Nível de emprego na construção volta aos níveis de...

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1 Boletim 903/2016 – Ano VIII – 14/01/2016 Nível de emprego na construção volta aos níveis de 2010 Em novembro, total de vagas no setor teve retração de 0,79%, para um total de 2,95 milhões de trabalhadores LUCAS HIRATA - O ESTADO DE S.PAULO SÃO PAULO - O número de trabalhadores formais no setor brasileiro de construção civil retornou em novembro a patamar semelhante ao observado em agosto de 2010, de acordo com pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao fim do mês, o saldo total de empregados na área estava em 2,953 milhões. O emprego na construção brasileira registrou queda de 0,79% em novembro, na comparação com outubro, desconsiderando fatores sazonais. Nessa conta, foram perdidas 23,224 mil vagas. Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no País caiu 2,03% na base mensal, com perda de 61,321 mil vagas de trabalho. Em 12 meses, o número de demitidos em todo País na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos. No acumulado do ano até novembro, a baixa foi de 10,90%, com perda de 385,741 mil vagas, frente igual período do ano passado. Para o vice-presidente de economia do SindusCon- SP, Eduardo Zaidan, a forte queda no nível de emprego da construção reflete tanto a persistência da retração dos investimentos como o fenômeno sazonal de mais demissões que contratações, que acontece nos dois últimos meses de cada ano, quando o ritmo das obras diminui. “Sem novos projetos para execução imediata e desprovidas de um horizonte para a retomada da confiança, as empresas da construção continuaram demitindo”, comentou. A preparação de terreno teve a maior retração, com queda de 3,63%, em comparação com outubro, seguido de infraestrutura, com baixa de 3,01%, e pelo segmento imobiliário, que caiu 2,04%. Já em 12 meses, a área imobiliária foi a mais afetada, com retração de 18,12%, enquanto infraestrutura perdeu 16,86% e preparação de terrenos, -16,03%. No acumulado do ano, contra o mesmo período de 2014, o segmento de infraestrutura apresentou a maior queda (-14,46%), seguido pelo segmento imobiliário (-13%). São Paulo. No Estado de São Paulo, o emprego caiu 1,62% em novembro sobre outubro, considerando efeitos sazonais, com o corte de 12,808 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, a queda no período foi de 0,71%, ou 5,594 mil vagas. No acumulado ano, a redução foi de 7,77%, sendo que o segmento imobiliário respondeu pelo pior desempenho, com baixa de 10,07%. Já na comparação de novembro com igual mês do ano passado, a baixa atingiu 10,50%. (Fonte: Estado de SP dia 14-01-2016).

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Boletim 903/2016 – Ano VIII – 14/01/2016

Nível de emprego na construção volta aos níveis de 2010

Em novembro, total de vagas no setor teve retração de 0,79%, para um total de 2,95 milhões de trabalhadores

LUCAS HIRATA - O ESTADO DE S.PAULO SÃO PAULO - O número de trabalhadores formais no setor brasileiro de construção civil retornou em novembro a patamar semelhante ao observado em agosto de 2010, de acordo com pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao fim do mês, o saldo total de empregados na área estava em 2,953 milhões. O emprego na construção brasileira registrou queda de 0,79% em novembro, na comparação com outubro, desconsiderando fatores sazonais. Nessa conta, foram perdidas 23,224 mil vagas. Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no País caiu 2,03% na base mensal, com perda de 61,321 mil vagas de trabalho. Em 12 meses, o número de demitidos em todo País na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos. No acumulado do ano até novembro, a baixa foi de 10,90%, com perda de 385,741 mil vagas, frente igual período do ano passado. Para o vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a forte queda no nível de emprego da construção reflete tanto a persistência da retração dos investimentos como o fenômeno sazonal de mais demissões que contratações, que acontece nos dois últimos meses de cada ano, quando o ritmo das obras diminui. “Sem novos projetos para execução imediata e desprovidas de um horizonte para a retomada da confiança, as empresas da construção continuaram demitindo”, comentou. A preparação de terreno teve a maior retração, com queda de 3,63%, em comparação com outubro, seguido de infraestrutura, com baixa de 3,01%, e pelo segmento imobiliário, que caiu 2,04%. Já em 12 meses, a área imobiliária foi a mais afetada, com retração de 18,12%, enquanto infraestrutura perdeu 16,86% e preparação de terrenos, -16,03%. No acumulado do ano, contra o mesmo período de 2014, o segmento de infraestrutura apresentou a maior queda (-14,46%), seguido pelo segmento imobiliário (-13%). São Paulo. No Estado de São Paulo, o emprego caiu 1,62% em novembro sobre outubro, considerando efeitos sazonais, com o corte de 12,808 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, a queda no período foi de 0,71%, ou 5,594 mil vagas. No acumulado ano, a redução foi de 7,77%, sendo que o segmento imobiliário respondeu pelo pior desempenho, com baixa de 10,07%. Já na comparação de novembro com igual mês do ano passado, a baixa atingiu 10,50%. (Fonte: Estado de SP dia 14-01-2016).

