Nota Metodológica Setor Mudança de Uso do Solo e Florestas · 3 1. Introdução Neste documento...

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1 Nota Metodológica Setor Mudança de Uso do Solo e Florestas Coordenação técnica: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia Equipe responsável: Amintas Brandão Jr. Carlos Souza Jr. Atualizado em Novembro, 2015

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NotaMetodológicaSetorMudançadeUsodoSoloeFlorestas

Coordenaçãotécnica:

InstitutodoHomemeMeioAmbientedaAmazônia

Equiperesponsável:

AmintasBrandãoJr.

CarlosSouzaJr.

AtualizadoemNovembro,2015

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Sumário

1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1Escopodosetor...........................................................................................................................3

1.2Descriçãodosetor......................................................................................................................3

1.3Processosquegeramemissões..................................................................................................5

1.4Quadrodosetoresubtemasxgasesaplicáveis..........................................................................5

2.MétododeCálculo.......................................................................................................................6

2.1.Fórmuladecálculo-IPCC/Inventário........................................................................................6

2.1.1Mudançadeusodosolo.................................................................................................6

2.1.2.Queimaderesíduos.......................................................................................................7

2.1.3.Remoçõesemunidadesdeconservação.......................................................................7

2.1.4Calagemdesolos.............................................................Error!Bookmarknotdefined.

2.2.SEEG:abordagemparacalcularasemissões.............................................................................8

2.2.1.Cálculodasestimativasdeemissõesapartirdedadosdedesmatamento...................8

2.3.Dadosdeníveldeatividadenecessárioserespectivasfontes................................................12

2.4.Fatoresdeemissãoutilizados..................................................................................................12

2.5.Mododerecepçãodosdados..................................................................................................12

2.6.Sequênciadetratamentodosdados.......................................................................................12

2.7.Softwaresutilizados.................................................................................................................12

3.QuadrodeQualidadedosDados...............................................................................................13

4.DiferençasparaoInventárioeEstimativasdeEmissõesOficiais...............................................14

5.Resultados..................................................................................................................................16

6.Bibliografia.................................................................................................................................18

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1. IntroduçãoNeste documento apresentamos as estimativas anuais de emissões de gases de efeituo estufa(GEE)paraosetordemudançadeusodaterraeflorestas,cobrindooperíodode1990a2014.Umanovidadeadotadafoiumaestimativaderemoçõesconsiderandocercade3.5%dasáreasprotegidas de todo Brasil desmatadas em média, conforme o padrão encontrado no biomaAmazônia.Ametodologiaempregada foibaseadanaquelautilizadapeloMinistériodaCiência,TecnologiaeInovação(MCTI,2013).1.1EscopodosetorOsetordemudançadousodaterraeflorestasapresentaasemissõesdegasesdeefeitoestufa(GEE)ligadasaoprocessosdeconversãodosestoquesdebiomassaematériaorgânicaexistentesacimaeabaixodosolo.Essesprocessosocorrememtemposdistintoseestãoassociadosàperdade carbono para a atmosfera através da oxidação e a quantidade de calcário consumida naagriculturadopaís(MCTI,2013).Para gerar as estimativas do setor, são necessárias duas informações principais: mapas decobertura do solo e informações sobre a biomassa existente. Osmapas de cobertura do soloabrangemtodooBrasilesãoproduzidosapartirdeimagensdesatéliteparapelomenosdoispontosnotempo.Essesmapassãoutilizadosnocálculodasáreasdemudançaentreascategoriasde cobertura do solo. Os dados de biomassa são gerados a partir de amostras de campo (namaioriadoscasos)ouapartirdedadosdisponíveisnaliteraturaouimagensdesatélite.OpassoseguinteéusarequaçõesmatemáticasqueconvertemasáreasdemudançacalculadasapartirdosmapasdecoberturadosoloememissõesdeGEEapartirdosmapasdebiomassa.NoBrasil,osmapasdetalhadosdecoberturadosolosãoproduzidospelosInventáriosNacionais,enquantoosdadosdebiomassavêmdaliteraturaeinformaçõessecundárias.Naausênciadosmapas de cobertura do solo dos inventários, são utilizados dados de desmatamento querepresentammaisde95%dacontribuiçãodeemissões.ParaaestimativadoSEEG,osdadosdedesmatamentoforamproduzidospeloInstituoNacionaldePesquisasEspaciais(Inpe),FundaçãoSOS Mata Atlântica, e Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento daUniversidadeFederaldeGoiás (Lapig).OSEEGcontemplouestimativasanuasocorridasentre1990e2014.1.2DescriçãodosetorO Brasil é coberto por seis biomas (Figura 1) (MCT, 2010). Cada bioma possui condiçõesespecíficas quanto ao tipo de vegetação, solo, condições climáticas e pressão humana. Essascaracterísticasinfluenciamosestoquesdecarbonoexistentesesuacontribuiçãonasemissõesdopaís.Porexemplo,obiomaAmazôniapossuiumaltoestoquedecarbonomédioporhectare(100tC/haaproximadamente)efrequentementesofrepressõesdedesmatamento.Issosignificaqueasemissõesdedióxidodecarbono(CO2)dessebiomasãosignificativasquandocomparadascomasdosoutrosbiomasbrasileiros.

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Figura1.Limitedosbiomasbrasileiros.Fonte:AdaptadodeMCT,2010OsmaioresbiomasbrasileirossãoaAmazônia(49%daextensãodopaís),oCerrado(24%)eaMata Atlântica (13%). Os biomas Caatinga, Pampa e Pantanal cobrem os 14% restantes doterritórionacional.

• BiomaAmazônia (4.1milhões de km²). Concentrando uma vasta biodiversidade, obiomaAmazôniaabrangenoveEstadosbrasileirosecontémomaiorestoquedecarbonoflorestaldoBrasil(valormédiovariando,segundoaliteratura,entre100toneladasdecarbono por hectare e 132 toneladas de carbono por hectare). O mapeamento dodesmatamento,realizadopeloInpeatravésdoProjetoProdes,contabilizouaté2013maisde700milquilômetrosquadradosdedesmatamentonobiomaAmazônia(20%daáreadobioma)associadosapressõesdaagriculturaepecuária.Iniciativasdogovernofederaledosgovernosestaduaistêmajudadoacontrolarodesmatamentonaregião.DadosdoProdesde2011-2012apontavamumareduçãode84%nataxaanualdedesmatamentoem relação ao período de 2003-2004. No entanto, a estimativa da taxa anual dedesmatamentoentre2012-2013, indicouumaumentode28%emrelaçãoaoperíodo2011-2012. Isso significa que as emissões brasileiras também aumentaram para omesmoperíodo,devidoaodesmatamentonaAmazônia.

