nov./dez. de 2005 das Associações do Pessoal da ...

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Publicação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal Edição 45 - ano 8 nov./dez. de 2005 distribuição gratuita www.fenae.org.br Dilemas de um Brasil desigual

Transcript of nov./dez. de 2005 das Associações do Pessoal da ...

Publicação da Federação Nacionaldas Associações do Pessoal daCaixa Econômica Federal

Edição 45 - ano 8nov./dez. de 2005

distribuição gratuita

www.fenae.org.br

Dilemas de umBrasil desigual

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Da Redação

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Cardápio

FA 28

No final de novembro, durante marcha nacional em defesado salário mínimo e do reajuste do Imposto de Renda, reu-

nindo mais de 15 mil trabalhadores em Brasília, a Central Úni-ca dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais reali-zaram manifestação por mudanças na política econômica e pelodesenvolvimento econômico e social do país.

Estudos recentes apontam que a tabela do IR contém defa-sagem de 57,12%, acumulada desde 1996 quando deixou deser corrigida periodicamente. Essa situação tem sufocadopesadamente a classe média, levando o Brasil a liderar o rankingem duas pontas: menor renda per capita do mundo e maiorcarga tributária.

Renda concentrada faz do Brasil um país desigual, apesardos avanços conquistados em relação ao governo anterior esua prática de privatização e desmantelamento do Estado. Oatual modelo tributário, como resultado de políticas equivoca-das do passado, é regressivo e atua como fator de desigualdadee de má distribuição de renda, em prejuízo dos indicadores so-ciais. Alternativas há, como a cobrança de imposto sobre gran-des fortunas. Pessoas com rendimentos muito acima da média,os chamados “abastados” da sociedade, devem pagar alíquotasuperior de impostos, dentro do conceito de progressividadefrente à capacidade de contribuição de cada um. Esta, aliás, éuma realidade que não pode ser ignorada por quem tem noçãode cidadania. O assunto é capa da edição de fim de ano deFENAE AGORA.

A revista traz ainda temas igualmente relevantes, como areorganização estrutural e societária do Grupo Fenae, areestruturação do PAR, os debates sobre reforma urbana, oacordo coletivo de 2005 firmado com a Caixa, o plebiscito naFuncef que aprovou o novo plano de benefícios e a estrutura daApcef/SC. Figuram também no cardápio desta edição a pro-gramação de dezembro do PAR, o Circuito Cultural Fenae, osJogos da Fenae em 2006, os problemas provocados pela diabe-tes, as barragens que alteram o curso d’água, a viola caipira deHelena Meirelles e a Festa do Sairé (Pará).

Impostos = desigualdade

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Entidade com responsabilidadesocial serve para agregar valor

Plebiscito aprova novo planode benefícios para a Funcef

Brasil lidera ranking de maiorcarga tributária do mundo

Grupo Fenae passará porreorganização estrutural

Fenae Corretora recebePrêmio Desempenho 2005

Diabetes já atinge mais de 11%da população acima de 40 anos

Circuito Cultural Fenae promoveconcursos de caricatura e contos

A viola caipira mágica daautodidata Helena Meirelles

PAR faz programação para o fimde ano: “Natal sempre presente”

A estrutura, as realizaçõese os eventos da Apcef/SC

Desenvolvimento urbano foitema de conferência das cidades

Jogos da Fenae 2006 serãorealizados em abril na Bahia

Festa do Sairé faz parte dacultura popular da Amazônia

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Rede

Rádios do mundona internet

O site www.radios.com.br/ tem rádios de todo oBrasil, como Jovem Pan, Transamérica, Amazonas, Ci-dade, Mundi, CBN, Colméia, Bandeirantes, DomBosco e várias outras. A grande vantagem das rádiospela internet é que se pode ouvir transmissões de di-versos estados ou até de outros países, como Argenti-na, Jamaica, Estados Unidos e Alemanha, que são al-guns dos presentes no site.

O radios.com.br foi desenvolvido em 1996 peloentão bancário Willians Spinelli Venga, hoje advoga-do, de Varginha (MG).

Mapas e fotosde satélite

Um ótimo instrumento de apoio a trabalhos es-colares ou para consultas em geral, o Guia Geográ-fico (http://www.guiageografico.com/) traz fotos eimagens de satélite de diversos países, além de ma-pas políticos, geográficos e rodoviários de países,estados e cidades. No site, é possível encontrar tam-bém links para sites de informações geográficas eestatísticas, como o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), a Embrapa e o Ministériodos Transportes.

A legislação sobre o trabalho de empregados domésticos, dúvidassobre como contratar, descontos no salário, diferenças entre diaristase mensalistas, tudo isso é tema do portal Doméstica Legal(www.domesticalegal.com.br), que pode ser uma boa ferramenta paraa contratação correta dos empregados. O site tem ainda endereços etelefones de sindicatos e associações dos empregados domésticos emtodo o Brasil, tabelas de salário mínimo desde 1980 e uma calculado-ra, onde o empregador pode saber o salário bruto que será registradoinformando o salário líquido que pretende pagar.

O site e-Pipoca mostra o cinema nacional e inter-nacional dos mais diversos ângulos, com notícias so-bre filmes em cartaz ou que serão lançados e dicas detítulos encontrados em DVD e vídeo. Para quem gostade saber a opinião de um especialista, o crítico RubensEwald Filho publica artigos no site. É possível encon-trar também detalhes sobre as bilheterias, com núme-ro de cópias distribuídas, público e semanas em car-taz. (http://epipoca.cidadeinternet.com.br)

Sucesso de públicoe de crítica

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Fenae Agora 5novembro / dezembro 2005

Responsabilidade Social

Exposiçãona Apcef/DF

No domingo de 18 de de-zembro, a Apcef/DF irá promo-ver a já conhecida Chegada doPapai Noel, com pipoca e al-godão doce para a criançadae o Papai Noel chegando commuita alegria, como todos osanos. Mas, em 2005, o eventovai ter um toque especial: umbazar de artigos feitos a partirde material reciclado.

Parte da matéria-prima dosobjetos que serão vendidos é omaterial reciclável que foi doa-do pela Fenae desde maio des-te ano, na campanha dereciclagem Primeiro Passo, daqual participaram todos empre-gados da Fenae Federação e Fe-nae Corretora em Brasília.

Os expositores são da Co-operativa de Catadores 100Dimensão, do Distrito Federal,e apresentarão caixas, porta-canetas e blocos de anotaçãoforrados com papel reciclado,além de bolsas e outros aces-sórios feitos com lacres de la-tas de alumínio e garrafas PET.

Uma entidade com responsabi-lidade social é aquela que

procura agregar valor a todos osenvolvidos em seu ambiente: só-cios, proprietários, funcionários,clientes, fornecedores, comunida-des e o próprio meio ambiente. Aresponsabilidade socialpode estar presente emqualquer ambiente e de-pende, basicamente, docomportamento éticodas pessoas.

Quando se fala emresponsabilidade social,está se falando em respeito aopróximo, respeito às regras e leis,preservação do meio ambiente,compromisso com a justiça, soli-dariedade, honestidade... Estesconceitos devem nortear todas asações do dia-a-dia da empresa ou

Todos saem ganhando quando a entidade age com princípios econceitos morais que determinam o cumprimento das leis

Ética em todas as açõese respeito às regras

entidade, como as tarefas de cadafuncionário, as práticas de con-tratação, o desenvolvimento deprodutos e serviços, programas detreinamento, etc.

Ao seguir os princípios de res-ponsabilidade social, a entidade

fortalece suas relaçõescom fornecedores, clien-tes e outros parceiros eaté mesmo reduz o nú-mero de processos legaisque pode vir a sofrer. Aresponsabilidade social éum processo que nunca

se esgota. O primeiro passo é umaauto-avaliação que possa indicarem que pontos é necessário melho-rar as políticas e práticas da em-presa ou entidade e, a partir daí,estabelecer um cronograma deações que devem ser realizadas.

Ética é abase de uma

empresasocialmenteresponsável

Membros do Comitê de Responsabilidade Social do Grupo Fenae

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Movimento

A Federação Nacional dos Ban-cos (Fenaban) havia apresentadoinicialmente uma proposta que se-quer repunha a inflação. Com a for-ça da greve, demonstrada na uni-dade da categoria, os patrões fo-ram obrigados a abandonar aintransigência e a aumentar o índi-ce de reajuste, passando de redu-ção salarial para aumento real.

“Houve avanços importantestambém nas negociações de te-mas específicos, feitas diretamen-te com a direção da Caixa”, lem-

bra Jair Pedro Ferreira,diretor da Fenae e mem-bro da Comissão Execu-t iva dos Empregados(CEE/Caixa).

Entre os avançosapontados por Jair Pedroestão a concessão de um

delta de promoção; o fim do caixaflutuante, com abertura de maisvagas para caixas executivos; oreenquadramento dos tesoureirosde retaguarda e dos supervisores dehabitação; a reclassificação dossupervisores de retaguarda; a ele-vação do quantitativo de técnicossociais, com promoções; e as pro-moções nas carreiras profissionais.

