descarga

H 04 QUAL É O MATERIAL PREDOMINANTEMENTE UTILIZADO NO PAVIMENTO DESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

1 - Mosaico

2 - Cimento |____|

3 - Terra Batida

4- Outro

H 12 QUAL É O TIPO DE ESGOTO UTILIZADO NESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

|____| 1 - Rede publica

2 - Fossa Fechada (Séptica

3 - Fossa Aberta (retrete)

4- Outro

H 05 QUAL É O MATERIAL PREDOMINANTEMENTE UTILIZADO

NAS PAREDES EXTERIORES DESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

1 - Pedra 2 - Tijolo

3 - Bloco de Cimento

4 - Adobe Reforçado |____|

5 - Adobe/ Taipe

6 - Kirintim com Lama

7- Outro

H 13 O LIXO DESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO É:

1 - Coletado por serviço de limpeza

2 - Colocado em tanque de lixo

3 - Queimado ou Enterrado no quintal |____| 4 - Vazado em terreno livre ou rua

5- Outro

69

H 06 QUAL É O MATERIAL PREDOMINANTEMENTE UTILIZADO

NA COBERTURA DESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

1 - Telha

2 - Fibrocimento 3 - Zinco |____|

4 - Palha

5- Outro

H 14 QUAL É O COMBUSTÍVEL MAIS USADO PARA

COZINHAR?

1 - Lenha

2 - Carvão. 3 – Gás |____|

4 – Petroleo

5- Outro

H. 07 QUAL É A PRINCIPAL FORMA DE ABASTECIMENTO DE

AGUA PARA BEBER UTILIZADA NESTA UNIDADE DE

ALOJAMENTO?

1 - Canalizada em pelo menos numa divisão

2 - Canalizada no quintal 3 - Canalizada fora da casa

4 - Furo |____|

5 - Fonte 6- Agúa engarafada

7- Outro

H 15 QUAL É A PRINCIPAL FORMA DE ILUMINAÇÃO

UTILIZADA NESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

Elétrica:

11 - Rede Publica 12 - Gerador particular no domicilio

13 - Gerador do vizinho |____|

14 - Gerador de empresa ou serviço 15 - Painel solar

Não Elétrica:

21 - Vela

22 – Gasóleo/ Petróleo 23 – Gaz |____|

24- Outro

H 08 QUAL É A PRINCIPAL FORMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA UTILIZADA NESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO?

1 – Canalizada em pelo menos numa divisão

2 - Canalizada no quintal 3 – Canalizada fora da casa

4 - Furo |____|

5 - Fonte 6 – Rio/ Lagoa

7- Outro

III. EQUIPAMENTOS: NESTA UNIDADE DE ALOJAMENTO EXISTEM ESTES BENS/MEIOS DE CONFORTO?

H 16. FILTRO DE ÁGUA ………………………………… 1 - SIM 2 - NÃO

H 17. ARCA/FRIGORIFICO ……………………...……… 1 - SIM 2 – NÃO

H 18. RADIO ……………………………..……………… 1 - SIM 2 - NÃO

H 19. GERADOR………………………………….……… 1 - SIM 2 – NÃO

H 20. TELEVISOR……..…………………………….…… 1 - SIM 2 - NÃO

H 21. TELEMÓVEL………………………………… 1 - SIM 2 - NÃO

H 22. TELEFONE FIXO …………………………… 1 - SIM 2 - NÃO

H 23. BICICLETA ………………………………… 1 - SIM 2 – NÃO

H 24. MOTORIZADA ………………………….… 1 - SIM 2 – NÃO

H 25. AUTOMOVEL……………………………… 1 - SIM 2 – NÃO

IV. LISTE AS PESSOAS PERTENCENTES A ESTE AGREGADO FAMILIAR QUE MORRERAM

NOS ÚLTIMOS 12 MESES de 01/03/2008 a 28/02/2009

N0 Nome Sexo

Idade ao Falecer

(em anos Completos)

Se for Mulher de 12 e mais anos,

será que ela faleceu numa das

seguintes condições?

