O alienista

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O ALIENISTA MACHADO DE ASSIS

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O ALIENISTA

MACHADO DE ASSIS

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ESCOLA RENASCER

DIRETORA: SOCORRO PALHETA

PROFESSORA: ÁUREA

ALUNA: MILENA PEREIRA

SÉRIE: 3º TURMA: B TURNO: TARDE

DATA: 23 DE AGOSTO DE 2010

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APRESENTAÇÃO

Através da obsessão científica do Dr. Simão Bacamarte e de sua consequência para vida em Itaguaí, Machado de Assis faz neste livro criticas a importação indiscriminada da teoria determinista e positivista em nosso país.

INTRODUÇÃO

Em O alienista, escrito em terceira pessoa, Machado de Assis, usa inicialmente a autoridade das crônicas antiga, como podemos perceber no inicio do texto As crônicas da vila Itaguaí em tempos remotos vivera ali certo médico.

O Dr. Simão, médico da corte, volta à terra natal, Itaguaí, para entregar-se de corpo e alma ao estudo da ciência. Com o tempo resolve dedicar-se ao estudo da loucura, fundando o seu manicômio, a Casa Verde.

O médico vai trabalhar com desequilibrados mentais que mandava recolher na Casa Verde, sempre buscando entender o que era loucura. Vem-lhe então um nova teoria que alargava o conceito de loucura, acabando com a antiga e aceita distinção entre normalidade e alienação mental.

RESUMO

Simão Bacamarte é o protagonista, médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os. Funda a Casa Verde, um hospício na vila de Itaguaí e abastece-o de cobaias humanas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa etc. Costa, rapaz pródigo que dissipou seus bens em empréstimos infelizes, foi preso por mentecapto. A tia de Costa que intercedeu pelo sobrinho também foi trancafiada. O mesmo acontece com o poeta Martim Brito, amante das metáforas, internado por que se referiu ao Marquês de Pombal como o dragão aspérrimo do Nada. Nem D. Evarista, esposa do Alienista escapou: indecisa entre ir a uma festa com o colar de granada ou o de safira. O boticário, os inocentes aficionados em enigmas e charadas, todos eram loucos. No começo a vila de Itaguaí aplaudiu a atuação do Alienista, mas os exageros de Simão Bacamarte ocasionaram um motim popular, a rebelião das canjicas, liderados

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pelo ambicioso barbeiro Porfírio. Porfírio acaba vitorioso, mas em seguida compreende a necessidade da Casa Verde e alia-se a Simão Bacamarte. Há uma intervenção militar e os revoltosos são trancafiados no hospício e o alienista recupera seu prestígio. Entretanto Simão Bacamarte chega á conclusão de que quatro quintos da população internada eram casos a repensar. Inverte o critério de reclusão psiquiátrico e recolhe a minoria: os simples, os leais, os desprendidos e os sinceros. O alienista contudo, imbuído de seu rigor científico percebe que os germes do desequilíbrio prosperam porque já estavam latentes em todos. Analisando bem, Bacamarte verifica que ele próprio é o único sadio e reto. Por isso o sábio internou-se no casarão da Casa Verde, onde morreu dezessete meses depois.

O alienista morreu e foi enterrado com pompa e solenidade. Apesar do boato de que ele seria o único louco de Itaguaí, recebeu honras póstumas.

ANÁLISE DO TRAMA

Observa-se a obsessão do alienista em experimentar e justificar todos os seu excessos com um benefício ao futuro da ciência, uma critica machadiana ao cientificismo predominante no século XIX.

A obra também é um retrato irônico e cruel do sistema de internação psiquiatra da época, muito semelhante a um presidio, trata-se de um grande médico, que busca reconhecer em que consiste a loucura, mas sendo mais objetivo, tenta desvendar este grande enigma que o rodeia.

CONCLUSÃO

O alienista retrata a vida de Simão Bacamarte, médico, o melhor do Brasil, Portugal e Espanha, que voltou para o Brasil e meteu-se na pequena vila de Itaguaí, onde casa-se com D. Evarista, que infelizmente não lhe deu filhos; depois de descobrir que apesar dos tratamentos aplicados por ele, esta assim mesmo, não lhe daria filhos “sãos e robustos” para dar continuidade a dinastia Bacamarte; o nosso médico dedica-se, então ao estudo e a prática da medicina. É justamente, nesse ponto, que descobre que não há, nem na colônia e no reino, nenhum estudo sobre as doenças mentais e, decide construir uma casa de loucos: a chamada Casa Verde, onde os doentes seriam abrigados e tratados por ele.Apesar da resistência de alguns, Simão consegue seu intento e passa a recolher os que tinham na sua opinião distúrbios irracionais. E começou por deixar a vila em polvorosa,

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porque começou a recolher quem emprestava dinheiro e não se importava em receber de volta, os defensores destes, os que admiravam sua obra-uma casa - ou outra coisa qualquer, os que viviam xingando pela rua, os cobiçosos, os vingativos- todos que cruzavam o caminho do nosso alienado Simão iam parar na casa de loucos.

BIBLIOGRAFIA

Assis, Machado de, Papéis Avulsos, São Paulo, Editora Martin Claret, 2007. http://www.livrosgratis.net/download/1826/o-alienista-machado-de-assis.html Assis, Machado de, O alienista, Série Bom Livro, 22ª edição, São Paulo, Editora

Ática, 1992.