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Dra. Ana Claudia Montezino

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Dedico este livro aos meus fi lhos Victoria e Pedro, pelo amor que fl ui naturalmente de seus corações e estimula minha vida diariamente.

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Agradecimentos

À minha mãe, que me ensinou o valor do trabalho e me incentivou em todos os momentos da minha busca profi ssional.

Ao meu pai, que esteve sempre muito presente.Aos meus pacientes, que tornam minha busca pelo

conhecimento um prazer e me dão oportunidade de estar sempre a serviço.

Aos meus amigos do coração Jorge Romero, Ricardo Naccarato, Joyce Fox, Juliana Berni, Daniel Von Simson, Leila Nemes, Eliane Brunelli e Fernando Nadal Junqueira, que conhecem o pior e o melhor de mim, e tornam a transformação uma realidade.

Todos os envolvidos no projeto Forma Light, que acreditaram no meu trabalho e confi aram nos seus resul-tados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................... 11

FORMA LIGHT ........................................................ 15Conceito ........................................................................15

NUTRIÇÃO ............................................................... 17Alimentação/Nutrição .....................................17Alimentos/Nutrientes .......................................18Diferentes fases da vida ....................................24Dietas ...............................................................................29

RECOMENDAÇÕES GERAIS .......................... 33Pirâmide de alimentos ......................................33Recomendações nutricionais .....................36Sistema digestório .................................................39Dicas especiais ..........................................................44

Ácido úrico ................................................................. 44Colesterol aumentado ...................................... 45Diabetes ......................................................................... 46Enxaqueca .................................................................... 46Gases ................................................................................. 47Gastrite ........................................................................... 48Intestino preso ......................................................... 49Pressão alta ...........................................................49

BENEFÍCIOS DOS ALIMENTOS .................... 51Abacate ..........................................................................51Abóbora ........................................................................52Agrião ..............................................................................52Alho ...................................................................................52Arroz integral ............................................................52Aveia .................................................................................53Banana .............................................................................53Berinjela ..........................................................................53Castanha-do-pará .................................................53Couve-fl or ....................................................................54Maçã .................................................................................54Mamão ...........................................................................54Peixe ..................................................................................54Repolho ..........................................................................54Soja .....................................................................................55Tomate ............................................................................55Uva .....................................................................................55

CONCLUSÃO .......................................................... 56

RECEITAS .................................................................... 57Sucos .................................................................................58Sanduíches ..................................................................64Molhos ..........................................................................70Saladas .............................................................................74Sopas ................................................................................80Pratos principais .....................................................86Doces e sobremesas ...........................................96

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INTRODUÇÃO

Está claro, e as revistas e matérias de televisão não nos deixam questionar, que ali-mentação adequada é a base para a manutenção da saúde. O assunto da atualidade tem sido a alimentação: dietas milagrosas são apresentadas de tempos em tempos, programas de tv e revistas tentam ensinar como comer bem, quais alimentos fazem bem ou mal à saúde, informam valores calóricos, nutrientes presentes nos alimentos e suas funções etc. Não me oponho a tais divulgações, porém, utilizá-las e diferenciar o verdadeiro do falso não é tão fácil quanto parece.

A qualidade de vida tornou-se de fato um foco da atualidade e é claro que a alimentação faz parte dessa realidade, mas como obter sucesso nessa busca? A correria da vida moderna transformou o hábito alimentar em teoria e estamos real-mente muito longe do que podemos considerar saudável: criou-se o mito alimen-tação, que não necessariamente signifi ca nutrição. Nutrir o organismo está longe de ser o ato de alimentar-se, mas sim preocupação com a qualidade e, mais do que isto, a consciência do que comemos. Quando falamos em emagrecimento, por exem-plo, não resta dúvidas de que o acesso à informação é ágil e simples: consultando rótulos, acessando a internet, lendo revistas ou assistindo à tv, podemos obter tais informações. No entanto, apenas questiono se a caloria, por exemplo, é o dado mais importante sobre o que comemos. Vejo na prática do consultório pessoas que man-têm-se informadas o tempo todo sobre o que devem ou não consumir, praticando erros simples que podem mudar totalmente o seu estado físico ou clínico. É comum ouvir comentários como: “Eu como pouco e não sei por que estou engordando!” ou

