NOVEMBRO 1983 RIO DE JANEIRO XV SEMINARIO NACIONAL DE ... DE DESLOCAMENTOS NAS... · guos e a nao...
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XV SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENSRIO DE JANEIRONOVEMBRO 1983
OBSERVAcAO DE DESLOCAMENTOS NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO DA USINANOVA AVANHANDAVA
TEMA: III
YSSAMU MIYAJIANTRANIG KULLUKIANMAKOTO YENDOEngenheiros da CompanhiaEnergetica de Sao Paulo - CESP
JUAN TOMAS RESCKEngenheiro da INTERNACIONAL deEngenharia S.A. - IESA
1. INTRODUcAO
A Usina Nova Avanhandava com uma potencia final prevista de
302,4 MW, ester sendo conclulda pela Companhia Energetica de Sao
Paulo - CESP, no Rio Tiete. Uma descrigao da localizagao geogra
fica e das estruturas componentes desse aproveitamento multiplo
se encontra no trabalho apresentado por Cardia, Yendo,Kullukian
e Resck (1983) a este Seminario . Deve ser entendido que os tra
balhos se complementam na apresentagao da analise de desempenho
das estruturas de concreto da Usina Nova Avanhandava referente
a observacao de deslocamentos, absolutos e relativos.
2. PLANO DE AUSCULTACAO
0 sistema de instrumentagao implantado, objetivando a observa
gao de eventuais deslocamentos nas estruturas de concreto, ester
composto de: Pendulos - Direto e Invertido -; Extensometros -de
Hastes e de Grande Base -; Medidores de Junta (de resistencia
eletrica) e sistemas mecanicos - Bases para Alongametro e Medi
dores Triortogonais -; Cadeias Clinometricas e Marcos Topografi
cos.
0 sistema geral visa acompanhar os deslocamentos das estruturas
de concreto durante a construgao, primeiro enchimento do reser
vatorio e fase de operagao subsequente. Especial atengao foi da
da a fase de primeiro enchimento, quando as estruturas foram su
jeitas as cargas provenientes dos empuxos hidricos pela primei
ra vez e consequentemente foi possivel avaliar-se melhor o com
portamento das mesmas, face as hipoteses consideradas em proje
to.
Este trabalho procura apresentar o controle da seguranga estru
tural nas fases construtiva e do enchimento, analisando os des
locamentos registrados com: Pendulos, Cadeias Clinometricas e
Extensometros de Hastes, cuja locagao a apresentada na Figura 1.
Em decorrencia do Cronograma Geral das Obras de Nova Avanhanda
va o inicio da operagao das estruturas de geragao foi anterior
ao das estruturas de navegagao, cuja operagao ester prevista pa
ra o final do ano 1985. Em consequencia a observagao dos deslo
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114
camentos apresentados neste trabalho referem- se somente as es
truturas da central hidroeletrica, do vertedouro e dos muros de
transigao. 0 programa do enchimento no incluiu "patamares" na
elevagao do nivel do reservatorio, conforme se observa na Figu
ra 2; este fato evidenciou a importancia do acompanhamento rapi
do do sistema de auscultagao assim como da imediata interpreta
gao das informagoes registradas comparando-as com as hipoteses
assumidas no projeto.
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36
320
L E G E N 0 A
MONTANTE
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JAWi%2 FEY MAR ABR MAi JUN JUL AGO SET OUT NOV DEL19B2
FIG.2 USINA NOVA AVANHANDAVAN(VEL D'AGUA MONTANTE/JUSANTE
3. HIPOTESES DE PROJETO
M
330
Para as verificagoes de estabilidade das estruturas de concreto
foram efetuados calculos pelo Metodo dos Elementos Finitos
(MEF) nos casos considerados complexos, como os blocos de verte
douro e tomada d'agua/casa de forga. Para os blocos de transi
gao foram utilizados os processos de calculos tradicionais.
