O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO NA EXTRAÇÃO DE AREIA...

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO NA EXTRAÇÃO DE AREIA EM CAVA SUBMERSA. LEONARDO RODRIGUES AQUINO Junho – 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA

O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO NA

EXTRAÇÃO DE AREIA EM CAVA SUBMERSA.

LEONARDO RODRIGUES AQUINO

Junho – 2012

ii

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA

O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO NA EXTRAÇÃO DE AREIA EM CAVA

SUBMERSA.

LEONARDO RODRIGUES AQUINO

Prof. Lúcio Carramilo Caetano

Orientador

Junho – 2012

iii

O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO NA EXTRAÇÃO DE AREIA EM CAVA

SUBMERSA.

Comissão Examinadora

Prof. Lúcio Carramilo Caetano UFRRJ / IA / DG

Orientador

Prof. José Euzébio Gil UFRRJ / IA / DG

Membro

Prof. Décio Tubbes Filho UFRRJ / IA / DG

Membro

iv

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à recuperação do grande amigo Gustavo Cantarino Barata (Kiko).

v

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a minha família, meu Pai, minha Mãe e minha Irmã, que

sempre estiveram do meu lado nestes anos de faculdade, me apoiando, me dando

suporte e nunca deixando faltar nada e em especial a minha mãe, por esperar com

paciência, o tempo que necessitei para a formatura. Agradeço também a outro membro

importante da família, que se foi a pouco, meu melhor amigo, meu cachorro Polo.

Agradeço a Deus, por sempre iluminar meus caminhos, me levando para o melhor

deles, e meu anjo da guarda por estar sempre olhando por mim.

Obrigado muito especial a toda a equipe da M.berbert Consultoria Geoambiental,

aos que já saíram e ainda trabalham nela, em especial ao Geólogo Marcelo Cavalcante

Berbert, por me ensinar durante estes anos de estágio, a me tornar um Geólogo.

Obrigado à professora Soraya Carelli, que permitiu a utilização do LABORE para a

realização das análises granulométricas, e ao estagiário Luis Felipe Farina, que me

auxiliou na realização das mesmas. Agradeço também à Eng. Florestal Flávia Ozório, que

me auxiliou na diagramação do trabalho.

Obrigado a Universidade Federa Rural do Rio de Janeiro por me acolher e me dar

a oportunidade de ser Geólogo.

Obrigada ao meu Orientador, Lúcio Carramilo, por além de ter sido um ótimo

professor, me orientar não só neste trabalho, mas também em todos os momentos que

precisei de ajuda. Obrigada pela paciência, pela confiança e pela oportunidade de

aprender.

Obrigada a Banca examinadora por me proporcionar o privilégio de suas críticas e

orientações que enriqueceram este trabalho.

Obrigada a todos os meus amigos adiquiridos na UFRRJ ou não, que viram

durante esses anos tudo que passamos, até chegar neste momento.

Por fim, obrigada a todos que acreditaram em mim até que este momento se

concretizasse!

vi

RESUMO

Durante a extração de areia em cava submersa, são removidos, misturados com

água (mistura conhecida como goma), a substância mineral areia em frações

granulométricas variadas (areia fina, média e grossa), silte, argila e material mais grosso,

como pedaços de madeira, pelotas de argila e seixos de quartzo, aflorando o lençol

freático e formando a cava. A separação da substância mineral areia destes demais

materiais é feita através de peneiras e equipamentos que utilizam a diferença no tempo

de deposição das diferentes granulometrias encontradas. Esta separação principal

acontece em 2 fases. Na segunda fase, a água que ainda está no sistema, carregada de

sedimentos variados ainda não selecionados é colocada para fora e retorna para a lagoa,

onde tais sedimentos acabam por se depositar.

Nesta realidade a fração areia fina é retornada para lagoa, não sendo aproveitada.

Atualmente, no entanto, devido a proibição da venda do material conhecido como

“terrinha”, que era utilizado para o mesmo fim na construção civil (material para reboco e

acabamento) e consequentemente o aumento do preço da areia fina, foi desenvolvida

uma técnica para o seu aproveitamento. Esse aproveitamento possibilita maiores lucros

ao empresariado e diminuição do rejeito, que passa a ser um subproduto.

Palavras-chave: Mineração – Areia – Rejeito

vii

Sumário

Lista de anexos: ................................................................................................................................................. 1

Lista de tabelas: ................................................................................................................................................. 2

Lista de figuras: .................................................................................................................................................. 3

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 4

2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS .................................................................................................................... 5

3. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO .............................................................................................................. 6

4. METODOLOGIA .......................................................................................................................................... 9

4.1. Revisão Bibliográfica .......................................................................................................................... 9

4.2. Procedimentos de Campo ................................................................................................................. 9

4.3. Procedimentos de Laboratório ........................................................................................................ 10

5. INFRA ESTRUTURA REGIONAL ................................................................................................................. 14

6. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS E GEOLÓGICOS ............................................................................................. 17

7. CARACTERIZAÇÃO DAS AREIAS NO DISTRITO AREEIRO DE ITAGUAÍ/SEROPÉDICA. ................................ 20

7.1. Caracterização geral da substância mineral Areia na região. .......................................................... 20

7.2. Tipos de produtos do areal visitado – Areal Atlântida Ltda. ........................................................... 21

7.3. Utilização dos diversos tipos de produto. ....................................................................................... 22

8. O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO DA EXTRAÇÃO DE AREIA EM CAVA SUBMERSA. ..................... 26

8.1. Descrição das atividades de Lavra. .................................................................................................. 26

8.2. A Utilização da Caixa de Areia Fina. ................................................................................................. 32

9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................................................... 34

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 36

ANEXOS ............................................................................................................................................................ 37

1

Lista de anexos:

Anexo A: Resultado das análises relativas a amostra 1. ....................................................................... 37

Anexo B: Resultado das análises relativas à amostra 2. ....................................................................... 39

Anexo C: Resultado das análises relativas à amostra 3 ........................................................................ 41

Anexo D: Resultado das análises relativas à amostra 4 ........................................................................ 43

Anexo E: Resultado das análises relativas à amostra 5. ....................................................................... 45

Anexo F: Resultado das análises relativas à amostra 6......................................................................... 47

Anexo G: Resultado das análises relativas à amostra 7. ....................................................................... 49

Anexo H: Planta de Situação do Distrito Areeiro de Itaguaí Seropédica ............................................. 51

2

Lista de tabelas:

Tabela 1: Classificação granulométrica de udden-wenthworth para sedimentos clásticos e tabela de

conversão ø/mm, com as aberturas utilizadas nas análises em destaque. ........................................ 12

Tabela 2: Infra-Estrutura do Município de Seropédica ........................................................................... 14

Tabela 3:Infra-Estrutura do Município de Itaguaí .................................................................................... 15

Tabela 4: Resumo das análises granulométricas – Areal Atlântida Ltda. ........................................... 21

Tabela 5: Resumo das análises granulométricas – ColaFlex. .............................................................. 25

Tabela 6: Resumo das análises granulométricas – Material oriundo da caixa de areia fina. ........... 33

3

Lista de figuras:

Figura 1: Mapa de localização ...................................................................................................................... 6

Figura 2: Zona de Interesse Mineral (ZIM) do Município de Seropédica, e cavas formadas pela

extração de areia (Fonte: PMS – Prefeitura Municipal de Seropédica e Google Earth) ..................... 7

Figura 3: Mapa Rodoviário do Rio de Janeiro (Fonte: DER-RJ) ............................................................. 8

Figura 4: Estufa semelhande à utilizada. .................................................................................................. 10

Figura 5: Desenho esquemático do quarteador tipo Jones. .................................................................. 10

Figura 6: Balança de precisão. ................................................................................................................... 11

Figura 7: Esquema do sistema de peneiras. ............................................................................................ 11

Figura 8: Diagrama triangular de classificação e nomenclatura da areia de acordo com os teores

em peso dos componentes detríticos (F. J. Pettijohn – Rocas Sedimentares, modificado de L. D.