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“Tais alimentos são tão bons para a saúde, eu os consumo com frequência e, mesmo assim, não tem dado resultado”. Isso acontece porque somos informados, porém não da maneira correta, ou não sabemos praticar da maneira correta. Por exemplo, posso ouvir que refrigerante não deve ser consumido durante a refeição, então o substituo por água e, sem saber, posso estar atrapalhando meu processo digestivo, a absorção de nutrientes, difi cultando assim o aproveitamento de tudo o que nutriria o organismo. Há uma vasta desinformação sobre a qualidade do que é consumido, quanto de um abacate pode nos engordar se comparado às bolachinhas que con-sumimos durante o dia e que são imperceptíveis à nossa mente quando falamos sobre as refeições que fi zemos. Seria comparável a qualidade de uma fruta à de uma guloseima?

Consideremos nossa educação alimentar. O que comíamos na infância, os há-bitos criados dentro de casa, a relação do alimento com a emoção vivida em certos momentos da vida — como quando uma criança fi ca doente e recebe de presente uma caixa de chocolate, aquele que ela mais aprecia —, a tristeza preenchida pelo consumo compulsivo do alimento que, independentemente do seu sabor, funciona como válvula de escape para uma avalanche de emoções.

É claro que o fator genético infl uencia, mas se vamos dar a oportunidade para que a genética possa se manifestar é o ponto que defi ne a questão. Outro tipo de queixa que tenho vivenciado vem das mães ou responsáveis por crianças. A afi rmação é de que a criança não come — o que seria impossível para mantê-la viva — ou só come porcaria. Analisemos então quem faz as compras, quem ofereceu pela primeira vez tais alimentos para o bebê e mantém o consumo deles em casa. Ela verá tais alimen-tos na tv, escola, supermercado, é verdade, mas a criança que tem o hábito da boa alimentação se satisfaz ao consumir uma pequena quantidade desses produtos, não sendo necessário um pacote inteiro de salgadinhos para matar sua vontade, e este alimento não será procurado todos os dias. O hábito da casa onde ela vive é consu-mir legumes e verduras? Não adianta insistir em algo que não praticamos. O paladar também deve ser respeitado, a criança terá preferências e aversões, o que não signifi ca não comer nada e sim selecionar o que comer. Dessa forma, os pais devem educá-la para que saiba experimentar, assim ela terá oportunidade de conhecer os alimentos e então escolher os que prefere. Não transforme a refeição no pior horário do dia, isto provavelmente fi cará registrado na memória do seu fi lho, e sua missão é estimulá-lo a comer. Portanto, esse momento deve ser de prazer e não de desgaste.

Só nos preocupamos com o que comemos até que os resultados comecem a incomodar, seja ele excesso, falta de peso ou ainda sintomas desagradáveis que

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surgem quando desenvolvemos alguma doença. O incômodo, ele sim, infl uenciará muito na decisão para a mudança do hábito alimentar. Nos dias de hoje, vivemos quase saudáveis, o que signifi ca: até que a saúde desapareça. O cotidiano agitado, o estresse do dia-a-dia e o pouco tempo de que dispomos para tarefas simples — como comer — levam o ser humano a estar sempre no limiar da doença, vivendo mal e insatisfeito consigo mesmo. O “incômodo” e o desgaste são comuns e fre-qüentes na vida das pessoas; dores de cabeça, insônia, indisposição, desconcentra-ção e inúmeros outros sintomas são resultado da má qualidade de vida e podem gerar crises mais graves, capazes de desestruturar toda a nossa rotina. Outros fatores infl uenciam para que um indivíduo desfrute de saúde excelente e a mantenha, mas acredito que a satisfação alcançada com a mudança na alimentação levará o leitor a buscar práticas diárias que melhorem ainda mais sua saúde (exercícios, momentos de descanso, disposição para as tarefas do dia-a-dia etc.).

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CO N CE ITO

Neste livro serão abordados desde conhecimentos básicos e receitas até alguns tipos de dietas já existentes no mercado, o que permitirá aliar a rotina ao tipo de conduta que o leitor mais se identifi ca.

Este é um novo conceito de saúde que objetiva a reeducação alimentar e a opção por uma vida mais saudável. Acredito que nosso corpo é o bem mais pre-cioso que temos, só com ele em ordem é que podemos nos sentir saudáveis para nos relacionarmos bem, social e profi ssionalmente. Isso requer mudanças profundas na opção de vida feita até aqui, mas, a partir do momento em que você optar pela melhora, os meios se tornarão prazerosos e o resultado, efi caz.