Os bancários de todo o país de-monstraram uma vez mais este

ano toda a garra e a força da cate-goria. Foram à luta com unidade emobilização em todos os estados,em todos os bancos (públicos e pri-vados). Conquistaram mais umacordo coletivo de trabalho comaumento real (o reajuste foi de 6%,contra uma inflação de 4,89%) efizeram avançar a participação noslucros e resultados (PLR). Obtive-ram também um abono de R$1.700,00, que representou rendaimediata no bolso.

A PLR foi de 80% dosalário, mais um fixo deR$ 800,00, com teto deR$ 5.000,00. No anopassado, o valor fixo foide R$ 750,00 (reajuste de13,45% para este ano).

Foram conquistas da persis-tência e da determinação. Em seisdias de greve, os bancários en-frentaram a truculência dos ban-queiros, que contaram com cola-boração da polícia em vários es-tados. Os interditos proibitóriosvoltaram a ser usados como meiode se atacar o legítimo direito degreve dos trabalhadores.

Unidade, mobilização econquistas históricas

As negociações com a Caixaasseguraram ainda a conversão deaté 30 dias de licença-prêmio eApip, o parcelamento de férias e amudança de percentual do salárioque o empregado deve desembol-sar para o vale-transporte (caiu de6% para 4%, mesmo percentualpraticado nos bancos privados).

Conquista históricaO destaque nas negociações

deste ano com a Caixa ficou porconta da inclusão do companhei-ro ou companheira do mesmosexo no plano de saúde, reivindi-cação que vinha sendo feita pelasrepresentações dos empregados hámais de uma década.

É uma conquista histórica e quecoloca os bancários da Caixa navanguarda da sociedade, pois aci-ma do ganho econômico que repre-senta está o seu valor maior: a afir-mação da cidadania.

A vitória abre um importan-te precedente para que o mes-mo direito chegue às demais ins-tituições financeiras e a empre-sas de outros setores. Trata-se,portanto, de uma vitória de to-dos os trabalhadores.

Na campanha salarial unificada de 2005, os trabalhadores de bancospúblicos e privados conquistaram acordo coletivo com aumento real

Negociaçõescom a Caixaregistraram

avançosimportantes

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Fenae Agora 7novembro / dezembro 2005

SIM - 81,46%

NÃO - 18,54%

Número total de votos - 23.756

Funcef

aprovado pelos órgãos reguladoresdos fundos de pensão, pela patro-cinadora e pela própria Funcef.Após a aprovação nas diversas ins-tâncias, será aberto o processo deadesão formal e individual, paraque cada participante manifeste oseu interesse em aderir às regras dosaldamento no plano atual e aonovo plano de benefícios, simulta-neamente, ou em permanecer nosplanos REG e Replan.

Construção do planoAs mudanças nos planos resulta-

ram do processo de negociação entrerepresentantes da Funcef, da Caixa edos participantes, ativos e aposenta-

No final de outubro, a vitória doSIM em plebiscito realizado

pela Confederação Nacional dosBancários (CNB/CUT), com oapoio da Funcef, indicou que81,46% dos participantes da fun-dação querem a implantação donovo plano. O resultado do plebis-cito não implica na adesão auto-mática ao novo plano, apenas in-dica a concordância com a opçãodas novas regras.

Para o presidente da Fenae econselheiro eleito do Conselho De-liberativo da Funcef, José CarlosAlonso, a participação dos associ-ados foi de extrema importânciapara o processo de implantação donovo plano. “Apesar de não haverexigência para o plebiscito, eramuito importante para os conselhei-ros eleitos no Conselho Deliberati-vo a opinião dos participantes paraa definição do seu voto no CD”,afirmou, em discurso durante a ce-rimônia de encerramento da vota-ção, no dia 28 de outubro.

Agora, o novo plano deve ser

Plebiscito: SIMpara as novas regras

Maioria dos participantes da Funcef aprova a proposta para implantaçãode um novo plano de benefícios, elaborada por um grupo de trabalho

ResultadoA comissão eleitoral criada para coordenar o processo do plebis-

cito foi composta por Jair Pedro Ferreira e Daniel Machado Gaio(representantes da CNB/CUT) e Eugênio Fábio de Resende e LaniaVasconcelos de Araújo (indicados pela Funcef). Confira o resultadodo plebiscito realizado de 24 a 28 de outubro de 2005:

dos, em um grupo de trabalho forma-do em 2003. A iniciativa das negoci-ações foi fruto da reivindicação dosconselheiros eleitos do Conselho Deli-berativo da Funcef (Antônio Bráuliode Carvalho, Francisca de Assis e JoséCarlos Alonso).

O novo plano tem contribuiçãodefinida (CD) na fase de formaçãodas reservas e benefício definido(BD) na fase de recebimento debenefícios. Ele prevê a garantia daresponsabilidade solidária da pa-trocinadora no custeio, inclusão dosinstitutos de benefício proporcionaldiferido e portabilidade, revisão daspremissas atuariais e unificação dedireitos entre todos os aposentados.

GT EstatutoDurante o processo de discussão

do novo plano, a Caixa manifestousua concordância com alguns pon-tos defendidos pelos conselheiros elei-tos do CD: paridade em todas as ins-tâncias de poder da Funcef, restriçãoao voto de qualidade no ConselhoDeliberativo e redefinição dos comi-tês internos da fundação. Estes temasforam remetidos ao GT de reformado estatuto, que deve voltar a se reu-nir em breve.

Cerimônia de encerramento do plebiscito, na sede da Funcef, no DF

Fenae Agora 7novembro / dezembro 2005

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Fenae Agora novembro / dezembro 20058

Capa

Classe méSandra Flosi

Acorreção na tabela do IRPF doBrasil é feita no valor das fai-

xas de contribuição da base de cál-culo. Atualmente, quem tem rendamensal de até R$ 1.164,00 é isen-to, quem tem renda de R$ 1.164,01até R$ 2.326,00 é taxado em 15%no que exceder o limite de isenção.Acima de R$ 2.326,00, a taxaçãoé de 27,5% do que exceder o limitede R$ 2.326,00.

O relator do Orçamento daUnião, o deputado Carlito Merss(PT-SC), deve incluir a defasagemdo período do governo Lula, de12,61%, na proposta de orça-mento para 2006. A correção de12,61%, elevaria o limite mensal deisenção para R$ 1.310,78.

Os impostos cobradossobre a renda doscidadãos de países

ricos contribuem com amelhor distribuição derenda. No Brasil, a nãotaxação sobre herançasou grandes fortunas ea tabela do Imposto de

Renda para Pessoa Física(IRPF) sem correção têmsufocado a classe média.

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Fenae Agora 9novembro / dezembro 2005

idia x impostosNa 2ª Marcha Nacional do

Salário Mínimo, realizada emBrasília em 29 e 30 de novembrodeste ano, as reivindicações apre-sentadas ao Congresso Nacionalpelas centrais sindicais foram decorreção do salário mínimo paraR$ 400,00 em 2006 e reajuste databela do IRPF um pouco acimado que deve ser proposto porCarlito Merss, em 13%.

Já o Sindicato Nacional dosAuditores Fiscais (Unafisco) di-vulgou, no início de novembrodeste ano, um estudo mostrandoque a tabela do imposto de ren-da da pessoa física está comuma defasagem de 57,12%, quevem sendo acumulada desde ja-neiro de 1996, quando a tabeladeixou de ser corrigida periodi-camente. Até 1996, a correçãoera feita pela Unidade Fiscal deReferência (Ufir), que viria a serextinta em outubro de 2000 e eraatualizada pelo Índice de Preçosao Consumidor Ampliado sérieEspecial (IPCA-E), do InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

O estudo do Unafisco foi fei-to já descontando as correçõesde 2002 (17,5%) e 2005 (10%).No entanto, a Unafisco defendeque esses dois reajustes não re-fletem toda a inflação acumu-lada nos últimos 11 anos - oIPCA entre janeiro de 1996 edezembro de 2004 foi de 92,8%.Pelos cálculos da Receita Fede-ral, a correção de 57,12% sig-nificaria uma renúncia fiscal emtorno de R$ 9 bilhões.

Com a atual taxação, o saláriode um trabalhador médio no Brasiltem 15% de imposto de renda reti-do na fonte. O valor equivale aospaíses com economia desenvolvi-da, como Estados Unidos e Ingla-terra (ver tabelas 1 e 2).

Se formos considerar a carga tri-butária total em relação à renda, oBrasil está entre as menores rendasper capita do mundo (US$ 2.710) eentre as maiores cargas tributárias(36,4% do Produto Interno Bruto).

*estudo baseado no salário anualde um trabalhador médio

**pessoas que recebem valoresreferentes a 67% do salário anualde um trabalhador médio

***pessoas que recebem oequivalente ao salário anual deum trabalhador médio

****pessoas que recebem valoresreferentes a 133% do salárioanual de um trabalhador médio

Imposto de Renda Retido na Fonte no BrasilFaixas de Contribuição

Base de Cálculo Alíquota Parcela a deduzir

Até R$ 1.164,00 Isento

De R$ 1.164,01 até R$ 2.326,00 15% R$ 174,60

Acima de R$ 2.326,00 27,5% R$ 465,35

Fonte: Secretaria da Receita Federal

Tabela 1

Fonte: estudo da OECD (Organization for Economic Co-operation and Development) sobre IR - 2004.