M 01 M 02 M 03 M 04 M 05

1

1 - M

2 - F

|___|___|___|

1 – Durante a Gravidez,

2 – Durante o Parto,

3 – Até 45 dias depois do parto,

4 – Fora destas condições

2

1 - M

2 - F

|___|___|___|

1 – Durante a Gravidez,

2 – Durante o Parto,

3 – Até 45 dias depois do parto,

4 – Fora destas condições

3

1 - M

2 - F

|___|___|___|

1 – Durante a Gravidez,

2 – Durante o Parto,

3 – Até 45 dias depois do parto,

4 – Fora destas condições

4

1 - M

2 - F

|___|___|___|

1 – Durante a Gravidez,

2 – Durante o Parto,

3 – Até 45 dias depois do parto,

4 – Fora destas condições

5

1 - M

1 – Durante a Gravidez,

2 – Durante o Parto,

70

2 - F |___|___|___| 3 – Até 45 dias depois do parto,

4 – Fora destas condições

V. LISTE AS CRIANÇAS NASCIDAS NESTE AGREGADO NOS ÚLTIMOS 12 MESES (de 01/03/2008 a 28/02/2009)

N0 Nome da Criança Sexo Data de Nascimento Nome da Mãe Nº Mãe

N

01 N 02 N 03 N 04 N 05 N 06

1

1 - M

2 - F |__|__|/|__|__|/| 200|__|

(D D / M M / A A A A)

2 1 - M

2 - F |__|__|/|__|__|/| 200|__|

(D D / M M / A A A A)

3 1 - M

2 - F |__|__|/|__|__|/| 200|__|

(D D / M M / A A A A)

4 1 - M

2 - F |__|__|/|__|__|/| 200|__|

(D D / M M / A A A A)

5

1 - M

2 - F |__|__|/|__|__|/| 200|__|

(D D / M M / A A A A)

VI. ALGUEM DESTE AGREGADO FAMILIAR EMIGROU PARA O ESTRANGEIRO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

(DESDE MARÇO DE 2004)

N0 Nome Sexo

Idade ao Emigrar

(em anos

Completos)

Relação de

parentesco

País de

Residencia Ano de Partida

E

01 E 02 E 03 E 04 E 05 E 06 E 07

1

1 -

M

2 -

F

|___|___|___|

|___|___|

|___|___|

200|___|

2

1 -

M

2 -

F

|___|___|___|

|___|___|

|___|___|

200|___|

3

1 -

M

2 -

F

|___|___|___|

|___|___|

|___|___|

200|___|

4

1 -

M

2 -

F

|___|___|___|

|___|___|

|___|___|

200|___|

5

1 -

M

2 -

F

|___|___|___|

|___|___|

|___|___|

200|___|

71

LISTA DOS MEMBROS DO AGRAGADO FAMILIAR

N.º Nome da pessoa Sexo

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

72

38

P.1. N.º de ordem da pessoa _________

P.2. Nome completo _____________________________________________________________________

TODOS OS RECENSEADOS P.14 Qual é a sua Religiao?

_____________________ |___|___| P.3

Sexo:

1- Masculino

2- Feminino

P.4 Qual é a sua relação de parentesco com o Chefe do Agregado?

______________________________

|___|___|

P.15 Qual é o principal Dialecto falado?

_____________________ |___|___|

P.5 Qual é data do seu nascimento?

Mês |___|___| ; Ano |___|___|___|___|

P.16 Questao sobre as Linguas Faladas

(1). Fala Crioulo? 1 - SIM 2 - NÃO

(2). Fala Portugues? 1 - SIM 2 - NÃO

(3). Fala Francês? 1 - SIM 2 - NÃO

(4). Fala Inglês? 1 - SIM 2 - NÃO

(5). Fala Espanhol? 1 - SIM 2 - NÃO

(6). Fala Russo? 1 - SIM 2 - NÃO

(7). Fala uma outra Língua?

1 - SIM ______________________; 2 – NÃO

P.6 Qual é a sua idade presumida?

(Esta pergunta sera feita quando a pessoa não saba a data do

nascimento)

|___|___|___| (Em anos completos)

P.7 Qual é a sua situação de Residência?

1- Residente presente

2- Residente ausente

3- Presente não residente Passe a pessoa seguinte

TODOS OS RESIDENTES RESIDENTES COM 6 E MAIS ANOS

P.8

Qual é a sua nacionalidade?

________________________ |___|___|

P.17 Sabe Ler e Escrever?

1 - Sim

2 – Não

P.9

Qual é a sua Etnia?

_____________________ |___|___|

P.18 Frequenta/Frequentou um estabelecimento de ensino?

1 - Frequento,

2 - Frequentei,

3 - Nunca Frequentei.

P.10

Qual é o sector ou Pais do seu Nascimento?