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Indústria têxtil paulista deve fechar mais 12 mil v agas em 2016 O setor têxtil deve encolher ainda mais em São Paul o em 2016, com o fechamento de mais 12 mil vagas de trabalho . CLAUDIA ROLLI - DE SÃO PAULO O número deve se somar aos 30 mil trabalhadores do segmento que perderam emprego com carteira assinada em 2015, segundo projeção do Sinditêxtil SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo). O Estado responde por um terço da produção e do emprego das 30 mil empresas têxteis e de confecção no país. Não só os indicadores de emprego mas também os de produção e vendas preocupam o setor.

"Essa situação só é comparável a recessão da Era Collor. Na década de 90 foram 500 mil empregos perdidos no país com a falência de milhares de empresas, quando o Brasil sofreu os efeitos da abertura à importação. Agora o que agrava o setor é a política macroeconômica", diz Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil SP. Em todo o país, o empresário estima perda de 100 mil postos no ano passado.

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Pela previsão do sindicato, o segmento têxtil fechou 2015 com 15% de queda na produção — em 2014, a contração foi de 4,9%. Se considerada a produção de vestuário (confecção), a retração prevista para o fechamento de 2015 era de 13,50% ante recuo 2,80% no ano anterior. "A situação só não é pior porque, com a subida do dólar, houve queda nas importações [de vestuário] que cresciam em ritmo acelerado desde 2005", diz Bonduki.

Além do processo de desindustrialização que atinge o setor, com o fechamento de empresas de grande porte que produziam fibras no Estado de São Paulo, existe a preocupação com a falta de investimentos em tecnologia e no parque fabril. "A maioria das empresas trabalha com capacidade ociosa, reduziu turnos e concedeu férias. Ninguém quer investir neste momento. E, assim, a defasagem tecnológica aumenta", afirma Bonduki.

Enquanto isso, a tendência é que a concorrência asiática aumente, ainda que, para o executivo, seja difícil mensurar o impacto para o Brasil em meio a mudanças no câmbio e incertezas econômicas. "Notamos que empresários chineses investem em equipamentos que permitem atender a encomenda da produção para fast-fashion, de lotes menores de peças customizadas, e não somente na produção em massa."

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Regra 85/95 eleva para 60 anos a idade da aposentad oria Entenda o novo cálculo da aposentadoria CLAYTON CASTELANI DO AGORA Os trabalhadores aposentados pela nova fórmula 85/95 têm idade média quatro anos maior que a dos que pediram o benefício com o fator previdenciário.

De julho a dezembro de 2015, a idade média dos homens que garantiram o benefício integral com o 85/95 é de 60 anos, ante 56 anos dos que tiveram o cálculo com o fator.

As informações foram levantadas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a pedido do "Agora".

Os dados revelam que o 85/95 foi aplicado em 46% das 89.210 aposentadorias por tempo de contribuição concedidas até dezembro. A fórmula entrou em vigor em 18 de junho, mas o cálculo do instituto foi feito a partir de julho.

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Antes do novo cálculo, a média de idade em que os homens pediam a aposentadoria por tempo de contribuição era de 55 anos. Nesse caso, a diferença é de cinco anos.

A opção entre 85/95 e fator previdenciário afeta a renda do aposentado. O novo cálculo garante o benefício igual à média das 80% maiores contribuições do segurado.

Já o fator reduz o salário de quem se aposenta mais cedo.

Para obter a renda integral, a soma da idade e do tempo de contribuição deve ser de 85 (mulheres) e 95 (homens).

A Previdência tem afirmado que ainda não é possível dizer que a nova fórmula continuará aumentando a idade média dos aposentados.

A aposentadoria precoce no país é considerada um risco para a economia nas próximas décadas e tem levado o governo a considerar a criação de uma idade mínima.

Outra opção em estudo é tornar o 85/95 obrigatório, o que só trará resultado para as contas do país se a regra avançasse, progressivamente, até 105, para homens e mulheres, segundo especialistas.

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• Trabalhador adia pedido para escapar do desconto

Os segurados têm duas opções ao pedir a aposentadoria por tempo de contribuição do INSS:

1- Solicitar o benefício assim que completa o tempo mínimo de contribuição ao INSS, que é de:

• 30 anos para mulheres

• 35 anos para homens

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Nesses casos, o benefício é calculado com o desconto do fator previdenciário, que é um índice redutor da aposentadoria de quem se aposenta na faixa dos 50 anos de idade

Em 2014, quando a fórmula 85/95 não existia, a idade média em que os pedidos eram feitos era de 55 anos para os homens.

Hoje, a idade média é de: 56 anos , para os homens

2- Adiar o pedido do benefício para ganhar uma aposentadoria sem desconto do fator previdenciário

Para ter o benefício integral, é preciso que a soma da idade e do tempo de contribuição ao INSS seja de:

85 pontos para mulheres 95 pontos para homens

Nesses casos, o benefício é igual à média salarial do trabalhador, sem desconto

Também é preciso completar o tempo mínimo de contribuição (de 30 anos, para mulheres, e de 35 anos, para homens)

Hoje, a idade média é de : 60 anos , para os homens

(Fonte: Folha de SP dia 14-01-2016).

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