Tabela 2

Imposto de Renda sobre Faixa Salarial *

País 67%** 100%*** 133%****

Japão 4,9% 5,9% 7,2%

França 6,6% 13,1% 15,6%

Reino Unido 12,8% 15,9% 17,4%

Alemanha 13,2% 19,6% 24,4%

Estados Unidos 14,1% 16,5% 19,8%

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Em uma comparação feitapela coordenação-geral de polí-tica tributária da Secretaria daReceita Federal do Ministério daFazenda, com dados do impos-to de renda retido na fonte em1997, é possível perceber que,entre os países que optam por teruma faixa de isenção para ossalários mais baixos, a alíquotamáxima é sempre bastante supe-rior à do Brasil. Assim, os maisr icos pagam mais impostos,compensando a não-taxação deparcelas menos favorecidas dasociedade. (Tabela 3)

mês de abril do ano seguinte (15meses depois) aparecerá na decla-ração do IR.

Assim, despesas maiores docomeço do ano que puderem serfeitas no final do ano anterior po-dem significar uma vantagem. Masé preciso analisar caso a caso:matrícula escolar, por exemplo, sóvale ser feita em dezembro, se nãofor ultrapassar o limite de descontocom educação do ano.

No entanto, o supervisor nacionaldo Imposto de Renda, Joaquim Adir,lembra que declarações com despe-sas altas, como uma cirurgia fora deplano de saúde, tendem a ficar mais

Melhor aproveitamentoO contribuinte pode programar

o pagamento de seu imposto de ren-da, para que o mesmo traga os be-nefícios possíveis. Muitas vezes, usaro modelo simplificado é mais fácil,mas há alguns descontos que podemvaler a pena e engordar a restituição.

Se uma grande despesa que podeser descontada no Imposto de Ren-da, como uma cirurgia, por exemplo,for feita em dezembro, na declaraçãoseguinte (em 4 meses) já poderá sercontabilizada.

Por outro lado, caso a mesmadespesa for feita em janeiro, só no

Manifestação da 2ª Marcha Nacional do Salário Mínimo, em Brasília

Fenae Agora10

Comparação Internacional da Tabela doImposto de Renda Pessoa Física - 1997 *

Fonte: Secretaria da Receita Federal

Tabela 3

País Menor alíquota Maior alíquotaBrasil isento 27,5%Chile Isento 45%Austrália isento 47%Espanha isento 48%Alemanha isento 51%França isento 54%Japão 10% 37%Reino Unido 10% 40%Estados Unidos 15% 39,6%

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Fenae Agora 11novembro / dezembro 2005

Dicas

tempo sob análise da Receita Fede-ral. É um procedimento normal dechecagem das despesas e confirma-ção com o outro lado da operação.

Muitas vezes, os contribuintesficam em dúvida também sobreonde investir suas reservas parasofrer menor taxação do Impostode Renda. Joaquim Adir ressaltaque o IR considera o ganho líqui-do total, com todos os investimen-tos. Por isso, cada pessoa tem queanalisar a sua realidade para sa-ber o que vai ser mais vantajoso.

“Como regra, para se benefici-ar do imposto não tem nada queseja interessante. Muita gente fica

na malha fina por causa de doações,por exemplo. Nesses casos, é maisvantagem fazer direto a doação novalor que vai descontar”, aconselha.

De acordo com dados da Recei-ta Federal, 75% de declarantes nãoisentos têm imposto a restituir. Quemdeclara antes, em geral, recebe a res-tituição antes, a não ser que caia namalha fina. As declarações devem serentregues entre 1º de março e o últi-mo dia útil do mês de abril.

Imposto sobre herançasAlém da correção da tabela do

Imposto de Renda, outro tema queestá entre as prioridades do relator

do Orçamento de 2006 é a correçãodo salário mínimo. Em entrevista re-cente aos meios de comunicação, oministro do Trabalho e Emprego, LuizMarinho, se disse simpático à taxa-ção de heranças para subsidiar oaumento salário mínimo.

No entanto, o ministro lembrouque essa é uma discussão que temde ser feita pelo Congresso Nacionale que a decisão sobre o aumento domínimo será tomada pelo presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva até o fimdo ano. A Central Única dos Traba-lhadores (CUT) propõe que seja co-brada, uma única vez, uma contri-buição sobre grandes fortunas.

Fenae Agora 11novembro / dezembro 2005

90% das declarações retidas namalha fina têm erro nos dados docontribuinte ou da fonte pagado-ra, por isso, é preciso confirmarcom cuidado as informações an-tes de enviar a declaração;

Quem ainda não recebeu suarestituição no fim do ano deverever sua declaração - se estácom o rendimento correto dos

dependentes, se as despesas es-tão certas - e, se notar algum erro,deve fazer uma declaraçãoretificadora;

Guarde todos os documentosde despesas que tiver durante oano. Tenha uma pasta onde serácolocado tudo o que diz respeitoà imposto de renda, ao longo detodo o ano.

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Joaquim Adir, supervisor do IR

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Alguns rendimentosisentos e não-tributáveis:

Capital de apólices de seguroou pecúlio pago por morte do se-gurado, prêmio de seguro resti-tuído em qualquer caso e pecú-lio recebido de entidades de pre-vidência privada em decorrênciade morte ou invalidez permanen-te são rendimentos isentos e não-tributáveis;

Indenizações por rescisão decontrato de trabalho, inclusive atítulo de plano de demissão vo-luntária, e por acidente de tra-balho; e FGTS;

Parcela isenta de proventosde aposentadoria, reserva re-munerada, reforma e pensãode declarantes com 65 anos oumais. A parcela isenta na de-claração está limitada a R$1.058,00 por mês, independen-temente de recebimento de

uma ou mais aposentadorias,pensões e/ou reforma. O valorexcedente deve ser informadocomo rendimento tributável;

Rendimentos de caderneta depoupança e letras hipotecárias;

PIS/Pasep (depósitos, juros,correção monetária e quotas-partes creditadas);

seguro-desemprego, auxílio-nata-lidade, auxílio-doença, auxílio-fune-ral e auxílio-acidente, pagos pelaprevidência oficial ou privada;

75% dos rendimentos do traba-

lho assalariado recebidos por ser-vidores de autarquias ou reparti-ções do governo brasileiro situa-das no exterior;

restituição do Imposto deRenda.

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Fenae Agora 13novembro / dezembro 2005

Grandes fortunasEm 1989, no âmbito do Con-

gresso Nacional, foi proposta a re-gulamentação do imposto sobregrandes fortunas. O projeto ficounove anos engavetado na Comis-são de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara, até que, em2000, voltou a ser discutido, poriniciativa do deputado FernandoCoruja (PDT-SC), que apresentourelatório favorável à constitu-cionalidade da tributação dasgrandes fortunas.

Para o supervisor nacional doImposto de Renda, o Brasil é umpaís com perfil para este tipo deimposto. “No contexto de um paíscom concentração de renda, o im-posto sobre fortuna seria o correto.Ao se pagar mais por uma socie-dade melhor, todo mundo ganha”,idealiza Adir.

Por outro lado, ele defende quea taxação não poderia ser poruma única vez sobre patrimôniosacima de determinado valor, por-que não seria caracterizado aí umimposto. “Sou favorável àalíquotas mais altas e mais bai-xas do que as atuais. Para o tra-

balhador, a alíquota atual é alta,enquanto para outros é baixa”,analisa Adir, que entende que osganhos com correção da tabelasão muito pequenos para o tra-balhador em geral. “Para haverum ganho hoje, seria preciso me-xer nas alíquotas”, defende.

Uma afirmação que Adir con-sidera uma verdade absoluta,independentemente da formacomo os ricos sejam mais taxa-dos, é que o consumo de quemtem renda alta sofre variaçãomuito pequena com a mudança

de impostos. “Tem uma camadaque compra tudo que deseja.Agora, a classe média consomemais se pagar menos impostos.Isso faz girar mais recursos, criaempregos”, observa.

O problema é que entre o po-der aquisitivo da classe médiacrescer com a diminuição dos im-postos e isso se transformar emaumento de empregos, leva umtempo e o governo perde receitanesse período. Além disso, o go-verno tem sempre o receio da voltada inflação.

Fenae Agora 13

Podem ser deduzidos osgastos realizados até o limitede 6% do imposto apurado,relativos a:

Estatuto da Criança e do Ado-lescente - contribuições feitas di-retamente aos fundos controla-dos pelos Conselhos Municipais,

Doações que podemser deduzidas

Estaduais e Nacional dos Di-reitos da Criança e do Adoles-cente, que devem ser comprova-dos por documento emitido pe-los conselhos;

Incentivo à cultura - doações,inclusive ao Fundo Nacional daCultura (FNC), e patrocínios.

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Fenae

A Fenae está ampliando seu raiode ação. Ao lado do incremen-

to das atividades típicas de entida-de associativa, como as do circui-to cultural que abrange as mais va-riadas formas de expressão artísti-ca, as esportivas, as sociais, as decomunicação e as de mobilizaçãopela garantia de direitos, a repre-sentação dos empregados da Cai-xa investe também no fortalecimen-to e expansão de suas atividadesempresariais.