_______________________ |___|___|___|

P.11

Qual é o Sector ou Pais da sua Residencia Anterior?

__________________________ |___|___|

P.19

Qual é a classe mais elavada que concluiu com sucesso?

00 - quando esta a estudar a 1ª Classe, ou Frequentou e não conclui a 1ª Classe

01 -1- Classes P. 21,

21-2- Ensino Profissional, |___|___| 31-33-Ensino Médio,

41-47- Universitário

P.12

Ha quantos anos voce vive neste sector?

|___|___|

P.13

Tem alguma Deficiência?

1 - Sim

2 – Não P.14

P.13.1

Qual é a Deficiência?

_______________

|___|___|

Qual é a Causa?

______________

|___|___|

P.20 Qual é a sua área de Formação?

_________________________________________________

|___|___|___|

P.13.2

Qual é a Deficiencia?

_______________

|___|___|

Qual é a Causa?

______________

|___|___|

P.21 Qual é a sua condicao perante o trabalho, na semana de 23 -28

fevereiro?

|___| 1- Ocupado P. 23,

73

P.13.3

Qual é a Deficiência?

_______________

|___|___|

Qual é a Causa?

______________

|___|___|

2- Desempregado que ja trabalhou

3- Domestico P.22

4- Desempregado que nunca trabalhou

5- Estudante/Aluno,

6- Reformado

7- Incapacitado P. 26 0- Outro

OMENTE PARA MULHERES RESIDENTES COM IDADE ENTRE 12 E MAIS ANOS

P.29 Teve um parto na sua vida?

1 - Sim

2 – Não FIM da entrevista

P.33 Dos filhos que nasceram vivos, quantos morreram?

Masculino |___|___|

Feminino |___|___| P.30 Até a data presente, quantos Partos ja Teve? |___|___|

Total |___|___| P.31 Dos partos que teve, quantos Filhos nasceram vivos?

Se nenhum, FIM da entrevista

P.34 Qual é o mes e o ano do nascimento do ultimo filho nascido

vivo?

|___|___| |___|___|___|___| Mês Ano

Masculino |___|___| P.35 Qual é o sexo do ultimo filho nascido vivo?

1 - Masculino

2 – Feminino Feminino |___|___|

Total |___|___| P.36 Esse filho ainda esta vivo?

1 - Sim FIM da entrevista 2 – Não

P.32 Dos filhos que nasceram vivos, quantos ainda estão vivos?

Masculino |___|___| P.37 Qual é o mes e o ano do falecimento do ultimo filho nascido

vivo?

|___|___| |___|___|___|___| Mês Ano

99-. Não sabe

Feminino |___|___|

Total |___|___|

P.22 Na semana de 23 -28 fevereiro, trabalhou/ajudou numa das seguintes

actividades?

1- Agriculrura/Pesca, 2- Criacão de anaimais,

3- Producão e venda de algum produto, 4- Prestacão de Servicos,

5- Nao realizou nada P. 26

RESIDENTES COM 12 E MAIS ANOS

P.26 Qual é o seu Estado Civil?

1-. Solteiro (a), P. 29

2-. Casado (a),

3-. Viuvo (a 4-. Divorciado (a),

5-. Separado (a),

P.23 Qual foi a sua principal ocupacão na semana de 23 -28 fevereiro

perante o trabalho ou da ultima vez que trabalhou?

____________________________________________

|___|___|___|

P.27 Qual é a natureza da sua última união?

1- Civil e religioso,

2-Somente Civil, 3- Somente religioso

4- Tradicional Monogamia,

5- Tradicional Poligamia, 6- União de facto

P.24 Indique a sua situacao no trabalho na semana de 23 -28 fevereiro ou da

ultima vez que trabalhou.

1- Administracao Publica, Org. de Soberania, 2-. Empresa Parapublica,

3-. Empresa Privada,

4-. Sector Informal, 5-. Conta Propria

6-. Patrao/empregador,

7-. Associacao/Cooperativa, 8-. Trabalho familiar sem remuneração

9-. Aprendiz sem remuneração,

0- Outro

74

P.25 Qual é a actividade economica da Empresa ou Entidade onde

trabalhou na semana de 23 -28 fevereiro, ou da ultima vez que

trabalhou?