Clark), com valor médio das areias do distrito areeiro de Itaguaí Seropédica plotado. .................... 20

Figura 9: Pilha de matéria prima. ............................................................................................................... 23

Figura 10: Silo de armazenamento temporário e esteira. ...................................................................... 23

Figura 11: Sistema de peneiras rotativa (Ciranda). ................................................................................. 24

Figura 12: Esteira que transporta o rejeito e a pilha de rejeito formada. ............................................. 24

Figura 13: Amostragem da matéria prima. ............................................................................................... 25

Figura 14: Área decapeada e pá mecânica que realiza o procedimento. ........................................... 27

Figura 15: Draga realizando a sucção. ..................................................................................................... 28

Figura 16: Conjunto de Caixas Silo. .......................................................................................................... 29

Figura 17: Caixa de Areia Fina ................................................................................................................... 30

Figura 18: Pátio de estocagem de minério. .............................................................................................. 31

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1. INTRODUÇÃO

A atividade extrativa mineral no Distrito Areeiro é responsável pela maior parte do

fornecimento de areia, destinada à indústria de agregados para construção civil, da

Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A areia, sendo um insumo industrial básico nas áreas de construção civil (concreto,

argamassa, cimento-cola), metalúrgica, siderúrgica, vidreira, e outras de uso industrial

(filtros, jateamento, perfuração), é a matéria prima de maior consumo mundial.

Por ser um produto de baixo valor agregado e de grande consumo, a mineração de

areia movimenta grandes volumes de material, gerando a abertura de cavas e com isso

um grande impacto visual.

O conhecimento da jazida e das características da areia, tendo em vista o seu

aproveitamento, bem como dos impactos ambientais ocasionados pela lavra, é de grande

relevância para o sucesso do empreendimento.

Os sedimentos arenosos da Bacia Sedimentar de Sepetiba constituem um

reservatório natural de águas subterrâneas. A atividade mineira provoca, não só a

exposição do lençol freático como também o seu rebaixamento. A extração de areia no

Distrito Areeiro de Itaguaí-Seropédica, ocorre em área de expansão urbana, acarretando

sérios problemas operacionais.

Enquanto não há outra alternativa que substitua esse tipo de matéria prima

(ex.:areia artificial ou leito de rio em grande escala), ou novas áreas de extração viáveis, é

necessária a melhoria das condições de desenvolvimento do setor de agregado mineral

na região, da qual a areia é o seu principal produto.

A necessidade de baratear os custos de produção, otimizar os processos de lavra,

e agregar valor ao produto faz com que os empresários, técnicos e academicos busquem

sempre a evolução tecnológica a fim de conciliar a lavra, minimamente prejudicial ao meio

ambiente e mais rentável possível.

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2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

O objetivo principal deste trabalho é mostrar o potencial de uso do rejeito da

extração de areia em cava submersa, mais especificamente, no Distrito Areeiro de

Itaguaí/Seropédica, além de caracterizar os tipos de produtos e suas aplicações.

Com isso, conscientizar os empresários da região da importância do

aproveitamento máximo dos recursos extraídos, mostrando, além do lado

ambiental envolvido, a questão financeira, sempre relevante.

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3. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

O Distrito Areeiro de Itaguaí-Seropédica se localiza em sua maior parte no

município de Seropédica, e em parte no município de Itaguaí.

Figura 1: Mapa de localização

A parte inserida em Seropédica é situada na Zona de Interesse Mineral (ZIM) do

município e a parte inserida em Itaguaí é situada na Zona Estratégica de Negócios (ZEN)

de Itaguaí.

7

Figura 2: Zona de Interesse Mineral (ZIM) do Município de Seropédica, e cavas formadas pela extração de areia (Fonte: PMS – Prefeitura Municipal de Seropédica e Google Earth)

Toda a área é localizada geograficamente no quadrante NW da folha Santa Cruz,

elaborada pelo Ministério do Exército - DSG (SF-23-Z-A-VI-4 e SF-23-Z-C-III-2), na escala

1:50.000, como pode ser visto na planta de situação, em escala 1em anexo.

O acesso à área partindo-se da cidade do Rio de Janeiro é feito através da Avenida

Brasil (BR-101 Sentido sul) até o Km 58 altura de Santa Cruz, em um percurso de

aproximadamente 60 Km. A partir daí, toma-se a Rodovia Rio-Santos (BR-101 Sentido

Sul) até o acesso a Reta de Piranema (RJ-099), num trecho de aproximadamente 8 km.

O polo de extração de areia se localiza nas margens da estrada supracitada como pode

ser visto na planta de situação em anexo.

O Distrito Areeiro pode ser localizado próximo às seguintes coordenadas UTM:

7.474.000 Norte 634.000 Leste

8

Figura 3: Mapa Rodoviário do Rio de Janeiro (Fonte: DER-RJ)

9

4. METODOLOGIA

4.1. Revisão Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica deu embasamento teórico para o início dos trabalhos,

possibilitando entender o histórico da mineração da região de Itaguaí/Seropédica e

revelando dados relativos à geologia regional e local.

Foi levantada também a metodologia adequada para as análises granulométricas

realizadas a fim de caracterizar os sedimentos estudados, assim como a metodologia de

lavra e de controle ambiental empregadas na região.

O levantamento cartográfico da área possibilitou a confecção dos mapas e plantas.

4.2. Procedimentos de Campo

Foi realizada visita ao Distrito Areeiro de Itaguaí/Seropédica, sendo mais específico

ao Areal Atlântida Ltda., em atividade atualmente na estrada reta de 400, lotes 443 e 357

e na fábrica de Argamassa ColaFlex, localizada na estrada Reta de 500 Lote 591, local da

antiga área de extração do Areal Atlântida Ltda. Em ambas as visitas foram coletadas

amostras para análise granulométrica e mineralógica, a fim de caracterizar os sedimentos

estudados.

Na visita realizada ao Areal Atlântida em atividade, foi possível entender cada

etapa da metodologia empregada na lavra de areia, utilizando a metodologia adotada

como parâmetro de avaliação à degradação ambiental, custos operacionais, geologia da

jazida, qualificação de mão de obra necessária e modernidade tecnológica. Em entrevista

com o empresário José Villela, foi possível entender como se iniciou a utilização de uma

granulometria que era considerada rejeito, preços atuais de mercado, utilização dos

produtos, etc.