O Grupo Fenae, hoje consti-tuído pela Fenae Corretora de Se-guros S/A, será ampliado com acriação da CorporateAdministração Imobiliá-ria Ltda. O ProgramaPAR também assumiráformato de empresa,dentro da estrutura daFenae Corretora.

A ampliação do gru-po dá-se em compassocom uma reorganização societá-ria, na qual se busca a moderni-zação estrutural, a implementaçãodas melhores práticas de gestãoexistentes no mercado e o incre-mento e diversificação dos negó-cios. Será criada uma “empresamãe”, que deterá participação emtodas as empresas do grupo. Essaempresa de participação é conhe-cida no mercado como holding,palavra inglesa cujo significado ésegurar ou deter.

Não se trata de uma empresacom atividades operacionais. Seráapenas uma estrutura societária,que irá abrigar todos os negóciosexplorados pelo Grupo Fenae.

A holding terá o nome de FPCParticipações Corporativas S/A e99,99% de seu capital social per-tencerá à Fenae Federação. A cotade 0,01% do capital será atribuí-da (apenas por força de composi-ção legal) à figura do presidenteeleito da Fenae. Esta cota ou açãotem caráter intransferível, sendoobrigatória a sua cessão para cadapresidente eleito.

Com a criação da holding, aFenae Federação deixa de parti-cipar diretamente como acionis-ta ou cotista de qualquer outraempresa. Todas as participações

em negócios, aí incluí-da a Fenae Corretora,passam a ser realizadasatravés da FPC Partici-pações Corporativas.

Desta forma, a FPCS/A será a detentora dos61,852% das ações daFenae Corretora, fican-

do da Fenae Federação comosócia indireta.

A reorganização societária doGrupo Fenae, com a criação daholding e da Corporate Adminis-tração Imobiliária Ltda, foi apro-vada pelo Conselho DeliberativoNacional (CDN) da Fenae, emreunião realizada em agosto. OCDN é composto pelos presiden-tes das Associações do Pessoal daCaixa (Apcefs).

Gestão não mudaA administração da FPC Parti-

cipações será da Fenae Federaçãoe nada muda em termos de contro-le de gestão da Corretora e de dis-

Reorganização societária do

tribuição de dividendos. Para osdemais acionistas da Corretora, asApcefs, também não há mudanças.Continuam acionistas, resguarda-dos os percentuais atuais de suasações e também o pagamento dedividendos.

A FPC S/A terá um Conselhode Administração composto porseis membros: o presidente daFenae Federação, dois executivosdo Grupo Fenae, um empregadoda Caixa, um empregado daCaixa Seguros e um representan-te do CDN.

A diretoria será composta pe-los dois conselheiros executivos,sendo um o diretor superintenden-

O CDNaprovou a

reorganizaçãosocietária doGrupo Fenae

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Fenae Agora 15novembro / dezembro 2005

te e outro o diretor administrati-vo-financeiro.

A abertura da holding FPCParticipações Corporativas S/Acontou com pareceres jurídicose consultoria especializada con-tratados.

Para o gerente executivo deAdministração e Finanças da Fe-nae Corretora, Marcelo Maron,a reorganização societária doGrupo Fenae promove a “ade-quação estrutural necessária àexploração de novos negócios enichos de mercado”, tendo tam-bém em foco a observância às“melhores práticas de gover-nança corporativa”. Maron des-

e estrutural er grupo Fenae

A idéia de criação daCorporate Administração Imo-biliária Ltda, empresa que esta-rá sob o guarda-chuva daholding FPC S/A, surgiu a par-tir da constatação de uma de-manda da Funcef por serviçosde preservação de seus diversosempreendimentos imobiliários.A possibilidade de trabalhar comuma empresa controlada pelasrepresentações associativas dopróprios empregados da Caixaagradou a fundação e foi logoagarrada pela Fenae.

A decisão de se estruturaruma empresa para a gestão deativos imobiliários para rendae administração condominialfoi também motivada por ou-tras oportunidades existentesno mercado, inclusive entre osdemais fundos de pensão.

No escopo de atividades danova empresa da holding FPCS/A estão a gestão condominial,a manutenção preventiva deatualização patrimonial, a ad-ministração de estacionamen-to e espaços comuns/eventos, acobrança de aluguéis e gestãode contratos a consultoria emlocação e alienação, o suporteadministrativo e operacional osserviços de facilities e a repre-sentação institucional.

Atuação nosegmentoimobiliário

taca como finalidades das boasprát icas de governança cor-porativa: facilitar a gestão atra-vés de mecanismos modernos etransparentes, aumentar o va-lor da sociedade, melhorar seudesempenho, facilitar seu aces-so ao capital a custos mais bai-xos e contribuir para a sua pe-renidade.

O presidente da Fenae, JoséCarlos Alonso, vê as inovações tam-bém como uma forma de melhoraro nível de profissionalização dasatividades desenvolvidas pelo Gru-po Fenae e buscar resultados visan-do o fortalecimento das Apcefs e domovimento associativo. FA

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Fenae Agora novembro / dezembro 200516

Fenae

Com a reorganização estruturaldo Grupo Fenae, o Programa PARpassa a funcionar com perfil deempresa, mas dentro da estruturada Fenae Corretora. Para tanto, estásendo criada uma Sociedade emContas de Participação (SCP), fór-mula que permite a separação for-mal do que é o Programa PAR nacontabilidade da Corretora.

Isso significa que as operações daSCP serão separadas no balancete,o que resulta em mais transparência

para os acionistas da Corretora. Ou-tra conseqüência é a adoção de for-ma diferenciada de tributação em re-lação à sociedade principal.

A criação de uma SCP não ne-cessita de registro formal em juntacomercial, nem inscrição deCNPJ. Dá-se de forma simples,através de contrato interno, regis-trado em cartório.

Além da instituição da SCP naestrutura da Corretora, o ProgramaPAR terá uma estrutura operacional

Números do PAR (nov/2005)

A Fenae Corretora recebeu nodia 1º de outubro deste ano o Prê-mio Desempenho 2005, da Funda-ção Instituto Miguel Calmon (IMIC),por seus resultados financeiros.

As empresas são avaliadas pe-los resultados de receita, rentabili-dade em relação ao patrimônio eao faturamento, liquidez e endi-vidamento. Cada empresa home-nageada faz jus a um troféu em re-conhecimento à sua contribuiçãoao mercado produtivo e ao merca-do de trabalho.

Prêmio Desempenhopara Corretora

Na categoria Serviços Gerais,a Fenae Corretora foi reconheci-da como a maior e melhor empre-sa do Distrito Federal e também amaior do Centro-Oeste.

O IMIC trabalha há 25 anosna pesquisa e disseminação deinformações para empresas e em-presários, premiando anualmen-te os destaques em resultados eco-nômicos.

A festa Prêmio 2005 ocorreuno Fiesta Convention Center, emSalvador (BA).

Programa PAR comformato de empresa

para o desenvolvimento de suas ati-vidades, com escritório e equipe pró-pria. O PAR Institucional firmaráacordo com a agência PAR Servi-ços, num modelo de joint venture,para que com a ação conjunta pos-sa se consolidar o Programa PARde relacionamento e buscar outrasalternativas de atuação.

PAR: 94% de aprovaçãoPesquisa realizada em setembro

revelou excelente avaliação do pro-grama de relacionamento PAR, en-tre aos participantes. Foram obtidascerca de nove mil respostas, com94% de percepção positiva.

Quanto à concessão de pontospelo programa, 93% consideraramser um interessante meio de obten-ção de benefícios. As premiaçõessão consideradas justas por 68%dos entrevistados. A qualidade dosprodutos obteve 98% de aprovação.“No geral, os índices de satisfaçãosão excepcionais”, declarou o pro-fessor Bartholomeu T. Tróccoli, doLaboratório de Pesquisa e Avalia-ção e Medida do Instituto de Psico-logia da Universidade de Brasília(UnB), responsável pela pesquisa.

Participantes na base -------------------------------------- 102.396Participantes pontuados-------------------------------------- 63.968Participantes cadastrados------------------------------------ 48.814Pontos distribuídos ----------------------------------- 1.890.220.237Pontos resgatados ----------------------------------- 1.125.070.382Pontos disponíveis --------------------------------------765.149.855Produtos distribuídos ----------------------------------------- 94.913Pedidos efetuados -------------------------------------------- 60.815Participantes com pesquisa de perfil preenchida ------------ 35.080

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Fenae Agora 17novembro / dezembro 2005

Saúde

Sede excessiva, necessidade fre-qüente de urinar, perda de

peso, cansaço crônico, visão em-baçada, aumento do apetite einatividade física são alguns dossintomas da diabetes, distúrbioque prejudica a capacidade docorpo de utilizar adequadamen-te certos nutrientes, sobretudoum açúcar sangüíneo chamadoglicose, devido a falta absolutaou relativa de insulina.

A difusão da diabetes no Bra-sil e no mundo se reflete em núme-ros. A Federação Internacional deDiabetes estima que cerca de 196milhões de pessoas têm a doençano mundo. No Brasil, a incidênciado distúrbio é também significati-

va e já atinge, segundo o Ministé-rio da Saúde, 11% da populaçãoacima de 40 anos.