• BiomaCerrado(2milhõesdekm²).LocalizadonaregiãocentraldoBrasil,oCerradoéo segundo maior bioma do País. Nele estão localizadas as três maiores baciashidrográficasdaAméricadoSul(Amazônica/Tocantins,SãoFranciscoePrata)(Ibama,2013).Alémdisso,essaregiãoéconsideradaasavanamaisbiodiversadomundo(MMA,2013).Maisde11milespéciesdeplantasnativasjáforamcatalogadasnessaárea,alémdeinúmerasespéciesdemamíferos,peixes,répteiseanfíbios.Apesardesuaimportância,o Cerrado vem sofrendo várias pressões humanas, relacionadas principalmente àagriculturaepecuária–e,maisrecentemente,àproduçãodecarvãovegetal.Até2009,quasemetadedobiomaencontrava-sedesmatado(Ibama,2013).

• BiomaMataAtlântica(1.1milhãodekm²).Oterceiromaiorbiomabrasileiropossuisomente 12,5% de sua cobertura de floresta original (MMA, 2013). O bioma MataAtlânticaédeextremaprioridadeparaaconservaçãodabiodiversidade,commilharesde espécies endêmicas já catalogadas. Mais de 120 milhões de pessoas vivem nesse

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bioma,quetambémconcentra70%doProdutoInternoBruto(PIB)brasileiro.Apressãohumanaestáassociadaàampliaçãodeinfraestruturaeaprocessosindustriais.

• BiomaCaatinga(844milkm²).Representando11%doterritórionacional,aCaatingapossuiumagranderiquezaembiodiversidade.Alivivem27milhõesdepessoas(MMA,2013).Apressãohumanasobreobioma,regiãodegrandecarênciasocial,estáassociadaaatividadesagrossilvopastoris e industriais.Até2009, aproximadamente46%da suaáreaencontrava-sedesmatada(Ibama,2013).

• Bioma Pampa (176 mil km²). O bioma Pampa representa 2% da área brasileira.RestritoaoRioGrandedoSul,representa63%daáreadoEstado(MMA,2013).Possuigrande importância para a biodiversidade associada à fauna. Em relação à pressãohumana,apecuáriaextensivaesoja,têmsidoasprincipaisatividadedaregião.Até2008,aproximadamente 54% da área do bioma Pampa encontrava-se desmatada (Ibama,2013).

• BiomaPantanal(150milkm²).Amaiorextensãoúmidacontínuadoplanetaencontra-se no bioma Pantanal. É o bioma mais preservado do país, mantendo 86% da suacoberturaflorestalnativa(MMA,2013).Essaregiãoéconsideradaoberçáriodeváriasespéciesderepteiseabrigaemabundânciaespéciesconsideradasameaçadasemoutrosbiomas.Apressãohumanapredominanteéaagropecuária(especialmentenaregiãodoPlanalto).

1.3ProcessosquegeramemissõesOsseguintesprocessosgeramemissõesnosetordeusodosolo:i. MudançadeUsodoSolo.Asemissõesocorremquandoéalteradaacoberturaparaum

usodesolodemenorbiomassaporhectare(IPCC,2003).Porexemplo,aconversãodeflorestaparapastagemouagriculturageraemissõesdeCO2pelaperdadeestoquesdecarbononaqueimada.Deformasemelhante,podehaversequestrodeCO2daatmosferaquandoaconteceaconversãoparaumtipodeusocommaiorestoquedecarbonoporhectare(umapastagemconvertidaemlavoura,porexemplo).

ii. QueimadeResíduos.Emissõesporqueimadebiomassaflorestalparalenhaouparausomadeireiro também geram emissões de outros GEEs, como NO2 e CH4. (esses gasespossuemmaiscapacidadedeaceleraroefeitoestufadoqueodióxidodecarbono)Taisemissõestambémforamcontabilizadasnessaestimativa.

iii. CalagemdosSolos.Acalagemconsistenoprocessodeaplicaçãodecalcário(CaCO3)oudolomita(CaMg(CO3)2)aosoloparamelhorarsuafertilidade.Nosolo,seuscátions(Ca++ouMg++)interagemcomosíonsdehidrogênio(H+)doscoloidesdosolo,reduzindosuaacidez. Entretanto, o bicarbonato gerado nesse processo (2HCO3) pode reagir,produzindoCO2eágua(H2O)(IPCC,2003).

Alémdos processos que geram emissões, há remoções de CO2 da atmosfera por unidades deconservação(UCs)eterrasindígenas(TIs).Essasremoçõesocorremduranteafotossíntese,pelafixação de carbono (C) e liberação de oxigênio (O2) (IPCC, 2003). O cálculo das remoções decarbonoporUCseTIsestádeacordocomametodologiadoIPCC,porsetrataremdeflorestasmanejadas (MCTI,2013).Não foram incluídasaquioutras fontesde remoções, como florestasremanescentesemáreasprivadasouterraspúblicasforadeUCeTI.1.4Quadrodosetoresubtemasxgasesaplicáveis

FontedeEmissão CO2 CH4 NO2 HFCs CF4 C2F6 SF6 NOx CO NMVOC

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TransiçãodeusodoSolo

Queimaderesíduos

AplicaçãodeCalcário

2.MétododeCálculo2.1.Fórmuladecálculo-IPCC/Inventário

2.1.1MudançadeusodosoloOGuiadeBoasPráticasdoIPCC(2003)eorelatóriodoMCTIde2010calculaasemissõespormudançadousodosolousandoduasabordagens,dependendodotipodetransiçãodeuso.No“métododeincrementoseperdas”sãoconsideradosvaloresmédiosdemudançadeestoquesdecarbonoporunidadedeáreadatransição.Dessaforma,asemissõestotaissãocalculadaspelasomadasemissõeseabsorçõesdecarbono:

Onde::Mudançasnoestoquedecarbono,emtoneladasporhectare.

:Incrementoseperdasanuaisdecarbono,emtoneladasporhectare/ano.A:Áreadeterra,emhectares.Ijk:índicesquecorrespondemaotipodeclima(i),tipodevegetação(j),epráticademanejo(k).No “método das duas medições de estoques de carbono” as emissões são calculadasconsiderando os valores dos estoquesmédios de carbono no início e no final do período doinventário,esãodadaspor:

Onde::Mudançasnoestoquedecarbonoemtoneladasporhectare.

: Estoques de carbono do reservatório nos tempos no início e final do períodoconsiderado.