Não há nenhuma fórmula mágica: por meio da informação fornecida nos capí-tulos a seguir, colocando em prática as dicas mais simples do livro, você se sentirá bem melhor. Só então você estará preparado para, de acordo com seu objetivo, optar pelo tratamento mais adequado. Caso contrário, será uma tentativa de chegar ao topo da montanha sem o devido treinamento para poder escalá-la.

O livro não está baseado em condutas individualizadas e tampouco busca o tratamento de doenças. Portanto, nenhuma orientação aqui fornecida dispensa o acompanhamento médico e nutricional, embora possa ser adaptado à sua realidade e colocado em prática a partir do momento em que se tome conhecimento de como negligenciamos nossa nutrição.

Saiba como alimentar-se bem e mude sua vida para sempre!

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NUTRIÇÃO

A L I M E NTAÇ ÃO / N U T R I Ç ÃO

Quando pensamos em alimentação, o que nos vem à mente é a idéia de que para nos alimentarmos basta comer — comer para matar a fome, a ansiedade, a vontade. Mas será que assim estamos nos nutrindo?

Há uma diferença simples, mas signifi cativa, entre alimentar e nutrir. A nutrição está relacionada ao que foi ingerido, transportado e absorvido pelo organismo. A alimentação identifi ca apenas o fato de fornecer alimento para o organismo: o que ocorre na seqüência é o processo de nutrir. Podemos dizer, de forma simples, que a escolha alimentar será a alimentação, e a seleção e aproveitamento do que foi esco-lhido levarão à nutrição.

Podemos aplicar um raciocínio semelhante aos alimentos: fruta, carne, choco-late, legumes, refrigerantes, verduras, sorvete etc. Como identifi car os nutrientes? Na verdade, todos são alimentos e todos contêm nutrientes, porém somente alguns serão classifi cados como alimentos nutritivos.

A L I M E NTO S / N U T R I E NT E S

Para facilitar esse entendimento, é necessário conhecer o que compõe cada grupo alimentar. É a aplicação correta desses grupos que proporcionará uma boa nutrição. Vamos conhecê-los.

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CARBOIDRATOS

Principal fonte de energia da alimen-tação, cada grama de carboidrato fornece em média 4 kcal da alimentação diária. O ideal é que não sejam eliminados do hábito alimentar, embora algumas condu-tas determinem sua exclusão do cardápio.

O consumo diário deve estar em equi-líbrio com o gasto de energia de cada indivíduo, e a escolha do tipo de carboidrato a ser consumido determina seu aproveitamento pelo organismo. A ingestão em excesso, e de má qualidade, leva ao acúmulo de gordura, podendo acarretar obesi-dade, problemas de placa de gordura nas artérias, hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue), cáries, entre outros prejuízos. Os carboidratos podem ser: complexos — pães, cereais, farinhas, arroz, tubérculos (batata, mandioca, mandioquinha, cará, inhame), aveia, trigo, tortas, grãos, macarrão e fubá — ou simples — açúcar refi nado ou mascavo, mel, melaço, geléia, xaropes, doces em geral, frutose (açúcar presente nas frutas).

Evitar o consumo freqüente de açúcares simples diminui a probabilidade de várias complicações encontradas atualmente na maioria da população. A grande difi culdade está em manter esse equilíbrio, já que muitos alimentos “saudáveis” podem conter os ingredientes mencionados na sua composição.

A dica básica para evitar o problema é ler os ingredientes que estão presen-tes nos alimentos antes de comprá-los, informação encontrada no rótulo de quase todos os produtos industrializados.

É importante lembrar que alguns desses alimentos também fornecem fi bras, que são fundamentais para o bom funcionamento do intestino. Bons exemplos são as frutas e os grãos integrais, além de legumes que contêm carboidrato na sua composição.

