Nunca Foi Tão Grande e Tão Insopitável o Desejo de Darmo-nos as Mãos

7/23/2019 Nunca Foi To Grande e To Insopitvel o Desejo de Darmo-nos as Mos

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"Nunca foi to grande e to insopitvel o desejo de darmo-nos as mos": o

desenvolvimentismo e a aproximao entre Brasil e Argentina no final dos anos

19!

Leonardo da Rocha Botega1

#$%&'(:

No final dos anos 1950, Brasil e Argentina iniciaram um perodo de aproximao !nicona hist"ria das rela#es entre os dois pases, drasticamente interrompido pelo golpeci$il%militar contra o go$erno Arturo &rondi'i, em 19(), e definiti$amente estancadocom o golpe ci$il%militar *rasileiro em 19(+ -s go$ernos .uscelino /u*itsche eArturo &rondi'i tinham em comum uma proposta de desen$ol$imentismo de no$o tipo,sta identificao program2tica foi essencial para a aproximao entre Brasil eArgentina, demonstrada no apoio dado pelo go$erno argentino 3 iniciati$a da -perao

4an%Americana lanada pelo presidente /u*itsche, em 195, as crticas aos limites do4lano insenho6er e a posio contr2ria 3 adoo de san#es econ7micas e medidascoerciti$as contra 8u*a propostas pelos A

)alavras *+aves: go$erno .uscelino /u*itsche: go$erno Arturo &rondi'i: polticaexterna desen$ol$imentista

A hist"ria das rela#es exteriores de Brasil e Argentina pode ser definida como um

processo marcado pela tenso entre os momentos onde $igoraram pro;etos aut7nomos

de insero internacional e outros momentos em


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internacional Assim, a aproximao era $ista no somente pela "tica da integrao, mas

tam*=m, como estrat=gia nacional

sta aproximao tem como ponto de partida o ano de 195,


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ars"$ia e o seu futuro neutralismo m no$em*ro de 195( as tropas so$i=ticas

in$adem a Gungria e terminam com a dissidHncia

Fentro desse contexto, a dissidHncia mais significati$a no Bloco Cocialista ocorreu

com a ruptura da 8hina com a RCC -s chineses esta*eleceram um go$erno socialista,so* a liderana de Dao%?se ?ung, em 19+9 Desmo aliados dos so$i=ticos, os chineses

tinham o seu pr"prio caminho re$olucion2rio Ie Ctalin, realista, te$e o cuidado de no

forar as rela#es com o gigantesco partido irmo oriental efeti$amente independenteJ

KG-BCBAPN, 1995, p(M Niita /rushe$, por sua $e', aca*ou forando%as ao tentar

en


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protecionistas, regulando, pro$isoriamente, as rela#es comerciais internacionais

8onstituiram a 8 na


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por sua $e', representa$am uma mudana significati$a no perfil da sociedade *rasileira

.2 o alargamento do mercado interno demanda$a o seu pr"prio incremento

stes dilemas internos coloca$am em risco o pro;eto de industriali'ao acelerada

do presidente .uscelino /u*itsche Ao mesmo tempo, ;2 no era to f2cil atrair oscapitais estrangeiros fundamentais para o pro;eto desen$ol$imentista de ./ Assim, o

go$erno *rasileiro retomou Iuma ati$a poltica externa de *arganha face aos A, *em

como um discurso diplom2tico de tom nacionalistaJ KEZN?ENE, )00+, p9M - ponto

de inflexo desta no$a poltica externa *rasileira ocorreu com a -perao 4an

Americana

Na Argentina, a eleio do presidente Arturo &rondi'i representou o fim da

hegemonia li*eral conser$adora 4or=m, os limites do processo


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di1icultades naturales que le creaban una estructura econ$mica renga " una situaci$n