Algumas das hipoteses consideradas basicas para obtengao dos va
lores limites de projeto sao:
a) 0 empuxo hidrico a montante foi assumido em fungao do ni
vel maximo maximorum do reservatorio, correspondente a cota
358,50 m.
1.15
b) 0 empuxo hidrico a jusante foi assumido em funcao do nivel
minimo relacionado ao fut'iro reservatorio da Usina Tres Ir
maos, correspondente a cota 324,35 m.
c) Parametros mais desfavoraveis para o processamento pelo MSF:
• Modulo de deformabilidade normal para o material de preen
chimento da junta falha da fundagao na cota nominal 300 kn=
490 MPa (5.000 kgf/cm2 - valor minimo admitido).
• Modulo de deformabilidade para o concreto das estruturas
Ec = 14.710 MPa (150.000 kgf/cm2).
d) A avaliacao dos deslocamentos se refere a blocos individual
mente, admitindo-se ausencia de movimentos nos blocos conti
guos e a nao colaboragao das chavetas de ligacao entre blo
cos existentes nas juntas de contracao. As chavetas foram
dimensionadas e armadas para solicitacoes provenientes de
carregamentos extraordinarios (drenos inoperantes, sismos).
TABELA I
VALORES LIMITES DE PROJETO PARA DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS ABSO
LUTOS
ESTRUTURA MTD TA/CF VS MTE
INSTRUMENTO ( ) (mm) (mm) (mm)
Pendulo invertido - 6,3 7,0 -
Clinometros 6,4 4,6 5,1 5,5
1 16
TABELA II
VALORES LIMITES DE PROJETO PARA DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS RELA
TIVOS
ESTRUTURA MTD TA/CF VS MTE
INSTRUMENT0 ( mm) (mm) (mm) (mm)
Pendulo Direto 5,7 4,7 5,2 5,7
TABELA III
VALORES LIMITES DE PROJETO PARA DESLOCAMENTOS NA FUNDAQAO
ESTRUTURA MTD TA/CF VS MTE
:DE LOCAMENTO
Horizontal (mm) 7,7 6,3 7,0 7,7
Vertical (mm) 16,6 20,5 20,7 22,8
Os deslocamentos e deformaroes horizontais se referem a direcao
montante/jusante, os movimentos na direcao margem direita / mar
gem esquerda nao foram considerados nos calculos teoricos.
4. COMENTARIOS
Para o controle de deslocamentos relativos e absolutos dos blo
cos de concreto foram instalados, alem dos instrumentos de jun
ta, Pendulos Direto e Invertido, Cadeias Clinometricas e Exten
sometros de Hastes.
4.1 Pendulos Diretos
0 Pendulo Direto a composto por um fio de ago inox fixado atra
ves de um dispositivo acoplado a um perfil metalico chumbado no
concreto, pouco abaixo da crista da barragem; na extremidade in
ferior do fio fica suspenso um peso de aproximadamente 392 N
117
(40 kgf ), dotado de quatro aletas e imerso em oleo. 0 ajuste do
posicionamento do fio em relacao ao tubo que o envolve a feito
atrav&s de um dispositivo especial situado pouco abaixo do lo
cal onde se fixa o prumo.
0 aparelho de medida, utilizado para a determinagio dos desloca
mentos, 6 o coordinometro otico fabricado pelo J. Cipriano, de
Lisboa, cuja sensibilidade a de de'cimo de milimetro , obtida
atraves do nonio.
Por medida de precaucao foram realizados , sobre amostras do fio
utilizado, ensaios de deformabilidade e de n6voa salina, sendo
os resultados obtidos satisfatorios para a aplicacao do mesmo.
Foram instalados quatro p6ndulos, dois nos blocos centrais do
vertedouro e tomada d ' igua/casa de foraa, e dois nos muros de
transigio direito e esquerdo (Figuras 1 e 3). Estes blocos
(MD2, TA2, VS -2 e ME-3) se apresentam como sujeitos aos maiores
deslocamentos , devido as previsoes de cargas atuantes, as des
continuidades da fundacao e as suas caracteristicas geom6tricas
consequentes da implantacao do projeto.