:anodeinícioefimdoperíodoconsiderado.Paraestimativadasmudançasnosestoquesdecarbonodosolo,oIPCCusaestimativasbaseadasemdadosgeraissobreperdadosestoquesdecarbonodosolodurante20anos.

Onde:ESi:MudançasnosestoquesdeCdosolonopolígonoi.:Áreademudançadopolígonoi.

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:Estoquemédiodecarbonodosolo.:fatoresdemudançadecarbonodosolo.

:intervalodetempoemanos.Naequação,cada onde e são fatores de alteração nos estoquespelousodaterra,peloregimedemanejoepelasadiçõesreferentesàtransição,respectivamente.Osvaloresde e estão disponíveis no relatório para cada uma das transiçõesconsideradas.2.1.2.QueimaderesíduosAmetodologiadoIPCC(2003)usaasseguintesequaçõesparaestimarasemissõesdeNO2eCH4porqueimadebiomassaflorestal:

2.1.3CalagemdesolosApesardoprocessodeemissãodeCO2porcalagemacontecerduranteoperíododealgunsanos,ametodologiabásicaassumequeasemissõesocorremnoanodeaplicação,sendocalculadaspelamultiplicaçãodaquantidadedomaterialaplicadopeloseurespectivofatordeemissão,comonaequaçãoabaixo:

Onde:

:Carbonoemitidoporcalagem(tonC/ano):Quantidadedecalcárioaplicadonacalagem(ton/ano):Fatordeemissãodocalcário:Montantededolomitaaplicadanacalagem(ton/ano):Emissãodecarbonodadolomita

2.1.4.RemoçõesemunidadesdeconservaçãoAsremoçõesporunidadesdeconservaçãoeterrasindígenassãocalculadasusandoaequaçãodo“métododosincrementoseperdas”oupelo“métododasduasmediçõesdecarbono”,comodescritonaseção2.1.1,dependendodosdadosdisponíveis(Figura2).Dessaforma,asabsorçõesutilizam as mesmas equações apresentadas, sendo as absorções equivalentes a emissõesnegativasdeCO2.

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Figura2.ÁreasProtegidasutilizadasparacalcularasremoções.

2.2.SEEG:abordagemparacalcularasemissõesNãofoipossívelreplicarametodologiaadotadanasduascomunicaçõesnacionaisdeemissõesdegasesdeefeitoestufa(MCT,2010;Funcate,2010)devidoàlimitaçãodosdadosdisponíveis.EssaabordagemsegueasrecomendaçõesmetodológicasdoIPCC(2003)e,paratanto,requermapasdecoberturadosolodetalhados,bemcomoinformaçõesprecisasdebiomassa.NoprojetoSEEG,elaboramosumroteiroeumaferramentaeletrônicanoMicrosoftAccessparacalcularasemissões,replicandoàriscaametodologiaaplicadanascomunicaçõesnacionais.Umlimitante,noentanto,éaexistênciaedisponibilidadededadoscomasmesmascaracterísticasdosutilizadosnoinventáriodeemissões.Paracontornaresselimitante,seguimosametodologiadecálculodeestimativaadotadapeloMCTI(2013).EssemétodoestimaasemissõesdeGEEapartirdedadosdedesmatamento.Alémdisso,estimamosaalocaçãodasemissõesporEstado.Nasseçõesseguintes,explicamosopassoapassoparareplicarométododoMCTI,bemcomoaabordagempararealizaraalocaçãodasemissões.2.2.1.CálculodasestimativasdeemissõesapartirdedadosdedesmatamentoOmétodoparaseestimarasemissõespormudançadeusodaterraeflorestasparaoperíodode2006a2014foiomesmoutilizadopeloMCTIparaasemissõesde2006a2010(MCTI,2013).Essametodologiafoiadotadadevidoàcarênciadedadosdecoberturadosolocomcaracterísticassuficientesparareproduzirametodologiado2oInventárioBrasileiro,quecobriuoperíodode1994a2002.Ametodologiaadotadaimplicaqueasemissõesanuaisforamcalculadasusandoaseguinteequação:

Onde:

:emissõesbrutasdeCO2equivalentenoanot,t=2006,...,2012. :áreadesmatadanoanot,t=2006,...,2012.

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:taxadedesmatamentoanualnoperíodode1994a2002. :emissõesanuaisbrutasmédiasdeCO2equivalentenoperíodode1994a2002.Essaequaçãoassumequeasemissõessãoproporcionaisàáreaanualdesmatada.Verificou-seque,noperíodode1994a2002,houvealtacorrelaçãoentreaáreatotaldesmatadaeasemissõestotaisdeCO2equivalente(Figura1).Esseresultadoteveboacompatibilidadecomosresultadosdoinventário(MCTI,2013).

Figura3.RelaçãoentreodesmatamentoeasemissõesdeCO2entre1990e2002(dadosdeMCTI,2013).Ametodologia(MCTI,2013)usadaparaocálculodasemissõesconsistiudosseguintespassos:

• Separaçãodasemissõesbrutasdeemissões líquidasdo2o InventárioBrasileiroparaoperíodo1994a2002.Asemissõesbrutasde1994a2002foramcalculadasapartirdastabelas20,22,24,26,28e30disponíveisnorelatóriodereferência“EmissõesdeDióxidodeCarbononoSetorUsodaTerra,MudançadoUsodaTerra eFlorestas”(Funcate, 2010). Essas tabelas contêm as emissões líquidas de cada um dos biomasbrasileiros.Paracalcularasemissõesbrutasdecadabioma,consideramosasomatóriadosvalorespositivos.Porexemplo,paraobiomaAmazônia,asomatóriadasemissõesbrutasentre1994(desmatamentomedidodeagostode1993ajulhode1994)e2002(desmatamentomedidodeagostode2001ajulhode2002)foide8.465.225.000tCO2,commédiaanualde1.058.153.250tCO2(Tabela1).

Tabela1.Emissõesbrutasdedióxidodecarbonoporbioma.

Biomas Total(tCO2) Média1994-2002(tCO2)

Amazônia 8.465.226.000 1.058.153.250

Cerrado 2.622.510.540 327.813.817

Caatinga 343.820.831 42.977.604

MataAtlântica 728.886.016 91.110.752

Pampa 136.159.616 17.019.952

R²=0,9793

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

10000 15000 20000 25000 30000Desmatamento(km2)

10

Pantanal 757.050 94.631

Fonte:FUNCATE,2010

• Cálculodamédiaanualdedesmatamentoentre1994-2002.Astabelas19,21,23,25,27 e 29 do relatório de referência contêm as áreas desmatadas em hectares para operíodo1994-2002(Funcate,2010).Porexemplo,paraobiomaAmazôniaamédiadedesmatamentoanualde1994-2002foide19.141km²(Tabela2).

