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1 Sonhos em Amarelo – Luiz Antonio Aguiar PROJETO DE LEITURA Luiz Antonio Aguiar nasceu em 1955, é carioca e aquariano. Escritor, mestre em Literatura Brasileira, pela PUC-RJ, com tese sobre leitura na cultu- ra de massas, é resenhista em ca- dernos literários, tradutor, redator, sócio da Veio Libri – Consultoria Editorial e animador de oficinas de redação e de criação literária. Traba- lhou durante muito tempo como ro- teirista de histórias em quadrinhos e atuou na área de publicidade e ma- rketing. Tem mais de setenta títulos publicados e ganhou diversos prê- mios com seus livros, inclusive o Ja- buti de Melhor Infantil e Juvenil, em 1994, com Confidências de um Pai Pedindo Arrego . Luiz Antonio Aguiar conheceu os quadros de Van Gogh em sua pri- meira viagem à Europa, em 1974: “Quando, pela primeira vez, vi aque- la pincelada frenética, grossa, cheia de espírito, tive vontade de me ajo- elhar diante do quadro, no meio do salão do museu...”. O autor O ilustrador De lá para cá, confessa, sua emo- ção por tudo o que diz respeito ao pintor só fez se renovar. Luiz Anto- nio é casado com Marisa e Sonhos em Amarelo é dedicado ao neto dos dois, Vicente. Visite o site do escritor: www.luizantonioaguiar.com.br. Eu sou Luís Lorenzon e sempre gostei de desenhar. Parte da minha vida profissional foi para ajudar a fazer livros, pensando o espaço onde iam pousar o texto, as ima- gens e vários outros elementozi- nhos que andam pelas páginas e ajudam a dar boa leitura e presen- ça aos livros que nós lemos. Cha- mam isso de diagramação. Um pouco desse tempo me dedi- quei também a ilustrá-los, o que fiz com grande prazer. Atualmente estou afastado deste fazer, mas continuo desenhando por aí. Autor: Luiz Antonio Aguiar Título: Sonhos em Amarelo – O garoto que não esqueceu Van Gogh Ilustrador: Luís Lorenzon Formato: 13,5 x 20,5 cm N.º de páginas: 128 Elaborador: Luiz Antonio Aguiar Ficha Gênero: romance histórico Temas transversais: ética e pluralidade cultural Interdisciplinaridade: Português, História, Geografia e Artes Altamente Recomendado pela FNLIJ Prêmio White Ravens – Biblioteca de Livros para a Juventude de Munique / Feira de Bolonha Quadro sinóptico 12 anos INDICAÇÃO: Leitor crítico a partir dos ensino fundamental

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Luiz Antonio Aguiar nasceu em 1955, é carioca e aquariano. Escritor, mestre em Literatura Brasileira, pela PUC-RJ, com tese sobre leitura na cultu-ra de massas, é resenhista em ca-dernos literários, tradutor, redator, sócio da Veio Libri – Consultoria Editorial e animador de ofi cinas de redação e de criação literária. Traba-lhou durante muito tempo como ro-teirista de histórias em quadrinhos e atuou na área de publicidade e ma-rketing. Tem mais de setenta títulos publicados e ganhou diversos prê-mios com seus livros, inclusive o Ja-buti de Melhor Infantil e Juvenil, em 1994, com Confi dências de um Pai Pedindo Arrego. Luiz Antonio Aguiar conheceu os quadros de Van Gogh em sua pri-meira viagem à Europa, em 1974: “Quando, pela primeira vez, vi aque-la pincelada frenética, grossa, cheia de espírito, tive vontade de me ajo-elhar diante do quadro, no meio do salão do museu...”.

O autor

O ilustrador

De lá para cá, confessa, sua emo-ção por tudo o que diz respeito ao pintor só fez se renovar. Luiz Anto-nio é casado com Marisa e Sonhos em Amarelo é dedicado ao neto dos dois, Vicente.Visite o site do escritor:www.lu izantonioaguiar.com.br.

O ilustradorEu sou Luís Lorenzon e sempre gostei de desenhar. Parte da minha vida profi ssional foi para ajudar a fazer livros, pensando o espaço onde iam pousar o texto, as ima-gens e vários outros elementozi-nhos que andam pelas páginas e ajudam a dar boa leitura e presen-ça aos livros que nós lemos. Cha-mam isso de diagramação.Um pouco desse tempo me dedi-quei também a ilustrá-los, o que fi z com grande prazer.Atualmente estou afastado deste fazer, mas continuo desenhando por aí.