__________________________________________________

|___|___|___|___|

P.28 Quantos anos tinha a quando do seu primeiro Casamento?

|___|___|

75

ANEXO II - Quadro de Analfabetismo

Quadro: 1.8.1 Analfabetismo da população jovem de 15-24 anos por sexo e meio de residência

MEIO

Nível de alfabetização

Total da população Alfabetizados Analfabetos ND

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Total 316.495 152.468 164.027 198.321 111.628 86.693 105.289 35.173 70.116 12.885 5.667 7.218

Urbano 148.394 73.640 74.754 122.541 65.036 57.505 22.522 7.298 15.224 3.331 1.306 2.025

Rural 168.101 78.828 89.273 75.780 46.592 29.188 82.767 27.875 54.892 9.554 4.361 5.193

76

ANEXO III - Quadros de Escolarização

Quadro: 4.12.1

Taxa Bruta de Escolarização do Ensino Secundário por classes, regiões e sexo (%)

Regiões Classes

Média 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª

Tombali 30,1 17,8 5,4 7 2 12,5 Masculino 43,3 25,5 8,4 11 3 18,2

Feminino 16,7 9,4 2,4 3,1 1,1 6,6

Quinara 31,8 18,4 4,2 3,3 1,5 11,8

Masculino 43 26,1 6,1 4,2 2,5 16,4

Feminino 18,9 9,8 2,2 2,4 0,3 0,1

Oio 35,6 17,8 6,8 8,2 6,8 15

Masculino 46,8 23,6 9,1 13,4 10,8 20,7 Feminino 23,2 11,7 4,4 3,1 2,9 9

Biombo 69,3 40,1 17,4 18,6 17,4 32,6

Masculino 83,1 49,2 24 27,8 23,5 41,5 Feminino 55,1 30,9 11,3 10,5 11,3 23,8

Bolama/Bijagos 67,6 37,3 14 11,5 13,1 28,7

Masculino 82,3 45,1 15,3 14 15,2 34,4 Feminino 51,1 29 12,7 8,6 11 22,5

Bafata 32,3 16,5 17 7,3 3,1 15,2 Masculino 42,3 21,9 21,6 9,9 4,6 20,1

Feminino 22,2 11,4 12,2 4,9 1,6 10,4

Gabu 26,6 16,1 5,5 7,2 7,6 12,6

Masculino 32,8 21,7 7,4 11 10 16,6

Feminino 20,6 10,9 3,5 3,7 5,2 8,8

Cacheu 88,7 58 20,2 18,7 16,4 40,4

Masculino 109,9 72,8 25,3 24,6 22,4 51 Feminino 63,3 41,2 14,4 12,2 9,7 28,2

SAB 144 105,5 42,4 60,4 39,8 78,4

Masculino 166,5 125,3 50,9 76 50,7 93,9

Feminino 124,1 88,4 34,9 46,3 29,8 64,7

Guiné-Bissau 70,3 46,7 19,6 25,5 17,9 36 Masculino 83,7 56,3 23,8 32,7 23,2 44 Feminino 56,8 37,2 15,3 18,5 12,7 28,1

77

Quadro: 4.17

População em idade escolar de 7-12 anos

Idades específicas Total Masculino Feminino

7 41.225 20.621 20.604

8 39.053 19.503 19.550

9 37.565 19.142 18.423

10 39.905 20.187 19.718

11 33.219 16.897 16.322

12 35.821 18.018 17.803

Total Geral 226.788 114.368 112.420

Quadro: 4.18

Repartição de alunos do Ensino Básico por classes e sexo

Sexo CLASSES

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Total

Total 57.620 48.974 40.735 34.113 27.034 22.693 231.169

Masculino 29.627 24.402 20.543 17.804 14.712 12.947 120.035

Feminino 27.993 24.572 20.192 16.309 12.322 9.746 111.134

Quadro.4.19

População em idade escolar de 13-17 anos

Idades específicas Total Masculino Feminino

13 34.053 17.124 16.929

14 35.614 17.593 18.021

15 36.037 18.097 17.940

16 32.274 15.842 16.432

17 31.604 15.631 15.973

Total Geral 169.582 84.287 85.295

Quadro: 4.20

Repartição de alunos do Ensino Secundário por classes e sexo

Sexo Classes Total Geral 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª

Total 23.972 16.633 6533 8313 5.668 61.119

Masculino 14.346 9.922 3972 5240 3.633 37.113

Feminino 9.626 6.711 2561 3073 2.035 24.006

78

Quadro: 4.22 População em idade escolar de 13-17 anos por regiões e sexo - Ensino