PROTEÍNAS

São importante fonte estrutural do nosso orga-nismo, uma vez que é delas que dependem a cicatri-zação, o crescimento, bem como a formação muscular

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e de tecidos. Como os carboidratos, fornecem cerca de 4 kcal para cada grama de proteína no alimento. Seu consumo também deve estar equilibrado com o gasto diário de energia de cada indivíduo. Antigamente, o foco se restringia apenas ao consumo de proteína animal (leite e derivados, carne vermelha, frango, peixe e ovos), mas hoje já se sabe que tão importantes quanto os alimentos acima são as proteínas vegetais (ervilha, feijão, grão-de-bico, lentilha e soja), que fornecem ainda fi bras e podem colaborar para a melhoria do hábito intestinal, além da propriedade benéfi ca específi ca de cada um desses alimentos.

Deve haver um cuidado especial com rela-ção à proteína animal, visto que, por serem ali-mentos muito ricos em gordura, podem elevar o índice de colesterol e de triglicérides, colabo-rando para a formação de placas de gordura que podem entupir as artérias e causar infarto. É preciso considerar também o uso indiscriminado de suplementos à base de aminoácidos (pequenas partes que, juntas, formam a proteína), os quais podem acarretar carga excessiva de trabalho para os rins e, como decorrência, provocar infec-ções freqüentes, formação de pedras e, em casos específi cos, o mau funcionamento do órgão. Dietas restritas à base de proteínas devem ter um acompanhamento fre-qüente e os sintomas, avaliados sempre que necessário, já que a maioria dessas con-dutas indicará a origem animal como fonte principal de calorias para dieta.

LIPÍDIOS (GORDURAS)

São os alimentos que fornecem mais energia na dieta: são 9 kcal por grama de gordura con-sumida. Seu consumo deve ser bem controlado, com a qualidade bem determinada, mais do que a quantidade. É comum a exclusão de alimentos gordurosos nas dietas de emagrecimento, porém, deve fi car claro que, normalmente, os alimentos retirados da dieta são aqueles que são gordura pura, caso da margarina, da manteiga e da maio-nese. É importante lembrar que muitos outros alimentos, como os carboidratos, contêm gordura na composição: frios em geral,

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queijos, alimentos pré-cozidos — tortas e massas instantâneas —, além das frituras (pratos à milanesa), gorduras utilizadas no preparo de feijão, feijoadas e outros que fazem parte da prática alimentar da maioria da população. Já que as gorduras preci-sam estar presentes na alimentação, pois algumas vitaminas dependem delas para serem aproveitadas no organismo, a qualidade torna-se fundamental.

Gorduras vegetais (azeitona, azeite, óleo de canola, soja ou girassol, castanha-do-pará, amendoim, amêndoas) oferecem mais benefícios do que a gordura animal (leite e derivados, carne vermelha, pele de frango etc.). Os peixes de água fria (atum, cavalinha, salmão) são uma fonte excelente de boa gordura, os ácidos graxos ômega: consuma-os pelo menos uma vez por semana. Atenção para o consumo de marga-rinas: quanto mais amolecida ou macia, pior a qualidade de gordura presente na sua composição. Nesses casos, pode ser melhor optar pelo consumo da manteiga.

MINERAIS

São necessários para a manutenção da saúde e variam em cada alimento de acordo com o local de origem, devido à composição do solo.

Sua importância na alimentação depende da função que cada mineral exerce no corpo humano: formação óssea, infl uência na musculatura, controle de líquidos dentro e fora das células, e assim por diante. A quantidade de ingestão também varia segundo a fase da vida em que o indivíduo se encontra (gestação, terceira idade).

Alguns fatores infl uenciam o consumo de minerais, como o uso de medicamen-tos, a restrição alimentar e o local onde se vive.

Cálcio e fósforo — são fundamentais para a formação e a manutenção de ossos e dentes durante a fase de crescimento e, na terceira idade, combatem a diminuição da densidade óssea, identifi cada como osteoporose.

Para sanar a defi ciência do cálcio, no passado, a ênfase era dada ao consumo de alimentos de origem animal (leite e seus derivados e carnes), mas hoje já se conhecem alguns vegetais que também colaboram positivamente para sua manutenção. É o caso da soja, couve-de-bruxelas, couve-fl or, espinafre, semente de melão, rúcula e gergelim.

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Ferro — mantém a disposição e imunidade físicas. A adoção de dietas restritas em ferro, como a vegeta-riana e a macrobiótica, podem levar à anemia.

Sua absorção pode ser ajudada por algumas vitaminas e pela acidez do estômago. O mineral está presente nas carnes, vísceras (principalmente fígado), ovos, feijão e nozes. Vegetais folhosos e verdes, assim como frutas secas, são indicados para indivíduos que não consomem carnes e ovos.

