Novos desafios para o sujeito docente na modalidade EAD

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NOVOS DESAFIOS PARA O SUJEITO DOCENTE NA MODALIDADE ENSINO A DISTANCIA Doutorando Sérgio A. de Almeida - UFMS

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Texto sobre a precarização do trabalho docente na modalidade EAD

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NOVOS DESAFIOS PARA O SUJEITO DOCENTE NA MODALIDADE ENSINO

A DISTANCIA

Doutorando Sérgio A. de Almeida - UFMS

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Este trabalho constitui-se de um recorte de pesquisa sobre a atividade docente na modalidade Ensino a Distancia (EAD).

Ele tem por objeto a verificação de como ocorre a constituição do sujeito a partir da nova configuração do Professor a Distancia e do Tutor a Distancia, diante da incorporação dessa modalidade pelas Instituições de Ensino Superior Privadas (IES).

OBJETIVOS

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Como base teórico-metodológica foi assumida a perspectiva sócio-histórica, que se reporta à mediação entre os sujeitos no contexto histórico-social de Vigotsky.

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Foram constatadas situações de subsunção aos meios tecnológicos e desvios das especificidades da prática docente, desdobrados em dilemas, ameaças e pressões organizacionais com relação à empregabilidade.

RESULTADOS

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A educação em síntese pode ser considerada como um processo pedagógico que envolve professores e alunos, ensino e aprendizagem. Para Vygotsky (1988), o desenvolvimento cognitivo não pode ser entendido sem referência ao contexto social, histórico e cultural em que ocorre.

CONCEITO

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No modelo de EAD, semipresencial via satélite, praticado principalmente por IES particulares, existem três componentes básicos: professor EAD (PE) Tutor a Distancia (TD) e Tutor Presencial (TP).

Os alunos que estão matriculados em um dos cursos recebem aulas ao vivo via satélite, além de um computador dentro da sala conectado à instituição que permite a interatividade com o professor.

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A mesma aula pode ser assistida por um número ilimitado de estudantes, tanto em tempo real como através de uma “biblioteca digital”, onde as aulas ficam armazenadas, para uso exclusivo dos alunos da Instituição

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Além de diminuir drasticamente a proporção docente/aluno no caso de universidades, esse empreendimento permite aproveitar conteúdos e estruturas já existentes, utilizando-se de processos de terceirização e franquias deixando as responsabilidades do contacto direto com os alunos por conta das unidades (Polos) contratadas.

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Historicamente os professores sempre tiveram maior poder de barganha face ao mercado de trabalho, comparativamente aos operários das indústrias tradicionais.

No que concerne à incorporação de tecnologias avançadas, o processo de trabalho docente sempre foi bastante conservador e mesmo artesanal, prevalecendo a lógica da especialização

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Por isso, via de regra, o aumento de produtividade e “as pressões por cortes de custos se manifestam sob a forma de intensificação da carga de trabalho, seja em termos de maiores jornadas ou do aumento do número de alunos

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Estas transformações definem e estruturam uma nova visão da realidade escolar. Isso afetou substancialmente os professores que estão expostos a exigências contraditórias que os levam a ser simultaneamente, professores e facilitadores da aprendizagem.

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Somam-se a isso fatores tais como a falta de autonomia, a desqualificação, isolamento, excessiva burocratização das suas atribuições, o controle dos salários causando uma crescente incerteza na classe.

Os recursos tecnológicos fazem com que em algumas ocasiões não seja mais necessário a presença do professor, que na concepção de Marx (1985, p.78) seria a colocação do “trabalhador fora do mercado como o papel-moeda retirado de circulação” pelo aparato tecnológico que ele próprio, com suas aulas, ajudou a alimentar.

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REFERÊNCIAS