Novas políticas sobre drogas no Paraná: um diálogo entre o direito, a psicologia e a psiquiatria...

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Contribuições Clínicas Novas políticas sobre drogas no Paraná: um diálogo entre o direito, a psicologia e a psiquiatria José Leão de Carvalho Jr.

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Slides da participação de José Leão de Carvalho Júnior na mesa redonda denominada "Novas políticas sobre drogas no Paraná: um diálogo entre o direito, a psicologia e a psiquiatria", como representante da psiquiatria. Apresentado no II Congresso Brasileiro de Saúde Mental e Dependência Química. http://cbsmdq.lafcuritiba.com

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Contribuições Clínicas

Novas políticas sobre drogas no Paraná: um diálogo entre o direito, a psicologia e a

psiquiatria

José Leão de Carvalho Jr.

Tratamento da

Dependência Química

Interromper as eventuais recaídas.

Tolerância zero com recaída = recaiu, rever tratamento.

Prevenção de recaída.

Abstinência de todas as substâncias psicoativas.

Proposta de Enfrentamento

Clínico

Atendimento multiprofissional integrado (medicina, psicologia, terapia ocupacional, serviço social, educação

física, musicoterapia, enfermagem, nutrição, fisioterapia). Atendimentos familiares.

Tempo estimado: 45 dias.

Objetivo: o paciente sair com suas comorbidades sob controle e consciente da necessidade de

tratamento delas e da sua dependência química.

1º) Período curto de internação integral em CLÍNICA:

Objetivo: manutenção da abstinência. Reinserção familiar e social.

Prazer sem as substâncias psicoativas.

Proposta de Enfrentamento

Clínico

Atendimento multiprofissional integrado (medicina, psicologia, terapia ocupacional, serviço social, educação

física, musicoterapia, nutrição, fisioterapia). Grupo de voluntariado. Atendimentos familiares.

Grupos de surfe e de corrida/caminhada.

2º) Tratamento em regime de clínica-dia (ou CAPS-AD):

Tempo estimado: 6 a 24 meses.

3º) Atendimento ambulatorial

Médico (psiquiatra e especialidades das comorbidades) e psicológico (psicoterapia

individual e orientação familiar).

Desde a alta da internação integral, por tempo indeterminado.

Objetivo: manutenção da abstinência. Controle das comorbidades.

Prazer sem as substâncias psicoativas.

Proposta de Enfrentamento

Clínico

Funciona?

Qual é a resolutividade?

Como avaliar os benefícios deste tratamento?

MANUTENÇÃO DA

ABSTINÊNCIA EM

DEPENDENTES QUÍMICOS

E MODALIDADE DE

TRATAMENTO

Trabalho realizado com dados de pacientes

internados no ano de 2011 na Clínica de

Reabilitação Nova Esperança, em Curitiba, PR.

O OBJETIVO DO TRABALHO É AVALIAR A RELEVÂNCIA DO

TIPO DE TRATAMENTO NA OCORRÊNCIA OU NÃO DE

RECAÍDA DE DEPENDENTES QUÍMICOS.

COMO TODOS OS PACIENTES PASSARAM POR

INTERNAÇÃO INTEGRAL, ENTENDE-SE O TIPO DE

TRATAMENTO:

SE A INTERNAÇÃO FOI VOLUNTÁRIA OU INVOLUNTÁRIA

O TEMPO DE INTERNAÇÃO

O TIPO DE ALTA

SE HOUVE OU NÃO ACOMPANHAMENTO EM CLÍNICA-DIA

SE HOUVE OU NÃO ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL

(PSICOTERÁPICO OU PSIQUIÁTRICO).

Foram considerados os pacientes que receberam alta da

internação integral durante o ano de 2011 (até 31/12/2011),

com seguimento até 31/12/2012.

O tempo mínimo de acompanhamento foi de 12 meses e o

máximo de 24 meses

A população estudada (n) foi de 112 pacientes, todos com o

diagnóstico de dependência química (F10 a F19).

Não foi levado em consideração se havia ou não

comorbidades psiquiátricas

VISÃO GERAL

Do total (112) de pacientes acompanhados, 71 recaíram e 41

mantiveram a abstinência até o final do período.

63%

37%

Porcentagem de recaídas

sim

não

TIPO DE INTERNAÇÃO E

MANUTENÇÃO DA ABSTINÊNCIA

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

recaídos abstinentes

TIPO DE INTERNAÇÃO

voluntária

involuntária

TIPO DE ALTA

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

RECAÍDAS X TIPO DE ALTA

percentual de recaída

TRATAMENTO AMBULATORIAL

sim não

37%

82%

63%

18%

Participação em

tratamentos ambulatoriais

recaíram abstinentes

CLÍNICA-DIA

sim não

17%

76%

83%

24%

PELO MENOS SEIS MESES

recaíram abstinentes

CONTATOS

www.clinicanovaesperanca.com.br

[email protected]

[email protected]

Anexo

Em 2011, os gastos com

Dependência Química

chegaram a 2,5% do orçamento do

Ministério da Saúde.

= 0,25% do total para a Saúde.

Lei Orçamentária Anual 2014

Valor total para o Ministério da Saúde= 92,3 bilhões

(Investimentos da Petrobrás em 2013 = 102 bilhões)