Vale lembrar que todos os erros cometidos na nossa alimentação podem tornar o ferro inefi ciente para o organismo.

Zinco — melhora a imunidade, mantém os sentidos íntegros (paladar, olfato e, sobretudo, a visão), estimula a formação óssea e previne a diminuição da visão em idosos, entre vários outros benefícios. Para incluí-lo na alimentação, devemos consumir frutos do mar (princi-palmente ostras), fígado, ovos e leite. Cereais integrais, como trigo, centeio, farinha de milho e aveia também fornecem zinco, embora sua absorção não seja tão efi caz como nos alimentos de origem animal.

VITAMINAS

São fundamentais para o bom equilíbrio do organismo. Elas não fornecem calorias e em geral estão em defasagem em relação à necessidade de consumo diário na maioria das pessoas. São encontradas em frutas, verduras e legumes, subs-tituídos na dieta atual por carboidrato e proteína em excesso, bem como por suple-mentos prontos que não oferecem a mesma qualidade obtida com a ingestão diária de alimentos que, naturalmente, as possuem. Deixamos claro que encorajamos o consumo de todas as vitaminas citadas por meio de alimentos e não de comprimidos.

Vitamina B6 (Piridoxina) – atua na formação de proteínas e na produção de células do sistema imunológico (de defesa do corpo), alivia sintomas de tensão pré-menstrual (tpm), diminui a ansiedade e previne doenças de pele. Está presente em carnes,

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vísceras, grãos integrais, levedo de cerveja, leite, legumes (cenoura, chuchu, abobri-nha, vagem) e banana.

Vitamina C — melhora a absorção do ferro, tem efeito antioxidante (combate o envelhecimento), diminui a incidência de alguns tipos de câncer, aumenta a imuni-dade e reduz o risco de infecções, além de atuar de forma benéfi ca no caso de diabe-tes gestacional. Essa vitamina pode ser encontrada no abacaxi, acerola, batata, bró-colis, catalonha, couve-fl or, goiaba, kiwi, limão, maracujá, morango, pepino, rúcula, entre outros.

Vitamina E — estimula o sistema imunoló-gico, atua como importante antioxidante, for-nece proteção contra doenças cardiovasculares (infarto) e alivia cãibras musculares. Folhas ver-des, rúcula, espinafre, couve, ovo, cereais inte-grais, óleos vegetais (azeite, soja, canola, girassol), nozes e gérmen de trigo são fontes importantes de vitamina E.

Vitamina K — embora não seja muito lem-brada, é fundamental para a cicatrização. Sua defi ciência é comum em dietas muito restritas em calorias, em pacientes com histórico de uso prolongado de alguns medicamentos e em doen-ças de má absorção. Alimentos que contêm lacto-bacilos (como iogurte), ajudam na sua produção. Fígado, legumes verdes, queijo, manteiga, óleos vegetais e brócolis são fontes de vitamina K.

A ÁGUA

Falamos de alguns nutrientes, e agora vamos discorrer sobre um elemento pri-mordial, tão ou mais importante que todos eles: a água. Ela é essencial para nossa sobrevivência, já que compõe, em média, 60% do peso do nosso organismo (chega, no prematuro, a constituir 80% do peso). Apesar de tudo isso, a água ainda é esquecida

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por nós no dia-a-dia. Pare e pense: quantos copos de água você toma desde que acorda até a hora de dormir: dois ou três? Se você ingere mais do que isso, considere-se um vencedor: você já conseguiu um diferencial na quantidade de ingestão desse líquido precioso.

Quando o corpo manda o sinal da sede, acredite, você já está desidratado, o seu organismo já usou todas as reservas disponíveis e está implorando por um pouco de água. Antes da prática de exercícios, é fundamental a hidratação e, dependendo da duração e intensidade do esporte praticado, ela se torna igualmente importante após seu término.

Nos dias de verão, a água deve ser nossa maior companheira, mesmo que você esteja confi nado em seu local de trabalho. Tente iniciar a prática de ingerir oito a dez copos por dia: seus rins agradecem. Lembre-se, porém, de tomá-los fora do horário das refeições. A ingestão de líquidos durante as refeições dilui o ácido clorídrico do estômago, atrapalhando a digestão e dilatando o estômago.