Tabela2.Médiaanualdedesmatamentoparaoperíodode1994a2002.

Biomas Média1994-2002(km²/ano)

Amazônia 19.141

Cerrado 15.698

Caatinga 5.905

MataAtlântica 2.617

Pampa 2

Pantanal 962

Fonte:Funcate,2010

• Cálculodarelaçãoentreodesmatamentodecadaanoocorridoentre2006e2014eamédiadedesmatamentoocorridaentre1994e2002.Foicalculadaaproporçãodo desmatamento anual ocorrido entre 2006 a 2014 em relação à média anual dedesmatamentoocorridaentre1994a2002.ParaocasodobiomaAmazônia,utilizou-sedadosdoMonitoramentodaFlorestaAmazônicaporSatélite (Prodes).ParaosoutrosBiomasutilizou-seosdadosdoProjetodeMonitoramentodoDesmatamentodosBiomasBrasileiros por Satélite (PMDBBS), do Ibama. Especificamente para o bioma MataAtlânticaforamutilizadososdadosdaFundaçãoSOSMataAtlânticaparaosanosde2010a2013.A tabela3apresentaosanosea fontededadosdedesmatamentoque foramutilizados no SEEG para os biomas brasileiros, também incluímos uma análise daqualidadedosdadosdisponíveis(escalade1a3).

Tabela3.Dadosdedesmatamentodisponíveisparaoperíodode2006a2014.

Bioma 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte

Amazônia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Prodes

Caatinga 2 2 2 1 3 3 3 3 3 PMDBBS

Cerrado 2 2 2 1 1 3 3 3 3 PMDBBS

MataAtlântica

2 2 2 1 3 3 3 3 3 PMDBBS

3 3 3 3 1 1 1 1 1 SOS MataAtlântica

Pampa 2 2 2 1 3 3 3 3 3 PMDBBS

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Bioma 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte

Pantanal 2 2 2 1 3 3 3 3 3 PMDBBS

1 Dadoanualdedesmatamento

2 Estimativademédiaanualdedesmatamento

3 Dadoinexistente–nestecasorepetimosoúltimodadodisponível

Apartirdasfontesdedadosdatabela3,foicalculadaparacadabiomaaproporçãoentreodadoanual de desmatamento ocorrido entre 2006 e 2014 em relação à taxa média anual dedesmatamentodoperíodode1994a2002.ATabela4apresentaoexemplodessaestimativaparaobiomaAmazônia.Tabela4.Estimativadaproporçãoentreataxaanualdedesmatamentodoperíodode2006a2014emrelaçãoàtaxamédiaanualdoperíodode1994a2002.

Bioma Dado 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Amazônia

Desmatamento(km²) 14.286 11.651 12.911 7.464 7.000 6.418 4.571 5.891 5.012

Proporçãododesmatamentoanualmédio(1994-2002)

0,75 0,61 0,67 0,39 0,37 0,34 0,24 0,31 0,26

• Estimativadeemissõesbrutas(tCO2).Estimou-seasemissõesbrutasparaoperíodo

de2006a2014multiplicando-seasproporçõesdedesmatamentocalculadasparaesseperíodopelamédiaanualdeemissõesbrutascalculadasparaoperíodode1994a2002(Tabela1).ATabela5apresentaumexemplodecálculodasestimativasdeemissõesbrutas(tCO2)paraobiomaAmazônia.

Tabela 5. Estimativas de emissões brutas (Mil tCO2) do bioma Amazônia para o período de 2006 a 2014oriundasdedesmatamento.

Bioma Dado 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

AmazôniaEmissõesbrutas(tCO2)

789.740 644.080 713.730 412.620 386.970 354.793 252.689 325.666277.073

2.2.2.QueimaderesíduosAsemissõesdemetano(CH4)eóxidonitroso(N2O)estãoassociadasaocarbonoemitidopelaqueimade lenha emadeira extraída, bem como ao carbono vegetal produzido (MCTI, 2013).Foramutilizados os dadosde carbonode lenhapublicadospeloBalançoEnergéticoNacional(BEN)paraestimarasemissõesdessesgases.Aseguinteequaçãofoiutilizada:

:emissõesdeCO2porqueimaderesíduos(tCO2e).

:EstoquedeCarbono(tC).:fatordeemissãoassociadoàqueimaderesíduos.

2.2.3.RemoçõesemunidadesdeconservaçãoeterrasindígenasAsremoçõesdeemissõesparaosetordemudançadeusodaterrasãocalculadasapartirdasáreasprotegidas(unidadesdeconservaçãoeterrasindígenas),consideradasáreasdeflorestamanejada,segundooMCTI(2013).Nãoestãonocálculoasreservasparticularesdopatrimônio

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natural.AsremoçõesnasUCseTIssãoestimadascommédiade0,62tCHa-1ano-1.Paraocálculoforam consideradas as unidades de conservação e terras indígenas criadas até 1990 eanualmente entre 1990 e 2014, informações disponíveis na base de arquivos digitaisgeorreferenciados (shapefiles) da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto ChicoMendesdeConservaçãodaBiodiversidade(ICMBio).2.2.3CalagemdesolosAsemissõesdedióxidodecarbonoporcalagemforamcalculadasusandoaseguinteequação:

Os dados de calcário foram gerados pela Associação Brasileira dos Produtores de Calcário(Abracal)eo fatordeemissãode0,44 tCO2/tCaCO3 foiutilizadoparaestimarasemissõesdedióxidodecarbonopelacalagem.2.3.DadosdeníveldeatividadenecessárioserespectivasfontesOs dados utilizados para o cálculo desta estimativa de emissões para 2006-2013 e suasrespectivasfontesestãonaTabela3.Todososdadosdisponíveissãoespacialmenteexplícitos(Tier3,ouAbordagem3,doIPCC).Entretanto,comexceçãodobiomaAmazônia,nãohádadospara todo o período para os demais biomas. Nesses casos, utilizamos o dado do último anodisponívelnasestimativasdasemissõesparaosdemaisanos.2.4.FatoresdeemissãoutilizadosOs fatores de emissões para o setor de mudança do uso do solo são representados porincrementos ou perdas médias de estoque de carbono por hectare de área sob mudança.Utilizamososdadosdorelatóriodereferência(MCT,2010)paraobterfatoresdeemissõesparaatransiçãodeflorestapordesmatamentoparacadabioma.Osfatoresdeemissõesmédiosforamcalculadosapartirdetodasasemissõesbrutasgeradasno2oInventárioBrasileiro(Tabela1),deacordocomoprocedimentoaplicadonoItem2.2.1.Asemissõesdasdemaistransiçõesdeusodaterraforamassumidasproporcionaisàsemissõesda transição de floresta por desmatamento. Esse procedimento também implica nospressupostosdequeosestoquesatuaismédiosdebiomassaflorestalnasáreasdedesmatamentoatualforaminvariáveisaolongodotempo,edequeascontribuiçõesrelativasdecadatransiçãoparaasemissõestotaispermaneceramconstantes.Essespressupostospodemserevitadoscomousodedadosdetalhadosdemudançadousodaterra,quandoestesestiveremdisponíveis.2.5.MododerecepçãodosdadosOsdadosespacialmenteexplícitosdeníveldeatividadeforamobtidosdiretamentedositedoIbama(http://siscom.ibama.gov.br/monitoramentobiomas)eProdes(www.inpe.br/prodes)eestãodisponíveisparaacessogratuitonoformatoshapefile(.shp).Alémdisso,usamososdadosdepúblicosdedesmatamentopublicadospelaFundaçãoSOSMataAtlântica.2.6.SequênciadetratamentodosdadosOs dados de desmatamento foram organizados em um ambiente de sistema de informaçõesgeográficas(SIG)paracálculodeárea.Paracadabiomautilizou-seosistemadeprojeçãoindicadopeloprojetoPMDBBS.2.7.SoftwaresutilizadosOsoftwareArcGisfoiusadoparaobterosresumosdeáreatotaldesmatadaparacadabioma.OMicrosoftExcelfoiusadonatabulaçãoecálculodasemissõestotais.Adicionalmente,oMicrosoftAccessfoiusadoparadesenvolverumbancodedadosparareproduzirametodologiausadanoinventário, que pode ser usado para melhorar as estimativas quando mais dados estiveremdisponíveis.

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3.QuadrodeQualidadedosDadosDada a complexidade dos cálculos necessários para consolidar o Sistema de Estimativas deEmissõesdeGasesdoEfeitoEstufaedevidoàopçãodeusarapenasdadosdisponíveisdeformapública e gratuita, considerou-se necessário divulgar uma avaliação da qualidade dos dados.Assim,qualquerusuárioouleitorpodeaferiraconfiabilidadedecadacálculoeeventualmentecontribuirparaaumentararobustezdosdados.ATabela5,aseguir,qualificaosdadosSEEG1990-2014esegueaseguintelegenda: Tabela5.LegendautilizadaparaqualificarosdadosdoSEEG1990-2014.

Aspecto Valores

TIER

1 Tier1doIPCC-fatoresglobais

2 Tier2doIPCC-fatoresnacionaisouregionais

3 Tier3doIPCC-fatoresespecíficosporplanta

EXISTÊNCIADEDADODEATIVIDADE

1

DadosexistentesparacálculodeacordocomTierdo2oInventário(incluidadosexistentesemassociaçõesdeclasse,mesmoquenãoseja público). Dados que só existem nas empresas ou agenteseconômicosespecíficosnãoserãoconsiderados.

2 Dadosincompletos

3 Dadosnãoexistentes

DISPONIBILIDADEDEDADOSDEATIVIDADE

1 Dadosdisponíveisdeformapúblicaegratuita

2 Dados disponíveis com alguma restrição (pago; em local físicoespecifico,oudisponívelapenasmediantesolicitaçãoespecífica)3 Dadosnãodisponíveis

FATORESDEEMISSÃO

1 Fatorexplícito,comreferência

2 FatorimplícitocomcorrelaçãoR2maiorouiguala0,7

3 FatorimplícitocomcorrelaçãoR2menorque0,7

NECESSIDADEDEAPRIMORAMENTO

1 Semnecessidadedeaprimoramento

2 NecessidadedeaprimoramentodemétodoOUobtençãodosdadosparacálculo

3 Necessidade de aprimoramento demétodo E obtenção de dadosparacálculo

QUALIDADEGERALDODADO

1 Dadoconfiável;capazdereproduzir2OInventario

2 Dado confiável para estimativa; inventário pode gerar diferençassignificativas3 Dadopoucoconfiáveloudedifícilavaliação

Além da tabela geral da qualidade de dados, estimamos também a qualidade da informaçãodisponívelparaalocaçãodasemissõesporEstado(Tabela6).Tabela6.LegendadaqualidadededadosutilizadaparaalocaçãodasemissõesparaaescalaestadualnoprojetoSEEG1990-2014.

Aspecto Valores

OCORRÊNCIADEALOCAÇÃO

1 Alocaçãopossívelde todaemissãonacionalnosEstados(não ficaresíduo/montantenãoalocado)

2 Alocaçãoparcialmentepossível.Partedasemissõesnacionaisnãofoialocada.3 Alocaçãoparaosestadosnãofoipossível

CRITÉRIODEALOCAÇÃO 1 Critériodealocaçãoestádiretamenterelacionadocomosfatoresdeemissão

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Aspecto Valores

2 Critériodealocaçãousafatoresindiretoscomaltacorrelaçãocomosfatoresdiretos.

3 Critériodealocaçãousafatoresindiretoscombaixacorrelaçãocomfatoresdiretos.

EXISTÊNCIADEDADODEATIVIDADE

1

DadosexistentesparacálculodeacordocomTierdo2oInventário(incluidadosexistentesemassociaçõesdeclasse,mesmoquenãopúblicos). Dados que só existem nas empresas ou agenteseconÔmicosespecíficosnãoserãoconsiderados.