Na visita realizada à fábrica de argamassa ColaFlex, foi possível entender a

metodologia empregada na fabricação e as peculiaridades dos produtos e da matéria

prima utilizada. A visita foi acompanhada e as informações obtidas com o Administrador

da fábrica, Sérgio de Moraes Pedro.

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4.3. Procedimentos de Laboratório

Análise Mineralógica

As análises granulométricas foram realizadas seguindo as etapas abaixo:

Secagem:

As amostras foram retiradas dos sacos plásticos de amostragem e colocadas em

recipientes de alumínio. Em seguida as amostras foram levadas à estufa durante 6 horas,

numa temperatura de 60 °C, até secar todo material.

Figura 4: Estufa semelhande à utilizada.

Quarteamento:

Como as amostras coletadas em campo tinham volume muito superior ao

necessário para as análises em laboratório, as mesmas foram quarteadas para a

obtenção de porções menores, mantendo a representatividade de cada amostra. Foi

utilizado um quarteador tipo Jones.

Figura 5: Desenho esquemático do quarteador tipo Jones.

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Pesagem da amostra:

Após a obtenção de uma amostra menor através do quarteamento, pesou-se em

sacos plásticos pequenos, tipo “Zip Lock”, de mesmo peso, descontando a tara,

aproximadamente 100g de material, o suficiente para realizar a análise. Foi utilizada

balança de precisão.

Figura 6: Balança de precisão.

Peneiramento:

As amostras foram levadas ao peneiramento usando-se um conjunto de peneiras

das seguintes malhas: 4,00mm, 2,00mm, 1,0mm, 0,5mm, 0,250mm, 0,125mm e

0,062mm. O jogo de peneiras foi montado em ordem crescente sobre um prato fundo

(onde permanecem os finos) e colocados num agitador mecânico, por um intervalo de 15

minutos, na intensidade 8.

Figura 7: Esquema do sistema de peneiras.

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Pesagem das frações granulométricas:

Após o peneiramento, cada fração granulométrica retida em cada peneira foi

pesada. A pesagem de cada fração, assim como a pesagem realizada antes do

peneiramento, foi realizada utilizando saco plástico pequeno, tipo “Zip Lock”, descontando

sua tara. Foi utilizada balança de precisão.

Somou-se o peso de todas as frações, sendo o total considerado 100% no calculo

da porcentagem do peso de cada fração granulométrica. A partir da fração com maior

porcentagem de peso em relação ao peso total, ou mais de uma se forem relevantes, foi

definido o tipo de areia, considerando-se a Escala Granulométrica de Udden-Wenthworth,

como pode ser visto abaixo.

Tabela 1: Classificação granulométrica de udden-wenthworth para sedimentos clásticos e tabela de conversão ø/mm, com as aberturas utilizadas nas análises em destaque.

Limites do diâmetro das partículas

Terminologia dos intervalos de classe

mm Ø

2048 -11 Muito grande

Matacão 1024 -10 Grande

512 -9 Médio

256 -8 Pequeno

128 -7 Grande Bloco

64 -6 Pequeno

32 -5 Muito grande

Seixo

16 -4 Grande

8 -3 Médio

4 -2 Pequeno

2 -1 Muito pequeno

1 0 Muito grossa

AREIA

0,5 1 Grossa

0,25 2 Média

0,125 3 Fina

0,0625 4 Muito fina

1/32 5 Grosso

SILTE 1/64 6 Médio

1 / 128 7 Fino

1 / 256 8 Muito fino

1 / 512 9

ARGILA

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Armazenamento:

Após a pesagem, as parcelas retidas em cada peneira foram guardadas em sacos

plásticos, identificados, para possíveis verificações futuras.

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5. INFRA ESTRUTURA REGIONAL

A fim de caracterizar a região na qual está inserido o Distrito Areeiro de

Itaguaí/Seropédica, seguem os quadros de infra estrutura dos municípios de

Seropédica e Itaguaí.

Tabela 2: Infra-Estrutura do Município de Seropédica

DISTÂNCIAS DOS PRINCIPAIS CENTROS

Rio de Janeiro 70 km

São Paulo 370 km

Belo Horizonte 470 km

ASPECTOS FÍSICO-DEMOGRÁFICOS

Localização Região Metropolitana

Área 283,79 Km²

Altitude 26 m

Temperatura média 22°C

Limites Municípios de Itaguaí, Japeri, Queimados,

Nova Iguaçu, Paracambi e Rio de Janeiro.

População 78.810 habitantes (Fonte: Censo 2010)

INFRA-ESTRUTURA REGIONAL

Rede Hospitalar Existem 28 unidades ambulatoriais.

Bancos Banco do Brasil, Santander, Itaú, Caixa

Econômica

Educação

44 estabelecimentos de ensino pré-

escolar, 56 de ensino fundamental e 08 de

ensino médio.

Telecomunicações

O sistema está ligado à rede da OI,

possibilitando ligações locais, DDD, DDI,

terminais individuais e troncos PABX,

transmissão de dados e telefonia celular.

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Água Fornecida pela CEDAE - Companhia

Estadual de Águas e Esgotos.

Energia Elétrica

Fornecida pela LIGHT, nas diversas

tensões. Sistema interligado com Furnas e

Itaipu.

Gás Abastecido pela CEG – Gás Natural

Portos

Os mais próximos são: o do Rio de Janeiro

(cargas em geral e containeres) e o de

Sepetiba (minérios e granéis), localizados

a 61 Km e 30 Km de distância,

respectivamente.

Em 1938, iniciaram-se as obras de construção do Centro Nacional de Estudos e

Pesquisas Agronômicas, onde funciona atualmente a UFRRJ (PORTAL SEROPÉDICA,

2011).

Tabela 3:Infra-Estrutura do Município de Itaguaí

DISTÂNCIAS DOS PRINCIPAIS CENTROS

Rio de Janeiro 60 Km

São Paulo 367 Km

Belo Horizonte 468 Km

ASPECTOS FÍSICO-DEMOGRÁFICOS

Localização Região Metropolitana

Área 278 Km²

Altitude 13 m.

Temperatura média 23°C

Limites Municípios de Seropédica, Paracambi, Piraí, Rio Claro, Mangaratiba e Rio de

Janeiro.

População 103.515 habitantes

INFRA-ESTRUTURA REGIONAL

Rede Hospitalar Existem 02 unidades hospitalares e 58

ambulatoriais.

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Bancos Banco do Brasil, Itaú, HSBC, Caixa Econômica Federal, Santander e

Bradesco.

Educação 58 estabelecimentos da rede pública, 21 particular e 01 de ensino técnico.

Telecomunicações

O sistema está ligado à rede da EMBRATEL, possibilitando ligações

locais, DDD, DDI, terminais individuais e troncos PABX, transmissão de dados

e telefonia celular.

Água Fornecida pela CEDAE - Companhia

Estadual de Águas e Esgotos.

Energia Elétrica Fornecida pela LIGHT, nas diversas

tensões. Sistema interligado com Furnas e Itaipu.

Gás Abastecido pela CEG – Gás Natural

Portos

Os mais próximos são: o do Rio de Janeiro (cargas em geral e

containeres) e o de Sepetiba (minérios e granéis), localizados a 61 Km e 30 Km de distância, respectivamente.