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D I FE R E NT E S FA SE S DA VI DA

A função de cada alimento é exercida de acordo com a faixa etária do indivíduo. Uma criança não se alimenta da mesma forma que um adolescente, nem uma ges-tante deve se alimentar como uma mulher na menopausa.

Vamos abordar a seguir alguns aspectos principais da nutrição de acordo com as fases da vida, com o objetivo de ajudar a colocar em prática pequenas mudanças que podem fazer a diferença na formação e na manutenção do hábito alimentar.

PRIMEIRA INFÂNCIA

Após o nascimento, é fundamental o alei-tamento materno. O leite oferecido durante a amamentação esteve em produção durante toda a gestação, e seus benefícios são incontestáveis: imunidade em abundância, digestão perfeita (conforme o estágio em que se encontra o apa-relho digestório do recém-nascido) e, por fi m, a fortifi cação do vínculo entre mãe e fi lho — afi nal, o bebê acaba de sair de um ambiente protegido, escuro e aconchegante para o meio externo. Se pudéssemos nos lembrar dessa primeira emoção, certamente faría-mos grandes descobertas sobre as sensações que temos durante a vida inteira e não sabemos de onde vêm. Quando não é possível amamentar, embora se trate de uma perda, a mãe não deve se preocupar, pois as fórmulas infantis atuais aproximam-se bastante da composição geral do leite materno.

As prioridades nessa fase são o desenvolvimento e o crescimento: a cada mês, são vários centímetros de comprimento e quilinhos a mais no peso. A quantidade de leite que o bebê mama depende de cada mãe, mas é bom lembrar que isso é muito importante para que a criança passe por essa fase em condições ideais. Tam-bém é preciso considerar o início da introdução de alimentos, com atenção especial à seleção dos alimentos que serão oferecidos para o bebê, já que permanece sua difi culdade para digerir e absorver o que consome — um dos motivos óbvios é que os dentes ainda não nasceram. Algumas enzimas digestivas não são produzidas em quantidade sufi ciente, e podem surgir, como conseqüência, os primeiros sintomas de rejeição ou alergia a alguns alimentos. A mãe não deve misturar tudo o que con-sidera saudável e transformar em sopinha: isto difi cultará a identifi cação do que não

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foi bem aceito. Devem-se evitar os alimentos mais alergênicos: primeiro, devem ser oferecidos aqueles mais simples, um tipo de cada vez, sem nenhum tempero artifi -cial. Ervas naturais (hortelã, alecrim, salsinha) melhoram o sabor da refeição. Após o almoço, deve-se garantir o soninho tranqüilo do nenê.

Há várias formas de tornar esse momento inicial mais prazeroso para a mãe e o bebê, portanto, informe-se constantemente com o pediatra. Não deixe as dúvidas para depois!

INFÂNCIA

Fase em que se inicia a “bagunça” na alimen-tação, e em que algumas mães, pais e avós se desesperam, pois a criança questiona o que come e a mãe tenta “empurrar” o que o fi lho diz não gostar de comer. Se a introdução da alimentação foi feita de maneira orientada, essa fase pode se tornar um pouco mais amena.

Para melhorar isso, vamos deixar claro alguns pontos principais:

1. Ninguém come o que não vê a família comendo em casa, portanto, não obrigue seu fi lho a consumir alimentos que não fazem parte dos hábitos da família. Comece mudando seus próprios hábitos: o resultado virá mais rápido do que você imagina.

2. Legumes e verduras são importantes e seu fi lho deve ser estimulado a expe-rimentá-los. O sabor parecerá estranho, portanto, a rejeição é normal no primeiro momento: são necessárias pelo menos 4 a 5 tentativas até que possa ocorrer a aceitação. Não force a criança a aceitar o que está sendo oferecido, tente simplesmente oferecer de maneiras diferentes, em prepa-rações como tortas, misturado ao arroz (assim fi ca colorido), legumes ao creme etc. Dessa forma, o alimento começa a existir, e o fato de curti-lo ocorre mais facilmente.

3. Quando a criança estiver adaptada à maioria dos alimentos, lembre-se de sempre ter vegetais à mesa. Não se deve restringir as refeições a carnes, bata-tas fritas e purês. O uso de alimentos como beterraba, cenoura, brócolis, chuchu, entre outros, fará a diferença no dia-a-dia.

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