4.2 P6ndulos Invertidos
Complementando os P6ndulos Diretos foram instalados dois P6ndu
los Invertidos nas estruturas consideradas chaves do aproveita
mento, em particular pela exist6ncia de juntas-falha proximo a
fundacao e por verificar-se que os fatores de seguranga referen
tes a estabilidade global estao mais proximos aos limites admis
siveis : os blocos centrais do vertedouro e tomada d'agua/casa
de forga ( Figuras 1 e 3). No vertedouro o comprimento do fio de
prumo atingiu 52 , 00 in, na tomada d'agua 55,00 m. Nos muros de
transicao e em outros blocos as observagoes de deslocamentos,
referidos a pontos de fundagio, foram efetuados por meio de Ex
tensometros de Hastes. Na instalagao dos P6ndulos verificou-se
um certo retardamento , consequ6ncia natural da precisao exigida
para uma perfuragao profunda com 356 mm (14") de diametro. Du
rante a perfuragao foi possivel conseguir um bom controle da
verticalidade mediante a adaptacao de um prototipo dos componen
118
tes do aparelho adaptado no local da furacao. Este sistema pro
porcionou , alem de uma agilizacao na instaladao do instrumento,
uma satisfatoria precisao nas verificacoes do controle da verti
calidade.
4.3 Cadeias Clinometricas
Com o objetivo de medir os deslocamentos angulares no sentido
montante/jusante foram instaladas nove Cadeias Clinometricas
nas paredes das galerias de drenagens transversais ao eixo da
barragem ( Figuras 1 e 3). Estas cadeias foram implantadas nos
blocos situados no trecho de montante da Usina, onde poderao ca
racterizar-se melhor as possiveis rotagoes nos pianos de conta
to rocha /concreto.
Para a obtengao destes deslocamentos , que representam a "elisti
ca da estrutura ", foram fixadas nas paredes bases dotadas de
apoios esfericos espacadas a uma distancia de 1,00 m entre si,
a fim de se obter o posicionamento do aparelho de medida. A me
digao a feita com um clinometro otico marca Huggenberger cuja
sensibilidade a de 10 -6 rad (0,32") (Foto 1).
FOTO I - USINA NOVA AVANHANDAVA
CLINOMETRO SITUADO NO MURO
DE TRANSICAO DIREITO
119
0 i0 20
ESCALA GRAFICA
0 5 10 20m
ESCALA GRAFICA
40m
U)0
JUNTA FALHAcote nominal -300,00
FIG. 3
US1NA NOVA AVANHANDAVA
MEDIDORES DE
DESLOCAMENTOS
CORTES
120
4.4 Extensometros de Hastes
Os Extensometros de Hastes foram instalados com a finalidade de
registrar os deslocamentos axiais relativos entre diferentes
profundidades da fundacao. 0 instrumento a composto basicamente
de varias hastes ancoradas em uma de suas extremidades em diver
sos pontos do macico rochoso. A outra extremidade esta acoplada
a um conjunto denominado "cabeca do extensometro", onde sao efe
tuadas as leituras. Atualmente todos os instrumentos utilizados
sao fabricados nas oficinas da CESP. A Foto 2 apresenta uma vi
sao parcial do sistema de apoio e do medidor. 0 aparelho de me
dida utilizado a um relogio comparador com sensibilidade de
0,01 mm.
FOTO 2 - USINA NOVA AVANHANDAVA
CABEC,A E MEDIDOR DO EXTENSO-
METRO DE HASTES EH-3
MURO DE TRANSICAO DIREITO
Nos blocos laterais do vertedouro, tomada d'igua/casa de forga
e nos muros de transicao procurou-se detectar os deslocamentos,
referidos a certas profundidades da fundagao, atraves dos Exten
sometros de Hastes ( Figura 3), buscando substituir de maneira
conveniente e onde possivel os Pendulos Tnvertidos, que normal
mente requerem perfuracoes economicamente desvantajosas e de di
ficil implantacao em prazos curtos. Os Extensometros de Hastes
sao de operagio simples, o que permitiu implantar um satisfato
121
rio sistema de auscultagao nas fundacoes, atendendo ao Cronogra
ma de Obras que exigiu tempos exiguos na instalacao destes apa
relhos.