Aqui e no exterior, os afeta-dos não convivem mais apenascom os sintomas clássicos, maspassaram a ser vítimas de com-plicações como os transtornosalimentares, cujo o índice no pú-blico infantil chega a 10% e 15%.Obesidade, bul imia,anorexia nervosa ecompulsão al imentarperiódica são as formasmais comuns de trans-torno alimentar. Os ca-sos mais sérios provo-cam, inclusive, proble-mas nos olhos (levando à ceguei-ra), nos nervos, no coração, nospés, nas artérias e nas veias.

De maneira mais freqüente, háduas faces da diabetes: tipo 1(diagnosticada na infância e ado-lescência) e tipo 2 (maior peso nofator hereditário e atinge mais os

Segundo o Ministério da Saúde, a diabetes já atinge 11% da populaçãoacima de 40 anos. Combate à sua proliferação cresce em todo o país

Problemas provocadospor uma doença crônica

Crianças sãoas maioresvítimas de

transtornosalimentares

adultos). Especialistas a classificamcomo doença crônica. O combateà sua proliferação ganhou força noCongresso Nacional, onde trami-tam diversos projetos de lei comeste objetivo, com destaque para oque define diretrizes para uma po-lítica de prevenção e atenção inte-gral à saúde da pessoa portadorade diabetes, no âmbito do Sistema

Único de Saúde (SUS).Em outubro deste

ano, a Organização Mun-dial de Saúde (OMS) di-vulgou o relatório “Preve-nindo doenças crônicas:um investimento vital”,no qual alerta que medi-

das fáceis e baratas - como a re-dução do sal nas comidas indus-trializadas, a melhora da qualida-de nas merendas escolares e o au-mento da taxação do tabaco - po-dem produzir benefícios para cor-tar o número de mortes por doen-ças crônicas.

José

Fern

ando V

ilela

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Fenae Agora novembro / dezembro 200518

Cultura

O Circuito Cultural Fenae não pára. A bola da vez são

dois concursos: o ArteFenae - Ca-ricatura 2005 e o LetraFenae - Con-tos 2005. Os temas de ambos oseventos são livres, podendo as ins-crições serem feitas até 10 de ja-neiro de 2006 (caricatura) e até 1ºde fevereiro de 2006 (contos).

Podem participar em-pregados da Caixa da ati-va, aposentados e pensi-onistas que sejam sóciosefetivos das associaçõesdo pessoal ou contribuin-tes do Fenae Doações. Ainscrição é gratuita.

Tanto na atividade de ca-ricatura quanto na de contos, cada can-didato poderá inscrever apenas um tra-balho. Os concursos premiam os ven-cedores com pontos no Programa PAR.Os regulamentos estão no sitewww.fenae.org.br e www.programa-par.com.br. Os documentos detalhamas especificações que as obras devemseguir, o número máximo de obras porconcorrente, a forma de remessa dostrabalhos e outras informações.

Participação recordeNeste ano, o concurso com

maior número de obras e partici-pantes foi o do LetraFenae - Poe-sia 2005, que recebeu 564 obrasinscritas por 259 candidatos. Asinscrições foram encerradas em 28de outubro, sendo que os trabalhosde poesia estão sendo analisados

por uma comissãojulgadora, composta portrês profissionais.

Cerca de 195 obrasforam enviadas por 97concorrentes para oconcurso ArteFenae -Aquarela 2005, en-quanto o ArteFenae -

Cartoon 2005 recebeu inscriçãode 103 trabalhos, remetidos por59 participantes. O concursoAr teFenae - Desenho Infantil2005, cujos autores têm parentes-co em primeiro grau com os em-pregados da Caixa e cada parti-cipante poderia enviar trabalhosde mais de um autor, recebeu ins-crição de 107 candidatos (auto-res de 174 obras).

Música Fenaeem Salvador

No último dia 25 de outu-bro, em reunião ocorrida emBrasília, a Diretoria da Fenaeaprovou a realização em 2006do 8º Música Fenae. O eventodeve acontecer em abril em Sal-vador (BA), ficando com inscri-ções abertas até o dia 16 de fe-vereiro do próximo ano. AsApcefs vão promover festivaisregionais para as eliminatóriasdo festival nacional.

As inscrições para o ArteFenae Caricatura e para o LetraFenae Contosficam abertas até 10 de janeiro e 1º de fevereiro do próximo ano

Caricatura e contos: rotado Circuito Cultural Fenae

Em 2005,concurso depoesias foio de maior

participação

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Fenae Agora 19novembro / dezembro 2005

Memória

Talento nato para dedilhar violas caipiras de até 12 cordas levou revistados EUA a considerá-la uma das melhores instrumentistas do mundo

Helena Meirelles: “Minhacabeça é meu gravador”

A música que componho vem dedentro de mim, é dom de Deus

e me inspiro no Mato Grosso doSul, onde nasci. Como não sei lernem escrever, minha cabeça é meugravador”. Esta frase é de HelenaMeirelles e sintetiza a trajetória des-ta que foi considerada a maior vi-oleira do mundo, reconhecida in-ternacionalmente. Ela soube,como poucos, aliar a sim-plicidade dofalar matutoe o modo devida do interi-or do país com otalento para tocarviola caipira.

Autodidata, HelenaMeirelles aprendeu a to-car viola no ‘olhôme-tro’. Tinha, na épo-ca, nove anos e cos-tumava assistir os

amigos de seu avô tocarem. Pas-sou desde então a mostrar à famí-lia os seus dons de violeira, animan-do festas na região do Pantanal,mas o pai severo ameaçou-lhe cor-tar os dedos. Enfrentou-o com te-nacidade: “Corte, que eu toco comos toquinhos que sobrarem”. Ca-sou-se ainda adolescente para sair

de casa, porque ospais não acei-

tavam queuma mulhertocasse vio-la caipira.

O sucesso profissional ocor-reu depois dos 60 anos, quandofoi descoberta pelo público epela mídia, sobretudo a do ex-terior. Aos 68 anos, Helena Mei-relles subiu pela primeira vez emum palco, ficando conhecidacomo a “Dama de Viola”. Foieleita em 1993 pela conceitua-da revis ta nor te-amer icana“Guitar Player” como uma dasmelhores instrument is tas domundo por sua capacidade emdedilhar violas de seis, oito, 10e 12 cordas, sendo comparadaa ast ros do rock como Er icClapton e Keith Richards, dabanda Rolling Stones.

O reconhecimento no Brasil veiona seqüência, tão logo apareceu noprograma “Viola, minha viola”,apresentado por Inezita Barroso naTV Cultura. Gravou quatro CDs:“Helena Meirelles (1994), “Flor deGuavira” (1996), “Raiz Pantaneira”(1997) e “De Volta ao Pantanal”(2003 - o primeiro ao vivo). Sua tra-jetória de vida, passando pelas pro-fissões de lavadeira e parteira, alémde sua paixão pela música caipira,está retratada no documento “ADama de Viola”, do diretorFernando de Paula.

Foi casada três vezes e teve11 filhos. Helena Meirelles tinha

vida simples, nasceu em1924 na fazenda Jararaca,

no Mato Grosso do Sul, efaleceu vítima de para-da cardiorrespiratóriano último dia 29 de se-tembro, aos 81 anos.

FA

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Agenda PAR

Em dezembro, como parte da programação deum “Natal sempre presente”, o Programa PARrealiza ações simultâneas em muitas áreas

As promoções de fim d

CinePARO filme da promoção é King

Kong (remake), cujo lançamentonacional ocorre em 16 de dezem-bro. Mais de mil ingressos serão sor-teados no dia 19 de dezembro, dan-do ao associado o direito de assis-tir ao filme em qualquer cidade dopaís em que a fita estiver sendo exi-bida. No especial de Natal, serãooferecidos dois convites para não-associados e três para associados.

Ações simultâneas nas mais diversas áreas. Múlti-

plas parcerias (Fenae Federação,Corretora, Apcefs, Caixa, Caixa Seguros e ONG

Moradia e Cidadania). Promoção para cada perfil.Vontade de participar e ganhar pontos e cupons que

poderão ser trocados por produtos hospedados no sitewww.programapar.com.br. Tendo a premissa de estreitar ain-

da mais o relacionamento com os empregados da Caixa Eco-nômica Federal, o Programa PAR comemora em dezembro seusucesso em todo o Brasil, com uma programação especial defim de ano intitulada “Natal sempre presente”.

Com abrangência nacional, o “Natal sempre presente” serádesenvolvido através de um portfólio de ações. CinePAR e catá-logo de prêmios são exemplos de iniciativas já em andamentoque, neste fim de ano, vão somar-se a outras novas como

Concurso cultural, PARceria solidária, Associou x ganhoue É Show com a banda Kid Abelha. Nesta campanha

especial de Natal, ganhará mais pontos e cuponsquem participar de um número maior de ati-

vidades. As ações programadas sãoas seguintes: É Show

Será realizado um showcom a banda Kid Abelha dia 13de dezembro, na AcademiaMusic Hall, em Brasília. A ati-vidade destina-se aos emprega-dos da área-meio. A promoçãoé do PAR e do programa Sem-pre ao Lado (Caixa Seguros).