Autor:Luiz Antonio Aguiar

Título:Sonhos em Amarelo – O garoto que não esqueceu Van Gogh

Ilustrador:Luís Lorenzon

Formato:13,5 x 20,5 cm

N.º de páginas:128

Elaborador:Luiz Antonio Aguiar

Ficha

Gênero: romance histórico

Temas transversais: ética e pluralidade cultural

Interdisciplinaridade: Português, História, Geografi a e Artes

Altamente Recomendado pela FNLIJ

Prêmio White Ravens – Biblioteca de Livros para a Juventude de Munique / Feira de Bolonha

Quadro sinóptico

12anos

INDICAÇÃO:

Leitorc r í t i c oa partir dos

ensinofundamental

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Em fevereiro de 1888, Vincent van Gogh mudou-se para Arles, no sul da França. Para aquele espírito que parecia não encontrar lugar no mundo, era sua última chance, seu tudo ou nada.

Van Gogh escreveu certa vez que apos-tava a vida em sua pintura. E, de fato, era tanta a ansiedade de compartilhar toda aquela beleza que enxergava, e que não conseguia transmitir de outra maneira, que para ele pintar e ter seu talento reconheci-do tornaram-se questão de sobrevivência.

Em Arles, teve um grande amigo, o carteiro Joseph Roulin. Van Gogh foi aco-lhido pelos Roullins como se pertencesse à família. Apesar de sua grande produ-ção, Van Gogh pintou somente nos últi-mos dez anos de vida. Foi em Arles que o artista criou seus quadros mais famosos. Arles foi, portanto, seu paraíso e sua travessia fi nal.

Na fi cção criada por Luiz An-tonio Aguiar, um olhar atento, intrigado e fas-cinado acompa-nha o pintor:

o olhar de Camille, o fi lho de Joseph, de onze anos. Talvez só Camille tenha con-seguido enxergar que, em seus quadros, Van Gogh criou para si o único mundo onde se via aceito e no qual a paz de es-pírito e o amor eram possíveis para ele.

Camille Roullin foi retratado em dife-rentes oportunidades por Van Gogh. Um desses quadros – O Garoto de Quepe –, um dos mais populares do pintor, está no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Um pouco de Sonhos em Amarelo

não encontrar lugar no mundo, era sua última chance, seu tudo ou nada.

Van Gogh escreveu certa vez que apos-tava a vida em sua pintura. E, de fato, era tanta a ansiedade de compartilhar toda aquela beleza que enxergava, e que não conseguia transmitir de outra maneira, que para ele pintar e ter seu talento reconheci-do tornaram-se questão de sobrevivência.

Em Arles, teve um grande amigo, o carteiro Joseph Roulin. Van Gogh foi aco-lhido pelos Roullins como se pertencesse à família. Apesar de sua grande produ-ção, Van Gogh pintou somente nos últi-mos dez anos de vida. Foi em Arles que o artista criou seus quadros mais famosos. Arles foi, portanto, seu paraíso e sua travessia fi nal.

Na fi cção criada por Luiz An-tonio Aguiar, um olhar atento, intrigado e fas-cinado acompa-nha o pintor:

Van Gogh criou para si o único mundo onde se via aceito e no qual a paz de es-pírito e o amor eram possíveis para ele.

Camille Roullin foi retratado em dife-rentes oportunidades por Van Gogh. Um desses quadros – O Garoto de Quepe –, um dos mais populares do pintor, está no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

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Vincent van Gogh decidiu tor-nar-se artista no ano de 1880. O mundo estava mudando rapida-mente. Potências imperiais euro-peias – como a Inglaterra e a França – continuavam a colonizar novos territórios. A África estava sen-do repartida. A Inglaterra derrotou os Zulus em 1879, e, em 1882, a França criou no Congo uma colô-nia francesa maior do que a pró-pria França. Em 1877, a Inglaterra proclamou a rainha Vitória impe-radora da Índia, vinte anos depois de sufocar cruelmente uma revolta no país, sua colônia mais preciosa. A Prússia, governada por Otto von Bismarck, venceu a França e prepa-rava-se para instituir uma nova Re-pública: a Alemanha.

