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Contos de amor, terror e suspense. Contei, mas é segredo!

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Contei, mas é segredo!

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Contei, mas é segredo!

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Contei, mas é

segredo!

Contos de amor, terror e

suspense.

Verônica Stivanim

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Contei, mas é segredo!

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Todas as situações narradas são fictícias.

Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

Stivanim, Verônica.

Contei, mas é segredo!

Primeira Edição - São Paulo – 2012.

Todos os direitos reservados.

Acesse: www.eupenseihoje.blogspot.com

www.facebook.com/veronicastivanim

Dedicatória:

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Contei, mas é segredo!

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Dedico esta obra a todos que estão ao meu lado,

mesmo quando mudo de opinião.

Minha família, que amo muito. Nilza, Viviane,

Vanilma, Vanessa e Thainara.

Dedico a todos que acreditam que o coração

humano esconde e revela grandes histórias o tempo

todo.

Verônica Stivanim

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Contei, mas é segredo!

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“O que contamina o homem não é o que entra na

boca, mas o que sai da boca, isso é o que

contamina o homem.”

Mateus 15 ,11.

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O corte. .....................10

A festa. ....................14

O lado imperfeito do amor

perfeito. ..................23

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Amor

incondicional....................30

A sentença e o

sangue..............................36

Tatuagem...............43

O primeiro desamor de

Mariana.......................50

Cada passo seu.......62

O lado positivo.....70

O corte

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O dia estava monótono; os pensamentos rondavam a

minha mente como se tudo fosse culpa minha.

Aquelas tardes de sol, calmas. Vista do ponto de vista

de qualquer pessoa, escondiam a dor que só a alma

sabe sentir.

Quantas vezes mais no mesmo dia eu pensaria sobre

aquela história que fora mal contada por mim mesma a

pessoas que nunca se interessavam de verdade pelo

que eu sentia?

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Troco de canal. O que estava passando mesmo? Talvez

fosse mais um filme em que o final fosse feliz para todo

mundo. Como se isso fosse possível!

Me pego julgando-me novamente. Desdenho de

qualquer coisa. História que até então está feliz, sempre

creio que não será sempre assim. Aguardo, dentro de

mim, como se eu fosse uma platéia aguardando o show.

Espero o momento em que o perfeito se desenrola, se

desmente e as pessoas se mostram como são, e a vida

como é.

Como me tornei isso? Que ser humano negativo que eu

sou! Estou me julgando de novo.

O dia quente, abafado. Imagino que queria estar numa

praia, numa ilha, num parque. Em qualquer lugar em que

eu pudesse vender felicidade. Mostrar que eu consegui

como todo mundo faz. A mesma ilusão sempre. Estou

eu sendo negativa ou realista?

Resolvo tomar um banho para lavar a minha alma.

Quantas coisas se passam em minha mente apenas

nestes segundos!

A roupa é tirada de maneira misteriosa; como se eu

brincasse comigo mesma. Faz de conta que alguém se

importa. Faz de conta que você me deseja.

A água está quente. A espuma amacia a minha pele.

Gosto do cheiro de banho. Gosto da sensação de estar

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me limpando. Deixando escorrer as minhas dúvidas e

pensamentos.

Sinto arder a minha mão esquerda. Estranha sensação.

A água quente faz doer à mão. Ao sair do banho

percebo que há um corte.

Um corte pequeno, um risco desenhado por algum

objeto pontiagudo. Em que momento isso aconteceu?

Antes não doía. Mas agora que vi o corte, a dor parece

insuportável. Um corte pequeno, mas com dor intensa.

Um corte na mão. Não consigo tocar nada inteiramente,

apenas uma parte.

Um pequeno corte na mão impede-me de prosseguir

com a rotina.

Com cuidado, aos poucos eu me visto. Volto para a sala.

No sofá noto algo, um objeto. Será que me perdi em

meus pensamentos?

Um canivete. Com algumas gotas de sangue. Será eu a

minha própria traidora?

Um corte no lugar errado. Dia errado. Hora errada.

Volto aos meus pensamentos. Canivete na mão direita.

A esquerda paga os meus pecados.

Merece segunda chance? O sangue, o pulso, os

impulsos?

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Banho tomado. O corte na mão, na palma da mão, já

não dói como antes.

Ardor nos pulsos. Chega de pensamentos insanos,

impuros. Livro-me de você e de toda a culpa.

Julguei-me culpada. Não mereço viver.

A festa

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Já havia se passado muito tempo… A menina toda tarde

esperava o pai chegar.

Completaria oito anos e esperava ansiosamente por

uma festa. A mãe não havia demonstrado nenhum tipo

de emoção, até parecia que naquele ano não teria festa

alguma.

Não! Jamais a mãe tão carinhosa iria lhe deixar sem

nenhuma comemoração. Seria um pouco diferente.

Talvez o pai que sempre esteve ausente em suas festas,

neste ano iria aparecer. A mãe lhe pediu para escolher

um tema para a festinha.

A carta. Ele recebera a carta. A mãe lhe prometeu que

enviaria.

“Papai, apesar de seu rosto ser um mistério para

mim, e de não sentir seu cheiro, seu abraço e de

nunca haver me contado uma história para dormir,

pois o senhor (ou você, eu não sei como quer que eu

lhe chame), é muito ocupado. Eu sei que sente

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saudades e que também quer viver uma história

comigo: a sua filha. Isso que eu sou. Sua menina.

Papai, eu sonhei que o senhor ou você, vinha me

ver. E que no meu oitavo aniversário você me deu

um presente. Era uma boneca. Mas eu não quero

boneca. Não quero presentes. A mamãe me dá

brinquedos. Mas eu quero ter um pai. Tem coisas

que a mamãe não pode fazer por mim. Mas ela não

sabe, pode ser que fique chateada. Eu queria jogar

bola, contar o que aconteceu na escola e queria que

você fosse para a minha escola na apresentação do

dia dos pais. Sabe pai, as minhas amigas têm

bonecas, e tem avós e tem pai e mãe. Eu penso que

eu tenho tudo isso, só falta você. Pois eu sei que eu

posso ter a mamãe e ter o papai. Olha, não fique

com vergonha se não tiver presente. Eu quero que

venha à minha festa, vai ser muito legal! O tema é

de princesa. Eu escolhi pra você, porque eu sou a

sua princesa. Papai, mesmo que o senhor seja