17

6. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS E GEOLÓGICOS

Clima

De acordo com a classificação de Koppen, o clima da região pode ser classificado

como subtropical úmido, com inverno seco, e verão quente e chuvoso, a tropical de região

de floresta, com precipitação média anual de 1.224,9 mm.

A temperatura média anual é de 23,4 oC. O período chuvoso, com temperaturas

médias entre 23° e 28° vai de dezembro a março (verão), sendo janeiro o mais chuvoso,

com precipitação média mensal de 300 mm e valores médios de umidade relativa do ar

situados entre 78 e 82% nessa época do ano.

O período seco, com temperaturas médias entre 21° e 24° vai de junho a agosto

(inverno), sendo julho o mais seco, com precipitação média mensal de 50 mm e valores

médios de umidade relativa do ar, situados entre 73 e 77%.

Pedologia

A diversidade geológica, os tipos de relevo e os diferentes processos

pedogenéticos são responsáveis pela grande variedade de tipos de solos que podem ser

encontrados na região.

É possível encontrar cambissolos associados à latossolos, assim como solos

podzólicos, planossolos, glei-humicos e solos orgânicos. Onde se encontram maciços

escarpados, a norte da área, os solos são do tipo cambissolo, associado à latossolos

vermelho-amarelos, com textura argilosa.

Na planície sedimentar, os solos são do tipo podzólicos vermelho-amarelos,

distróficos, com perfil sem mudança textural abrupta e do tipo planossolos álicos. Ambos

possuem textura areno-argilosa, com horizonte A moderado.

Nas áreas mais planas ocorrem planossolos de textura arenosas, associados a

solos podzolicos vemelho-amarelos, de textura médio argilosa, álicos, com horizonte A

moderado. Ainda nas áreas planas, encontram-se os solos glei-húmicos, de textura

argilosa a muito argilosa, associados a solos orgânicos.

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Nenhum dos solos caracterizados possui potencial de uso agrícola, seja por baixa

fertilidade ou por drenagem imperfeita.

Hidrografia

O maior acidente hidrográfico da região é representado pelo Rio Guandu. A bacia

hidrográfica do rio Guandu corta os Municípios de Itaguaí, Rio de Janeiro, Paracambi,

Miguel Pereira, Vassouras, Piraí e Nova Iguaçu. Localiza-se entre os paralelos 22°25' e

22°55' de latitude sul e os meridianos 43°18'e 43°56' de longitude oeste.

As nascentes do rio Guandu estão em duas vertentes, uma situada a noroeste no

município de Itaguaí, nas Serra de Araras e da Caieira, em cotas da ordem de 900 m, e

outra a leste do município de Miguel Pereira, nas serras do Couto e Cruz das Almas,

cotas acima de 1.900 m.

A foz no Canal de São Francisco, cerca de 1,5 Km a sudeste dos limites dos

municípios de Itaguaí e Rio de Janeiro, na altura do desvio para o rio Guandu-mirim

(Barragem do DNOS), sendo esses dois cursos d'água contribuinte da Baía de Sepetiba.

Os principais afluentes do rio Guandu são, pela margem esquerda, os rios

Santana, São Pedro e dos Poços/Queimados e, pela margem direita, o ribeirão das

Lages, controlado pelo sistema da represa das Lajes.

O sistema hidrográfico apresentado engloba diversas sub-bacias hidrográficas,

cujos coletores principais convertem para a baía de Sepetiba, e juntas constituem a bacia

do Rio Guandu. Este, por sua vez, é o manancial de águas mais importante para o

abastecimento da população metropolitana do Rio de Janeiro. A área do empreendimento

situa-se na sub-bacia IV, denominada Queimados, que é drenada pelos rios Queimados e

Ipiranga.

Geomorfologia

A feição típica do relevo na área é a de estreitas planícies aluvionares fluviais,

encaixadas em vale retilíneo, ladeado por altos topográficos que variam de 40 a 100m nas

colinas dissecadas mais próximas, até degraus escarpados mais afastados, com altitudes

que alcançam aproximadamente 700m.

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Geologia regional

Sob o ponto de vista regional, a área se encontra dentro do que é denominado de

“Faixa Ribeira”, ou “Cinturão Móvel Atlântico”, que é uma série de cadeias de montanhas,

com estruturas geológicas preferencialmente na direção NE-SW, abrangendo toda a costa

sudeste do Brasil.

Após a ruptura crustal relacionada à formação do oceano Atlântico dando origem

aos eventos tectônicos Meso-Cenozóicos (Asmus & Ferrari, 1978, Apud, Berbert, 2005), o

stresse gerado deu origem a falhamentos normais ao longo de linhas de fraqueza pré-

cambrianas. Este sistema influenciou sobre a maneira da geomorfologia regional bem

como seu recobrimento sedimentar.

O ambiente tectonicamente instável propiciou a elevação de blocos (serra do Mar,

serra da Mantiqueira e maciços litorâneos) e o abatimento das áreas entre eles (bacia de

Volta Redonda, bacia de Resende e baixadas litorâneas), a partir dos falhamentos

supracitados.

As rochas do embasamento estão relacionadas ao Complexo Paraíba do Sul e

Complexo Rio Negro. Segundo Fonseca et. al. (1998), a área de estudo é constituída por

metassedimentos (gnaisses granatíferos, quartizitos, etc), afetadas por eventos

deformacionais sucessivos, englobadas no Complexo Paraíba do Sul, e gnaisses e

migmatitos do Complexo Rio Negro.

São comuns os diques de rochas básicas e intermediárias de idade Mesozóica.

São especialmente importantes os maciços constituídos por rochas alcalinas Intrusivas

(maciço do Mendanha, maciço do Tinguá, maciço do Itatiaia), de idade Meso-Cenozóica.

As feições estruturais do embasamento correspondem principalmente a faixas

transcorrentes (ou zonas de cisalhamento) de idade Brasiliana, com direção NE-SW

(Hasui et. al., 1982, apud Mello, 1992, Apud, Berbert, 2005).

20

7. CARACTERIZAÇÃO DAS AREIAS NO DISTRITO AREEIRO DE

ITAGUAÍ/SEROPÉDICA.

7.1. Caracterização geral da substância mineral Areia na região.

Segundo Marcelo Berbert 2005, o minério encontrado na região do distrito areeiro

de Itaguaí-Seropédica, mostra-se predominantemente de cor cinza clara e fração grossa,

porém, dificilmente ultrapassando –3 Ø (8,0 mm). Estes sedimentos arenosos são

pobremente ou moderadamente selecionados em igual proporção, são unimodais,

apresentando na sua maioria assimetria aproximadamente simétrica e mais da metade

tem curtose leptocúrtica. Os minerais “pesados” são representados principalmente por

ilmenita, limonita, monazita e granada; subordinadamente por biotita, zirconita e

magnetita, e menos freqüentemente por turmalina, anfibólio e piroxênio, considerados

como traços. A areia apresenta um alto teor em quartzo (média de 82,09 % em peso), o

que lhe reserva uma classificação quartzosa. Porém, seu elevado teor de feldspato, a

classifica como sendo sub-arcoseana.

Vale ressaltar que esta classificação é representativa da jazida, e não do produto a

ser vendido, após as etapas de selecionamento.

