O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico nos pacientes ... · médio do score da escala Rankin...

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Os autores não têm conflitos de interesse a declarar Conclusão: A hipocoagulação oral do doente com FA permite melhorar o prognóstico dos doentes que desenvolvem AVC isquémico, com menor perda de autonomia à data da alta. Foram identificados 13 casos (20.6%) com hipocoagulação prévia: nestes, o agravamento médio do score da escala Rankin foi inferior em 1.1 pontos [+1.3 vs +2.4, t(61)=3.256, p=0.02 ]. HipoCoagulação prévia * Morte Vivo Morto Total Sem Hipocoagulação prévia 39 (78,0%) 11 (22,0%) 50 Com Hipocoagulação prévia 11 (84,6%) 2 (15,4%) 13 n (% total) 50 (79,4%) 13 (20,6%) n=63 HipoCoagulação prévia * NIHSS_Alta ≥ 15 < 15 15 Total Sem Hipocoagulação previa 28 (56,0%) 22 (44,0%) 50 Com Hipocoagulação Prévia 11 (84,6%) 2 (15,4%) 13 n (% total) 39 (61,9%) 24 (38,1%) n=63 Verificou-se menor mortalidade no grupo de doentes sob hipocoagulação (15% vs 22%); O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico nos pacientes com Fibrilhação Auricular (FA) é comprovadamente prevenido pela hipocoagulação oral. No entanto, essa prevenção é imperfeita, verificando-se a ocorrência de AVC isquémico em doentes sob terapêutica hipocoagulante. Realizámos análise estatística de todos os casos internados na unidade de AVC do C.H. Leiria durante 2013 e 2014 com AVC isquémico de causa cardioembólica e FA. Bibliografia: A. John Camm, Lip G, De Caterina R, et al, 2012 focused update of the ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation, European Heart Journal (2012) 33, 27192747 Verificou-se também menor percentagem de AVC’s graves e muito graves (15% vs 44%). Objetivo: Avaliámos a relação entre a presença ou ausência de hipocoagulação oral prévia com a gravidade do AVC avaliada por mortalidade, escala Rankin modificada e escala NIHSS à data da alta.

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Os autores não têm conflitos de

interesse a declarar

Conclusão: A hipocoagulação oral do doente com FA permite melhorar o prognóstico dos

doentes que desenvolvem AVC isquémico, com menor perda de autonomia à data da alta.

Foram identificados 13 casos (20.6%) com

hipocoagulação prévia: nestes, o agravamento

médio do score da escala Rankin foi inferior em

1.1 pontos [+1.3 vs +2.4, t(61)=3.256, p=0.02].

HipoCoagulação prévia * Morte

Vivo Morto Total

Sem Hipocoagulação prévia 39 (78,0%) 11 (22,0%) 50

Com Hipocoagulação prévia 11 (84,6%) 2 (15,4%) 13

n (% total) 50 (79,4%) 13 (20,6%) n=63

HipoCoagulação prévia * NIHSS_Alta ≥ 15

< 15 ≥15 Total

Sem Hipocoagulação previa 28 (56,0%) 22 (44,0%) 50

Com Hipocoagulação Prévia 11 (84,6%) 2 (15,4%) 13

n (% total) 39 (61,9%) 24 (38,1%) n=63

Verificou-se menor mortalidade no grupo de

doentes sob hipocoagulação (15% vs 22%);

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico nos pacientes com Fibrilhação Auricular (FA)

é comprovadamente prevenido pela hipocoagulação oral. No entanto, essa prevenção é

imperfeita, verificando-se a ocorrência de AVC isquémico em doentes sob terapêutica

hipocoagulante. Realizámos análise estatística de todos os casos internados na unidade de

AVC do C.H. Leiria durante 2013 e 2014 com AVC isquémico de causa cardioembólica e FA.

Bibliografia: A. John Camm, Lip G, De Caterina R, et al, 2012 focused update of the ESC Guidelines for the

management of atrial fibrillation, European Heart Journal (2012) 33, 2719–2747

Verificou-se também menor percentagem de AVC’s

graves e muito graves (15% vs 44%).

Objetivo: Avaliámos a relação entre a presença ou ausência de hipocoagulação oral prévia

com a gravidade do AVC avaliada por mortalidade, escala Rankin modificada e escala NIHSS

à data da alta.