Para ter direito a ir ao show, será necessário acessar o hot site dapromoção É Show hospedado no Programa PAR e responder per-guntas de um jogo (Quiz) a respeito dos programas de relaciona-mento. Classifica-se quem acertar mais perguntas em menos tempo.Os 800 primeiros colocados do Distrito Federal e mais cinco defora de Brasília serão contemplados com ingresso, com direito aacompanhante. Os “visitantes” vão ganhar passagem com esta-dia para participar da festa com o Kid Abelha, retornando emseguida para sua cidade.

PAR

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Fenae Agora 21novembro / dezembro 2005

d e ano do Programa PAR

Concurso culturalPrincipal meta é dar nome para o mascote do PAR. Quem

participa ganha um cupom. Três nomes serão selecionados: pri-meiro lugar (100 mil pontos), segundo lugar (80 mil pontos) eterceiro lugar (50 mil pontos). A seleção será feita em janeiro de2006, para em seguida entrar em júri popular.

Bola na redeEsta ação será direcionada

para os empregados lotados naRede Caixa. A idéia é entrar no sitewww.programapar.com.br e res-ponder perguntas sobre esta cam-panha.

PARceria solidáriaOs cadastrados no PAR vão

poder doar pontos para a com-pra de brinquedos a crianças ca-rentes. Esta ação será feita emconjunto com a ONG Moradia eCidadania, a quem caberá sele-cionar uma instituição com 20a 40 crianças em 24 estados.Entidades parceiras também vãooferecer contrapartidas em pon-tos PAR para a compra de ma-terial escolar (Fenae), roupas(Corretora) e cestas básicas (Cai-xa Seguros).

Catálogo deprêmios

Serão oferecidaspromoções especiais. Sóparticipa o empregadoda Caixa que for porta-dor de pontos no Progra-ma PAR.

Associou x ganhouO objetivo é aumentar o núme-

ro de associados das Apcefs. Pú-blico-alvo: todos os participantesdo PAR. Quem se associar em de-zembro, ganha dois mil pontos. Masos pontos serão creditados apenasquando a filiação for efetivada.

Natal premiadoA campanha “Natal sempre

presente” será concluída com umgrande sorteio de prêmios. Quantomais cupom for adquirido, maischance os participantes terão deganhar prêmios como carro zeroquilômetro, pacotes de viagem,aparelhos de DVDs, máquinas fo-tográficas digitais, videogames playstations e outros produtos.

Ao todo, com a soma das ofer-tas de todas as ações da campa-nha “Natal sempre presente”, serãoquase cinco mil prêmios.

Para participar, deve-se entrarno site www.programapar.com.br apartir do dia 6 de dezembro e con-ferir todos os detalhes da promoção.

Fenae Agora 21novembro / dezembro 2005

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Fenae Agora novembro / dezembro 200522

Notícias das Apcefs

Apartamentosoferecemconforto

para todosos hóspedes

A beleza das praias de SantaCatarina atrai sócios de as-

sociações do pessoal de todo opaís para Jurerê, a 23 quilômetrosdo centro de Florianópolis. O lo-cal abriga a sede balneária daApcef/SC, que hospeda durante aalta temporada de verão, no perí-odo de dezembro a março, cercade cinco mil empregados e seusdependentes.

Em Jurerê, a sede da Apcef/SC possui 38 apartamentos e ficade frente para o mar calmo de 3,5quilômetros de extensão. Hoje, aassociação conta com 2.155 só-cios efetivos e mais de 140 sóci-os de estados como Paraná, RioGrande do Sul, São Paulo e atédo Pará, que costumam desfrutardos atrativos de uma região comboa infra-estrutura hoteleira egastronômica.

São três piscinas (uma semi-olímpica e duas infantis moni-toradas por câmeras de vídeo),playground, jardim, churras-queiras (todas cobertas e à bei-ra mar), quadras de esportes esalão de jogos. Dois campos defutebol (um de grama e outro deareia), uma quadra poliespor-tiva de cimento, duas quadrasde vôlei de areia, mesas de si-nuca, pebolim e tênis de mesacompletam o aparato de opçõesde lazer da sede de Jurerê, o quepermite à Apcef/SC inovar acada ano com atrações recrea-tivas, a exemplo de campeona-tos e torneios em várias modali-dades esportivas.

Uma equipe treinada de segu-rança monitora 24 horas por diatodo o lazer dos associados e seusfamiliares. O salão de fes-tas tem espaço amplo compalco, pista de dança e co-zinha industrial privativa.A sede ainda abriga salaspara palestras e cursos,com toda a infra-estrutu-ra. Durante a alta tempo-rada, um restaurante ficaaberto diariamente e uma lancho-nete oferece lanches variados, caféda manhã e tira-gostos.

Sedes regionaisAlém da sede de Jurerê. cujo

mar de coloração verde e com tem-peratura amena e ondascalmas - ideal para espor-tes náuticos e para o lazerem família, a Apcef/SCconta ainda com sedesregionais nos municípiosde Campos Novos, Caça-dor, Capinzal, Chapecó,Concórdia, Criciúma,

Curitibanos, Itaboriú (Itajaí e bal-neário Camboriú), Jaraguá do Sul,Lages, Tubarão, Videira e Xaxim.

Além de sua sede balneária em Jurerê, a 23 quilômetros do centro deFlorianópolis, a associação conta ainda com outras sedes regionais

Apcef/SC: beleza, marcalmo e muita diversão

A sede de Jurerê está equipada com boa infra-estrutura para o lazer

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Sim

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Fenae Agora 23novembro / dezembro 2005

A integração entre os associados sedá através de eventos sociais, es-portivos e sindicais. Os convêniospara compras e serviços são outrasvantagens oferecidas, com descon-to nos preços de produtos e paga-mento com débito em folha.

Os apartamentos da sede deJurerê estão equipados e cada uni-dade tem a capacidade de hospedarcinco pessoas com conforto, com di-árias no valor entre R$ 23,00 e R$30,00. A permanência nesses apar-tamentos está limitada a oito dias,sendo que os convidados pagam umadicional de R$ 5,00 por dia.

Para quem preferir a aventurade acampar de frente para o mar,cerca de 39 lotes para barracas -cinco dos quais exclusivos paratrailers em camping arborizado -contam com infra-estrutura de ba-

nheiros amplos, cozinha coletivacom oito fogões industriais, refri-geradores e armários individualiza-dos, além de freezers e churrasquei-ras. Mais acessíveis, as diárias noscampings custam R$ 15,00 por lote,podendo os hóspedes permanece-rem por até 15 dias, renováveis pormais cinco. Nos acampamentos, osconvidados são limitados a trêspessoas e precisam pagar adicio-nal de R$ 5,00 por dia. As reservaspara o camping abrem sempre nodia 27 de dezembro.

Novos projetosNa sede de Jurerê, o futuro con-

templa novos projetos, cuja meta édeixar ainda melhor o que já ébom. O presidente da Apcef/SC,Isair Dallazen, assegura que a atu-al diretoria da entidade tem planospara aumentar o número de apar-tamentos e melhorar ainda mais as

áreas de lazer, esportes e de even-tos sociais. E acrescenta: “Temos ofirme propósito de apoiar novassedes no interior, através de umaadministração profissional com vis-tas a buscar parcerias e receitasextra-quadro social”.

Em 2005 a Apcef/SC comple-tou 45 anos. Para Dallazen, o pa-pel da associação é fundamentalpara melhorar o ambiente de tra-balho no âmbito da Caixa Econô-mica Federal, pois permite congre-gar empregados e seus familiares,resgatando a convivência coletiva,fraterna, solidária e amiga. FA

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Fenae Agora novembro / dezembro 200524

Reforma Urbana

Pactuação democrática é vital para o desenvolvimento urbano no país.Assunto foi debatido na recente 2ª Conferência Nacional das Cidades

Cidades sustentáveise mais democráticas

Brasil buscaalternativasdemocráticaspara o “seu” caos urbano

O diagnóstico sobre desenvolvi-mento urbano mostra que

problemas como déficit habita-cional, falta de saneamento e infra-estrutura, trânsito deficiente, trans-porte desordenado e ocupação euso ilegal do solo care-cem de soluções urgentespara transformar as ci-dades no Brasil em espa-ços mais sustentáveis. Abusca de alternativas de-mocráticas para o caosurbano, com vistas à for-mulação de uma PolíticaNacional de Desenvolvimento Ur-bano (PNDU), esteve em debatena 2ª Conferência Nacional dasCidades, realizada em Brasília de30 de novembro a 3 de dezembro,sob o lema “Reforma urbana: ci-dade para todos”.

Durante o evento, o FórumNacional de Reforma Urbana(FNRU) defendeu que a política dedesenvolvimento urbano contri-bua para superar a visãosetorializada das cidades brasilei-

ras, buscando a articula-ção das políticas urba-nas com planos de açãoe programas integradosem um Sistema Nacionalde Desenvolvimento Ur-bano, na perspectiva deuma nova utopia de ci-dades justas e democrá-

ticas. As bases para a formulaçãodo PNDU foram discutidas sob aótica de quatro desafios: partici-pação e controle social, questãofederativa, política urbana regio-nal e metropolitana e financiamen-to do desenvolvimento urbano.