Figura 8: Diagrama triangular de classificação e nomenclatura da areia de acordo com os teores em peso dos componentes detríticos (F. J. Pettijohn – Rocas Sedimentares, modificado de L. D. Clark), com valor médio das areias do distrito areeiro de Itaguaí Seropédica plotado.

21

7.2. Tipos de produtos do areal visitado – Areal Atlântida Ltda.

Deve se ter atenção em relação à nomenclatura dada ao produto encontrado a

venda, pois não necessariamente a nomenclatura utilizada pelo minerador, é a fração

granulométrica ao se analisar as amostras. No caso do Areal Atlântida Ltda., localizado na

estrada reta de 400, lotes 443 e 357, há no momento a venda de três tipos de produto, os

quais foram amostrados para análise. Eles são chamados pelo empresário, Sr. José

Villela, de “Areia Grossa”, “Areia Fina” e “Areola”.

No caso em específico, os produtos chamados de “Areia Grossa” e “Areia Fina” são

separados antes de entrar nas caixas silo, por um sistema de peneiras, e encaminhados

para caixas silo distintas. A metodologia geral de extração e selecionamento do minério

será descrita no Item 8.1, onde esta especificidade não será citada.

A separação supracitada não é imprescindível para a venda do produto. A

importância desta separação é econômica, pois em entrevista com o empresário José

Villela foi relatado que o preço do produto “Areia Fina” no areal, atualmente é em torno de

R$ 35,00/mᶟ, enquanto por sua vez, os produtos “Areia Grossa” e “Areola” tem o preço

atual em torno de R$ 30,00.

A tabela completa de classificação granulométrica das três análises e suas

respectivas curvas de análise granulométrica retida e acumulada se encontram em anexo,

estando o resumo dos resultados abaixo:

Tabela 4: Resumo das análises granulométricas – Areal Atlântida Ltda.

Nomeclatura do Areal Classificação Correta Porcentagens Relevantes

"Areia Grossa" Areia Grossa a Muito Grossa 33,21 % Areia Grossa / 29,65 % Areia Muito Grossa / 16,56 % Areia Média

"Areia Fina" Areia Média a Grossa 35,41 % Areia Média / 31,72 % Areia Grossa / 23,69 % Areia Fina

"Areola" Areia Fina * 30,61 % Areia Fina / 18,04 Areia Média / 14,31 % Areia Muito Fina

* Vale ressaltar que nesta análise, conforme pode ser visto na tabela de classificação granulométrica

da amostra 3 em anexo, há 14,11 % de pelotas de argila, ais quais ficaram retidas na malha > 4,00

mm.

Quando há do mercado consumidor, um grande pedido para um tipo específico de

granulometria, é utilizado um tipo adeuqado de peneira ou peneras para se alcançar as

características desejadas.

22

7.3. Utilização dos diversos tipos de produto.

A substância mineral areia tem diversas aplicações, tanto na construção civil quanto

na indústria, pois como observado na caracterização dos produtos do estudo de caso, há

variados produtos oferecidos, com características distintas e consequente aplicação

diferenciada no mercado.

A areia grossa tem sua principal aplicação na confecção de concreto em geral e,

assim com a areia média, também pode ser utilizada para fazer o chapisco, como em

muros e paredes externas. É ideal para a mistura na massa de cimento. Também é a

mais empregada como agregado miúdo na construção civil para fabricação de concretos

e assentamentos de tijolos em paredes que serão rebocadas.

A Areia média lavada é muito usada, pois pode ser empregada em praticamente

todas as fases da obra. Além das aplicações na construção civil e fabricação de artefatos

de concreto aparente, esse tipo de areia é muito utilizado para áreas de lazer, praias

artificiais, campos de futebol de areia, vôlei de praia e tanques para recreação infantil. Na

visita feita à fábrica de argamassa ColaFlex, foram recolhidas amostras para análise, e

como pode ser visto nos resultados das amostras 4, 5 e 6, a Areia Média é a fração

granulométrica utilizada. O emprego desta fração no caso específico da fabricação da

argamassa ColaFlex, e a metodologia empregada será descrito na sequência.

A areia fina é o tipo de areia mais apropriada para rebocos em geral, também utilizada

na fabricação de concretos, misturada nas argamassas de bases; e para compor as

areias grossas ou médias para melhorar a distribuição de tamanho entre os grãos. Sua

maior utilização é no acabamento, como será melhor detalhados na sequência do

trabalho.

Utilizando como base a metodologia aplicada na fábrica de argamassa ColaFlex,

serão descritas as etapas deste procedimento.

A matéria prima adquirida nos próprios areais da região é estocada em pilhas ao

lado da fábrica (Figura 4), ainda com certo grau de humidade.

23

Figura 9: Pilha de matéria prima.

Este material é removido com uma pá carregadeira para um pequeno silo, que

libera a quantidade adequada de material na esteira (Figura 5).

Figura 10: Silo de armazenamento temporário e esteira.

A esteira leva este material ao “forno” que promove a secagem, a uma temperatura

que varia em torno de 400º.

Após a secagem, o material é levado à “ciranda” (Figura 6), que através de um

sistema de peneiras, separa as duas granulometrias que a fábrica deseja para a

confecção dos diversos produtos.

24

Figura 11: Sistema de peneiras rotativa (Ciranda).

Neste procedimento também é separado o rejeito (Figura 7), material muito grosso

que não pode ser aproveitado para a argamaassa. Muitas vezes o rejeito é vendido como

material de aterro.

Figura 12: Esteira que transporta o rejeito e a pilha de rejeito formada.

As duas frações granulométricas obtidas são misturadas a cimento, calcário e

aditivos, nas quantidades mais variadas de cada material, para gerar os mais de 20 tipos

de argamassas confeccionadas, destinadas para as mais variadas finalidades na

construção civil.

25

Foram recolhidas amostras (Figura 8) para análise, a fim de saber quais as

classificações granulométricas da matéria prima utilizada na fabricação da argamassa,

dos dois tipos de areia geradas no selecionamento e do rejeito, para melhor entendimento

do tipo de material utilizado.

Figura 13: Amostragem da matéria prima.

A tabela completa de classificação granulométrica das quatro amostras analisadas

e suas respectivas curvas de análise granulométrica retida e acumulada se encontram em

anexo, estando o resumo dos resultados abaixo:

Tabela 5: Resumo das análises granulométricas – ColaFlex.

Nomeclatura da Fábrica Classificação Correta Porcentagens Relevantes

Matéria Prima Areia Média 39,72 % Areia Média / 30,33 % Areia Grossa / 15,02 Areia Fina

"Areia Grossa" Areia Média 66,21 % Areia Média / 25,63 Areia Grossa / 5,29 % Areia Fina

"Areia Fina" Areia Média 49,79 % Areia Média / 25,46 % Areia Fina / 18,96 % Areia Grossa

"Rejeito" Areia Muito Grossa 55,12 % Areia Muito Grossa / 28,13 Seixo Muito Pequeno / 12,49 % Seixo Pequeno e >

Tanto a matéria prima quanto os dois tipos de areia gerados por peneiramento são

classificadas como areia média, tendo, porém diferentes porcentagens de cada fração

granulométrica, como pode ser visto na tabela acima.

26

8. O APROVEITAMENTO DO REJEITO FINO DA EXTRAÇÃO DE AREIA

EM CAVA SUBMERSA.