1inanciera catastr$1ica8 K[DZ, )00+, p5M

ra necess2rio superar esta realidade 4ara isso era fundamental um no$o rumo

para a poltica externa para a Argentina, um rumo


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1avor da democracia, amea9ada at mesmo pelas 1or9as ainda obscuras dapr$pria democracia 1oram obrigados a reconhecer, com humildade, as suaslimita9@es perderam, o que um sinal de cultura - a con1ian9a e&cessiva na

sua pr$pria intangibilidade e, ho:e, apresentamse revigorados e renovados,mas bem, mais conscientes, animados por uma esperan9a capaz de en1rentar

as muitas raz@es de temer e descrer, que a atual con:untura o1erece.)...* 3e9olhe, presidente =rondizi, que deste encontro )...* levar B.E&a. acerteza de que tudo o que acontece em seu nobre pas acompanhado com omaior e o mais cordial interesse pelo #rasil que consideramos o progresso,os >&itos, as vit$rias da na9;o Argentina como os de um membro muito emuito pr$&imo da nossa 1amlia. reia que o #rasil se orgulha muito da

%a9;oirm; Argentina e so1re com os seus so1rimentos e vive as suas horasdi1ceis com um sentimento de sincera e total solidariedade. )C%nticos ideais de realiza9;onacional, de progresso social e de respeito pelo ser humano. ncia ou da cultura, um triun1o tambm nosso, um triun1o americano.

omo o #rasil, o povo argentino considera que as pessoas e os direitoshumanos s;o sagrados.

)...*


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aten9;o a essas li9@es que povos e&perientes e antigos nos est;oproporcionando, a 1im de agirmos em conseq>ncia.)...* nunca 1oi t;o grande e t;o insopit+vel o dese:o de darmonos as m;os,de caminharmos :untos, de 1azermos uma s$ poltica no interesse de n$stodos, pases sulamericanos, que necessitamos e temos o direito de maior

seguran9a e de melhor vida para nossos povos. )C%


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acelerao da industriali'ao como forma de superao da economia agroexportadora

em decadHncia de$ido 3 deteriorao dos termos de troca

A proximidade entre o desarrollismofrondi'ista e o nacional%desen$ol$imentismo

de .uscelino /u*itsche, em termos de poltica externa se fe' mostrar no apoio imediatoda Argentina a -perao 4an Americana lanada pelo presidente *rasileiro em ;unho de

195 - cerne a proposta da -perao 4an%Americana consistia em Ichamar todos os

pases do continente para


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representante da ene'uela a fim de considerar os atos de inter$eno e de agresso do

go$erno da Rep!*lica Fominicana contra o go$erno da ene'uela,


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RCC a 8u*a, e reafirma$a I


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em ncia plena de que como %a9@es livres eindependentes est;o colocadas no mesmo p de igualdade, no re1erente a

seus direitos e responsabilidades, que as maiores pot>ncias do mundo. Emvirtude desta consci>ncia nossos povos n;o aceitam interven9@es em sua

vida poltica e social. Essa consci>ncia nacional e caracterstica pr$pria decada um dos nossos pases mas que se integra no con:unto da comunidadelatinoamericana e 1orma parte de uma consci>ncia continental americana,

sem mentores e sem tutorias de uma %a9;o sobre outra. %ossos povosquerem de1inir por eles mesmos seu pr$prio caminho, bem como os passosque dar;o em seus respectivos processos nacionais e internacionais.)C%


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com algumas $aria#es con;unturais, , 8arlos: 8ECNR-C, Andr=s KFirM istoria de las #elaciones $xterioresArgentinas ?omo OEEET Las relaciones polticas, 19+%19(( Buenos Aires, )000Fispon$el $ia RL emT httpT``666cemaeduar`ceieg`arg%rree`historiaindice1htm

Acesso em 1(`0+`)00

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4ste tema foi por mim desen$ol$ido no li$roT B-?A, Leonardo da Rocha .uando aindepend,ncia fa/ a unio:Brasil, Argentina e a uesto 8u*ana K1959%19(+M 4orto Alegre%RCT Letra^ ida, )01


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