Por volta de 1890, meio milhão de imigrantes chegavam por ano aos Estados Unidos da América. O mundo moderno estava abismado com a invenção do telefone, por Alexander Graham Bell, em 1876, e com a primeira gravação em um fonógrafo, obtida por Thomas Edi-son em 1877, que também inven-taria a lâmpada elétrica. Alexandre Gustave Eiffel construiria a Está-tua da Liberdade em um subúrbio de Paris, antes de embarcá-la, em 1884, para Nova York, distribuída em 214 caixas. Ele se tornaria fa-moso mundialmente por conta de sua Torre Eiffel.

Van Gogh

“Estou totalmente empenhado em resolver o problema de como pintar cenas noturnas ou efeitos noturnos diretamente, ou seja, à noite!” As cenas noturnas atraíam Van Gogh tanto quanto as paisa-gens coloridas da Provença, com as quais tanto sonhou, até encontrá--las de fato, ao instalar-se em Arles em fevereiro de 1888.

Van Gogh e seu tempo

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Sonhos em Amarelo pode ser lido com diferentes perspectivas. Uma delas é esse olhar espontâ-neo, de um menino de onze anos, para uma obra exemplar de um dos mais cruciais momentos da pintura. A pintura de Van Gogh, tão original e pessoal que muitos questionam se é impressionista, é a afi rmação da cor, tanto quanto da subjetividade, na arte. É tam-bém a expressão de uma men-te e um espírito extremamente complexos e conturbados. Outro modo de ler esse livro é justamen-te no confronto de seus persona-gens, no drama que vivenciam, tanto no seu cotidiano como ao contracenarem com Van Gogh. Há também todo um jogo sutil de ar-ticulação entre a fi cção e a biogra-fi a de Van Gogh – o que é verdade e o que é invenção. Aliás, esse é um modo de composição muito peculiar na literatura. Enfi m, este projeto foi elaborado com vistas a ampliar algumas questões e prin-cipalmente aguçar a leitura dessa novela singular.

• O fato de Van Gogh não ter ven-dido mais do que um quadro, em toda a sua vida, diminui, a seu ver, a obra dele? Por quê? Ele seria o que hoje chamamos de perdedor?

• E o fato de ter sido uma pessoa tão difícil de se lidar e com tantas limitações no seu relacionamen-to com outras pessoas infl uencia de alguma maneira o seu jeito de ver a obra de Van Gogh? Como? Por quê?

• Alguns estudiosos afi rmam que, depois que a fotografi a foi inven-tada, a pintura, se quisesse conti-nuar existindo, teria de descobrir um modo diferente de represen-tar a realidade. Os quadros não poderiam ser essencialmente rea-listas, porque nisso as imagens da fotografi a eram imbatíveis. O que você acha dessa ideia e como en-caixaria isso nos trechos em que Sonhos em Amarelo trata a pin-tura do tempo de Van Gogh?

• Houve quem considerasse, na época, que a fotografi a conde-naria a pintura à extinção. Isso acontece com frequência, ainda hoje, quando se diz que deter-

Um olhar espontâneo

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minado suporte extingue outro – que o livro digital, e-book, vai acabar com o livro em papel, por exemplo. O que você acha dessas ideias? Que tal pesquisar opiniões e dados a respeito desse assunto?

• Cada escola artística – por exem-plo, o romantismo e o cubismo –, e às vezes cada pintor, tem sua visão de mundo. Algo que reor-ganiza e reinterpreta o mundo visto, criando uma versão que se transforma em quadros. Joseph Roullin dá algumas indicações do que seriam as ideias predominan-tes entre os impressionistas e par-ticularmente em Van Gogh. Que tal pesquisar a visão de mundo no Renascimento? E no período barroco ou no cubismo, que se une a outras tendências de van-guarda que revolucionaram a arte

no século XX? Você acredita que haja algo parecido hoje em dia? E quais seriam as tendências prin-cipais? A internet e as novas tec-nologias têm parte nessa visão de mundo atual?

• Um artista genial difi cilmente se-guirá os padrões e a moda domi-nantes sem uma intensa releitura própria, ou seja, sem uma ma-neira muito pessoal de entender e expressar aquelas ideias. Van Gogh talvez não fosse impressio-nista, no sentido mais rigoroso da palavra. Talvez fosse exclusi-vamente Van Gogh. O que você acha dessa maneira de ver a arte e a criação artística?