0 problema que podera ser levantado para estes Extensometros,
que ainda nao foi comprovado no caso de Nova Avanhandava, 0
da influencia das variagoes termicas nos deslocamentos registra
dos. Seguindo recomendagoes de J.F. Silveira (1976), que mencio
.na experiencias de HOOKER e DUVALL (1971) verificando que as va
riacoes termicas diarias tern efeitos para profundidades de
0,60 m e as variagoes anuais tem efeitos para profundidades de
8,00 in, no futuro, apos aproximadamente um ano do enchimento,
devera ser observado se os deslocamentos se apresentam eleva
dos. Se isto ocorrer podera instalar-se haste adicional ancora
da a 8,00 m de profundidade, a fim de detectar-se a deformacao
correspondente ao efeito termico. Para obter-se o movimento que
ocorre nos 8,00 m superficiais devido a variacao termica, SIL
VEIRA menciona a recomendacao de BARRON, HEDLEY e COATES (1971)
de chumbar duas hastes com diferentes coeficientes de dilatarao
termica (al, a2) a 8,00 m de profundidade. Assim, as equacoes
dos deslocamentos serao:
Atl = L . al . At (1)
AZ2 = L . a2 . At (2)
Atl - AR2 = L. At . (al - a2) = 6t (3)
A equagao (3) representa a diferenga de comprimento das duas
hastes provocada pela variagao da temperatura.
Substituindo a terceira equagao nas duas primeiras, vem:
A9 = 6tal
1al - a2
a2AQ = 62 t
al - a2
12 ''
5. COMPORTAMENTO OBSERVADO
Os deslocamentos foram observados desde a fase construtiva, dan
do-se atengao especial a fase do primeiro enchimento do reserva
torio.
Os movimentos mais significativos registrados durante a constru
gao, estao relacionados com carregamentos de curta duragao e fa
tores construtivos consequentes do curto Cronograma Geral de
Construgao como : langamento do aterro nos abragos laterais,
avango da concretagem de um bloco chavetado em relagao ao conti
guo, arrefecimento dos blocos e contragao do concreto , desvio
do rio pelas adufas do vertedouro , fechamento de parte das adu
fas, etc.
O que se observou de um modo geral foi que , mesmo com as carac
teristicas impostas por um curto Cronograma de Obras, na fase
construtiva houve uma acomodagao de deslocamentos em fungao da
estabilizagao das temperaturas . Posteriormente , com o enchimen
to do reservatorio observou -se um comportamento sazonal, devido
ao gradiente termico estabelecido em fungao da temperatura am
biente e da temperatura d'agua . Este fato ficou melhor eviden
ciado na anilise de dados levantados atraves de aparelhos que
registraram simultaneamente deslocamentos e temperaturas.
As leituras registradas pelos Pendulos (Anexo 1 ) confirmaram o
comportamento estrutural dos blocos previsto em projeto: na fa
se construtiva , tendencias iniciais de deslocamentos para mon
tante e na fase do enchimento e estabilizagao do nivel do reser
vatorio tendencias de deslocamentos para jusante. Antes de con
figurar-se a instalagao dos diagramas de empuxos e subpressoes,
devido ao perfil geometrico dos blocos, os seus respectivos cen
tros de pressao se situam mais proximos da face de montante; en
quanto que atuando os carregamentos hidricos mais importantes a
localizagao da resultante das forgas se desloca para jusante.