Brasil afora, os debates ocor-ridos em preparação à 2ª Confe-rência Nacional das Cidades defi-niram quatro campanhas temá-ticas como fundamentais para oPNDU: planos diretores partici-pativos, Fundo Nacional de Habi-tação de Interesse Social (FNHIS),marco regulatório do saneamentoambiental e programa brasileiro deacessibilidade urbana.

Paradigma democráticoCom a adesão de representan-

tes de três mil municípios, 26 esta-dos e mais o Distrito Federal, alémda participação de entidades da so-ciedade civil, a 2ª Conferência Na-cional das Cidades deu continuida-de a um processo iniciado em 2003,ano em que ocorreu a 1ª Conferên-cia Nacional das Cidades e foi cria-do o Conselho das Cidades(ConCidades), empossado em 2004.A exemplo do anterior, a versão2005 deste encontro foi precedidapor conferências municipais e esta-duais. Foi definido ainda que as con-ferências nacionais deverão ocorrera cada quatro anos, sempre no pri-meiro ano da gestão federal.

No ConCidades, a Fenae estárepresentada por Jair PedroFerreira (diretor de Administraçãoe Finanças), eleito na 2ª Conferên-cia Nacional das Cidades para ocu-par uma vaga na suplência.

Excepcionalmente, porém, a 3ªConferência Nacional das Cidadesestá prevista para o ano de 2007.O paradigma adotado para o paíscomeçar a construir sua política de

Plenária de abertura da 2ª Conferência Nacional das Cidades

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Fenae Agora 25novembro / dezembro 2005

desenvolvimento urbano, com aarticulação das três esferas de go-verno (federal, estadual e munici-pal) com a sociedade civil, é o dapactuação democrática.

Na 1ª Conferência das Cidades,o principal assunto em debate foi aelaboração de uma nova políticanacional de habitação, articulada aum novo Sistema Nacional de Ha-bitação. Como resultado disso, emmeados de junho deste ano, o presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva san-cionou a lei que cria o FNHIS e seuconselho gestor, instituindo ainda oSistema Nacional de Habitação deInteresse Social (SNHIS). O princi-pal desafio, hoje, é garantir a ampli-ação dos recursos federais para asmoradias de interesse social.

Em novembro, representantesdo FNRU participaram de audiên-cias públicas no Congresso Naci-onal e percorreram gabinetes dedeputados e senadores, emBrasília, para solicitar uma maiorfatia de verbas orçamentárias em2006 para o Fundo Nacional deHabitação de Interesse Social. Apreocupação com o assunto foidespertada depois que o Ministé-rio do Planejamento encaminhouproposta aos parlamentares, comsugestão de que os recursos parao setor de moradia popular noOrçamento da União de 2006 se-jam reduzidos de R$ 721,6 milhõespara R$ 561,4 milhões.

Concentração combinadaNo âmbito do Legislativo fe-

deral, a luta do FNRU foi endos-sada pela Frente Parlamentar deReforma Urbana, coordenadapelo deputado Zezéu Ribeiro(PT/BA), para quem “o déficithabitacional no país é provoca-do pela concentração combina-da da renda com a territorial, le-vando a que boa parte da po-pulação seja excluída do aces-

so à terra para plantar e terrapara morar”.

Zezéu Ribeiro é autor de pro-jeto de lei que garante assistênciatécnica para as moradias de inte-resse social, em tramitação naCâmara dos Deputados. O objeti-vo é racionalizar o processo deconstrução de moradias, reduzin-do custos e melhorando a quali-dade de vida da população, evi-tando assim o desperdício.Deputado Zezéu Ribeiro (PT/BA)

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Esporte

Já está definido. Os Jogos da Fe-nae, o maior e mais empolgante

evento esportivo dos empregadosda Caixa, com participação de atle-tas de todo o país, será realizadona segunda quinzena de agosto de2006. A decisão foi tomada emoutubro pela Diretoria da Fenae.

Será a 7ª edição do evento. Aprevisão é de que participem dosjogos de 2006 cerca de 1.200 atle-tas para 21 modalidades, (caso sejamantida a mesma quantidade daúltima edição).

Jogos da Fenae emagosto de 2006

No próximo ano, os Jogos da Fenae devem reunir mais de 1.200 atletasde todo o país. Na edição de 2004, em BH, o campeão foi Minas Gerais

O Conselho Deliberativo Nacio-nal (CDN) da Fenae discute todas asquestões relacionadas aos jogos, emreunião de 6 a 8 de dezembro, emBrasília. Entre outras definições, estáa do local do evento. A opção da Di-retoria da Fenae foi a de se realizarnovamente em Belo Horizonte (MG),mas ficou para ser analisada no CDNa proposta de que seja em Blumenau(SC), onde os custos são maiores, oque implica na busca de patrocíniosmais expressivos. O CDN é compos-to por presidente de todas as Associa-ções do Pessoal da Caixa (Apcefs).

Para a 6ª edição dos jogos, todaa infra-estrutura (hospedagem, ali-mentação, arbitragem etc.) foi ban-cada pela Fenae. O transporte dasdelegações para Belo Horizonte fi-cou por conta das associações. Estadeverá ser a mesma fórmula adota-da em 2006.

6ª edição foi históriaOs jogos de 2004, em Belo

Horizonte, marcaram um nova fasena realização do evento. Foram his-tóricos pelo número de atletas, pelaqualidade em termos de estrutura eorganização, pelo nível das dispu-

tas e pelo sentido de integraçãoentre empregados da Caixa de todoo país.

Foram 1.500 participantes, en-tre atletas e torcedores, muitos dosquais familiares. Envolveu 27 dele-gações, em 400 disputas (individu-ais, em duplas e coletivas). Foramdistribuídas 99 medalhas, em 21modalidades.

O título de campeão geral ficoucom Minas Gerais, que obteve 170pontos. O segundo colocado foi oRio Grande do Sul, com 150 pon-tos. Os gaúchos defendiam o títuloda edição anterior, realizada seisanos antes, em Salvador (BA), naqual haviam obtido 177 pontos. OParaná, outro forte concorrente, fi-cou em terceiro.

O Paraná mantém, no entanto,o primeiro lugar no quadro históri-co de medalhas em todos as edi-ções dos Jogos da Fenae. Ao todosão 65 medalhas, sendo 31 de ouro,22 de prata e 12 de bronze. Minasestá em segundo lugar, com 61medalhas no total (29 de ouro, 20de prata e 12 de bronze). Confirano quadro à esquerda a classifica-ção geral. FA

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Fenae Agora 27novembro / dezembro 2005

Meio Ambiente

d’água (sem represamento) e asubterrânea, através de poçostubulares profundos.

O represamento provoca umamodificação total do ambiente emtorno do curso d’água. Emcórregos menores, o curso d’águaé coberto pelas chamadas matasde galeria, já os córregos maiores

e os rios são protegidospelas matas ciliares.

É inevitável que aconstrução de represasdestrua por completo asmatas de galerias. O im-pacto para as matasciliares é igualmente im-portante. Éder Martins

explica que, nos dois casos, ficainterrompido o processo naturalde comunicação entre seres vivosao longo do curso d’água, comimpacto importante no ecos-sis-tema. Córregos e rios perdem acaracterística de corredores eco-lógicos. Os ciclos hidrológicos a

Cresce no Brasil e no mundo ouso da água para a agricultu-

ra de irrigação. Estimativas da Or-ganização das Nações Unidas(ONU) é de que, para atender à de-manda por mais alimentos, de umapopulação projetada em oito bilhõesde pessoas, esse crescimento deveráser da ordem de 15% a 20% nos pró-ximos 30 anos.

Entre os fatores depreocupação relaciona-dos à expansão das áre-as com plantio irrigadoestá o represamento decórregos e rios para acaptação de água. Se-gundo Éder de SouzaMartins, geólogo da EmbrapaCerrados (uma das unidades daEmpresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária), a forma decaptação mais usual é, sem dú-vida, a construção de represas.As outras formas são a capta-ção na superfície dos cursos

Represas,melhor evitar

Uso da água para a agricultura de irrigação écada vez maior no Brasil e em outros países

jusante (abaixo das represas) sãomodificados.

Ao longo do tempo, cria-se àsmargens das represas um novoecossistema, mas completamentediferente do que existia antes.

Por todas essas implicações, ogeólogo da Embrapa Cerrados con-sidera que a decisão de se construiruma represa deve ser baseada emuma necessidade de fato premente.“O melhor seria captação direta docurso d’água, mas, uma vez tomadaa decisão de se fazer o represamento,ela deve estar associada a procedi-mentos de uso racional da água”, dizele. As principais recomendaçõessão o uso estritamente necessário aodesenvolvimento das plantas e umaboa manutenção dos equipamentos,para se evitar desperdício. AEmbrapa Cerrados é uma excelentefonte de orientações.

Para se construir uma represa énecessário encaminhar projeto comavaliação de impacto ambiental aosórgãos competentes. A AgênciaNacional das Águas (ANA) é o ór-gão federal responsável pela análi-se dos projetos e pela concessão deoutorgas de direito de uso de recur-sos hídricos de domínio da União(rios que banham mais de uma uni-dade federada ou de fronteira entreunidades e com países vizinhos).Nos demais casos, as concessõessão de órgãos estaduais.