Secundário

Regiões Idades

Total Geral 13 14 15 16 17

Tombali 2.063 2.113 2.195 1.776 1.668 9.815

Masculino 1.033 1.109 1.100 869 827 4.938 Feminino 1.030 1.004 1.095 907 841 4.877

Quinara 1.506 1.509 1.491 1.290 1.106 6.902

Masculino 808 791 777 665 581 3.622 Feminino 698 718 714 625 525 3.280

Oio 4.722 5.499 5.234 4.243 4.465 24.163

Masculino 2.477 2.808 2.757 2.124 2.209 12.375 Feminino 2.245 2.691 2.477 2.119 2.256 11.788

Biombo 2.305 2.312 2.355 2.097 1.950 11.019

Masculino 1.167 1.165 1.139 988 971 5.430 Feminino 1.138 1.147 1.216 1.109 979 5.589

Bolama/Bijagos 797 845 889 779 607 3.917

Masculino 420 439 456 419 308 2.042 Feminino 377 406 433 360 299 1.875

Bafata 4.786 5.160 5.013 4.295 4.336 23.590

Masculino 2.417 2.507 2.541 2.105 2.122 11.692 Feminino 2.369 2.653 2.472 2.190 2.214 11.898

Gabu 5.135 4.842 5.143 4.232 4.270 23.622

Masculino 2.526 2.321 2.596 2.048 2.112 11.603 Feminino 2.609 2.521 2.547 2.184 2.158 12.019

Cacheu 4.010 4.124 4.390 3.785 3.557 19.866

Masculino 2.181 2.189 2.327 1.990 1.881 10.568 Feminino 1.829 1.935 2.063 1.795 1.676 9.298

SAB 8.729 9.210 9.327 9.777 9.645 46.688

Masculino 4.095 4.264 4.404 4.634 4.620 22.017 Feminino 4.634 4.946 4.923 5.143 5.025 24.671

Guiné-Bissau 34.053 35.614 36.037 32.274 31.604 169.582 Masculino 17.124 17.593 18.097 15.842 15.631 84.287 Feminino 16.929 18.021 17.940 16.432 15.973 85.295

79

Quadro: 4.23

Repartição de alunos do Ensino Secundario por idades especificas, classes e sexo

Classes Sexo Total

<13 anos

13 anos 14anos

15 anos

16 anos

17 anos

>17 anos Geral

Total 701 884 1.547 2.302 2.725 2.854 12.959 23.972

7ª M 380 497 876 1.325 1.586 1.667 8.015 14.346

F 321 387 671 977 1.139 1.187 4.944 9.626

Total 0 0 0 1.150 1.706 1.925 11.852 16.633

8ª M 0 0 0 663 987 1.105 7.167 9.922

F 0 0 0 487 719 820 4.685 6.711

Total 0 0 0 0 0 0 6.533 6.533

9ª M 0 0 0 0 0 0 3.972 3.972

F 0 0 0 0 0 0 2.561 2.561

Total 0 0 0 0 0 0 8.313 8.313

10ª M 0 0 0 0 0 0 5.240 5.240

F 0 0 0 0 0 0 3.073 3.073

Total 0 0 0 0 0 0 5.668 5.668

11ª M 0 0 0 0 0 0 3.633 3.633

F 0 0 0 0 0 0 2.035 2.035

GUINE-BISSAU 701 884 1.547 3.452 4.431 4.779 45.325 61.119

Masculino 380 497 876 1.988 2.573 2.772 28.027 37.113

Feminino 321 387 671 1.464 1.858 2.007 17.298 24.006

Dispersão Total 1,1 1,4 2,5 5,6 7,2 7,8 74,2 100

Etária M 1,0 1,3 2,4 5,4 6,9 7,5 75,5 100

(%) F 1,3 1,6 2,8 6,1 7,7 8,4 72 100

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BIBLIOGRAFIAS

- Base de dados do 3⁰ Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH3/2009); - Resultados das publicações do 1⁰ Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH/1991); - Questionários do 3⁰ Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH3/2009) Março de 2009; - Documento da Carta da Politica do Sector educativo - Setembro de 2009; - Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DENARPI); - Documento de Análise da Educação – RGPH 2000 Cabo Verde; - Documento do 3º Recenseamento Geral da População e Habitação 2002-Benin; - Estudo conjunto Governo da Guiné-Bissau/Banco Mundial sobre moeda equivalente, Agosto de 2008; - Documentos da UNESCO, nomeadamente Les Notes du Pôle de Dakar-Les profils de scolarisation;