Deslocamentos longitudinais da ordem de 1,00 mm ocorridos em
alguns blocos ( VS-2; ME-3 ) conduziram a tensoes cisalhantes da
ordem de 196 KP (2,00 kgf/cm2 ) nas chavetas de ligagao, sendo
que foram dimensionadas para 392 KP ( 4,00 kgf /cm2) corn armadura
minima e para tensoes eventuais que possam ultrapassar este va
123
lor, provocados ocasionalmente por carregamentos excepcionais
(drenos inoperantes, sismos ), foram armadas convenientemente.
Portanto, a grandeza destes deslocamentos no preocupam. Se as
analises futuras evidenciarem uma tendencia crescente daquele
valor, devera proceder- se a uma injegao adequada das juntas,
particularmente no caso do bloco central do vertedouro.
As leituras registradas pelos Clinometros (Anexos 2-3) confirma
ram de um modo geral as movimentagoes observadas por meio dos
Pendulos. Nos blocos onde estes nao foram instalados a configu
rarao dos deslocamentos resultaram semelhantes: rotaroes para
montante na fase construtiva e apos o enchimento ligeiras defor
maroes angulares para jusante.
Em certos blocos, como MD (ligado ao hall de montagem), TA (li
gada a casa de forga) e VS (ligado a bacia), foram registrados
deslocamentos pars jusante antes do enchimento do reservatorio,
o que foi interpretado como relacionado ao fato de o avango da
concretagem dos blocos de jusante, constituidos por grandes mas
sas de concreto, deslocar progressivamente para jusante o cen
tro de pressao do conjunto das estruturas.
De qualquer maneira nao se observaram rotagoes significativas
nem na fase construtiva, nem na fase do enchimento do reservato
rio, notando- se que os valores registrados sao inferiores aos
limites de projeto maximos previstos nos cilculos teoricos.
0 comportamento observado por meio dos Extensometros de Hastes
(Anexos 4 e 5) confirmaram de um modo geral o mesmo desempenho
estrutural detectado pelos Pendulos e Clinometros (Tabela M. Os
deslocamentos horizontais foram calculados vetorialmente a par
tir de dois extensometros instalados numa mesma segio. Na medi
da do possivel , os Extensometros de Hastes foram instalados des
de o inicio da obra. Assim foi possivel, alem da obtengao de in
formagoes especificas referentes ao macigo de fundagao , um acorn
panhamento eficaz de movimentos verticais ( recalque/elevagao) e
horizontais (montante/jusante) a partir dos instantes iniciais
da construgao.
Na Tabela IV se apresentam esquematicamente as leituras maximas
registradas nas fases de construgao e de enchimento do reserva
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125
torio, dos Pendulos, Clinometros e Extensometros de Hastes, e
os valores maximos previstos nos calculos estruturais para as
condigoes mais desfavoriveis. Os valores dados para os Extenso
metros se referem as hastes mais proximas do contato.
6. CONSIDERAg6ES FINAIS
Os deslocamentos observados ate a presente data, relativos e ab
solutos, no indicaram eventuais comportamentos anomalos dos
blocos de concreto que possam afetar a seguranca estrutural. Po
de-se observar nos graficos de leituras apresentados nos Anexos
que as curvas representam um comportamento uniforme de movimen
tos, no existindo variagoes bruscas nem irregularidades acen
tuadas. Isto indica que os deslocamentos se processaram lenta
mente.
A junta da cota nominal 300,00 no apresentou deslocamentos sig
nificativos durante a fase de enchimento, conforme observagoes
constatadas pelos Pendulos e Extensometros de Hastes ,particular
mente na regiio dos blocos centrais da tomada d'agua/casa de
foraa e vertedouro que sao os blocos-chaves da Usina.
Pequenos alivios verificados no pe de montante da barragem, du
rante a fase de enchimento, no chegaram a compensar deforma
goes de compressao ocorridas na fase construtiva o que descarta,
por enquanto, qualquer ocorrencia de juntas de tragao.
