Números Complexos TG

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TRABALHO EM GRUPO Estudos Disciplinares I NÚMEROS COMPLEXOS Alunos Osvaldo Antonio Fernandes RA 1121277 Marco Antonio Fernandes Fagure RA 1126111 Polo Ribeirão Preto - centro 2014

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  • TRABALHO EM GRUPO

    Estudos Disciplinares I

    NMEROS COMPLEXOS

    Alunos

    Osvaldo Antonio Fernandes RA 1121277

    Marco Antonio Fernandes Fagure RA 1126111

    Polo

    Ribeiro Preto - centro

    2014

  • NMEROS COMPLEXOS

    Os nmeros complexos so a continuao de uma cadeia numrica criada ao

    longo da historia do homem e a sua necessidade de contar, comeando com os nme-

    ros naturais, continuando com os nmeros inteiros e assim por diante at os nmeros

    complexos.

    Figura 1 - Diagrama de Venn (fonte: Google imagens)

    Podemos utilizar os diagramas de Venn para representar os conjuntos numricos na Ma-

    temtica.

    N: conjunto dos nmeros Naturais

    Z: conjunto dos nmeros Inteiros

    Q: conjunto dos nmeros Racionais

    I: conjunto dos nmeros Irracionais

    R: conjunto dos nmeros Reais

    C: conjunto dos nmeros Complexos

    Nmeros Naturais

  • Os nmeros naturais surgiram da necessidade que o homem teve, inicialmente,

    de contar coisas inteiras. O primeiro sistema de numerao que o homem inventou, de

    forma bem intuitiva foi os nmeros naturais, ou seja, os inteiros positivos:

    N = {1, 2, 3, 4, 5, ..., }.

    Nmeros Inteiros

    Os nmeros inteiros surgiram com a necessidade de resolver a subtrao de um

    um nmero natural menos um outro nmero maior do que o primeiro. Assim se for-

    mou o conjunto dos inteiros:

    Z ={ , ... , -2, -1, 0, 1, 2, 3, ... }

    Com nmeros inteiros j se podia executar qualquer subtrao, em que antes no havia

    soluo.

    Nmeros Racionais

    Nmeros racionais surgiram da necessidade de encontrar solues para as divi-

    ses um nmero a partir de um outro nmero inteiro no submltiplo do primeiro. Os

    nmeros racionais so representados na forma:

    Q ={

    }

    Deve ser entendido que "inventar nmeros" neste processo histrico significou agregar

    novos conhecimentos aos j adquiridos.

    Nmeros Irracionais

    Nmeros irracionais surgiram da necessidade de resolver as operaes de radi-

    ciao de razes no exatas. A unio dos nmeros racionais com os irracionais resultou

    no sistema de numerao dos nmeros reais, que pode ser representado geometrica-

    mente numa linha reta com todos os seus valores numricos totalmente ocupados, e

    no deixando nenhum espao vazio.

    Nmeros Complexos

    Os nmeros complexos surgiram da necessidade de resolver operaes de radi-

    ciao, com razes quadradas negativas. Mas no foram as equaes de segundo grau com

    discriminante (delta) negativo que motivaram o aparecimento dos nmeros complexos. A

    primeira referncia escrita raiz quadrada de um nmero negativo encontrada no trabalho

  • de Heron de Alexandria stereometria por volta da metade do primeiro sculo. A seguinte

    referncia sobre essa questo datada no ano 275 na obra de Diofanto (aprox.200-284)

    Arithmetica. Matemticos hindus so os que do as primeiras explicaes para tal problema.

    Mahavira, ao redor do ano 850 diz em seu tratado de nmeros negativos que "como na natu-

    reza das coisas quantidade negativa no um quadrado, ento voc no pode ter raiz quadra-

    da.

    Desde o comeo da lgebra introduzida por Ab Abd Allh Muhammad ibn

    Ms al Khwrizm al Khwarizmi - as razes quadradas s tinham solues para nmeros

    positivos, dentro do sistema numrico, at ento conhecido por Nmeros Reais. No havia

    sentido (significado geomtrico) em uma raiz quadrada de um nmero negativo. Por volta de

    1150 Bhaskara da a seguinte explicao:

    O quadrado de um nmero, positivo ou negativo, positivo, a raiz quadrada de um

    nmero positivo tem dois valores, uma positiva e outra negativa, no h nenhuma raiz

    quadrada de um nmero negativo j que um nmero negativo(quantidade) no um

    quadrado.

    Os nmeros complexos se tornaram mais populares no sculo XVI, quando se

    buscava encontrar as frmulas que do as razes exatas de polinmios de segundo e terceiro

    graus por matemticos italianos, destaque para Girolamo Cardano (1545) e Bombelli em

    1572.

