Nota Técnica e Justificativa OCB Vladirene-1

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NOTA TÉCNICA Contrato de Cooperação Técnica e Financeira celebrado entre a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP e a Embrapa Trigo Na economia globalizada, a organização de cooperativas é um elemento de progresso, tendo em vista seu modelo inclusivo, de mitigação da concentração de riqueza, favorecimento de crescimento dos indivíduos e pequenos grupos, o que os fortalece e empodera em sua totalidade. O cooperativismo, de forma anônima, tem atuado na função de transformador social em comunidades de vários países, sendo o papel do segmento agrícola para elevação da produtividade e renda destaque no Brasil, principalmente por representarem, em muitas regiões, uma das poucas possibilidades de agregação de valor à produção rural, bem como da inserção de pequenos e médios produtores em mercados concentrados. Segundo o Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Maurício Lopes, por meio do associativismo e do cooperativismo há integração de esforços e viabilização de renda. Ao invés de usuários passivos, as cooperativas se engajam no desenvolvimento da pesquisa. De acordo com Sexton (1986), os benefícios das sociedades cooperativas estão associados à integração vertical que promove redução dos custos, por meio de melhor poder de barganha na aquisição dos insumos, às economias de escala, à melhoria da posição de barganha no mercado, em especial quando se trata de produtos perecíveis, aos ganhos de eficiência advindos da capacidade coordenadora das cooperativas e à redução dos riscos em ações conjuntas, comuns a esse tipo de empreendimento. De acordo com Pattison (2000), cerca de um terço da produção mundial de alimentos é governado pelas cooperativas. No Brasil, segundo o Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, Mareio Lopes de Freitas, é estimado que o setor cooperativista trabalhe com mais de doze mil extensionistas no ramo agropecuário, considerando as cooperativas como principal elo entre cooperado e produtor. Os extensionistas rurais têm fundamental importância no repasse das mais recentes informações ao pequeno produtor rural, pois são os principais responsáveis por facilitar o desenvolvimento das atividades agropecuárias e por orientar o homem do campo sobre as práticas mais adequadas de produção. A parceria da Embrapa, a OCB e o SESCOOP representa um caminho para que os resultados gerados pela pesquisa cheguem aos profissionais responsáveis pela transmissão desses conhecimentos aos agricultores, assim como que a ampla experiência dos extensionistas sejam incorporadas ao setor produtivo. A integração

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NOTA TÉCNICA

Contrato de Cooperação Técnica e Financeira celebrado entre a Organização das Cooperativas

Brasileiras – OCB, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP e a

Embrapa Trigo

Na economia globalizada, a organização de cooperativas é um elemento de progresso, tendo em vista seu modelo inclusivo, de mitigação da concentração de riqueza, favorecimento de crescimento dos indivíduos e pequenos grupos, o que os fortalece e empodera em sua totalidade. O cooperativismo, de forma anônima, tem atuado na função de transformador social em comunidades de vários países, sendo o papel do segmento agrícola para elevação da produtividade e renda destaque no Brasil, principalmente por representarem, em muitas regiões, uma das poucas possibilidades de agregação de valor à produção rural, bem como da inserção de pequenos e médios produtores em mercados concentrados. Segundo o Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Maurício Lopes, por meio do associativismo e do cooperativismo há integração de esforços e viabilização de renda. Ao invés de usuários passivos, as cooperativas se engajam no desenvolvimento da pesquisa. De acordo com Sexton (1986), os benefícios das sociedades cooperativas estão associados à integração vertical que promove redução dos custos, por meio de melhor poder de barganha na aquisição dos insumos, às economias de escala, à melhoria da posição de barganha no mercado, em especial quando se trata de produtos perecíveis, aos ganhos de eficiência advindos da capacidade coordenadora das cooperativas e à redução dos riscos em ações conjuntas, comuns a esse tipo de empreendimento. De acordo com Pattison (2000), cerca de um terço da produção mundial de alimentos é governado pelas cooperativas. No Brasil, segundo o Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, Mareio Lopes de Freitas, é estimado que o setor cooperativista trabalhe com mais de doze mil extensionistas no ramo agropecuário, considerando as cooperativas como principal elo entre cooperado e produtor.Os extensionistas rurais têm fundamental importância no repasse das mais recentes informações ao pequeno produtor rural, pois são os principais responsáveis por facilitar o desenvolvimento das atividades agropecuárias e por orientar o homem do campo sobre as práticas mais adequadas de produção. A parceria da Embrapa, a OCB e o SESCOOP representa um caminho para que os resultados gerados pela pesquisa cheguem aos profissionais responsáveis pela transmissão desses conhecimentos aos agricultores, assim como que a ampla experiência dos extensionistas sejam incorporadas ao setor produtivo. A integração de esforços amplia a capilaridade para que conhecimentos e tecnologias produzidas possam chegar ao mercado e à sociedade. A capacitação possibilita o intercâmbio de conhecimento, construção de redes e geração de soluções eficientes aos usuários em geral. Nesta parceria, a Embrapa e a OCB, apontarão as principais demandas tecnológicas para a cadeia produtiva de cereais de inverno, bem como temas transversais, e disponibilizarão especialistas para a capacitação, conforme sua área de competência; o SESCOOP desenvolverá e conduzirá os cursos de formação dos temas relacionados ao cooperativismo e viabilizará a operacionalização dos cursos junto às cooperativas agropecuárias por meio das unidades estaduais da OCB/SESCOOP; e a Embrapa será responsável por desenvolver e conduzir os cursos voltados à transferência de tecnologia,

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conforme acordos e negociações com a OCB/SESCOOP, além de disponibilizar infraestrutura e materiais específicos para a realização dos cursos quando estes ocorrerem em suas dependências. A principal proposta nessa parceria é a capacitação de profissionais das ciências agrárias que, atuando como multiplicadores e interlocutores com os cooperados do setor agropecuário, propiciarão o acesso e a aplicação de novas tecnologias que levem ao desenvolvimento das atividades individuais desses beneficiários e, consequentemente, das suas cooperativas. Adicionalmente, apoiará também eventos de transferência de tecnologias, propiciando a formação de multiplicadores secundários (por ação dos multiplicadores primários) e o acesso dos cooperados das cooperativas agropecuárias vinculadas à OCB/SESCOOP às novas tecnologias aplicadas na produção rural, levando ao seu desenvolvimento e ao da sua cooperativa.As formações/capacitações serão feitas com base nos conhecimentos intrínsecos ao cooperativismo e das tecnologias geradas pelo Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA ao longo da sua existência, em módulos presenciais..

Passo Fundo, 03 de julho de 2014

Vladirene Macedo Vieira

Supervisora do SIPT

Embrapa Trigo

Adão da Silva Acosta

Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia

Embrapa Trigo