• Aliás, essa história de criação ar-tística é um fenômeno bastan-te complexo. Há quem fale em inspiração e há quem ache que

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a obra de arte é principalmente transpiração, querendo dizer es-tudo, pesquisa, experimentação, empenho, horas trabalhadas, re-toques. Há ainda quem afi rme que a obra não é criação indivi-dual, já que sempre tem sua ori-gem num patrimônio coletivo, da sociedade. E há os que prio-rizam os aspectos psicanalíticos da criação artística, que seria en-tão uma maneira de expressão do inconsciente. O que você pensa a esse respeito? Procure dados e opiniões para fundar seu julga-mento da questão.

• Como você interpretaria Van Gogh e sua obra a partir das ideias levantadas pela questão anterior?

• A Primeira Guerra Mundial, men-cionada por Camille, foi de uma brutalidade insana. Houve bata-lhas que mais pareceram massa-cres, como a do Somme, em 1916, que matou mais de 1 milhão de pessoas em cinco meses de com-bate. A Primeira Guerra mudou totalmente o clima de esperança e otimismo que predominava na Eu-ropa na virada para o século XX.

Há comparações a fazer com os dias atuais? Os governos, os gru-pos econômicos e os religiosos, além das próprias pessoas, se tor-naram, na sua opinião, menos ou mais propensos a aceitar as mor-tes da guerra como algo natural?

• Escolha alguns quadros importan-tes na história da pintura e discuta as ideias que eles possam lhe des-pertar. Você gosta de parar diante de um quadro e fi car observando--o por alguns instantes? Por quê? Se gosta, qual é o seu jeito de apreciar quadros?

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• É possível, na sua opinião, traçar algumas identifi cações entre as imagens de Van Gogh e a rela-ção delas com o mundo, o coti-diano e a própria relação entre a fi cção na literatura e o que cos-tumamos chamar de realidade? Um livro baseado em fatos, ou mesmo uma biografi a, tem mais valor que uma fi cção? Ou são va-lores diferentes? Nesse caso, em que sentido e por quê?

FilmeVan Gogh (1991), com direção

de Maurice Pialat e Jacques Dutronc no papel de Van Gogh. O aluno po-derá comparar o fi lme com a nar-rativa e escolher o seu Van Gogh preferido: o do livro de Luiz Anto-nio Aguiar ou o do fi lme de Mauri-ce Pialat.

LivroVan Gogh mandava cartas para

Theo semanalmente, e essa corres-pondência descreve seus confl itos consigo mesmo e com sua arte.

Por conta disso, vale a pena con-ferir o livro abaixo:

Cartas a Theo, de Vincent Van Gogh, editado pela L&PM.

Para saber mais

Por conta disso, vale a pena con-ferir o livro abaixo:

Cartas a TheoGogh, editado pela L&PM.

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MuseusNão há como entrar no univer-

so de Van Gogh sem mencionar os museus...MASP – Museu de Arte de São Paulo – Assis Chateaubriand

Obra: O Escolar (O Filho do Car-teiro – Gamin au Képi)www.masp.art.br/masp2010/acervo_detalheobra.php?id=279 (Acesso em: maio 2011.)

Van Gogh Museum Amsterdamwww.vangoghmuseum.nl (Aces-so em: maio 2011.) Fragmento da carta de Camille a

sua irmã Marcelle em 3 de setem-bro de 1914.

Sonhos em Amarelo, pág. 16.

Referências bibliográfi cas

SPENCE, David. Grandes Artis-tas Vida e Obra. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2004www.contracampo.com.br/47/vangogh.htm (Acesso em: maio 2011.)

“Às vezes, pego-me de olhos abertos, e não estou nem aqui nem agora, mas sempre em Ar-les, sempre naquele ano de 1888 e no começo de 1889, antes de nos mudarmos para Marselha – que pareceu uma cidade agitadíssima e enorme para nós que vínhamos do interior da Provença. Curioso é que, às vezes, as lembranças são tão vívidas como um quadro do Sr. Van Gogh...”

Fragmento da carta de Camille a sua irmã Marcelle em 3 de setem-

, pág. 16.

tão vívidas como um quadro do Sr.