ONU estimacrescimento

de 15% a20% em30 anos

Fenae Agora 27novembro / dezembro 2005

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Pegadas

O hibridismo entre folclore e re-ligião está presente na Festa do

Sairé, a mais antiga manifestaçãoda cultura popular da Amazônia.O cenário é a vila de Alter-do-Chão, a 30 quilômetros deSantarém, a oeste do Pará. Os fes-tejos são realizados sempre emsetembro, consistindo em procis-sões, ladainhas, torneiosesportivos, shows artísti-cos e danças típicas.

São cinco dias demuita música, dança e ri-tuais, como resultado damiscigenação cultural en-tre os colonizadores por-tugueses e os índios. Onome da festa tem origem indígena.Os preparativos para o Sairé obe-decem um rigoroso ritual, a partir daprocura dos troncos que servirão demastros. Os troncos selecionadossão enfeitados com folhas, flores efrutos, para em seguida serem levan-tados em disputa acirrada entre ho-mens e mulheres. Vence a competi-ção o grupo que primeiro levantar omastro enfeitado.

Em seus primórdios, a Festa doSairé - criada há 300 anos, comregistro de pausa entre 1943 e 1973- possuía significado puramente re-ligioso. Surgiu para celebrar aSantíssima Trindade com um semi-círculo (o Sairé) de cipó torcido, en-volvido por algodão e enfeitadocom fitas e flores coloridas. O sím-

bolo é composto de trêscruzes dentro do semicír-culo e outra na extremi-dade, representando oPai, o Filho, o EspíritoSanto e um só Deus. De-pois, valores folclóricosforam incorporados àsfestividades religiosas.

No último dia, sempre às segun-das-feiras, os componentes especi-ais e exclusivos são a ‘varrição dafesta’, a derrubada dos mastros, omarabaixo, o quebra-macaxeira eo almoço de confraternização(cecuiara) com comidas típicas,culminando com a ‘farra’ dos bar-raqueiros. A palavra Sairé provémda junção dos termos “Çai Erê, quesignifica “Salve! Tu o dizes”, usada

A vila de Alter-do-Chão, no oeste do Pará, é cenário para a Festa doSairé. A origem é indígena. São cinco dias de música, dança e ritual

Manifestação da culturapopular da Amazônia

pelos índios da região do Tapajóscomo forma de saudação.

A maior fonte de inspiraçãovem da fauna amazônica, com adisputa entre os grupos folclóricosboto Tucuxi e boto Cor-de-Rosa.Segundo a lenda da região, o botovive nas águas do rio Tapajós etem como virtude ser amigo do serhumano, amparando náufragos econduzindo o alimento à rede dopescador.Folclore

e religião se juntamna Festado Sairé

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Fenae Agora 29novembro / dezembro 2005

Artigo

QUEMFALOU?

(Uma colagem depensamentos alheios)

Diz o oriental que a caminha-da de 15 mil quilômetros começacom o primeiro passo... O brasilei-ro diz que reticências são os três pri-meiros passos do pensamento quecontinua por conta própria o seucaminho. Mas e as dúvidas do ca-minho? Responde o inglês:

“Nossas dúvidas são nossos ini-migos, nos fazem perder o bem quepoderíamos conseguir, pelo simplesmedo de tentar.”

Faz-se o caminho ao andar,completa o poeta espanhol. Vá emfrente.

O grego antigo falou que a edu-cação é a virtude que existe dentrodas crianças. Ouçamos os infantes,que eles tenham voz. (Sabia queinfante em latim significa sem voz?)Mas que fale mesmo o maioral. Umpovo que não tem quem lhe fale,disse outro brasileiro, perde o há-bito de ouvir.

Chega-se ao fácil pelo difícil.Mas se chega lá. Tentemos.

E quem falou? Pela ordem: MaoTsetung; Mário Quintana;Shakespeare; António Machado;Platão; Ruy Barbosa.

importante de todos: o seu aniver-sário. Nós, do ***, desejamos queeste dia seja mais do que especial:seja único.

Lembre-se: você pode contarcom o ***.com e o ***.online sem-pre que precisar. Hoje e todos osdias do ano.

FelizAniversário eum abraço.

Assinava um diretor executivo.Agradeci mentalmente, mas fiqueipensando: até o aniversário dosclientes os bancos aproveitam paravender serviços. Ficaria mais felizse eles, os que mais lucram nestecapitalismo selvagem, pagassemmelhor seus funcionários, e queestes não precisassem fazer grevepara obter o que merecem.

Acabou ounão acabou?

Às vezes digo, meio blague,meio verdade, que a ditadura ins-taurada em 1964 não acabou. Eainda plantou o ovo da serpente.Com quem estão as tevês, rádios,jornalões, revistonas? Estão comquem apoiou às escâncaras a ditadura. Isto só para lembrar minhaárea, a comunicação.

Mas ora veja que, enquanto re-dijo esta nota, vejo num jornal afoto: mãos militares subjugando acabeça dum novato terceiro-sar-gento, na 2ª Companhia de Fuzi-leiros do 20º Batalhão de Infanta-ria Blindado do Exército, emCuritiba. Um “trote”. Com torturas:choque, afogamento, ferro de pas-sar roupa queimando a pele,chineladas, humilhações. Então asapregoadamente gloriosas ForçasArmadas continuam nessa?

Assim faziam nos idos anos de1964 a 1984. E continuam. À faltade “subversivos” para massacrar,como fizeram com Vlado Herzogem São Paulo, sargento Raimundoem Porto Alegre, e inúmeros outrasvítimas, usam agora a si mesmoscomo sparrings. Estão treinandopara quê? Para ajudar os america-nos em sua cruzada para impordemocracia mundo afora? Que de-mocracia? Será que ainda estãosendo treinados pelo Pentágono?Será que a humanidade ainda con-tém, além de Homo sapienssapiens, Pitecanthropus erectus?Os filhotes do ovo da serpente, olheem volta, estão aí. Fariam belo pa-pel em Abu Graib, Guantánamo.Pior é que têm filhos em casa.Gorilinhas?

Minha parábolaapócrifa preferida

Vai Jesus com Pedro pelaestradinha da Galiléia. Confa-bu-lam. Famintos. De repente, maciei-ra. Duas maçãs pendem, maduras.Corre Pedro e as apanha:

“Aqui está, Mestre”, e Lhe dá amaçã meio podre.

“Pedro”, admoesta Jesus, “porque ficaste com a maçã boa e medeste a má?”

“Mas, Mestre, o que farias nomeu lugar?”

“Eu te daria a maçã boa e fica-ria com a má.”

E diz Pedro:“Mas, Mestre, não foi isto que fiz?”

Felizaniversário ecompre de nós

Recebi do banco esta mensa-gem eletrônica:

Prezado Cliente,Quem sempre acompanha você

em todos os momentos, não pode-ria deixar de estar presente no mais

Myton Severiano

Fenae Agora 29novembro / dezembro 2005

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Variedade

Administração e redação: Setor Comercial Sul, quadra 1, Bloco C, nº 30 Edifício AntônioVenâncio da Silva, 5º andar Brasília (DF) CEP 70395-900 Telefone (61)3323-7516 Fax(61) 3226-6402 / www.fenae.org.br - [email protected] Diretoria Executiva - Diretor-presidente: José Carlos Alonso Gonçalves. Diretor vice-presidente: Pedro EugênioBeneduzzi Leite. Diretor de Administração e Finanças: Jair Pedro Ferreira. Diretora deComunicação e Imprensa: Maria de Jesus Demétrio Gaia. Diretor de Esportes: MarcosAurélio Saraiva. Diretor de Cultura: Emanoel Souza de Jesus. Diretores Executivos:Jesse Krieger / José Miguel Correia / Fernando Ferraz Rêgo Neiva. Conselho Fiscal - Titula-res: Olívio Gomes Vieira / Maria Eny Estevam / Charles Robert Rabêlo Campos. Suplen-tes: Luiz Ricardo Maggi / Maristela da Rocha / Ely Custódio Freire. Conselho DeliberativoNacional - Presidente: Fabiana Cristina Meneguele Matheus. Vice-presidente: EmerencianaBarbosa do Rêgo. Secretário-geral: Paulo César Carvalho de Lima. Edição e redação: Antô-nio José Reis / Evandro Peixoto / Sandra Flosi. Fotos: Augusto Coelho. Design e ilustração:Lisarb Sena de Mello. Colaboradores: Márcio Baraldi / Myton Severiano. Impressão: Bangraf.Tiragem: 65 mil exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus auto-res. As matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Distribuição gratuita.

Expediente

Lá bem no alto do décimosegundo andar do AnoVive uma louca chamada

EsperançaE ela pensa que quando

todas as sirenasTodas as buzinas

Todos os reco-recos tocaremAtira-se

E- ó delicioso vôo!

Ela será encontradamiraculosamente incólume

na calçada,Outra vez criança...

E em torno dela indagaráo povo:

- Como é teu nome,meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes

tudo de novo!)Ela lhes dirá bem devagari-

nho, para que não esqueçam:- O meu nome é

ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

A Diretoria daFenae deseja a todosos empregados daCaixa um Ano Novode realizações efelicidade

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Fenae Agora 31novembro / dezembro 2005

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