2 dadosincompletos

3 dadosnãoexistentes

DISPONIBILIDADEDEDADOSDEATIVIDADE

1 dadosdisponíveisdeformapúblicaegratuita

2 dados disponíveis com alguma restrição (pagos; em local físicoespecifico,oudisponívelapenasmediantesolicitaçãoespecifica)3 dadosnãodisponíveis

FATORESDEEMISSÃO

1 fatorexplícito,comreferência

2 fatorimplícitocomcorrelaçãoR2maiorouiguala0,7

3 fatorimplícitocomcorrelaçãoR2menorque0,7

NECESSIDADEAPRIMORAMENTO

1 semnecessidadedeaprimoramento

2 necessidadedeaprimoramentodemétodoOUobtençãodosdadosparacálculo

3 necessidade de aprimoramento de método E obtenção de dadosparacalculo

QUALIDADEGERALDAALOCAÇÃO

1 dadoconfiável;capazdereproduzir2oinventario

2 dado confiável para estimativa; inventário pode gerar diferençassignificativas3 dadopoucoconfiáveloudedifícilavaliação

A tabelacomaqualidadededadosestarádisponívelnositedoSEEGemformatodeplanilhacomentada,explicandoasrazõesparaclassificações(2)e(3)decadadado.Estatabelavisaqualificarosdadosqueapresentamosquandocomparadocomaqualidadedosdadosdo inventário.Considerandodadosdeníveldeatividade,hádadosparaoanode2013apenasparaatransiçãofloresta-desmatamento,paraosbiomasAmazôniaeMataAtlântica.Paraosdemaisbiomasnãohádadosdisponíveispara2013.Nessescasos,repetimosovalordoúltimoanocujosdadosestãodisponíveis.Como usamos fatores implícitos de alta correlação comos valores do inventário. Entretanto,reforçamos que a precisão das estimativas pode ser aumentada significativamente se dadosespacialmenteexplícitosdedesmatamentoestiveremdisponíveisparaosdemaisbiomas.Aprecisãotambémpodeseraumentadasemapasespacialmenteexplícitosdebiomassaforemutilizados em conjunto comos dados espacialmente explícitos de desmatamento. Entretanto,paraesseinventário,oprocedimentoparaobtençãodosfatoresdeemissõesfoiconsideradoapartirdasestimativasdedesmatamentorepresentarammaisde80%dasemissõespormudançadousodaterrae,provavelmente,aindaconstituemamaiorpartedasemissõesatuais.4.DiferençasparaoInventárioeEstimativasdeEmissõesOficiaisNossas estimativas são diferentes em relação às estimativas do MCTI (2013) nos seguintesaspectos:

• Apresentamossomenteasemissõesbrutasdedesmatamento.OMCTI(2013)calculouasemissões líquidas (emissões menos remoções). Na nossa estimativa calculamos as

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remoçõesporunidadesdeconservaçãoeterrasindígenasparafinsdecomparaçãocomasemissõesdoMCTI;noentanto,apresentamosasemissõesbrutas;

• IncluímososdadosdedesmatamentoanualdaFundaçãoSOSMataAtlântica.Utilizamos

os dados de mapeamento produzido pela SOS Mata Atlântica, na ausência dos dadosoficiaisdoPMDBBSparaessebioma;

• Nofinalde2014,oMCTIlançouparaconsultapúblicaorelatóriopreliminardoterceiroinventárionacionaldeemissões,incluindoosetordemudançadeusodaterraeflorestas.Nestenovo relatório, ocorreramalgunsavançosmetodológicosnoquediz respeito aocálculodasremoçõesporunidadesdeconservaçãoe terras indígenas.Ométodoatualutilizouumvalormédioderemoçãoporbioma(enãomaisaconstante0,62tCHa-1comonos relatórios anteriores). Estamos aguardando a publicação final do relatório doinventárioparaatualizarasestimativasdoSEEG(1990-2015)paraocálculoderemoção.

• Paraasestimativasderemoçõesadotamosumareduçãode3.5%dototalderemoçãoporáreasprotegidas(terraindígenaouunidadedeconservação).EssevalorfoicalculadoapartirdeumaestimativadodesmatamentomédioencontradonasáreasprotegidasdobiomaAmazônia.

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5.ResultadosTabela1:EmissõesdetCO2e(GWP)poralteraçõesdousodosolo,1990-2014.

AlteraçõesdeUsodoSolo 1990 1995 2000 2005 2010 2014Amazônia 759.022.031 1.606.439.999 1.007.569.959 1.051.132.184 386.974.087 277.073.446AC 30.405.107 66.780.671 30.239.261 32.726.951 14.318.041 17.082.142AM 28.746.646 116.866.174 33.832.592 42.843.560 32.892.797 27.641.006AP 13.820.503 497.538 - 1.824.306 2.929.947 1.713.742MA 60.810.214 96.467.112 58.875.343 50.970.015 39.360.793 14.207.477MT 222.233.690 574.435.391 352.091.137 394.989.979 48.150.633 59.428.163PA 270.329.041 433.687.388 368.786.305 326.108.591 208.413.187 104.317.157RO 92.320.961 261.483.919 136.270.161 179.334.848 24.047.675 37.812.897RR 8.292.302 12.162.043 13.986.349 7.352.508 14.152.195 12.106.761TO 32.063.567 44.059.764 13.488.811 14.981.425 2.708.819 2.764.101

Caatinga 28.850.000 41.532.057 41.532.057 20.101.244 13.982.532 13.982.532AL 614.608 884.781 884.781 428.228 173.596 173.596BA 7.881.952 11.346.749 11.346.749 5.491.752 4.646.335 4.646.335CE 7.194.218 10.356.696 10.356.696 5.012.573 3.203.995 3.203.995MA 168.887 243.127 243.127 117.672 235.246 235.246MG 625.054 899.819 899.819 435.507 110.345 110.345PB 1.763.733 2.539.045 2.539.045 1.228.881 668.836 668.836PE 3.837.381 5.524.240 5.524.240 2.673.696 1.221.141 1.221.141PI 4.502.480 6.481.708 6.481.708 3.137.104 2.976.391 2.976.391RN 1.988.334 2.862.378 2.862.378 1.385.372 714.692 714.692SE 273.352 393.514 393.514 190.458 31.953 31.953

Cerrado 304.400.000 327.813.780 221.292.052 296.091.494 134.993.790 134.993.790BA 33.154.512 35.704.685 24.102.595 32.249.570 14.994.693 14.994.693DF 300.559 323.677 218.500 292.355 1.671 1.671GO 35.415.860 38.139.971 25.746.545 34.449.195 12.395.446 12.395.446MA 53.045.073 57.125.183 38.562.592 51.597.224 33.073.107 33.073.107MG 31.941.542 34.398.416 23.220.793 31.069.708 10.948.705 10.948.705MS 25.594.024 27.562.660 18.606.288 24.895.443 6.481.099 6.481.099MT 62.967.096 67.810.386 45.775.682 61.248.428 16.077.242 16.077.242PI 15.074.461 16.233.956 10.958.799 14.663.009 20.470.507 20.470.507PR 1.789 1.927 1.301 1.740 22.553 22.553RO 28.625 30.826 20.809 27.843 1.253 1.253SP 3.231.008 3.479.531 2.348.872 3.142.819 68.077 68.077TO 43.645.450 47.002.562 31.729.275 42.454.161 20.459.439 20.459.439