Os valores limites fixados em projeto no foram atingidos, sen
do que na maioria dos casos apresentam uma ampla seguranga. Is
to estaria ligado ao fato de ter-se desprezado nos calculos teo
ricos o travamento imposto pelas chavetas de ligagao existentes
nas juntas entre blocos . Alem do mais, os carregamentos de sub
pressoes se encontram ainda com valores bem inferiores aos assu
midos em calculo (constatados pelas leituras piezometricas ja
efetuadas), devido a eficiencia do sistema de drenagem e corti
nas de injegoes implantadas. Entretanto os deslocamentos detec
tados, ate a data, poderao aumentar; ocorrerao ainda movimenta
goes ligadas a deformagao lenta. Os diagramas de subpress6es de
verao aumentar e com a formagio do futuro reservatorio de Tres
Irmaos, definindo melhor os niveis de jusante, outros desloca
126
ft
mentos deverao ocorrer. Portanto novas analises resultarao des
sas condiroes.
De qualquer forma, face aos deslocamentos ocorridos , pode-se
concluir que o comportamento estrutural dos blocos de concreto
da Usina Nova Avanhandava , nos periodos construtivos e do pri
meiro enchimento do reservatorio , se apresentou como satisfato
rio. Assim numa primeira analise, pode concluir -se que o piano
de instrumentagao referente a deslocamentos atingiu aos objeti
vos tecnicos e economicos previstos quando de sua implantacao.
7. AGRADECIMENTOS
Os autores sao gratos a Companhia Energetica de Sao Paulo - CESP
e INTERNACIONAL de Engenharia S.A.- IESA, pela oportunidade da
da na elaboracao do presente trabalho.
De um modo especial os agradecimentos sao estendidos aos enge
nheiros Lelio Naor Lindquist e Ruben Jose Ramos Cardia, do Se
for de Instrumentarao do Laboratorio Central de Engenharia Ci
vii; Aguinaldo Ricoy de Oliveira do Departamento de Engenharia
Civil da CESP e Antonio B. de Moraes Botelho , da INTERNACIONAL
de Engenharia S.A. - IESA,pela orientagao e revisao deste tra
balho.
Tambem ao quadro tecnico do Departamento de Hidraulica da IESA
e do LCEC ( CESP ) pela colaboracao na elaboracao de desenhos,
graficos e trabalhos de datilografia.
8. REFERENCIAS
1. CARDIA, R . J.R, YENDO , M., KULLUKIAN , A., RESCK, J.T., "Con
trole de Deslocamentos em Juntas das Estruturas de
Concreto na Usina Nova Avanhandava ", XV Seminario
Nacional de Grandes Barragens , Rio de Janeiro,CBGB,
NOV83.
2. FRANKLIN, J.A. - A Auscultacao de Estruturas em Rocha - Sao
Paulo , ABGE, NOV79 - Traduzido por CURY, Jr. A.
127
3. LABORATORIO CENTRAL DE ENGENHARIA CIVIL - Diversos relato
rios emitidos pelo Setor de Instrumentagao e Contro
le de Barragens - CESP.
2. LABORATORIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL - Instrugoes para
o Uso da Aparelhagem de Observacoes de Barragens,
Lisboa, 0UT63.
5. SILVEIRA , J.F., - A instrumentagao de auscultagao de maci-
gos rochosos em minas a ceu aberto - Dissertagao de
Mestrado apresentado na Universidade de Sao Paulo -
DEZ76.
RESUMO:
Dentro do sistema geral de auscultagao, das estruturas de con
creto da Usina Nova Avanhandava, a apresentado o piano especifi
co para controle dos deslocamentos , com enfase especial para a
fase do primeiro enchimento do reservatorio.
Referente as hipoteses de projeto destacam-se os carregamentos
e parametros mais desfavoraveis dos materiais envolvidos, que
conduziram aos valores de deslocamentos considerados como maxi
mos previstos. Os blocos de concreto foram tratados como auto-
-portantes, na verificagao da estabilidade global, desprezando-
-se a contribuigao das chavetas de ligagao, existentes nas fa
ces laterais, fato que levou, em geral, a uma cobertura ampla
dos valores teoricos em relagao aos valores registrados pela
instrumentagao.