8.1. Descrição das atividades de Lavra.

A descrição abaixo será teórica, não sendo especificamente a metodologia

empregada atualmente no areal visitado, Areal Atlantida Ltda., descrevendo as opções

possíveis para a extração de areia em cava submersa. Algumas particularidades de cada

jazida devem ser levadas em conta, de forma que alguns procedimentos podem ser

alterados de empreendimento para empreendimento, caso tragam melhoras à mineração

e não ofereçam danos ambientais.

Os processos de lavra em cava submersa de areia, para utilização como agregado

na construção civil, no contexto de sedimentos recentes associados a relevo de planície

aluvionar, caracterizam-se de forma bastante peculiar, pois envolvem uma mistura de

metodologias e operações, que ora assemelha-se a trabalhos de pesquisa, ora a

beneficiamento do minério, ora às atividades de lavra propriamente dita.

Decapeamento

A primeira operação desenvolvida para possibilitar a extração do minério é o

desmonte, ou decapeamento, que se trata da remoção do material superficial que cobre a

substância mineral. É determinado que o material removido neste procedimento seja

estocado em locais apropriados, para ser utilizado na recuperação da área. Parte deste

material é a chamada “Terrinha”, a qual tem a venda proibida. Na prática não é visto a

estocagem do material para a recuperação da área, pois esta recuperação muitas vezes é

feita muitos anos depois da remoção do material, sendo este utilizado para aterro ou

vendido.

Esta remoção é executada com o uso de tratores e/ou pás-mecânicas, até que o

lençol freático fique exposto, em dimensões suficientes para que seja colocada a draga de

sucção. Durante a lavra o decapeamento é feito gradativamente de acordo com a

demanda de extração e consequente necessidade de abertura de novas frentes de lavra,

sendo realizado no local onde ocorrerá a próxima frente de lavra.

27

Figura 14: Área decapeada e pá mecânica que realiza o procedimento.

Extração do Material

A extração da areia em cava submersa é executada através de um mangote (tubo

de aço) assentado no fundo da cava, onde os sedimentos são removidos por

bombeamento produzido por um motor (geralmente Volvo) à diesel, instalado na draga,

desencadeando o alargamento da cava. Na ponta do mangote, que fica no fundo da cava,

por onde o material é removido, há um dispositivo de penetração acoplado na

extremidade, normalmente uma estrutura mais reforçada, que visa facilitar a

descompactação do material facilitando a sucção. A estrutura onde este dispositivo de

penetração fica acoplado pode ser o próprio mangote utilizado para a condução do

material até a etapa de selecionamento, ou algum tubo com características específicas

(mais resistente), ficando a cargo da empresa decidir os detalhes do equipamento que

mais se adéqüe a quantidade que se pretende minerar, tempo de uso do equipamento e

características locais e da jazida, não tendo um padrão específico.

28

Figura 15: Draga realizando a sucção.

O material removido se trata da areia, nas mais variadas granulometrias, misturada

com a água e outros sedimentos, também de granulometrias variadas, formando uma

substância heterogênea conhecida como polpa. Os conjuntos motor-bomba ficam sobre

balsas flutuantes (dragas) e realizam esse trabalho.

A extração pode ser realizada por duas técnicas distintas, chamadas de extração

em 1 (um) tombo e 2 (dois) tombos. São dois procedimentos semelhantes, a diferença

está no nível de selecionamento empregado em cada etapa de cada caso. Após a

extração ser realizada por qualquer um dos procedimentos, o uso da caixa de areia fina

pode ser empregado para o maior aproveitamento do minério.

O beneficiamento de areia, no caso específico, é um processo exclusivamente

físico, executado simultaneamente à lavra, durante as fases de selecionamento da

substância mineral.

Extração em 1 (um) tombo:

Pelo procedimento chamado de extração em 1 tombo, a draga, ou dragas,

bombeiam a polpa, diretamente para as caixas silo onde o material sofre três tipos de

seleção granulométrica. A primeira quando o material mais grosso, principalmente seixos

de quartzo, pelotas de argila e pedaços de madeira são impedidos de entrar no silo por

uma grade. O segundo quando, já dentro do silo, a areia se deposita por gravidade e a

água que está no sistema, carregada de sedimentos nas frações areia fina, silte e argila é

colocada para fora do mesmo (desaguamento) e direcionada para a caixa de areia fina,

ou retorna diretamente para lagoa, onde tais sedimentos se depositam.

29

Figura 16: Conjunto de Caixas Silo.

Extração em 2 (dois) tombos:

Neste caso, a draga bombeia a polpa para a caixa de relavagem (primeiro tombo),

que faz o primeiro selecionamento, retirando principalmente seixos de quartzo, pelotas de

argila e pedaços de madeira e direciona o restante novamente para a lagoa, onde ao

passar pela lâmina d’água, parte dos sedimentos nas frações silte e argila, bombeados

junto com a água e a areia do fundo da cava, ficam em suspensão, enquanto as frações

de areia (areia fina, média e grossa) se depositam. Esta metodologia é indicada para

jazidas com uma quantidade considerável de sedimentos finos (silte e argila), pois estes

sedimentos ao ficarem em suspenção tem maior dificuldade de ser rebombeados e voltar

ao sistema.

A segunda draga bombeia os sedimentos que já passaram pela caixa de

relavagem, principalmente as frações que se depositam mais facilmente, ainda com

outros materiais no sistema (parte das frações silte e argila e algum material mais grosso),

e conduz para as caixas silo (segundo tombo).

Nas caixas silo, assim como na extração em 1 tombo, o material sofre dois tipos de

seleção granulométrica, as quais já foram descritas.

30

Caixa de areia fina:

A caixa de areia fina funciona como uma caixa de decantação para a fração

granulométrica areia fina, onde a água oriunda dos silos encontra um sistema de baixa

energia e, por gravidade, principalmente a fração areia fina se deposita, se separando da

goma (água mais sedimentos na fração silte e argila). Após acúmulo suficiente deste

material ele é removido e aproveitado, diminuindo assim a perda na mineração.

A goma propriamente dita é conduzida por caneletas de volta para a lagoa de

extração ou para a lagoa de rejeito, onde os sedimentos nas frações silte e argila, citados

acima, ainda em suspenção, terminam, também por gravidade, por depositar.

Figura 17: Caixa de Areia Fina

Destinação dos Rejeitos Sólidos

O rejeito da mineração de areia em cava submersa é dividido em dois tipos, o fino

e o grosso, ambos removidos da cava junto com a substância mineral e separados

durante os processos de selecionamento.

O rejeito fino já foi citado e é conduzido de volta para a lagoa de extração ou para a

lagoa de rejeito, onde os sedimentos irão depositar por gravidade. A lagoa de rejeito é

formada na parte da lagoa de extração onde já se encerrou o avanço da lavra e separada

dela por um dique de aterro. Se feita adequadamente, chegará a um ponto que a

quantidade de sedimentos finos retornados é suficiente para “intupir” a lagoa, se tornando

31

uma área sedimentada, diminuindo a área de lençol freático aflorado e conseqüentemente

os impactos da abertura da cava.

O rejeito grosso, retirado tanto na caixa de relavagem quando utilizada, quanto

antes de entrar no silo, se trata de seixos de quartzo, pelotas de argila e pedaços de

madeira e pode ser utilizado em aterros ou na manutenção e recomposição das estradas

de acesso.