    Cardano menciona pela primeira vez em seu livro Ars Magna (1545) a necessi-

    dade de definir e usar nmeros que respondam forma com a < 0. O mtodo de Cardano,

    de se trabalhar com os nmeros complexos, antes mesmo de serem compreendidos como n-

    meros, determinou o uso das razes de nmeros negativos antes dos negativos serem aceitos

    como nmeros. O desenvolvimento moderno dos nmeros complexos comeou com a desco-

    berta de sua interpretao geomtrica que foi indistintamente exposta por John Wallis (1685).

    Descartes (1596-1650) chamou a esses nmeros de impossveis ou imaginrios, e em 1637

    apresentou solues reais das equaes de 2 grau com na forma (a + bi), com a e b

    reais). Apontou tambm que toda equao deveria ter tantas razes como indicado no seu

    grau, embora nmeros no reais poderiam ser uma delas.

  • Mais tarde, os complexos foram apresentados de uma maneira completamente

    satisfatria por Caspar Wessel (1799). O trabalho de Wessel no recebeu nenhuma ateno, e

    a interpretao geomtrica dos nmeros complexos foi redescoberta por Jean Robert Argand

    (1806) e novamente por Carl Friedrich Gauss (1831).

    Foi Johann Carl Friedrich Gauss, matemtico e astrnomo alemo que usou os

    nmeros complexos de forma cientfica e confivel. Em 1799, Gauss demonstrou que as solu-

    es de equaes algbricas de qualquer grau, pertencem a um conjunto de nmeros na forma

    a + bi que chamou de complexo, e este conjunto era formado por um nmero comum (nmero

    real) a e b e um mltiplo da raiz quadrada de (i2 , chamado unidade imaginria ( i ).

    Leibniz, no sculo XVII, disse ainda que era uma espcie de anfbio entre o ser e o nada.

    Em 1833, William Rowan Hamilton (1805-1865 Inglaterra) faz a primeira defini-

    o algbrica rigorosa dos complexos como pares de nmeros reais. O 1847 Agoustin-Louis

    Cauchy (Frana, 1789-1857), que d uma definio abstrata de nmeros complexos como

    classes de congruncia de polinmios reais, com base nas classes de congruncias de nmeros

    inteiros indicados por Gauss.

    APLICAES

    Os complexos trouxeram solues para:

    lgebra.

    A soluo de equaes algbricas motivou a introduo dos nmeros

    complexos. Estes complexos so, por sua vez um corpo fechado, onde

    muitos problemas da lgebra linear e outras reas de lgebra abstrata

    encontraram solues.

    Geometria.

    Os nmeros complexos introduziram generalidade e propriedade de si-

    metria em diversos ramos da geometria euclidiana, e no-euclidiana.

    Teoria dos Nmeros.

  • Certas equaes Diofantinas puderam ser resolvidas com a utilizao

    dos complexos.

    DEFINIO DE NMERO COMPLEXO

    Um nmero complexo um par ordenado de nmeros reais e sua expresso

    analtica :

    C ={(a; b) tal que a R e b R }

    Representao grfica:

    Figura 2 - plano de Argand-Gauss (fonte: Google imagens)

    Dado um complexo z = (a, b), disse que a a parte real (eixo x ou real) e b e a

    parte imaginaria (Im(z) (eixo y). Os complexos na forma (a, 0) so chamados complexos reais

    puros e esto localizados no eixo x (real). Os complexos na foram (0, b) so chamados com-

    plexo imaginrios e esto localizados no eixo y (imaginrio).

    Oposto e Conjugado

    Dado o complexo z = a + bi o conjugado ser = a bi

  • Figura 3 - Conjugado de um nmero complexo (fonte: Google imagens)

    Dado o complexo z = a + bi o seu oposto ser z = -a bi

    Figura 4 Oposto de um nmero complexo (fonte: Google imagens)

    Os nmeros complexos permitem resolver problemas muito diferentes dentro de reas

    to variadas como hidrulica, aerodinmica, eletricidade, eletromagnetismo. Quando a teoria de nme-

    ros complexos foi desenvolvida, a eletricidade era matria at ento de interesse apenas de laboratrio.

    Mas, antes do final do sculo XIX as descobertas sobre a eletricidade e o eletromagnetismo transfor-

    maram o mundo e, neste processo, os nmeros complexos se tornaram uma ferramenta que simplificou

    o clculo das correntes alternadas.

  • Bibliografia:

    Cerri, Cristina; Monteiro, Martha S. - CAEM - Centro de Aperfeioamento de Ensino de Ma-

    temtica. Instituto de Matemtica e Estatstica da USP. Setembro de 2001. Disponvel em:

    http://www.igm.mat.br/cursos/fvc/complexos.pdf

    Acesso em 27/03/2014.