Na instalagao dos aparelhos tomaram-se todas as providencias ne
cessarias para garantir uma implantagao adequada e segura antes
do primeiro enchimento do reservatorio. Procurou-se detectar os
deslocamentos referidos a fundagio utilizando- se Extensometros
de Hastes, no lugar de Pendulos Invertidos, quando possivel.
Conseguiu-se com isto vantagens economicas e construtivas face
a um curto Cronograma Geral de Obras.
A anilise do comportamento das estruturas atraves de deslocamen
tos absolutos e relativos mostrou um desempenho satisfatorio,
tanto na fase construtiva como de enchimento. Os valores obser
vados encontram-se cobertos pelos fatores de seguranga previs
tos.
128
ANEXO 1
• MONT/Jla
• 110/ ME
• MONTOUSo MD/ME
41d .
E N T
• MONT/Ju•• NO/ME
i 4
-L,C
• MONT/JUS• MO/ME
Ito~0sM
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• MONT/JUG• MD/ME
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-2
MURO DE TRAMSKAO DNIEITO - MD-!DESLOCAMENTO/ PINOUL0 DIRETO
TOMAOA D'A$UA .TA -2DESLOCAMENTO /PENDULO DIRETO
TOMADA D' ASUA .TA -!DE SL OCAME NTO / PENDULO INVERTIOO
I
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NI EI TO EIvC IMNO
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EN
VERTEDOURO DE IUPERFICIE - VS-!DESLOCAMENTO / PENOULO OIRETO
EI TO:: ^^ E"M JNTP
VERTEDOURO DE SUPERFICIE - VS-2DESLOCAMENTO / PENDULO INVERTIDO
POW
• MOMT/JUo NO/ME
111VfV VC Inan.rp (, L VVGf VV - ^G-
DE3L0CAMENT0 / PENDULO DIRETO
JAN/82TFEVIMAR IABR I MAI IJUNI JULIAGOISET IOUTINOVI DEZ
INUNDADO
© MA*ITENcAO
A. M. NOVA AVANHANDAVA
LEITURAS DE PENDULOS DIRETO E INVERTIDO
DESLOCAMENTO: mm
129
ANEXO 2
l
I
t-t
IMURO DE LISA CcAO DIR EE ITO MD 1DE3LOCAMENTO / CLM10METR0 C LI
L1 LL1LL-L1JL_L11 1 1 1 1-'. TT •f I I l l l I-1 -7-F-1-1 IMU 0 DE LISACAO DIR[IT0 MD - 2DE3LOCANENTO / CLINOMCT110 CL •1;
F]
TOMADA WAS UA T A • 1DESLACAM 1Q / CLINONU1O CL-3
w
300
0
ADD 1,
"MGM m ON-
TOMADA D'AG UU A TA-2DESLOCAMO O/CLMIOMETIIO CL - 4
1 1f 1 I I r -Y -i
TOMADA WAGUA TA-3DIOfLOCAMENTO / CLINOMETRO CL-5
^^
JAN d2 FEV MAR ABR MAI JUN 1 JUL 1 AGO SET OUT NOV 1 D
INUNDADO
!M £01111!0
A M. NOVA AVANHANDAVA
LEITURAS DA CADEIA CLINOMETRICA
DESLOCAMENTO (,(m
133
ANEXO 3
VERTEDOURO VS-1DE$LOCAMENTO / CLINOMETRO CL-S
tVERTEDOURO VS-2DESLOCAMENTO / CLINOMETRO CL-7
300
0
a 300
f
VERTEDOURO VS-3DESLOCAMENTO / CLINOMETRO CL-0
W 300Fzt
GL300