MataAtlântica 32.520.000 74.611.302 74.611.302 15.911.043 5.286.505 6.359.543AL 47.440 108.842 108.842 23.211 - 4.874BA 5.052.341 11.591.690 11.591.690 2.471.956 1.344.953 1.626.617CE - - - - - -ES 877.637 2.013.580 2.013.580 429.401 41.431 6.963GO 284.639 653.053 653.053 139.265 55.706 8.704MG 10.780.700 24.734.381 24.734.381 5.274.667 2.170.447 1.952.497MS 711.597 1.632.632 1.632.632 348.163 20.542 183.482PB 94.880 217.684 217.684 46.422 - 2.089PE 201.619 462.579 462.579 98.646 - 11.141PI - - - - - 1.958.764PR 6.428.096 14.748.113 14.748.113 3.145.071 565.416 320.658RJ 498.118 1.142.843 1.142.843 243.714 42.824 4.178RN 59.300 136.053 136.053 29.014 - -RS 2.004.333 4.598.581 4.598.581 980.659 324.488 13.927SC 3.901.926 8.952.268 8.952.268 1.909.093 631.219 240.929SE 616.718 1.414.948 1.414.948 301.741 - 3.482SP 960.656 2.204.054 2.204.054 470.020 89.478 21.238

Pampa 50.000 94.630 94.630 17.183.073 15.672.621 15.672.621RS 50.000 94.630 94.630 17.183.073 15.672.621 15.672.621

Pantanal - 14.532.895 14.532.895 12.624.088 3.336.016 3.336.016MS - 5.077.513 5.077.513 4.410.613 1.579.147 1.579.147MT - 9.455.382 9.455.382 8.213.476 1.756.870 1.756.870

TotalGeral 1.124.842.031 2.065.024.664 1.359.632.895 1.413.043.127 560.245.551 451.417.948

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Tabela2:EmissõesdetCO2e(GWP)porqueimaderesíduosflorestais,1990-2014.Queimaderesíduos 1990 1995 2000 2005 2010 2014Amazônia 31.852.700 77.050.000 47.348.700 48.320.600 15.520.100 12.027.301AC 1.275.964 3.203.015 1.421.033 1.504.460 574.244 741.508AM 1.206.366 5.605.275 1.589.894 1.969.521 1.319.209 1.199.850AP 579.984 23.864 - 83.863 117.509 74.391MA 2.551.928 4.626.871 2.766.727 2.343.094 1.578.616 616.723MT 9.326.136 27.551.758 16.545.807 18.157.709 1.931.144 2.579.678PA 11.344.479 20.801.034 17.330.362 14.991.229 8.358.682 4.528.236RO 3.874.291 12.541.605 6.403.739 8.244.032 964.463 1.641.395RR 347.990 583.330 657.260 337.995 567.592 525.535TO 1.345.562 2.113.247 633.879 688.697 108.641 119.985

Caatinga - 2.179.000 2.137.000 840.000 504.000 504.000AL - 46.420 45.526 17.895 6.257 6.257BA - 595.313 583.838 229.492 167.477 167.477CE - 543.369 532.896 209.468 115.488 115.488MA - 12.756 12.510 4.917 8.479 8.479MG - 47.209 46.300 18.199 3.977 3.977PB - 133.212 130.645 51.353 24.108 24.108PE - 289.832 284.246 111.730 44.016 44.016PI - 340.066 333.511 131.095 107.284 107.284RN - 150.176 147.281 57.893 25.761 25.761SE - 20.646 20.248 7.959 1.152 1.152

Cerrado - 15.830.000 15.536.000 13.588.000 5.534.000 5.534.000BA - 1.724.165 1.692.144 1.479.972 614.700 614.700DF - 15.630 15.340 13.417 68 68GO - 1.841.764 1.807.558 1.580.916 508.145 508.145MA - 2.758.553 2.707.320 2.367.860 1.355.815 1.355.815MG - 1.661.086 1.630.236 1.425.827 448.836 448.836MS - 1.330.990 1.306.271 1.142.482 265.689 265.689MT - 3.274.537 3.213.721 2.810.765 659.078 659.078PI - 783.931 769.372 672.903 839.178 839.178PR - 93 91 80 925 925RO - 1.489 1.461 1.278 51 51SP - 168.025 164.905 144.228 2.791 2.791TO - 2.269.735 2.227.581 1.948.273 838.724 838.724

MataAtlântica - 4.372.000 4.278.700 740.200 346.000 370.775AL - 6.378 6.242 1.080 - 284BA - 679.239 664.743 114.998 88.027 94.866CE - - - - - -ES - 117.990 115.472 19.976 2.712 406GO - 38.267 37.450 6.479 3.646 508MG - 1.449.361 1.418.431 245.384 142.055 113.872MS - 95.667 93.626 16.197 1.344 10.701PB - 12.756 12.483 2.160 - -PE - 27.106 26.527 4.589 - 650PI - - - - - 114.238PR - 864.195 845.753 146.312 37.006 18.701RJ - 66.967 65.538 11.338 2.803 244RN - 7.972 7.802 1.350 - -RS - 269.463 263.713 45.621 21.238 812SC - 524.576 513.382 88.813 41.313 14.051SE - 82.912 81.142 14.037 - 203SP - 129.151 126.395 21.866 5.856 1.239

Pampa - - - 693.000 567.000 567.000RS - - - 693.000 567.000 567.000

Pantanal - 809.400 809.400 577.700 138.400 138.400MS - 282.789 282.789 201.837 65.513 65.513MT - 526.611 526.611 375.863 72.887 72.887

TotalGeral 31.852.700 100.240.400 70.109.800 64.759.500 22.609.500 19.141.476

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Tabela3:EmissõesdetCO2e(GWP)porcalagem,1990-2014.

Tabela4:EmissõestotaisdetCO2e(GWP),1990-2014.