Estocagem, Carregamento e Destinação da areia

A estocagem do minério será feita nas próprias caixas silo, as quais ficam em média

4,0 metros acima do solo, para permitir a entrada dos veículos de transporte, ou em pilhas

a céu aberto em local conhecido como praça de estocagem de areia. O desenvolvimento

da lavra estará sempre de acordo com a demanda do mercado para evitar formações de

estoque em excesso.

Figura 18: Pátio de estocagem de minério.

O carregamento do minério quando retirado da praça de estocagem será efetuado

por máquinas “pás-carregadeiras” e auxílio de operários com pás. Quando o

carregamento for feito diretamente na caixa silo não se faz necessária a utilização de

maquinas. O transporte se fará através de caminhões basculantes.

32

Operações Auxiliares

São consideradas operações auxiliares a execução de obras civis (quando

necessárias), tais como, a construção ou reforma de escritório, refeitório, almoxarifado e

das vias internas de acesso, assim como limpeza de área de servidão, diques e aterros.

8.2. A Utilização da Caixa de Areia Fina.

Como citado na descrição das atividades de lavra acima, a caixa de areia fina se

trata de um equipamento extremamente simples, muitas vezes se tratando realmente de

uma caixa, quadrada ou retangular, feita de ferro, que deve apenas ter a capacidade de

manter em baixa energia a água oriunda das caixas silo, dando tempo hábil para a

deposição por gravidade dos sedimentos em suspenção, funcionando como uma caixa de

decantação.

A caixa de areia fina atualmente utilizada no Areal Atlântida e em muitos outros

areais da região, se trata de uma cava aberta no chão, sem aflorar o lençol freático,

próximo a caixa silo, fazendo o papel deste equipamento.

Este sistema não era empregado no início das atividades de lavra na região, como

constatado na entrevista feita com o empresário do ramo, Sr. José Villela. Sem a

utilização deste sistema, todos os sedimentos ainda em suspenção na água oriunda das

caixas silo era retornado para a lagoa, não sendo aproveitados.

Com o constante crescimento da consciência ambiental, a venda da chamada

“terrinha” ou “terra preta” foi proibida. Este material, que não se trata do solo orgânico em

si, mas de sedimentos finos que se encontram nos horizontes superficiais ainda com

resquícios de matéria orgânica, era utilizado na construção civil como material de

revestimento.

Com a proibição da venda do material acima e a diminuição da abertura de novas

cavas, de onde se removia com o decapeamento de grandes áreas, quantidades

significativas, este material teve significativa alta no preço. Sendo assim, os mineradores

observando a procura do mercado, viram a necessidade de achar um produto que tivesse

o mesmo emprego na construção civil.

33

A fração adequada para a substituição necessária era a Areia Fina, com

quantidades significativas de finos (Silte e argila), como pode ser visto na tabela de

classificação granulométrica da amostra 3 e suas respectivas curvas granulométricas

acumulada e retida apresentadas em anexo, e no quadro a seguir.

Tabela 6: Resumo das análises granulométricas – Material oriundo da caixa de areia fina.

Nomeclatura do Areal Classificação Correta Porcentagens Relevantes

"Areola" Areia Fina * 30,61 % Areia Fina / 18,04 Areia Média / 14,31 % Areia Muito Fina

* Conforme pode ser visto na tabela de classificação granulométrica da amostra 3 em anexo, há 14,11 % de

pelotas de argila, ais quais ficaram retidas na malha > 4,00 mm.

Sem a utilização da metodologia empregada na caixa de fração areia fina, esta

fração era retornada para a lagoa junto com a água e os demais sedimentos ainda em

suspenção. Na análise acima, é possível verificar que além da fração Areia Fina, uma

quantidade significativa de Areia Média e Areia Muito Fina estava sendo desperdiçada.

O fato de ter sido verificado cerca de 18 % de Areia Média na amostra proveniente

da caixa de areia fina mostra a pouca eficiência no sistema de deposição que ocorre nas

caixas silo.

Pelo valor de investimento extremamente baixo para a aplicação desta metodologia

de separação granulométrica e o alto retorno, de um material com preço de mercado igual

ao da Areia Grossa, segundo dados da entrevista com Sr. José Villela, não há motivos

desta técnica não ser empregada.

34

9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A utilização de uma metodologia simples, o emprego da caixa de areia fina, com

baixo valor de investimento, torna possível o reaproveitamento do material outrora

considerado rejeito, transformando o mesmo em subproduto, aumentando

significativamente as margens de lucro e trazendo apenas benefícios tanto ao minerador

quanto a sociedade.

Além da questão financeira, há a importância ecológica da substituição do emprego

de um material altamente relevante na conservação e recuperação ambiental, pelas suas

características específicas de fertilidade, contendo maior parte da fauna do solo, sendo

primordial ao vegetais, e proibido de ser comercializado, por um material que já era

extraído, já tendo sido empregado energia neste processo, e era simplesmente retornado

para a lagoa.

Pode-se reparar que em todas as amostras há uma variação granulométrica

considerável, o que mostra pouca eficiência nos peneiramentos empregados, não sendo

isso uma problemática, pois o material mesmo com estas características é bem aceito

pelo mercado consumidor. Quando há a necessidade, por parte do cliente, de uma

determinada granulometria, ocorre a utilização de peneiras de tamanhos específicos, para

obter as características adequadas no produto.

Pela quantidade significativa de areia média na amostra recolhida na caixa de areia

fina, é possível concluir que o processo possui baixa eficiência também na etapa de

decantação empregada sem a utilização caixa de areia fina. Neste caso quantidades

relevantes de minério são desperdiçadas. Essa situação permiti concluir que é possível

melhorar as técnicas de beneficiamento.

Os mineradores, não apenas no caso específico abordado, devem ampliar sua

capacidade de avaliação, uma vez que vem ocorrendo um desperdício em todas as

escalas. Com a utilização de técnicas mais modernas, os mineradores poderão conciliar

uma lavra ambientalmente mais respeitosa a uma maior lucratividade.

O presente trabalho não contempla a análise do material que, ainda hoje, retorna à

lagoa, chamado de goma. Dessa forma, não é possível saber ainda a quantidade de areia

que se encontra em suspenção e está sendo desperdiçada.

35

Finalmente considera-se aconselhável dar continuidade a esta linha de pesquisa,

com a finalidade de verificar a possibilidade do aproveitamento do material que ainda hoje

é considerado rejeito e que, no entanto, concentra volumes elevados de silte e argila e,

em menor escala, de areia. Todos esses materiais tem valor de mercado uma vez que

são empregados nas mais variadas finalidades, da indústria à construção civil.

36

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Amorim, L. O. (s.d.). mat12010alucasamorim.blogspot.com.br. Fonte:

http://mat12010alucasamorim.blogspot.com.br

Berbert, M. C. (2005). A Mineração De Areia No Distrito Areeiro De Itaguaí-Seropédica/Rj:

Geologia Dos Depósitos E Caracterização Das Atividades De Lavra E Dos

Impactos Ambientais. Seropédica.