. i 1
JAN
T t
MURO DE LIYAcXO ESOUERDO ME-3DESLOCAMENTO / C LI NOME TRO CL-9
EV IMAR I ABR I MA I I JUN I JUL I AGO I SET I OUT I N 0 V I DEZ
INUNDADO
• SEM ACES30
A . M. NOVA AVANHANDAVA
LEITURAS DA CADEIA CLINOMETRICA
DESLOCAMENTO : Am
131
A N E X 0 4
0
V
r -1,0
11 .1
•WASTE NEI VERTEDOURO DE SU P ERFICIE VS- 2
Igo B-1 -111"on
0 NE2 DESLOCAMENTO/EXTFNSOMETRODE MSTES EN-20
t
T T
• WASTE NE I
0 N§2
tt
VERTED0uR0 DE SUPERFICIE VS - 2DESLOCAMENTO/ EXTENSOMETRO DE WASTES EN-2f
-r T
• HASTE NI I
o N!2
VERTEDOURO DE SU P ERFICIE VS-2DESLOCAMENTO/ EXTENSOMETRO DE WASTES EN-22
^- • , r t t
• HASTE NII
o • N12
+1,0
-1,0
ITT
1 ♦ ♦ t
MURO DE TRANSI;AO DIREITO MD-2DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE WASTES EN - 04
NolaJJIIf rt T__r_ T -T- I t i t t t +r.+tYt-
• HASTE Pit I
O .. N92
°Jf
!
0
MURO DE TRANSIsAO DIREITO M D - 2
DESLOCAMENTO / EXTENSOMETRO DE WASTES EN-OS
{ - . . . . . ♦ --r _. rte- ^_.-.+^...^
Try ^1 i i t +. t }mo
f
14} 1^1 {^1D 00
t- -t f t* I' t N4t i t t t t t t ? it
• HASTE N2 I
C . NI 2MURO DE TRANSICAO DIREITO M D - ?
DESLOCAMENTO/ EXTFNSOME TRO DE WASTES EN-OS
YAI JUN JUL AGO SET OUT NOV'DEZ
INUNOADO
1961 1942
MAR ABR MAIIJUNIJUL AGO
A. M. NOVA AVANHANDAVA
LEITURAS DE DESLOCAMENTO (mm)EXTENSOMETRO DE HASTES
OVT N OV OE
132
AN EXO 5
• HASTE Nt I
0 n N22
TOMADA D'IOUA TA-2DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE NASTES E H - 07
;CR
iii4Q
0
• HASTE NEI• w N92 TOMADA D'A'OUA TA-2
DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE NASTES EH-O•
MAI JUN JUl A00T SET OUT NOV DEZ JAN FEVIMAR' ABRIMAIIJUN JUL MO 1 SET OUT H
1 9 • 2
o[z
44
^Yt 444; r tt-I tttt t
• HASTE N2 I
O n N9 2
w NA 3
1, i 1 I r a _ _
F_j1.L 1 .
r L 1 I i 7 l 7TTTTTTTIIIFT li-
_T 41 +9 i:.''^^ trtft, t f
• NAISTE N! IO w N22
77-
. . ..
•
- . - -
44 1-1
... .
1'iti+
. . . . . . .
'T Ff
1 ^1
1 I .
• HASTE N! I
O 11 N!2
MURO DE TRANSI9 O ES9UERDO M E -3
DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE HASTES EN - 31
MURO DE TRANSIcAO ESQUERDO ME-3
DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE HASTES E N - 32
MURO DE TRANSICAO ESPUERDO ME-3DESLOCAMENTO/EXTENSOMETRO DE HASTES EN-33
,JAN FEV MAR ABR MAI JUN JULIAGOI SETTOUTIN OV
1 9 • 1
®IMUNDADO
JAN FEV MARJASRIMAI [ JUN 1JUL 1A00I_tf }-IOUTINOVIDE2
A. M. NOVA AVANHANDAVALEITURAS DE DESLOCAMENTO (mm)
EXTENSOMETRO DE HASTES
133