Calagem 1990 1995 2000 2005 2010 2014Estados 5.103.428 5.395.368 8.717.368 7.474.412 9.640.620 15.556.842AL 17.750 26.400 35.200 - - 33.200BA 71.856 65.164 329.252 118.096 389.620 424.521ES 26.998 57.728 181.236 64.900 73.480 139.396GO 533.533 519.200 1.122.000 857.208 1.035.188 1.165.080MA 71.795 79.200 167.200 37.400 149.600 221.891MG 617.017 778.624 1.314.148 993.476 1.633.104 2.014.738MS 221.682 171.600 357.984 394.548 748.396 1.330.509MT 493.008 340.428 1.363.912 1.287.880 1.672.000 2.998.251NA 33.235 55.880 134.552 532.576 764.720 1.513.747PE 22.463 26.400 40.480 70.400 - 28.011PR 773.656 814.880 1.005.268 762.124 1.248.236 1.736.737RS 785.101 612.480 881.892 379.808 - 1.360.982SC 241.959 354.904 262.240 264.000 268.444 365.640SP 1.126.600 1.479.280 1.462.164 1.475.716 1.486.232 1.654.814TO 66.776 13.200 59.840 236.280 171.600 569.326

TotalGeral 5.103.428 5.395.368 8.717.368 7.474.412 9.640.620 15.556.842

Emissão 1990 1995 2000 2005 2010 2014Amazônia 790.874.731 1.683.489.999 1.054.918.659 1.099.452.784 402.494.187 289.100.747Caatinga 28.850.000 43.711.057 43.669.057 20.941.244 14.486.532 14.486.532Cerrado 304.400.000 343.643.780 236.828.052 309.679.494 140.527.790 140.527.790MataAtlântica 32.520.000 78.983.302 78.890.002 16.651.243 5.632.505 6.730.318Pampa 50.000 94.630 94.630 17.876.073 16.239.621 16.239.621Pantanal - 15.342.295 15.342.295 13.201.788 3.474.416 3.474.416Calagem(nãoalocadoporbioma) 5.103.428 5.395.368 8.717.368 7.474.412 9.640.620 15.556.842TotalGeral 1.161.798.159 2.170.660.432 1.438.460.063 1.485.277.039 592.495.671 486.116.266

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Tabela 5: Remoções de tCO2e (GWP) por áreas protegidas (unidades de conservação e terrasindígenas),1990-2014.

RemoçõesporÁreasProtegidas 1990 1995 2000 2005 2010 2014Amazônia -260.992.701 -261.030.971 -269.912.650 -308.441.984 -341.977.809 -343.543.567AC -11.072.272 -11.072.272 -11.406.666 -14.124.827 -14.124.827 -14.124.827AM -111.166.755 -111.166.755 -112.766.193 -122.351.824 -138.280.515 -139.740.848AP -6.839.220 -6.839.220 -6.839.220 -15.224.015 -15.224.015 -15.224.015MA -3.343.604 -3.381.875 -3.381.875 -3.568.408 -3.568.408 -3.568.408MT -21.216.286 -21.216.286 -21.216.286 -21.216.286 -21.661.916 -21.661.916PA -69.701.620 -69.701.620 -75.274.488 -90.489.014 -106.992.734 -107.098.159RO -13.464.023 -13.464.023 -13.578.989 -15.449.609 -16.107.392 -16.107.392RR -24.181.596 -24.181.596 -25.441.608 -26.010.678 -26.010.678 -26.010.678TO -7.324 -7.324 -7.324 -7.324 -7.324 -7.324

Caatinga -1.525.829 -1.525.829 -7.949.982 -8.156.183 -8.287.136 -8.305.822AL -28.371 -28.371 -28.371 -28.371 -51.783 -51.783BA -832.551 -832.551 -857.156 -857.156 -877.434 -877.434CE -136.886 -136.886 -2.032.098 -2.100.919 -2.166.627 -2.166.627MA 0 0 -13.640 -13.640 -13.640 -13.640MG -11.236 -11.236 -20.971 -20.971 -20.971 -20.971PB -320 -320 -320 -320 -320 -320PE -270.761 -270.761 -1.013.410 -1.149.959 -1.156.550 -1.156.550PI -234.882 -234.882 -3.973.194 -3.973.544 -3.973.544 -3.973.544RN -2.465 -2.465 -2.465 -2.944 -2.944 -21.630SE -8.357 -8.357 -8.357 -8.357 -23.323 -23.323

Cerrado -24.378.994 -24.423.971 -27.269.087 -32.846.279 -32.937.322 -32.959.014BA -275.414 -275.414 -275.414 -808.841 -808.877 -808.877DF -351.946 -351.946 -372.225 -1.202.209 -1.202.209 -1.202.209GO -535.122 -535.122 -701.535 -1.371.566 -1.435.858 -1.435.858MA -2.927.526 -2.952.605 -3.310.041 -4.399.001 -4.425.268 -4.425.268MG -1.454.604 -1.454.604 -1.656.360 -1.929.175 -1.929.175 -1.950.868MS -1.033.632 -1.033.632 -1.202.494 -1.202.494 -1.202.494 -1.202.494MT -11.652.836 -11.652.836 -12.245.468 -12.245.468 -12.245.916 -12.245.916PA -30 -30 -30 -30 -30 -30PI -296.427 -296.427 -1.621.122 -2.181.189 -2.181.189 -2.181.189RO -84.432 -84.432 -84.432 -84.432 -84.432 -84.432SP -14.656 -14.656 -14.656 -14.656 -14.656 -14.656TO -5.752.368 -5.772.267 -5.785.310 -7.407.216 -7.407.216 -7.407.216

MataAtlântica -5.827.040 -5.899.872 -8.510.949 -9.271.056 -9.702.730 -10.016.495AL -56.384 -56.384 -62.650 -80.416 -80.416 -80.416BA -434.193 -434.193 -548.663 -548.663 -830.119 -830.119ES -189.984 -189.984 -189.984 -232.365 -234.105 -234.105MG -705.274 -705.274 -705.470 -817.074 -817.365 -948.025MS -319.982 -319.982 -1.912.521 -1.912.521 -1.912.521 -1.912.521PB -92.221 -109.691 -109.691 -109.942 -111.316 -111.316PE -8.520 -8.520 -11.744 -11.744 -19.867 -19.867PR -1.281.435 -1.281.435 -2.030.630 -2.084.386 -2.219.377 -2.402.482RJ -600.044 -600.044 -639.170 -969.057 -972.741 -972.741RN 0 0 0 -370 -370 -370RS -258.790 -279.363 -279.363 -279.363 -279.363 -279.363SC -339.579 -362.555 -438.303 -606.674 -606.688 -606.688SE -8.230 -8.230 -8.230 -26.095 -26.095 -26.095SP -1.532.403 -1.544.216 -1.574.530 -1.592.388 -1.592.388 -1.592.388

Pampa -103.318 -798.108 -798.108 -798.108 -798.108 -798.108RS -103.318 -798.108 -798.108 -798.108 -798.108 -798.108

Pantanal -914.642 -914.642 -914.642 -914.642 -914.642 -914.642MS -474.334 -474.334 -474.334 -474.334 -474.334 -474.334MT -440.308 -440.308 -440.308 -440.308 -440.308 -440.308

TotalGeral -293.742.524 -294.593.393 -315.355.417 -360.428.252 -394.617.746 -396.537.647

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