Google. (s.d.). Google Earth. Mapa Rodoviário do Rio de Janeiro.

http://www.portalseropedica.com. (s.d.). Acesso em 01 de 06 de 2012

Pedro, S. d. (26 de abril de 2012). (L. Aquino, Entrevistador)

PMS, P. M. (s.d.). Zona de Interesse Mineral. Lei Orgânica do Município.

RJ, D. (s.d.). Mapa Rodoviário do Rio de Janeiro.

Vellela, J. (26 de abril de 2012). (L. Aquino, Entrevistador)

www.areiatarcal.com.br. (s.d.). Fonte: http://www.areiatarcal.com.br

www.arsec.com.br. (s.d.). Fonte: http://www.arsec.com.br

www.fertipar.com.br. (s.d.). Fonte: http://www.fertipar.com.br

37

ANEXOS

Anexo A: Resultado das análises relativas a amostra 1.

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 1

Detalhes: Areal Atlântida Ltda. "Areia Grossa"

Peso (g): 148,34

Malhas (mm): 4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia: Areia

Granulometria: Areia Grossa a Muito Grossa

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida Acumulada

(mm) (g) (%) (g) (%)

> 4,00 2,12 1,43 2,12 1,43

4,00 - 2,00 8,39 5,66 10,51 7,09

2,00 - 1,00 43,98 29,65 54,49 36,73

1,00 - 0,50 49,26 33,21 103,75 69,94

0,50 - 0,25 24,57 16,56 128,32 86,50

0,25 - 0,125 13,75 9,27 142,07 95,77

0,125 - 0,062 5,04 3,40 147,11 99,17

< 0,062 1,23 0,83 148,34 100,00

Total 148,34 100 148,34 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

38

Grafico de variação granulométrica acumulada:

39

Anexo B: Resultado das análises relativas à amostra 2.

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 2

Detalhes:

Areal Atlântida Ltda. "Areia fina"

Peso (g):

137,97

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Areia Média a Grossa

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 0 0,00

0 0,00

4,00 - 2,00 0 0,00

0 0,00

2,00 - 1,00 0,84 0,61

0,84 0,61

1,00 - 0,50 43,77 31,72

44,61 32,33

0,50 - 0,25 48,85 35,41 93,46 67,74

0,25 - 0,125 32,68 23,69

126,14 91,43

0,125 - 0,062 10,68 7,74

136,82 99,17

< 0,062 1,15 0,83

137,97 100,00

Total 137,97 100

137,97 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

40

Grafico de variação granulométrica acumulada:

41

Anexo C: Resultado das análises relativas à amostra 3

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 3

Detalhes: Areal Atlântida "Areola"

Peso (g):

112,4

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Areia Fina

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 15,86 14,11

15,86 14,11

4,00 - 2,00 2,77 2,46

18,63 16,57

2,00 - 1,00 8,49 7,55

27,12 24,13

1,00 - 0,50 11,66 10,37

38,78 34,50

0,50 - 0,25 20,28 18,04

59,06 52,54

0,25 - 0,125 34,41 30,61 93,47 83,16

0,125 - 0,062 16,09 14,31

109,56 97,47

< 0,062 2,84 2,53

112,4 100,00

Total 112,4 100

112,4 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

42

Grafico de variação granulométrica acumulada:

43

Anexo D: Resultado das análises relativas à amostra 4

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 4

Detalhes: Matéria Prima (argamassa)

Peso (g):

134,88

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 2,67 1,98

2,67 1,98

4,00 - 2,00 1,93 1,43

4,6 3,41

2,00 - 1,00 12,94 9,59

17,54 13,00

1,00 - 0,50 40,91 30,33

58,45 43,33

0,50 - 0,25 53,58 39,72 112,03 83,06

0,25 - 0,125 20,26 15,02

132,29 98,08

0,125 - 0,062 2,22 1,65

134,51 99,73

< 0,062 0,37 0,27

134,88 100,00

Total 134,88 100

134,88 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

44

Grafico de variação granulométrica acumulada:

45

Anexo E: Resultado das análises relativas à amostra 5.

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 5

Detalhes: "Areia Fina" da Argamassa

Peso (g):

97,92

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Areia Média

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 0,00

0 0,00

4,00 - 2,00 0,00

0 0,00

2,00 - 1,00 0,09 0,09

0,09 0,09

1,00 - 0,50 18,57 18,96

18,66 19,06

0,50 - 0,25 48,75 49,79

67,41 68,84

0,25 - 0,125 24,93 25,46 92,34 94,30

0,125 - 0,062 5,15 5,26

97,49 99,56

< 0,062 0,43 0,44

97,92 100,00

Total 97,92 100

97,92 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

46

Grafico de variação granulométrica acumulada:

47

Anexo F: Resultado das análises relativas à amostra 6.

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 6

Detalhes: "Areia Grossa" da Argamassa

Peso (g):

100,78

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Areia Média

Cor: Vermelha

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 0,00

0 0,00

4,00 - 2,00 0,00

0 0,00

2,00 - 1,00 0,48 0,48

0,48 0,48

1,00 - 0,50 25,83 25,63

26,31 26,11

0,50 - 0,25 67,21 66,69 93,52 92,80

0,25 - 0,125 5,33 5,29

98,85 98,08

0,125 - 0,062 1,83 1,82

100,68 99,90

< 0,062 0,1 0,10

100,78 100,00

Total 100,78 100

100,78 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

48

Grafico de variação granulométrica acumulada:

49

Anexo G: Resultado das análises relativas à amostra 7.

Tabela de Classificação granulométrica:

Amostra: 7

Detalhes: "Rejeito" da Argamassa

Peso (g):

83,18

Malhas (mm):

4,0/2,0/1,0/0,5/0,25/0,125/0,063/finos

Litologia:

Areia

Granulometria:

Areia Grossa

Cor: Amarela

Fração % Peso

Malhas Retida

Acumulada

(mm) (g) (%)

(g) (%)

> 4,00 10,39 12,49

10,39 12,49

4,00 - 2,00 23,4 28,13

33,79 40,62

2,00 - 1,00 45,85 55,12 79,64 95,74

1,00 - 0,50 1,7 2,04

81,34 97,79

0,50 - 0,25 0,81 0,97

82,15 98,76

0,25 - 0,125 0,69 0,83

82,84 99,59

0,125 - 0,062 0,31 0,37

83,15 99,96

< 0,062 0,03 0,04

83,18 100,00

Total 83,18 100

83,18 100,00

Grafico de variação granulométrica retida:

50

Grafico de variação granulométrica acumulada:

51

Anexo H: Planta de Situação do Distrito Areeiro de Itaguaí Seropédica

REF. CARTOGRÁFICA:

1:50.000ESCALA:DESENHISTA

EX. - FOLHA STA CRUZ

PLANTA DE SITUAÇÃO

RETA DE PIRANEMA (RJ099)

RETA DOS500

RETA DOS 400

ESTRA

DA

DO

S BA

ND

EIRA

NTESRETA DOS 700

RETA DOS 800

ESTRADA DE SANTA ROSA

RETA DOS 30

0

RETA DOS20

0

RIO GUANDU

Leonardo Aquino

Distrito Areeiro de Itaguaí/Seropédica

0 500 1000 1500 2000m

ESCALA GRÁFICA

DATA09/04/2012

LEGENDA: